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Segurados e Dependentes–

Parte II

PROFº Christiane
Passos
ROTEIRO DA AULA
• 1. Segurados:
• 5. Aposentadorias:
• 1.2 manutenção , perda e reaquisição da qualidade de segurado;

• 2.Dependentes;
• 5.1 Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS);
• 2.1 conceito e classes de dependentes; • 5.2 aposentadoria especial;
• 2.2 perda da qualidade de dependente;
• 5.3 aposentadoria por idade;
• 3. Regras aplicáveis às prestações em geral:

• 3.1 períodos de carência; • 5.4 aposentadoria por tempo de contribuição;


• 3.2 contagem do período de carência;
• 5.4 aposentadoria por invalidez
• 4 Benefícios:

• 4.1 cálculo do valor dos benefícios;


• 6. Auxílio- doença.
• 4.2 salário de benefício e salário contribuição; • 7. Auxílio-acidente.
• 4.3 fator previdenciário e fórmula 85/95;
• 8. Serviço Social
• 4.4 salário de benefício das aposentadorias por idade e por tempo de contribuição: regras permanentes;

• 4.5 salário de benefício das aposentadorias por idade e por tempo de contribuição: regras de transição; • 9. Habilitação e reabilitação profissional.
• 4.4 Regras aplicáveis ao salário de benefício;
• 10. Prescrição e Decadência.
Segurados
• Manutenção da qualidade de segurado – “período de graça” – os segurados se
mantém enquanto estiverem efetuando o pagamento das contribuições
previdenciárias para o custeio do RGPS. Existem algumas situações em que o
segurado, embora não contribua, continua na condição de segurado. Denomina-
se esse período como período de graça. Durante esse período o segurado terá
direito a toda a cobertura previdenciária.

• Exemplo: caso durante o período de graça o segurado ficar incapaz total e


definitivamente para o trabalho, terá direito à cobertura previdenciária de
aposentadoria por invalidez, se cumprida a carência, quando for o caso.
Período de graça
• Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, • VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o
independentemente de contribuições: segurado facultativo.
• I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício; • § 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e
quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e
• II - até 12 (doze) meses após a cessação das vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a
contribuições, o segurado que deixar de exercer perda da qualidade de segurado.
atividade remunerada abrangida pela Previdência Social
• § 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12
ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração; (doze) meses para o segurado desempregado, desde que
• III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do
segurado acometido de doença de segregação Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
compulsória; • § 3º Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos
os seus direitos perante a Previdência Social.
• IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado
retido ou recluso; • § 4º A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte
ao do término do prazo fixado no Plano de Custeio da
• V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado Seguridade Social para recolhimento da contribuição referente
incorporado às Forças Armadas para prestar serviço ao mês imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados
militar; neste artigo e seus parágrafos. (PBPS)
Período de graça
• Art. 13. Mantém a qualidade de segurado, • § 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até vinte
independentemente de contribuições: e quatro meses, se o segurado já tiver pago mais de
cento e vinte contribuições mensais sem interrupção
• I - sem limite de prazo, quem está em gozo de que acarrete a perda da qualidade de segurado.
benefício;
• § 2º O prazo do inciso II ou do § 1º será acrescido de
• II - até doze meses após a cessação de benefício por doze meses para o segurado desempregado, desde que
incapacidade ou após a cessação das contribuições, o comprovada essa situação por registro no órgão
próprio do Ministério do Trabalho e Emprego.
segurado que deixar de exercer atividade
remunerada abrangida pela previdência social ou • § 3º Durante os prazos deste artigo, o segurado
conserva todos os seus direitos perante a previdência
estiver suspenso ou licenciado sem remuneração; social.
• III - até doze meses após cessar a segregação, o • § 4º Aplica-se o disposto no inciso II do caput e no § 1º
segurado acometido de doença de segregação ao segurado que se desvincular de regime próprio de
compulsória; previdência social. (Incluído pelo Decreto nº 3.265, de
1999)
• IV - até doze meses após o livramento, o segurado • § 5º A perda da qualidade de segurado não será
detido ou recluso; considerada para a concessão das aposentadorias por
tempo de contribuição e especial. (Incluído pelo
• V - até três meses após o licenciamento, o segurado Decreto nº 4.729, de 2003)
incorporado às Forças Armadas para prestar serviço • § 6º Aplica-se o disposto no § 5º à aposentadoria por
militar; e idade, desde que o segurado conte com, no mínimo, o
número de contribuições mensais exigido para efeito
• VI - até seis meses após a cessação das contribuições, de carência na data do requerimento do benefício.
o segurado facultativo. (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de 2003) (RPS)

Perda da qualidade de segurado

• Regra geral – transcorrido o período de graça, sem que o segurado volte a


contribuir com a previdência social pelo RGPS, ocorrerá a perda da qualidade
de segurado.

• Art. 102 PBPS – preconiza que a perda da qualidade de segurado acarreta a


perda de qualquer cobertura previdenciária.
• O art. 15, § 4º do PBPS prevê que a perda da qualidade de segurado ocorrerá
no dia seguinte ao do término do prazo fixado no Plano de Custeio da
Seguridade Social (PCSS) para recolhimento da contribuição referente ao mês
imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados no referido artigo e
seus parágrafos.
Exceções
• Existem situações em que a perda da qualidade de segurado não acarretará a
perda do direito à cobertura previdenciária. Hipóteses taxativas enumeradas
pela lei:

• a) aposentadorias por tempo de contribuição especial: art. 3º da Lei


10.666/2003 e o art. 13, § 5º do RPS preveem que a perda da qualidade de
segurado não impede a concessão das aposentadorias por tempo de
contribuição e especial. Se o segurado cumpriu a carência prevista em lei para a
obtenção desses benefícios, mesmo que tenha perdido a qualidade de
segurado, não retirará a possibilidade de usufruir do benefício que contribui,
sob pena de enriquecimento ilícito. (direito adquirido).
Exceções

b) aposentadoria por idade: art. 3º, § 1º da Lei


10.666/2003 preconiza que: “Na hipótese de
aposentadoria por idade, a perda da qualidade de
segurado não será considerada para a concessão desse
benefício, desse que o segurado conte com, no mínimo, o
tempo de contribuição correspondente ao exigido para
efeito de carência na data do requerimento do
benefício.”
A carência a considerar é da data do requerimento do
benefício e não da data em que o segurado completou a
idade.
• c) pensão por morte após a perda da
qualidade de segurado: em regra geral, uma
vez perdida a qualidade de segurado, tanto
este quanto seus dependentes deixam de ter
direito a qualquer cobertura previdenciária.
Ocorre que, existem situações em que o
segurado já havia cumpridas as exigências
legais para a aposentadoria, sendo certo que
Exceções se estivesse vivo seria concedido tal benefício.
Em assim sendo, os dependentes estarão
garantidos quanto ao benefício da pensão por
morte, conforme disposto no art. 102, § 2º do
PBPS e art. 180, § 2º do RPS.
• STJ – em Recurso Especial julgado sob o rito dos
Recursos Repetitivos, adotou o seguinte
entendimento:

• “(...) I – A condição de segurado do de cujus é


requisito necessário ao deferimento do benefício de
pensão por morte ao(s) seu(s) dependente(s).
Excepciona-se essa regra, porém, na hipótese de o
falecido ter preenchido, ainda em vida, os requisitos
necessários à concessão de uma das espécies de

Exceções aposentadoria do Regime Geral de Previdência Social


– RGPS. Precedentes.

• II – In casu, não detendo a de cujus, quando do evento


morte, a condição de segurada, nem tendo
preenchido em vida os requisitos necessários à sua
aposentação, incabível o deferimento, do benefício de
pensão por morte aos seus dependentes (...)” (Resp
1.110.565, 3ª Seção, Rel. Min. Felix Fischer, Dje
03.08.2009)
Exceções
• d) aposentadoria por invalidez: não perde a qualidade de segurado
aquele que deixa de contribuir em razão de incapacidade para o
trabalho, tendo direito à aposentadoria por invalidez.
• A incapacidade total ou parcial, temporária ou permanente, é
contingência geradora de necessidade protegida pela Previdência
Social, que, uma vez configurada, dá direito a um benefício por
incapacidade (auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez) a
depender do tipo de incapacidade, que, por várias razões, pode não ter
sido exercido pelo segurado durante o período de graça.
• Ao término do período de graça
haverá a perda da qualidade de
segurado, mas, caso o mesmo
Reaquisição queira impedir que isso ocorra,
deverá providenciar o
da recolhimento da contribuição
qualidade previdenciária referente ao mês
imediatamente posterior ao final
de segurado dos prazos fixados no art. 15 do
PBPS e art. 14 do RPS.
Dependentes

• Os dependentes estão expressamente relacionados na lei


previdenciária.
• A relação entre o dependente e a Previdência Social somente se
estabelece quando não mais é possível a relação entre esta e o
segurado. Não existe hipótese de cobertura simultânea entre o
segurado e o dependente.
• Art. 17, § 1º PBPS: a inscrição do dependente se dá por ocasião do
requerimento do benefício a que tiver direito.
Dependentes

• Art. 22. A inscrição do dependente do segurado será • c) equiparado a filho - certidão judicial de tutela e, em se
promovida quando do requerimento do benefício a tratando de enteado, certidão de casamento do segurado
que tiver direito, mediante a apresentação dos e de nascimento do dependente, observado o disposto
seguintes documentos: no § 3º do art. 16;

• I - para os dependentes preferenciais: • II - pais - certidão de nascimento do segurado e


documentos de identidade dos mesmos; e
• a) cônjuge e filhos - certidões de casamento e de
• III - irmão - certidão de nascimento.
nascimento;
• b) companheira ou companheiro - documento de
identidade e certidão de casamento com averbação • omissis
da separação judicial ou divórcio, quando um dos
companheiros ou ambos já tiverem sido casados, ou
de óbito, se for o caso; e • (Decreto 3.048/1999 - RPS)
Dependentes

Classe de dependentes – cada


inciso corresponde a uma classe. A
Os dependentes do segurado estão
jurisprudência tem o entendimento
enumerados no art. 16 do PBPS.
de que o rol de dependentes do
referido artigo é taxativo.
Dependentes
• “(...) 1. O benefício de pensão por morte pressupõe: a) óbito do
instituidor que mantinha a condição de segurado; b) qualidade de
dependente; e c) dependência econômica (art. 74 da Lei 8.213/91). 2. O
rol de dependentes previdenciários, estabelecido no art. 16 da Lei
8.213/91, é taxativo e não inclui a figura de tutor de menor sob guarda
(...)” (TRF 1ª Região, AC 00349247620074019199, 2ª Turma, Rel. Juiz Fed.
Conv. Cleberson José Rocha, e-DJF1 10.01.2014, p. 126).
Dependentes
• Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência • § 3º Considera-se companheira ou companheiro a
Social, na condição de dependentes do segurado: pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com
o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do
• I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não art. 226 da Constituição Federal .
emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) • § 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no
anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou inciso I é presumida e a das demais deve ser
comprovada
mental ou deficiência grave; (Redação dada pela Lei nº
13.146, de 2015) (Vigência) • § 5º As provas de união estável e de dependência
econômica exigem início de prova material
• II - os pais; contemporânea dos fatos, produzido em período não
superior a 24 (vinte e quatro) meses anterior à data do
óbito ou do recolhimento à prisão do segurado, não
• III - o irmão de qualquer condição menor de 21 (vinte e um) admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto
anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou na ocorrência de motivo de força maior ou caso
mental ou deficiência grave, nos termos do regulamento; fortuito, conforme disposto no regulamento. (Incluído
pela Lei nº 13.846, de 2019)
(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) (Vigência)
• § 6º Na hipótese da alínea c do inciso V do § 2º do art.
• § 1º A existência de dependente de qualquer das classes 77 desta Lei, a par da exigência do § 5º deste artigo,
deverá ser apresentado, ainda, início de prova material
deste artigo exclui do direito às prestações os das classes que comprove união estável por pelo menos 2 (dois)
seguintes. anos antes do óbito do segurado. (Incluído pela Lei nº
13.846, de 2019)
• § 2º .O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho • § 7º Será excluído definitivamente da condição de
mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependente quem tiver sido condenado criminalmente
dependência econômica na forma estabelecida no por sentença com trânsito em julgado, como autor,
coautor ou partícipe de homicídio doloso, ou de
Regulamento. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997) tentativa desse crime, cometido contra a pessoa do
segurado, ressalvados os absolutamente incapazes e os
inimputáveis. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)
Dependentes

• Dependente designado – art. 16, IV PBPS foi revogado pela Lei


9.032/1995, porém, a questão que se coloca é o direito intertemporal:
• A) o dependente designado que recebia cobertura previdenciária
desde a data anterior à Lei 9.032/95 permanece com o direito
adquirido do dependente designado;
• B) pessoa designada que pretende receber cobertura previdenciária na
hipótese de morte do segurado ou de seu recolhimento à prisão após
a vigência da Lei 9.032/95, não terá direito adquirido porque a
qualidade de dependente só poderia efetivar-se no momento da
morte do segurado ou de seu recolhimento à prisão.
Dependentes
• STJ: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO.
PENSÃO POR MORTE. DEPEDENTE DESIGNADO ANTES DA LEI 9.032/1995. ÓBITO
OCORRIDO APÓS O ADVENTO DA LEI N. 9.032/1995. INEXISTÊNCIA DE DIREITO
ADQUIRIDO. 1. A decisão agravada foi proferida em consonância com o
entendimento pacífico desta Corte no sentido de que a lei aplicável ao benefício
de pensão por morte é aquela vigente na data do óbito do segurado ocorrer após
a entrada em vigor da Lei n. 9.032/1995, que excluiu a figura do menor
designado do rol de dependentes de segurado, abrangido pelo Regime Geral da
Previdência Social (...)” (AGA 200801201425, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze).
Dependentes
• Súmula 4 do TNU dos Juizados Especiais Federais:

• “Não há direito adquirido, na condição de dependente, de pessoa


designada, quando o falecimento do segurado deu-se após o
advento da Lei n. 9.032/95.”
Dependentes

Só tem direito adquirido se


Dependente
o óbito do segurado ocorreu
designado
antes da Lei 9.032/95
Dependentes - Jurisprudência

• Súmula 63 da TNU: “A comprovação de união estável


para efeito de concessão de pensão por morte
prescinde de início de prova material.”
• “PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE.
COMPARTILHAMENTO DA PENSÃO ENTRE A VIÚVA E
CONCUBINA. IMPOSSIBILIDADEL. CONCOMITÂNCIA
ENTRE CASAMENTO E CONCUBINADO ADULTERINO
IMPEDE A CONSTITUIÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL, PARA
FINS PREVIDENCIÁRIOS, RECURSO ESPECIAL, PROVIDO.
(Resp 1.104.316, 6ª Turma, Rel. Min. Maria Thereza de
Assis Moura, Dje 18.05.2009).
• Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência
Social, na condição de dependentes do segurado:

• Omissis

• § 6o Considera-se união estável aquela configurada na


convivência pública, contínua e duradoura entre o homem e a
mulher, estabelecida com intenção de constituição de família,
observado o § 1o do art. 1.723 do Código Civil, instituído pela
Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002. (Redação dada pelo
Decreto nº 6.384, de 2008).

Dependentes -
ANTES DA LEI
Dependentes - Jurisprudência

• Ação Civil Pública – companheiro homossexual está


incluído na primeira classe dos dependentes do segurado
por força de decisão proferida na referida ação. (Proc.
2000.71.00.009347-0, 3ª Vara Federal Previdenciária de
Porto Alegre – RS).

• Súmula 37 da TNU: “A pensão por morte, devida ao filho


até os 21 anos de idade, não se prorroga pela pendência de
curso universitário.”

• Súmula 340 do STJ: “A lei aplicável à concessão de pensão


previdenciária por morte é aquela vigente na data do óbito
do segurado.”
Dependentes - Jurisprudência

• Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) – a guarda confere à


criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os fins e efeitos
de direito, inclusive previdenciários (art. 33, § 3º).
• IN INSS/DC n. 106 de 14.04.2004 – os menores sob guarda judicial continuam
tendo a qualidade de dependentes mesmo após a publicação da Lei 9.528/97,
os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Sergipe e Tocantins.

• Contudo, foi concedida liminar na Ação Civil Pública n. 970057902-6, que


tramitou na 7ª Vara Federal Previdenciária de São Paulo, foi cassada pelo STJ
de modo que a IN INSS/DC n. 106/2004 não se aplica mais ao Estado de São
Paulo.
Dependentes - Jurisprudência
• STJ em Embargos de Divergência – a lei previdenciária por se especial,
prevalece sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, de modo que, a
partir da Lei 9.528/97, o menor sob guarda judicial está excluído do rol de
dependentes do segurado.

• Irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido


ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, que só
tem cobertura previdenciária na hipótese de inexistência de dependentes da
1ª e 2ª classes (art. 16, § 1º) deverá comprovar a dependência econômica,
assim como os pais em relação ao filho (mesmo que não exclusiva).
Perda da qualidade de dependente

• Art. 17 A perda da qualidade de dependente ocorre:

• I - para o cônjuge, pelo divórcio ou pela separação judicial ou de fato,


enquanto não lhe for assegurada a prestação de alimentos, pela anulação do
casamento, pelo óbito ou por sentença judicial transitada em julgado;
(Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

• II - para a companheira ou companheiro, pela cessação da união estável com


o segurado ou segurada, enquanto não lhe for garantida a prestação de
alimentos;
III - ao completar vinte e um anos de idade, para o filho, o irmão, o enteado ou o
menor tutelado, ou nas seguintes hipóteses, se ocorridas anteriormente a essa
idade: (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

a) casamento; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

b) início do exercício de emprego público efetivo; (Redação dada pelo Decreto nº


10.410, de 2020).

Perda da c) constituição de estabelecimento civil ou comercial ou pela existência de relação


de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos

qualidade de tenha economia própria; ou (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

d) concessão de emancipação, pelos pais, ou por um deles na falta do outro, por

dependente meio de instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por


sentença judicial, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; e
(Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

e) da concessão de emancipação, pelos pais, ou de um deles na falta do outro,


mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por
sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; e
(Incluído pelo Decreto nº 6.939, de 2009) (Revogado pelo Decreto nº 10.410, de
2020).
IV - para os dependentes em geral
a) pela cessação da invalidez ou da deficiência
intelectual, mental ou grave; ou (Redação dada pelo
Decreto nº 10.410, de 2020).

Perda da b) pelo falecimento.


§ 1º O filho, o irmão, o enteado e o menor tutelado,
desde que comprovada a dependência econômica dos
qualidade três últimos, se inválidos ou se tiverem deficiência
intelectual, mental ou grave, não perderão a qualidade
de dependentes desde que a invalidez ou a deficiência
de intelectual, mental ou grave tenha ocorrido antes de
uma das hipóteses previstas no inciso III do caput.

dependente (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)


§ 2º Para fins do disposto no § 1º, a data de início da
invalidez ou da deficiência intelectual, mental ou grave
será estabelecida pela Perícia Médica Federal.
(Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
Regras aplicáveis às prestações
em geral
Período de carência

• O sistema previdenciário exige o cumprimento de


carência para a obtenção de determinadas prestações,
por outro lado, em algumas situações existe a dispensa
da carência, para a manutenção do equilíbrio financeiro
e atuarial do sistema.

• Carência: número mínimo de contribuições mensais


(art. 24 PBPS art. 26 RPS). Período no qual o segurado
contribui, mas não tem direito a certas prestações.
• Inicia-se a partir do transcurso do primeiro dia dos
meses de competência das contribuições pagas.
Período de carência

• Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições


mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício,
consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas
competências. (PBPS)
Período de Carência - RPS
• Art. 26. Período de carência é o tempo correspondente ao número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao

benefício, consideradas as competências cujo salário de contribuição seja igual ou superior ao seu limite mínimo mensal.

• § 1º Para o segurado especial, considera-se período de carência, para fins de concessão dos benefícios de que trata o inciso I do § 2º do art. 39, o tempo

mínimo de efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, igual à quantidade de meses necessária à concessão do benefício

requerido.

• § 2º Será considerado, para efeito de carência, o tempo de contribuição para o Plano de Seguridade Social do Servidor Público anterior à Lei nº 8.647, de

13 de abril de 1993 , efetuado pelo servidor público ocupante de cargo em comissão sem vínculo efetivo com a União, autarquias, ainda que em regime

especial, e fundações públicas federais.

• § 3º Não é computado para efeito de carência o tempo de atividade do trabalhador rural anterior à competência novembro de 1991.

• § 4º Para efeito de carência, considera-se presumido o recolhimento das contribuições do segurado empregado, do trabalhador avulso e, relativamente ao

contribuinte individual, a partir da competência abril de 2003, as contribuições dele descontadas pela empresa na forma do art. 216.

• § 4º-A Para fins de carência, no caso de segurado empregado doméstico, considera-se presumido o recolhimento das contribuições dele descontadas pelo

empregador doméstico, a partir da competência junho de 2015, na forma prevista no art. 211.
Período de Carência - RPS
• § 4º-B Para o segurado empregado doméstico filiado ao RGPS
nessa condição até 31 de maio de 2015, o período de carência será
contado a partir da data do efetivo recolhimento da primeira
contribuição sem atraso.
• § 4º-C Para o período de filiação comprovado como empregado
doméstico sem a comprovação do recolhimento ou sem a
comprovação da primeira contribuição sem atraso, será reconhecido
o direito ao benefício na forma prevista no § 2º do art. 36,
independentemente da categoria do segurado na data do
requerimento.
• § 5º Observado o disposto no § 4º do artigo 13, as contribuições
vertidas para regime próprio de previdência social serão
consideradas para todos os efeitos, inclusive para os de carência.
• § 6º Para fins de carência, as contribuições anteriores à data de
publicação da Emenda à Constituição nº 103, de 12 de novembro de
2019, serão consideradas em conformidade com a legislação
vigente à época.
• Art. 28. O período de carência é contado:

• I - para o segurado empregado, inclusive o doméstico, e o trabalhador avulso, a partir da data de sua filiação ao RGPS; e

• II - para o segurado contribuinte individual, observado o disposto no § 4º do art. 26, e o segurado facultativo, inclusive o
segurado especial que contribua na forma prevista no § 2º do art. 200, a partir da data do efetivo recolhimento da primeira
contribuição sem atraso, e não serão consideradas, para esse fim, as contribuições recolhidas com atraso referentes a
competências anteriores, observado, quanto ao segurado facultativo, o disposto nos § 3º e § 4º do art. 11.

• § 1º Para o segurado especial que não contribui na forma do § 2º do art. 200, o período de carência de que trata o § 1º do art.
26 é contado a partir do efetivo exercício da atividade rural, mediante comprovação, na forma do disposto no art. 62.

• § 2º O período a que se refere o inciso XVIII do artigo 60 será computado para fins de carência.

• § 3º Para os segurados a que se refere o inciso II, optantes pelo recolhimento trimestral na forma prevista nos §§ 15 e 16 do
artigo 216, o período de carência é contado a partir do mês de inscrição do segurado, desde que efetuado o recolhimento da
primeira contribuição no prazo estipulado no referido § 15.

• § 4º Para os segurados a que se refere o inciso II do caput, na hipótese de perda da qualidade de segurado, somente serão
consideradas, para fins de carência, as contribuições efetivadas após novo recolhimento sem atraso, observado o disposto no
art. 19-E. (RPS)
Período de carência

Art. 1o A Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, passa a


vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 27-A. Na hipótese de perda da qualidade de
segurado, para fins da concessão dos benefícios de
auxílio-doença, de aposentadoria por invalidez, de
salário-maternidade e de auxílio-reclusão, o segurado
deverá contar, a partir da data da nova filiação à
Previdência Social, com metade dos períodos previstos
nos incisos I, III e IV do caput do art. 25 desta lei.” (Lei
13.846/2019)
Período de carência - RPS
• Art. 29. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social, ressalvado o
disposto no artigo 30, depende dos seguintes períodos de carência:
• I - doze contribuições mensais, nos casos de auxílio por incapacidade temporária e aposentadoria por
incapacidade permanente; e (Redação do inciso dada pelo Decreto Nº 10410 DE 30/06/2020).
• II - cento e oitenta contribuições mensais, nos casos de aposentadoria programada, por idade do
trabalhador rural e especial(Redação do inciso dada pelo Decreto Nº 10410 DE 30/06/2020).
• III - dez contribuições mensais, no caso de salário-maternidade, para as seguradas contribuinte
individual, especial e facultativa, respeitado o disposto no § 2º do artigo 93 e no inciso II do artigo
101. (Redação do inciso dada pelo Decreto Nº 3452 DE 09/05/2000).
• IV - vinte e quatro contribuições mensais, no caso de auxílio-reclusão. (Inciso acrescentado pelo
Decreto Nº 10410 DE 30/06/2020).
• Parágrafo único. Em caso de parto antecipado, o período de carência a que se refere o inciso III será
reduzido em número de contribuições equivalente ao número de meses em que o parto foi
antecipado. (Parágrafo acrescentado pelo Decreto Nº 3265 DE 29/11/1999).
Período de carência
Dispensa do período de carência: art. 26 PBPS e art. 30 RPS.

Hipóteses taxativas em que o cumprimento de carência é dispensado:

a) pensão por morte, salário-família, auxílio-acidente;

b) auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho,
bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em lista
elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma,
deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
Período de carência

III - os benefícios concedidos na forma do inciso I do art. 39, aos segurados


especiais referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei;

IV - serviço social;

V - reabilitação profissional.

VI – salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e


empregada doméstica. (Incluído pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
Período de carência
• Art. 30. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
• I - pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente de qualquer natureza, observado, quanto à pensão por morte, o
disposto no inciso V do caput e nos § 3º e § 4º do art. 114; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
• II - salário-maternidade, para as seguradas empregada, empregada doméstica e trabalhadora avulsa; (Redação dada pelo
Decreto nº 3.265, de 1999)
• III - auxílio por incapacidade temporária e aposentadoria por incapacidade permanente nos casos de acidente de qualquer
natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho e nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, seja
acometido de alguma das doenças ou afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Economia,
atualizada a cada três anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe
confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
• IV - aposentadoria por idade ou por invalidez, auxílio-doença, auxílio-reclusão ou pensão por morte aos segurados especiais,
desde que comprovem o exercício de atividade rural no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, ainda
que de forma descontínua, igual ao número de meses correspondente à carência do benefício requerido; e
• V - reabilitação profissional.
• § 1º Entende-se como acidente de qualquer natureza ou causa aquele de origem traumática e por exposição a agentes
exógenos, físicos, químicos ou biológicos, que acarrete lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda
ou a redução permanente ou temporária da capacidade laborativa. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
• § 2º Até que seja elaborada a lista de doenças ou afecções a que se refere o inciso III do caput, independerá de carência a
concessão de auxílio por incapacidade temporária e de aposentadoria por incapacidade permanente ao segurado que, após
filiar-se ao RGPS, seja acometido por alguma das seguintes doenças: (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
• I - tuberculose ativa; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
• II - hanseníase; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
• III - alienação mental; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
• IV - esclerose múltipla; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
• V - hepatopatia grave; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
• VI - neoplasia maligna; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
• VII - cegueira; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
• VIII - paralisia irreversível e incapacitante; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
• IX - cardiopatia grave; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
• X - doença de Parkinson; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
• XI - espondiloartrose anquilosante; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
• XII - nefropatia grave; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
• XIII - estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante); (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
• XIV - síndrome da imunodeficiência adquirida (aids); ou (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
• XV - contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
Período de carência
• Art. 151. Até que seja elaborada a lista de doenças mencionada no inciso II do
art. 26, independe de carência a concessão de auxílio-doença e de
aposentadoria por invalidez ao segurado que, após filiar-se ao RGPS, for
acometido das seguintes doenças: tuberculose ativa, hanseníase, alienação
mental, esclerose múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira,
paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson,
espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado da doença
de Paget (osteíte deformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida
(aids) ou contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina
especializada. (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) (PBPS)
Período de carência
Benefícios concedidos aos segurados especiais, no valor de um salário mínimo
(art. 39, I PBPS) – segurados especiais independente do pagamento de
contribuições, são os relacionados no art. 39, I PBPS: aposentadoria por idade;
aposentadoria por invalidez; auxílio-doença; auxílio-reclusão; pensão por morte,
todos com renda mensal igual a um salário mínimo. Esses estão dispensados do
cumprimento do período de carência uma vez que não estão obrigados a contribuir.
Porém, para ter direito a esses benefícios, devem comprovar o efetivo exercício de
atividade rural, ainda que de forma descontínua, pelo período correspondente ao
da carência do benefício. Ex.: se requerer o auxílio-doença, deverá comprovar o
efetivo exercício no trabalho rural pelo prazo de 12 meses, ainda que de forma
descontínua, no período imediatamente anterior ao do requerimento do benefício.
Período de carência

Regras gerais: art. 27 PBPS e art. 26 RPS.

Segurado especial – art. 26, § 1º PPS – considera-se período de carência, para fins de concessão dos benefícios de
que trata o inciso I do §2º do art. 39, o tempo mínimo de efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma
descontínua, igual à quantidade de meses necessária à concessão do benefício requerido. (Decreto 10.410/2020)

Servidores públicos titulares apenas de cargo em comissão – art. 26, § 2º RPS, aqueles que não possuem vínculo
efetivo com a União, Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas e Federais, são segurados
obrigatórios do RGPS, como empregados (art. 12, I, g PCSS). Para o cômputo efetivo de carência, contam com o
período em que contribuíram para Plano de Seguridade do Servidor Público. Portanto, quando requererem o
benefício previdenciário pelo RGPS, devem contar o período de contribuição para o regime próprio dos servidores
públicos (período anterior à vigência da Lei 8.647/93 – alterou o regime desses servidores)
Período de carência

• Período de atividade rural anterior à competência novembro de 1991 – sob a


vigência da lei anterior à Lei 8.213/91, o trabalhador rural não era segurado
obrigatório do RGPS, salvo quando submetido ao regime da CLT. O RGPS foi criado
a partir da Constituição Federal com o caráter contributivo não permitindo a
contagem do tempo de contribuição do período em que o trabalhador rural não
participava do custeio. Portanto, muito embora seja permitido computar o tempo
de serviço rural anterior ao PBPS, não é possível contá-lo para efeito de carência.
• Recolhimento das contribuições do
segurado empregado, inclusive o
doméstico, do trabalhador avulso e do
contribuinte individual – art. 26, § 4º RPS –
cabe ao empregador o recolhimento das
contribuições do segurado empregado

Período de doméstico, e do trabalhador avulso. Por


esse motivo considera-se presumido o

carência
recolhimento. A partir da competência
abril/2003 a referida presunção favorece o
contribuinte individual, quando as
contribuições são dele descontadas pela
empresa à prestar serviço (art. 216, I, a
RPS).
Período de carência

Recolhimento de contribuições para regime próprio da


previdência – art. 26, § 5º RPS – aquele que possuía o
cargo efetivo e mesmo após a Lei 8.647/93, sai do serviço
público e passa a exercer atividade de filiação obrigatória
ao RGPS.

As contribuições vertidas para o regime próprio de


previdência dos servidores são também computadas para
efeito de carência. O antigo servidor público, agora
segurado do RGPS, se beneficia do disposto no art. 13, §
4º RPS.
Período de
Carência - RPS
Período de carência
• Cômputo do período de recolhimento anterior à perda da qualidade de
segurado – para que o segurado recupere sua condição deverá fazer nova
inscrição no RGPS. Somente após a nova filiação é que as contribuições pagas
anteriormente serão computadas para efeito de carência. O segurado, portanto,
deverá novamente cumprir a carência prevista no art. 29 do RPS para a
cobertura previdenciária que desejar obter.
• Para os segurados empregados, inclusive o doméstico, e trabalhador avulso –
o período de carência será computado a partir da data da filiação ao RGPS pois
o recolhimento de suas contribuições ficará a cargo do empregador.
Período de carência
• Para os segurados contribuinte individual, especial e facultativo –
desde que recolha como contribuinte individual ou facultativo (art.
200, § 2º RPS) – o período de carência é computado a partir da data
do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso. Antes
da edição da Lei Complementar 150/2015 esse dispositivo aplicava-se
aos empregados domésticos.
• Com relação às contribuições recolhidas anteriormente com atraso
não são consideradas para o efeito de carência. Já para o segurado
especial, que não esteja inscrito no sistema como contribuinte
individual, não haverá comprovação da carência, mas de efetivo
exercício em atividade rural. Comprova-se através de documentos
(art. 62, RPS). REVOGADO PELO DECRETO 10.410/2020
Período de carência

Espécies Início da contagem de período de


carência
Segurado empregado A partir da data da filiação ao RGPS
Segurado empregado doméstico (LC
150/2015)
Segurado trabalhador avulso
Segurado contribuinte individual A partir da data do recolhimento da
Segurado facultativo primeira contribuição sem atraso
Segurado especial que contribui como
contribuinte individual
Valor dos benefícios

• Art. 28. O valor do benefício de prestação continuada,


inclusive o regido por norma especial e o decorrente de
acidente do trabalho, exceto o salário-família e o salário-
maternidade, será calculado com base no salário-de-
benefício. (PBPS)
Valor dos benefícios

Redação original Lei 9.032/1995


Art. 28. O valor do benefício de prestação Art. 28. O valor do benefício de prestação
continuada, inclusive o regido por norma continuada, inclusive o regido por norma
especial, exceto o salário-família e o salário- especial e o decorrente de acidente do
maternidade, será calculado com base no trabalho, exceto o salário-família e o salário-
salário de benefício. maternidade, será calculado com base no
salário de benefício.
Valor dos benefícios - PBPS
• Art. 29. O salário-de-benefício consiste: (Redação dada pela
Lei nº 9.876, de 26.11.99)
• I - para os benefícios de que tratam as alíneas b e c do inciso I
do art. 18, na média aritmética simples dos maiores salários-
de-contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o
período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário;
• II - para os benefícios de que tratam as alíneas a, d, e e h do
inciso I do art. 18, na média aritmética simples dos maiores
salários-de-contribuição correspondentes a oitenta por cento
de todo o período contributivo.
Valores dos benefícios - PBPS
• § 1º No caso de aposentadoria por tempo de serviço, especial ou
por idade, contando o segurado com menos de 24 (vinte e quatro)
contribuições no período máximo citado, o salário-de-benefício
corresponderá a 1/24 (um vinte e quatro avos) da soma dos
salários-de-contribuição apurados.
• § 2º O valor do salário-de-benefício não será inferior ao de um
salário mínimo, nem superior ao do limite máximo do salário-de-
contribuição na data de início do benefício.
• § 3º Serão considerados para cálculo do salário-de-benefício os
ganhos habituais do segurado empregado, a qualquer título, sob
forma de moeda corrente ou de utilidades, sobre os quais tenha
incidido contribuições previdenciárias, exceto o décimo-terceiro
salário (gratificação natalina).
Valores dos benefícios - PBPS
• § 4º Não será considerado, para o cálculo do salário-de-benefício, o
aumento dos salários-de-contribuição que exceder o limite legal,
inclusive o voluntariamente concedido nos 36 (trinta e seis) meses
imediatamente anteriores ao início do benefício, salvo se
homologado pela Justiça do Trabalho, resultante de promoção
regulada por normas gerais da empresa, admitida pela legislação
do trabalho, de sentença normativa ou de reajustamento salarial
obtido pela categoria respectiva.
• § 5º Se, no período básico de cálculo, o segurado tiver recebido
benefícios por incapacidade, sua duração será contada,
considerando-se como salário-de-contribuição, no período, o
salário-de-benefício que serviu de base para o cálculo da renda
mensal, reajustado nas mesmas épocas e bases dos benefícios em
geral, não podendo ser inferior ao valor de 1 (um) salário mínimo.
Valores dos benefícios - PBPS

• § 6o O salário-de-benefício do segurado especial consiste no


valor equivalente ao salário-mínimo, ressalvado o disposto no
inciso II do art. 39 e nos §§ 3o e 4o do art. 48 desta Lei.
(Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008)
• § 7o O fator previdenciário será calculado considerando-se a
idade, a expectativa de sobrevida e o tempo de contribuição do
segurado ao se aposentar, segundo a fórmula constante do
Anexo desta Lei.
• § 8o Para efeito do disposto no § 7o, a expectativa de
sobrevida do segurado na idade da aposentadoria será obtida a
partir da tábua completa de mortalidade construída pela
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE,
considerando-se a média nacional única para ambos os sexos.
Valores dos benefícios - PBPS

• § 9o Para efeito da aplicação do fator previdenciário, ao tempo de


contribuição serão adicionados:
• I - cinco anos, quando se tratar de mulher;
• II - cinco anos, quando se tratar de professor que comprove
exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério
na educação infantil e no ensino fundamental e médio;
• III - dez anos, quando se tratar de professora que comprove
exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério
na educação infantil e no ensino fundamental e médio.
Valores
dos
benefícios
- PBPS
Valor do salário-de-benefício - RPS
• Art. 32. O salário de benefício a ser utilizado para o cálculo dos benefícios de que trata
este Regulamento, inclusive aqueles previstos em acordo internacional, consiste no
resultado da média aritmética simples dos salários de contribuição e das remunerações
adotadas como base para contribuições a regime próprio de previdência social ou como
base para contribuições decorrentes das atividades militares de que tratam os art. 42 e
art. 142 da Constituição, considerados para a concessão do benefício, atualizados
monetariamente, correspondentes a cem por cento do período contributivo desde a
competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior a essa
competência. (Redação do caput dada pelo Decreto Nº 10410 DE 30/06/2020).
Valor do salário-de-benefício - RPS
• § 3º O valor do salário-de-benefício não será inferior ao de um salário mínimo,
nem superior ao limite máximo do salário-de-contribuição na data de início do
benefício.

• § 4º Serão considerados para o cálculo do salário de benefício os ganhos


habituais do segurado empregado, a qualquer título, sob forma de moeda
corrente ou de utilidades, sobre os quais tenha incidido contribuição
previdenciária, exceto o décimo terceiro salário, observado o disposto no art. 19-
E. (Redação do parágrafo dada pelo Decreto Nº 10.410 DE 30/06/2020).
Valores dos benefícios
• Para o cálculo do valor do benefício serão utilizados fatores: salário de
benefício, salário de contribuição, Período Básico de Cálculo (PBC) e
Fator Previdenciário (FP).

• Salário de benefício: é a base de cálculo da renda mensal inicial do


benefício previdenciário. Não deve ser confundido com o valor da renda
que o segurado receberá mensalmente. A renda mensal inicial é calculada
mediante a aplicação de um percentual sobre o valor do salário de
benefício apurado.
• Salário de contribuição: é a base de cálculo da contribuição do segurado.
Não deve ser confundido com o valor da contribuição recolhida aos cofres
da Previdência.
Valor dos benefícios
Salário de Base de cálculo da renda
benefício mensal inicial.

Salário de Base de cálculo da


contribuição contribuição do segurado.
Valores dos benefícios
• Art. 201, § 3º CF/88 – a atualização dos benefícios deve ser
realizado na forma da lei, de todos os salários de
contribuição considerados para o cálculo do benefício.
• A partir da vigência da Lei 8.213/91 os indexadores utilizados
na atualização monetária dos salários de contribuição
integrantes do período básico de cálculo são:
Valores dos benefícios
PERÍODO INDEXADOR FUNDAMENTO
De 03/91 a 12/92 INPC-IBGE Lei 8.213/91 (art. 31)
De 01/93 a 02/94 IRSM-IBGE Lei 8.542/92 (art. 9º, § 2º)
De 03/94 a 06/94 URV Lei 8.880/94 (art. 21, § 1º)
De 07/94 a 06/95 IPC-r Lei 8.880/94 (art. 21, § 2º)
De 07/95 a 04/96 INPC-IBGE MPs 1.053/95 e 1.398/96 (art. 8º, §
3º)
De 05/96 a 05/2004 IGP-DI MP 1.440/96 (art. 8º, § 3º) e Lei
9.711/98 (art. 10)
De 06/2004 INPC-IBGE MP 167/2004 e Lei 10.887/2004
(art. 12)
Valores dos benefícios
Período Básico de Cálculo (PBC): é o período contributivo
considerado no cálculo do benefício.

PBC: antes da EC 20/1998 consistia nos 36 últimos salários de


contribuição do segurado.

EC 20 alterou o art. 201, § 3º - portanto o PBC passou a ser


regulado pela legislação ordinária.
:

Valores dos benefícios


PERÍODO BÁSICO DE CÁLCULO (PBC)

Direito adquirido antes da Lei 9.876/99 36 últimos salários de contribuição

Regras permanentes (ingresso após a Lei Todos os salários de contribuição de


9.876/99) todo o período contributivo

Regras transitórias (ingresso antes da Lei Todos os salários de contribuição de


9.876/99, mas sem cumprir todos os todo o período contributivo contado a
requisitos para o benefício) partir da competência julho/94
Fator Previdenciário – REVOGADO
• Fator previdenciário: foi criado pela Lei 9.876/99. É o resultado obtido
após a aplicação de uma fórmula, que se aplica sobre a média dos
salários de contribuição. O referido FP somente se aplicará para o cálculo
dos benefícios de aposentadoria por idade e aposentadoria por tempo de
contribuição. A fórmula do cálculo do FP é prevista no art. 32, § 11 RPS.

• Para o cálculo do FP serão considerados a idade, a expectativa de


sobrevida e o tempo de contribuição do segurado ao se aposentar. A
expectativa de vida é fixada pela tábua completa de mortalidade
construída pelo IBGE, considerando a média nacional única para ambos
os sexos (art. 29, § § 7º e 8º PBPS e art. 32, § § 11 e 12 RPS).
Fator Previdenciário
• f = Tc X a X 1 + (Id + Tc X a)
• Es 100

• O art. 32, § 12 RPS define os componentes da fórmula:


• f = fator previdenciário
• Es = expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria
• Tc = tempo de contribuição até o momento da aposentadoria
• Id = idade no momento da aposentadoria
• a = alíquota de contribuição correspondente a 0,31
Fator previdenciário - REVOGADO
• FP – tem como objetivo estimular a permanência do segurado em
atividade formal, retardando a sua aposentadoria evitando o
descréscimo no benefício; compensa o limite de idade que foi
rejeitado quando da aprovação EC 20/98. Nesse sentido, retarda o
número de aposentadorias.

• MP 676/2015 – acrescentou o art. 29-C PBPS que permitiu ao


segurado optar por não aplicar o FP no cálculo da aposentadoria,
desde que cumprida a denominada regra 85/95. Dessa forma, a soma
da idade do segurado somado ao tempo de contribuição deverá
totalizar, na data do requerimento, 95 pontos, se homem, e 85
pontos, se mulher.
Regra 85/95
• MP 676/2015 – convolada em Lei 13.183/04.11.2015 (DOU 05.11.2015) –
adotou a fórmula 85/95, estabelecendo a majoração da pontuação em 1
ponto por ano a partir de 31.12.2018 até 31.12.2026.

• Aposentadoria por idade – o segurado pode optar por não aplicar o FP se


lhe for mais favorável a legislação anterior.
Fator previdenciário e fórmula 85/95
Fator previdenciário (FP) e Fórmula 85/95

FP ou fórmula 85/95 na aposentadoria por tempo de contribuição

FP opcional na aposentadoria por idade


Salário de benefício - PBPS
• Salário de benefício: art. 29 PBPS – para cada benefício de prestação
continuada há um conceito de salário de benefício. Significa a base de
cálculo da renda mensal do benefício.

As regras contemplam: a) as situações dos segurados que ingressaram


após a vigência da nova lei; b) as dos que já haviam cumprido todos os
requisitos para obterem o benefício antes da alteração legislativa; c) as
daqueles que, embora já estivessem no sistema previdenciário, não
haviam ainda cumprido todos os requisitos antes da vigência da nova
lei.
Salário de benefício
SALÁRIO DE BENEFÍCIO

Direito adquirido Requisitos cumpridos antes da nova lei

Regras permanentes Para os que ingressaram no RGPS após a nova lei

Regras transitórias Para os que ingressaram no RGPS antes da nova lei, mas
ainda não cumpriram todos os requisitos
Salário de benefício
• Direito adquirido: a maior parte das ações previdenciárias
concentram-se na questão do direito adquirido ao cálculo do salário
de benefício, em razão das constantes modificações que atingiram
Período Básico de Cálculo e a correção monetária dos salários de
contribuição.
• Terá direito adquirido o segurado que cumpriu todos os requisitos
para obter benefício antes da modificação da legislação.
Salário de benefício
• STF: “Recurso extraordinário. Revisão de benefício previdenciário. Decreto
89.312/84 e Lei 8.213/91. Inexistência, no caso, de direito adquirido. – Esta
Corte há muito firmou o entendimento de que o trabalhador tem direito
adquirido a, quando aposentar-se, ter os seus proventos calculados em
conformidade com a legislação vigente ao tempo em que preencheu os
requisitos para a aposentadoria, o que, no caso, foi respeitado, mas não
tem ele direito adquirido ao regime jurídico que foi observado para esse
cálculo quando da aposentadoria, o que implica dizer que, mantido o
quantum daí resultante, esse regime jurídico pode ser modificado pela
legislação posterior, que, no caso, aliás, como reconhece o próprio
recorrente, lhe foi favorável. O que não é admissível, como bem salientou o
acórdão recorrido, é pretender beneficiar-se de uma sistema híbrido que
conjugue os aspectos mais favoráveis de cada uma dessas legislações.
Recurso extraordinário não conhecido.” (RE 278.718/SP, Rel. Min. Moreira
Alves, DJ 14.06.2002)
PERÍODO
BÁSICO DE
CÁLCULO
lOPS (sem Decreto 710/69 Lei 6.423/77 CF/88 e Lei Lei 9.876/99
correção 8.213/91
monetária)
Aposentadoria 12 meses 36 meses, com 36 meses, com 36 meses, com Todo período
por tempo de correção correção correção contributivo,
contribuição monetária dos monetária dos monetária de com correção de
24 primeiros 24 primeiros todos os salários todos os salários
(índices do (ORTSN/OTN) de contribuição de contribuição
SAMTPS)
Aposentadoria 12 meses 36 meses, com 36 meses, com 36 meses, com Todo período
especial correção correção correção contributivo,
monetária dos monetária dos monetária de com correção de
24 primeiros 24 primeiros todos os salários todos os salários
(índices do (ORTSN/OTN) de contribuição de contribuição
SAMTPS)
Aposentadoria 12 meses 12 meses, sem 12 meses sem 36 meses, com Todo período
por invalidez correção monetária correção monetária correção monetária contributivo, com
de todos os salários correção de todos os
de contribuição salários de
contribuição

Pensão por 12 meses 12 meses, sem 12 meses, sem


morte correção monetária correção monetária
Auxílio-doença 12 meses 12 meses, sem 12 meses, sem 36 meses, com Todo período
correção monetária correção monetária correção monetária contributivo, com
de todos os salários correção de todos os
de contribuição salários de
contribuição

Aposentadoria 12 meses 36 meses, com 36 meses, com 36 meses, com Todo período
por idade correção monetária correção monetária correção monetária contributivo, com
dos 24 primeiros dos 24 primeiros de todos os salários correção de todos os
(índices do SAMTPS) (ORTSN/OTN) de contribuição salários de
contribuição
Aposentadoria - espécies
• Aposentadoria por invalidez ou por invalidez permanente
(EC 103/19): a contingência invalidez está prevista no art.
201, I da CF/88 e nos arts. 42 a 47 PBPS, regulamentada nos
arts. 43 a 50 RPS. Definição – incapacidade total e
impossibilidade de reabilitação para o exercício de atividade
que garanta a subsistência do segurado. A incapacidade é
exclusivamente profissional.
• Comprova-se através de perícia médica a cargo do INSS,
podendo, o segurado, ser acompanhado por médico de sua
confiança.
Aposentadorias - espécies
• Sujeito ativo: segurado
• Sujeito passivo: INSS
• Aposentadoria valetudinária: art. 45 PBPS – o valor da
aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da
assistência permanente de outra pessoa será acrescido de
25%. Com a morte do aposentado, o acréscimo de 25% deixa
de ser pago, não incorporando-se ao valor da pensão por
morte.
Aposentadorias - espécies
• Aposentadoria por idade – art. 201, I CF/88 – contingência idade
avançada. Presume-se a incapacidade para o trabalho.
• Segurados urbanos: homens – 65 anos; mulheres – 62 anos.

• Segurados rurais: homens – 60 anos; mulheres – 57 anos.

• Voluntária: requerida pelo segurado – regra


• Compulsória: afastamento obrigatório com a idade de 75 anos –
EC 103/2019.
Art. 40. O regime próprio de previdência social
dos servidores titulares de cargos efetivos terá
caráter contributivo e solidário, mediante
contribuição do respectivo ente federativo, de
servidores ativos, de aposentados e de
pensionistas, observados critérios que preservem
o equilíbrio financeiro e atuarial. (Redação dada
Constituição pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

Federal – EC
103/2019 II - compulsoriamente, com proventos
proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70
(setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e
cinco) anos de idade, na forma de lei
complementar; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 88, de 2015) (Vide Lei
Complementar nº 152, de 2015)
Aposentadorias - espécies
Sujeito ativo: o(a) segurado(a).
Sujeito passivo: INSS.
Termo inicial: a) a partir da data do desligamento do
emprego SE HOUVER, se requerida até 90 dias depois
desta; b) a partir da data do requerimento, se requerida
após 90 dias do desligamento do emprego; c) demais
segurados – a partir da data do requerimento; d)
benefício requerido ao Poder Judiciário – fixado a partir
do requerimento.
Aposentadorias - espécies
Aposentadoria por tempo de contribuição: art. 201, § 7º, I CF/88 – é
garantida ao segurado que completar 35 anos de contribuição, se
homem, e 30, se mulher.
Benefício requerido voluntariamente pelo segurado.
PBPS – denomina ainda como “aposentadoria por tempo de serviço”.
CNIS – Cadastro Nacional de Informações Sociais – são dados
constantes de vínculos, remunerações e contribuições, valem como
prova de filiação ao RGPS. Constatada irregularidade no CNIS, o
segurado pode pedir a retificação, apresentando documentos que
comprovem os dados divergentes (art. 19 RPS)
Aposentadorias - espécies

• Ação declaratória do tempo de serviço: o STJ tem fixado o


entendimento de que o tempo de serviço pode ser
comprovado por ação declaratória.
Aposentadorias por tempo de serviço - EXTINTO
• Segurados que ingressaram no RGPS a partir da vigência do PBPS e
antes da EC 20/98, mas não tinham cumprido todos os requisitos para
a aposentadoria até a data da promulgação.
• Sujeito ativo: segurado.
• Sujeito passivo: INSS.
• Carência: 180 contribuições mensais.
• Renda Mensal Inicial (RMI); 70% do salário de benefício (aos 25 anos de
contribuição, se mulher, e aos 30 anos, se homem) + 5% por cada novo
ano completo de contribuição, que sugere o tempo mínimo, até o
máximo de 100% do salário de benefício. Aplica-se o fator
previdenciário.
• Termo inicial: idêntico ao aposentado por tempo de contribuição.
• Termo final: morte do segurado.
Aposentadoria por tempo de serviço - EXTINTO
• Segurados que ingressaram no RGPS antes da vigência do PBPS, mas
ainda não tinham completado todos os requisitos para se
aposentarem na data da promulgação da EC 103/2019.
• Sujeito ativo: segurado trabalhador urbano e trabalhador e empregador
rural, trabalhador avulso etc.
• Sujeito passivo: INSS.
• Carência: número de contribuições mensais previstas na tabela do art.
142 PBPS.
• Renda Mensal Inicial (RMI); 100% do salário de benefício, multiplicado
pelo fator previdenciário ou 100% do salário de benefício quando
aplicada a fórmula 85/95.
• Termo inicial: idêntico ao aposentado por tempo de contribuição.
• Termo final: morte do segurado.
Aposentadoria especial
• Aposentadoria especial – benefício criado desde a Lei 3.807/60 que sofreu
diversas alterações. É uma espécie de aposentadoria para trabalhadores que
trabalham em condições especiais em efetiva exposição a agentes químicos,
físicos, biológicos ou associação de agentes de forma permanente, não ocasional
nem intermitente.
• Carência: 180 contribuições mensais.
• Sujeito ativo: empregado, trabalhador avulso, contribuinte individual.
• Sujeito passivo: INSS.
• RMI: 100% do salário de benefício.
• Termo inicial: segurado empregado – data do desligamento do emprego – se até
90 dias, data da entrada do requerimento – se após 90 dias; demais segurados –
data da entrada do requerimento; sentença de procedência – sem pedido
administrativo – data do ajuizamento da ação, com pedido administrativo – DER.
• Termo final: data da morte do segurado; data da volta do segurado ao exercício
de outra atividade de natureza especial.
Aposentadorias - espécies
• Aposentadoria especial da pessoa com deficiência – segurado com deficiência
grave, moderada ou leve, que tenha contribuído pelo período respectivo.
• Carência: deficiência grave – homem, 25 anos de contribuição e mulher, 20 anos;
deficiência moderada – homem 29 anos e mulher, 24 anos; deficiência leve – homem
33 anos e mulher, 28 anos de contribuição.
• Sujeito ativo: segurado.
• Sujeito passivo: INSS.
• RMI: 100% do salário de contribuição.
• Termo inicial: data do requerimento.
• Termo final: morte do segurado.
Auxílio-doença
• Art. 201, I CF/88 – arts. 59 a 63 PBPS e arts. 71 a 80 RPS. Será devido ao
segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de carência
exigido pela PBPS, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua
atividade habitual por mais de 15 dias consecutivos.
• Sujeito ativo: segurado.
• Sujeito passivo: INSS.
• RMI: 91% do salário de benefício, inclusive decorrente de acidente do
trabalho, limitada, a partir de 01.03.2015, à média aritmética simples dos 12
últimos salários de contribuição.
• Termo inicial: segurado empregado – a partir do 16º dia contado do
afastamento da atividade; demais segurados – data do início da incapacidade.
• Termo final: dia em que cessar a incapacidade para o trabalho, conforme
perícia médica do INSS; dia em que o benefício for convertido em
aposentadoria por invalidez ou auxílio-acidente.
Auxílio-acidente
• Art. 86 PBPS – natureza indenizatória, alcança acidente de qualquer natureza, inclusive
do trabalho.

• Carência: independe de carência.

• Sujeito ativo: segurado empregado; doméstico; trabalhador avulso; segurado especial;


segurado desempregado se o acidente ocorrer dentro do período de graça.

• Sujeito passivo: INSS.

• RMI: 50% do salário de benefício.

• Termo inicial: o dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença; data do indeferimento


administrativo, se procedente o pedido judicial; data da apresentação do laudo pericial em
juízo, se não requerido administrativamente.

• Termo final: data da morte do segurado; véspera da aposentadoria, se acidente ocorreu a


partir da vigência da Lei 9.528/97.
Serviço social
• Art. 88 PBPS – compete ao Serviço Social esclarecer junto aos
beneficiários seus direitos sociais e os meios de exercê-los e
estabelecer conjuntamente com eles o processo de solução dos
problemas que emergirem da sua relação com a Previdência
Social, tanto no âmbito interno da instituição como na dinâmica
da sociedade.
• Compete ao serviço social, prestado a segurados e dependentes,
esclarecer aos beneficiários seus direitos sociais e os meios de
exercê-los. O exercício do serviço social será por meio de
intervenção técnica, assistência jurídica, ajuda material, recursos
sociais, intercâmbio com empresas e pesquisa social, sendo
permitida a celebração de convênios, acordos ou contratos.
Habilitação e reabilitação profissional
• Serviços que preparem para o retorno do segurado e
dependentes ao mercado de trabalho e para o convívio
social – independem de carência. Trata-se de um serviço
obrigatório para o segurado, ainda que aposentado.
• Exemplo: se ficar comprovado que o auxílio-doença foi
cessado sem que fosse o segurado submetido ao processo
de reabilitação, e que permaneceu incapacitado para o
exercício de sua atividade habitual, será considerada
indevida a cessação do benefício.
Prescrição e decadência
• Decadência - Art. 103 PBPS: 10 anos será o prazo
para o segurado ou beneficiário requer a revisão do
ato de concessão do benefício. (alterada pela Lei
10.839/2004)
• Súmula 81 TNU: “Não incide o prazo decadencial
previsto no art. 103, caput, da Lei 8.213/91, nos
casos de indeferimento e cessação de benefícios,
bem como em relação às questões não apreciadas
pela Administração no ato da concessão.”
Prescrição e decadência
• Prescrição – o segurado ou beneficiário terá o prazo de 5 anos para
ajuizamento de ação para cobrar as prestações vencidas ou quaisquer
restituições ou diferenças devidas pela Previdência Social – art. 103,
parágrafo único PBPS.

• Início da contagem: a partir da data do vencimento de cada parcela


mensal.
• Súmula 85 STJ: “Nas relações de trato sucessivo em que a Fazenda Pública
figure como devedora, quando não tiver sido negado o próprio direito
reclamado, a prescrição atinge apenas as prestações vencidas antes do
quinquênio anterior à propositura da ação.”
• Não corre prescrição: contra menores, incapazes e ausentes.
Regime Geral da Previdência
Social – Parte I
PROFº Christiane Passos
CONTATO – e-mail:

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