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SALÁRIO-MATERNIDADE
1. DOS FATOS
Realizado o pedido, a Autora teve sua pretensão negada na via administrativa. A alegação do
Réu para o indeferimento do pedido, conforme se percebe do comunicado de decisão, foi a não
filiação no RGPS quando do pedido do benefício. Percebe-se, quando da análise do processo
administrativo produzido no INSS, que é contestado o contrato de trabalho prestado pela
Demandada à “xxxxxxxx”, na função de “serviços gerais”, no período entre 08/03/2008 e
05/01/2014. Tal irresignação Autárquica se conota na página 08 do processo administrativo, eis
que escreveram na página 15 da CTPS (na fotocópia) que o contrato “não consta no CNIS”.
1. Número XXXXXXXXXX
2. Data do requerimento 22/10/2014
3. Razão do indeferimento Falta de qualidade de segurado
2. FUNDAMENTOS JURÍDICOS
De acordo com a legislação referida, a Segurada que comprove a gestação tem durante 120
dias direito ao benefício previdenciário em tela, podendo ser pago a partir do vigésimo oitavo dia
anterior ao parto (previsão do mesmo).
1
Manual de Direito Previdenciário; Carlos Alberto Pereira de Castro/João Batista Lazzari; 9 ed. Florianópolis:
Conceito Editorial, 2008 (fl. 106)
c) recolher as contribuições de que tratam os incisos I e II do art. 23, na forma e
prazos definidos pela legislação tributária federal vigente;
Portanto, por mais que não tenham ocorrido as contribuições do período trabalhado entre
08/03/2008 e 05/01/2014, a Demandante não pode ficar sujeita ao inadimplemento obrigacional
do então empregador. É incorreto que a Previdência Social – Autarquia Federal que visa zelar pelos
trabalhadores, garantindo-lhes frente ao risco de desamparo ou infortúnio meios de custear a
sobrevivência própria e de sua família – fique adstrita à má conduta do empregador contratante.
Giza-se que, nos termos do inciso II, do art. 15 da Lei 8.213/91, o trabalhador mantém
a qualidade de segurado por 12 meses após a cessação das contribuições, de forma que a
Demandante manteria a qualidade de segurado no mínimo até 15/02/2015. Ademais, ressalta-se
que, por se tratar de segurada filiada na condição de empregada, a concessão do benefício em
questão independe de carência, nos termos do inciso VI do art. 26 da lei 8.213/91.
3.TUTELA DE URGÊNCIA:
A antecipação de tutela tem previsão no art. 273 do Código de Processo Civil, e será deferida
quando restar demonstrada a verossimilhança das alegações do pedido, tão como o periculum in
mora da prestação jurisdicional. Disto se infere que, havendo inequívoca prova da veracidade dos
argumentos exordiais e, sendo iminente a necessidade da obtenção da tutela, deve o magistrado
deferir antecipadamente o objeto postulado.
4. PEDIDO
1) A concessão do benefício da Assistência Judiciária Gratuita, pois a parte Autora não tem
condições de arcar com as custas processuais sem o prejuízo de seu sustento e de sua família;
2) O recebimento e o deferimento da presente petição inicial;
3) A antecipação dos efeitos da tutela, sendo deferido o benefício de salário-maternidade à
parte Autora, in limine litis, pelos argumentos acima expostos;
4) A citação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, para, querendo, apresentar defesa;
5) A produção de todos os meios de prova, principalmente a documental e testemunhal;
6) O julgamento da demanda com TOTAL PROCEDÊNCIA, condenando o INSS a pagar, de forma
indenizada, o benefício de salário-maternidade à Postulante, acrescido de juros de mora e
corrigido.
7) Em caso de recurso, ao pagamento de custas e honorários advocatícios, eis que cabíveis em
segundo grau de jurisdição, com fulcro no art. 55 da lei 9.099/95 c/c art. 1º da Lei 10.259/01.
Nesses Termos;
Pede Deferimento.
Dá à causa o valor2 de R$ x.xxx,xx.
2
Valor da causa = 4 parcelas vencidas = R$ x.xxx,xx.