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Direito Previdenciário

Material Teórico
Seguro-desemprego; prescrição e decadência; crimes contra
a previdência; previdência complementar

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Claudio Alves da Silva
Profa. Ms. Fernanda Garcez Lopes de Souza

Revisão Textual:
Profa. Dra. Patricia Silvestre Leite Di Iorio
Seguro-desemprego; prescrição e
decadência; crimes contra a previdência;
previdência complementar

• Seguro desemprego

• Prescrição e decadência

• Crimes contra a Previdência Social

• Previdência complementar

Estamos chegando ao fim do nosso Curso de Direito Previdenciário.


Nessa Unidade VI serão estudadas as principais questões sobre o
benefício previdenciário. Além disso, abordaremos os institutos
da prescrição e decadência em matéria de Direito Previdenciário,
abrangendo conceito e hipóteses de sua ocorrência.
Adentraremos na parte penal, dos crimes contra a Previdência Social,
mencionando e esclarecendo quais os atos praticados pelas empresas
e contribuintes e beneficiários que são considerados criminosos.
Por fim, analisaremos a questão da Previdência Complementar.

Primeiro, você deve ler atentamente o texto elaborado; assistir a apresentação em PowerPoint
da Unidade e fazer o aprofundamento do tema mediante a leitura de quaisquer das obras
indicadas na bibliografia (observe a indicação de capítulos de livros e leituras sugeridas).
O estudo do tema convém ser complementado com uma pesquisa na Biblioteca Virtual, na
Biblioteca Central do campus e na Internet.
E não se esqueça de elaborar todas as atividades propostas, tanto as de sistematização como
as de aprofundamento!

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Unidade: Seguro-desemprego; prescrição e decadência; crimes contra a previdência; previdência complementar

Contextualização

Antes de adentrarmos ao estudo da Unidade VI, proponho que todos assistam o seguinte
vídeo, extraído do Programa Fantástico, da Rede Globo de Televisão, exibido em 14/11/2010:

http://www.youtube.com/watch?v=s0zW7_7x-lU

Vocês achavam que o seguro-desemprego somente era concedido ao empregado dispensado


sem justa causa? Não, existem outras hipóteses de concessão do benefício, como por exemplo, a
situação tratada neste vídeo (pescador que fica proibido de pescar em determinadas épocas do ano).

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Seguro desemprego

É um benefício que tem por finalidade promover a assistência financeira temporária do


trabalhador desempregado em virtude de ter sido dispensado sem justa causa, inclusive a
indireta. Destina-se, ainda, a auxiliar os trabalhadores na busca de emprego, promovendo ações
integradas de orientação, recolocação e qualificação profissional.
A natureza jurídica do seguro desemprego é de benefício previdenciário, pois o inciso V do
art. 201 da CF/88 esclarece que o citado pagamento fica por conta da Previdência. Ademais, o
seguro-desemprego decorre de uma contingência: a perda do emprego por dispensa sem justa
causa ou rescisão indireta. O benefício vai substituir o valor que o empregado ganhava. No
entanto, o pagamento é feito pelo Ministério do Trabalho.
O trabalhador urbano e o rural são beneficiários do seguro-desemprego. Não tem direito ao
seguro-desemprego o trabalhador temporário. Faz jus a perceber três parcelas de seguro-desemprego,
no valor de um salário-mínimo, o trabalhador resgatado da condição de trabalho forçado ou da
condição análoga a de escravo. O pescador profissional que exerça sua atividade de forma artesanal
também percebe o seguro-desemprego durante o chamado período do defeso.
É concedido o seguro-desemprego ao doméstico vinculado ao FGTS que tiver trabalhado
como doméstico por um período mínimo de 15 meses nos últimos 24 meses. O seguro-
desemprego é concedido ao trabalhador dispensado sem justa causa ou em decorrência de
rescisão indireta.
Não gera direito ao seguro-desemprego:
a) o término de contrato por prazo determinado, nele se incluindo o contrato de experiência;
b) a rescisão do contrato por culpa recíproca;
c) o pedido de demissão;
d) adesão a programa de demissão voluntária.

O seguro-desemprego é concedido por um período variável de 03 a 05 meses, de maneira


contínua ou alternada, a cada período aquisitivo de 16 meses, da seguinte maneira:

Período de vínculo empregatício comprovado Número de parcelas do seguro desemprego

Entre 6 e 11 meses 03 parcelas

Entre 12 e 24 meses 04 parcelas

Mais de 24 meses 05 parcelas

O período poderá ser, excepcionalmente, prorrogado por até 2 meses, para grupos específicos
de segurados, a critério da CODEFAT.

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Unidade: Seguro-desemprego; prescrição e decadência; crimes contra a previdência; previdência complementar

O custeio do seguro-desemprego está previsto no art. 239 da Constituição. São fontes de


custeio do seguro-desemprego:
··A arrecadação decorrente das contribuições do PIS e do PASEP (art. 239, ‘caput’,
da CF).
··A contribuição adicional da empresa cujo índice de rotatividade da força de trabalho
supere o índice da rotatividade do setor, conforme o programa do segurado-dependente
(§4º do art. 239 da CF).

A Lei 7.998/90 instituiu o Fundo de Amaro do Trabalhador (FAT), vinculado ao Ministério do


Trabalho e destinado ao custeio do programa de seguro-desemprego, ao pagamento do abono
salarial e ao financiamento de programas de desenvolvimento econômico.
O programa do seguro-desemprego tem por finalidade:
a) prover assistência financeira temporária ao trabalhador desempregado em virtude
de dispensa sem justa causa, inclusive a indireta, e ao trabalhador comprovadamente
resgatado o regime de trabalho forçado ou da condição análoga a de escravo;
b) auxiliar os trabalhadores na busca ou na preservação do emprego, promovendo, para
tanto, ações integradas de orientação, recolocação e qualificação profissional.

Os valores estabelecidos para o seguro-desemprego são baixos e pagos durante pouco tempo
visando a estimular o trabalhador em busca de um novo emprego. Todavia, o valor do benefício
não pode ser inferior ao salário-mínimo.
Para apurar o valor do benefício é considerada a média dos salários dos três últimos meses de
trabalho. Caso o empregado não tenha trabalhado integralmente em qualquer dos três últimos
meses, o salário será calculado com base no mês completo de trabalho.
O valor devido ao empregado doméstico corresponderá a um salário mínimo e será
concedido por no máximo três meses, de forma contínua ou alternada, a cada período
aquisitivo de 16 meses.
O valor do benefício do pescador profissional será de um salário mínimo mensal durante o
período da proibição da atividade pesqueira para a preservação da espécie (Lei 10.779/03).
O seguro-desemprego não pode ser cumulado com gozo de aposentadoria, auxílio-doença
ou benefício de prestação continuada da Assistência Social, mas pode ser cumulado com auxílio-
acidente e pensão por morte.
Para ter direito ao seguro-desemprego, o trabalhador deverá comprovar possuir todos os
seguintes requisitos:
a) Ter recebido salário no período de 6 meses imediatamente anteriores à data da dispensa,
de pessoa jurídica ou física a ela equiparada. O pagamento recebido não precisa ser do
mesmo empregador;
b) Ter sido empregado de pessoa jurídica ou a ela equiparada ou ter exercido atividade
legalmente reconhecida como autônoma durante pelo menos 15 dos últimos 24 meses;

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c) Não estar em gozo de qualquer benefício previdenciário de prestação continuada, salvo
o auxílio-acidente e a pensão por morte;
d) Não possuir renda própria de qualquer natureza, suficiente à sua manutenção e de
sua família;
e) Não estar em gozo de auxílio-desemprego.

O seguro desemprego deve ser requerido a partir do 7º até o 120º dia subsequentes à
data da dispensa, na Delegacia Regional do Trabalho ou entidade autorizada pelo Ministério
do Trabalho.
Do indeferimento do requerimento cabe recurso ao Ministério do Trabalho, no prazo de 90
dias da ciência da decisão.
Para receber o benefício, o trabalhador deve apresentar os seguintes documentos:
a) Carteira de identidade;
b) CTPS;
c) Documento de identificação do PIS ou PASEP;
d) Comunicado de Dispensa;
e) Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho;
f) Documento de levantamento dos depósitos do FGTS.

Para o doméstico:
a) CTPS com anotação do contrato de trabalho doméstico e data da dispensa;
b) declaração do empregado atestando a dispensa sem justa causa;
c) comprovação de vínculo empregatício em 15 dos últimos 24 meses;
d) comprovantes de recolhimento de contribuição previdenciária e do FGTS;
e) comprovante de inscrição em ações de emprego onde houver;
f) declaração de que não está em gozo de benefício de prestação continuada da
Previdência Social;
g) declaração de que não possui renda própria de qualquer natureza suficiente para sua
manutenção e da família.

O benefício será suspenso na ocorrência das seguintes hipóteses:


a) O trabalhador ser admitido em novo emprego;
b) Haver início de pagamento de benefício previdenciário, salvo auxílio-acidente.

Caso o motivo da suspensão tenha sido decorrente da admissão do trabalhador em novo


emprego, implicando o não-recebimento integral do seguro-desemprego, o trabalhador poderá
receber as parcelas restantes, proveniente do mesmo período aquisitivo, desde que seja
novamente dispensado sem justa causa.

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Unidade: Seguro-desemprego; prescrição e decadência; crimes contra a previdência; previdência complementar

O cancelamento do benefício se dá:


a) Pela recusa do trabalhador desempregado a outro emprego inerente a sua qualificação
e remuneração anterior;
b) Por prova de falsidade na prestação de informação necessária à habilitação;
c) Por comprovação de fraude visando à percepção indevida do benefício;
d) Por morte do segurado.

O seguro desemprego é, em regra, intransferível, ressalvadas as seguintes hipóteses:


a) por morte do segurado, para efeito de recebimento das parcelas vencidas que serão
pagas aos dependentes mediante apresentação de alvará judicial. Com a morte do
segurado o benefício cessa não se transferindo para os herdeiros as prestações vincendas;
b) por grave moléstia do segurado, comprovada por perícia do INSS, hipótese em que o
pagamento será feito ao seu curador ou ao procurador admitido pela Previdência Social.

O trabalhador que receber indevidamente o benefício fica obrigado a ressarcir o órgão


segurador, mediante desconto em tantos salários quantas forem as parcelas recebidas
indevidamente, sem prejuízo de responder criminalmente, nos termos da lei.

Prescrição e decadência
Prescrição é a perda da ação atribuída a um direito, e de toda a sua capacidade defensiva,
em conseqüência do não-uso delas, durante um determinado espaço de tempo.
No Direito Previdenciário, prescrição é a perda do direito de executar judicialmente o crédito
previdenciário já constituído, em virtude de não tê-lo exercido dentro do prazo definido em
lei. E também é a perda do direito, por parte do segurado/beneficiário, de exigir prestação,
restituição ou diferenças devidas pela Previdência Social.
O direito de cobrar os créditos da seguridade social, conforme o entendimento do STF,
exarado na Súmula Vinculante nº 8, prescreve em cinco anos após sua constituição definitiva.
Ainda, segundo o atual entendimento do STF, a constituição definitiva do crédito previdenciário
ocorre quando do término do processo administrativo (após eventuais defesas e recursos) do
qual a execução fiscal torna-se possível.
A prescrição se interrompe (isto é, o prazo passado é eliminado, e a prescrição reinicia do
zero) quando da ocorrência dos seguintes casos (previstos no art. 174, parágrafo único do CTN):
a) Pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal;
b) Pelo protesto judicial;
c) Por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
d) Por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento
do débito pelo devedor.

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Ocorre a suspensão da prescrição (isto é, o prazo de prescrição fica congelado por certo
período) nos casos de:
a) Moratória;
b) Concessão de medida liminar em mandado de segurança a favor do sujeito passivo;
c) Concessão de medida ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;
d) Parcelamento.

A prescrição se dá, também, em relação aos segurados/beneficiários. Assim, prescreve em


05 anos, a contar da data em que deveriam ter sido pagas, toda e qualquer ação para haver
prestações vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças devidas pela Previdência Social,
salvo o direito dos menores, incapazes e ausentes.
Prescreve, também, em 05 anos as ações referentes à prestação por acidente do trabalho
cotados da data do acidente, quando dele resultar morte ou incapacidade temporário, verificar
em perícia médica a cargo da Previdência ou da data em que for reconhecida pela Previdência
Social a incapacidade permanente ou o agravamento das sequelas do acidente.

Atenção

Estamos falando aqui de prescrição de valores pecuniários devidos em razão de benefícios não pagos
em época devida e não de prescrição do direito adquirido ao benefício, que é inatacável, inclusive
pela decadência.

Decadência é a extinção do direito pela inércia do titular, quando a eficácia desse direito
estava originalmente subordinada ao exercício dentro de determinado prazo, que se esgotou,
sem o respectivo exercício. O tempo age, no caso de decadência, como um requisito do ato.
Em Direito Previdenciário, é a extinção do direito, pelo INSS, de apurar e constituir o crédito
previdenciário, em decorrência do transcurso de um intervalo de tempo previsto em lei. É,
também, a extinção do direito do beneficiário/segurado para revisão do ato de concessão ou
indeferimento do benefício.
O direito da Seguridade Social de apurar e constituir seus créditos extingue conforme o
entendimento do STF, exarado na Súmula Vinculante nº 8, em 05 (cinco) anos a contar do
primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o crédito poderia ter sido constituído ou da
data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, a constituição
de crédito anteriormente efetuado.
O direito de pleitear restituição ou de realizar compensação de contribuições ou de outras
importâncias extingue-se em 05 anos: a) a contar do pagamento ou recolhimento indevido ou
b) a contar da data em que se tornar definitiva decisão administrativa ou passar em julgado a
sentença judicial que tenha reformado, anulado ou revogado a decisão condenatória.

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É de 10 anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou


beneficiário para revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês
seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar
conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo.

Atenção

Estamos falando aqui de decadência de valores pecuniários devidos em razão de benefícios não
pagos em época devida. Não há decadência em direito adquirido.

Também é de 10 anos o prazo decadencial para a Previdência anular os atos administrativos


de que decorram efeitos favoráveis para os seus beneficiários, contados da data em que foram
praticados, salvo comprovada má-fé.

Importante

A Seguridade Social pode, a qualquer tempo, apurar e constituir seus créditos na hipótese de
ocorrência de dolo, fraude ou simulação.

O direito de pleitear judicialmente a desconstituição de exigência fiscal fixada pelo INSS, no


julgamento de litígio em processo administrativo fiscal, extingue-se com o decurso do prazo de
180 dias, contados da intimação da referida decisão.

Crimes contra a Previdência Social

Introdução
A Lei nº 8.212/91 trazia consigo, no art. 95, ilícitos penais previdenciários. Todavia, com a
Lei nº 9.983/2000 os fatos típicos previstos na Lei 8.212/91 passaram a constar no corpo do
Código Penal, objeto de nosso estudo nessa aula.
Impende destacar que o objetivo do legislador, ao tipificar condutas criminosas contra a
Previdência visa a coagir as empresas a efetuarem suas contribuições corretamente. Deve ser
ressaltado que a lei não abarca responsabilização penal das empresas, mas das pessoas físicas
encarregadas pelo adimplemento das obrigações previdenciárias.

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Tipos penais
Apropriação indébita previdenciária
O crime de apropriação indébita previdenciária se verifica com as seguintes condutas:
a) deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes,
no prazo e forma legal ou convenciona (art. 168 – A “caput”);
b) deixar de recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à
previdência social que tenha sido descontada de pagamento efetuado a segurados, a
terceiros ou arrecadada do público (art. 168-A, § 1º, I);
c) deixar de recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à
previdência social que tenha sido descontada de pagamento efetuado a segurados, a
terceiros ou arrecadada do público (art. 168-A, § 1º, II);
d) deixar de pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já
tiverem sido reembolsados à empresa pela previdência social (art. 168-A, § 1º, III).

O delito é caracterizado como formal, pois o resultado não é necessário para sua caracterização,
sendo, ainda, omissivo próprio, pois prevê uma omissão do agente.
A conduta prevista no caput é usualmente praticada pelo agente bancário responsável por
transferir os valores arrecadas à Previdência Social. A conduta do § 1º, I é praticada, em geral,
por empregadores.
Para a caracterização do delito não é suficiente a mera ausência de repasse. Não se deve
confundir o ilícito administrativo da ausência do recolhimento com o crime, cuja identificação
carece do componente subjetivo, o dolo do agente em reter valores devidos à previdência social,
independente de fim específico.
A comprovação da ausência do desconto exclui o crime.
A extinção de punibilidade ocorre se o agente, espontaneamente, declara, confessa e
efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações
devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da
ação fiscal (art. 168-A, § 2º).
Impende observar que o recolhimento posterior não exclui a punibilidade, podendo
gerar perdão judicial se feito antes da denúncia; arrependimento posterior, se feito antes do
recebimento da denúncia; ou circunstância atenuante, se feito após o recebimento da denúncia.
E se o sujeito passivo aderir um plano de parcelamento especial?
A resposta está na Lei 11.941/09 – art. 67: se a adesão ocorrer antes do oferecimento
da denúncia, esta só será aceita na superveniência de inadimplemento da obrigação que
for objeto da denúncia; art. 68: fica suspensa a pretensão punitiva do Estado enquanto não
forem rescindidos os parcelamentos especiais, não correndo prescrição criminal no período de
suspensão da pretensão punitiva.

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Unidade: Seguro-desemprego; prescrição e decadência; crimes contra a previdência; previdência complementar

Hipóteses de perdão judicial:


a) se o agente for primário e de bons antecedentes e desde que tenha promovido, após o
início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social
previdenciária, inclusive acessórios (art. 168-A, § 3º, I).
b) ser o agente for primário e de bons antecedentes e desde que valor das contribuições
devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência
social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções
fiscais (art. 168-A, § 3º, II).

Falsificação de documento público:


A Lei 9.983/2000 inseriu no delito de falsificação de documentos (art. 297 do CP, abaixo) os
§§ 3º e 4º, transcritos a seguir:

Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar


documento público verdadeiro:

Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.

(...)

§ 3º Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: (Incluído pela Lei
nº 9.983, de 2000)

I – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja


destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua
a qualidade de segurado obrigatório; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em


documento que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração
falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; (Incluído pela Lei nº 9.983,
de 2000)

III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado


com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa
ou diversa da que deveria ter constado. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

§ 4º Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados


no § 3º, nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência
do contrato de trabalho ou de prestação de serviços.(Incluído pela Lei nº
9.983, de 2000)

A previsão do delito visa a preservar a veracidade das informações constantes em


documentos públicos.
Atualmente, em especial por causa da Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à
Previdência Social (GFIP) a Previdência Social tem dado muita importância à documentação
elaborada pela empresa, de modo a desobrigar o segurado do ônus da prova de sua condição
de segurado, assumindo o INSS como verdadeiros os dados apresentados pelos empregadores.

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Devido a este procedimento abre-se a porta para a elaboração de fraudes, como a declaração
falsa de vínculo, gerando direitos inexistentes.
A omissão indevida de documentos pode dificultar ou inviabilizar a concessão de benefícios
devidos; por isso a exclusão indevida de segurados dos documentos da empresa também é
objeto de sanção penal.
O delito do § 3º é comissivo, pois traduz a ação de inserir dados falsos, enquanto o crime do
§ 4º é omissivo, pois traduz uma omissão da empresa em relação a seus segurados. Ambos os
delitos são formais.

Inserção de dados falsos em sistema de informação


A conduta consiste em inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados
falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos
de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para
outrem ou para causar dano (CP - art. 313-A).
Trata-se de crime próprio, pois somente o funcionário autorizado poderá praticá-lo, desde
que possua senha para a inclusão de dados no sistema. É também delito formal e comissivo,
pois decorre de uma ação do agente e não carece de resultado para sua consumação, embora
o dolo seja específico (fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou causar dano).

Modificação ou alteração não-autorizada de sistema de informação


Consiste em modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de
informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente (CP - art. 313-B).
Trata-se de crime próprio, formal e comissivo, pois decorre de uma ação do agente, que deve
ser funcionário, e não carece de resultado para sua consumação. Diferencia-se do delito do art.
313-A, pois a mera modificação ou alteração dolosa com qualquer fim caracteriza o ilícito penal.
Se da modificação ou alteração resulta dano para a Administração pública o delito é qualificado
e aumentado de 1/3 a ½ (CP - art. 313-B, parágrafo único).

Estelionato
A conduta do estelionato está prevista no art. 171 do CP e consiste em obter, para si ou para
outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante
artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento.
O § 3º do art. 171 define como estelionato qualificado o estelionato cometido em
detrimento de entidade de direito público ou de instituto de economia popular, assistência
social ou beneficência.
É crime contra o patrimônio da seguridade social, sendo delito material, pois sua concretização
toma lugar com a obtenção da vantagem indevida. Apesar de não estar expressamente
mencionada a Previdência Social a súmula 24 do STJ prevê que “aplica-se ao crime de estelionato,
em que figure como vítima entidade autárquica da Previdência social, a qualificadora do § 3º,
do art. 171 do Código Penal”.

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Sonegação de contribuição previdenciária


O delito consiste em suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária, mediante a prática
dos seguintes atos:
a) omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto
pela legislação previdenciária segurados empregado, empresário, trabalhador avulso ou
trabalhador autônomo ou a este equiparado que lhe prestem serviços;
b) deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa as
quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador
de serviços ;
c) omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas ou
creditadas e demais fatos geradores de contribuições sociais previdenciárias.

Ocorre a extinção da punibilidade quando o agente, espontaneamente, declara e confessa as


contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na
forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal.
O perdão judicial é restrito ao agente primário e de bons antecedentes, às situações em que
o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido
pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas
execuções fiscais.

Previdência complementar
Histórico
O Montepio Geral de Economia dos Servidores do Estado (Mongeral), instituído em 1835,
foi o primeiro órgão a determinar a complementação dos recursos das pessoas, de forma a
proporcionar renda aos trabalhadores quando deixassem de trabalhar.
O Código Comercial de 1850, nos art. 666 e 684, prevê o segurado privado para garantir
as viagens marítimas. A lei nº 3.807/60 previa que a Previdência Social poderia organizar os
seguros facultativos. O Dec. nº 73/66 criou o seguro privado.
A Constituição de 1988 previa, originalmente, no § 7º do art. 201, que a Previdência Social
manteria seguro coletivo, de caráter complementar e facultativo, custeado por contribuições
adicionais; bem assim, no § 8º, previa a vedação de subvenção ou auxílio do Poder Público às
entidades de previdência privada com fins lucrativos.
A Emenda Constitucional nº 20/1998 promoveu alterações no sistema, determinando
que a matéria fosse regulada por lei complementar, surgida em 29-5-2001, sob o nº 109, e
é regulamentada pelo Dec. nº 4.206/02. Essa LC 109/01 trata da previdência complementar,
aberta e fechada, do setor privado.

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Papel do Estado
A ação, em relação à previdência complementar privada, será exercida com o objetivo de:
a) formular a política de previdência complementar;
b) disciplinar, coordenar e supervisionar as atividades reguladas de previdência
complementar, compatibilizando-as com as políticas previdenciária e de desenvolvimento
social e econômico financeiro;
c) determinar padrões mínimos de segurança econômico-financeira e atuarial com
fins específicos de preserva a liquidez, a solvência e o equilíbrio dos planos de
benefícios, isoladamente, e de cada entidade de previdência complementar, no
conjunto de suas atividades;
d) assegurar aos participantes e assistidos o pleno acesso às informações relativa à gestão
de seus respectivos planos de benefícios;
e) fiscalizar as entidades de previdência complementar, suas operações, e aplicar penalidades;
f) proteger os interesses dos participantes e assistidos dos planos de benefícios.

Há no Ministério da Previdência Social a Secretaria de Previdência Complementar (SPC)


cuja página eletrônica é a seguinte:

http://www.previdenciasocial.gov.br/pg_secundarias/previdencia_complementar.asp

A SPC é responsável pela fiscalização e regulação das Entidades Fechadas de


Previdência Complementar. Nesta tarefa é auxiliada pelo Conselho Gestor de Previdência
Complementar (CGPC).
A regulação e a fiscalização das entidades abertas de previdência complementar, planos
oferecidos por bancos e seguradoras privadas, estão a cargo do Ministério da Fazenda. O
tratamento é o mesmo de outras modalidades de seguro privado. Elas são reguladas pelo
Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e fiscalizadas pela Susep.
A Lei Complementar nº 108/01 trata exclusivamente das relações dos órgãos e empresas
públicas como patrocinadores de entidades fechadas de previdência complementar

Planos de previdência complementar


Os planos de benefício atenderão a padrões mínimos fixados pelo órgão regulador e
fiscalizador, com o objetivo de assegurar transparência, solvência liquidez e equilíbrio econômico
financeiro e atuarial.

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O custeio do sistema de previdência privado é feito por: a) patrocinador (é o empregador que


vai contribuir financeiramente com o plano de Previdência Complementar de seus empregados);
b) participantes (pessoa física que adere aos planos) e c) investimentos.
Denomina-se “Assistido” o participante ou seu beneficiário em gozo de benefício de prestação
continuada. Os benefícios serão considerados direitos adquirido do participante quando
implementadas todas as condições estabelecidas pela elegibilidade consignadas no regulamento
do respectivo plano.
A concessão de benefício pela previdência complementar independe da concessão de
benefício pelo RGPS. A restituição das parcelas pagas ao plano de previdência privada deve
ser objeto de correção plena, por índice que recomponha a efetiva desvalorização da moeda.
O benefício do segurado pode ser reduzido, porém deve haver anuência expressa da referida
pessoa, pois o regime é contratual.

Entidades fechadas
As entidades fechadas são os chamados fundos de pensões, acessíveis apenas a determinadas
pessoas. Em geral dizem respeito a empregados de uma empresa ou grupo de empresas. Ex:
Previ (Banco do Brasil). Essas entidades são organizadas sob a forma de fundação ou sociedade
civil, sem fins lucrativos.
Seu objeto é a administração e execução de planos de benefícios de natureza previdenciária.
Não poderão prestar outros serviços que não estejam no âmbito de seu objeto.
Classificação das entidades fechadas de previdência:

{
De plano comum – administram plano ou conjunto de planos
Quanto aos acessíveis ao universo dos participantes.
planos que administram Multiplano – administram planos ou conjunto de planos para
diversos grupos de participantes com independência patrimonial.

{
Singulares – estão vinculadas a apenas um patrocinador/
De acordo com os instituidor.
patrocinadores/instituidores Multipatrocinadas – quando congregarem mais de um
patrocinador ou instituidor, como de várias empresas.

Os planos de benefícios deverão prever as seguintes hipóteses:


a) Benefício proporcional diferido, em razão da cessação do vínculo empregatício com o
patrocinador ou associativo com o instituidor antes da aquisição do direito ao benefício
pleno, a ser concedido quando cumpridos os requisitos da elegibilidade;
b) portabilidade do direito acumulado pelo participante de outro plano. (portabilidade
significa que a pessoa pode levar o valor que contribuiu para uma entidade diversa
daquela em que iniciou a contribuição);
c) resgate da totalidade das contribuições vertidas ao plano pelo participante, descontadas
as parcelas do custeio administrativo;

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d) faculdade de o participante manter o valor de sua contribuição e a do patrocinador,
no caso de perda parcial ou total da remuneração recebida, para assegurar a percepção
dos benefícios nos níveis correspondentes àquela remuneração;

Os planos de benefícios devem ser obrigatoriamente oferecidos a todos os empregados dos


patrocinadores ou associados dos instituidores, mas é facultativa a adesão aos planos.
O regime de capitalização é obrigatório para os benefícios de pagamento em prestações que
sejam programadas e continuadas.
As contribuições são:
a) Normais – destinadas ao custeio dos benefícios previstos no plano;
b) Extraordinárias – destinadas ao custeio de déficits, serviço passado e outras finalidades
não incluídas na contribuição normal.

Entidades abertas
As entidades abertas são constituídas unicamente sob a forma de sociedades anônimas e tem
por finalidade instituir e operar planos de benefícios de caráter previdenciário concedidos em
forma de renda continuada ou pagamento único, acessíveis a quaisquer pessoas físicas.
Os planos de benefício poderão ser:
a) Individuais – quando acessíveis a quaisquer pessoas físicas;
b) Coletivos – quando tenha por objetivo garantir benefícios previdenciários a pessoas
físicas vinculadas, direta ou indiretamente, a uma pessoa jurídica contratante.

É vedada à entidade aberta à contratação de plano coletivo com pessoa jurídica cujo objetivo
principal seja estipular, em nome de terceiros, planos de benefícios coletivos.
Os participantes têm direito à portabilidade, inclusive para plano de benefício de entidade
fechada, e ao resgate de recursos das reservas técnicas, provisões e fundos, total ou parcialmente.
É vedado, no caso de portabilidade, que os recursos financeiros transitem pelos participantes
sob qualquer forma; é vedada a transferência de recursos entre os participantes.

Intervenção e liquidação extrajudicial


A intervenção na entidade de previdência complementar ocorrerá desde que se verifique,
isolada ou cumulativamente:
a) Irregularidade ou insuficiência na construção de reservas técnicas, provisões e fundos,
ou em sua cobertura por ativos garantidores.
b) Aplicação dos recursos das reservas técnicas, provisões e fundos de forma inadequada
ou em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos competentes;
c) Descumprimento de disposições estatutárias ou de obrigações previstas nos regulamentos
dos planos de benefícios, convênios de adesão ou contratos dos planos coletivos;

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Unidade: Seguro-desemprego; prescrição e decadência; crimes contra a previdência; previdência complementar

d) Situação econômico-financeira insuficiente à preservação da liquidez e solvência de


cada um dos planos de benefícios e da entidade no conjunto de suas atividades;
e) Situação atuarial desequilibrada;
f) Outras anormalidades definidas em regulamento.

As entidades de previdência privada fechada não podem solicitar concordata e não estão
sujeitas à falência, mas somente a liquidação extrajudicial.
A liquidação extrajudicial será decretada quando reconhecida à inviabilidade de recuperação
da entidade de previdência complementar ou pela ausência de condição para seu funcionamento.

Previdência fechada e entes públicos


A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que instituam regime de
previdência complementar para seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão
fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de aposentadoria
pública, o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social.
A Previdência Privada fechada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
inclusive suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas controladas
direta ou indiretamente, enquanto patrocinadoras de entidades fechadas de previdência
complementar, é disciplinada pela Lei Complementar nº 108/2001.
Essas entidades de previdência privada fechadas serão organizadas sob a forma de fundação
ou sociedade civil sem fins lucrativos.
Os planos de benefícios atenderão às seguintes regras:
a) Carência mínima de 60 contribuições mensais a plano de benefícios e cessação do
vínculo com o patrocinador, para se tornar elegível a um benefício de prestação que seja
programada e continuada;
b) Concessão de benefício pelo regime de previdência ao qual o participante esteja filiado
por intermédio de seu patrocinador, quando se tratar de plano na modalidade benefício
definido, instituído depois da publicação da Lei Complementar nº 108.
c) Nas sociedades de economia mista e empresas controladas direta ou indiretamente
pela União, pelos Estados, pelo DF e pelos Municípios, a proposta de instituição de
plano de benefícios ou adesão a plano de benefícios em execução será submetida ao
órgão fiscalizador, acompanhada de manifestação favorável do órgão responsável pela
supervisão, pela coordenação e pelo controle do patrocinador. As alterações no plano
de benefícios que impliquem elevação da contribuição de patrocinadores serão objeto
de prévia manifestação do órgão responsável pela supervisão, pela coordenação e
pelo controle.
d) É vedado à União, aos Estados, ao DF e aos Municípios, suas autarquias, fundações,
empresas públicas, sociedades de economia mista e outras entidades públicas o aporte
de recursos a entidades de previdência privada de caráter complementar, salvo na
condição de patrocinador.

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Material Complementar

Como material complementar para estudo dos temas propostos nesta Unidade VI, sugerimos
a leitura dos seguintes artigos:

Explore

• Crime contra a Previdência Social em face da Lei n. 9.983/2000, de Francisco Dias Teixeira
(Procurador Regional da República em São Paulo): http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
revista/Rev_20/artigos/FranciscoDias_rev20.htm

• Prescrição e decadência em matéria de benefícios, de João Batista Lazzari e Carlos Alberto


Pereira de Castro: http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_
leitura&artigo_id=2805

Sugerimos, ainda, a leitura dos capítulos 20 e 31, respectivamente das seguintes obras:

Explore

MARTINS, S. P. Direito da Seguridade Social. 12 ed. São Paulo: Atlas, 2011.


SILVA, A. M. Direito Previdenciário. São Paulo: Lex, 2010.

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Unidade: Seguro-desemprego; prescrição e decadência; crimes contra a previdência; previdência complementar

Referências

CASTRO, C. A. P.; LAZZARI, J. B. Manual de Direito Previdenciário. 11 ed. São Paulo:


Conceito, 2009.

DIAS, E. R.; MACÊDO, J. L. M. Curso de Direito Previdenciário. São Paulo: Método, 2009.

IBRAHIM, F. Z. Curso de Direito Previdenciário. 15 ed. Rio de Janeiro: Impethus, 2010.

MARTINS, S. P. Direito da Seguridade Social. 29 ed. São Paulo: Atlas, 2010.

VIANA, J. E. A. Curso de Direito Previdenciário. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2010.

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Anotações

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São Paulo SP Brasil
Tel: (55 11) 3385-3000

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