Você está na página 1de 18

PLANO DE BENEFÍCIOS DA

PREVIDÊNCIA SOCIAL
 
BENEFICIÁRIOS

São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social as


pessoas físicas classificadas como SEGURADOS e
DEPENDENTES.
SEGURADOS
A) OBRIGATÓRIOS: pessoas físicas que exercem atividade
remunerada, efetiva ou eventual, de natureza urbana ou
rural, com ou sem vínculo de emprego, a título provisório
ou não, os quais se dividem em:

- Empregado - Empregado Doméstico


- Contribuinte Individual - Trabalhador Avulso
- Segurado Especial
 
B) FACULTATIVOS: qualquer pessoa maior de 16 anos de
idade, que não exerça uma atividade remunerada e que
não esteja enquadrado como segurado obrigatório da
Previdência Social e que decida contribuir com a
previdência ou manter a qualidade de segurado.
DEPENDENTES

São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na


condição de DEPENDENTES do segurado:

I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não


emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos
ou inválido;

II - os pais;

III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21


(vinte e um) anos ou inválido.
Os dependentes de uma mesma classe concorrem em igualdade de
condições.
 
O menor sob tutela somente poderá ser equiparado aos filhos do
segurado mediante apresentação de termo de tutela.
 
Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que mantenha
união estável com o segurado ou segurada.
 
A dependência econômica das pessoas de que trata o inciso I é
presumida e a das demais deve ser comprovada.
ESPÉCIES DE PRESTAÇÕES

O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes


PRESTAÇÕES, expressas em benefícios e serviços:

I - quanto ao SEGURADO:

a) aposentadoria por invalidez


b) aposentadoria por idade
c) aposentadoria por tempo de contribuição
d) aposentadoria especial
e) auxílio - doença
f) auxílio - acidente
g) salário - maternidade
h) salário - família
II - quanto ao DEPENDENTE:

a) pensão por morte


b) auxílio-reclusão
 

III - quanto ao SEGURADO e DEPENDENTE

a) serviço social
b) reabilitação profissional
PERÍODO DE CARÊNCIA
PERÍODO DE CARÊNCIA é o tempo correspondente ao
número mínimo de contribuições mensais indispensáveis
para que o beneficiário faça jus ao benefício ,
consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses
de suas competências.

SEGURADO ESPECIAL: considera-se PERÍODO DE CARÊNCIA o


tempo mínimo de efetivo exercício de atividade rural, ainda
que de forma descontínua, igual ao número de meses necessário
à concessão do benefício requerido.
 
Para efeito de carência, considera-se presumido o recolhimento
das contribuições do segurado empregado e do trabalhador
avulso.
O PERÍODO DE CARÊNCIA é contado:

a) para o segurado EMPREGADO e TRABALHADOR AVULSO, da


data de filiação ao Regime Geral de Previdência Social.
 
b) para o segurado EMPREGADO DOMÉSTICO, CONTRIBUINTE
INDIVIDUAL, ESPECIAL e FACULTATIVO, da data do efetivo
recolhimento da primeira contribuição sem atraso, não sendo
consideradas para esse fim as contribuições recolhidas com atraso
referentes a competências anteriores.
A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral
de Previdência Social, depende dos seguintes períodos de
carência:

I - 12 contribuições mensais, nos casos de AUXÍLIO-DOENÇA e


APOSENTADORIA POR INVALIDEZ;
 
II – 180 contribuições mensais, nos casos de APOSENTADORIA
POR IDADE, TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO e ESPECIAL;

III - 10 contribuições mensais, nos casos de SALÁRIO-


MATERNIDADE para as seguradas (contribuintes individuais,
seguradas especiais e facultativas).

* Em caso de parto antecipado, o período de carência será reduzido


em número de contribuições equivalente ao número de meses em
que o parto foi antecipado.
Independe de carência a CONCESSÃO das seguintes
prestações:

I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente;

II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente


de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do
trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao
Regime Geral de Previdência Social, for acometido de alguma das
doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios
da Saúde e do Trabalho e da Previdência Social a cada três anos, de
acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação,
deficiência, ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade
que mereçam tratamento particularizado;
III - aposentadoria por idade ou por invalidez, auxílio-doença, auxílio-
reclusão ou pensão por morte aos segurados especiais, desde que
comprovem o exercício de atividade rural no período imediatamente
anterior ao requerimento do benefício, ainda que de forma
descontínua, igual ao número de meses correspondente à carência
do benefício requerido;

IV - serviço social;

V - reabilitação profissional;

VI – salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora


avulsa e empregada doméstica.
ROL DE DOENÇAS:

I - tuberculose ativa;
II - hanseníase;
III - alienação mental;
IV - neoplasia maligna;
V – cegueira
VI - paralisia irreversível e incapacitante;
VII - cardiopatia grave;
VIII - doença de Parkinson;
IX - espondiloartrose anquilosante;
X - nefropatia grave;
XI - estado avançado da doença de Paget (osteíte
deformante);
XII - síndrome da deficiência imunológica adquirida -
Aids;
XIII - contaminação por radiação, com base em
conclusão da medicina especializada;
XIV - hepatopatia grave.
QUALIDADE DE SEGURADO

O cidadão que estiver inscrito e filiado na Previdência Social e estiver


em dia com suas contribuições previdenciárias ou dentro do período
de graça* previsto em lei, estará em gozo da qualidade de segurado,
fenômeno que garante ao segurado exigir seus direitos previstos
pelo sistema normativo previdenciário, conforme vai atingindo o
direito adquirido ao respectivo benefício.

* Período de graça é aquele em que o indivíduo não contribui para o


sistema, mas mantém a qualidade de segurado.
DA MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE
SEGURADO

Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições:

I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício;


 
II - até doze meses após a cessação de benefício por incapacidade ou
após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de
exercer atividade remunerada abrangida pela previdência social ou
estiver suspenso ou licenciado sem remuneração;
 
III - até doze meses após cessar a segregação, o segurado acometido
de doença de segregação compulsória;

IV - até doze meses após o livramento, o segurado detido ou recluso;


V - até três meses após o licenciamento, o segurado incorporado às
Forças Armadas para prestar serviço militar; e
 
VI - até seis meses após a cessação das contribuições, o segurado
facultativo.

 O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 meses, se o


segurado já tiver pago mais de 120 contribuições mensais sem
interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado.
 
 O prazo do inciso II será acrescido, AINDA, de 12 meses para o
segurado desempregado, desde que comprovada essa situação por
registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e Emprego.
Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os
seus direitos perante a previdência social.
DA PERDA DA QUALIDADE DE
SEGURADO

a) Ocorrerá a perda da qualidade de segurado no dia 16 do segundo


mês seguinte ao término dos prazos do período de graça.

b) A perda da qualidade de segurado não prejudica o direito à


aposentadoria para cuja concessão tenha sido preenchidos todos os
requisitos.

c) Os dependentes do segurado que falecer após a perda da


qualidade de segurado não terão direito à pensão por morte, salvo
se o segurado já fazia jus à obtenção de aposentadoria.
DO RESTABELECIMENTO DA QUALIDADE
DE SEGURADO
 

Existem duas espécies de restabelecimento que são:


 
- Primeira, ocorre de imediato, que são nas espécies de prestações
que não exigem carência, como a aposentadoria por invalidez,
auxílio acidente e pensão por morte.

- Segunda, vem regulamentado pela Lei 8.213/91, ou seja, caso o


segurado perca a qualidade de segurado, pelo fato de ter expirado o
prazo do período de graça, se recupera a qualidade se segurado,
se cumprir 1/3 do número de contribuições exigidas para o
cumprimento da carência definida para o benefício a ser requerido. 
Ex.: empregado homem com 32 anos de contribuição perde o emprego
e permanece 5 anos sem contribuir; para que possa aposentar-se,
necessita de 180 contribuições; para computar o tempo anterior,
precisa voltar a contribuir com pelo menos um terço do novo período
de carência, isto é, 60 meses; somente depois desse tempo é que
os 32 anos anteriores são novamente considerados.
 
Quer dizer que não basta contribuir com 3 anos (tempo que falta
para a aposentadoria por 35 anos de contribuição). Se nessa
hipótese o empregado pretendesse aposentadoria por invalidez por
doença, precisaria contribuir com no mínimo 4 meses (um terço da
carência de 12 contribuições)

Você também pode gostar