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Existe vedação para acumular Aposentadoria por Invalidez com Salário Maternidade. Entretanto, as demais modalidades de Aposentadoria (por Idade, por
Tempo de Contribuição e Especial) podem ser acumuladas com o Salário Maternidade.
Certo.
03. (Auditor de Controle Externo/TCE-PE/CESPE/2017):
Situação hipotética: Depois de aposentar-se por tempo de serviço pelo RGPS, José continuou trabalhando como empregado, tendo voltado a contribuir
regularmente com a previdência social; porém, após um ano no novo emprego, sofreu um acidente de trabalho e ficou temporariamente incapacitado para
laborar. Assertiva: Nessa situação, José terá direito a receber, cumulativamente, a aposentadoria e o auxílio doença.
Atualmente, a legislação pátria não permite o acumulo de qualquer aposentadoria com o auxílio doença.
Não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefícios:
Fundamento Legal:
1. Aposentadoria com Auxílio Doença. Lei n.º 8.213/1991. Decreto n.º 3.048/1999.
Instrução Normativa INSS n.º 77/2015.
Errado.
05. (Auditor e Conselheiro-Substituto/TCE-PR/CESPE/2016):
Em abril de 2013, Jeane sofreu um acidente de trabalho, e o médico da empresa na qual ela trabalhava considerou-a incapaz para retornar a suas atividades e
aconselhou-a a solicitar sua aposentadoria por invalidez.
Representada por um advogado, Jeane ingressou diretamente em juízo com ação previdenciária, pleiteando a aposentadoria por invalidez. Nessa situação
hipotética, a aposentadoria por invalidez requerida por Jeane poderá ser cumulada com o auxílio acidente.
Nenhuma espécie de aposentadoria se acumula com o Auxílio; Observe o nosso quadro esquemático FORNECIDO.
Errado.
06. (Procurador Federal/AGU/CESPE/2013):
O termo inicial para a contagem do prazo decadencial para a previdência social anular o ato administrativo do qual decorram efeitos favoráveis para o
beneficiário é de dez anos a partir da data em que for praticado o ato, ainda que se comprove má-fé do beneficiário.
O direito da Previdência Social de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os seus beneficiários decai em 10 anos, contados
da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé, sendo que nesse caso, não ocorrerá decadência para anulação desses atos.
Errado.
07. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2016):
Os dados constantes dos cadastros informatizados da previdência social, como o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), valem como prova da
filiação à previdência social, do tempo de contribuição e dos salários de contribuição, desde que acompanhados de outras provas documentais.
O CNIS é um grande banco de dados do INSS, tendo como uma de suas principais características, a fidedignidade. Em outras palavras, as informações do
segurado, que estão presentes nessa grande base de dados, têm efeito de prova, inclusive prova de salário de contribuição. Para ficar mais claro, observe o
trecho extraído do site do INSS:
De acordo com o Decreto n.º 6.722/2008, que alterou o Decreto n.º 3.048/1999 (RPS), os dados constantes no CNIS valem para todos os efeitos como prova
de filiação à Previdência Social, relação de emprego, tempo de serviço ou de contribuição e salários de contribuição, podendo, em caso de dúvida, ser
exigida pelo INSS a apresentação dos documentos que serviram de base à anotação.
Da mesma forma, o segurado poderá solicitar, a qualquer momento, a inclusão, exclusão ou retificação das informações constantes do CNIS com a
apresentação de documentos comprobatórios dos dados divergentes, conforme critérios definidos pelo INSS.
Lembre-se, o CNIS tem fidedignidade e efeito de prova.
Observe que em princípio, não há necessidade de apresentação de prova documental. Ela pode ser exigida posteriormente pelo INSS.
Errado.
08. (Consultor Legislativo/Câmara dos Deputados/CESPE/2014):
Equipara-se a acidente do trabalho o acidente sofrido pelo segurado na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou
proporcionar proveito, ainda que fora do local e horário de trabalho.
Conforme determina a legislação previdenciária, nunca poderá haver acumulação entre qualquer modalidade de aposentadoria e o auxílio doença. Vide o
quadro!
ERRADO.
Novamente estamos diante da Presunção Legal de Recolhimento das Contribuições Sociais. Para os segurados Empregados (E), Empregados Domésticos
(D) e Trabalhadores Avulsos (S) é aplicável a presunção de recolhimento de suas
contribuições sociais por seu respectivo empregador.
O desconto da contribuição sempre se presumirá feito, oportuna e regularmente, pela empresa, pelo empregador doméstico ou por seu equiparado, não lhes
sendo lícito alegarem qualquer omissão para se eximirem do recolhimento, ficando os mesmos diretamente responsáveis pelas importâncias que deixarem de
descontar ou tiverem descontado em desacordo com a legislação previdenciária.
Muito bem, e se o empregador retiver esse valor devido por seu trabalhador e não repassar aos cofres públicos? Esse empregador responderá na esfera
judicial por crime de apropriação indébita previdenciária (Art. 168-A, Código Penal), inclusive com reclusão de até 5 anos!
Certo.
12. (Defensor Público/DPU/CESPE/2007):
Em relação ao direito previdenciário, é correto afirmar que o fator previdenciário é um índice aplicável ao cálculo do salário de benefício que considera a
idade, a expectativa de sobrevida e o tempo de contribuição do segurado ao se aposentar, devendo ser aplicado no cálculo da renda mensal inicial dos
benefícios de aposentadoria por idade e por tempo de contribuição.
A legislação previdenciária, especificamente no Regulamento da Previdência Social (RPS), traz a seguinte disposição:
Art. 32. O Salário de Benefício (SB) consiste:
I - Para as Aposentadorias por Idade e por Tempo de Contribuição, na média aritmética simples dos maiores Salários de Contribuição (SC)
correspondentes a 80% de todo o período contributivo, multiplicada pelo Fator Previdenciário (FP);
Até aqui a questão estaria correta, pois a RMB é calculada com base no SB, sendo que sobre esse é aplicado o FP tanto para as aposentadorias por idade
quanto paras as aposentadorias por tempo de contribuição.
Porém, mais de 50 páginas depois, o RPS traz uma disposição muito interessante:
Art. 181-A. Fica garantido ao segurado com direito à Aposentadoria por Idade a opção pela não aplicação do Fator Previdenciário, devendo o
INSS, quando da concessão do benefício, proceder ao cálculo da renda mensal inicial com e sem o fator previdenciário.
Agora a questão está errada, pois o FP, conforme observado acima, será de aplicação facultativa nas aposentadorias por idade e de aplicação obrigatória
em regra, mas pode ser afastada a sua aplicação, caso o segurado preencha os requisitos previstos na Regra 85/95 -> 90/100.
Muita atenção com os detalhes, a banca adora derrubar nos detalhes!
Errado.
Contra a decisão do INSS pelo indeferimento, Mateus poderá interpor recurso administrativo, que será julgado, em primeira instância, pela Câmara de
Julgamento da Previdência Social.
As decisões do INSS serão julgadas em primeira instância pelas Juntas de Recursos e em segunda instância pelas Câmaras de Julgamento. Observe o
Decreto n.º 3.048/1999 (com adaptações):
Art. 303. O Conselho de Recursos da Previdência (CRP), colegiado integrante da estrutura do da Fazenda, é órgão de controle jurisdicional das
decisões do INSS, nos processos referentes a benefícios a cargo desta Autarquia.
§1.º O Conselho de Recursos da Previdência compreende os seguintes órgãos:
I - 29 Juntas de Recursos, com a competência para julgar, em primeira instância, os recursos interpostos contra as decisões prolatadas pelos
órgãos regionais do INSS, em matéria de interesse de seus beneficiários;
II - 4 Câmaras de Julgamento, com sede em Brasília, com a competência para julgar, em segunda instância, os recursos interpostos contra as
decisões proferidas pelas Juntas de Recursos que infringirem lei, regulamento, enunciado ou ato normativo ministerial;
(…)
IV - Conselho Pleno, com a competência para uniformizar a jurisprudência previdenciária mediante enunciados, podendo ter outras competências
definidas no Regimento Interno do Conselho de Recursos da Previdência.
Errado.
14. (Defensor Público/DPE-TO/CESPE/2013):
Não se equipara a acidente do trabalho o acidente sofrido pelo segurado fora do local e horário de trabalho, ainda que na execução de ordem ou na realização
de serviço sob a autoridade da empresa.
Nesse caso, o sinistro é equiparado a acidente de trabalho, conforme dispõe a legislação previdenciária:
O acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
a) Na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;
b) Na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito;
c) Em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão de obra,
independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado, e;
d) No percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do
segurado
Errado.
O Auxílio Doença só não poderá ser acumulado com 3 benefícios: qualquer Aposentadoria, Salário Maternidade e Seguro Desemprego.
Errado.
Devemos ter cuidado pois algumas doenças NÃO são classificadas como Doença do Trabalho, logo, também NÃO são equiparadas ao Acidente do
Trabalho, a saber:
a) A doença degenerativa;
b) A inerente a grupo etário;
c) A que não produza incapacidade laborativa, e;
d) A doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, SALVO comprovação de que é resultante de exposição ou
contato direto determinado pela natureza do trabalho.
Observou a palavra “salvo”? Quando há a comprovação de que a doença endêmica é resultante da exposição ou de contato direto determinado pela
natureza do trabalho, a doença endêmica é considerada doença do trabalho!
ERRADO.
O Auxílio Doença será devido ao segurado que ficar incapacitado para seu trabalho ou sua atividade habitual, desde que cumprido, quando for o caso, o
período de carência exigido pela legislação previdenciária (12 contribuições).
O auxílio doença será devido ao segurado empregado a contar do 16.º dia do afastamento da atividade, e, no caso dos demais segurados, a contar da data
do início da incapacidade e enquanto ele permanecer incapaz.
Durante os primeiros 15 dias consecutivos ao do afastamento da atividade por motivo de doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado empregado o seu
salário integral.
No caso concreto, as duas empregadas terão direito ao Auxílio Doença com uma RMB = 91% x SB.
RESPOSTA: LETRA E.
Atualmente, a decadência e a prescrição das contribuições sociais seguem o disposto no Código Tributário Nacional, conforme determinou o STF em 2008
(Súmula Vinculante n.º 08), com isso:
A partir dessa súmula, as contribuições sociais (espécie do gênero tributo) começaram a seguir os prazos decadenciais e prescricionais presentes no
CTN/1966 (5 anos). Diante de tal mudança e adaptando um pouco os dizeres do CTN, temos que:
Decadência:
O direito de a Receita Federal do Brasil constituir o crédito tributário referente às contribuições Sociais extingue-se após 5 anos, contados:
1. Do 1.º dia do exercício seguinte àquele em que o crédito poderia ter sido constituído, ou;
2. Da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, a constituição do crédito anteriormente efetuada.
Prescrição:
A ação para a cobrança do crédito tributário referente às Contribuições Sociais prescreve em 5 anos, contados da data da sua constituição definitiva.
Gabarito: E
O Art. 118 é claro ao trazer que o segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de 12 meses, a manutenção do seu contrato
de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio acidente.
O auxílio doença, quando a pessoa trabalha em mais de uma atividade, é devido somente àquela atividade em que ficar incapacitado para o trabalho. Não
faz sentido se afastar de todas as atividades!
A aposentadoria por invalidez, inclusive a decorrente de acidente do trabalho, consistirá numa renda mensal correspondente a 100% do salário de benefício,
conforme dispõe a legislação.
O auxílio acidente, conforme disposição legal, será concedido, como indenização, ao segurado quando, após consolidação das lesões decorrentes de
acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia. Esse é o conceito do
benefício.
Por seu turno, o auxílio- acidente mensal corresponderá a 50% do salário de benefício e será devido até a véspera do início de qualquer aposentadoria ou
até a data do óbito do segurado.
Gabarito: E
A Aposentadoria por Tempo de Contribuição (Tempo de Serviço é nomenclatura já ultrapassada) é devida aos segurados. Abono de Permanência e Pecúlios
são benefícios extintos há muitos anos. A Reabilitação Profissional é devida tanto ao segurado quanto ao dependente.
O Auxílio Acidente será concedido, como indenização, ao segurado empregado (E), inclusive o doméstico (D), ao trabalhador avulso (A) e ao segurado
especial (S) quando, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultar sequela definitiva, conforme as situações
discriminadas na legislação previdenciária, que implique em:
1. Redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam;
2. Redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam E exija maior esforço para o desempenho da mesma atividade que exerciam à época
do acidente, ou;
3. Impossibilidade de desempenho da atividade que exerciam à época do acidente, porém permita o desempenho de outra, após processo de reabilitação
profissional, nos casos indicados pela perícia médica do INSS.
Quanto ao Auxílio Doença, vale ressaltar que ao segurado empregado (E), a contar do 16.º dia do afastamento da atividade, e, no caso dos demais
segurados (CADS F), a contar da data do início da incapacidade e enquanto ele permanecer incapaz.
Para todos os segurados (CADES F), se for solicitado após o 30.º dia do afastamento da atividade, o benefício será devido a contar da data do requerimento.
A Pensão por Morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado, aposentado ou não, que falecer, a contar da data:
1. Do óbito, quando requerido até 90 dias depois deste;
2. Do requerimento, quando requerida após o prazo de 90 dias do óbito. Nesse caso, a data do início do benefício será a data do óbito, porém, a data de
início de pagamento será a data do requerimento, não sendo devida qualquer importância relativa ao período anterior à data do requerimento.
Particularmente, considero uma enorme injustiça, principalmente à camada mais pobre da sociedade, que desconhece o próprio direito e acaba requerendo-
o 6, 7 ou 8 meses depois da morte do ente segurado, ou;
3. Da decisão judicial, no caso de morte presumida. Devo ressaltar que a morte presumida é a presunção legal de que uma pessoa faleceu, mesmo sem
possuir provas do fato (certidão de óbito). Essa presunção encontra-se presente no Código Civil.
Gabarito: B
23. (Procurador do Município/Prefeitura de São Luís- MA/FCC/2016):
No que diz respeito à cumulação de benefícios no Regime Geral de Previdência Social é correto afirmar:
a) é possível a cumulação do benefício de aposentadoria por tempo de contribuição e salário família.
b) a cumulação de benefícios é sempre possível, inexistindo qualquer regra restritiva.
c) nunca é possível a cumulação de benefícios.
d) é exemplo de cumulação permitida o recebimento concomitante de dois auxílios doenças para pessoa que se encontre temporariamente incapacitada e que
exerça mais de uma atividade laboral vinculada ao Regime Geral.
e) só é possível falar em cumulação de benefícios previdenciários quando o beneficiário estiver vinculado concomitantemente a regimes previdenciários
distintos.
As regras de acumulação de benefícios são dispersas e, às vezes, conflitantes, mas analisando de maneira pragmática, temos que é possível sim a
acumulação de Aposentadoria por Tempo de Contribuição com o Salário Família (cota devida por filho menor de 14 anos ou inválido).
Afirmar que a acumulação é sempre possível ou sempre impossível é um contrassenso dentro do Direito, onde não existem regras absolutas, sejam positivas,
sejam negativas. Guarde isso com você.
Dois auxílios doenças não são cumuláveis.
RESPOSTA: A.
RESPOSTA: C.
O auxílio acidente mensal corresponderá a 50% do salário de benefício. Não confundir com o auxílio doença que equivale a 91%.
Pode-se afirmar que o Auxílio Acidente será devido a contar do dia seguinte ao da cessação do Auxílio Doença, independentemente de qualquer
remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua acumulação com qualquer aposentadoria.
Desde 2009, a perda da audição, em qualquer grau, somente proporcionará a concessão do Auxílio Acidente quando, além do reconhecimento do nexo entre
o trabalho e o agravo, resultar, comprovadamente, na redução ou perda da capacidade para o trabalho que o segurado habitualmente exercia. Enfim, a
perda de audição exige uma investigação mais detalhada para fins de concessão do benefício.
O auxílio acidente será concedido como remuneração complementar ao segurado quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer
natureza, resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia, se tratando de verba de natureza
indenizatória.
RESPOSTA: D.
26. (Auditor/TCE-AM/FCC/2015):
Medusa pretende ajuizar ação referente à prestação por acidente de trabalho, prevista no regime geral. Neste caso, o prazo prescricional para ajuizar ação
judicial é de
a) dez anos, contados da data do acidente, quando dele resultar incapacidade temporária, verificada em perícia médica a cargo da Previdência Social.
b) cinco anos, contados da data do indeferimento do pedido junto ao órgão previdenciário.
c) cinco anos, contados da data em que for reconhecida pela Previdência Social a incapacidade permanente ou o agravamento das sequelas do acidente.
d) dois anos, contados da data do acidente, seja em caso de incapacidade temporária ou permanente.
e) cinco anos, contados da data do acidente em caso de incapacidade temporária, e dez anos, contados da data do acidente em caso de incapacidade
permanente.
Nesta questão, o exposto na Lei n.º 8.213/1991 é a opção mais clara para se entender os prazos prescricionais constantes no enunciado.
Art. 103. É de 10 anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de
benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar
conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo.
Parágrafo único. Prescreve em 5 anos, a contar da data em que deveriam ter sido pagas, toda e qualquer ação para haver prestações vencidas ou
quaisquer restituições ou diferenças devidas pela Previdência Social, salvo o direito dos menores, incapazes e ausentes, na forma do Código Civil.
Art. 103-A. O direito da Previdência Social de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os seus beneficiários decai em
10 anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
§ 1.º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo decadencial contar-se-á da percepção do primeiro pagamento.
§ 2.º Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que importe impugnação à validade do ato.
Art. 104. As ações referentes à prestação por acidente do trabalho prescrevem em 5 anos, observado o disposto no Art. 103 desta Lei, contados da
data:
I - Do acidente, quando dele resultar a morte ou a incapacidade temporária, verificada esta em perícia médica a cargo da Previdência Social, ou;
II - Em que for reconhecida pela Previdência Social, a incapacidade permanente ou o agravamento das sequelas do acidente.
Gabarito: C
Resposta: Auxílio Reclusão pago aos dependentes, com Auxílio Doença, Aposentadoria ou Abono de Permanência em serviço (já extinto) ou Salário
Maternidade do segurado recluso.
-> Observação: IN INSS n.º 77/2015, Art. 383, § 3º O segurado recluso, ainda que contribua como facultativo, NÃO TERÁ DIREITO aos benefícios de
Auxílio Doença, Salário Maternidade e Aposentadoria durante a percepção, pelos dependentes, do Auxílio Reclusão, permitida a opção pelo benefício
mais vantajoso. Instrução Normativa INSS n.º 77/2015.
Gabarito: A
28. (Procurador/TCM-RJ/FCC/2015):
Quanto ao custeio da Seguridade Social, conforme normas constitucionais e da legislação aplicável à matéria, é correto afirmar:
a) As contribuições sociais sempre incidirão sobre aposentadoria e pensão, do trabalhador e dos demais segurados, concedidas pelo Regime Geral da
Previdência Social.
b) O salário de contribuição se confunde com o valor da contribuição recolhida à Previdência Social.
c) Entende-se por salário de contribuição o valor base sobre o qual será determinada a contribuição a ser recolhida; para o empregado doméstico será a
remuneração registrada na Carteira de Trabalho e Previdência Social.
d) O salário de benefício é sinônimo de salário de contribuição, possuindo assim mesma natureza jurídica e destinação.
e) Não há previsão legal para fixação de limites mínimo e máximo para o salário de contribuição.
As contribuições sociais não incidirão sobre aposentadoria e pensão, do trabalhador e dos demais segurados, concedidas pelo Regime Geral da Previdência
Social. Existe previsão neste sentido, mas somete para o RGPS, não alcançando o RPPS.
O salário de contribuição é a parcela da remuneração do trabalhador sobre a qual incidirá contribuições sociais.
Conforme determinação legal, entende-se por salário de contribuição o valor base sobre o qual será determinada a contribuição a ser recolhida; para o
empregado doméstico será a remuneração registrada na Carteira de Trabalho e Previdência Social.
O Salário de Benefício é a média atualizada de (quase) todos os valores que o segurado contribuiu durante a vida. Essa média servirá de base para o cálculo
dos valores de (quase) todos os benefícios.
Existe sim previsão legal para fixação de limites mínimo e máximo para o salário de contribuição. O mínimo é o salário mínimo e o máximo é o teto do
RGPS.
Gabarito: C
29. (Delegado/DPF/CESPE/2013):
José abriu uma pequena padaria no bairro onde reside e contratou dez funcionários. Durante os primeiros seis meses de funcionamento do estabelecimento
comercial, José arrecadou as contribuições previdenciárias de seus empregados, descontando-as das respectivas remunerações, mas não recolheu esses valores
aos cofres da previdência social. Se, até antes do início da ação fiscal, José confessar a dívida e efetuar espontaneamente o pagamento integral dos valores
devidos, prestando as devidas informações ao órgão da previdência social, a punibilidade de sua conduta poderá ser extinta.
Todo crime traz a sua Punibilidade, que nada mais é do que a possibilidade de o Estado punir o infrator da Lei Penal. No caso do crime de apropriação
indébita previdenciária, essa punibilidade é extinta se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias
ou valores e presta as informações devidas à Previdência Social, antes do início da ação fiscal.
Em suma, o crime vai existir, mas não haverá punição, sendo que o agente apenas pagará os valores devidos (com as devidas correções) à Previdência
Social. Só para constar, toda vez que um AFRFB visita uma empresa para inicializar uma fiscalização, ele lavra o Termo de Início de Ação Fiscal (TIAF).
Certo.
Iniciada ação fiscal em desfavor de Maria, o juiz responsável pelo processo não poderá deixar de aplicar pena, ainda que Maria efetue os pagamentos devidos,
seja ré primária e goze de bons antecedentes.
No Direito Penal é muito comum a existência dos agravantes e dos atenuantes. No caso do crime de apropriação indébita previdenciária, é aplicado o
seguinte atenuante: é facultado ao Juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que:
1. TENHA PROMOVIDO, após o início da ação fiscal (TIAF) e antes de oferecida a denúncia, O PAGAMENTO DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
PREVIDENCIÁRIA, inclusive acessórios, OU;
2. O valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como
sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais (R$ 20.000,00).
Errado.
31.(Delegado/DPF/CESPE/2004):
João mantinha uma pequena granja em chácara de sua propriedade e contava com o auxílio de dois empregados, que percebiam remuneração mensal
equivalente a um salário mínimo. Por exercer o negócio por conta própria e informalmente, João nunca efetuou os registros devidos nas carteiras de trabalho
de seus empregados, tampouco recolheu as contribuições previdenciárias correspondentes. Nessa situação, se for flagrado pela fiscalização, João responderá
pelo crime de sonegação de contribuição previdenciária, podendo o juiz restringir a pena de reclusão prevista (de um terço até a metade) ou apenas aplicar a
pena de multa.
Na situação apresentada pelo CESPE, João não realizou nenhum recolhimento para a Previdência Social, bem como não prestou as devidas informações
para o INSS. Nesse caso, fica clara a tipificação do crime de sonegação de contribuição previdenciária, previsto no Art. 337-A do Código Penal de 1940.
Por sua vez, João não é PJ (Pessoa Jurídica) e contava com apenas dois empregados assalariados, sendo que a folha de pagamento de João era de apenas
R$ 1.908,00 (2 x R$ 954,00 - Salário Mínimo). Nesses casos, é facultado ao Juiz reduzir a pena de um terço até metade ou aplicar apenas a pena de multa,
conforme podemos extrair do Art. 337-A, § 3.º:
Se o empregador NÃO é pessoa jurídica (PJ) e sua folha de pagamento mensal não ultrapassa R$ 4.984,35, o juiz poderá reduzir a pena de um terço (33%)
até a metade (50%) OU aplicar apenas a de multa.
Certo.
A conduta de Maria configura crime de apropriação indébita previdenciária, para o qual a pena prevista é reclusão e multa.
O crime de apropriação indébita previdenciária é aquele que ocorre quando a empresa deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas
dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional. Por seu turno, a pena será de reclusão, de 2 a 5 anos, e multa (Código Penal, Art. 168-A).
Certo.