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EMPRESAS
REFLEXOS DOS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS PARA O
EMPREGADOR
CINDY FERNANDES GOUVEIA
Advogada, especialista em Direito Previdenciário e Direito do Trabalho, militante na seara
Previdenciária Empresarial.
E-mail: cindy@fgsadv.com.br
Qual é a importância do Direito
Previdenciário para a Empresa?
No atual cenário de crise econômica, tanto os grandes quanto os
pequenos empregadores vêm tentando diariamente a redução de custos,
e bons impactos desta economia podem ser encontrados no Direito
Previdenciário, que até hoje foi dispensável ao empregador.
Revisão de
procedimentos
ESTRATÉGIA
1. Estudar cada caso: Conhecer o empregado, estudar prontuários,
convocações para avaliações periódicas;
2. Acompanhamento multidisciplinar: cada setor realiza o acompanhamento
conforme as necessidades;
3. Rever processos: novos afastamentos, controle do absenteísmo, controle da
sinistralidade do plano médico.
Outras questões
A empresa sempre paga os 15 primeiros dias do afastamento?
Não!
Decreto 3.048/99:
Art. 75. Durante os primeiros quinze dias consecutivos de afastamento da atividade por
motivo de doença, incumbe à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário.
§3º Se concedido novo benefício decorrente da mesma doença dentro de sessenta dias
contados da cessação do benefício anterior, a empresa fica desobrigada do pagamento
relativo aos quinze primeiros dias de afastamento, prorrogando-se o benefício anterior
e descontando-se os dias trabalhados, se for o caso.
Outras questões
Decreto 3.048/99, artigo 75:
Súmula 32 do TST:
ABANDONO DE EMPREGO (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20
e 21.11.2003
Presume-se o abandono de emprego se o trabalhador não retornar ao serviço
no prazo de 30 (trinta) dias após a cessação do benefício previdenciário nem
justificar o motivo de não o fazer.
Limbo Jurídico Previdenciário
Limbo Jurídico Previdenciário, é a nomenclatura dada à situação do segurado
que não está recebendo benefício por incapacidade do INSS, e não recebe
salário da empresa pois não houve retorno ao trabalho.
O referido limbo se caracteriza quando o segurado recebe alta do INSS,
entretanto ainda se julga inapto ao trabalho. Diz-se limbo pois não existe uma
definição legal sobre o tema, ainda sendo construído judicialmente.
Porém é importante mencionar que existem duas modalidades diferentes de
limbo:
Limbo Jurídico Previdenciário
1. O segurado teve alta e consequente cessação do benefício previdenciário, e
se julga incapaz de retornar ao trabalho, e recorrer administrativamente, ou
ingressa com ação judicial em face do INSS. Ao comparecer à empresa,
informa o médico do trabalho, que o impede de retornar.
2. O segurado teve alta e consequente cessação do benefício previdenciário, e
se julga incapaz de retornar ao trabalho, e recorrer administrativamente, ou
ingressa com ação judicial em face do INSS. Ao comparecer à empresa,
informa o médico do trabalho, que mesmo assim solicita seu retorno ao
trabalho, acatando o posicionamento da Autarquia.
Limbo Jurídico Previdenciário
Caso haja o enquadramento no primeiro caso, é de responsabilidade do empregador o pagamento dos salários
referentes ao período, conforme entendimento pacífico da jurisprudência:
Art. 93. A empresa com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% (dois
por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas
portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção:
I - até 200 empregados...........................................................................................2%;
II - de 201 a 500......................................................................................................3%;
III - de 501 a 1.000..................................................................................................4%;
IV - de 1.001 em diante. .........................................................................................5%.
Reabilitação Profissional
Atualmente, os dados para o computo dos reabilitados/ pessoas com
deficiência é realizado pelo CAGED.
CAGED significa Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, documento
encaminhado ao Ministério do Trabalho informando a quantidade de pessoas
admitidas e demitidas naquele mês.
O fiscal verifica a quantidade e aplica a porcentagem legal, e caso não haja a
quantidade necessária ao preenchimento, estipula um prazo para a contratação,
e se naquele prazo não houver o cumprimento da obrigação, é aplicada a multa
e estipulado prazo para defesa.
Caso a multa seja paga em 10 dias, o valor é reduzido a 50%.
Reabilitação Profissional
Dificuldades para contratação:
O preenchimento da cota pode ser feito tanto por pessoas com deficiência,
quanto profissionalmente reabilitados.
Por mais que as empresas diligenciem para a contratação deste pessoal,
dificilmente as vagas são cumpridas, haja vista que atividades que exigem
locomoção ou mão de obra braçal não tem meios de aloca-los em postos de
trabalho.
Existe certa dificuldade na contratação de pessoa com deficiência, haja vista o
benefício assistencial que recebem, e deixam de ingressar no mercado de
trabalho quando o salário nivela-se com o salário mínimo que já recebem.
Reabilitação Profissional
Vejamos o seguinte entendimento do Tribunal Superior do Trabalho acerca da contratação de
reabilitados/ pessoa com deficiência:
AÇÃO CIVIL PÚBLICA. VAGAS DESTINADAS A PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA.
PREENCHIMENTO. ART. 93 DA LEI 8.213/91. MULTA. INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL COLETIVO.
ABSOLVIÇÃO. PERSISTÊNCIA DA OBRIGAÇÃO LEGAL.
1. Conquanto seja ônus da empregadora cumprir a exigência prevista no art. 93 da Lei 8.213/91, ela
não pode ser responsabilizada pelo insucesso, quando ficou comprovado que desenvolveu esforços
para preencher a cota mínima, sendo indevida a multa bem como não havendo falar em dano moral
coletivo.
2. A improcedência do pedido de condenação da ré ao pagamento de multa e de indenização por
dano moral coletivo fundada no fato de a empresa haver empreendido esforços a fim de preencher o
percentual legal de vagas previsto no art. 93 da Lei 8.213/91, não a exonera da obrigação de
promover a admissão de pessoas portadoras de deficiência ou reabilitados, nos termos da lei.
Recurso de Embargos de que se conhece e a que se dá parcial provimento.
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Embargos em Embargos de Declaração em Recurso de
Revista n° TST-E-ED-RR-658200-89.2009.5.09.0670, em que é Embargante AMERICAN GLASS
PRODUCTS DO BRASIL LTDA. e Embargado MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DA 9ª REGIÃO.
“Estabilidade” do Reabilitado
O profissional reabilitado possui garantia indireta de emprego, conforme o
disposto no parágrafo primeiro do artigo 93 da Lei 8.213/91:
Sentença Campregher.pdf
SAT e FAP
A previsão legal do SAT ( Seguro de Acidente do Trabalho) está na Constituição Federal, em
seu artigo 7º, XXVIII:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem
excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou
culpa;
SAT e FAP
Diante disto, a Lei 8.212/91 descreveu de que forma este seguro seria cobrado:
Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do disposto no art. 23, é
de:
II - para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, e
daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos
ambientais do trabalho, sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos
segurados empregados e trabalhadores avulsos:
a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho
seja considerado leve;
b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado
médio;
c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado
grave
O enquadramento da atividade pode ser verificado
através do Decreto 3.048/99, em seu anexo V:
Entretanto, verificando que os empregadores eram negligentes diante da saúde
ocupacional dos empregados, o Governo Federal criou o FAP.
(http://www.previdencia.gov.br/a-previdencia/saude-e-seguranca-do-
trabalhador/politicas-de-prevencao/fator-acidentario-de-prevencao-fap/)
Acidentes de Trabalho
A legislação previdenciária dispõe o conceito de acidente de trabalho no artigo
19 da Lei 8.213/91:
Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do
trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo
exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11
desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que
cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da
capacidade para o trabalho.
Acidentes de Trabalho
§ 1º A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e
individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador.
§ 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de
cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho.
§ 3º É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos
da operação a executar e do produto a manipular.
§ 4º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social fiscalizará e os sindicatos
e entidades representativas de classe acompanharão o fiel cumprimento do
disposto nos parágrafos anteriores, conforme dispuser o Regulamento.
Acidentes de Trabalho
Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as
seguintes entidades mórbidas:
“Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo
mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa,
após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de
percepção de auxílio-acidente.”
CAT e a estabilidade do artigo 118
Súmula nº 378 do TST
ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO. ART. 118 DA LEI Nº
8.213/1991. (inserido item III) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e
27.09.2012
- É constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o direito à
estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-
doença ao empregado acidentado. (ex-OJ nº 105 da SBDI-1 - inserida em
01.10.1997)
II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior
a 15 dias e a conseqüente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se
constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de
causalidade com a execução do contrato de emprego. (primeira parte - ex-OJ nº
230 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001)
Benefícios de natureza acidentária
Auxílio-Doença (B91);
Auxílio-Acidente (B94)
COMO VERIFICAR A NATUREZA
ACIDENTÁRIA?
COMO VERIFICAR A NATUREZA
ACIDENTÁRIA?
EFEITOS NO CONTRATO DE TRABALHO
Estabilidade, conforme o artigo 118 da Lei 8.213/91:
Art. 3º O nexo técnico previdenciário poderá ser de natureza causal ou não, havendo três
espécies:
I - nexo técnico profissional ou do trabalho, fundamentado nas associações entre patologias
e exposições constantes das listas A e B do anexo II do Decreto nº 3.048, de 1999;
II - nexo técnico por doença equiparada a acidente de trabalho ou nexo técnico individual,
decorrente de acidentes de trabalho típicos ou de trajeto, bem como de condições especiais
em que o trabalho é realizado e com ele relacionado diretamente, nos termos do § 2º do
art. 20 da Lei nº 8.213/91;
III - nexo técnico epidemiológico previdenciário, aplicável quando houver significância
estatística da associação entre o código da Classificação Internacional de Doenças-CID, e o
da Classificação Nacional de Atividade Econômica-CNAE, na parte inserida pelo Decreto nº
6.042/07, na lista C do anexo II do Decreto nº 3.048, de 1999;
I - nexo técnico profissional ou do trabalho, fundamentado nas
associações entre patologias e exposições constantes das listas A e B do
anexo II do Decreto nº 3.048, de 1999;
LISTA A
AGENTES OU FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL RELACIONADOS
COM A ETIOLOGIA DE DOENÇAS PROFISSIONAIS E DE OUTRAS DOENÇAS
RELACIONADAS COM O TRABALHO
III - Benzeno e seus homólogos tóxicos Leucemias (C91-C95.-) Síndromes Mielodisplásicas (D46.-) Anemia
Aplástica devida a outros agentes externos (D61.2) Hipoplasia Medular
(D61.9) Púrpura e outras manifestações hemorrágicas (D69.-)
Agranulocitose (Neutropenia tóxica) (D70) Outros transtornos
especificados dos glóbulos brancos: Leucocitose, Reação Leucemóide
(D72.8) Outros transtornos mentais decorrentes de lesão e disfunção
cerebrais e de doença física (F06.-) (Tolueno e outros solventes
aromáticos neurotóxicos)
LISTA B
(Redação dada pelo Decreto nº 6.957, de 2009)
Nota:
1. As doenças e respectivos agentes etiológicos ou fatores de risco de natureza ocupacional listados são exemplificativos e
complementares.
Acidentes típicos: Este é o tipo de acidente mais comum, e acontece dentro da empresa durante o
horário de expediente. É o caso, por exemplo, de quando o trabalhador cai de uma escada ou se
machuca ao manusear um equipamento pesado. Ou ainda, são os acidentes que acontecem dentro ou
fora da empresa, devido ao exercício do trabalho, que a lei assemelha aos acidentes de trabalho típico.
De trajeto: Acontece durante o percurso do trabalhador de sua casa até o local de trabalho, tanto no
início e final do expediente quando no horário de almoço.
§ 2º do art. 20 da Lei nº 8.213/91: casos excepcionais em que a doença não se enquadre nas listas A e
B, a perícia pode considera-la acidente de trabalho.
NTEP - nexo técnico epidemiológico previdenciário, aplicável quando houver significância
estatística da associação entre o código da Classificação Internacional de Doenças-CID, e o
da Classificação Nacional de Atividade Econômica-CNAE, na parte inserida pelo Decreto nº
6.042/07, na lista C do anexo II do Decreto nº 3.048, de 1999;
NTEP – Lei 8.213/91
Art. 21-A. A perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) considerará caracterizada a
natureza acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de nexo técnico epidemiológico
entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a atividade da empresa ou do empregado
doméstico e a entidade mórbida motivadora da incapacidade elencada na Classificação Internacional
de Doenças (CID), em conformidade com o que dispuser o regulamento.
§ 1o A perícia médica do INSS deixará de aplicar o disposto neste artigo quando demonstrada a
inexistência do nexo de que trata o caput deste artigo.
Art. 7º A empresa poderá requerer ao INSS, até quinze dias após a data para a entrega da Guia de
Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social-
GFIP, a não aplicação do nexo técnico epidemiológico, ao caso concreto, quando dispuser de
dados e informações que demonstrem que os agravos não possuem nexo técnico com o trabalho
exercido pelo trabalhador, sob pena de não conhecimento da alegação em instância
administrativa, caso não protocolize o requerimento tempestivamente.
§ 7º Da decisão do requerimento cabe recurso com efeito suspensivo, por parte da empresa ou,
conforme o caso, do segurado, ao CRPS.
COMO SABER O NEXO ATRIBUÍDO?
COMO SABER O NEXO ATRIBUÍDO?
COMO SABER O NEXO ATRIBUÍDO?
COMO PROVAR A TEMPESTIVIDADE?
O empregador possui a ciência dos benefícios previdenciários ou acidentários concedidos para
o seu CNPJ através de uma consulta no site da Previdência Social, onde constará a data e hora da
ciência:
COMO PROVAR A TEMPESTIVIDADE?
A ciência também pode ser dada através do Comunicado de Decisão entregue pelo segurado.
Neste momento, o empregador deve atestar o recebimento, através de um protocolo interno
da empresa.
RECURSOS – NTP E NTI
Caso a medida correta seja o Recurso, tanto pelo artigo 4º quanto 5º da IN 31/2008:
O prazo é de 30 dias;
Não possui efeito suspensivo;
É entregue em uma via, a norma é omissa;
Pode ser protocolado em qualquer agência, que remeterá à mantenedora;
Pode ser enviado por correio, com AR, que valerá como protocolo;
APS envia ao segurado para contrarrazões;
É encaminhado para a perícia médica, e será analisado por perito diverso do concessor;
Se parecer positivo, converte o benefício e encerra o processo;
Se parecer negativo, faz parecer e retorna para a APS, para o seguimento à Junta de Recursos da
Previdência Social.
Contestação - NTEP
Caso a medida correta seja a Contestação, nos moldes do artigo 7º da IN 31/2008, ou § 3º do
Decreto 3.048/99, ou artigo 21-A da Lei 8.213/91:
O prazo é de 15 dias;
Não possui efeito suspensivo;
É entregue em duas vias, conforme § 3º do artigo 7º da IN 31/2008;
Pode ser protocolado em qualquer agência, que remeterá à mantenedora;
É encaminhado para a perícia médica, e será analisado por perito que pode ser o mesmo
concessor;
Se parecer positivo, encaminha ao segurado para contrarrazões, juntamente com a documentação
apresentada em duplicidade;
Após as razões do segurado, o perito faz um parecer pela procedência, ou não e encaminha para a
APS realizar as devidas comunicações.
Recurso do NTEP
Caso haja o indeferimento da Contestação apresentada pelo Empregador, este poderá interpor
Recurso à Junta de Recursos da Previdência Social:
O prazo é de 30 dias;
Pode ser protocolado em qualquer APS, que remeterá à mantenedora, ou ainda via correio
com AR;
Possui efeito suspensivo:
a) a solicitação de recurso realizada pela empresa fará com que o benefício acidentário gere
efeitos de benefício previdenciário, isentando-a do recolhimento para o Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço – FGTS, e da obrigação referente à estabilidade do funcionário após retorno ao
trabalho quando da cessação da incapacidade; e
b) caso o segurado apresente os requisitos de carência para reconhecimento do direito a
benefício previdenciário, o auxílio-doença será mantido, cessando-se o benefício caso isto não
ocorra.
Recurso do NTEP
O Recurso será encaminhado para a perícia médica, e será analisado por
perito diverso da concessão e contestação;
O perito médico analisará e emitirá parecer favorável ou não ao Recurso;
O Recurso será encaminhado à Junta de Recursos da Previdência Social para
julgamento, independente do parecer do perito médico.
O que alegar?
Questões abordadas na gestão dos afastados;
Prontuário do empregado;
Tríade Culpa, Nexo e Dano;
Culpa exclusiva da vítima;
Fatores exteriores à relação de trabalho, que possam ter ocasionado a doença;
Verificação do trajeto realizado pelo segurado;
Jurisprudência do CRSS;
Neutralização dos riscos no ambiente de trabalho;
Políticas internas de prevenção de acidentes, entre outros.
Como comprovar?
PPP – Perfil Profissiografico Previdenciário;
LTCAT – Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho;
PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional;
PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais;
Treinamentos oferecidos e realizados pelo segurado;
Laudo Circunstanciado do Médico do Trabalho da Empresa;
Campanhas de ginástica laboral;
Comprovantes de entrega de EPI, dentre outros.
Caso 1 – José André
Sr. José André, 49 anos de idade, porteiro na sua empresa há aproximadamente 05 anos.
Em um dia qualquer, Sr. José apresenta um atestado médico de mais de 15 dias, em virtude de
uma hérnica umbilical, CID 10 K42, sendo devidamente encaminhado pelo médico do trabalho
para o INSS.
Após perícia médica seu benefício de auxílio-doença foi concedido na modalidade 91, ou seja,
acidentário.
Hoje, Sr. José André compareceu à empresa para lhe entregar o comunicado de decisão a
seguir.
Qual é o caminho correto a seguir?
Caso 1 – José André
Verificamos que o benefício foi concedido conforme o artigo 337, § 3º do Decreto 3.048/99:
Caso 1 – José André
Sabendo-se que se trata de NTEP, requeremos aos setores diversos da empresa
a documentação mencionada, ou seja, laudo do médico do trabalho, prontuário,
PPP, LTCAT, PPRA, PCMSO, dentre outros.
17.3.5. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem ser colocados
assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os trabalhadores
durante as pausas.
Caso 2 - Wilson
Assim, não fica claro que as varizes foram desencadeadas apenas pelo
exercício da função, sendo suficiente para colocar a dúvida na cabeça do perito.
Contestação
Gestão de
de benefícios
afastados
acidentários
Ações Reflexo no
Regressivas FAP e no SAT
Referências Bibliográficas