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ORGANIZAÇÕES, PESSOAS
E CONHECIMENTO
Prof. ME. ANA LÍVIA CAZANE
004 Aula 01: Organizações e Estrutura
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Introdução
Caro aluno, começo esta disciplina com um desa o! Olhe ao seu lado e tente identi car
algo que não tenha vindo de uma Organização. Quando digo Organização, não
necessariamente estou citando uma empresa com ns lucrativos, mas algo que foi
produzido por um conjunto de pessoas.
Difícil, não é? As Organizações hoje moldam a forma como vemos o mundo, elas estão
presentes em nossas mãos, em nossos celulares, tablets e computadores. Elas fornecem
cuidados de saúde e possibilitam nossa educação. Estão presentes também em nossos
alimentos e vestuários.
Dentro desse contexto nós temos alguns fatores que se destacam como tendências
dentro das organizações. Por exemplo, atualmente a informação é um dos principais
recursos estratégicos para as empresas e precisa ser bem gerido.
Assim, este projeto está estruturado em quatro partes principais para te auxiliar a
compreender esse tema tão importante. A primeira parte aborda o tema “Organização”
sob a perspectiva da Estrutura Organizacional, analisando a importância das
organizações e a forma como elas se organizam. Na sequência estudaremos “As
Empresas, o Mercado Competitivo e as Pessoas”, em que vamos entender como as
pessoas se comportam diante de um cenário global de competição. Na aula 3, o foco
principal será a Informação, e encerraremos o projeto falando sobre Conhecimento.
Bons Estudos!
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01
Organizações
e Estrutura
Introdução
Prezado aluno, o mundo que conhecemos tem mudado dia após dia numa velocidade
acelerada. Um dos motivos dessas mudanças é a tecnologia, cada vez mais presente
em todos os locais.
Vale ressaltar que ao longo dos últimos anos o capital intelectual, baseado no
conhecimento, sobressaiu-se ao capital nanceiro e se tornou mais importante do
que ele. Com isso, o conhecimento proporcionou novas formas e fontes de trabalho,
de comunicação, novas tecnologias e novas formas de interatividade humana.
Por isso, as pessoas possuem um papel central neste contexto. Repare que o mundo
que conhecemos hoje é formado por múltiplas organizações (privadas ou não)
constituídas por PESSOAS. Nos próximos tópicos, falaremos justamente sobre as
organizações e sua estrutura.
Organizações
Para compreender a informação como componente responsável por conceder
vantagem competitiva, é necessário identi car o ambiente em que ocorre esse
processo, ou seja, as organizações.
Maximiano (2009, p. 16) assinala que a administração faz parte da vida do ser
humano desde que ele começou a viver em grupo, ou seja, há cerca de 6.000 anos,
quando do surgimento das cidades.
De lá para cá, chegamos a um ponto em que tudo ao nosso redor foi fornecido por
uma Organização, todas as atividades relacionadas à produção de bens e serviços
foram planejadas, dirigidas, executadas e controladas por organizações que
dependem de pessoas.
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Fonte: elaborado pela autora.
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Fonte: elaborado pela autora.
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“5 dicas para ter uma estrutura organizacional de primeira”
Uma casa desorganizada não funciona corretamente. Isso vale como lição
administrativa para as empresas, pois se não investem em uma boa
estrutura organizacional, terão muita di culdade em controlar níveis de
demanda, em contratar funcionários no momento certo, em ter um plano de
carreira que satisfaça os colaboradores ou a escolher bons líderes.
Resumindo: a produtividade ca comprometida sem um organograma
funcional. E isso é não é uma notícia boa para empreendedores.
Estrutura Organizacional
Caro aluno, quando uma organização é fundada, é muito comum que ela tenha
poucos níveis hierárquicos com funções operacionais e estratégicas, divididas apenas
entre os proprietários da empresa e os funcionários, parceiros ou colaboradores.
Planos e metas são estabelecidos, processos desenhados, cargos criados e recursos
organizados, assim, na medida em que a empresa cresce, e os negócios vão
prosperando, o volume e a complexidade do trabalho vão crescendo, o que traz a
necessidade de repensar a estrutura organizacional.
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Podemos conceituar ESTRUTURA ORGANIZACIONAL como a forma pela qual as
atividades e recursos de uma organização são divididas, organizadas e coordenadas
(STONER, 1992). Nas teorias administrativas, a estrutura organizacional teve destaque
na Teoria Neoclássica, que teve Peter Druker como um de seus precursores.
Departamentalização e Organogramas
Departamentalização é uma forma de dividir (fracionar) a estrutura organizacional
para melhor execução dos objetivos organizacionais, agrupando as atividades que
possuem a mesma linha de ação, por exemplo, diretorias, departamentos,
coordenações, seções. Dessa forma, aumentam-se a e ciência e o controle, ao
mesmo tempo em que a autoridade e as responsabilidades são descentralizadas.
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Ainda segundo este autor:
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poderia ser constituída pelas secções de criação, modelagem, desenho, corte,
costura, acabamento, embalagem, estoque de produto acabado e distribuição.
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Fonte: Carreira, 2009, p. 260.
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fábricas na Região Norte, Nordeste, Sudeste e Sul do País e também na
Argentina.
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Fonte: Carreira, 2009, p. 261.
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Estrutura Organizacional e
Gestão do Conhecimento
Neste projeto, vamos relacionar sempre as organizações com as pessoas e o
conhecimento. Nesse contexto, percebemos que a relação que existe entre a
estrutura organizacional e o processo de gestão do conhecimento é que as estruturas
hierárquicas podem favorecer ou di cultar a transferência de conhecimento.
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02
As Empresas, o
Mercado Competitivo
e as Pessoas
Introdução
Com o passar dos anos, as organizações se estruturaram, cresceram e criaram
relacionamentos complexos de estratégia e competitividade. Se observarmos com
atenção, perceberemos que a globalização mudou totalmente a relação que nós,
seres humanos, temos com as organizações, seja enquanto clientes/usuários ou como
colaboradores/funcionários.
Hoje a competição não é mais entre lojas do mesmo bairro. Nós, consumidores,
desejamos preço justo, entrega rápida, qualidade e responsabilidade socioambiental.
Ao mesmo tempo, o comércio local passou a competir em nível mundial com outras
empresas, já que, em apenas um clique, os consumidores podem adquirir produtos
do outro lado do mundo. Essa competição acirrada faz com que as empresas
busquem cada vez mais obter vantagens competitivas sobre seus concorrentes.
De acordo com Ireland, Hoskinsson e Hitt (2015), uma empresa tem vantagem
competitiva quando implementa uma estratégia que os concorrentes não conseguem
copiar ou acham custosa demais para imitar. Uma organização só pode ter certeza de
que sua estratégia resultou em uma ou mais vantagens competitivas úteis quando os
esforços dos concorrentes para copiá-la pararam ou fracassaram. Além disso, as
instituições devem entender que nenhuma vantagem competitiva é permanente. A
velocidade com que os concorrentes conseguem adquirir as habilidades necessárias
para duplicar os benefícios de uma estratégia de criação de valor de uma empresa
determina quanto tempo uma vantagem competitiva irá durar. Ademais, para que as
empresas se tornem competitivas, é necessário que as pessoas apresentem elevados
níveis de produtividade.
Aluno, neste momento eu peço que pare a leitura e pense sobre algumas
consequências de tudo isso que comentamos até aqui. Falamos sobre organizações,
sua estrutura, sua complexidade, e acrescentamos nesse contexto palavras como
mudança e competitividade. Imagine o impacto de tudo isso na vida das pessoas.
Esse cenário traz para as pessoas insegurança. Muitas não conseguem acompanhar a
dinâmica dos acontecimentos que impactam seu cotidiano e não conseguem avaliar
sua condição de manutenção do emprego ou de sua capacidade para recolocação no
mercado.
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As pessoas mais produtivas são as que mais se identi cam com a cultura da empresa
e com seus objetivos; são as que “vestem a camisa”. Desse modo, a organização
precisa desenvolver estratégias para atrair e manter talentos com essas
características. Assim, dois fatores se tornam essenciais: a liderança e a
comunicação. Uma liderança consistente e coerente é fundamental para construir
segurança; além disso, uma comunicação clara e objetiva com as pessoas por parte
da organização contribui para maior segurança (DUTRA, DUTRA e DUTRA, 2017). Nos
próximos tópicos explicarei um pouco mais sobre esses fatores.
As pessoas e o trabalho
Continuando nossa linha de raciocínio, todos os aspectos do trabalho estão mudando
e isto inclui “onde, quando e porque” as pessoas trabalham.
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Fonte: Freepik
A globalização faz parte de nossa realidade. Para Dutra, Dutra e Dutra (2017), o
fenômeno teve início nos anos 1970, com foco maior no mercado nanceiro, e nos
anos 1990, avança para impactar as relações sociais. A partir dos anos 2000, com a
consolidação da Internet, passamos a viver em um mundo com maior velocidade de
informação e dados. Esse fenômeno ocorre em função de uma tecnologia que cria
facilidade de comunicação a um custo menor.
Esse novo mundo global passa a exigir dos gerentes muito mais agilidade e cultura
em termos globais. Além de entender de taxas de câmbio, é necessário ter a
capacidade de elaborar e checar estratégias globais. Também é primordial
compreender o movimento tecnológico transfronteira, possuir sagacidade política em
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países diferentes e estar cientes das questões do comércio global e motivações
subjacentes a clientes de todo o planeta. Com a globalização, os gerentes precisam
dispor não apenas de habilidades interpessoais, mas também interculturais (GIL,
2019).
Fonte: Freepik.
O líder, por esses motivos, é gura principal nas empresas pois conduzem as equipes
com mais segurança e alta performance em um ambiente altamente competitivo.
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Fonte: Freepik.
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Fonte: Freepik.
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Com o advento das TIs, o computador passou a ser o responsável por manipular a
informação, tornando-se a abordagem mais popular. A informação estruturada em
computadores busca solucionar problemas enfrentados pelas abordagens anteriores,
por meio da estruturação de sistemas computacionais, cuja nalidade é armazenar
dados (DAVENPORT; PRUSAK, 1998a). O sucesso quanto aos processos de
identi cação da necessidade, aquisição, armazenamento, tratamento, organização,
disseminação e uso efetivo da informação, são relacionados a modelos, ferramentas
de gestão e tecnologias, que são utilizadas para a realização das atividades
organizacionais (JORGE, 2013).
Fonte: Freepik.
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Assim, cabe à empresa implantar um sistema de gestão colaborativa para aproveitar
toda a gama de talentos de seu pessoal, o que requer uma abordagem transformativa
em sua cultura, processos e tecnologia, de nida por um rme compromisso de cima
para baixo (RICCI; WIESE, 2012).
Isso ca claro ao passo que entendemos que as organizações e pessoas que quiserem
prosperar deverão compreender esse ritmo de mudança. Sua capacidade de
aprendizagem deverá ser contínua, para serem competitivas.
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Nesse contexto, o conhecimento passa a ser visto como um importante recurso
estratégico para as empresas. A geração, armazenamento, disseminação,
compartilhamento e gestão do conhecimento tornam-se, portanto, um novo desa o a
ser enfrentado pelas empresas. Daí a disseminação de termos como “capital
intelectual”, “capacidade inovadora” e “inteligência empresarial”. As organizações são
desa adas a promover a gestão do conhecimento, o que não constitui tarefa simples,
visto que este se encontra não apenas em arquivos, mas também em processos e
principalmente na mente das pessoas (GIL, 2019).
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03
Informação
Introdução
A informação é um componente essencial em todos os processos de uma
organização. Atualmente, a informação é um recurso estratégico para as empresas e
precisa ser bem gerido (WURMAN, 1989). Por sua vez, a gestão da informação ocorre
sob as mais variadas nalidades organizacionais, requisitando métodos diferentes e
combinados, para analisar e solucionar problemas em setores distintos do negócio.
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As organizações, ao realizarem seus processos, interagem de forma plena com
informações e conhecimentos, sendo possível a rmar que esses elementos estão
inseridos em todos os processos, ora de forma direta, ora de forma indireta (JORGE,
2013). Podemos complementar esse raciocínio citando Choo (2003), para quem “a
informação é um componente intrínseco de quase tudo o que uma organização faz”.
Os gestores precisam compreender a importância desses elementos para as
organizações.
Assim, portanto, todas as ações corporativas são estruturadas com base em dados
gerados constantemente que, por sua vez, podem ser transformados em
informações, que servem como instrumento para a geração de conhecimento.
Independentemente do produto ou serviço, ou da quantidade de colaboradores,
todas as empresas geram dados, informação e conhecimento. Os dados e a
informação, portanto, são elementos que constituem a gestão da informação, que é
essencial em ambientes empresariais. Por outro lado, a gestão da informação
depende das pessoas no que tange à geração, compartilhamento e uso de dados,
informação e conhecimento (LOPES e VALENTIM, 2008).
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Dado, Informação e
Conhecimento
Podemos de nir dados como simples observações sobre o estado do mundo, ou seja,
são registrados com o auxílio de algum suporte; na maioria das vezes, com o auxílio
de tecnologias. Por outro lado, informação é de nida como dotada de relevância e
propósito; ou seja, pode-se a rmar que são os dados compreendidos e
contextualizados por um indivíduo. E, por m, conhecimento pode ser de nido como
algo que reside na mente humana, construído na relação do indivíduo com o mundo
(DAVENPORT e PRUSAK (1998).
Informações valiosas
Simples registros de
Dados dotados de da mente humana.
observações sobre o
relevância e propósitos. Inclui re exão, síntese,
estado do mundo.
contexto.
Neste sentido, Ponjuán Dante (2004) destaca que a informação depende de dados
que, podem se transformar em informação ao receberem signi cado, a partir de
distintos processos de agregação de valor e de um determinado contexto. Validando
essa ideia, Almeida Júnior (2008) conceitua ‘informação’ como algo subjetivo,
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intangível e dependente do usuário. Portanto, destaca-se a importância do sujeito no
processo de transformação de dados em informação e da informação em
conhecimento (JORGE, 2013).
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Fonte: Jorge, 2013.
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Uso da informação para dar sentido às mudanças do ambiente externo (criação
de signi cado);
Uso estratégico da informação (construção de conhecimento) e
A informação como subsídio para a tomada de decisão.
Principais
Modo Ideia central Resultados
conceitos
Organização
interpretativa: Ambientes
Mudança ambiental à interpretados e
Interpretação,
Criação Dar sentido aos dados interpretações
seleção,
de signi cado ambíguos por meio de partilhadas
retenção.
interpretações. A para dar
informação é signi cado.
interpretada.
Organização aprendiz:
Conhecimento
Conhecimento
existente à Criar novos Novos
tácito.
Construção conhecimentos por conhecimentos
Conhecimento
do meio da conversão e da explícitos e
explícito.
conhecimento partilha dos tácitos para a
Conversão do
conhecimentos. A inovação.
conhecimento.
informação é
convertida.
Organização racional:
Decisões levam Racionalidade
Problema à Buscar
a um limitada.
selecionar alternativas
Tomada comportamento Premissas
de acordo com os
de decisões racional e decisórias.
objetivos e
orientado para Regras e
preferências. A
os objetivos. rotinas.
informação é analisada.
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Observa-se que os três modos destacados por Choo (2003) estão inter-relacionados e
que existe certa dependência entre eles. No primeiro modo, quanto ao uso da
informação para dar sentido às mudanças do ambiente externo, cria-se signi cado
em relação ao contexto organizacional, auxiliando assim os processos de mudança.
Destaca-se a dinamicidade que as organizações necessitam ter no ambiente incerto
em que estão inseridas, assim, precisam garantir suprimentos, recursos e energia de
maneira con ável que, por sua vez, possibilitam à organização se adaptar de maneira
rápida e precisa aos movimentos do mercado; ressalta-se que esse processo só é
possível com o uso de informações (JORGE, 2013).
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04
Conhecimento
Introdução
O conhecimento tornou-se o principal ingrediente da nova ordem econômica que se
instaura na transição do século XX para o século XXI, quando a riqueza passou a ser
gerada mais pela aplicação do conhecimento do que pelo capital ou pelo trabalho.
Assim, as maiores oportunidades de crescimento são encontradas mediante a
transformação de organizações em negócios ligados ao conhecimento (GIL, 2019). É
como a rmam os autores Takeuchi e Nonaka (2008): “Em uma economia onde a única
certeza é a incerteza, a fonte certa de vantagem competitiva duradoura é o
conhecimento.”
Conhecimento tácito e
explícito
O conhecimento é formado por dois componentes que aparentemente são opostos,
chamados de conhecimento tácito e conhecimento explícito. É possível que as
organizações criem novos conhecimentos por meio da transformação do
conhecimento tácito em conhecimento explícito e vice-versa.
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Por outro lado, de acordo com os mesmos autores, o conhecimento tácito não é
facilmente visível e explicável, pelo contrário, é altamente pessoal e difícil de
formalizar, o que di culta sua comunicação e compartilhamento. Assim, o
conhecimento tácito está profundamente ligado à experiência do indivíduo, assim
como nos ideais, valores ou emoções que ele incorpora. Aprofundando um pouco
mais o assunto, existem duas dimensões para o conhecimento tácito:
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Síntese de Tácito e Explícito
por Nonaka e Takeuchi
Os autores Takeuchi e Nonaka (2008) identi caram quatro modos de conversão de
conhecimento:
Este ciclo, que se tornou conhecido na literatura como modelo SECI, espiral SECI ou
processo SECI, descreve como os conhecimentos tácito e explícito são ampli cados
em termos de qualidade e quantidade, assim como do indivíduo para o grupo e,
então, para o nível organizacional. A criação do conhecimento inicia com a
socialização e passa através de quatro modos de conversão do conhecimento.
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Cada modo do processo SECI envolve uma combinação diferente das entidades de
criação do conhecimento, como mostrado abaixo:
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Conhecimento na prática
Caro aluno, com a aproximação do nal das do nosso livro, precisamos retomar
alguns pontos. Quando os mercados se transformam, as tecnologias proliferam, os
competidores multiplicam-se e os produtos tornam-se obsoletos quase do dia para a
noite, as empresas bem-sucedidas são as que criam consistentemente novos
conhecimentos, disseminam-no amplamente pela organização e o incorporam
rapidamente em novas tecnologias e produtos. Essas atividades de nem a empresa
“criadora de conhecimento”, cujo negócio principal é a inovação constante.
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Conclusão
Prezado aluno, nesta disciplina abordamos assuntos importantes para pro ssionais que
pretendem atuar de forma signi cativa no mercado, são tópicos que com certeza não
esgotam o assunto, mas espero que você utilize essas informações para despertar uma
re exão a respeito de Organizações, Informação e Conhecimento, sempre se lembrando
do papel das pessoas nesse cenário.
Assim, para que tudo isso funcione, é necessário compreender e alinhar a cultura da
organização, pois esse fator interfere diretamente no comportamento dos colaboradores
e no clima favorável à construção de conhecimento.
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Material Complementar
Livro
Gestão do Conhecimento
Hirotaka Takeuchi e Ikujiro Nonaka
Sinopse: vivemos hoje na sociedade do conhecimento, sociedade
essa que não usa máquinas, linhas de montagens ou robôs como
“meios de produção”. Seus meios de produção estão na cabeça e
nas mãos das pessoas que nela trabalham. Escrito por Takeuchi &
Nonaka, reconhecidos professores da Universidade de
Hitotsubashi, este livro é uma corajosa tentativa de repensar a
gestão a partir da perspectiva do conhecimento. Como devemos
pensar sobre estratégia, organização, branding, competição
global ou TI do ponto de vista do conhecimento? Leia para ter
novas visões.
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Referências
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como rotinas de trabalho e a estrutura organizacional da empresa - 2ª ed., 2009 [Minha
Biblioteca].
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informação para criar signi cado, construir conhecimento e tomar decisões. São
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<http://hdl.handle.net/11449/93635>.
LOPES, E. C.; VALENTIM, Marta Lígia Pomim. Mediação da informação no âmbito do
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Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/114790>.
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