Você está na página 1de 114

04/09/2017

Seguridade Social

Michel Gouveia

Prof. Michel Gouveia

Professor Michel Gouveia / Previtube

michelogouveia

michel@michelgouveia.adv.br

Seguridade Social. Definição


 O sistema da Seguridade Social, vem definido no
titulo VIII – da ordem social – da Constituição
Federal de 1.988.

 A seguridade social, tem em primeiro plano e como


finalidade a proteção da necessidade social, ou seja,
estende-se a toda a sociedade e tem como principal
prestador o Estado, em missão fundamental. (Marcos
Orione Gonçalves Correia – Curso de Direito da Seguridade Social)

1
04/09/2017

Seguridade Social. Definição

 Constituição Federal:

 Art. 194. A seguridade social compreende um


conjunto integrado de ações de iniciativa dos
Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a
assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência
e à assistência social.

Seguridade Social. Definição

 Assim, pela leitura do dispositivo constitucional,


temos que o sistema da Seguridade Social, reúne a
previdência social, assistência social e a saúde.

 Todas divididas entre sim.

 Sendo que a previdência social e assistência social,


oferecem benefícios e serviços, por sua vez a saúde
fornece serviços (atendimento médico – SUS).

2
04/09/2017

Seguridade Social. Diferença

 A principal diferença entre as divisões do sistema da


Seguridade Social estão nas contribuições.

 A Previdência Social, será prestada para quem contribuir;

 A Assistência Social, será prestada para quem necessitar, e

 Saúde é direito de todos e dever do Estado.

Seguridade Social. Organização

 SEGURIDADE SOCIAL

Assistência Social Saúde Previdência Social

3
04/09/2017

Previdência Social. Benefícios


 Benefícios privativo dos segurados

◦ Aposentadoria por invalidez

◦ Aposentadoria por idade

◦ Aposentadoria por tempo de contribuição

◦ Aposentadoria especial

◦ Aposentadoria da pessoa com deficiência

◦ Auxílio-doença

◦ Salário-família

◦ Salário-maternidade

◦ Auxílio-acidente

Previdência Social. Benefícios


 Benefícios oferecido aos Dependentes

 Pensão por morte


 Auxílio-reclusão

Eles exercem direito próprio. Todavia, para gozar destes benefícios, o


titular do direito ou instituidor do benefício (segurados) devem estar
vinculados ao RGPS.

4
04/09/2017

Aposentadoria por Tempo de Contribuição

De acordo com o art. 56 do RPS (Decreto


3048/99), será devida ao homem aos 35 anos de
contribuição e para mulher aos 30 anos de
contribuição.

Redução de 05 anos para os professores, exceto o


professor Universitário.

Aposentadoria por Tempo de Contribuição

Prova da atividade perante o INSS


Art. 10. Observado o disposto no art. 58, a comprovação do vínculo e das
remunerações do empregado urbano ou rural, far-se-á por um dos seguintes
documentos:

I - da comprovação do vínculo empregatício:

a) Carteira Profissional - CP ou Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS;

b) original ou cópia autenticada da Ficha de Registro de Empregados ou do Livro de


Registro de Empregados, onde conste o referido registro do trabalhador
acompanhada de declaração fornecida pela empresa, devidamente assinada e
identificada por seu responsável;

5
04/09/2017

Aposentadoria por Tempo de Contribuição

Prova da atividade perante o INSS

Art. 10. Observado o disposto no art. 58, a comprovação do vínculo e das


remunerações do empregado urbano ou rural, far-se-á por um dos seguintes
documentos:

I - da comprovação do vínculo empregatício:

c) contrato individual de trabalho;

d) acordo coletivo de trabalho, desde que caracterize o trabalhador como


signatário e comprove seu registro na respectiva Delegacia Regional do
Trabalho - DRT;

Aposentadoria por Tempo de Contribuição

Prova da atividade perante o INSS

Art. 10. Observado o disposto no art. 58, a comprovação do vínculo e das


remunerações do empregado urbano ou rural, far-se-á por um dos seguintes
documentos:

I - da comprovação do vínculo empregatício:

e) termo de rescisão contratual ou comprovante de recebimento do Fundo de


Garantia de Tempo de Serviço - FGTS;

f) extrato analítico de conta vinculada do FGTS, carimbado e assinado por


empregado da Caixa, desde que constem dados do empregador, data de
admissão, data de rescisão, datas dos depósitos e atualizações monetárias do
saldo, ou seja, dados que remetam ao período em que se quer comprovar;

6
04/09/2017

Aposentadoria por Tempo de Contribuição

Prova da atividade perante o INSS

Art. 10. Observado o disposto no art. 58, a comprovação do vínculo e das


remunerações do empregado urbano ou rural, far-se-á por um dos seguintes
documentos:

I - da comprovação do vínculo empregatício:

g) recibos de pagamento contemporâneos ao fato alegado, com a necessária


identificação do empregador e do empregado;

h) declaração fornecida pela empresa, devidamente assinada e identificada por


seu responsável acompanhada de cópia autenticada do cartão, livro ou folha de
ponto; ou

i) outros documentos contemporâneos que possam vir a comprovar o exercício


de atividade junto à empresa;

Aposentadoria por Tempo de Contribuição

 CNIS - Particularidades da IN 77/2015

 Art. 58 - A partir de 31 de dezembro de 2008, data da publicação do

Decreto nº 6.722 30/12/2008, os dados constantes do CNIS relativos a


atividade, vínculos, remunerações e contribuições valem, a qualquer
tempo, como prova de filiação à Previdência Social, tempo de
contribuição e salários de contribuição.

7
04/09/2017

Tempo de Contribuição – IN 77

 Art. 681. Os dados constantes do CNIS relativos a


vínculos, remunerações e contribuições valem como
prova de filiação à Previdência Social, tempo de
contribuição e salários de contribuição, salvo
comprovação de erro ou fraude.

Tempo de Contribuição

 Orientação Interna 174 INSS/DIRBEN, DE


29 DE AGOSTO DE 2007

 Art. 5.º As informações constantes no CNIS


valem, a partir de 1º de julho de 1994, para
todos os efeitos como prova de:
 I - filiação à Previdência Social;
 II - relação de emprego;
 III - tempo de serviço ou de contribuição;
 IV - salário-de-contribuição.

8
04/09/2017

Aposentadoria por Tempo de Contribuição

 Súmula 75 da TNU:

 A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) em relação à qual


não se aponta defeito formal que lhe comprometa a fidedignidade goza
de presunção relativa de veracidade, formando prova suficiente de
tempo de serviço para fins previdenciários, ainda que a anotação de
vínculo de emprego não conste no Cadastro Nacional de Informações
Sociais (CNIS).

Tempo de Contribuição

Decreto 3.048/99

Art. 62. A prova de tempo de serviço, considerado tempo de


contribuição na forma do art. 60, observado o disposto no art. 19 e, no
que couber, as peculiaridades do segurado de que tratam as alíneas "j" e
"l" do inciso V do caput do art. 9º e do art. 11, é feita mediante
documentos que comprovem o exercício de atividade nos períodos a
serem contados, devendo esses documentos ser contemporâneos dos
fatos a comprovar e mencionar as datas de início e término e, quando se
tratar de trabalhador avulso, a duração do trabalho e a condição em que
foi prestado.

§ 1º As anotações em Carteira Profissional e/ou Carteira de Trabalho e


Previdência Social relativas a férias, alterações de salários e outras que
demonstrem a seqüência do exercício da atividade podem suprir
possível falha de registro de admissão ou dispensa.

9
04/09/2017

Tempo de Contribuição
Decreto 3.048/99

Art. 62. (...) § 2o Subsidiariamente ao disposto no art. 19, servem


para a prova do tempo de contribuição que trata o caput: (Redação
dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008).

I - para os trabalhadores em geral, os documentos seguintes:

a) o contrato individual de trabalho, a Carteira Profissional, a


Carteira de Trabalho e Previdência Social, a carteira de férias, a
carteira sanitária, a caderneta de matrícula e a caderneta de
contribuições dos extintos institutos de aposentadoria e pensões, a
caderneta de inscrição pessoal visada pela Capitania dos Portos,
pela Superintendência do Desenvolvimento da Pesca, pelo
Departamento Nacional de Obras Contra as Secas e declarações da
Secretaria da Receita Federal do Brasil;

Aposentadoria por Tempo de Contribuição

Pergunta-se: o que é tempo de contribuição?

10
04/09/2017

Aposentadoria por Tempo de Contribuição

Para João Batista Lazzari:

“Para fins previdenciários, considera-se tempo de


contribuição, o tempo contado de data a data da
atividade, ou seja, entrada e saída nas empresas ou
início e término do trabalho.”

Aposentadoria por Tempo de Contribuição

 Pelo conceito de João Batista Lazzari, tempo de contribuição


é tempo de serviço, tempo trabalhado.

 Nesse sentindo, dispõe o artigo 4º da EC 20/98:

“Observado o disposto no art. 40, § 10, da CF, o tempo de


serviço considerado pela legislação vigente para efeito de
aposentadoria, cumprido até que a lei discipline a matéria,
será contado como tempo de contribuição.”

 Logo, tempo de contribuição não é pagamento de


contribuição e sim tempo trabalhado.

11
04/09/2017

Aposentadoria por Tempo de Contribuição

 Sendo assim podemos concluir que tempo de


contribuição é ≠ de carência.

 Tempo de contribuição, nos termos do art. 4º da EC


20/98 é considerado como tempo de serviço.

Aposentadoria por Tempo de Contribuição

 Art. 4º da EC 20/98:
Observado o disposto no art. 40, § 10, da
Constituição Federal, o tempo de serviço
considerado pela legislação vigente para efeito de
aposentadoria, cumprido até que a lei discipline a
matéria, será contado como tempo de contribuição.

12
04/09/2017

Aposentadoria por Tempo de Contribuição

Vejamos o que determina o artigo 29, § 5º da Lei 8.213/91:

Art. 29. O salário-de-benefício consiste: (Redação dada


pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)

§ 5º Se, no período básico de cálculo, o segurado


tiver recebido benefícios por incapacidade, sua
duração será contada, considerando-se como
salário-de-contribuição, no período, o salário-de-
benefício que serviu de base para o cálculo da renda
mensal, reajustado nas mesmas épocas e bases dos
benefícios em geral, não podendo ser inferior ao valor de
1 (um) salário mínimo.

Aposentadoria por Tempo de Contribuição

Vejamos o que determina o artigo 32, § 6º do Decreto 3048/99:

Art. 32. O salário-de-benefício consiste: (Redação dada


pelo Decreto nº 3.265, de 1999)

§ 6º Se, no período básico de cálculo, o segurado tiver


recebido benefício por incapacidade, considerar-se-á como
salário-de-contribuição, no período, o salário-de-benefício
que serviu de base para o cálculo da renda mensal, reajustado
nas mesmas épocas e nas mesmas bases dos benefícios em
geral, não podendo ser inferior ao salário mínimo nem superior
ao limite máximo do salário-de-contribuição.

13
04/09/2017

Aposentadoria por Tempo de Contribuição

 Súmula 73 da TNU:

 O tempo de gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez

não decorrentes de acidente de trabalho só pode ser computado como


tempo de contribuição ou para fins de carência quando intercalado
entre períodos nos quais houve recolhimento de contribuições para a
previdência social.

Aposentadoria por Tempo de Contribuição

Como fica a questão da carência para este benefício?

Carência, nos termos do art. 24 da LB é o número


mínimo de contribuições mensais para que o
segurado possa fazer jus ao benefício requerido.

O inciso II do Art. 25 da LB dispõe que: este


benefício depende de uma carência de 180
contribuições/pagamentos mensais.

14
04/09/2017

Aposentadoria por Tempo de Contribuição

 A carência é de 180 contribuições e não o pagamento


de todo o período trabalhado.

 O segurado tem que comprovar a carência e o tempo


de serviço, apenas isso.

Aposentadoria por Tempo de Contribuição

 O valor do benefício da aposentadoria será de 100%.

 Na Ap. por TC o fator previdenciário é obrigatório,


salvo se a Regra 85/95 for mais vantajosa (aprenda o
cálculo no curso específico de cálculos)

15
04/09/2017

Aposentadoria
por Tempo de Contribuição

 Tipos ou espécies de aposentadoria por tempo de


contribuição.

 Ainda existe a proporcional

 Integral

Aposentadoria por Tempo de Contribuição

Terá direito a aposentadoria por tempo de


contribuição proporcional aquele que se filiou antes
da EC 20/98.

Ou seja, todos que iniciaram suas atividades


profissionais antes de 16.12.1998, têm direito de usar
a regra anterior.

16
04/09/2017

Aposentadoria por Tempo de Contribuição

Aposentadoria por tempo de contribuição integral


Formas Requisitos Salário de Benefício
Média dos últimos 36
Direito adquirido Homem 35 anos de trabalho e salários de contribuições
antes da EC mulher 30 anos
20/98

Regra de Homem 35 anos de tc + 53 Média dos últimos 36


transição – data anos de idade + pedágio de salários de contribuições
de publicação da 20%. ou regra atual, o que for
EC 20/98 mais vantajoso
Mulher 30 anos de TC + 48
anos de idade + pedágio de
20%
Média dos 80% maiores
Homem 35 anos de TC e salários de contribuições
Após EC 20/98 mulher 30 anos de TC de 07/94 até a DER.

Aposentadoria por Tempo de Contribuição


Aposentadoria por tempo de contribuição proporcional
Formas Requisitos Salário de Benefício
Média dos últimos 36 SC.
Direito adquirido Homem 30 anos de trabalho e
antes da EC mulher 25 anos 70% + 6% para cada anos
20/98 de trabalho.

Regra de Homem 30 anos de tc + 53 Média dos últimos 36


transição – data anos de idade + pedágio de salários de contribuições
de publicação da 40%. ou regra atual, o que for
EC 20/98 mais vantajoso.
Mulher 25 anos de TC + 48
anos de idade + pedágio de 70% + 5% para cada ano
40% de trabalho.

Após EC 20/98 Extinta

17
04/09/2017

Aposentadoria por Tempo de Contribuição

 Para o empregado e contribuinte individual,


presume-se o recolhimento da Contribuição
Previdenciária, pelo empregador.

 Enunciado 18 do CRPS

 Art. 30 e seguintes da Lei 8.212/91.

 Lei 10.666/03

Empregado Doméstico

A empregada doméstica, também tem a presunção dos


recolhimentos das contribuições previdenciárias por parte do
empregador doméstico.

Atenção para redação do artigo: (art. 30 da 8.212/91)

V - o empregador doméstico está obrigado a arrecadar a contribuição


do segurado empregado a seu serviço e a recolhê-la, assim como a
parcela a seu cargo, no prazo referido no inciso II deste artigo;
(Redação dada pela Lei n° 8.444, de 20.7.92) (redação antiga)

V - o empregador doméstico é obrigado a arrecadar e a recolher a


contribuição do segurado empregado a seu serviço, assim como a
parcela a seu cargo, até o dia 7 do mês seguinte ao da
competência; (Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015)

18
04/09/2017

Jurisprudência
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO.RECONHECIMENTO DE
ATIVIDADE RURAL COM REGISTRO EM CTPS. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR.
1. Os contratos de trabalhos registrados na CTPS, independente de constarem ou não dos
dados assentados no CNIS - Cadastro Nacional de Informações Sociais, devem ser
contados, pela Autarquia Previdenciária, como tempo de contribuição, em consonância
com o comando expresso no Art. 19, do Decreto 3.048/99 e no Art. 29, § 2º, letra "d", da
Consolidação das Leis do Trabalho.
2. O recolhimento das contribuições devidas ao INSS decorre de uma obrigação legal que
incumbe à autarquia fiscalizar. Não efetuados os recolhimentos pelo empregador, ou não
constantes nos registros do CNIS, não se permite que tal fato resulte em prejuízo ao
segurado, imputando-se a este o ônus de comprová-los.
3. A correção monetária, que incide sobre as prestações em atraso desde as respectivas competências, e
os juros de mora devem ser aplicados de acordo com o Manual de Orientação de Procedimentos para os
Cálculos na Justiça Federal e, no que couber, observando-se o decidido pelo e. Supremo Tribunal
Federal, quando do julgamento da questão de ordem nas ADIs 4357 e 4425.
4. Os juros de mora incidirão até a data da expedição do precatório/RPV, conforme entendimento
consolidado na c. 3ª Seção desta Corte (AL em EI nº 0001940-31.2002.4.03.610). A partir de então deve
ser observada a Súmula Vinculante nº 17.8. Remessa oficial provida em parte e apelações desprovidas.
5. Os honorários advocatícios devem observar as disposições contidas no inciso II, do § 4º, do Art. 85,
do CPC, e a Súmula 111, do e. STJ.
6. A autarquia previdenciária está isenta das custas e emolumentos, nos termos do Art. 4º, I, da Lei
9.289/96, do Art. 24-A da Lei 9.028/95, com a redação dada pelo Art. 3º da MP 2.180-35/01, e do Art.
8º, § 1º, da Lei 8.620/93.
7. Remessa oficial provida em parte e apelação desprovida.
(TRF 3ª Região, DÉCIMA TURMA, APELREEX - APELAÇÃO/REMESSA NECESSÁRIA - 2018744 -
0035421-17.2014.4.03.9999, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL BAPTISTA PEREIRA, julgado em
18/10/2016, e-DJF3 Judicial 1 DATA:26/10/2016

Ausência de recolhimento das contribuições


previdenciárias.

ENUNCIADO CRPS Nº 18

Não se indefere benefício sob fundamento de falta de


recolhimento de contribuição previdenciária quando esta
obrigação for devida pelo empregador.

19
04/09/2017

Reforma Previdenciária
Aposentadoria Tempo de Contribuição
Regra atual Proposta Original
Art. 201 da CF: Art. 201 da CF:

§ 7º É assegurada aposentadoria no regime § 7º É assegurada aposentadoria


geral de previdência social, nos termos da lei,
no regime geral de previdência
obedecidas as seguintes condições:
social àqueles que tiverem
I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, completado sessenta e cinco
e trinta anos de contribuição, se mulher; anos de idade e vinte e cinco
anos de contribuição, para
II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e ambos os sexos.
sessenta anos de idade, se mulher, reduzido em
cinco anos o limite para os trabalhadores rurais Extinção da aposentadoria por
de ambos os sexos e para os que exerçam suas
tempo de contribuição.
atividades em regime de economia familiar,
nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e
o pescador artesanal.

Reforma Previdenciária

 Regra de transição:

 Homem com 50 anos de idade

 Mulher com 45 anos de idade

 Pedágio de 50% calculado sobre o tempo que faltaria para se aposentar,

para ambos.

20
04/09/2017

Reforma Previdenciária

 Exemplo:

 Mulher 45 anos de Idade + 20 anos de tempo de contribuição.

 50% sobre 10 anos = 5 anos


 20 anos de tc
 10 anos que faltava
 5 anos de pedágio

 Total de TC = 35 anos para aposentadoria por tempo de


contribuição.

 * não precisa atingir a idade de 65.

Reforma Previdenciária

 Exemplo:

 Homem 50 anos de Idade + 25 anos de tempo de contribuição.

 50% sobre 10 anos = 5 anos


 25 anos de tc
 10 anos que faltava
 5 anos de pedágio

 Total de TC = 40 anos para aposentadoria por tempo de


contribuição.

 * não precisa atingir a idade de 65.

21
04/09/2017

Aposentadoria por Idade

Aposentadoria Por Idade

 Quais são os requisitos ou pressupostos para


concessão deste benefício?

22
04/09/2017

Aposentadoria Por Idade

 Primeiro requisito:

 Idade

 Segundo requisito:

 Carência

Aposentadoria Por Idade

Prevista nos artigos 201, I da CF/88; 48 a 51 da LB e


51 a 55 do RPS.

Devido ao segurado(a) que completar 65 anos, se


homem e 60 anos se mulher.

Para os trabalhadores rural, existe uma redução de


05 anos para ambos.

Este benefício poderá ser requerido pela empresa,


quando o segurado completar 70 anos homem e 65
mulher.

23
04/09/2017

Aposentadoria Por Idade

Para os segurados filiados após a edição da Lei


8.213/91, serão necessárias 180 contribuições
mensais.

Para os filiados antes da Lei, deverá seguir a


tabela do art. 142 da LB, vejamos:

Aposentadoria Por Idade

24
04/09/2017

Aposentadoria Por Idade

Para concessão deste benefício, os requisitos


têm que ser preenchido de forma simultâneas, ou
seja, a implementação dos requisitos idade e
carência tem que ocorrer juntas? Na mesma
época?

Aposentadoria Por Idade

 NÃOOOOOO!!!!!!!

 A Lei 10.666/03, no § 1º do artigo 3, define que não.

 E para jurisprudência dominante, também não.

 Vejamos o posicionamento do STJ!!!!

25
04/09/2017

Aposentadoria Por Idade

PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. OFENSA A DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS.


COMPETÊNCIA DO STF. IMPOSSIBILIDADE DE APRECIAÇÃO POR ESTA CORTE. APOSENTADORIA
POR IDADE. TRABALHADOR URBANO. PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO. PREENCHIMENTO
NÃO-SIMULTÂNEO DOS REQUISITOS LEGAIS DE CARÊNCIA E IDADE MÍNIMA. IRRELEVÂNCIA.
RECURSO ESPECIAL PROVIDO. 1. Mostra-se inviável a apreciação de ofensa a dispositivos
constitucionais, uma vez que não cabe a esta Corte, em sede de recurso especial, o exame de matéria
constitucional, cuja competência é reservada ao Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 102, inciso
III, da Carta Magna. 2. Para a obtenção da aposentadoria por idade, nos moldes do art. 48 da Lei nº
8.213/91, torna-se imprescindível o preenchimento de dois requisitos legais, quais sejam: carência e idade
mínima. 3. No caso em tela, constata-se que a autora completou 60 (sessenta) anos em 1994, tendo
preenchido, portanto, o requisito etário legal. 4. Quanto à carência, verifica-se que a segurada
comprovou o exercício da atividade urbana e o recolhimento de contribuições superiores ao exigido
na tabela progressiva inserta no art. 142 da Lei nº 8.213/91. 5. Resta incontroverso o preenchimento dos
requisitos legais autorizadores da aposentadoria por idade, tornando-se irrelevante o fato de a autora ter
completado a idade mínima quando não era mais detentora da qualidade de segurada. 6. A Terceira Seção
deste Superior Tribunal tem posicionamento consolidado de que não se exige o preenchimento simultâneo
das condições autorizadoras do benefício para a concessão da aposentadoria por idade. 7. Recurso
especial provido para restabelecer os efeitos da sentença. (STJ, 6ª Turma, RESP 200501725740, Rel. Min.
Maria Thereza de Assis Moura, j. 01/03/2007, DJ 26/03/2007)

Reforma Previdenciária
Aposentadoria por Idade
Regra atual Proposta Original
Art. 201 da CF: Art. 201 da CF:

§ 7º É assegurada aposentadoria no regime § 7º É assegurada aposentadoria no


geral de previdência social, nos termos da lei, regime geral de previdência social àqueles
obedecidas as seguintes condições:
que tiverem completado sessenta e cinco
anos de idade e vinte e cinco anos de
II - sessenta e cinco anos de idade, se homem,
contribuição, para ambos os sexos.
e sessenta anos de idade, se mulher, reduzido
em cinco anos o limite para os trabalhadores
rurais de ambos os sexos e para os que
exerçam suas atividades em regime de
economia familiar, nestes incluídos o produtor
rural, o garimpeiro e o pescador artesanal.
------
------ Carência de 25 anos de
Carência 15 anos de contribuição.
contribuição.

26
04/09/2017

Reforma Previdenciária

 Assim como para aposentadoria por tempo de contribuição


haverá uma regra de transição, por sua vez, na aposentadoria por
idade também.

 Homem na data da promulgação da EC já deverá ter atingido a


idade de 50 anos e a mulher 45 anos.

 E deverá completar o pedágio de 50% da carência que faltava


para aposentadoria por idade.

Reforma Previdenciária

 Exemplo:

 Homem 50 anos de Idade + 10 anos de carência.

 50% sobre 5 anos = 2,6 anos


 10 anos de carência
 5 anos que faltava
 2,6 anos de pedágio

 Total de carência = 17,6 anos para aposentadoria por idade.

27
04/09/2017

Reforma Previdenciária

 Exemplo:

 Mulher 45 anos de Idade + 10 anos de carência.

 50% sobre 5 anos = 2,6 anos


 10 anos de carência
 5 anos que faltava
 2,6 anos de pedágio

 Total de carência = 17,6 anos para aposentadoria por idade.

Aposentadoria Especial
Previsão constitucional, artigo 201, § 1º
da CF/88.

Artigos 57 e 58 da Lei 8.213/91

Artigos 64 a 70 do Decreto 3.048/99

Artigos 246 a 299 da Instrução


Normativa 77/2015

15 anos => nocividade máxima =>


mineração de subsolo (item 4.0.2)
20 anos => nocividade média =>
mineração subterrânea (item 4.0.1)
25 anos => nocividade mínima => área da
saúde humana e animal (item 3.0.1)

28
04/09/2017

Aposentadoria Especial

PREVISÃO LEGAL

 O benefício de aposentadoria Especial vem regulado pela


Constituição Federal, logo temos um benefício com garantia
constitucional.

 Pois bem, na Constituição a previsão está no §1º do artigo 201.

 Na Lei 8.213/91, temos os artigos 57 e 58.

 No Decreto 3.048/99, nos artigos 64 a 70 (com as alterações pelo


Decreto 8.123/13).

 IN 77/2015, entre os artigos: 246 e 299.

Aposentadoria Especial

PREVISÃO LEGAL

 Art. 201 (CF): A previdência social será organizada sob a forma de


regime geral, de caráter contributivo e filiação obrigatória,
observados os critérios que preservem o equilíbrio financeiro e
atuarial, e atenderá, nos termo da lei, a:

 § 1º. É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a


concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de
previdência social, ressalvados os casos de atividades
exercidas sob condições especiais que prejudiquem a
saúde ou a integridade física e quando se tratar de
segurados portadores de deficiência, nos termos definidos
em lei complementar.

29
04/09/2017

Aposentadoria Especial

 Vejam: o texto constitucional, remete os requisitos da concessão da


aposentadoria especial para uma Lei Complementar.

 Não há lei complementar sobre aposentadoria especial no RGPS.

 Por sua, quem fez esse papel é a Lei 8.213/91, a qual nos artigos 57 e 58
prevêem a concessão deste benefício:

 Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência
exigida nesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante 15
(quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme dispuser a lei.

 § 3º A concessão da aposentadoria especial dependerá de comprovação pelo


segurado, perante o Instituto Nacional do Seguro Social–INSS, do tempo de
trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, em condições
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante o
período mínimo fixado.

Aposentadoria Especial
 § 4º O segurado deverá comprovar, além do tempo de trabalho, exposição
aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes
prejudiciais à saúde ou à integridade física, pelo período equivalente ao
exigido para a concessão do benefício.

 Art. 58. A relação dos agentes nocivos químicos, físicos e biológicos ou


associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física
considerados para fins de concessão da aposentadoria especial de que trata o
artigo anterior será definida pelo Poder Executivo.

 § 1º A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos


será feita mediante formulário, na forma estabelecida pelo Instituto
Nacional do Seguro Social - INSS, emitido pela empresa ou seu preposto,
com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido
por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho nos
termos da legislação trabalhista. (NR 15)

§ 4º A empresa deverá elaborar e manter


atualizado PP (...)

30
04/09/2017

Aposentadoria Especial

 Maria Helena Carreira Alvim Ribeiro, conceitua o benefício de


aposentadoria especial como um “benefício que visa garantir ao segurado do
RGPS uma compensação pelo desgaste resultante do tempo de serviço
prestado em condições prejudiciais à sua saúde ou integridade física”.

 Este benefício teve origem no artigo 31 da Lei 3.807/60, que assim


dispunha:

 Art. 31. A aposentadoria especial será concedida ao segurado que, contando


no mínimo com 50 (anos) de idade 15 (quinze) anos de contribuições
tenha trabalhado durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos
pelo menos, conforme a atividade profissional, em serviços, que,
para esse efeito forem considerados penosos, insalubres ou
perigosos, por Decreto do Poder Executivo.

 Assim, desde 1960, o benefício de aposentadoria especial é previsto no


ordenamento jurídico brasileiro.

Aposentadoria Especial

 Particularidades:

 A aposentadoria especial será concedida nas seguintes situações:

 Exposição aos agentes agressivos* prejudiciais à saúde ou integridade física,


aos 15, 20 ou 25 anos.

 15 anos => nocividade máxima. Ex. Mineiros de subsolo

 20 anos => nocividade média. Ex. Minerador.

 25 anos => nocividade mínima. Ex. Enfermeiros (aux. téc), entre outros.

 * Todos os outros agentes agressivos nos Decretos 53.831/64, 83.080/79,


2.172/97 e 3.048/99, fazem jus ao benefício de aposentadoria especial

31
04/09/2017

Aposentadoria Especial

 Pelo Decreto 3.048/99, a exposição aos agentes são


conhecidos pelos como:

 1º Químicos (código 1.0)

 2º Físicos (código 2.0)

 3º Biológicos (código 3.0)

 Associações de agentes (código 4.0) (soma de agentes)

Aposentadoria Especial

 O mais comum, que vemos no dia-a-dia é a exposição aos agentes físicos ou


integridade física.

 Como exemplo, cito:

 a) Ruído (superior a 85* db)

 Vibrações (trabalho com martelete)

 Radiações ionizantes (fabricação e manipulação de produtos radioativos)

 Temperaturas anormais (exposição ao calor, superior aos limites de


tolerância previstos na NR 15)

 Pressão atmosférica anormais (trabalho em tubulações)

* A Lei 9.732/98 => manda observar a legislação trabalhista

32
04/09/2017

Aposentadoria Especial

 Quando for tratar da aposentadoria especial, você tem por obrigação


observar:

 a) Quadro anexo ao Decreto 53.831/64;

 b) Quadro anexo I do Decreto 83.080/79;

 c) Quadro anexo II do Decreto 83.080/79;

 d) Quadro anexo IV do Decreto 2.172/97;

 e) Quadro anexo IV do Decreto 3.048/99.

Aposentadoria Especial

 Os róis listados nos Decretos supracitados, são róis exemplificativo.

 Para o INSS, os róis são exaustivo e não exemplificativo.

 Adriane Bramante, ensina que: “os agentes agressivos constantes


nesses quadros possuem caráter exemplificativo, em razão da súmula
198 do extinto Tribunal Federal de Recursos”.

 A súmula 198 do extinto TFR, dispõe que: “atendidos os demais


requisitos, é devida aposentadoria especial se a perícia judicial
constata que a atividade exercida pelo segurado é perigosa, insalubre
ou penosa, mesmo não inscrita em Regulamento”.

 Por isso que os róis são exemplificativos, nesse sentido:

33
04/09/2017

Aposentadoria Especial

 AGRAVO REGIMENTAL. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO


DESERVIÇO. EXPOSIÇÃO AO AGENTE ELETRICIDADE. ENQUADRAMENTO
NO DECRETO Nº 2.172/1997. AUSÊNCIA. IRRELEVÂNCIA. ROL
EXEMPLIFICATIVO. COMPROVAÇÃO. SÚMULA Nº 7/STJ. 1. Consoante os
precedentes desta Corte, em que pese a presunção absoluta de especialidade para
o agente nocivo eletricidade se encerrasse com a edição do Decreto nº
2.172/1997, estando devidamente demonstrado por outros meios probantes o
exercício do labor em condições especiais, é possível reconhecer a
especialidade,ainda que seja em período laborado após o advento do referido
decreto, porquanto o rol de atividades consideradas prejudiciais à
saúde é meramente exemplificativo. 2. Tendo a Corte de origem afirmado
expressamente, que no desempenho de sua atividade, o autor estava submetido
ao agente nocivo eletricidade, de modo habitual e permanente, verificar tal
condição por este Superior Tribunal de Justiça importaria reexame de fatos e
provas, o que é vedado em sede de recurso especial, nos termos do enunciado
sumular nº 7/STJ. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.
 (STJ. AgRg no Resp. 1168544. Relator: Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE,
Data de Julgamento: 12/06/2012, T5 - QUINTA TURMA)

Aposentadoria Especial

 Os Decretos 53.831/64 e 83.080/79, vigoraram de forma


concomitante até a Edição do Decreto 2.172/97.

 O enquadramento por atividade profissional (anotação na CTPS) vai


até 28/04/1995.* Isso em razão do Decreto 357/91 no art. 295 dispor
que:

 “para efeito de concessão das aposentadorias especiais serão


considerados os Anexos I e II do Decreto 83.080/79 e o Anexo ao
Decreto 53.831/64, até que seja promulgada lei que disporá sobre as
atividades prejudiciais à saúde e a integridade física.

 A Lei que veio foi a 9.032/95, por essa razão o enquadramento por
categoria profissional se dá até o advento desta Lei.

34
04/09/2017

Aposentadoria Especial

 Para comprovar o tempo especial, se faz necessário observar que os


fatos anteriores à Lei nº 9.032/95, bastava demonstrar que as
atividades profissionais exercidas pelos segurados estavam
relacionada como perigosa, insalubre ou penosa em rol contido nos
Decretos 53.831/64 e 83.080/79).

 Todavia, quanto ao lapso temporal compreendido entre a publicação


da Lei 9.032/95 (29/04/1995) e a expedição do Decreto 2.172/97
regulamentador (05/03/1997), há necessidade de que a atividade
tenha sido exercida com efetiva exposição a agentes nocivos, sendo a
comprovação feita por meio dos formulários SB-40 e DSS-8030 e,
posteriormente, com a edição do Decreto 2.172/97, faz-se mister a
apresentação de Laudo Técnico.

 * para a jurisprudência, o enquadramento por profissão vai até


04/03/97, veja-se:

Riscos Ambientais químicos:

 Conceito: pode trazer o


ocasionar danos à saúde ou à
integridade física, em razão de
sua concentração, manifestados
por névoas, neblinas, poeiras,
fumos, gazes, vapores de
substâncias nocivas presentes no
ambiente de trabalho, absorvidos
pela via respiratória ou outras
vias.
 Exemplos mais comuns:
 asbestos
 arsênio
 benzeno
 chumbo
 Cloro
 Hidrocarbonetos
 Outros (20)

35
04/09/2017

Riscos Ambientais físicos:

 Conceito: pode trazer o


ocasionar danos à saúde ou à
integridade física, em razão de
sua intensidade e exposição.

 Exemplos mais comuns:


 ruídos
 vibrações
 calor
 pressões anormais
 radiações ionizantes

Riscos Ambientais biológicos:

 Conceito: pode trazer o


ocasionar danos à saúde ou
à integridade física, em
razão de sua natureza.
 Exemplos mais
comuns:
 bactérias
 fungos
 parasitas
 vírus
 contato com pacientes
portadores de doenças
infecto-contagiosas ou com
manuseio de materiais
contaminados;

36
04/09/2017

Aposentadoria Especial

 Enquadramento pelo risco físico:

 Tipos:

 Ruído => exposição a níveis de exposição normalizados (NEN)


superiores a 85 db.

 Com relação ao agente agressivo ruído, assim ficará o


enquadramento:

 Até 05/03/1997 – níveis superiores a 80 db.

 De 06/03/1997 a 18/11/2003 – níveis superiores a 90 db.

 De 19/11/2003 até hoje – níveis superiores 85 db.

Aposentadoria Especial

 Enquadramento pelo risco físico:

 Tipos:

 Vibrações;

 Radiações Ionizantes;

 Temperaturas anormais;

 Pressão atmosférica anormal;

37
04/09/2017

Aposentadoria Especial

 Enquadramento pelos riscos Químicos:

 São diversos, tipificados a partir do item 1.0.0 do anexo IV ao


Decreto 3.048/99:

 Exemplos:

 Arsênio e seus compostos;

 Cádmio e seus compostos tóxicos;

 Benzeno e seus compostos tóxicos;

Aposentadoria Especial

 Enquadramento pelo risco Químicos:

 São diversos, tipificados a partir do item 1.0.0:

 Exemplos:

 Cloro;

 Hidrocarbonetos (óleo mineral)

 Carvão mineral e seus derivados

 Chumbo e seus compostos tóxicos.

38
04/09/2017

Aposentadoria Especial

 Enquadramento pelo risco Químico:

 Particularidade no que tange ao Benzeno:

 Memorando Circular 08/DIRAT/INSS

 “Orientamos aos peritos médicos que, na análise dos benefícios de

Aposentadoria Especial oriundos da exposição ao agente


químico Benzeno, seja adotado e critério qualitativo e que não
sejam considerados na avaliação os equipamentos de
proteção coletiva e/ou individual, uma vez que os mesmos
não são suficiente para elidir a exposição a esse agente
químico”

Aposentadoria Especial

 Enquadramento pelo risco Químico:

 Particularidade no que tange ao Benzeno:

 Benzeno é um hidrocarboneto aromático líquido, altamente inflamável,

incolor e tóxico, com um cheiro característico e com formulação química


C6H6. É a base para a classe de hidrocarbonetos, sendo muito utilizado
como solvente e matéria prima para produção de outros compostos
orgânicos como fenol, anilina, trinitrotolueno, plásticos, gasolina, borracha
sintética e tintas.
(http://www.dicionarioinformal.com.br/benzeno/)

39
04/09/2017

Aposentadoria Especial

 Enquadramento pelo risco Químico:

 Particularidade no que tange ao Benzeno:

 Com base nesse memorando, temos que o próprio INSS

reconhece que o uso do EPI e/ou EPC não são eficazes para
afastar ou elidir os agentes agressivos à saúde.

 Portando, tenha calma e muito cuidado ao examinar o PP do

cliente, eis que havendo a informação de que este no exercício do


labor estava exposto ao Benzeno, esse tempo é especial e não
haverá discussão.

Aposentadoria Especial

 Enquadramento pelo risco Químicos:

 Particularidade no que tange ao Hidrocarboneto:

 Reconhecimento do tempo especial do mecânico:

Atividade de mecânico passível de enquadramento


como especial, considerando o contato, ainda que não
permanente, com graxas, óleos e gasolina, pois o
critério pautado para aferição da especialidade é
qualitativo. (TRF4, APELREEX 5000882-85.2011.404.7001,
Sexta Turma, Relator p/ Acórdão Ezio Teixeira, D.E.
05/07/2013)

40
04/09/2017

Aposentadoria Especial
 Enquadramento pelo risco Biológico

 Terá direito ao benefício de aposentadoria especial ou a respectiva conversão


deste tempo àqueles que exercerem atividades que coloquem em risco sua
saúde ou integridade física.

 Exemplo de exposição:

 Fungos;
 Bactérias;
 Vírus;
 Parasitas.

 São os profissionais das áreas da saúde humana ou animal. O contato com


pacientes portadores de doenças infecto-contagiosas e com animais
infectados em tratamento, preparo de soro, vacinas entre outros.

Aposentadoria Especial
 Enquadramento pelo risco Biológico

 Por esse enquadramento, temos os médicos, enfermeiros, auxiliares e


técnicos de enfermagem;

 Temos também o atendente do pet shop. Deu banho no cachorro,


vacina, está em contato com os animais, tem direito a contagem do
tempo diferenciada;

 Não se pode esquecer dos dentistas (empregados ou não);

 Todos que se encontrarem nesta situação, tem direito a contagem do


tempo de trabalho como especial.

41
04/09/2017

Aposentadoria Especial

 Enquadramento pelo risco Biológico


 Decreto 3.048/99

 ANEXO IV

 ITEM 3.0.0 – BIOLÓGICOS

 Exposição aos agentes citados unicamente nas atividades relacionadas.

 ITEM 3.0.1 MICRO-ORGANISMO E PARASITAS INFECTO-CONTAGIOSOS


VIVOS E SUAS TOXINAS

 Trabalhos em estabelecimentos de saúde em contato com pacientes


portadores de doenças infecto-contagiosas OU com manuseio de materiais
contaminados.
 Trabalhos com animais infectados para tratamento ou para o preparo do
soro, vacinas e outros produtos

Aposentadoria Especial
 Aux. de Enfermagem
 PREVIDENCIÁRIO - REVISÃO DE BENEFÍCIO - APOSENTADORIA POR
TEMPO DE SERVIÇO - RECONHECIMENTO DE TEMPO DE SERVIÇO
ESPECIAL PARA MAJORAÇÃO DA RMI - EXPOSIÇÃO A AGENTES
BIOLÓGICOS - APELO E REMESSA OFICIAL IMPROVIDOS - SENTENÇA
MANTIDA.

 8. Não obstante tenha sido homologado em 16/10/91, o laudo técnico é


suficiente para demonstrar a especialidade da atividade no período de
01/01/86 a 09/10/97, porque complementado não só por formulário emitido
pela Prefeitura Municipal de Piracicaba, mas também pelos testemunhos
colhidos nestes autos, no sentido de que a autora, no exercício de sua
atividade como auxiliar de enfermagem, ficava exposta a doenças
infecciosas.
 (TRF 3ª Região, OITAVA TURMA, AC 0006047-74.2000.4.03.6109, Rel.
DESEMBARGADORA FEDERAL THEREZINHA CAZERTA, julgado em
10/02/2014, e-DJF3 Judicial 1 DATA:22/05/2015)

42
04/09/2017

Aposentadoria Especial

 Aposentadoria Especial e o Judiciário:

 Laudo Extemporâneo também não é óbice ao


reconhecimento da atividade especial:

 Súmula 68 da TNU:

O laudo pericial não contemporâneo ao período


trabalhado é apto à comprovação da atividade
especial do segurado.

Aposentadoria Especial

 Um tema de grande discussão é a concessão da Aposentadoria Especial para


o segurado, contribuinte individual.

 Segundo a Carta Política, todos são iguais perante a Lei. Se todos são iguais,
por quê que o Decreto excluiu essa benesse do segurado individual?

 Não existe motivo para isso e a TNU tratou de “arrumar” essa discriminação,
editando a súmula 62.

 Súmula 62 da TNU
“O segurado contribuinte individual pode obter
reconhecimento de atividade especial para fins
previdenciários, desde que consiga comprovar exposição a
agentes nocivos à saúde ou à integridade física.”

43
04/09/2017

Aposentadoria Especial

 Conversão de períodos:

 Quando o segurado não preencher integralmente o período


especial, devemos realizar a conversão do período especial
para comum. Isso é necessário para uniformizar o período de
trabalho para fins de aposentadoria.

 Vamos lá:

 Edinho trabalhou em atividade especial por 15 anos e mais 15


anos de tempo comum.

 Neste caso, devemos converter o tempo especial, para ser


somado ao tempo comum.

A TABELA DE CONVERSÃO

Atividades a
converter
MULTIPLICADORES
PARA 15 PARA 20 PARA 25 PARA 30 PARA 35
(MULHER) (HOMEM)

DE 15 ANOS 1,00 1,33 1,67 2,00 2,33

DE 20 ANOS 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75

DE 25 ANOS 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40

44
04/09/2017

Aposentadoria Especial

 Tempo especial que será convertido = 15 anos.

 15 x 360 = 5400 dias de tempo especial

 5400 dias x fator multiplicado 1,40 = 7560 dias de TC

 Vamos achar isso em anos

 7560 / 360 = 21 anos

 Portanto Jorge tem 15 anos de comum + 21 anos que foram


convertidos do especial para comum, totalizando 36 anos de tempo
de contribuição comum. Jorge estará aposentado!

IDEIA EXTRAÍDA DO LIVRO DA ADRIANE BRAMANTE, BIBLIOGRAFIA NO FINAL

Aposentadoria Especial

 Aposentadoria Especial e o contrato de trabalho:

 Dispõe o § 8º do artigo 57 da Lei 8.213/91:

Aplica-se o disposto no art. 46 ao segurado aposentado nos termos deste


artigo que continuar no exercício de atividade ou operação que o sujeite aos
agentes nocivos constantes da relação referida no art. 58 desta Lei.

O parágrafo supra citado transcreve que se


aposentar nessas condições não poderão exercer as
atividades que ensejaram o benefício, ou seja,
deverá mudar de atividade.

45
04/09/2017

Aposentadoria Especial

 Aposentadoria Especial e o contrato de trabalho:

 Para o INSS, a manutenção na mesma atividade ou


o retorno em atividades ensejadoras da
aposentadoria especial é motivo de cancelamento
do benefício.

 O STF reconheceu a repercussão geral sobre esse


tema e ainda irá decidir a constitucionalidade do §
8º do artigo 57.

 RE 788.092

Reforma Previdenciária
Aposentadoria Especial

Regra atual Proposta Original


Art. 201 da CF: Art. 201 da CF:

§ 1º É vedada a adoção de requisitos e II - cujas atividades sejam exercidas sob


critérios diferenciados para a concessão de condições especiais que efetivamente
aposentadoria aos beneficiários do regime prejudiquem a saúde, vedada a
geral de previdência social, ressalvados os caracterização por categoria profissional
casos de atividades exercidas sob ou ocupação.
condições especiais que prejudiquem a
saúde ou a integridade física e quando se
tratar de segurados portadores de deficiência,
nos termos definidos em lei complementar.

46
04/09/2017

Reforma Previdenciária
Aposentadoria Especial

Regra atual Proposta Original


Art. 201 da CF:

§ 1º-A. Para os segurados de que tratam


Para aposentadoria especial, o segurado os incisos I e II do § 1º, a redução para
fins de aposentadoria, em relação ao
precisa comprovar o tempo de 15, 20 ou disposto no § 7º, será de, no máximo, dez
25 de exposição aos agentes prejudiciais à anos no requisito de idade e de, no
máximo, cinco anos para o tempo de
saúde ou a integridade física. contribuição.
-----
Idade de 55 anos para aposentadoria
especial + 20 anos de tempo de
contribuição.
*definição por Lei Complementar

Reforma Previdenciária

 O objetivo da reforma é acabar com a aposentadoria


especial.

 Nenhum segurado teria mais direito a tal benefício,


posto que o benefício somente será devido para o
segurado que comprovar que a atividade exercida,
efetivamente, prejudique a saúde.

 Outro prejuízo é a conversão do tempo especial em


comum. Pela proposta só pode converter o tempo
exercido até a data da publicação da EC.

47
04/09/2017

Reforma Previdenciária

 Art. 201 da CF:

 § 14. É vedada a contagem de tempo de


contribuição fictício para efeito de concessão dos
benefícios previdenciários e de contagem
recíproca.

Ap. da Pessoa com Deficiência

A aposentadoria da pessoa com deficiência é uma


aposentadoria por tempo de contribuição diferida,
nem especial tampouco comum.

Ela é diferida.

48
04/09/2017

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

A aposentadoria da pessoa com deficiência é uma aposentadoria com


definição constitucional, uma vez prevista no § 1º do artigo 201, veja-se:

CF 05/10/1988 – Art. 201 § 1º;

Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral,
de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei,
a:

§ 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a


concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de
previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob
condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e
quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos
definidos em lei complementar.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

O Legislador cumprindo o comando constitucional,


criou a Lei Complementar 142/2013, instituindo as
regras para aposentadoria da pessoa com deficiência.

Logo, quando falar de aposentadoria da pessoa


portadora de deficiência, deve-se observar a Lei
Complementar 142/13.

49
04/09/2017

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

LC 142/13:

Art. 1o Esta Lei Complementar regulamenta a concessão de


aposentadoria da pessoa com deficiência segurada do
Regime Geral de Previdência Social - RGPS de que trata o
§ 1o do art. 201 da Constituição Federal.

Art. 2o Para o reconhecimento do direito à aposentadoria de que


trata esta Lei Complementar, considera-se pessoa com deficiência
aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física,
mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas
barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na
sociedade em igualdade de condições s com as demais pessoas.

Comprovação da deficiência
 Deve ser comprovada:

 - Na data da entrada do requerimento, ou;

 - Na data da implementação dos requisitos


para o benefício.

50
04/09/2017

APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

 A) Cumprimento de carência de 180 cont.;


 B) Que o segurado seja pessoa com deficiência na
DER, ressalvado o direito adquirido (09/11/2013);
 C) Tempo de contribuição de:
 25 anos homem e 20 anos mulher – Grave;
 29 anos homem e 24 anos mulher – moderada
 33 anos homem e 28 anos mulher – Leve.

APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

Quando o segurado tornar-se deficiente, após


sua filiação ao RGPS, como ficará a questão do
tempo de contribuição:

O Decreto 8.145/2013, alterando a redação do


Decreto 3.048/99, trouxe a seguinte
alternativa:

51
04/09/2017

APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

Art. 70-E. Para o segurado que, após a filiação ao


RGPS, tornar-se pessoa com deficiência, ou tiver
seu grau alterado, os parâmetros mencionados nos
incisos I, II e III do caput do art. 70-B serão
proporcionalmente ajustados e os respectivos
períodos serão somados após conversão, conforme
as tabelas abaixo, considerando o grau de
deficiência preponderante, observado o disposto
no art. 70-A:

APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

52
04/09/2017

APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO


Conversão do tempo Especial

 § 1º do Art. 70-E do Decreto 3.048/99

 § 1o É garantida a conversão do tempo de contribuição cumprido em condições especiais que prejudiquem a


saúde ou a integridade física do segurado, inclusive da pessoa com deficiência, para fins da aposentadoria de que
trata o art. 70-B, se resultar mais favorável ao segurado, conforme tabela abaixo: (Incluído pelo Decreto nº
8.145, de 2013)

MULHER
MULTIPLICADORES
TEMPO A
CONVERTER Para 15 Para 20 Para 24 Para 25 Para 28

De 15 anos 1,00 1,33 1,60 1,67 1,87

De 20 anos 0,75 1,00 1,20 1,25 1,40

De 24 anos 0,63 0,83 1,00 1,04 1,17

De 25 anos 0,60 0,80 0,96 1,00 1,12

De 28 anos 0,54 0,71 0,86 0,89 1,00

53
04/09/2017

APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO


Conversão do tempo Especial

 § 1º do Art. 70-E do Decreto 3.048/99

 § 1o É garantida a conversão do tempo de contribuição cumprido em condições especiais que prejudiquem a


saúde ou a integridade física do segurado, inclusive da pessoa com deficiência, para fins da aposentadoria de que
trata o art. 70-B, se resultar mais favorável ao segurado, conforme tabela abaixo: (Incluído pelo Decreto nº
8.145, de 2013)

HOMEM
TEMPO A MULTIPLICADORES
CONVERTER
Para 15 Para 20 Para 25 Para 29 Para 33

De 15 anos 1,00 1,33 1,67 1,93 2,20

0,75 1,00 1,25 1,45 1,65


De 20 anos
0,60 0,80 1,00 1,16 1,32
De 25 anos
0,52 0,69 0,86 1,00 1,14
De 29 anos
0,45 0,61 0,76 0,88 1,00
De 33 anos

APOSENTADORIA POR IDADE

• A) 60 anos de idade se homem e 55 anos de idade se


mulher – (redução de 5 anos);
• B) Cumprimento de carência de 180 cont.;
• C) O mínimo de 15 anos de tempo de contribuição,
cumprido simultaneamente na condição de pessoa
com deficiência, independentemente do grau;
• D) Que o segurado seja pessoa com deficiência na
DER, resalvado o direito adquirido – 09/11/2013.

54
04/09/2017

FATOR PREVIDENCIÁRIO

 Somente será aplicado se resultar em cálculo mais


vantajoso para o segurado – acima de 1;

 Em ambas aposentadorias.

Tempo especial

Lei Complementar 142

Art. 10. A redução do tempo de contribuição prevista


nesta Lei Complementar não poderá ser acumulada,
no tocante ao mesmo período contributivo, com a
redução assegurada aos casos de atividades exercidas
sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou
a integridade física.
Ou seja, não poderá haver duas conversões, apenas
uma, a mais benéfica ao segurado.

55
04/09/2017

BENEFICIÁRIOS

Todas as categorias de segurado;

Exceção: Não se aplica, porém, na aposentadoria por


tempo de contribuição ao segurado Especial, exceto,
se houver contribuído como segurado facultativo
neste período.

Permanência na atividade

Os segurados que se aposentarem pela


aposentadoria da pessoa com deficiência, seja por
tempo de contribuição ou idade, poderão continuar
exercendo sua atividade ou retornar ao mercado de
trabalho, uma vez que a Lei Complementar não veda
a continuação do trabalho.

56
04/09/2017

DEFICIÊNCIA PREPONDERANTE

Quando o segurado tenha contribuído


alternadamente na condição de pessoa sem
deficiência e com deficiência ou no caso de existência
de mais de um grau de deficiência, os respectivos
períodos poderão ser somados, após aplicação da
conversão de que trata as tabelas, considerando o
sexo e o grau de deficiência preponderante.

DEFICIÊNCIA PREPONDERANTE

O grau de deficiência preponderante será definido


como sendo aquele no qual o segurado cumpriu
maior tempo de contribuição, antes da conversão
que servirá como parâmetro para definir o tempo
mínimo necessário para a aposentadoria por tempo
de contribuição do deficiente, bem como para
conversão.

57
04/09/2017

DEFICIÊNCIA PREPONDERANTE

MULHER

MULTIPLICADORES

TEMPO A
CONVERTER Para 20 Para 24 Para 28 Para 30

De 20 anos 1,00 1,20 1,40 1,50

De 24 anos 0,83 1,00 1,17 1,25

De 28 anos 0,71 0,86 1,00 1,07

De 30 anos 0,67 0,80 0,93 1,00

DEFICIÊNCIA PREPONDERANTE

HOMEM

TEMPO A MULTIPLICADORES
CONVERTER
Para 25 Para 29 Para 33 Para 35

De 25 anos 1,00 1,16 1,32 1,40

De 29 anos 0,86 1,00 1,14 1,21

De 33 anos 0,76 0,88 1,00 1,06

De 35 anos 0,71 0,83 0,94 1,00

58
04/09/2017

NÃO BENEFICIAM EM DUPLICIDADE

 APOSENTADORIA DO PROFESSOR;

 APOSENTADORIA POR IDADE RURAL;

 APOSENTADORIA ESPECIAL.

GERAL

O segurado deficiente preenchendo os requisitos,


terá direito ao benefício de aposentadoria por
tempo de contribuição ou idade, nos termos da Lei
Complementar 142/13.

O cálculo do benefício é o mesmo, aplicando o FP


quando for vantajoso ao segurado.

59
04/09/2017

60
04/09/2017

Comum Acidentária
B 32 B 92

61
04/09/2017

Comum Acidentário
B 36 B 94

62
04/09/2017

63
04/09/2017

Previdência Social. Qualidade de Segurado

 Alterações promovidas pela Lei 13.457/17


Antes da Lei 13.457/17, bastava que os segurados contribuíssem com 1/3 da
carência exigidas para concessão dos benefícios que fizessem jus para recuperar
a qualidade de segurado.

Exemplo: para a concessão do auxílio-doença é necessário que o segurado tenha


vertido 12 contribuições.

Se o segurado perdesse a qualidade de segurado, deveria contribuir com mais 4


contribuições para que readquirisse a qualidade de segurado.

Com essa Lei o segurado deverá pagar 50% da carência necessária.

Lei 13.457/17

 No caso da perda da qualidade de segurado, para


efeito de carência para a concessão dos benefícios de
AD, AI, SM, o segurado deverá contar com 50% da
carência, no caso do AD e AI, 06 contribuições; (Lei
8213/91 art. 27-A);
 Sempre que possível, o ato de concessão ou de
reativação de auxílio-doença, judicial ou
administrativo, deverá fixar o prazo estimado para a
duração do benefício.

64
04/09/2017

Lei 13.457/17

 Na ausência de fixação do prazo, o benefício cessará


após o prazo de cento e vinte dias, contado da data
de concessão ou de reativação, exceto se o segurado
requerer a sua prorrogação junto ao INSS (15 dias
antes da DCB);
 O segurado em gozo de auxílio-doença, concedido
judicial ou administrativamente, poderá ser
convocado a qualquer momento para avaliação das
condições que ensejaram a concessão ou a
manutenção.

Lei 13.457/17

 O segurado em gozo de auxílio-doença, insusceptível


de recuperação para sua atividade habitual, deverá
submeter-se a processo de reabilitação profissional
para o exercício de sua atividade habitual ou de outra
atividade;
 O benefício será mantido até que o segurado seja
considerado reabilitado para o desempenho de
atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando
considerado não recuperável, seja aposentado por
invalidez.

65
04/09/2017

66
04/09/2017

67
04/09/2017

68
04/09/2017

69
04/09/2017

Perícias periódicas

 Os aposentados por invalidez, deverão se submeter as


perícias médicas do INSS, sempre que convocado (art. 101
da Lei 8.213/91)

 Estão isentos de comparecer a perícia médica:

 Aposentados acima de 55 anos + 15 anos em gozo da


aposentadoria ou do auxílio-doença que a precedeu.

 Os aposentados com mais 60 anos de idade, também estão


isentos da perícia médica.

Perícias periódicas

 Os aposentados que tiverem dificuldades de locomoção,


deverá requerer a perícia domiciliar, conforme dispõe o §
5º do artigo 101 da Lei 8.213/91, com a redação dada pela
Lei 13.457/17.

 Mesma disposição é o artigo 412 da IN 77/2015.

70
04/09/2017

71
04/09/2017

APOSENTADORIA POR INVALIDEZ

 A Primeira Turma do STJ decidiu que o adicional de


25% disposto no art. 45 da Lei 8.213/91 é devido
apenas quando o segurado é titular de aposentadoria
por invalidez.
 (REsp 1533402/SC, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA,
PRIMEIRA TURMA, julgado em 01/09/2015, DJe
14/09/2015).
 RESP 1475512/MG, julgado em 18/12/2015.

72
04/09/2017

73
04/09/2017

74
04/09/2017

Auxílio Doença

 Nos termos da Lei 13.457/17, o auxílio doença,


quando a concessão omitir fixação de prazo para alta
programada, o benefício cessará automaticamente
no prazo de 120 dias.

75
04/09/2017

76
04/09/2017

77
04/09/2017

78
04/09/2017

79
04/09/2017

Pensão por Morte

FUNDAMENTO LEGAL
Artigo 201,V, da CF/88
Artigo 74 a 79 da Lei 8.213/91.
Artigo 105 a 115 do Decreto 3048/99

CONCEITO
É o benefício previdenciário devido aos
dependentes em decorrência do falecimento do
segurado. Tem por objetivo suprir as necessidades
dos dependentes do segurado por ocasião da morte
deste.

BENEFICIÁRIOS
Dependente de qualquer tipo do segurado. Ordem
de pagamento pela tabela de classes.

PONTOS ESPECÍFICOS
Ordem de pagamento pela tabela de classes.
a) 1º classe - cônjuge/companheiro(a) e filhos;
b) 2º classe - pais;
c) 3ª classe – irmãos;

Os Beneficiários da Pensão por Morte são do dependentes, como previsto no


artigo 16, Lei 8.213/91

 De acordo com o artigo supra mencionado, os dependentes são divididos por


classes.

 1ª Classe => cônjuge, companheira (o), filho não emancipado, de qualquer


condição, menor de 21 anos ou inválidos.
(Dependência econômica é presumida)

 2ª Classe => Pais


(Dependência econômica deve ser demonstrada)

 3ª Classe => Irmão de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválidos.


(Dependência econômica deve ser demonstrada)

80
04/09/2017

Para concessão da pensão por morte não é necessário o pagamento de contribuições, ou seja,
carência.

Este benefício será concedido independentemente do segurado-falecido ter preenchido


qualquer requisito de carência.

A única exigência é a qualidade de segurado à época do óbito.

Lei 8.213/91

Art. 26. Independe de carência a concessão das


seguintes prestações:

I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e


auxílio-acidente;

COMPROVAÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL

 Súmula nº 63 – TNU/JEF

 A comprovação de união estável para efeito de


concessão de pensão por morte prescinde de início
de prova material.

 Prescinde = dispensa

81
04/09/2017

 Estudante Universitário;

Súmula 37 – TNU/JEF:
“A pensão por morte, devida ao filho até os 21 anos de idade,
não se prorroga pela pendência do curso universitário”

 Súmula nº. 52 TNU/JEF

 Para fins de concessão de pensão por morte, é


incabível a regularização do recolhimento de
contribuições de segurado contribuinte individual
posteriormente a seu óbito, exceto quando as
contribuições devam ser arrecadadas por empresa
tomadora de serviços.

82
04/09/2017

 PRESCRIÇÃO PARA RECEBER A PENSÃO POR MORTE

 O pensionista filho receberá a pensão desde o falecimento do pai/mãe, desde


que tenha menos de 16 anos, uma vez que para este a prescrição inicia-se
aos 16 anos.

 Exemplo 1: Instituidor da pensão faleceu em 2004. Quando do falecimento o


filho tinha 1 ano. 12 anos depois é requerida a pensão para o filho, a pensão
retroagirá desde o falecimento.

 Exemplo 2: Instituidor faleceu em 2007. O filho à época tinha 10 anos.


Requereu o benefício em 2016. Receberá os últimos 5 anos.

 PRESCRIÇÃO PARA RECEBER A PENSÃO POR MORTE

PREVIDÊNCIA SOCIAL. PENSIONISTA MENOR. INÍCIO


DO BENEFÍCIO.
A expressão 'pensionista menor', de que trata o art. 79 da
Lei nº 8.213, de 1990, identifica uma situação que só
desaparece aos dezoito anos de idade, nos termos do art.
5º do Código Civil.
Recurso especial provido para que o benefício seja pago a
contar do óbito do instituidor.
(REsp 1405909⁄AL, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, Rel. p⁄
Acórdão Ministro ARI PARGENDLER, PRIMEIRA
TURMA, julgado em 22⁄05⁄2014, DJe 09⁄09⁄2014)

83
04/09/2017

Particularidades
 A Lei 13.135/15, trouxe algumas alterações para o benefício de pensão por
morte.

 Se o segurado não for aposentado, a pensionista deverá comprovar que o


segurado já havia contribuído com o sistema por mais de 18 meses.

 A (o) viuva(o) deverá comprovar 2 anos de casamento e/ou união estável.

 Não preenchido esses requisitos, a pensão será concedida por apenas 4


meses.

 Preenchido os requisitos, a pensão será concedida, nos termos a seguir:

Alterações na Pensão por Morte – Art. 77


Alterações
Antes Previdenciárias
Lei 13.135/15 Lei 13.183/15
Art. 77. A pensão por morte, havendo mais §2º (...)
de um pensionista, será rateada entre todos § 2o O direito à percepção II - para o filho, a pessoa a
em parte iguais. de cada cota individual ele equiparada ou o irmão,
cessará: de ambos os sexos, ao
§ 1º Reverterá em favor dos demais a parte completar vinte e um anos
daquele cujo direito à pensão cessar. II - para filho, pessoa a de idade, salvo se for
ele equiparada ou irmão, inválido ou tiver
§ 2º A parte individual da pensão extingue- de ambos os sexos, ao deficiência intelectual ou
se: completar 21 (vinte e um) mental ou deficiência
anos de idade, salvo se for grave;
I - pela morte do pensionista: inválido ou com
deficiência; § 6º O exercício de
II - para o filho, a pessoa a ele equiparada ou atividade remunerada,
o irmão, de ambos os sexos, pela III - para filho ou irmão inclusive na condição
emancipação ou ao completar 21 (vinte e inválido, pela cessação da de
um) anos de idade, salvo se for inválido ou invalidez; microempreendedor
com deficiência intelectual ou mental individual, não
que o torne absoluta ou IV - para filho ou irmão impede a concessão ou
relativamente incapaz, assim que tenha deficiência manutenção da parte
declarado judicialmente; intelectual ou mental ou individual da pensão
deficiência grave, pelo do dependente com
III - para o pensionista inválido pela afastamento da deficiência intelectual
cessação da invalidez e para o pensionista deficiência, nos termos ou mental ou com
com deficiência intelectual ou mental, pelo do regulamento; deficiência grave.”
levantamento da interdição.
(...)

84
04/09/2017

Alterações Previdenciárias
Alterações na Pensão por Morte

A alteração mais significativa na pensão por morte foi a


previsão da cessação do benefício para o cônjuge.

A Lei 13.135/15 acrescentou o inciso V ao § 2º do artigo 77,


veja-se:

Alterações Previdenciárias
Alterações na Pensão por Morte – Art. 77
§ 2O O DIREITO À PERCEPÇÃO DE CADA COTA INDIVIDUAL
CESSARÁ:

V - PARA CÔNJUGE OU COMPANHEIRO:

a) se inválido ou com deficiência, pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da


deficiência, respeitados os períodos mínimos decorrentes da aplicação das alíneas
“b” e “c”;

b) em 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18


(dezoito) contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido
iniciados em menos de 2 (dois) anos antes do óbito do segurado;

85
04/09/2017

Alterações Previdenciárias
Alterações na Pensão por Morte – Art. 77
§ 2O O DIREITO À PERCEPÇÃO DE CADA COTA INDIVIDUAL CESSARÁ:

V - PARA CÔNJUGE OU COMPANHEIRO:

c) transcorridos os seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a idade do


beneficiário na data de óbito do segurado, se o óbito ocorrer depois de vertidas 18
(dezoito) contribuições mensais e pelo menos 2 (dois) anos após o início do
casamento ou da união estável:

1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade;

2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de idade;

3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de idade;

4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade;

5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos de idade;

Alterações Previdenciárias
Alterações na Pensão por Morte

Essa foi a alteração mais significante no benefício da pensão por morte.

A pensão por morte somente será vitalícia se o segurado instituidor tiver


contribuído com, no mínimo, 18 contribuições + dois anos de casamento ou
união + idade de 44 anos, do viúvo.

Então, para que a pensão por morte seja vitalícia, deverão ser preenchidos 4
requisitos, quais sejam:

1º qualidade de segurado à época do óbito);


2º mínimo de 18 contribuições;
3º mínimo de 2 anos de casamento ou união e
4º idade igual ou superior a 44 anos (viúvo)

86
04/09/2017

Alterações Previdenciárias
Alterações na Pensão por Morte

Exceção a regra das 18 contribuições e/ou casamento ou união estável é o


óbito decorrente de acidente de qualquer natureza ou de doença
profissional ou do trabalho.

É a previsão do § 2º - A do artigo 77 da Lei 8.213/91, com a redação dada


pela Lei 13.135/15.

§ 2o-A. Serão aplicados, conforme o caso, a regra contida na alínea “a”


ou os prazos previstos na alínea “c”, ambas do inciso V do § 2o, se o óbito
do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença
profissional ou do trabalho, independentemente do recolhimento de 18
(dezoito) contribuições mensais ou da comprovação de 2 (dois) anos de
casamento ou de união estável.

Auxílio Reclusão

FUNDAMENTO LEGAL

Artigo 201,IV, da CF/88

Artigo 80 da Lei 8.213/91.

Artigo 116 a 119 do Decreto 3048/99

CONCEITO

É o benefício previdenciário devido aos dependentes de


baixa renda do segurado recolhido à prisão. (inteligência
interpretativa – posto que pela norma, quem deveria ter
baixa renda seria o segurado recluso, muito embora o
benefício seja do dependente).

BENEFICIÁRIOS

Dependente de qualquer tipo do segurado.

87
04/09/2017

Auxílio Reclusão

PONTOS ESPECÍFICOS

O benefício é concedido nas mesmas condições da pensão por


morte.

O recluso, caso queira, poderá contribuir com a previdência


social, sem que essas contribuições impeçam seus dependentes
de receberem o benefício previdenciário.

Essa possibilidade é prevista no artigo 2º da Lei 10.666/03.

A mesma Lei dispõe que o recluso não terá direito aos


benefícios de auxílio-doença e de aposentadoria, enquanto
seus dependentes receberem o auxílio-reclusão.

O fato gerador do benefício é a reclusão no regime fechado ou


semi-aberto.

Regime aberto não da o direito da percepção do benefício.

AUXÍLIO-RECLUSÃO
 Benefício concedido os dependentes do segurado
de baixa renda preso (R$ 1.292,43).

 Evento determinante – a prisão sob regime


fechado ou semi-aberto.

 Cabe aos dependentes apresentar certificado


trimestral da unidade carcerária.

 Beneficiários - dependentes

88
04/09/2017

AUXÍLIO-RECLUSÃO
 Carência: não há

 RMI: valor da aposentadoria que recebia ou da


aposentadoria por invalidez a que teria direito
(100% do SB)

 Início do benefício:
 Até 90 dias – retroage a data do recolhimento a
prisão;
 Após 30 dias – DER, salvo menor de 16 anos.

Desemprego no Momento da Prisão


 PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-RECLUSÃO. COMPANHEIRA. DEPENDÊNCIA
ECONÔMICA PRESUMIDA. ART. 16, LEI N.º 8.213/91. SEGURADO DE BAIXA
RENDA. DESEMPREGADO. IMPLEMENTAÇÃO DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS.
ART. 116, §1º, DO DECRETO Nº. 3.048/99. CÁLCULO DA RMI. RESTRIÇÃO AO
SALÁRIO MINÍMO. I. O inciso IV do artigo 201 da Constituição Federal restringiu a
concessão do benefício de auxílio-reclusão aos dependentes dos segurados de baixa renda, e a
EC nº. 20/98, em seu artigo 13, veio complementar a referida limitação, considerando
segurados de baixa renda aqueles cuja renda bruta mensal seja igual ou inferior a R$ 360,00
(trezentos e sessenta reais), sendo este valor atualizado periodicamente. (...). III. O segurado
não estava auferindo renda à época de sua reclusão, encontrando-se
desempregado, sendo assim, os seus dependentes fazem jus ao benefício com
fundamento no art. 116, §1º, do Decreto nº. 3.048/99. IV. No mais, considerando-se
que o segurado recluso encontrava-se desempregado à época de seu encarceramento, a RMI do
benefício deve ser fixada em 1 (um) salário mínimo. VI. Inclusive, o resguardo do direito dos
menores à obtenção das parcelas pretéritas, possivelmente abrangidas pela prescrição, também
foi matéria tratada na Lei nº 8.213/91, que em seu artigo 103, parágrafo único, enuncia que:
"Parágrafo único. Prescreve em cinco anos, a contar da data em que deveriam ter sido pagas,
toda e qualquer ação para haver prestações vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças
devidas pela Previdência Social, salvo o direito dos menores, incapazes e ausentes, na forma
do Código Civil.". VII. Dessa forma, com relação ao menor Jefferson Alves Procópio
dos Santos, o benefício é devido desde a data do encarceramento do recluso,
Givaldo Procópio dos Santos, ocorrido em 30-09-2008 (fl. 23), mantendo-se na data
da citação (18-05-2009, fl. 77) com relação à companheira do recluso, Maria de Fátima Alves de
Lima. V. De ofício, fixação do termo inicial do benefício na data da reclusão (30-09-2008), em
relação ao menor Jefferson Alves Procópio dos Santos. Apelação parcialmente provida.
(APELAÇÃO CÍVEL Nº 0032330-55.2010.4.03.9999/SP – Desembargador Federal
Walter do Amaral) TRF 3ª REGIÃO

89
04/09/2017

Salário Maternidade

FUNDAMENTO LEGAL
Artigo, 7º, XVIII c/c 201, II, CF/88
Artigo 18, inciso I, letra “g” e artigos
71 a 73 da Lei 8.213/91.
Artigos 93 a 103 do Decreto 3048/99

CONCEITO

O salário-maternidade é devido à
segurada da Previdência Social,
durante 120 (cento e vinte) dias, com
início no período entre 28 (vinte e
oito) dias antes do parto e a data de
ocorrência deste, observadas as
situações e condições previstas na
legislação no que concerne à proteção
à maternidade.

Salário Maternidade
Origem histórica

Antes da CF de 88, o salário


maternidade era previsto no art. 392
da CLT, o qual era pago pela
empresa, pelo período de 12
semanas.

A CF de 88, trouxe o salário


maternidade para proteção
previdenciária, nos termos dos
artigos 7º, XVIII e 201, II.

90
04/09/2017

Quem tem direito?

Todas as Seguradas e os Segurados, vejamos:

 Art. 71-A. (Lei 8.213/91) Ao segurado ou


segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver
guarda judicial para fins de adoção de criança é devido
salário-maternidade pelo período de 120 (cento e
vinte) dias.

 § 1o O salário-maternidade de que trata este artigo


será pago diretamente pela Previdência Social

Requisitos:

 Qualidade de segurado

 Carência*

 *mínimo de pagamento exigido para ter direito aos benefícios


previdenciários.

 É isento de carência quando se tratar de empregada e empregada


doméstica e trabalhadora avulsa.

 Art. 26 (Lei 8.213/91). Independe de carência a concessão das


seguintes prestações:

 VI – salário-maternidade para as seguradas empregada,


trabalhadora avulsa e empregada doméstica.

91
04/09/2017

Requisitos:

 Segurada individual e facultativa devem contribuir com 10


contribuições.

 A segurada especial – trabalhado rural – tem direito ao benefício,


sem contribuir, desde que comprove o exercício da atividade rural,
pelo prazo de 12 meses imediatamente ao do início do benefício.

Previdência Social. Qualidade de Segurado

 Alterações promovidas pela Lei 13.457/17


Antes da Lei 13.457/17, bastava que os segurados contribuíssem com 1/3 da
carência exigidas para concessão dos benefícios que fizessem jus para recuperar
a qualidade de segurado.

Exemplo: para a concessão do salário maternidade para segurada individual e


facultativa, é necessário que a segurado tenha vertido 10 contribuições.

Se a segurada perdesse a qualidade de segurada, deveria contribuir com mais 3


contribuições para que readquirisse a qualidade de segurada.

Com essa Lei o segurada deverá pagar 50% da carência, ou seja, + 5


contribuições.

92
04/09/2017

Valor do Benefício: (art. 71-b)

 § 2o O benefício de que trata o caput será pago diretamente pela Previdência


Social durante o período entre a data do óbito e o último dia do término do
salário-maternidade originário e será calculado sobre:

 I - a remuneração integral, para o empregado e trabalhador avulso;

 II - o último salário-de-contribuição, para o empregado doméstico;

 III - 1/12 (um doze avos) da soma dos 12 (doze) últimos salários de contribuição,
apurados em um período não superior a 15 (quinze) meses, para o contribuinte
individual, facultativo e desempregado;

 IV - o valor do salário mínimo, para o segurado especial.

LOAS
 Constituição Federal
 Art. 203.
 A assistência social será prestada a quem dela necessitar,
independentemente de contribuição à seguridade social, e
tem por objetivos:
 (...)
 V –a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à
pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem
não possuir meios de prover à própria manutenção ou de
tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.

93
04/09/2017

LOAS
 A Lei Orgânica da Assistência Social é (LOAS) 8.742/93.

 Lei nº 8.742/93

Art. 20.

 O benefício de prestação continuada é a garantia de um


salário - mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso
com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem
não possuir meios de prover a própria manutenção nem de
tê-la provida por sua família.

LOAS
 A Lei Orgânica da Assistência Social, garante o benefício de
prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal
à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco)
anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a
própria manutenção nem de tê-la provida por sua família.

 A idade (65)está sendo discutido no judiciário, uma vez que nos


termos do artigo 203 da CF a Assistência Social será restada para
quem dela necessitar.

 O BPC é tratado nos artigos 20, 21 e 21-A da Lei 8742/93.

 Conceito de Família?

94
04/09/2017

LOAS – Conceito de Família

 § 1o Para os efeitos do disposto no caput, a família é


composta pelo requerente, o cônjuge ou
companheiro, os pais e, na ausência de um deles, a
madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos
e enteados solteiros e os menores tutelados, desde
que vivam sob o mesmo teto.

LOAS

 O BPC é benefício personalíssimo. Só o destinatário


recebe;
 Não gera direito à pensão por morte;
 Necessário perícia médica e assistencial;
 Deve ser revisto à cada dois anos.

95
04/09/2017

LOAS
Requisitos:

 Deficiência ou Idade e a necessidade;

Para o INSS => Renda familiar per capita inferior a


¼ do salário mínimo;

Para o Judiciário => Grau de Miséria = Avaliação da


situação fática.

LOAS
Judiciário: Grau de Miséria
 RECURSO ESPECIAL REPETITIVO. ART. 105, III, ALÍNEA C DA CF. DIREITO
PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO ASSISTENCIAL. POSSIBILIDADE DE DEMONSTRAÇÃO
DA CONDIÇÃO DE MISERABILIDADE DO BENEFICIÁRIO POR OUTROS MEIOS DE
PROVA, QUANDO A RENDA PER CAPITA DO NÚCLEO FAMILIAR FOR SUPERIOR A ¼
DO SALÁRIO MÍNIMO. RECURSO ESPECIAL PROVIDO.

 4. Entretanto, diante do compromisso constitucional com a dignidade da


pessoa humana, especialmente no que se refere à garantia das condições
básicas de subsistência física, esse dispositivo deve ser interpretado de modo a
amparar irrestritamente a o cidadão social e economicamente vulnerável.

 5. A limitação do valor da renda per capita familiar não deve ser considerada a
única forma de se comprovar que a pessoa não possui outros meios para prover
a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, pois é apenas um
elemento objetivo para se aferir a necessidade, ou seja, presume-se
absolutamente a miserabilidade quando comprovada a renda per capita
inferior a 1/4 do salário mínimo.

 (REsp 1112557/MG, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, TERCEIRA SEÇÃO,
julgado em 28/10/2009, DJe 20/11/2009)

96
04/09/2017

LOAS
Relativização do critério idade:

 PREVIDENCIÁRIO E CONSTITUCIONAL. BENEFÍCIO DE AMPARO


SOCIAL À PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA E AO IDOSO. ART.
203, V, CF/88. LEI 8.742/93. ESTUDO SOCIOECONÔMICO. REQUISITOS
ATENDIDOS. PEDIDO PROCEDENTE. TERMO A QUO. CORREÇÃO
MONETÁRIA. JUROS DE MORA. HONORÁRIOS. CUSTAS PROCESSUAIS.
IMPLANTAÇÃO DO BENEFÍCIO. SENTENÇA MODIFICADA.
 1. A sentença julgou improcedente o pedido de concessão de benefício
assistencial (LOAS/deficiente), ao entendimento de que a parte autora não
reúne os requisitos exigidos constitucionalmente para a concessão do
benefício (renda mensal inferior a 1/4 do salário mínimo). Houve prévio
requerimento administrativo.
 2. A concessão do benefício de prestação continuada denominado amparo
social à pessoa portadora de deficiência física e ao idoso (art. 203 da CF/88 e
art. 2º, V, Lei 8.742/93) exige apenas a comprovação de que a parte
requerente é deficiente e/ou idosa e que não possui meios de prover a
própria manutenção ou de tê-la provida por sua família.

LOAS
Relativização do critério idade:
 3. No caso concreto, o laudo pericial, realizado em 2008, constata que a parte
autora é portadora de síndrome coronariana isquêmica, apresentando
incapacidade para a atividade laborativa de subsistência, mas sem
incapacidade para os atos da vida diária independente.
 4. No que se refere ao limite da renda per capita, o Relatório de Estudo Social,
realizado em 2008 (fls. 76/77), noticia, no campo socioeconômico, que o grupo
familiar é composto por 2 (dois) membros, sendo: a autora (62 anos) e seu
filho (35 anos) que vivem em casa própria (do filho) construída de madeira,
composta de 5 cômodos, de boa conservação e higiene. A renda familiar gira em
torno de R$ 500,00 e é proveniente do salário do filho que trabalha como
autônomo de moto-táxi.
 5. Os filhos maiores de 21 anos de idade não integram o conceito de família, nos
termos do art. 16 da Lei n. 8.213/91, aplicado subsidiariamente ao caso, não
podendo ser computado na renda per capita o rendimento auferido por ele. Neste
sentido: AC 0003924-26.2007.4.01.3810/MG, Rel. Desembargador Federal
Francisco de Assis Betti, Rel. Conv. Juiz Federal Cleberson José Rocha (conv.),
Segunda Turma, e-DJF1 p.332 de 08/05/2013.

97
04/09/2017

LOAS
Relativização do critério idade:
 6. A parte requerente foi considerada incapacitada para o trabalho,
preenchendo o requisito invalidez/incapacidade, bem como preencheu o
requisito da miserabilidade, pelo que faz jus ao benefício assistencial. Com
efeito, comprovado o preenchimento dos requisitos exigidos pela Lei
8.742/93, deve ser deferido o benefício de amparo social ao deficiente.
 12. Apelação provida para condenar o INSS a conceder o benefício
de prestação continuada, denominado Amparo Social à Pessoa
Portadora de Deficiência, previsto no inciso V do art. 203 da
CF/88 (LOAS/deficiente), no valor de um salário mínimo mensal,
desde a data do requerimento administrativo, fixando os juros e correção
monetária com base nos índices do Manual de Cálculos da Justiça Federal,
bem como estabelecer os honorários advocatícios em 10% (dez por cento)
sobre o valor das parcelas vencidas até a prolação da sentença.
 (AC 0025793-38.2011.4.01.9199 / RO, Rel. JUIZ FEDERAL LINO OSVALDO
SERRA SOUSA SEGUNDO (CONV.), SEGUNDA TURMA, e-DJF1 p.234 de
14/10/2014)

LOAS
 Particularidades da perícia:

 A perícia sócio-econômica do Requerente pode ser


substituída por laudo técnico de assistente social,
auto de constatação de oficial de justiça ou oitiva
de testemunha.

Enunciado nº. 50 – FOANJEF

Sem prejuízo de outros meios, a comprovação da condição sócio-econômica do


autor pode ser feita por laudo técnico confeccionado por assistente social, por
auto de constatação lavrado por oficial de justiça ou através de oitiva de
testemunha.

98
04/09/2017

LOAS

 Particularidades da perícia:

 Súmula 79 da TNU.

Nas ações em que se postula benefício assistencial,


é necessária a comprovação das condições
socioeconômicas do autor por laudo de assistente
social, por auto de constatação lavrado por oficial
de justiça ou, sendo inviabilizados os referidos
meios, por prova testemunhal.

LOAS
 Particularidades da perícia:

Súmula 80 da TNU:

Nos pedidos de benefício de prestação continuada (LOAS),


tendo em vista o advento da Lei 12.470/11, para adequada
valoração dos fatores ambientais, sociais, econômicos e
pessoais que impactam na participação da pessoa com
deficiência na sociedade, é necessária a realização de
avaliação social por assistente social ou outras
providências aptas a revelar a efetiva condição vivida no
meio social pelo requerente.

99
04/09/2017

LOAS

 Particularidades da Necessidade:

 Necessidade é quando a pessoa não por ser mantida por sua família
ou a renda da família seja inferior a ¼ do salário mínimo.

 O critério de ¼ do salário mínimo, como parâmetro, também foi


declarado inconstitucional pelo STF, quando do julgamento do RE
567.985.

 Todavia, antes disso, já haviam várias Reclamações julgadas pelo


STF, a qual destaco à Reclamação 4374, onde o Min. Gilmar Mendes,
disse que o critério de ¼ do salário mínimo não é absoluto, devendo
ser levado em consideração o grau miséria da família.

LOAS

 O BPC pode ser pago para mais de um membro da


mesma família?

 O valor recebido pelo membro, entraria no cálculo da


renda per capita familiar?

100
04/09/2017

LOAS
 De acordo com o artigo 34, parágrafo único da Lei 10.741/03, o
benefício da Renda Mensal Única concedido a um membro do
núcleo familiar, não entrará no computo para concessão de igual
benefício para outro membro do mesmo núcleo.

 Exemplificando: Se num núcleo familiar composto pelo marido e


sua esposa, caso este já receba o benefício, a renda deste não
entrará no cálculo da renda per capita ou critério de
miserabilidade, na hora em que se for apurar a concessão para
sua esposa, caso esta preencha os outros requisitos (idosidade ou
deficiência – incapacidade para o trabalho)

 ***O STF, em 18/04/13, analisando o mérito do RE 580.963,


declarou a inconstitucionalidade parcial do § único do art. 34.

LOAS

 Tendo em vista várias decisões do STJ, inclusive já decididos

pelo representativo de controvérsia – art. 543-C do CPC, a AGU


editou uma instrução normativa autorizando os procuradores no
sentido de desistirem dos processos, bem como não interporem
mais recursos, quando o mérito for a concessão do BPC para
outro membro da mesma família.

101
04/09/2017

LOAS
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 2, DE 9 DE JULHO DE 2014 – DA AGU

Art. 1º Fica autorizada a desistência e a não interposição de recursos das decisões judiciais que,
conferindo interpretação extensiva ao parágrafo único do art. 34 da Lei nº 10.741/2003,
determinem a concessão do benefício previsto no art. 20 da Lei nº 8.742/93, nos seguintes
casos:

I) quando requerido por idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais, não for considerado na
aferição da renda per capita prevista no artigo 20, § 3º, da Lei n. 8.742/93:

a) o benefício assistencial, no valor de um salário mínimo, recebido por outro idoso com 65
anos ou mais, que faça parte do mesmo núcleo familiar;

b) o benefício assistencial, no valor de um salário mínimo, recebido por pessoa com deficiência,
que faça parte do mesmo núcleo familiar;

c) o benefício previdenciário consistente em aposentadoria ou pensão por morte instituída por


idoso, no valor de um salário mínimo, recebido por outro idoso com 65 anos ou mais, que faça
parte do mesmo núcleo familiar.

LOAS

 O BPC por ser benefício da assistência social, pode


ser pago ao estrangeiro?

102
04/09/2017

LOAS

 "PREVIDÊNCIA SOCIAL. BENEFÍCIO DE AMPARO SOCIAL. IDADE


SUPERIOR A SESSENTA E SETE ANOS. COMPROVAÇÃO DE QUE A
PARTE AUTORA NÃO CONTA COM RENDIMENTOS OU OUTROS
MEIOS DE PROVER O PRÓPRIO SUSTENTO OU TÊ-LO PROVIDO PELA
FAMÍLIA. RENDA PER CAPITA INFERIOR A UM QUARTO DO SALÁRIO
MÍNIMO. PRELIMINAR REJEITADA. APELAÇÃO DO INSS CONHECIDA
EM PARTE E PARCIALMENTE PROVIDA. I - Recurso parcialmente
conhecido. A questão pertinente à isenção das despesas processuais uma
vez que não houve condenação nesse sentido; II- Matéria preliminar
rejeitada. De acordo com o caput do art. 5º, da CF, é assegurado ao
estrangeiro , residente no país, o gozo dos direitos e garantias individuais,
em igualdade de condições com o nacional. Desta forma não se pode
restringir o direito ao amparo social por ter a parte autora condição de
estrangeira (...)"(Proc. 2004.03.99.033604-1 - Rel. JUÍZA FED.
CONVOCADA Vera Jucovsky, 8ª Turma, v.u. TRF3ª)

LOAS

 O percebimento do PBC impede o recebimento de qualquer outro


benefício, exceto os benefícios concedidos pela saúde e a pensão especial de
natureza indenizatória.

 A pessoa portadora de deficiência que vier a trabalhar, não terá o benefício


cessado e sim suspenso, inclusive na condição de microempreendedor
individual.

 Após a cessação das condições que suspenderam o benefício, o mesmo


voltará a ser pago, sem necessidade de nova perícia (Art. 21-a, §1º)

 A Contratação da pessoa com deficiência como aprendiz, não cessará o


benefício, o qual será cumulado com a remuneração por 2 anos.

103
04/09/2017

Alterações Previdenciárias

ALTERAÇÕES

GRAU DE MISÉRIA

LOAS
APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO
Nº 504487422.2013.4.04.7100/RS
RELATOR: VÂNIA HACK DE ALMEIDA
APELANTE: MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
APELADO: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL
Ante o exposto, voto por não conhecer da remessa oficial e dar
parcial provimento ao recurso do Ministério Público Federal,
julgando parcialmente procedente o pedido para condenar o INSS a
deduzir do cálculo da renda familiar, para fins de verificação do
preenchimento do requisito econômico ao benefício de prestação
continuada do art. 20 da Lei nº 8.742/93, apenas as despesas
que decorram diretamente da deficiência, incapacidade ou
idade avançada, com medicamentos, alimentação especial,
fraldas descartáveis e consultas na área da saúde,
requeridos e negados pelo Estado, estendendo os efeitos deste
julgado a todo o território nacional.

104
04/09/2017

LOAS
Miserabilidade:

Ainda, sobre a questão da miserabilidade, a Lei 13.146/2015,


introduziu o § 11.º ao artigo da Lei 8.742/93:

§ 11. Para concessão do benefício de que trata o


caput deste artigo, poderão ser utilizados
outros elementos probatórios da condição de
miserabilidade do grupo familiar e da situação
de vulnerabilidade, conforme regulamento.
(Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015)
(Vigência)

LOAS
Miserabilidade:

Memorando Circular Conjunto n.º 58 /


DIRBEN/DIRAT/DIRSAT/PFE/INSS

Trata da exclusão do cálculo da renda per capita familiar as despesas do


requerente do LOAS que decorram diretamente da deficiência,
incapacidade ou idade avançada, com medicamentos, alimentação especial,
fraldas descartáveis e consultas médicas.

Agora o próprio INSS avaliará o grau de miséria.

Para a Ação Civil Pública 5044874-22.2013.4.04.7100/RS, devem excluir


do cálculos da renda per capita os informes citados.

105
04/09/2017

Alterações Previdenciárias

Decreto 8.805/16

Promoveu diversas alterações no Regulamento da LOAS.

Uma delas é o requisito do requerente estar inscrito no


CADÚNICO.

São requisitos para a concessão, a manutenção e a


revisão do benefício as inscrições no Cadastro de Pessoas
Físicas - CPF e no Cadastro Único para Programas
Sociais do Governo Federal - CadÚnico. (art. 12 do
Decreto 8.805/16)

Alterações Previdenciárias

Decreto 8.805/16 (art. 12)

 § 1º O beneficiário que não realizar a inscrição ou a atualização


no CadÚnico, no prazo estabelecido em convocação a ser
realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário,
terá o seu beneficio suspenso, conforme disciplinado em ato do
Ministro de Estado do Desenvolvimento Social e Agrário.

 § 2º O benefício só será concedido ou mantido para


inscrições no CadÚnico que tenham sido realizadas ou
atualizadas nos últimos dois anos.”

106
04/09/2017

Pensão Especial

Pensão Especial

107
04/09/2017

Pensão Especial

 Talidomida

 Era considerado um medicamento milagroso que tirava o enjoo das mulher grávidas.
 A Talidomida é um medicamento perigoso, responsável pela deformação de fetos. A
droga foi desenvolvida em um laboratório alemão e lançada no mercado consumidor
no final da década de 50. Considerada como calmante e ansiolítico, a Talidomida foi
largamente usada por gestantes para controlar as constantes náuseas e a tensão,
típicas dos primeiros meses de gravidez.
 No entanto, o alívio que se tinha no princípio transformava-se em desespero e
angústia alguns meses depois. Ao longo dos anos 60, muitos bebês nasceram
deformados, sem braços ou pernas, com deficiências na estrutura vertebral, cegos ou
surdos.

Pensão Especial - Talidomida


 Por causa do grade clamor social nas décadas de 60/70 e 80, o
Governo Brasileiro editou a Lei 7070/82, que garantem uma pensão
especial para as pessoas com deficiência decorrente da síndrome de
Talidomida.

 LEI Nº 7.070, de 20 de dezembro de 1982

 Art. 1º – Fica o Peder Executivo autorizado a conceder pensão


especial, mensal,vitalícia e intransferível, aos portadores de
deficiência física conhecida como “Síndrome da Talidomida”que a
requererem, devida a partir da entrada do pedido de pagamento no
Instituto Nacional de Previdência Social – INPS.

108
04/09/2017

Pensão Especial - Talidomida


 PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO ESPECIAL AOS PORTADORES DA SÍNDROME DE TALIDOMIDA. LEI Nº 7.070/82.
PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS. CONCESSÃO. TERMO INICIAL DO BENEFÍCIO. RENDA MENSAL INICIAL.
CORREÇÃO MONETÁRIA. JUROS DE MORA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. PREQUESTIONAMENTO. 1 -
Comprovada, por laudo médico-pericial, a malformação congênita do autor decorrente do uso,
durante a gravidez de sua genitora, da substância Talidomida, é de ser concedida a pensão especial
prevista no art. 1º da Lei nº 7.070, de 20 de dezembro de 1982. 2 - O valor da pensão será aferido
mediante a atribuição de um ou dois pontos, dependendo do grau da incapacidade (parcial ou
total) com relação ao trabalho, deambulação, higiene e alimentação. Cada ponto equivale a meio
salário-mínimo vigente. 3 - As avaliações médicas ultimadas no processo administrativo e durante a
instrução do feito, foram hábeis a demonstrar a incapacidade parcial do requerente para a higiene e
alimentação e total para o trabalho, o que perfaz quatro pontos. Renda mensal inicial fixada, pois, em
dois salários-mínimos. 4 - Termo inicial do benefício mantido na data do requerimento administrativo,
em observância ao que preceituado no art. 1º da Lei nº 7.070/82, não havendo que se confundir
pagamento das parcelas em atraso com lucros cessantes. 5 - Juros de mora mantidos em 6% (seis por
cento) ao ano, contados a partir da citação, conforme disposição inserta no art. 219 do Código de
Processo Civil, até a entrada em vigor da Lei nº 10.406/02 e, após, à razão de 1% (um por cento) ao
mês, nos termos do art. 406 do Código Civil, c.c. o art. 161, §1º, do Código Tributário Nacional. 6 -
Honorários advocatícios mantidos em 10% (dez por cento), incidindo apenas sobre as parcelas devidas
até a data da prolação da sentença, de acordo com o entendimento desta Turma. 7 - Correção
monetária das parcelas em atraso nos moldes do Provimento nº 64/05 da Corregedoria-Geral da
Justiça Federal da 3ª Região, da Lei nº 6.899/81 e das Súmulas no 148 do Colendo Superior Tribunal de
Justiça e nº 8 deste Tribunal. 8 - Inocorrência de violação a dispositivo legal, a justificar o
prequestionamento suscitado pelo INSS. 9 - Remessa oficial e apelação parcialmente providas. Tutela
específica concedida. (TRF 3 – processo n.º 0000107-21.2002.4.03.6122)

Pensão Especial - Talidomida

 STJ – RESP 443.869 - RS


 PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. INDENIZAÇÃO.
SÍNDROME DA TALIDOMIDA. PRESCRIÇÃO. FUNDO DE DIREITO. PENSÃO
VITALÍCIA. PRESTAÇÃO DE TRATO SUCESSIVO. RECURSO ESPECIAL
PARCIALMENTE CONHECIDO E, NESSA PARTE, DESPROVIDO. 1. Não se
conhece do recurso especial por suposta divergência jurisprudencial quando
o acórdão apontado como paradigma não guarda qualquer similitude
fática e jurídica com o aresto impugnado. 2. O direito a pensão vitalícia às
vítimas da síndrome da talidomida, previsto na Lei 7.070/82, deve ser
considerado como prestação de trato sucessivo, com incidência da
prescrição qüinqüenal apenas em relação às prestações anteriores a cinco
anos do ajuizamento da ação (Decreto 20.910/32). 3. Recurso especial
parcialmente conhecido e, nessa parte, desprovido.

109
04/09/2017

Pensão Especial - Talidomida

 Em janeiro de 2010, o Governo Lula, editou nova


lei, que garanti uma indenização para as pessoas
portadoras desta patologia.

 A indenização parte de R$ 50.000,00 e é


garantida por LEI.

Pensão Especial - Talidomida

 ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL. SÍNDROME


DE TALIDOMIDA. IMPRESCRITIBILIDADE. DANOS MORAIS. CABIMENTO. 1. Hipótese de
apelação oposta pela União, em face de sentença que julgou procedente o pleito
autoral, objetivando indenização a título de danos morais em face de deformidade
advinda pelo uso do medicamente chamado Talidomida. 2. "A prescrição quinquenal
prevista no art. 1º do Decreto 20.910/1932 é inaplicável aos danos decorrentes de
violação de direitos de personalidade, que são imprescritíveis" (AGRESP 200800132257,
Ministro Herman Benjamin, STJ - Segunda Turma, DJE de 09/03/2009). 3. Laudo Pericial
que identifica evidências de nexo causal entre as malformações observadas na autora
e uma possível exposição intra-uterina à talidomida. 4. O art. 1º da Lei nº 12.190/2010
consignou o critério a ser adotado para o pagamento da indenização por danos
morais. In casu, o valor fixado na sentença em R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) deve
ser mantido. 5. Sobre o quantum indenizatório devido pelos danos morais incidião os
juros de mora desde a citação e a correção monetária, nos termos da Sumula 362 do
STJ, a partir do arbitramento da indenização, e ambos deverão ser calculados nos
moldes da MP nº 2180-35/2001, que os fixa em 0,5%. 6. Apelação e remessa oficial
improvidas. (TRF 5ª - processo n.º 00129227720104058300)

 INDENIZAÇÃO INTERESSANTE

110
04/09/2017

Pensão Especial - Talidomida


 LEI Nº 12.190, DE 13 DE JANEIRO DE 2010.
 Concede indenização por dano moral às pessoas com deficiência física decorrente do uso
da talidomida, altera a Lei no7.070, de 20 de dezembro de 1982, e dá outras providências.

 Art. 1o É concedida indenização por dano moral às pessoas com deficiência física
decorrente do uso da talidomida, que consistirá no pagamento de valor único igual a R$
50.000,00 (cinquenta mil reais), multiplicado pelo número dos pontos indicadores da
natureza e do grau da dependência resultante da deformidade física (§1o do art. 1o da Lei
no 7.070, de 20 de dezembro de 1982).
 Art. 2o Sobre a indenização prevista no art. 1o não incidirá o imposto sobre renda e proventos de qualquer
natureza.
 Art. 3o O art. 3o da Lei no 7.070, de 1982, passa a vigorar com a seguinte redação:
 “Art. 3o A pensão especial de que trata esta Lei, ressalvado o direito de opção, não é acumulável com
rendimento ou indenização que, a qualquer título, venha a ser pago pela União a seus beneficiários, salvo
a indenização por dano moral concedida por lei específica.
 ...................................................................................” (NR)
 Art. 4o As despesas decorrentes do disposto nesta Lei correrão à conta de dotações próprias do orçamento
da União.
 Art. 5o A indenização por danos morais de que trata esta Lei, ressalvado o direito de opção, não é
acumulável com qualquer outra da mesma natureza concedida por decisão judicial.
 Art. 6o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo os efeitos financeiros a partir de
1o de janeiro de 2010.
 Brasília, 13 de janeiro de 2010; 189o da Independência e 122o da República.

Pensão Especial - Talidomida

 É POSSÍVEL A CUMULAÇÃO DA PENSÃO ESPECIAL VITALÍCIA


COM A INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS?

111
04/09/2017

Pensão Especial - Talidomida


 ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. CONEXÃO. IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. COISA
JULGADA. IMPRESCRITIBILIDADE. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. DANO MORAL. PORTADORES DA
SÍNDROME DA TALIDOMIDA. "VÍTIMAS DE PRIMEIRA GERAÇÃO". FALHA ("FAUTE DU SERVICE") DAS
AUTORIDADES SANITÁRIAS

21. Por esta razão, cabe à União Federal indenizar às vítimas da Talidomida; no caso, àquelas nascidas entre 1957 e
1965, conhecidas como "vítimas de primeira geração".
 22. É inarredável que as deformações provocadas por referido medicamento limitam enormemente a vida das suas
vítimas, além de expô-las a constrangimentos no seu cotidiano, suscitando o direito à indenização por danos
morais, independentemente da percepção da pensão especial da Lei 7.070/82.
 23. A indenização, em pagamento único, deve corresponder a 100 (cem) vezes o valor que o respectivo beneficiário
recebe do INSS com base na Lei 7.070/82.
 24. Os honorários advocatícios devidos aos patronos da parte autora devem ser elevados a R$ 10.000,00 (dez mil
reais), de modo a remunerar de forma equânime o trabalho por eles desenvolvidos nestes autos.
 25. Preliminares de impossibilidade jurídica do pedido e conexão rejeitadas, acolhimento da alegação de ofensa à
coisa julgada e extinção do feito (art. 267, V, do CPC) em relação aos beneficiários que integraram a ação nº
5.678/1976 da 5ª Vara Federal de Porto Alegre. Apelação da parte autora parcialmente provida e apelação da
União Federal e remessa oficial desprovidas.
 (TRF 3 - APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO Nº 2002.61.00.028796-7/SP)

Pensão Especial - Talidomida

 DIREITO ADMINISTRATIVO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS ÀS VÍTIMAS
DA TALIDOMIDA. INOCORRÊNCIA DA PRESCRIÇÃO. RESPONSABILIDADE DA UNIÃO. 1. Afastada a
alegação de impossibilidade jurídica do pedido, sendo possível cumular indenização por danos morais
com a pensão especial já recebida pelas vítimas da talidomida de segunda geração, em face de a
CF/88 ter consagrado o direito à indenização por danos morais, independentemente dos danos
materiais. 2. Inocorrência da prescrição, em consonância com o disposto no art. 11 do Código Civil de
2002, o qual estabelece que os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não
podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. 3. Ao ser lançado produto farmacêutico no
mercado, incumbe à União, por seu Órgão competente, fazer as devidas análises e testes, devendo
exercer fiscalização rigorosa na comercialização de produtos que possam gerar efeitos colaterais,
ainda mais, os que são como os provenientes da talidomida que deixam seqüelas para o resto da
vida. 4. Houve omissão da União, ao não fiscalizar a produção, a venda, distribuição e embalagem de
tal produto, e assim sendo, tem a responsabilidade de indenizar as vítimas. 5. Devida a indenização por
danos morais, fixada em uma única vez, e paga pela União, no valor correspondente a 20 vezes o
valor que cada uma das vítimas da síndrome da talidomida, nascidas entre 1966 e 1998, vem
recebendo como pensão especial em razão da Lei n.º 7.070/82. 6. A indenização por danos morais foi
fixado em patamar eficiente a não se constituir em enriquecimento indevido e também não ser tão
pequena que não seja desestimuladora da conduta ilícita. 7. Preliminar rejeitada. 8. Apelações da
União e da Associação autora e remessa oficial improvidas.
 (TRF 3 – Processo n.º 0017417-14.1999.4.03.6100)

112
04/09/2017

Fim... Snif, snif, snif...

Obrigado pela presença, paciência, carinho e atenção!!

Espero reencontrá-los em breve!!!

Lutem pelo Direito Previdenciário, juntos somos mais


fortes....

Não existem “os melhores”, existem aqueles que fazem tudo


com AMOR!!! ;)

 Bibliografia

 Ribeiro, Maria Helena Carreira Alvim. Aposentadoria


Especial. 7.º edição. Ed. Juruá.

 Ladenthin, Adriane Bramante de Castro. Aposentadoria


Especial. 2.º Edição. Ed. Juruá

 Berbel, Fábio Lopes Vilela. Manual da Aposentadoria


Especial. Ed. Quartier Latin

 Leitão, André Studart. Aposentadoria Especial – Doutrina e


Jurisprudência. Ed. Quartier Latin

113
04/09/2017

Bibliografia

Bibliografia

114

Você também pode gostar