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Fala, concurseiro!

Neste PDF, você encontra os seguintes tópicos do edital:

9 Plano de Benefícios da Previdência Social: [...] disposições gerais e


específicas, períodos de carência, salário de benefício, renda mensal
do benefício, reajustamento do valor dos benefícios.

Os demais pontos do tópico 9 serão tratados mais adiante, não se


preocupe.

Aqui, seu edital está completo.

Vamos lá!

Lucas Guimarães
PLANO DE BENEFÍCIOS DA SEGURIDADE
SOCIAL
A partir dos conceitos de salário de benefício, responda as seguintes
questões:

1) João, enfermeiro do hospital Calixto, cumpriu os requisitos para sua aposentadoria


especial. Nesse sentido, o cálculo do benefício será baseado no salário de benefício.

2) Noêmia, empregada da empresa XYZ, tem duas filhas menores de 14 anos. Assertiva:
Noêmia terá direito ao salário-família, que será concedido pelo INSS tendo por base 100%
da média de contribuições vertidas a partir de julho de 1994.

3) Tiago recebe, a cada seis meses, dois salários-mínimos a título de participação no


lucro da empresa. Desse modo, ao se aposentar, tais valores comporão o salário de
benefício para fins de sua aposentadoria.

4) O valor do salário de benefício não será inferior ao de um salário-mínimo, nem


superior ao limite máximo do salário de contribuição na data de início do benefício.

5) O décimo terceiro salário de Mariana, recebido em 2021, comporá o salário de


benefício para fins de sua aposentadoria, requerida em 2022.

6) Wesley era um grande bancário que contribuía no teto do INSS todos os meses.
Porém, após prática de corrupção, tornou-se faxineiro, recebendo um salário-mínimo há
um ano. Certo dia, ao fazer muito esforço com a vassoura, acidentou-se, perdendo assim
sua mão. Assertiva: caso venha a solicitar um auxílio-doença, os salários de contribuição
como bancário não comporão o seu salário de benefício.

7) Se Larissa vier a solicitar sua aposentadoria programada, tendo ela adquirido mais
do que o mínimo exigido de carência e tempo de contribuição ao benefício, poderá solicitar
a exclusão de contribuições que prejudiquem o valor de seu benefício, de modo que, neste
caso, será dispensada a exigência de carência e tempo de contribuição mínimos, em razão
de Larissa já possuir direito adquirido.
8) Marcos é um pescador artesanal há mais de vinte anos, que também contribuiu
cerca de dois anos para o INSS com quatro salários-mínimos, como empregado. Após
completar o requisito para sua aposentadoria rural, solicitou-a junto ao INSS, sendo
concedido o benefício. Nesse caso, é possível saber, por certo, o valor final de sua
aposentadoria.

9) Para o segurado filiado à Previdência Social até julho de 1994, no cálculo de qualquer
aposentadoria, o divisor considerado para a média dos salários de contribuição não poderá
ser inferior a cento e oito meses.

Sobre a renda mensal inicial, responda as seguintes questões:

10) De acordo com os princípios da Previdência Social, a renda mensal dos benefícios
que substituem o salário de contribuição não pode ser inferior ao salário-mínimo.

11) Caso João passe a receber auxílio-reclusão de seu pai Antônio, segurado do INSS,
terá seu benefício calculado com base no salário de benefício.

12) Jorge passou a receber auxílio-acidente em decorrência de grave acidente que o


deixou com sequelas permanentes e reduziram sua capacidade laborativa. Nessa condição,
a renda mensal inicial deste benefício será de 91% do salário de benefício.

13) O auxílio por incapacidade temporária terá uma renda mensal inicial de 91% do
salário de benefício, inclusive nos casos de acidente de trabalho.

Considere a seguinte situação para responder as questões abaixo, da 13 à 16:


Segurado: Pedro
Cônjuge de Pedro: Maria
Filhos de Pedro: Joana, Karen e Jobiscleia.

14) Caso Pedro faleça, a renda mensal inicial da pensão por morte de seus dependentes
será de 90%, independentemente da condição de qualquer um deles.

15) Supondo que Jobiscleia seja deficiente intelectual, o valor da pensão por morte será
de 100% da aposentadoria recebida pelo segurado, ou que teria direito se estivesse
aposentado por incapacidade permanente (invalidez) na data de seu óbito.
16) Caso Jobiscleia tenha deixado a condição de deficiente física, o INSS deverá
recalcular o valor da pensão, considerando o valor base de 50% acrescido de 10% por
dependente.

17) Se Pedro tinha uma aposentadoria de R$ 4.000,00, e apenas Maria, Joana e Karen
são suas dependentes, todos sem deficiência ou invalidez, o valor total recebido da pensão
será de R$ 3.200,00.

18) A renda mensal de um segurado que tenha sofrido um grave acidente de trabalho
que o tenha tornado absolutamente incapaz para o exercício de qualquer atividade de
forma permanente será de 100% do salário de benefício.

19) Marcos, após 25 anos de tempo de contribuição, depois de completar a idade


mínima para sua aposentadoria programada, requereu-a junto ao INSS, sendo esta
concedida. Nesse sentido, seu benefício terá valor final de 70% do salário de benefício.

20) Poliana, segurada do INSS, contribuiu por 15 anos ao RGPS, no qual completou os
requisitos para concessão de sua aposentadoria programada. Nesse sentido, receberá,
como valor final, 60% do salário de benefício, acrescidos de 2% a cada ano que ultrapassar
20 anos de tempo de contribuição.

21) O auxílio-acidente pode ter valor inferior ao salário-mínimo, em razão de seu caráter
indenizatório.

22) Caso Marta, diretora empregada de uma grande empresa, passe a receber salário-
maternidade, o valor deste benefício poderá ser superior ao teto do INSS, desde que não
ultrapasse o valor do teto do STF.

23) Jorge, aposentado por incapacidade permanente, requereu majoração de 25% de


seu benefício em razão de assistência permanente de terceiro, sendo esta concedida. Neste
sentido, o valor não poderá ser superior ao teto da previdência.

24) O valor dos benefícios em manutenção será reajustado, anualmente, na mesma data
do reajuste do salário-mínimo de acordo com suas respectivas datas de início ou do último
reajustamento, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC.
Acerca da carência dos benefícios no RGPS, considere os seguintes itens:

25) Podemos definir carência como tempo correspondente ao número mínimo de


contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício,
consideradas as competências cujo salário de contribuição seja igual ou superior ao seu
limite mínimo mensal.

26) É correto afirmar que o segurado especial, quando do requerimento de um benefício


previdenciário, não precisa comprovar carência, mas sim comprovar tempo de efetivo
exercício de atividade rural.

27) Considera-se presumido o recolhimento das contribuições do segurado empregado,


exceto o doméstico, e do trabalhador avulso.

28) Na hipótese da perda da qualidade de segurado, será necessário verificar se, a partir
da nova filiação, o requerente de auxílio por incapacidade temporária conta com metade
da carência exigida para o benefício.

29) O cômputo de carência para o empregado doméstico começará a partir da data de


filiação ao RGPS.

30) Para o contribuinte individual e o segurado facultativo não serão reconhecidas para
carência contribuições em atraso referentes a competências anteriores. Essa mesma regra
se aplica ao segurado especial que contribui facultativamente.

31) O auxílio por incapacidade temporária e a aposentadoria por incapacidade


permanente tem o mesmo período de carência: 12 contribuições.

32) Caso Marcos, segurado empregado do RGPS, venha a ser acometido com uma
doença profissional, deverá ter vertido 12 contribuições mensais antes do início da
incapacidade para ter direito ao auxílio por incapacidade temporária.

33) Joana, trabalhadora avulsa, deve exercer 10 meses de atividade para fazer jus ao
salário-maternidade.

34) Uma das mudanças recentes que ocorreram no âmbito do Direito Previdenciário foi
a instituição de carência para o auxílio-reclusão, que é de 12 contribuições.
35) O parto antecipado é causa de redução na carência do benefício de salário-
maternidade, pelo mesmo número de meses equivalentes à antecipação.

36) A aposentadoria programada - assim compreendida a aposentadoria especial, por


incapacidade permanente e as aposentadorias transitórias por idade e por tempo de
contribuição - possui carência de 180 contribuições mensais.

37) Entre os benefícios que não exigem cumprimento de carência, estão o auxílio-
acidente, o auxílio por incapacidade temporária decorrente de acidente do trabalho e o
salário-família.

Considerando sobre o que a legislação dispõe acerca de acidente de trabalho, julgue


os itens que se seguem:

38) Acidente do trabalho é o que ocorre exclusivamente a serviço da empresa e


provoque lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou
redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

39) A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de
proteção e segurança da saúde do trabalhador e sua irresponsabilidade constituirá
contravenção penal, punível com multa.

40) A doença profissional não se equipara com a doença do trabalho, apesar de ambas
serem consideradas acidente do trabalho para fins beneficiários.

41) Para que uma lesão ou perturbação funcional seja considerada doença profissional
é necessário que conste numa relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da
Previdência Social, a qual pode, de forma excepcional, não ser levada em consideração pela
Previdência Social para fins de caracterização da doença como acidente do trabalho, caso
fique demonstrado que ela se originou do condições especiais em que o trabalho é
executado e com ele se relaciona diretamente.

42) Jorge, segurado do INSS já muito idoso, foi acometido de doença inerente ao seu
grupo etário, precisando se afastar do trabalho. Desse modo, Jorge foi maculado com uma
doença do trabalho.
43) Marcos foi agredido por seu colega de trabalho enquanto estava no banheiro de
sua empresa, sendo necessário se afastar em razão das lesões sofridas. Podemos afirmar,
portanto, que Marcos não sofreu uma lesão equiparada ao acidente do trabalho, pois não
estava efetivamente trabalhando no momento da agressão.

44) Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que,


resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às consequências do
anterior.

45) Vinícius, após longo dia de exaustivo trabalho, estava retornando para sua casa em
seu próprio veículo quando acidentou-se no meio do caminho, vindo a óbito. Nesse
sentido, podemos afirmar que Vinícius sofreu um acidente equiparado ao acidente do
trabalho.

46) Enquanto estava trabalhando na empresa em que é empregada, Karine foi


acometida por danos profundos causados por uma bomba explodida por um terrorista. É
certo afirmar que as lesões causadas pelo acontecido não podem ser consideradas acidente
do trabalho, pois foram causadas por terceiros.

47) Welligton, gerente de uma loja, teve que se deslocar ao seu trabalho num sábado,
quando estava de folga, voluntariamente, para desligar os ares-condicionados do local, uma
vez que havia se esquecido de executar tal tarefa na noite anterior e isso causaria prejuízos
à empresa. No percurso até o caminho, um caminhão desgovernado o atropelou, levando-
o a óbito. Nesse caso, não há que se falar em acidente do trabalho, pois o serviço que seria
prestado por Welligton era voluntário e fora de sua escala de trabalho.

48) A perícia médica oficial do INSS só poderá caracterizar o acidente do trabalho


quando demonstrado o nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo, podendo
a empresa requerer ao INSS a não aplicação do nexo técnico epidemiológico ao caso
concreto mediante a demonstração de inexistência de correspondente nexo entre o
trabalho e o agravo.

49) Caso Maria, empregada doméstica, sofra acidente do trabalho que a leve a óbito, a
previdência social deverá ser comunicada de imediato, ficando o empregador doméstico
sob pena de multa que poderá ser aumenta em razão de reincidências.

50) Uma cópia da comunicação do acidente do trabalho deve ser entregue aos
dependentes do segurado ou ao sindicato da categoria do acidentado.
51) O próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico
que o assistiu ou qualquer autoridade pública poderá informar à Previdência Social sobre o
acidente do trabalho, caso a empresa se omita, não sendo necessário, nesse caso, respeitar
o prazo estipulado em lei para a própria empresa.

52) O INSS ajuizará ação regressiva contra os responsáveis nas hipóteses de negligência
quanto às normas-padrão de segurança e higiene do trabalho indicadas para proteção
individual e coletiva e violência doméstica e familiar contra a mulher.

53) Uma das decorrências ao segurado de ter sofrido um acidente do trabalho é a


garantia da manutenção de seu contrato trabalhista com prazo de doze meses a contar da
cessação do auxílio por incapacidade temporária decorrente do acidente,
independentemente do recebimento de auxílio-acidente.

54) O segurado que sofrer acidente de trabalho, assim entendida também a doença
profissional ou doença do trabalho, terá direito a aposentadoria por invalidez com renda
mensal de 100% de seu salário de benefício. O mesmo não ocorrerá no caso de acidente
de qualquer natureza.
GABARITO COMENTADO

1) João, enfermeiro do hospital Calixto, cumpriu os requisitos para sua aposentadoria


especial. Nesse sentido, o cálculo do benefício será baseado no salário de benefício.

CERTA
Resolução: Exceto os benefícios de salário-família, pensão por morte, salário-maternidade,
auxílio-reclusão e os demais benefícios previstos em legislação especial, todos os demais se
utilizam do salário de benefício para seu cálculo.

2) Noêmia, empregada da empresa XYZ, tem duas filhas menores de 14 anos. Assertiva:
Noêmia terá direito ao salário-família, que será concedido pelo INSS tendo por base 100%
da média de contribuições vertidas a partir de julho de 1994.

ERRADA
Resolução: O salário-família possui valor próprio definido em portaria, com valor atualizado
anualmente.

3) Tiago recebe, a cada seis meses, dois salários-mínimos a título de participação no


lucro da empresa. Desse modo, ao se aposentar, tais valores comporão o salário de
benefício para fins de sua aposentadoria.

ERRADA
Resolução: Uma vez que a participação nos lucros não compõe o salário de contribuição,
também não comporá o salário de benefício.

4) O valor do salário de benefício não será inferior ao de um salário-mínimo, nem


superior ao limite máximo do salário de contribuição na data de início do benefício.

CERTA
Resolução: Trata-se do art. 32, § 3° do Decreto 3.048/99.

5) O décimo terceiro salário de Mariana, recebido em 2021, comporá o salário de


benefício para fins de sua aposentadoria, requerida em 2022.

ERRADA
Resolução: O salário-de-benefício integra o salário-de-contribuição, mas não comporá o
salário-de-benefício de qualquer benefício, conforme art. 32, § 4° do Decreto 3.048/99.
§ 4º Serão considerados para o cálculo do salário de benefício os ganhos habituais
do segurado empregado, a qualquer título, sob forma de moeda corrente ou de
utilidades, sobre os quais tenha incidido contribuição previdenciária, exceto o
décimo terceiro salário, observado o disposto no art. 19-E [...]

6) Wesley era um grande bancário que contribuía no teto do INSS todos os meses.
Porém, após prática de corrupção, tornou-se faxineiro, recebendo um salário-mínimo há
um ano. Certo dia, ao fazer muito esforço com a vassoura, acidentou-se, perdendo assim
sua mão. Assertiva: caso venha a solicitar um auxílio-doença, os salários de contribuição
como bancário não comporão o seu salário de benefício.

CERTA
Resolução: Para cálculo do auxílio-doença, é necessário verificar se o salário de benefício
excede a média aritmética simples dos doze últimos salários de contribuição. Se exceder,
será utilizado para o cálculo a referida média. Se não exceder, será utilizado o salário de
benefício básico.
OBS – Em suma, entendemos que sempre será utilizado o menor valor (se houver, pois
ambos podem ser iguais).

Art. 32 da Lei 8.213/91:

§ 23. O auxílio por incapacidade temporária não poderá exceder a média aritmética
simples dos últimos doze salários de contribuição, inclusive no caso de remuneração
variável, ou, se não houver doze salários de contribuição, a média aritmética simples
dos salários de contribuição existentes, observado o disposto no art. 33.

7) Se Larissa vier a solicitar sua aposentadoria programada, tendo ela adquirido mais
do que o mínimo exigido de carência e tempo de contribuição ao benefício, poderá solicitar
a exclusão de contribuições que prejudiquem o valor de seu benefício, de modo que, neste
caso, será dispensada a exigência de carência e tempo de contribuição mínimos, em razão
de Larissa já possuir direito adquirido.

ERRADA
Resolução: A EC 103/19 trouxe a possibilidade de exclusão dos salários-de-contribuição que
possam reduzir o valor final salário-de-benefício. Porém, é necessário manter o número
mínimo de contribuições para fins de carência, bem como o tempo mínimo do tempo de
contribuição.
§ 24. Para fins do cálculo das aposentadorias programadas para as quais seja exigido
tempo mínimo de contribuição, poderão ser excluídas do cálculo da média dos
salários de contribuição e das remunerações adotadas como base para
contribuições a regime próprio de previdência social ou como base para
contribuições decorrentes das atividades militares de que tratam os art. 42 e art. 142
da Constituição, utilizado para definição do salário de benefício, as contribuições
que resultem em redução do valor do benefício, observado o disposto nos § 25 e §
26.

8) Marcos é um pescador artesanal há mais de vinte anos, que também contribuiu


cerca de dois anos para o INSS com quatro salários-mínimos, como empregado. Após
completar o requisito para sua aposentadoria rural, solicitou-a junto ao INSS, sendo
concedido o benefício. Nesse caso, é possível saber, por certo, o valor final de sua
aposentadoria.

CERTA
Resolução: Marcos se aposentou como segurado especial. Os valores recebidos como
empregado não influenciam o valor do benefício, pois ele não se aposentou de forma
híbrida. Deste modo, o valor de sua aposentadoria será de um salário-mínimo, conforme o
Decreto 3.048/99:

Art. 39. A renda mensal inicial do benefício será calculada a partir da aplicação dos
percentuais definidos neste Regulamento, para cada espécie, sobre o salário de
benefício.

§ 2° Para os segurados especiais, inclusive os com deficiência, é garantida a


concessão, alternativamente:
I - de aposentadoria por idade do trabalhador rural ou por incapacidade
permanente, de auxílio por incapacidade temporária, de auxílio-reclusão ou de
pensão por morte, no valor de um salário-mínimo, observado o disposto no inciso
III do caput do art. 30, e de auxílio-acidente, observado o disposto no art. 104;

9) Para o segurado filiado à Previdência Social até julho de 1994, no cálculo do salário de
benefício de qualquer aposentadoria, o divisor considerado para a média dos salários
de contribuição não poderá ser inferior a cento e oito meses.

ERRADA
Resolução: MUITO CUIDADO! Essa atualização é do ano de 2022 e foi incluída pela Lei nº
14.331, que incluiu o art. 135-A na Lei 8.213/91 - Lei dos Planos de Benefícios da Previdência
Social.
A questão está errada por um único detalhe: O divisor mínimo de 108 não se aplica a TODAS
as aposentadorias. Há uma exceção: aposentadoria por incapacidade permanente.

Mas na prática, o que isso quer dizer? Veja: o salário de benefício é a média de TODOS os
salários de contribuição auferidos desde julho de 1994, certo? Imagine, por exemplo, que
determinado segurado tenha vertido apenas 90 contribuições desde julho de 1994, suprindo
a carência com contribuições anteriores a essa data. Desse modo, o cálculo do salário de
benefício se dará por 90/108 = 83%. Isso mesmo: o valor reduzirá drasticamente. E por quê?
Esse divisor mínimo foi necessário para evitar o chamado "Milagre da Contribuição Única",
pelo qual um segurado já tinha contribuído quinze anos ou mais antes de julho de 1994 e
só precisava pagar uma contribuição em cima do teto da previdência quando fosse se
aposentar. Oras, o cálculo não é de 100% da média de todos os salários de contribuição
desde julho de 1994? Então, já que ele só possuía 1 contribuição após julho de 1994, seria
este o seu salário de benefício. Desse modo, ele só tinha a aposentadoria reduzida pela RMI
(60+2%). No mínimo, portanto, o segurado ficava com 60% do teto.
Então, essa anomalia jurídica foi derrubada após a criação dessa lei. Agora, com o divisor
mínimo, o mesmo segurado supracitado teria no seu cálculo a mesma contribuição dividida
por 108. Em resumo: ficaria com o salário-mínimo.

10) De acordo com os princípios da Previdência Social, a renda mensal dos benefícios que
substituem o salário de contribuição não pode ser inferior ao salário-mínimo.

CERTA
Resolução: Trata-se de um dos princípios da Previdência Social, previsto no art. 2° da Lei
8.213/91.

11) Caso João passe a receber auxílio-reclusão de seu pai Antônio, segurado do INSS,
terá seu benefício calculado com base no salário de benefício.

ERRADA
Resolução: O auxílio-reclusão não será calculado conforme o salário de benefício, e sim
conforme a pensão por morte, limitado ao salário-mínimo.

12) Jorge passou a receber auxílio-acidente em decorrência de grave acidente que o


deixou com sequelas permanentes e reduziram sua capacidade laborativa. Nessa condição,
a renda mensal inicial deste benefício será de 91% do salário de benefício.
ERRADA
Resolução: O auxílio-acidente terá renda mensal inicial de 50% do salário-de-benefício do
auxílio por incapacidade temporária que lhe deu origem.

13) O auxílio por incapacidade temporária terá uma renda mensal inicial de 91% do
salário de benefício, inclusive nos casos de acidente de trabalho.

CERTA
Resolução: A RMI do auxílio por incapacidade temporária será de 91% do salário de
benefício e a lei não faz diferenciação entre o benefício comum e o acidentário neste
aspecto.

14) Caso Pedro faleça, a renda mensal inicial da pensão por morte de seus dependentes
será de 90%, independentemente da condição de qualquer um deles.

ERRADA
Resolução: Caso qualquer um deles seja inválido ou tenha deficiência, o benefício será
baseado em 100%, conforme § 2° do art. 106 do Decreto 3.048/99

Art. 106. A pensão por morte consiste em renda mensal equivalente a uma cota
familiar de cinquenta por cento do valor da aposentadoria recebida pelo segurado
ou daquela a que teria direito se fosse aposentado por incapacidade permanente
na data do óbito, acrescida de cotas de dez pontos percentuais por dependente, até
o máximo de cem por cento.

§ 2º Na hipótese de haver dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental


ou grave, o valor da pensão por morte será equivalente a cem por cento do valor
da aposentadoria recebida pelo segurado ou daquela a que teria direito se fosse
aposentado por incapacidade permanente na data do óbito, até o limite máximo do
salário de benefício do RGPS, observado o disposto no § 1º do art. 113.

15) Supondo que Jobiscleia seja deficiente intelectual, o valor da pensão por morte será
de 100% da aposentadoria recebida pelo segurado, ou que teria direito se estivesse
aposentado por incapacidade permanente (invalidez) na data de seu óbito.

CERTA
Resolução: Vide explicação da questão 5
16) Caso Jobiscleia tenha deixado a condição de deficiente física, o INSS deverá
recalcular o valor da pensão, considerando o valor base de 50% acrescido de 10% por
dependente.

CERTA
Resolução: Quando o dependente deixar de ser dependente ou deficiente/inválido, a
pensão será recalculada de forma normal (50% + 10% por dependente).

§ 3º O valor da pensão será recalculado na forma do disposto no caput, quando:

II - deixar de haver dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental ou


grave.

17) Se Pedro tinha uma aposentadoria de R$ 4.000,00, e apenas Maria, Joana e Karen
são suas dependentes, todos sem deficiência ou invalidez, o valor total recebido da pensão
será de R$ 3.200,00.

CERTA
Resolução: Se são 3 dependentes, temos que 50% + 30% = 80%. Como o segurado já era
aposentado, ficará em 80% do valor de sua aposentadoria. Neste caso, R$ 4.000,00 x 80%
= R$ 3.200,00.

18) A renda mensal de um segurado que tenha sofrido um grave acidente de trabalho
que o tenha tornado absolutamente incapaz para o exercício de qualquer atividade de
forma permanente será de 100% do salário de benefício.

CERTA
Resolução: Importante recordar que não é qualquer natureza que gera uma aposentadoria
por incapacidade permanente no valor de 100%, mas apenas quando decorrente de
acidente do trabalho. É do que trata o inciso II do art. 44 do Decreto 3.048/99.

Art. 44. A aposentadoria por incapacidade permanente será devida a partir do dia
imediato ao da cessação do auxílio por incapacidade temporária, ressalvado o
disposto no § 1º, e consistirá em renda mensal decorrente da aplicação dos seguintes
percentuais incidentes sobre o salário de benefício, definido na forma do disposto
no art. 32:

II - cem por cento, quando a aposentadoria decorrer de:(Incluído pelo Decreto nº


10.410, de 2020)

a) acidente de trabalho;
b) doença profissional;
c) doença do trabalho.

19) Marcos, após 25 anos de tempo de contribuição, depois de completar a idade


mínima para sua aposentadoria programada, requereu-a junto ao INSS, sendo esta
concedida. Nesse sentido, seu benefício terá valor final de 70% do salário de benefício.

CERTA
Resolução: Trata-se da renda mensal inicial das aposentadorias programadas. 60% + 2% a
cada grupo de 12 contribuições que ultrapassa vinte anos, no caso dos homens, ou quinze
anos, no caso das mulheres. Como o segurado tinha 25 anos, pegamos 5 x 2% = 10%. 60%
+ 10% = 70%.

20) Poliana, segurada do INSS, contribuiu por 15 anos ao RGPS, no qual completou os
requisitos para concessão de sua aposentadoria programada. Nesse sentido, receberá,
como valor final, 60% do salário de benefício, acrescidos de 2% a cada ano que ultrapassar
20 anos de tempo de contribuição.

ERRADA
Resolução: Para as mulheres, a RMI da aposentadoria programada será de 60% + 2% para
cada grupo de 12 contribuições que ultrapassa quinze anos de trabalho.

21) O auxílio-acidente pode ter valor inferior ao salário-mínimo, em razão de seu caráter
indenizatório.

CERTA
Resolução: O auxílio-acidente, assim como o salário-família, pode ter valor final inferior ao
salário-mínimo, em razão de seu caráter indenizatório.

22) Caso Marta, diretora empregada de uma grande empresa, passe a receber salário-
maternidade, o valor deste benefício poderá ser superior ao teto do INSS, desde que não
ultrapasse o valor do teto do STF.

CERTA
Resolução: Uma vez que o salário-maternidade será no valor da remuneração integral para
o empregado e o avulso (não para o doméstico), a renda do benefício poderá ser superior
ao teto do INSS, limitado ao teto do STF.
23) Jorge, aposentado por incapacidade permanente, requereu majoração de 25% de
seu benefício em razão de assistência permanente de terceiro, sendo esta concedida. Neste
sentido, o valor não poderá ser superior ao teto da previdência.

ERRADA
Resolução: O valor do adicional de 25% em cima do valor da aposentadoria por invalidez
poderá ser superior ao teto do INSS.

24) O valor dos benefícios em manutenção será reajustado, anualmente, na mesma data
do reajuste do salário-mínimo de acordo com suas respectivas datas de início ou do último
reajustamento, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC.

CERTA
Resolução: Trata-se do art. 40, § 1°.

Art. 40. É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter


permanente, o valor real da data de sua concessão.

§ 1° Os valores dos benefícios em manutenção serão reajustados, anualmente, na


mesma data do reajuste do salário mínimo, pro rata, de acordo com suas respectivas
datas de início ou do último reajustamento, com base no Índice Nacional de Preços
ao Consumidor - INPC, apurado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística - IBGE.

25) Podemos definir carência como tempo correspondente ao número mínimo de


contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício,
consideradas as competências cujo salário de contribuição seja igual ou superior ao seu
limite mínimo mensal.

CERTA
Resolução: É a definição promovida pelo art. 26 do Decreto 3.048/99.

26) É correto afirmar que o segurado especial, quando do requerimento de um benefício


previdenciário, não precisa comprovar carência, mas sim comprovar tempo de efetivo
exercício de atividade rural.

CERTA
Resolução: Segurados especiais não cumprem carência, mas sim tempo de atividade rural
equivalente ao tempo exigido pela carência.
27) Considera-se presumido o recolhimento das contribuições do segurado empregado,
exceto o doméstico, e do trabalhador avulso.

ERRADA
Resolução: Além dos empregados e dos trabalhadores avulsos, os empregados domésticos
também possuem contribuição presumida, desde junho de 2015.

28) Na hipótese da perda da qualidade de segurado, será necessário verificar se, a partir da
nova filiação, o requerente de auxílio por incapacidade temporária conta com metade
da carência exigida para o benefício.

CERTA
Resolução: Conforme Decreto 3.048/99:

Art. 27-A. Na hipótese de perda da qualidade de segurado, para fins da concessão


dos benefícios de auxílio por incapacidade temporária, de aposentadoria por
incapacidade permanente, de salário-maternidade e de auxílio-reclusão, as
contribuições anteriores à perda somente serão computadas para fins de carência
depois que o segurado contar, a partir da nova filiação ao RGPS, com metade do
número de contribuições exigidas para o cumprimento do período de carência
definido no art. 29.

29) O cômputo de carência para o empregado doméstico começará a partir da data de


filiação ao RGPS.

CERTA
Resolução: Não só para o empregado doméstico, mas também para o empregado e para
o avulso.

30) Para o contribuinte individual e o segurado facultativo não serão reconhecidas para
carência contribuições em atraso referentes a competências anteriores. Essa mesma regra
se aplica ao segurado especial que contribui facultativamente.

CERTA
Resolução: Trata-se de novidade trazida pela EC 103/19.

Art. 28. O período de carência é contado:

II - para o segurado contribuinte individual, observado o disposto no § 4º do art. 26,


e o segurado facultativo, inclusive o segurado especial que contribua na forma
prevista no § 2º do art. 200, a partir da data do efetivo recolhimento da primeira
contribuição sem atraso, e não serão consideradas, para esse fim, as contribuições
recolhidas com atraso referentes a competências anteriores, observado, quanto ao
segurado facultativo, o disposto nos § 3º e § 4º do art. 11.

31) O auxílio por incapacidade temporária e a aposentadoria por incapacidade


permanente tem o mesmo período de carência: 12 contribuições.

CERTA
Resolução: Conforme Decreto 3.048/99:

Art. 29. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência


Social, ressalvado o disposto no art. 30, depende dos seguintes períodos de carência:

I - doze contribuições mensais, nos casos de auxílio por incapacidade temporária e


aposentadoria por incapacidade permanente;

32) Caso Marcos, segurado empregado do RGPS, venha a ser acometido com uma
doença profissional, deverá ter vertido 12 contribuições mensais antes do início da
incapacidade para ter direito ao auxílio por incapacidade temporária.

ERRADA
Resolução: A doença profissional isenta o segurado empregado da carência do auxílio por
incapacidade temporária (e permanente).

33) Joana, trabalhadora avulsa, deve exercer 10 meses de atividade para fazer jus ao
salário-maternidade.

ERRADA
Resolução: Trabalhadora avulsa, bem como a empregada, inclusive a doméstica, são isentas
de carência para fins de salário-maternidade.

34) Uma das mudanças recentes que ocorreram no âmbito do Direito Previdenciário foi
a instituição de carência para o auxílio-reclusão, que é de 12 contribuições.

ERRADA
Resolução: O auxílio-reclusão passou a ter 24 meses de carência.

35) O parto antecipado é causa de redução na carência do benefício de salário-


maternidade, pelo mesmo número de meses equivalentes à antecipação.
CERTA
Resolução: Conforme parágrafo único do art. 29 do Decreto 3.048/99:

Parágrafo único. Em caso de parto antecipado, o período de carência a que se


refere o inciso III será reduzido em número de contribuições equivalente ao número
de meses em que o parto foi antecipado.

36) A aposentadoria programada - assim compreendida a aposentadoria especial, por


incapacidade permanente e as aposentadorias transitórias por idade e por tempo de
contribuição - possui carência de 180 contribuições mensais.

ERRADA
Resolução: Aposentadoria por incapacidade permanente possui carência de 12
contribuições mensais. As demais estão corretas.

37) Entre os benefícios que não exigem cumprimento de carência, estão o auxílio-
acidente, o auxílio por incapacidade temporária decorrente de acidente do trabalho e o
salário-família.

CERTA
Resolução: Nenhum dos benefícios citados exige carência, conforme art. 30 do Decreto
3.048/99.

38) Acidente do trabalho é o que ocorre exclusivamente a serviço da empresa e


provoque lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou
redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

ERRADA
Resolução: O erro da questão está em afirmar que ocorre “exclusivamente a serviço da
empresa”, pois o empregado doméstico está a serviço de um empregador doméstico e
pode sofrer acidente do trabalho.

39) A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de
proteção e segurança da saúde do trabalhador e sua irresponsabilidade constituirá
contravenção penal, punível com multa.

CERTO
Resolução: Trata-se dos §§ 1° e 2° do art. 19 da Lei 8.213/91.
40) A doença profissional não se equipara com a doença do trabalho, apesar de ambas
serem consideradas acidente do trabalho para fins beneficiários.

CERTO
Resolução: Doença profissional e doença do trabalho possuem especificações distintas,
conforme art. 20, I e II da Lei 8.213/91. Porém, ambas são consideradas acidente de trabalho.

41) Para que uma lesão ou perturbação funcional seja considerada doença profissional
é necessário que conste numa relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da
Previdência Social, a qual pode, de forma excepcional, não ser levada em consideração pela
Previdência Social para fins de caracterização da doença como acidente do trabalho, caso
fique demonstrado que ela se originou do condições especiais em que o trabalho é
executado e com ele se relaciona diretamente.

CERTO
Resolução: Em regra, a doença profissional e a doença do trabalho já possuem previsão
numa lista elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social, mas pode,
excepcionalmente, não ser levada em conta, conforme § 2° do art. 20 da Lei 8.213/91:

Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as


seguintes entidades mórbidas:

[...]

§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação


prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o
trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve
considerá-la acidente do trabalho.

42) Jorge, segurado do INSS já muito idoso, foi acometido de doença inerente ao seu
grupo etário, precisando se afastar do trabalho. Desse modo, Jorge foi maculado com uma
doença do trabalho.

ERRADA
Resolução: Art. 20 da Lei 8.213/91

§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:


[...]
b) a inerente a grupo etário;

43) Marcos foi agredido por seu colega de trabalho enquanto estava no banheiro de
sua empresa, sendo necessário se afastar em razão das lesões sofridas. Podemos afirmar,
portanto, que Marcos não sofreu uma lesão equiparada ao acidente do trabalho, pois não
estava efetivamente trabalhando no momento da agressão.

ERRADA
Resolução: Mesmo quando Marcos estava no banheiro fazendo suas necessidades
fisiológicas, considera-se que ele estava em efetivo exercício, conforme disposto no art. 21
da lei 8.213/91.

§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação


de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o
empregado é considerado no exercício do trabalho.

44) Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que,


resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às consequências do
anterior.

CERTA
Resolução: É a extração do § 2° do art. 21 da Lei 8.213/91.

45) Vinícius, após longo dia de exaustivo trabalho, estava retornando para sua casa em
seu próprio veículo quando acidentou-se no meio do caminho, vindo a óbito. Nesse
sentido, podemos afirmar que Vinícius sofreu um acidente equiparado ao acidente do
trabalho.

CERTA
Resolução: Ainda que o segurado utilize veículo próprio, a lei determina que nos trajetos
da ida e volta ao trabalho, caso ocorra algum tipo de acidente, será considerado acidente
do trabalho.

46) Enquanto estava trabalhando na empresa em que é empregada, Karine foi


acometida por danos profundos causados por uma bomba explodida por um terrorista. É
certo afirmar que as lesões causadas pelo acontecido não podem ser consideradas acidente
do trabalho, pois foram causadas por terceiros.

ERRADA
Resolução: Karine sofreu um acidente equiparado a acidente do trabalho (terrorismo).

Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:

II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em


consequência de:

a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro


de trabalho;

47) Welligton, gerente de uma loja, teve que se deslocar ao seu trabalho num sábado,
quando estava de folga, voluntariamente, para desligar os ares-condicionados do local, uma
vez que havia se esquecido de executar tal tarefa na noite anterior e isso causaria prejuízos
à empresa. No percurso até o caminho, um caminhão desgovernado o atropelou, levando-
o a óbito. Nesse caso, não há que se falar em acidente do trabalho, pois o serviço que seria
prestado por Welligton era voluntário e fora de sua escala de trabalho.

ERRADA
Resolução: Mesmo nesses casos haverá equiparação a acidente do trabalho.

Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:

IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de


trabalho:

b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo


ou proporcionar proveito;

48) A perícia médica oficial do INSS só poderá caracterizar o acidente do trabalho


quando demonstrado o nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo, podendo
a empresa requerer ao INSS a não aplicação do nexo técnico epidemiológico ao caso
concreto mediante a demonstração de inexistência de correspondente nexo entre o
trabalho e o agravo.

CERTA
Resolução: Trata-se do que dispõe o art. 337, §§ 3° e 7° do decreto 3.048/99.
Art. 337. O acidente do trabalho será caracterizado tecnicamente pela Perícia
Médica Federal, por meio da identificação do nexo entre o trabalho e o agravo.

§ 3° Considera-se estabelecido o nexo entre o trabalho e o agravo quando se


verificar nexo técnico epidemiológico entre a atividade da empresa e a entidade
mórbida motivadora da incapacidade, elencada na Classificação Internacional de
Doenças - CID em conformidade com o disposto na Lista C do Anexo II deste
Regulamento.
§ 7° A empresa poderá requerer ao INSS a não aplicação do nexo técnico
epidemiológico ao caso concreto mediante a demonstração de inexistência de
correspondente nexo entre o trabalho e o agravo

49) Caso Maria, empregada doméstica, sofra acidente do trabalho que a leve a óbito, a
previdência social deverá ser comunicada de imediato, ficando o empregador doméstico
sob pena de multa que poderá ser aumenta em razão de reincidências.

CERTA
Resolução: Trata-se de exigência da empresa/empregador em comunicar o acidente do
trabalho.

Acidente comum = Poderá informar até o próximo dia útil;


Acidente com óbito = Deve informar de imediato.

Sob a pena de multa, é prevista no art. 22 da Lei 8.213/91

Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do


trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em
caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável
entre o limite mínimo e o limite máximo do salário de contribuição, sucessivamente
aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social.

50) Uma cópia da comunicação do acidente do trabalho deve ser entregue aos
dependentes do segurado ou ao sindicato da categoria do acidentado.

ERRADA
Resolução: Deverá ser entregue tanto aos dependentes quanto ao sindicato da categoria,
conforme art. 22 da Lei 8.213/91.
§ 1º Da comunicação a que se refere este artigo receberão cópia fiel o acidentado
ou seus dependentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria.

51) O próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico


que o assistiu ou qualquer autoridade pública poderá informar à Previdência Social sobre o
acidente do trabalho, caso a empresa se omita, não sendo necessário, nesse caso, respeitar
o prazo estipulado em lei para a própria empresa.

CERTA
Resolução: Conforme art. 22 da Lei 8.213/91.

§ 2º Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio


acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou
qualquer autoridade pública, não prevalecendo nestes casos o prazo previsto neste artigo.

52) O INSS ajuizará ação regressiva contra os responsáveis nas hipóteses de negligência
quanto às normas-padrão de segurança e higiene do trabalho indicadas para proteção
individual e coletiva e violência doméstica e familiar contra a mulher.

CERTA
Resolução: Trata-se de inovação do Decreto 10.410, de 2020, que alterou o Decreto
3.048/99.

Art. 341. O INSS ajuizará ação regressiva contra os responsáveis nas hipóteses de:

I - negligência quanto às normas-padrão de segurança e higiene do trabalho


indicadas para proteção individual e coletiva;

II - violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do disposto na Lei nº


11.340, de 7 de agosto de 2006.

53) Uma das decorrências ao segurado de ter sofrido um acidente do trabalho é a


garantia da manutenção de seu contrato trabalhista com prazo de doze meses a contar da
cessação do auxílio por incapacidade temporária decorrente do acidente,
independentemente do recebimento de auxílio-acidente.

ERRADA
Resolução: A questão está QUASE certa, mas há um detalhe que pega muito concurseiro:
o prazo de estabilidade é de NO MÍNIMO doze meses.
Art. 346. O segurado que houver sofrido o acidente a que se refere o art. 336 terá
garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção de seu contrato de
trabalho na empresa, após a cessação do auxílio por incapacidade temporária
decorrente de acidente, independentemente da percepção de auxílio-acidente.

54) O segurado que sofrer acidente de trabalho, assim entendida também a doença
profissional ou doença do trabalho, terá direito a aposentadoria por invalidez com renda
mensal de 100% de seu salário de benefício. O mesmo não ocorrerá no caso de acidente
de qualquer natureza.

CERTA
Resolução: Novidade trazida pela EC 103/19! Somente acidente do trabalho gera
aposentadoria por invalidez de 100% do salário de benefício. Nos demais casos, a regra é
geral (60% + 2%), conforme disposto pelo Decreto 3.048/99

Art. 44. A aposentadoria por incapacidade permanente será devida a partir do dia
imediato ao da cessação do auxílio por incapacidade temporária, ressalvado o
disposto no § 1º, e consistirá em renda mensal decorrente da aplicação dos seguintes
percentuais incidentes sobre o salário de benefício, definido na forma do disposto
no art. 32:

I - sessenta por cento, com acréscimo de dois pontos percentuais para cada ano de
contribuição que exceder o tempo de vinte anos de contribuição, para os homens,
ou quinze anos de contribuição, para as mulheres; ou

II - cem por cento, quando a aposentadoria decorrer de:

a) acidente de trabalho;
b) doença profissional; ou
c) doença do trabalho.

Você já avançou bastante, guerreiro(a)! Mas ainda falta boa parte do percurso.
Recobre as energias. Te aguardo na próxima maratona de questões.

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