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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

PROFª. FABIANA VIOLIN FABRI


ESPECIALISTA EM DIREITO PREVIDENCIÁRIO E DIREITO PÚBLICO.
2

ASSUMA A POSTURA DE VENCEDOR E


SEJA UM VENCEDOR.

VENCEMOS
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AULA 12
 AUXÍLIO-DOENÇA.
 SALÁRIO-FAMÍLIA;
 SALÁRIO-MATERNIDADE;
 AUXÍLIO-ACIDENTE.
 PENSÃO POR MORTE.
 AUXÍLIO-RECLUSÃO
 BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA DA ASSISTÊNCIA
SOCIAL – BPC / LOAS.
 PENSÃO ESPECIAL AOS PORTADORES DA SÍNDROME DA
TALIDOMIDA.
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1. BENEFÍCIOS E PRESTAÇÕES
 Quanto aos segurados, os seguintes benefícios:
1. Aposentadoria por incapacidade permanente;
2. Aposentadoria voluntária;
3. Aposentadoria especial;
4. Auxílio-doença;
5. Auxílio-família;
6. Salário-maternidade; e,
7. Auxílio-acidente.
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 Quanto aos dependentes, os seguintes benefícios:


1. Pensão por morte; e,
2. Auxílio-reclusão.

 Quanto aos segurados e aos dependentes, os


seguintes serviços:
1. Habilitação e reabilitação profissional.
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2. AUXÍLIO-DOENÇA

O auxílio-doença será devido ao segurado que


ficar incapacitado para seu trabalho ou sua
atividade habitual, desde que cumprido,
quando for o caso, o período de carência
exigido pela legislação previdenciária (12
contribuições).
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 Por seu turno, observe o que dispõe a Lei 8.213/1991:

O auxílio-doença será devido ao segurado empregado a


contar do 16º dia do afastamento da atividade, e, no caso
dos demais segurados, a contar da data do início da
incapacidade e enquanto ele permanecer incapaz.

Durante os primeiros 15 dias consecutivos ao do afastamento


da atividade por motivo de doença, incumbirá à empresa
pagar ao segurado empregado o seu salário integral.
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 Paratodos os segurados, se for solicitado após 30 dias
após o afastamento da atividade, o benefício será devido
da data do requerimento.
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2.1. SEGURADO RECLUSO X AUXÍLIO-DOENÇA
O segurado recluso em regime fechado não tem direito
ao auxílio-doença – o segurado em gozo de auxílio-
doença na data do recolhimento à prisão, terá seu
benefício SUSPENSO.
A suspensão durará 60 dias, após esse prazo o benefício
será cessado.
 Seo segurado é colocado em liberdade antes dos 60 dias
o benefício é restabelecido da data da soltura.
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Segurado em gozo de auxílio-doença:


1. Recolhimento à prisão (Regime Suspende o beneficio de imediato
Fechado)
2. Se o segurado for colocado em O benefício será reestabelecido da soltura
liberdade dentro do prazo de 60 dias
3. Se o segurado permanecer preso após o O beneficio será cessado
prazo de 60 dias

 Em caso de prisão declarada ilegal, o segurado terá direito à


percepção do benefício por todo o período devido.
 Segurado recluso em cumprimento de pena em regime aberto ou
semiaberto terá direito ao auxílio-doença.
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2.3 CARÊNCIA DO AUXÍLIO-DOENÇA
 REGRA: necessita de 12 contribuições mensais de
carência.
 EXCEÇÃO: é dispensado a carência ao auxílio-doença
acidentário – situação na qual o segurado obrigatório ou
facultativo sofre acidente de qualquer natureza ou
contrai doença profissional.
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 REGRA: não será devido auxílio-doença ao


segurado que se filiar ao RGPS já portador de
doença ou da lesão invocada como causa para a
concessão do benefício, SALVO quando a
incapacidade sobrevier por motivo de
PROGRESSÃO ou AGRAVAMENTO dessa doença ou
lesão, casos em que será devido o benefício.
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2.4 PRAZO DO BENEFÍCIO
 Sempre que possível o ato de concessão ou de
reativação de auxílio-doença, judicial ou
administrativo, deverá fixar o prazo estimado para
a duração do benefício.
 Na ausência desse prazo, o benefício cessará em
120 dias, contados da concessão ou de reativação,
exceto se o segurado requerer a sua prorrogação
junto ao INSS.
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2.5 INFORMAÇÕES ADICIONAIS
O segurado poderá ser convocado a qualquer momento
para a avaliação das condições que ensejaram a sua
concessão e a sua manutenção.
 Senão concordar com o resultado da avaliação poderá
apresentar, no prazo máximo de 30 dias, recurso da
decisão da administração perante o Conselho de
Recursos do Seguro Social.
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O segurado em gozo do auxílio-doença está obrigado, a


qualquer tempo independente de sua idade e sob pena
de suspensão do benefício, a submeter-se a:
1. Exame médico a cargo da Previdência Social;
2. Processo de reabilitação profissional por ela prescrito e
custeado, e/ou;
3. Tratamento dispensado gratuitamente.
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2.6. CESSAÇÃO DO BENEFÍCIO

 O benefício do auxílio-doença cessa pela:


1. Recuperação da capacidade para o trabalho, ou;
2. Pela transformação em aposentadoria por
incapacidade permanente ou auxílio-acidente de
qualquer natureza, nesse caso se resultar sequela
que implique redução da capacidade para o
trabalho que habitualmente exercia.
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O benefício será mantido até que o segurado seja
considerado reabilitado para o desempenho de atividade
que lhe garanta a subsistência ou, quando considerado
não recuperável, seja aposentado por incapacidade
permanente.
 O caminho é este: se constatado que o segurado está
incapacitado para exercer sua atividade habitual,
primeiro ele deve tentar se reabilitar para uma nova
atividade, caso não consiga, será aposentado por
incapacidade permanente.
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3. SALÁRIO-FAMÍLIA
A EC 103/2019 é clara ao afirmar que o salário-família, o
auxílio-reclusão e o abono do PIS/PASEP (que não é
benefício), serão concedidos apenas para aqueles que
tenham renda bruta mensal igual ou inferior à
R$1.503,25 (atualizado 2021).
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O salário-família será devido, mensalmente, ao


segurado empregado (E), inclusive doméstico (D), e
ao trabalhador avulso (A), que tenham salário de
contribuição inferior ou igual a R$ R$1.503,25
(baixa renda), na proporção do respectivo número
de filhos ou equiparados, na forma de cotas. VALOR
ATUALIZADO 2021
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A partir de 01/01/2021 o valor da cota do salário-família


por filho ou equiparado de qualquer condição, até os 14
anos de idade ou inválido, é de R$51,27.
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O pagamento do benefício fica condicionado a


apresentação da certidão de nascimento do filho ou da
documentação relativa ao equiparado, além de:
1. Apresentação anual de atestado de vacinação
obrigatória, até 6 anos de idade; ou,
2. Apresentação de comprovação semestral de frequência
à escola do filho ou equiparado, a partir dos 7 anos de
idade.
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 Se o segurado não apresentar o atestado de vacinação
obrigatória e a comprovação de frequência escolar do
filho ou equiparado, nas datas definidas pelo INSS, o
benefício do salário-família será suspenso, até que a
documentação seja comprovada.
 Para fins de fiscalização a empresa precisa conservar
durante 10 anos, os comprovantes dos pagamentos e as
cópias das certidões correspondentes para exame pela
fiscalização da RFB.
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3.1. O BENEFÍCIO SERÁ PAGO:
1. Ao E pela empresa e ao D pelo empregador doméstico, mensalmente junto
com o salário, efetivando-se a compensação quando do recolhimento das
contribuições devidas;
2. O A, pelo Sindicato ou Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO), mediante
convênio;
3. Ao E, ao D e A aposentados por incapacidade permanente ou em gozo de
auxílio-doença, pelo INSS, com o benefício;
4. Ao trabalhador rural aposentado por idade aos 60 anos, se do sexo
masculino, ou 55 anos, se do sexo feminino, pelo INSS, junto com a
aposentadoria; e,
5. Aos demais empregados e trabalhadores avulsos, aposentados aos 65 anos
de idade, se do sexo masculino, ou 60 anos, se do sexo feminino pelo INSS,
com a aposentadoria.
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 Portanto, o benefício será devido aos E, D e A em


exercício ou inatividade.
 No caso em que o pai e a mãe forem segurados (E,
D e A), ambos terão direito ao salário-família.
 A empresa paga o valor do benefício ao
trabalhador e deduz das suas contribuições sociais
a pagar, ou seja, o benefício não sai do bolso de
empregador.
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3.2. CESSAÇÃO DO BENEFÍCIO
 O direito ao benefício cessa automaticamente:
1. Por morte do filho ou equiparado, a contar do mês seguinte
ao do óbito;
2. Quando o filho ou equiparado completar 14 anos de idade,
salvo o inválido, a contar do mês seguinte ao da data do
aniversário;
3. Pela recuperação da capacidade do filho ou equiparado
inválido, a contar do mês seguinte ao da cessação da
incapacidade, ou;
4. Pelo desemprego do segurado.
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 Para efeito de concessão e manutenção do salário-


família, o segurado deve firmar TERMO DE
RESPONSABILIDADE (TR) no qual se compromete a
comunicar à empresa ou ao INSS qualquer fato ou
circunstância que determine a perda do direito ao
benefício, ficando sujeito, em caso do não cumprimento,
as sanções penais e trabalhistas.
 As cotas do salário-família não serão incorporados, para
qualquer efeito, ao salário ou ao benefícios devido ao
segurado.
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4. SALÁRIO-MATERNIDADE
O salário-maternidade é devido à segurada da Previdência
Social, durante 120 dias, com início 28 dias antes e término 91
dias depois do parto. Em casos excepcionais, os períodos de
repouso anterior e posterior ao parto podem ser prorrogados de
mais 2 semanas, mediante atestado médico específico.

 Lembrando que o salário-maternidade é o único


benefício previdenciário considerado salário contribuição
(SC). Portanto sobre o valor do benefício serão
descontados contribuições previdenciárias.
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 Se a segurada dar à luz a filhos gêmeos, trigêmeos ou


plurigêmeos, ela terá direito apenas a um benefício de
salário-maternidade.
 Sóreceberá mais de um benefício, se exercer mais de
uma atividade laborativa e contribua para o RGPS em
cada uma das funções.
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O salário-maternidade é devido a todas as seguradas


(CADES F), algumas classes precisarão cumprir período de
carência:
Salário-maternidade Contribuições
Contribuinte Individual, Segurada 10
Especial e Facultativa
Empregada, Doméstica e Avulsa 0
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Asegurada terá direito aos 120 dias de gozo do salário-


maternidade ainda que em caso de parto prematuro.
 Em caso de aborto não criminoso, comprovado mediante
atestado médico, a segurada terá direito ao
correspondente a 2 semanas (14 dias).
É devido a segurada adotante ou que obtiver a guarda
judicial de uma criança – prazo de 120 dias independente
da idade da criança – em 2013 houve essa igualdade de
direitos entre mães biológicas e adotantes.
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 Ainda quanto a mãe adotante: o salário-maternidade


será devido a mãe adotante independentemente se a
mãe biológica (também segurada) recebeu o benefício no
nascimento da criança.
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 Segundo o ECA:

ART. 2. Considera-se criança, para efeitos desta Lei, a pessoa até 12 anos de
idade incompletos, e adolescente aquela entre 12 e 18 anos de idade.

Classificação Idade
Criança Até os 11 anos e 364 dias
Adolescente Dos 12 anos completos até os 17 anos e 364 dias
Adulto Dos 18 anos completos em diante
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 Paraa concessão do benefício é indispensável que conste


da nova certidão de nascimento da criança, ou do termo
de guarda, o nome da segurada adotante ou guardiã.
 Em caso de falecimento da mãe no parto, o salário-
maternidade será devido ao pai, para que cuide do filho
órfão de mãe.
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5. AUXÍLIO-ACIDENTE

O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado empregado,


inclusive doméstico, ao trabalhador avulso e ao segurado especial quando após a
consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultar
sequela definitiva, conforme as situações discriminadas na legislação
previdenciária, que implique:

1. Redução da capacidade, para o trabalho que habitualmente exerciam;


2. Redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam e exija
maior esforço para o desempenho da mesma atividade que exerciam à época
do acidente, ou;
3. Impossibilidade de desempenho da atividade que exerciam à época do
acidente, porém permita o desempenho de outra, após processo de
reabilitação profissional, nos casos indicados pela perícia médica do INSS.
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O auxílio-doença é um benefício de caráter indenizatório,


pois repara as sequelas adquiridas em função de
acidente que reduziram definitivamente a sua
capacidade laboral.
 Consiste em uma renda mensal e utilizará como base o
valor do auxílio-doença, corrigido até o mês anterior ao
início do auxílio-acidente, e será devido até a véspera do
início de qualquer aposentadoria ou do óbito do
segurado.
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 Pode-se afirmar que o auxílio-acidente será devido a


contar do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença,
independentemente de qualquer remuneração ou
rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua
acumulação com qualquer aposentadoria.
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O segurado (E, D, A, S) não terá direito ao auxílio-


acidente quando:
1. Apresente danos funcionais ou redução o da capacidade
funcional sem repercussão na capacidade laborativa, e;
2. Esteja de mudança de função, mediante readaptação
profissional promovida pela empresa, como medida
preventiva, em decorrência de inadequação do local de
trabalho.
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6. PENSÃO POR MORTE
A pensão por morte será devida ao conjunto dos
dependentes do segurado, aposentado ou não, que falecer, a
contar da data:
1. Do óbito, quando requerida em até 180 dias após o óbito,
para os filhos menores de 16 anos, ou em até 90 dias após o
óbito, para os demais dependentes (Lei 13.846/2019);
2. Do requerimento, quando requerida após o prazo previsto
acima, ou;
3. Da decisão judicial, no caso de morte presumida.
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A morte presumida é a presunção legal de que uma
pessoa faleceu, mesmo sem possuir provas do fato
(corpo). Essa presunção encontra-se presente no Código
Civil.
 No caso de haver mais de um pensionista, a Pensão por
Morte será rateada entre todos, em partes iguais (pro
rata) e se reverterá em favor dos demais a parte daquele
cujo direito à pensão cessar.
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7. AUXÍLIO-RECLUSÃO
O auxílio-reclusão, cumprida a carência de 24
contribuições, será devido, nas condições da pensão por
morte, aos dependentes do segurado de baixa renda
recolhido à prisão em regime fechado que não receber
remuneração da empresa nem estiver em gozo de
auxílio-doença, de pensão por morte, de salário-
maternidade, de aposentadoria ou de abono de
permanência em serviço (Lei 13.846/2019).
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O auxílio-reclusão é devido, apenas, durante o período


em que o segurado estiver recolhido à prisão sob regime
fechado ou semiaberto. Não há de se falar em auxílio-
reclusão no caso de liberdade condicional.
 Nocaso de fuga, o benefício será suspenso e, se houver
recaptura do segurado, será restabelecido a contar da
data em que esta ocorrer, desde que ainda esteja
mantida a qualidade de segurado.
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8. BPC - LOAS
 O Benefício Assistencial (ou Benefício de Prestação Continuada – BPC) é a prestação
paga pela previdência social que visa garantir um salário mínimo mensal para
pessoas que não possuam meios de prover à própria subsistência ou de tê-la
provida por sua família. Pode ser sub-dividido em Benefício Assistencial ao Idoso,
concedido para idosos com idade acima de 65 anos e no Benefício Assistencial à
Pessoa com Deficiência, destinado às pessoas com deficiência que estão
impossibilitadas de participar e se inserir em paridade de condições com o restante
da sociedade.
 O Benefício Assistencial é garantia constitucional do cidadão, presente no art. 203,
inciso V da Constituição Federal, sendo regulamentado pela Lei 8.742/93 (Lei
Orgânica da Assistência Social – LOAS).
 Muitas pessoas chamam esse benefício de LOAS. Essa é uma denominação
equivocada, embora seja extremamente comum, visto que LOAS é a Lei que dá
origem ao benefício.
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8.1 Quem tem direito ao Benefício Assistencial?
 Tem direito ao benefício os idosos com idade acima de 65 anos que
vivenciam estado de pobreza/necessidade (o antigo conceito de
estado de miserabilidade), ou pessoas com deficiência que estão
impossibilitadas de participar e se inserir em paridade de condições
com o restante da sociedade, e que também vivenciam estado de
pobreza ou necessidade.
 Destaca-se que para obtenção do benefício não é preciso que o
requerente tenha contribuído para o INSS, bastando que este
preencha os requisitos que serão apresentados abaixo. Portanto,
contribuições previdenciárias NÃO são um requisito.
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Em síntese, o Benefício Assistencial possui os seguintes requisitos:
 Para o idoso:
1. Ter mais de 65 anos de idade.
2. Vivenciar estado de pobreza/necessidade.
 Para o portador de deficiência:
1. Possuir deficiência (pode ser de qualquer natureza) que, em
interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua
participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de
condições com as demais pessoas (art. 3º, inciso IV da Lei
13.146/2015).
2. Vivenciar estado de pobreza/necessidade.
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9. PENSÃO ESPECIAL AOS PORTADORES DA
SÍNDROME DA TALIDOMIDA
É garantido o direito à Pensão Especial aos portadores da
Síndrome da Talidomida nascidos a partir de 1º de janeiro de
1957, data do início da comercialização da droga
denominada Talidomida, inicialmente vendida com os nomes
comerciais de Sedin, Sedalis e Slip, de acordo com a Lei nº
7.070, de 20 de dezembro de 1982.
 O benefício será devido sempre que ficar constatado que a
deformidade física for consequência do uso da Talidomida,
independentemente da época de sua utilização.
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10 HABILITAÇÃO E REABILITAÇÃO PROFISSIONAL
 Conforme dispõe a legislação previdenciária, a assistência
(re)educativa e de (re)adaptação profissional, instituída sob a
denominação genérica de Habilitação e Reabilitação
Profissional, visa proporcionar aos beneficiários
incapacitados para o trabalho (parcial ou totalmente) e às
pessoas portadoras de deficiência, em caráter obrigatório e
independentemente de carência, os meios indicados para
proporcionar o reingresso no mercado de trabalho e no
contexto em que vivem.
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REVISÃO
PARA A
PROVA
UNIDADE 3 e UNIDADE 4
49

Relembrando
o que
Estudamos
em cada
seção
50
INSCRIÇÃO E FILIAÇÃO
 Inscrição o ato pelo qual a pessoa física é cadastrada no Cadastro Nacional
de Informações Sociais – CNIS, o qual informará os dados pessoais e úteis
para a configuração do vínculo jurídico com a Previdência Social.
 Já a Filiação “é o vínculo que se estabelece entre pessoas que contribuem
para a Previdência Social e esta, do qual decorrem direitos e obrigações;
 Os segurados obrigatórios são filiados automaticamente, tendo em vista o
exercício da atividade remunerada.
 Já os segurados facultativos que quiserem participar da previdência social
precisam se filiar à previdência social.
 A filiação cria vínculo jurídico entre o segurado e a previdência social.
Posteriormente a filiação que ocorre a inscrição.
COMPENSAÇÃO FINANCEIRA ENTRE O REGIME GERAL DE 51
PREVIDÊNCIA SOCIAL E OS REGIMES PRÓPRIOS DE
PREVIDÊNCIA SOCIAL DA UNIÃO
 a compensação previdenciária é um acerto de contas entre o Regime Geral de Previdência Social
(RGPS) e os Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS).
 o Regime de Origem (devedor) é aquele que fornece a certidão de contagem de tempo ao servidor
e o Regime Instituidor (credor) é aquele que concede o Benefício e irá receber a compensação.
 a compensação previdenciária é uma contrapartida financeira paga pelo INSS aos Regimes Próprios
de Previdência Social nos casos em que servidores aposentados nesses regimes próprios, pelos
estados ou pelos municípios, utilizaram tempo de contribuição vinculado ao regime geral de
Previdência Social. Nessas situações, o Instituto Nacional do Seguro Social faz o pagamento de
valores correspondentes ao tempo em que os servidores contribuíram para o INSS.
 a compensação previdenciária é a compensação financeira entre os diversos regimes de
previdência social quando forem computados reciprocamente para a aposentadoria, tempos de
contribuição na administração pública e nas atividades privadas, rural e urbana de outros regimes.
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COMPENSAÇÃO
 O COMPREV será mantido pelo Instituto Nacional do Seguro Social
- INSS
 Na compensação entre o RGPS e os RPPS, o custeio do sistema será
de responsabilidade do INSS até 31 de dezembro de 2021 e de cada
regime instituidor a partir de 1º de janeiro de 2022;
 Os requerimentos da compensação financeira entre os RPPS serão
apresentados a partir de 1º de janeiro de 2021, por meio do
COMPREV, somente pelos entes federativos que celebrarem o
termo de adesão e o contrato de que trata o caput.
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PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
 Artigo 348 do Decreto nº 3.048 de 06 de Maio de 1999- O direito da seguridade
social de apurar e constituir seus créditos extingue-se no prazo de cinco anos,
contado: (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o crédito poderia ter sido
constituído; ou II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver
anulado, por vício formal, a constituição de crédito anteriormente efetuado.

 Bem como Art. 103. Lei 8213/91 - Parágrafo único. Prescreve em cinco anos, a
contar da data em que deveriam ter sido pagas, toda e qualquer ação para haver
prestações vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças devidas pela
Previdência Social, salvo o direito dos menores, incapazes e ausentes, na forma
do Código Civil.
54
ISENÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS
 O art. 195, § 7º da Constituição Federal dispõe: "são isentas de
contribuição para a Seguridade Social as Entidades Beneficentes
de Assistência Social (EBAS) que atendam às exigências
estabelecidas em lei“.

 EBAS - São entidades sem fins lucrativos, que prestam serviços


gratuitos (total ou parcialmente) de assistência social, saúde ou
educação a pessoas carentes.
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CUSTEIO DA SEGURIDADE SOCIAL
A seguridade social será financiada por toda a sociedade
de forma direta e indireta, mediante recursos
provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios.
 NÃO incide contribuição previdenciária ao aposentado do
regime geral de previdência social;
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SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO
 O Salário de contribuição do empregado, do trabalhador Avulso e do
empregado doméstico possui:
 Limite mínimo: piso salarial legal ou normativo da categoria e, na falta
deste, o salário mínimo.; e,
 Limite máximo: teto do RGPS;

 O Salário de contribuição do contribuinte individual e do segurado


facultativo:
 Limite mínimo: salário mínimo; e,
 Limite máximo: teto do RGPS.
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SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO
O único benefício previdenciário que integra o salário de
contribuição é o salário-maternidade.
O seguro desemprego é um benefício trabalhista de
natureza previdenciária
 Vale-alimentação não integra o salário de contribuição.
Bem como o incentivo à demissão (PDV) não integra o
salário de contribuição.
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CONCURSO DE PROGNÓSTICO
 É todo e qualquer concurso de sorteio de números ou quaisquer
outros símbolos, loterias e apostas de qualquer natureza no âmbito
federal, estadual, do DF ou municipal, promovidos por órgãos do
Poder Público ou por sociedade comercial ou civil.
 100% da renda líquida dos concursos de prognósticos realizados
pelo Poder Público, são destinados à contribuição social.
 Renda líquida: é o total da arrecadação, deduzidos os valores
destinados ao pagamento de prêmios, de impostos e de despesas
da ADM.
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CONTRIBUIÇÃO DO PRODUTOR RURAL

A legislação previdenciária adotou forma


diferenciada de contribuição: a simples aplicação
de uma alíquota única de 1,3%, que incide sobre a
Receita Bruta de Comercialização.
APOSENTADORIA POR IDADE 60

 A aposentadoria por idade é um benefício previdenciário concedido


a todo segurado que atingir a idade considerada risco social e
carência mínima exigida. Partindo do contexto previdenciário, idade
diz respeito à faixa etária considerada risco social.
 Para o homem que se filiou ao INSS após a reforma da Previdência,
vai poder se aposentar por idade caso atinja 65 anos de idade. Já a
mulher conquista o direito de se aposentar por idade se atingir 62
anos de idade.
 No entanto, além da idade mínima, será necessário um tempo
mínimo de contribuição. Para a mulher, são 15 anos de contribuição.
No caso dos homens, o tempo de contribuição é de 20 anos.
61

65 ANOS HOMEM
 IDADE
62 ANOS MULHER

20 CONTRIBUIÇÕES HOMEM

 CARÊNCIA
15 CONTRIBUIÇÕES MULHER
62
APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

A Aposentadoria por Tempo de Contribuição no


INSS é um benefício para quem completou os
requisitos antes da Reforma da Previdência,
sendo necessários 35 anos (homem) ou 30 anos
(mulher) de contribuição até 12/11/2019.
 APÓS a Reforma, foi extinta essa aposentadoria e quem
era filiado Do INSS antes, pode se encaixar nas regras e
transição.
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PENSÃO POR MORTE
 Com amparo legal no artigo 74 e seguintes da Lei 8.213/91, a
pensão por morte é benefício previdenciário concedido aos
dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não.

 Requisitos :
 a) o óbito ou a morte presumida do segurado;
 b) a qualidade de segurado do falecido, quando do óbito; e
 b) a existência de dependentes que possam ser habilitados
como beneficiários junto ao INSS.
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O artigo 16 da Lei 8.213/91, prevê que são considerados dependentes do
segurado:
I) o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de
qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que
tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
II) os pais; e
III) o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e
um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou
deficiência grave.
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66

 Deve-se solicitar a pensão por morte em até 90 dias


após a data do falecimento. Dessa forma, concede-se o
benefício desde a data do óbito. Do contrário – solicitada
após os 90 dias, o valor passa a ser desde a data do
requerimento, salvo quando a figura é um menor de 16
anos, ou incapaz. Para este, o benefício pode ser
solicitado a qualquer momento por um curador ou tutor
(responsável legal pelo menor), ficando o pagamento
garantido desde a data do falecimento.
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DURAÇÃO DA PENSÃO POR MORTE DO INSS

 No final de 2020, foi publicada no Diário Oficial da União a


portaria nº 424, alterando a duração do pagamento da pensão
por morte. A partir de agora, para se obter o benefício vitalício,
ou seja, para toda a vida, os (as) viúvos (as), ou companheiros
(as), dos (as) segurados (as) que faleceram devem ter 45 anos de
idade ou mais na data da morte. Antes, a idade mínima exigida
era 44 anos.
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O benefício pode durar quatro meses ou ser variável,
vai depender da idade e do tipo de beneficiário.
 Para os pais, o benefício é vitalício até a morte, desde
que comprove-se dependência econômica.
 Para filhos, o benefício é pago até os 21 anos de
idade, exceto em casos de filho com invalidez ou
deficiência.
 Para irmãos, a regra é a mesma que a de filhos.
 Assim, se o benefício vai durar três anos ou para
sempre, vai depender da idade que o dependente
tinha no momento em que o segurado faleceu:
69
 Para cônjuge, ou companheiro, ou ex-cônjuge divorciado ou separado
judicialmente que receba pensão alimentícia, a situação é diferente.
 O benefício durará quatro meses, contado a partir da data do óbito,
em dois casos:
• Óbito tenha ocorrido sem que o segurado tivesse completado 18
contribuições;
• Casamento ou união estável tenha iniciado dois anos antes do
falecimento do segurado.
 O benefício excederá quatro meses quando:
• Óbito tenha ocorrido após o segurado ter completado 18
contribuições e o casamento/união estável tiver tido duração de pelo
menos dois anos;
• Óbito tenha decorrido de acidente, independentemente das 18
contribuições ou dois anos de casamento/união estável.
70
71
REGRAS DE ACUMULAÇÃO DE BENEFÍCIOS
 Acumulação: quais benefícios podem ser acumulados?
 A reforma da Previdência vedou a acumulação de duas pensões por
morte, deixadas por cônjuge ou companheiro, concedidas no mesmo
regime de Previdência Social.
 No entanto, é permitida a acumulação dos benefícios nos seguintes
termos:
• Pensão por morte concedida pelo Regime Geral com pensão do
Regime Próprio de Previdência Social ou pensão dos militares
• Pensão por morte do Regime Geral com aposentadoria concedida pelo
Regime Próprio de Previdência Social ou do Regime Geral de
Previdência Social ou com proventos de inatividade dos militares
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Benefício de Prestação Continuada – BPC
 O Benefício Assistencial (ou Benefício de Prestação Continuada – BPC) é a
prestação paga pela previdência social que visa garantir um salário-mínimo mensal
para pessoas que não possuam meios de prover à própria subsistência ou de tê-la
provida por sua família.
 É concedido para idosos com idade acima de 65 anos (tanto homem, quanto
mulher)
 É concedido também o BPC, às pessoas com deficiência. (independente da idade)
 Só é concedido para pessoas de baixa renda que DEVEM comprovar a situação de
miserabilidade (pobreza/necessidade) e que não contribuíram para o INSS
 Não é uma aposentadoria, é apenas um Benefício Assistencial , sendo assim NÃO
tem direito ao 13º salário.
73

65 anos ou mais (LOAS POR IDADE)

LOAS-BPC
Ou
Ser deficiente(LOAS POR
INCAPACIDADE

Renda familiar per capita inferior a ¼ do


salário mínimo

Cadastro no
CADÚNICO
Auxílio-Doença 74

 O Auxílio-Doença é um benefício previdenciário pago pelo Instituto


Nacional do Seguro Social – INSS às pessoas que ficarem
incapacitadas para o trabalho ou atividade habitual por mais de 15
(quinze) dias consecutivos.
 Durante os primeiros quinze dias de afastamento, cabe à empresa pagar
o seu salário integral.
 REQUISITOS
• Carência de 12 meses (algumas doenças não precisam de carência e se
for decorrente de acidente de qualquer natureza ou acidente de trabalho,
também não precisa de carência)
• Qualidade de segurado
• Incapacidade temporária
75
Auxílio Reclusão
 Concedido aos dependentes do segurado recluso, no valor de 1 salário mínimo.
 Requisitos:
- O segurado deve estar recluso em regime fechado
- Segurado deve ser de baixa-renda.
- Ter qualidade de segurado na data da prisão

Obs: Caso o segurado seja posto em liberdade, fuja da prisão ou passe a cumprir
pena em regime aberto, o benefício não é cessado.
76
Auxílio Reclusão
77
Boa prova

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