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Sumário
INTRODUÇÃO................................................................................................. 3
O INDIVIDUAL E O COLETIVO..................................................................... 10
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 26
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NOSSA HISTÓRIA
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INTRODUÇÃO
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O trabalho em grupo é tão antigo quanto a própria humanidade. "Desde os
grupos de caçadores da antiguidade até os grupos de mestres-aprendizes das
corporações de ofício, o trabalho sempre guardou uma característica grupal" (Fieury,
1997). No final do século XVIII, com as análises de Adam Smith, iniciaram-se as
reflexões sobre as possíveis vantagens da divisão do trabalho. Essa tendência
consolidou-se. no início do século passado, com a chegada do chamado
Taylorismo/Fordismo.
Entretanto, em 1951. Walker em The man in the assembly fine descreve que o
trabalho na linha de montagem, apesar de aparentar divisão do trabalho, era realizado
de modo grupal (Fieury, 1997). Se, por algum motivo, um indivíduo em um
determinado ponto da linha apresentasse algum problema, ou estivessem com seu
trabalho engargalado, outros corriam em seu auxílio. Não apenas por uma questão
de solidariedade, mas pelo objetivo comum de não pararem a linha de produção.
Nesse contexto, cada vez mais, as empresas estão realmente percebendo que
as pessoas são seus ativos mais importantes. Agora, ao invés de manter um controle
máximo sobre seus empregados, as organizações estão descobrindo a dependência
que elas têm da otimização do talento das pessoas para permanecerem competitivas,
e o trabalho em equipe favorece isso. Hoje, a estrutura de trabalho em equipe tornou-
se necessária e comum não apenas nas indústrias, mas também nas empresas
prestadoras de serviços.
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Entretanto, com a popularização dessa forma de trabalho, muitas empresas
estão implementando equipes sem qualquer planejamento ou conhecimento de suas
peculiaridades. Os princípios do trabalho em equipe incluem os elementos básicos do
comportamento humano e os processos aparentam ser enganosamente simples.
Porém, na verdade são complexos. Muitos gestores de empresas munem-se de
poucas informações e implementam equipes sem o conhecimento adequado, sem um
estudo detalhado sobre o assunto. Frequentemente, equipes são implantadas porque
"são a coisa certa a fazer" ou porque "ouvi dizer que dá certo" e isso é um grande
erro (Easton, 1993).
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TRABALHO EM EQUIPE
...é um conjunto de dois ou mais donos de trabalho que formam uma unidade
organizacional identificável que é considerada como parte permanente ou
não de uma organização (...). São pedras fundamentais da construção do
desempenho da organização. Estas são unidades onde o trabalho dos
indivíduos é reunido para gerar bens e serviços que são despachados para
um usuário dentro ou fora da organização...
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desenvolvem em seus membros certos tipos de sentimentos;
Catunda & Neto define trabalho em equipe como um processo e não uma
entidade, como grupo de trabalho, times e o descreve como:
uma condição altamente desejável que pode não ser permanente, e que pode
existir, por um período de tempo, longo ou curto, em qualquer grupo;
Organização: ...em todos eles existem papéis definidos e divisão do trabalho que
converge para uma causa profissional comum.
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Motivação é um conjunto de pessoas que se associam porque isso lhes traz
alguma recompensa, ou porque perseguem alguma espécie de objetivo comum
(...), a manutenção depende de elas quererem continuar juntas.
Percepção ... um grupo somente se define como tal quando cada um de seus
membros se identifica como sendo pertencente à mesma identidade social.
Catunda & Neto, menciona que existem fatores que determinam a habilidade
dos grupos de trabalho em desenvolver-se e funcionar como um time, em que o
processo de equipe é bem mais vivenciado, apresentando os seguintes fatores: o tipo
de tarefa realizada, o tamanho do grupo, a coesão, o ambiente organizacional, as
formas de comunicação, homogeneidade e heterogeneidade entre os membros do
grupo, sendo que estes fatores dependem de cinco variáveis determinantes do
desempenho dos times que são:
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informacional, ter conhecimento da tarefa a ser executada;
Afirmam Catunda & Neto (1996) que todas essas variáveis convergidas num
sentido comum, temos a real criação de valor para o cliente interno... denominamos
de empowerment, o que nos ajuda a compreender a falta de motivação e
desconfiança quando se manifesta que os discursos dos líderes tem que ser iguais.
Acrescentamos outras características para o desenvolvimento de grupos de trabalho
em equipes que são a consciência de cada membro dos seus objetivos, o apoio
mútuo, a responsabilidade o entusiasmo para a tarefa. É necessário um mínimo de
condições como ambiente de apoio, habilidades e clareza de papéis, metas
superiores e recompensas a equipe, segundo Newstron & Davis.
Newstrom & Davis esclarecem que quando se toma medidas de apoio ao grupo
estas favorecem com que surja ou aumente a cooperação, confiança e
compatibilidade entre os membros, sendo, portanto, imprescindível atuar na cultura
da organização. Não basta que os membros do grupo sejam pessoas qualificadas, se
faz necessário que tenham claro quais são os papéis de cada um, o que favorece em
muito a iniciativa, o compromisso, a aceitação de um maior envolvimento para
realização dos objetivos da equipe, bem como conhecer com clareza quais são as
metas de seus superiores para não perder de vista o objetivo global, o que exige e
favorece mais união e coesão do grupo. Em contrapartida a organização precisa
recompensar as equipes, seja financeiramente ou por reconhecimento.
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O INDIVIDUAL E O COLETIVO
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Os sistemas vivos possuem algumas propriedades que os caracterizam e os
tornam inteligíveis desde “a embriologia, o sistema nervoso, a cognição, a psicologia,
a ecologia, a economia, as ciências sociológicas, a organização administrativa, os
processos de urbanização, os negócios, o governo, as políticas internacionais, etc.”
(VASCONCELLOS, 2002, p. 196), e assim também pensamos os sistemas desta
pesquisa, os indivíduos, os grupos, as equipes e a sociedade. A interação ou relação,
segundo Vasconcellos (2002), é a primeira propriedade a destacar em um sistema
social, uma vez que a interação distingue um sistema do que seja um aglomerado de
partes, assim como o qualifica a cada relação que estabelece: “mas a manutenção
das diferenças supõe igualmente a existência de forças de exclusão, de repulsão, de
dissociação, sem as quais tudo se confundiria e nenhum sistema seria concebível”.
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meio e assim produz a si: procede uma auto-organização, que é autopoieses, que
também é auto-eco-organização porque leva em conta o ambiente.
As propriedades vistas aqui fazem cada sistema ser único; de uma forma única.
Assim, quando o sistema é o indivíduo, faz com que as escolhas de trocas/relações
ocorram egocentradamente pela qualidade fundamental de sujeito que somos: “Eu,
só, posso dizer eu para mim” (MORIN, 2005a, p. 323), ainda que mudemos quando
estabelecemos relações ou acessamos novas informações (afetos, entre outros) que
estão no ambiente e produzem outras compreensões e significados dos fenômenos.
Entendemos como sistemas complexos cada participante de equipe que vive e produz
gestão e processos grupais entre si: de sapiens a demens é participante de uma
empresa, de uma comunidade, de uma cultura, tem sua história constituída a partir
da realidade que vive. Ele é um indivíduo biológico, que ocupa o centro do seu mundo
(egocentrismo), que é aberto, pois tem autonomia e troca com meio, assim como é
fechado, porque processa em si e para si a energia e a informação trazida do meio,
tendo dependência deste.
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Esse sujeito é semelhante e dessemelhante do outro (colega de trabalho,
gestor, empregador, familiares, amigos), pois que sua “abertura produz a organização
do fechamento que produz a organização da abertura” (MORIN, 2005b, p. 260). Esse
outro se assemelha ao sujeito por ser um humano (que sente dor e felicidade) e se
desassemelha por todas as singularidades que o constituem. Nosso indivíduo-sujeito-
sistema, complexo, aberto-fechado, autônomo-dependente possui sua consciência –
si – que explica e compreende os demais sistemas complexos ao seu redor: sua
equipe de trabalho, família, empresa, sociedade, que são suas e dos outros. Assim,
os processos da vida em grupo dão ao sujeito a possibilidade da auto-exo-referência:
a capacidade de referir-se a si, ao mesmo tempo que se refere ao que lhe é exterior.
Pensar um processo grupal é olhar para o entre, que não é entre corpos, entre
assuntos, mas que é sentimentos-entre. “Singularidade e coletividade que só
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sustentando sua tensão tornarão possível pensar a dimensão subjetiva no
atravessamento do desejo e da história” (FERNÁNDEZ, 2006, p. 56). Em Barros
(2007, p. 293), temos um entendimento a partir do devir-grupo “naquilo que se pode
experimentar de composição com outros modos de afecção, outros modos de
existencialização”, de tal forma que se possa transformar um conjunto de pessoas
para além de representações internas e totalizações.
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mecânicas dos operários isolados difere da força social que se desenvolve quando
muitos braços colaboram simultaneamente para a mesma operação conjunta”. E a
seguir: “não se trata aqui do aumento da força produtiva individual pela cooperação,
mas da criação de uma força produtiva funcionando essencialmente como força
coletiva” (MARX, 1982, p. 59), o que pela perspectiva sistêmica pode ser entendido
como a propriedade da interação.
Parker (1995, p. 70) escreve que “as equipes interfuncionais devem ouvir
constantemente a mensagem de que elas são autogerenciáveis para agir, desde que
em favor dos interesses da empresa”. De acordo com Katzenbach (2001, p. 12), “um
número excessivo de pessoas ainda acha que equipe é o nome de uma unidade
organizacional ou um conjunto de sentimentos de companheirismo”. Talvez essa seja
uma distinção importante a fazer, já que vemos o termo aplicado indistintamente a
todo conjunto de profissionais que trabalham em um mesmo local, chamando a
atenção também que algumas vezes o termo equipe coloca a subjetividade em
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suspenso. Isso nos faz pensar que, em algumas situações, a teoria oriunda da
administração faz uma relação pragmática e reifica funcionamentos que focam no
atingimento de resultados empresariais sem considerar impactos da ordem do
humano em suas estratégias.
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não existe um estágio de não precisar mais aprender sobre o tema. Por esse
entendimento de caminho, de algo a ser metodicamente construído, é que atribuímos
o surgimento do termo gestão de equipes, que remete à ideia de continuidade.
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funcionamentos que geram resultados para si (partes e todo, ou seja, resultados para
si – participantes e para si – coletivo) e para outros sistemas. No contato com a teoria
dos grupos, estes são tratados como uma estratégia para construção social, enquanto
as equipes estão direcionadas para o atingimento de resultados empresariais – por
isso, um grupo pode nunca ser uma equipe e o inverso também é verdadeiro. Uma
equipe pode nunca ser um grupo, e não há nenhum demérito nessa dialógica.
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TIPOS DE EQUIPE
Equipes Autogerenciadas
Equipes Multifuncionais
Equipes Virtuais
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Equipes de Soluções de Problemas
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IMPORTÂNCIA DO TRABALHO EM EQUIPE E DO
PAPEL DO LÍDER
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de trabalho de forma a garantir a concretização de objetivos por meio das estratégias
mais apropriadas.
Outro aspecto que agrega valor ao líder é ser transparente e objetivo nas ações
propostas à equipe para conduzir o trabalho transmitindo confiança. Para que uma
equipe de trabalho se desenvolva bem, é preciso objetivos claros e definidos; aceitar
as diferentes formas de pensar entre o grupo para captar vários aspectos envolvidos
na tarefa e implicar que os membros da equipe trabalhem de forma completa e
absoluta.
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Os líderes que se destacam têm suas características específicas como a de
mentores, sendo empáticos com os indivíduos que estão envolvidos no processo,
sobressaindo a sua autoridade na influência dos critérios usados para definir as
responsabilidades de cada membro.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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experiências, ideias, crenças etc. e isso proporciona o surgimento de fenômenos do
nível meso. Caso o pesquisador não identifique homogeneidade entre as percepções
do fenômeno investigado, é recomendado que ele assuma estar diante de um
fenômeno ocorrido no nível do indivíduo.
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REFERÊNCIAS
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