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LIDERANÇA, CULTURA E

COMPORTAMENTO
ORGANIZACIONAL
Professor Sergio Ventura
FMU
2021
Comportamento Organizacional
A alta performance e a construção de
um bom ambiente de trabalho, com
uma cultura e um clima saudáveis, são
o resultado do alinhamento de
comportamentos dos empregados.
Quando a empresa proporciona que os funcionários tenham a mesma
visão e entendimento sobre os valores, processos e produtos, então ela
está garantindo que todos falem “a mesma língua” dentro da
organização. Apesar de cada um ter sua personalidade e carregar
consigo uma bagagem de conhecimentos que moldam seu
comportamento, o grupo como um todo vai estar sincronizado,
seguindo e trabalhando na mesma direção.
O que é Comportamento Organizacional

Derivado de uma série de fatores, o comportamento organizacional é


uma análise das atitudes dos colaboradores e consiste em desenvolver
condutas e hábitos para melhorar diversos pontos da empresa, que vão
desde a construção de um bom ambiente de trabalho até a qualidade
do produto/serviço entregue ao cliente.
Em um ambiente que mistura pessoas com diversas crenças e olhares
sobre o modo de encarar o mundo, o gerenciamento do
comportamento organizacional aparece como um fio condutor de
atitudes – independente do nível hierárquico do indivíduo, e que tem
como objetivo guiar os colaboradores para a construção de uma cultura
corporativa.
Quando falamos em comportamento organizacional,
podemos estruturá-las e analisá-las em três níveis:

• Nível individual
• Nível grupal
• Nível empresarial.
Nível individual, onde o perfil do colaborador é levado em conta, bem
como sua forma de trabalhar, rendimento e personalidade. Nesse nível
a psicologia atua para estudar o que motiva as pessoas dentro da
empresa e quais são suas habilidades e competências em potencial
para melhor aproveitamento.
Nível grupal, que tem como foco de análise os nichos e departamentos
que estruturam a empresa. A psicologia e a sociologia estudam como
ocorre a integração entre as pessoas e a eficiência da comunicação,
com o objetivo de apontar a melhor forma de conectar os times para
gerar um trabalho efetivo e em conjunto.
Nível empresarial. Não só de pessoas o comportamento organizacional
é feito, a estrutura, os valores e cultura de uma empresa também são
pontos de estudo.
Tanto colaboradores, quanto seus diretores têm impactos diretos nas
condutas, costumes e desenvolvimento da organização. Conhecer e
entender o ambiente de trabalho ajuda a manter um espaço
harmônico, com pessoas motivadas e trabalhos interligados.
Quando se dá a devida atenção ao comportamento organizacional,
facilitamos a manutenção e a melhoria dos processos de gestão dentro
da empresa. Isso porque os líderes, por exemplo, conseguem prever e
evitar problemas individuais ou coletivos diante os colaboradores, ou
então estruturar métodos de liderança e estratégias de gestão mais
efetivas para alcançar as metas e resultados desejados.
Os Aspectos Atingidos pelo Comportamento
Organizacional
Toda empresa é formada por valores, crenças e cultura que traduzem a
forma de pensar e agir das pessoas, construindo o comportamento
organizacional.
Desse modo, não podemos negar que os hábitos e atitudes dos
empregados estão relacionados com outros aspectos que constroem o
ambiente corporativo, atingindo o macro da empresa.
Entre os elementos influenciados pelo comportamento
organizacional, podemos destacar:
• Performance e desempenho: alinhando o trabalho de todas as
equipes para que o objetivo da organização seja respeitado e
alcançado;
• Colaboração: incentivando que as pessoas ajudem umas às outras e
compreendam que todas estão ali com um foco em comum: a
empresa;
• Adaptação à mudanças: indicando e avaliando se as pessoas
conseguem se adaptar com o sistema da empresa e com as mudanças
de processos de acordo com as necessidades;
• Visão Sistêmica e Compreensão do ambiente de negócio: visando
educar o funcionário sobre a missão da empresa e como funciona o
processo produtivo;
• Diversidade e Respeito às pessoas: evidenciando que o ambiente de
trabalho é formado por diversas pessoas com diferentes estilos (de
vida e pensamento) e que o respeito é a base para desenvolver
quaisquer outras atividades;
• Engajamento: compreendendo e desenvolvendo mecanismos de
incentivo que façam a equipe trabalhar com entusiasmo e vontade de
entregar o seu melhor.
Comportamento x Desempenho

O Comportamento Organizacional é fator decisivo para o desempenho


da organização. Quando se gerencia as atitudes dos indivíduos e grupos
qualificamos a performance dos colaboradores e, consequentemente,
otimizamos os processos.
Pensar em desempenho profissional é pensar em capacitação e
desenvolvimento do colaborador, reconhecendo as necessidades
individuais e adversidades do grupo para dar condições de
desenvolvimento.
Segundo defende Idalberto Chiavenato, um dos profissionais mais
respeitados do Brasil na área de administração de empresas e recursos
humanos, “[…] o potencial da organização está relacionado ao
potencial dos seus colaboradores, de forma que o desempenho
profissional também tem como referência o desempenho
organizacional, envolvendo toda a organização na sua forma de se
portar”.
Conhecendo seu Colaborador

Não podemos esquecer que a base para o sucesso de qualquer projeto


são as pessoas. Uma empresa é reflexo dos seus colaboradores.
Portanto, quando falamos de comportamento organizacional falamos
na ação de averiguar o comportamento do indivíduo para auxiliá-lo em
seu desenvolvimento.
Assim, além de acompanhar a performance dos colaboradores,
com avaliações de desempenho, é importante saber o que o
colaborador quer e quais são seus objetivos profissionais em trabalhar
onde ele está.
Depois de entender o que ele busca na empresa, o próximo passo é
estudar como fazer com que seus objetivos sejam alcançados e
observar situações no cotidiano profissional para que oportunidades
aconteçam.
Dessa forma, você não apenas trabalha em prol do desenvolvimento
das pessoas que formam seu time como também estimula a
motivação, engajamento e satisfação dos colaboradores.
O grande diferencial competitivo de uma instituição é seu capital
humano. Não basta visar apenas a alta performance, é preciso gerir
com sensibilidade esses talentos para obter resultados cada vez mais
extraordinários.
Como Gerenciar Conflitos Trabalhando com o
Comportamento Organizacional
Trabalhar com pessoas não é uma simples missão. O ambiente de
trabalho proporciona o convívio de pessoas com personalidades e
opiniões divergentes. Essas diferenças ficam mais aguçadas quando as
gerações do mercado de trabalho se encontram e passam a dividir o
mesmo espaço.
Analise a situação:

Se por um lado a Geração X (nascida entre os anos 60-80) foi treinada


para trabalhar e esperar o momento certo para subir um degrau na
cadeia hierárquica corporativa, a Geração Y (nascida entre 80 – 2000) já
entra na empresa visando sua promoção em um curto espaço de
tempo.
Esse modo de agir da Geração Y desperta a vontade deles quererem
aprender junto com a empresa e ao mesmo tempo passar para ela tudo
que já sabem. Mais do que estabilidade, os integrantes da Geração Y,
também chamados de Millennials, querem participar dos processos
que norteiam a empresa.
O problema é quando essa participação dos Y vem de uma forma em
que os mais experientes não assimilam direito, o medo invade a
Geração X de perder o emprego para pessoas que aparentam ter mais
energia.
O comportamento organizacional nessas situações pode gerenciar essa
diferença e evitar que o ambiente da empresa tenha um clima
organizacional pesado, tumultuando os processos e fazendo com que
os objetivos da empresa se transformem em resolver problemas
internos.
Como Resolver Conflitos

O primeiro passo para lidar com situações onde há conflito entre


gerações é fazer com que as pessoas entendam quem trabalha com
elas.
A Geração Y, por exemplo, nasceu e vive com estímulos (seja de
música, internet, conversas…) e essa característica vem junto com o
colaborador para a organização. É preciso mostrar aos demais que os
mais jovens foram criados em um mundo onde se faz várias coisas ao
mesmo tempo, mas que isso não interfere na qualidade da entrega.
Já os Baby Boomers e Geração X são mais conservadores, resistentes à
mudanças e tecnologias, mas com um alto poder de planejamento e
análise. Apegados à hierarquia, por exemplo, os profissionais com idade
entre 30 e 45 anos enfrentaram as crises da década de 1980 e por isso
trabalharam duro para ter segurança financeira, mudar o que já é
tradição deixa-os inseguros.
É importante deixar claro que o crescimento na empresa é dado
pelo potencial e esforço do colaborador, independente da idade que
ele tenha.
Quando trabalhamos com pessoas de diferentes faixa etárias e
diferentes visões sobre o mundo, o respeito torna-se fator primordial
para gerenciar equipes.
Precisamos encontrar o equilíbrio entre os dois lados da moeda, onde
não só as gerações mais experientes aceitem essa nova forma de ver o
mundo, como também os mais novos entendam que os mais velhos
estão habituados com um mercado de trabalho que se desenvolveu em
outros moldes.
Empresas inteligentes mesclam gerações nos projetos e nas equipes
para obter aumento de repertório e entregas mais qualificadas.
Gerações que convivem podem ter uma relação de aprendizado umas
com as outras em vez de conflitos.
Ter um plano de cargos e salários bem definido, tornar os processos
mais flexíveis, montar comitê para discutir as relações, ter uma
comunicação organizacional aberta, ser ouvido e bem aproveitado,
entender os limites de cada um são ótimos exemplos para gerenciar
conflitos entre as gerações.
Vídeos ilustrativos

1º (https://www.youtube.com/watch?v=y7OQfzpYG1E)

2º (https://www.youtube.com/watch?v=y0q23VPPGX8)
FIM

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