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WBA1201_v1.

Prática da seguridade social


Regime próprio
Regime próprio (ações judiciais)

Bloco 1
David de Medeiros Bezerra
Regime próprio (ações judiciais)
É aquele que, mediante lei específica, prevê cobertura para os
servidores públicos civil, militar e das autarquias.
União possui dois regimes próprios: militar e civil.
Todos os estados possuem regimes próprios, mas nem todos
os municípios os têm.
Regime próprio (ações judiciais)
• Art. 40 da CF: O regime próprio de previdência social dos
servidores titulares de cargos efetivos terá caráter
contributivo e solidário, mediante contribuições do
respectivo ente federativo, de servidores ativos, de
aposentados e de pensionistas, observados critérios que
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial (BRASIL, 1988).
Regime próprio (ações judiciais)
• Características dos regimes próprios:

• Caráter contributivo.
• Equilíbrio financeiro e atuarial.
• Solidariedade.
Regime próprio (ações judiciais)
Prestações previdenciárias devidas aos servidores públicos
civis:
• Aposentadoria por incapacidade permanente.
• Aposentadoria especial.
• Aposentadoria voluntária.
• Aposentadoria compulsória (atualmente com 75 anos
de idade, independentemente do gênero).
• Abono anual (13º salário do servidor).
• Auxílio-natalidade.
Regime próprio (ações judiciais)
• Salário-família.
• Auxílio-doença (licença para tratamento de saúde).
• Licença à gestante (120 dias) ou à adotante (90 dias).
• Licença por acidente em serviço.
• Pensão por morte.
• Auxílio-funeral.
• Auxílio-reclusão.
Regime próprio
Regime próprio (ações judiciais)

Bloco 2
David de Medeiros Bezerra
Regime próprio (ações judiciais)
Regime de Previdência Complementar (RPC): art. 202 da CF.
O regime de previdência privada, de caráter complementar e
organizado de forma autônoma em relação ao RGPS, será
facultativo e baseado na constituição de reservas para
pagamento dos benefícios e regulado por Lei Complementar.
Regime próprio (ações judiciais)
• Características do RPC:

• Serão instituídos por lei de iniciativa do Poder


Executivo de cada ente público (União, Estados,
Distrito Federal e Municípios), por meio de entidades
fechadas de previdência complementar, de natureza
pública e oferecendo benefícios.
• Caráter facultativo.
Regime próprio (ações judiciais)
Instituída a previdência complementar, os servidores que nela
ingressarem terão o valor do benefício previdenciário limitado
ao teto do RGPS e poderão optar pela complementação dos
seus ganhos, visando melhorar o valor do benefício que
receberá a título de futura aposentadoria.
Regime próprio (ações judiciais)
Previdência privada: trata-se de modalidade complementar
aos benefícios do RGPS.
Características:
• Bilateralidade.
• Onerosidade.
• Solenidade.
• Boa-fé.
• Adesão.
Regime próprio
Regime próprio (ações judiciais)

Bloco 3
David de Medeiros Bezerra
Regime próprio (ações judiciais)
A previdência dos militares estabelece um prazo máximo de
permanência em cada posto da carreira, e quando passa para
a reserva, aquele que tenha cumprido com mais de 35 anos,
regra geral, de serviço, receberá proventos a título de
aposentadoria, equivalentes à remuneração do posto seguinte
da hierarquia.
Licenças e férias não usufruídas, são contadas em dobro, os
períodos respectivos.
Regime próprio (ações judiciais)
• Para se aposentarem, os parlamentares deverão ter 35
anos de exercício de mandato e 60 anos de idade ou esta
idade e 35 anos de contribuição aos sistemas
previdenciários existentes, desde que cumpridos os
requisitos, o parlamentar terá direito à aposentadoria com
proventos integrais.
Regime próprio (ações judiciais)
As ações judiciais, do Regime Próprio de Previdência, são as
mesmas do RGPS:

• Percepção do benefício.
• Reestabelecimento do benefício.
• Revisão do benefício.
• Defesas aos servidores em caso de dispensa a bem do
serviço público (exonerações) e perdas de cargos.
Regime próprio (ações judiciais)
Ações mais específicas como abonos, premiações, decênios,
quinquênios, gratificações tiradas ou não concedidas, sempre
dependerão da análise do caso concreto e das
particularidades de cada ente com seu servidor público.
Teoria em Prática
Bloco 4
David de Medeiros Bezerra
Reflita sobre a seguinte situação
Servidor do INSS que ingressou na carreira há mais de 10
anos, época que vigorava para progressão da carreira,
interstício de 12 meses com avaliação para habilitação ao
novo cargo.
Todavia, surge lei recente, sem decreto que a regulamentasse,
aumentando o prazo para 18 meses, mantendo a avaliação e
acrescentando participação em eventos capacitantes.
Questionamento
• A dúvida que surge, diante desta situação, consiste em
determinar se o servidor deverá, para fins de progressão,
utilizar o prazo de 12 meses ou 18 meses.

• Como lidar com este caso, no aspecto


administrativo/previdenciário?
Norte para a resolução
Declaração pela justiça de que o servidor terá direito à
progressão funcional e promoção com efeitos financeiros,
segundo o interstício de 12 meses, sendo o início dos efeitos
jurídicos e financeiros contados da data em que completados
os 12 meses de efetivo exercício e condenar o INSS a pagar as
diferenças remuneratórias decorrentes da incorreta
progressão funcional – 18 meses, e promoção com reflexos
sobre todas as demais verbas remuneratórias, limitadas ao
período prescricional até que sobrevenha a edição do decreto
regulamentador.
Dicas do(a) Professor(a)
Bloco 5
David de Medeiros Bezerra
Leitura Fundamental
Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis
em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o login
através do seu AVA). Algumas indicações também podem estar
disponíveis em sites acadêmicos como o Scielo, repositórios de
instituições públicas, órgãos públicos, anais de eventos
científicos ou periódicos científicos, acessíveis pela internet.
Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de
autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos que
você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve,
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na
construção da sua carreira profissional.
Por isso, te convidamos a explorar todas as possibilidades da
nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!
Indicação de leitura 1
Na reportagem do site “Mag Seguros”, Entenda o que muda
com a reforma da previdência para militares, encontramos as
recentes alterações da previdência dos militares.

Referência
MAGSEGUROS. Entenda o que muda com a reforma da previdência para militares.
Mag Seguros, Rio de Janeiro, 13 de julho de 2020.
Indicação de leitura 2
No artigo, Sobre a natureza jurídica dos planos de previdência
privada individual aberta, discorre o autor sobre qual é a
natureza jurídica destes planos, ativa financeira,
previdenciária ou securitária e qual o entendimento do STJ,
atualmente, e as consequências jurídicas decorrentes.

Referência
SALZER, Fernando. Sobre a natureza jurídica dos planos de previdência privada
individual aberta. CONJUR, Brasília, 23 de fevereiro de 2022.
Dica do(a) Professor(a)
Confira o vídeo O Brasil Aposentado, do canal Buenas Ideias,
do historiador Eduardo Bueno, em que conta de forma
divertida a história da previdência privada no Brasil.

O filme está disponível na íntegra no YouTube.


Referências
FARINELI, Alexsandro M. Prática Processual Previdenciária. 9. ed. Leme: Editora e
Distribuidora de Livros Mundo Jurídico, 2020.
GARCIA, Gustavo F. B. Manual de Direito Previdenciário. 4. ed. Salvador: Editora
Jus Podium, 2020.
HORVATH JÚNIOR, Miguel. Direito Previdenciário. 12. ed. São Paulo: editora
Riddel, 2020.
MAGSEGUROS. Entenda o que muda com a reforma da previdência para militares.
Mag Seguros, Rio de Janeiro, 13 de julho de 2020.
MARTINEZ, Wladimir N. Curso de Direito Previdenciário. 7. ed. São Paulo: Ltr,
2017.
SALZER, Fernando. Sobre a natureza jurídica dos planos de previdência privada
individual aberta. CONJUR, Brasília, 23 de fevereiro de 2022.
Bons estudos!

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