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Material Teórico
Prestações da previdência social
Revisão Textual:
Profa Ms Fernanda Garcez Lopes de Souza
Prestações da previdência social
• Período de carência
• Salário-de-benefício
Focaremos nossos estudos nas prestações da Previdência Social, o que envolverá a análise
dos conceitos de período de carência, salário-de-benefício e sua forma de cálculo, além do
famoso fator previdenciário.
O estudo do tema convém ser complementado com a leitura da bibliografia indicada no
Plano de Ensino, além de uma pesquisa na Biblioteca Virtual e Internet.
Para melhor estruturar seus estudos, leia o texto elaborado pelo professor; veja e ouça
a apresentação em PowerPoint da Unidade; aprofunde o tema, por meio da leitura de
quaisquer das obras indicadas na bibliografia; observe a indicação de capítulos de livros e
leituras sugeridas e realize as atividades de sistematização.
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Unidade: Prestações da previdência social
Contextualização
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Período de carência
Ideias-chave
Para o segurado especial não há necessidade de se falar em carência. Este deve comprovar apenas
o tempo mínimo de efetivo exercício de atividade rural em igual número de meses necessário à
concessão do benefício requerido, salvo quando ele opta por contribuir facultativamente.
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pre/un_IV/mat_comp/beneficios/engage.html
Além disso, não haverá carência para os segurados que, após sua filiação ao RGPS, forem
acometidos das doenças ou afecções seguintes:
I. tuberculose ativa;
II. hanseníase;
III. alienação mental;
IV. neoplasia maligna;
V. cegueira
VI. paralisia irreversível e incapacitante;
VII. cardiopatia grave;
VIII. doença de Parkinson;
IX. espondiloartrose anquilosante;
X. nefropatia grave;
XI. estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante);
XII. síndrome da deficiência imunológica adquirida - Aids;
XIII. contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada; e
XIV. hepatopatia grave.
Para melhor compreensão, tenha em mente o seguinte: o segurado filiado em data anterior a
25/07/1991 que queira se aposentar por idade no ano de 2008, deverá cumprir, além da idade
mínima, pelo menos 162 contribuições, ou seja, o equivalente a 13,5 anos de contribuição. Se
cumprir o requisito idade mínima em 2009, deverá contar com 168 contribuições, no mínimo,
para efeito de carência.
Para os filiados após 25/07/1991, aplica-se a norma vigente, ou seja, a que fixa a carência
em 180 contribuições mensais.
Salário-de-benefício
É o valor básico utilizado para o cálculo da renda mensal dos benefícios de prestação
continuada, inclusive os regidos por normas especiais, exceto o salário-família, o salário-
maternidade, a pensão por morte e os demais benefícios de legislação especial.
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Unidade: Prestações da previdência social
O salário-de-benefício consiste:
a) para os benefícios de aposentadoria por idade e por tempo de serviço, na média aritmética
simples dos maiores salários-de-contribuição correspondente a 80% de todo o período
contributivo, multiplicado pelo fator previdenciário.
No caso de segurado especial, quando não for inferior ao salário mínimo, consiste o salário-
de-benefício em:
a) para os benefícios de aposentadoria por idade e por tempo de serviço, em 1/13 (um
treze avos) da média aritmética simples dos maiores valores sobre os quais incidiu a sua
contribuição anual, correspondente a 80% de todo o período contributivo, multiplicado
pelo fator previdenciário;
Trocando Ideias
o valor do salário-de-benefício não será inferior a um salário mínimo nem superior ao limite
máximo de salário-de-contribuição na data do início do benefício.
Para o segurado contribuinte individual e para o facultativo optante pelo recolhimento trimestral,
que tenha solicitado qualquer benefício previdenciário, o SB consiste na média aritmética simples de
todos os salários-de-contribuição integrante da contribuição trimestral recolhidos.
Cálculo do salário-de-benefício
Para calcular o salário-de-benefício, é mister ter em conta o salário-de-contribuição. Para tanto,
o INSS utiliza as informações constantes no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) que
contem os dados sobre as remunerações dos segurados, que são cadastrados desde 1994.
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Pense
Para fins de cálculo do salário-de-benefício, são considerados salário-de-contribuição: o
benefício por incapacidade recebido pelo segurado e o auxílio-acidente.
O 13º salário NÃO é considerado salário-de-contribuição para fins do cálculo do salário-de-
benefício, não integrando o cálculo do benefício.
1ª regra: Se nas diversas atividades o segurado satisfizer todas as exigências para obtenção
do benefício, seu salário de benefício corresponderá à soma dos salários de contribuição
de todas as atividades (conforme Decreto n. 3.048/99, art. 34, caput).
Ex: José exerce duas atividades como empregado. Na primeira, recebe R$ 6.000,00 e
na segunda R$ 2.500,00. Como o valor recebido está acima do limite do salário-de-
contribuição, só haverá contribuição para a primeira atividade. Assim, somente será
levado em consideração o salários-de-contribuição da primeira atividade.
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Unidade: Prestações da previdência social
Ex: Antônio exerce duas atividades como empregado. Na primeira, recebe R$ 1.500,00
e na segunda R$ 2.500,00. Como o limite do salário-de-contribuição, em agosto de
2001, é R$ 3.691,74, haverá redução proporcional dos salários-de-contribuição das duas
atividades. Então, o cálculo do salário-de-benefício será feito com a redução proporcional.
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da atividade A que será de R$ 500,00, mais a média dos salários-de-contribuição da
atividade B, esta todavia, multiplicada por 2/3 (por que 20/30 = 2/3, sendo que ‘20’
representa o número de anos trabalhados e ‘30’ o número de contribuições para obtenção
do benefício). O benefício seria, pois, de R$ 900,00.
Fator Previdenciário
O fator previdenciário foi instituído pela Lei nº 9.876/99. Ele toma por base a expectativa
de sobrevida no momento da aposentadoria, o tempo de contribuição até o momento da
aposentadoria, e a idade no momento da aposentadoria. O objetivo do fator previdenciário é
estimular os segurados a retardar o pedido de aposentadoria.
O fundamento do fator previdenciário está no art. 201 da Constituição Federal, que determina
a observância de critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.
Equilíbrio financeiro quer dizer que deve haver mais receita que despesa no orçamento da
Seguridade Social. Equilíbrio atuarial envolve a expectativa de vida da pessoa, o tempo de
contribuição e a idade. Assim, quem se aposenta mais cedo, recebe aposentadoria menor e
quem se aposentar mais tarde tem aposentadoria maior, pois expectativa de vida da pessoa
é menor.
O Supremo Tribunal Federal entende que o fator previdenciário é constitucional exatamente
por preservar o equilíbrio financeiro e atuarial previsto na Constituição (Plenário, ADInMC
2.110-DF e ADInMC 2.111-DF, Rel. Min. Sydney Sanches. Informativo STF 181, de 13 a 17-
03-2000).
O fator previdenciário será calculado considerando-se a idade, a expectativa de sobrevida e
o tempo de contribuição do segurado ao se aposentar, segundo a seguinte fórmula:
Na qual:
f = fator previdenciário;
Es = expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria;
Tc = tempo de contribuição até o momento da aposentadoria;
Id = idade no momento da aposentadoria ;
a = alíquota de contribuição correspondente a 0,31.
Se preferir não fazer contas para calcular o fator previdenciário use a tabela disponível no site
http://www.previdenciasocial.gov.br/.
Na referida tabela, basta você fazer a interseção entre a idade e o tempo de contribuição,
encontrando, assim o fator previdenciário.
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Unidade: Prestações da previdência social
Benefício % do salário-de-benefício
Auxílio-doença 91%
Auxílio-acidente 50%
2) Osório iniciou suas contribuições aos 30 anos. Depois de contribuir por 35 anos poderá
aposentar-se por idade, pois completará a idade mínima e a carência. Como sabido, o
percentual mínimo será de 70% mais 1% por grupo de 12 contribuições, até o máximo
de 30%. Se o salário-de-benefício for de R$ 2.000,00, o valor do benefício também será
de R$ 2.000,00.
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Observações importantes:
II. para o segurado empregado, o trabalhador avulso e o segurado especial, o valor mensal
do auxílio-acidente, considerado como salário-de-contribuição para fins de concessão
de qualquer aposentadoria;
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Unidade: Prestações da previdência social
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Material Complementar
SILVA, A. M.. Direito Previdenciário. São Paulo: Lex Editora, 2010. Capítulo 10.
MARTINS, S. P. Direito da Seguridade Social. São Paulo: Atlas, 2011. Capítulo 17.
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Referências
VIANA, J. E. As. Curso de Direito Previdenciário. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2010.
DIAS, E. R.; MACÊDO, J. L. M. Curso de Direito Previdenciário. São Paulo: Método 2009.
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Anotações
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