01. (Analista Judiciário - Área Contabilidade/TREPE/
CESPE/2017): Sobre a contribuição previdenciária (INSS) a cargo da empresa, os valores referentes à subsistência de membros de ordens religiosas devem ser excluídos da base de cálculo da contribuição. Para constar, não se considera remuneração direta ou indireta os valores despendidos pelas entidades religiosas e instituições de ensino vocacional com ministro de confissão religiosa, membros de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa em face do seu mister (ofício) religioso ou para sua subsistência, desde que fornecidos em condições que independam da natureza e da quantidade do trabalho executado. Certo. 02. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2016): Bruna, empregada da empresa Vargas & Vargas Cia. Ltda., entrou em gozo de licença maternidade. Nessa situação, haverá incidência da contribuição previdenciária sobre o valor recebido por Bruna a título de salário maternidade. O Salário Maternidade é o único benefício previdenciário considerado SC. O Salário Maternidade é devido às seguradas empregadas (E), trabalhadoras avulsas (A), empregadas domésticas (D), contribuintes individuais (C), facultativas (F) e seguradas especiais (E), por ocasião do parto, inclusive o natimorto, aborto não criminoso, adoção ou guarda judicial para fins de adoção. Certo. 03. (Analista-Técnico Administrativo/DPU/CESPE/2016): Segundo a legislação vigente, deve haver incidência de contribuição previdenciária sobre importância recebida a título de incentivo a demissão voluntária e abono de férias. Tanto o abono de férias quanto o PDV não são parcela integrante do SC, ou seja, não há incidência de contribuição previdenciária sobre elas. Para constar, todas as parcelas indenizatórias pagas ao trabalhador em razão de ter aceitado o PDV da empresa são parcelas não integrantes do SC, logo, não incide contribuição social sobre elas. Errado. 04. (Advogado da União/AGU/CESPE/2015): Conforme entendimento do STF, não há incidência de contribuição previdenciária nos benefícios do RGPS, incluído o Salário Maternidade. O Salário Maternidade é o único benefício previdenciário que é considerado salário de contribuição, ou seja, sobre esse valor incide a contribuição previdenciária. Errado. 05. (Auditor e Conselheiro-Substituto/TCE-PR/CESPE/2016): Considerando a jurisprudência dos tribunais superiores, é correto afirmar que incide contribuição previdenciária sobre o terço constitucional de férias gozadas, mas não sobre o terço das férias indenizadas. Legislação Previdenciária (RFB): TCF É SC! STJ e STF: TCF Não é SC! Para o STJ, ele não é parcela integrante do SC. Por seu turno, quanto as férias indenizadas, tem-se: Férias Gozadas É SC (Leg.) Férias Gozadas É SC! (STJ) Férias Indenizadas Não é SC! Dobra das Férias Não é SC! Errado.
06. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2016):
Gustavo inscreveu-se na previdência social na condição de segurado facultativo. Nessa
situação, o salário de contribuição de Gustavo deverá variar entre um salário mínimo e o teto máximo fixado em portaria. O facultativo é o cidadão que não trabalha e quer participar do RGPS, logo, cabe a ele escolher o seu salário de contribuição, respeitando os seguintes limites: mínimo (salário mínimo vigente) e máximo (teto do RGPS, revisado anualmente por meio de Portaria do MF). Certo. 07. (Auditor de Controle Externo/TCDF/CESPE/2014): Para o empregado doméstico, considera-se Salário de Contribuição a remuneração registrada na Carteira de Trabalho e Previdência Social, observadas as disposições normativas pertinentes. Entende por Salário de Contribuição para o Empregado Doméstico: a remuneração registrada na Carteira Profissional e/ou na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), observado os limites mínimo (piso salarial da categoria ou, na falta desse, o salário mínimo) e máximo (teto do RGPS - atualmente em R$ 5.645,80) previstos na legislação Certo. 08. (Auditor-Fiscal/TCE-SC/CESPE/2016): De modo geral, a base de cálculo da contribuição previdenciária do empregado é o salário de contribuição. Conforme o STJ, no caso de a empregada estar recebendo o benefício do salário maternidade, a base de cálculo passa a ser o salário maternidade. Como é de conhecimento, o único benefício previdenciário classificado como salário de contribuição é o Salário Maternidade. Com isso, a segurada, quando em gozo de tal benefício, deverá contribuir sobre o valor recebido dessa benesse. Certo. 09. (Delegado/DPF/CESPE/2013): Integram o salário de contribuição que equivale à remuneração auferida pelo empregado, as parcelas referentes ao salário e às férias, ainda que indenizadas. As Férias indenizadas são aquelas devidas ao trabalhador no momento da rescisão contratual, ou seja, ele está se desligando da empresa, mas não gozou as férias das quais tinha direito. Diante de tal situação, ele tem direito a receber essas férias em dinheiro e seu respectivo adicional constitucional de 1/3, como forma de indenização. Por sua vez, as Férias indenizadas não são parcelas integrantes do Salário de Contribuição, ou seja, sobre essa parcela não incide contribuição previdenciária. Errado.
10. (Auditor e Conselheiro-Substituto/TCE-PR/CESPE/2016):
Considerando a jurisprudência dos tribunais superiores, é correto afirmar que não incide contribuição previdenciária sobre o salário paternidade. Ao contrário do que ocorre com o Salário Maternidade, o Salário Paternidade constitui ônus da empresa, ou seja, não se trata de benefício previdenciário. Desse modo, conforme dispõe a jurisprudência do STJ, em se tratando de verba de natureza salarial, é legítima a incidência de contribuição previdenciária sobre o salário paternidade. Em suma, é uma parcela integrante do SC. Errado. 11. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2016): O contrato de trabalho de Carlos, empregado da empresa L & M Ltda., foi rescindido antes que ele pudesse usufruir de férias vencidas. Nessa situação, haverá a incidência de contribuição previdenciária sobre a importância paga a título de indenização das férias vencidas e sobre o respectivo adicional constitucional. Observe a legislação previdenciária sobre o tema: As importâncias recebidas a título de férias indenizadas e do respectivo adicional constitucional, inclusive o valor correspondente à dobra da remuneração de férias, no caso de as férias serem concedidas após o fim do período concessivo, conforme dispõe o Art. 137 da CLT/1943. O dispositivo legal trata de duas verbas: Férias Indenizadas (Férias Vencidas) e Dobra das Férias. As Férias indenizadas são aquelas devidas ao trabalhador no momento da rescisão contratual, ou seja, ele está se desligando da empresa, mas não gozou as férias das quais tinha direito. Diante de tal situação, ele tem direito a receber essas férias em dinheiro e seu respectivo adicional constitucional de 1/3 (33%), como forma de indenização. Ainda sobre rescisão contratual, considero importante ressaltar que o Saldo de Salário tem natureza de remuneração, ou seja, é tratado como salário. Logo, sobre essa verba, incide salário de contribuição. Por sua vez, a Dobra de Férias acontece quando o empregador não concedeu o gozo de férias ao trabalhador durante o seu período concessivo. Nesse caso, o empregador pagará as férias em dobro. Para ficar claro, a legislação do trabalho define que período aquisitivo é o período de 12 meses em que o trabalhador fica em exercício para adquirir o direito às férias, e período concessivo, são os 12 meses subsequentes ao período aquisitivo em que o empregador deverá conceder o gozo das férias ao seu trabalhador. No ano de 2015, o STJ, por meio do Resp n.º 1.517.633-PR, pacificou que “o pagamento de férias gozadas possui natureza remuneratória e salarial, nos termos do Art. 148 da CLT, e, portanto, integra a base de cálculo da contribuição previdenciária”. Em síntese, as férias indenizadas e a dobra das férias não são parcelas integrantes do SC, ao contrário das férias gozadas, que são parcelas integrantes e, por consequência, sofrem a incidência das contribuições sociais. Esquematizando: Férias Gozadas Legislação: É SC! Jurisprudência do STJ: É SC! Férias Gozadas É SC (Leg.) Férias Gozadas É SC! (STJ) Férias Indenizadas Não é SC! Dobra das Férias Não é SC! Errado. 12. (Procurador Federal/AGU/CESPE/2013): As gorjetas não integram o salário de contribuição do segurado empregado filiado ao RGPS, assim como também não o integra a parcela recebida a título de vale transporte. As gorjetas e os ganhos habituais integram a remuneração do segurado empregado, ou seja, ambos integram o Salário de Contribuição (SC) do indivíduo. Atualmente, o vale transporte recebido em ticket (cartão magnético) não é considerado SC, ao passo que o vale transporte recebido em pecúnia (dinheiro) é considerado SC pela RFB e não é considerado SC pela jurisprudência do STF e do STJ. Errado. 13. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2016): Zilda mantém vínculo empregatício com a empresa Y e com a empresa Z, das quais recebe remuneração mensal equivalente a dois e três salários mínimos, respectivamente. Nessa situação, a contribuição previdenciária de Zilda deverá incidir sobre os valores recebidos de ambos os empregos. Para o Empregado (E) e o Trabalhador Avulso (A), o SC é a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, o valor da compensação pecuniária a ser paga no âmbito do Programa Seguro Emprego (PSE) – Lei n.º 13.189/2015, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa, observado os limites mínimo (piso salarial da categoria ou, na falta desse, o salário mínimo) e máximo (teto do RGPS – atualmente em R$ 5.645,80) previstos na legislação. Sendo assim, o trabalhador tem que contribuir sobre a soma dos salários recebidos mensalmente em todos os seus empregos, sempre respeitando o teto do RGPS (R$ 5.645,80). No caso, Zilda recebia 5 salários mínimos no total (5 x R$ 954,00 = R$ 4.770,00), logo, estava abaixo do teto e deve contribuir sobre todos os valores recebidos. Certo. 14. (Procurador do Estado/PGE-CE/CESPE/2008): Marcos trabalha em uma empresa que, entre outras vantagens, oferece programa de previdência complementar aberta, disponível a todos os empregados e dirigentes. Nessa situação, pelo fato de esses valores serem dedutíveis do imposto de renda da pessoa física beneficiária, a legislação previdenciária considera tais rubricas como salário de contribuição. A Previdência Complementar paga pela empresa ao empregado equivale a um benefício. Atente para a seguinte regra: Benefício pago por empresa, desde que extensível a TODOS os empregados, não é considerado SC, logo, sobre essa vantagem não incide contribuição social (Parcela Não Integrante do SC). Benefício pago por empresa, extensível somente para ALGUNS cargos ou setores da empresa, ele é classificado como SC e sujeito a incidência da contribuição social (Parcela Integrante do SC). Errado. 15. (Procurador/PGE-PI/CESPE/2014): A quantia paga a título de um terço de férias integra o salário de contribuição. A questão não pediu o entendimento jurisprudencial, mas o cobrou. Conforme determina o STF e o STJ, o Terço Constitucional de Férias não é parcela integrante do salário de contribuição. Pelo enunciado não informar expressamente que estava cobrando o conhecimento da jurisprudência, o correto seria adotar o entendimento legal que prevê que o referido terço é parcela integrante e sobre ele incide as contribuições previdenciárias. Errado.