O documento descreve o Sistema Regional Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos, incluindo seus órgãos (a Comissão e a Corte Interamericana de Direitos Humanos), como é formado, e a importância de sistemas regionais de proteção de direitos humanos.
O documento descreve o Sistema Regional Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos, incluindo seus órgãos (a Comissão e a Corte Interamericana de Direitos Humanos), como é formado, e a importância de sistemas regionais de proteção de direitos humanos.
O documento descreve o Sistema Regional Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos, incluindo seus órgãos (a Comissão e a Corte Interamericana de Direitos Humanos), como é formado, e a importância de sistemas regionais de proteção de direitos humanos.
integralizar nota de trabalho da disciplina Direitos Humanos do Centro Universitário do Cerrado Patrocínio – UNICERP.
Professor: Renato Nunes
PATROCÍNIO
2016 1. INTRODUÇÃO
A nova organização internacional e consequentemente pós-Segunda Guerra
mundial, fez crescer a noção da necessidade de vinculação da democracia e dos direitos humanos. Surgindo no mundo diversos tratados que tem por objetivo consagrar as premissas básicas do ser humano, que antes não eram efetivadas ou esquecidas. Foi possível pela adoção mais internacional dos direitos humanos e mundial. Devido estas inovações o Brasil adotou vários tratados internacionais como o Pacto de San José da Costa Rica e participa de várias convenções de direitos humanos e sociais.
2. O SISTEMA REGIONAL INTERAMERICANO DE PROTEÇÃO DOS
DIREITOS HUMANOS E SEUS ÓRGÃOS.
O Sistema Regional Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos foi
desenvolvido pela Organização dos Estados Americanos (OEA) nos últimos 50 anos. Este sistema baseia-se através do trabalho de dois órgãos: A Comissão Interamericana de Direitos Humanos A Corte Interamericana de Direitos Humanos Composto cada um deles por sete membros, nomeados e eleitos pelos Estados na Assembleia Geral da OEA. Seus membros atuam individualmente, não havendo nenhuma vinculação com os seus governos, e não representando o país de sua nacionalidade. Atuam de acordo com as faculdades que foram permitidas pelos instrumentos legais que surgiram no decorrer da evolução do sistema interamericano. Cada órgão tem sua especificidade, porém eles podem atuar supervisionando o cumprimento, por parte dos Estados, dos tratados interamericanos de direitos humanos e têm competência para receber denúncias individuais de violação desses tratados. Ou seja, O Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos composto pela Comissão e a Corte tem competência para atuar quando um Estado parte da denúncia for acusado de violação de alguma cláusula contida em um tratado ou convenção. É necessário o cumprimento prévio de requisitos formais e substantivos que desde a Corte quanto a Comissão estabelecem para que a intervenção seja viável. O primeiro órgão a tomar conhecimento de uma denúncia individual é a Comissão e só em uma segunda etapa a própria Comissão poderá levar a denúncia perante a Corte. Somente denúncias de violações após 10 de dezembro de 1998 podem ser apresentadas devido o reconhecimento do Brasil na data. Porém as denúncias anteriores podem ser recebidas devido a competência que se estende a violações da Declaração Americana e da Convenção Americana desde a sua ratificação em 1992 pelo Brasil. 3. IMPORTÂNCIA DOS SISTEMAS REGIONAIS DE PROTEÇÃO DE DIREITOS HUMANOS
Os sistemas regionais de proteção dos direitos humanos que se destacam
são o Interamericano, Europeu e Africano. Estes três sistemas fazem parte de sistemas de integração nacional com atribuição mais ampla que apenas a defesa dos direitos humanos. Embora questionado seus surgimentos devido a regionalização dos sistemas, hoje não mais se questionam seus benefícios. A proximidade entre os países de uma região possibilita que uns influenciem o comportamento de outros e, assim, seja assegurada a observância a padrões comuns de respeito aos direitos humanos. Além disso, a comunhão de valores e condições socioeconômicas facilita a formulação de um standard mínimo de aplicação e interpretação dos tratados protetivo dos direitos humanos que possam servir como parâmetros inderrogáveis pelos Estados. (FIORATI, 1995, p. 179).
4. COMO É FORMADO O SISTEMA REGIONAL INTERAMERICANO DE
PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS.
O Sistema interamericano de direitos humanos é um dos três sistemas
regionais de proteção ao lado dos sistemas europeu e africano. É o segundo sistema regional mais consolidado no mundo. O sistema interamericano é formado por uma série de documentos internacionais, entre eles:
1. Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem (1948).
2. Convenção Americana de Direitos Humanos ou Pacto de San José (1969). 3. Protocolo Adicional à Convenção Americana ou Protocolo de San Salvador (1988). 4. Protocolo à Convenção Americana de Direitos Humanos para Abolição da Pena de Morte (1990). 5. Convenção Interamericana para Prevenir, Punir, e Erradicar a Violência contra a Mulher (1994). 6. Convenção Interamericana para prevenir e Punir a Tortura (1985). 7. Convenção Interamericana sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra Pessoas Portadoras de Deficiências (1999). 8. Convenção Interamericana sobre Desaparecimentos Forçados (1994). O Sistema Regional Interamericano consolida-se principalmente com o ressurgimento da democracia nas Américas. Sua estrutura central é estabelecida pela convenção Americana, adotada pela Organização dos Estados Americanos em 22/11/1969. Dos 35 Estados-membros da OEA, 25 são membros da Convenção. Um dos casos mais famosos que recorreu foi o Maria da Penha, que devido a demora da justiça penal brasileira em julgar a tentativa de homicídio contra Maria da Penha por seu ex-esposo. A Justiça deixou 15 anos sem que que houvesse uma sentença definitiva, até que a Comissão solicitou ao Estado que medidas fossem tomadas.
5. O QUE SIGNIFICA GARANTIR OS DIREITOS.
A obrigação de garantir e promover engloba vários aspectos, como:
A obrigação do Estado em adotar as disposições legislativas ou de
outro caráter necessárias para tornar efeitos os direitos e liberdades protegidos pelo tratado; Adotar medidas necessárias que possam prevenir as violações e como também investigar, processar e sancionar os responsáveis; Inclusive a obrigação de remediar a violação para estabelecer o seu estado anterior à violação ou, reparar as consequências caso não seja possível.
6. QUEM PODE APRESENTAR UMA DENÚNCIA.
Qualquer pessoa, grupo de pessoas ou organização não-governamental
(ONGs) pode apresentar uma petição à Comissão, em representação pessoal ou de terceiros, com a finalidade de denunciar uma violação aos direitos e liberdades protegidos pelos instrumentos interamericanos de direitos humanos.
7. CONCLUSÃO
Todas as inovações e as ferramentas que são eficientes na obtenção da
efetivação dos direitos humanos, O Sistema Interamericano de Direitos Humanos é pouco conhecido, estudado e muito menos utilizado no Brasil. A sua utilização é reduzida em comparação a outros países das Américas.
Na América Latina há países que a muito se utilizam de estratégias de ação a
trabalho e se beneficiando das suas decisões com o objetivo de fortalecer o ambiente democrático para quem sabe um dia alcançar a plena efetividade dos Direitos Humanos nos países que o adotam. REFERÊNCIAS
“O sistema interamericano de proteção dos direitos humanos e o direito
brasileiro”. Coordenação: Luiz Flávio Gomes e Flávia Piovesan. São Paulo: Editora revista dos tribunais, 2000
FIORATI, Jete Jane. A evolução jurisprudencial dos sistemas regionais
internacionais de proteção aos direitos humanos. Revista de informações Legislativa, v. 32, n. 127, jul/set. 1995, p. 177-190.
LUIGI, G. P. C. Sistema Interamericano de Direitos Humanos: breves linhas
sobre a Comissão e a Corte Interamericana de Direitos Humanos. Disponível em: < http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,sistema-interamericano-de-direitos- humanos-breves-linhas-sobre-a-comissao-e-a-corte-interamericana-de- direitos,51581.html>. Acesso em: 21 Nov. 2016.
Direitos Humanos da Pessoa Idosa: A Convenção Interamericana sobre a Proteção dos Direitos Humanos do Idoso e sua importância para o Direito brasileiro