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Sistemas de

Informações Gerenciais
Autor: Prof. Everton R. Leal
Colaboradores: Prof. Gustavo A. Nascimento
Profa. Christiane Mazur Doi
Professor conteudista: Everton R. Leal

Tem graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), concluída em 1999,
e em Pedagogia pela Faculdade Paulista São José, concluída em 2020. Pós-graduado em Docência no Ensino Superior
pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), concluído em 2011. Pós-graduado (MBA) em Comércio Exterior pela
mesma universidade, concluído em 2019. Pós-graduado em Metodologia do Ensino a Distância pela Universidade
Anhanguera, (Uniderp), concluído em 2014. Mestrado em Hospitalidade na Universidade Anhembi Morumbi (UAM),
concluído em 2022. Atualmente, é professor da Universidade Paulista. Ministra aulas em cursos profissionalizantes do
Sebrae, Senai e Senac.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

L435s Leal, Everton R.

Sistemas de Informações Gerenciais / Everton R. Leal. – São


Paulo: Editora Sol, 2022.

92 p., il.

Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e


Pesquisas da UNIP, Série Didática, ISSN 1517-9230.

1. SIG. 2. Sistema. 3. Implantação. I. Título.

CDU 658.011.56

U515.29 – 22

© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem
permissão escrita da Universidade Paulista.
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Reitor

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Vice-Reitor de Extensão

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Vice-Reitor de Planejamento e Finanças

Profa. Melânia Dalla Torre


Vice-Reitora de Unidades do Interior

Unip Interativa

Profa. Elisabete Brihy


Prof. Marcelo Vannini
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli

Material Didático

Comissão editorial:
Profa. Dra. Christiane Mazur Doi
Profa. Dra. Angélica L. Carlini
Profa. Dra. Ronilda Ribeiro

Apoio:
Profa. Cláudia Regina Baptista
Profa. Deise Alcantara Carreiro

Projeto gráfico:
Prof. Alexandre Ponzetto

Revisão:
Aline Ricciardi
Vera Saad
Sumário
Sistemas de Informações Gerenciais

APRESENTAÇÃO.......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO............................................................................................................................................................7

Unidade I
1 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS............................................................................................ 13
2 CONCEITO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS............................................................... 13
3 IMPORTÂNCIA, FINALIDADE E CONTRIBUIÇÃO DOS SIGS............................................................... 14
3.1 Melhoria na produtividade e redução de custos de operação........................................... 15
3.2 Aumento de interação entre gestores.......................................................................................... 16
3.3 Proatividade, melhoria de projeções............................................................................................. 17
3.4 Alinhamento das estratégias de negócios.................................................................................. 18
3.5 Sistemas abertos e sistemas fechados.......................................................................................... 19
4 ERA 4.0 E A GESTÃO DE CONHECIMENTO.............................................................................................. 19
4.1 Entendendo a Era 4.0 relacionada aos SIGs............................................................................... 23
4.2 Gestão do conhecimento: conceito e benefícios..................................................................... 29
4.3 Vantagem competitiva, gestão do conhecimento e SIGs..................................................... 31

Unidade II
5 IMPLANTAÇÃO DE UM SIG........................................................................................................................... 39
5.1 Colher, processar, armazenar e disseminar informações...................................................... 41
5.2 Quais informações devem ser prestadas e acessadas: verificação do valor das
informações.................................................................................................................................................... 44
5.3 Adaptação dos sistemas às necessidades da organização................................................... 46
5.4 Desempenho dos gerentes na condução dos subordinados............................................... 48
5.5 Criação de ativos de conhecimento.............................................................................................. 50
6 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS............................................................................................ 52
6.1 Gestão do relacionamento dos clientes (CRM)......................................................................... 59
6.2 Sistema integrado de gestão – SGI................................................................................................ 63
6.3 Descoberta do conhecimento – KDD............................................................................................ 67
6.4 Processo decisório e tecnologias aplicadas................................................................................ 70
6.5 Gerenciamento eletrônico de documentos (GED)................................................................... 74
7 SUPPLY CHAIN MANAGEMENT E TECHNOLOGIES APPLICATES..................................................... 76
8 OUTROS SISTEMAS: BUSINESS INTELLIGENCE, DATA WAREHOUSE, DATA MART, ETL......... 79
APRESENTAÇÃO

As grandes transformações que acontecem hoje no mundo exigem das organizações uma gestão
estratégica eficiente facilmente encontrada na utilização de recursos inteligentes identificados nas
diversas tecnologias presentes em grandes sistemas de informação. A tecnologia de informação oferece
recursos tecnológicos e computacionais para a geração de informações, tornando os sistemas de
informação cada vez mais sofisticados, propondo mudanças nos processos, na estrutura e na estratégia
de negócios.

Os sistemas de informações gerenciais (SIGs) são processos que fornecem as informações


necessárias para gerenciar com eficácia as organizações. Assim, pode-se entender que esses sistemas
geram produtos de informação que acabam apoiando muitas necessidades na tomada de decisão
administrativa, tornando-se, portanto, resultados das interações entre um grande misto de tecnologias,
seres humanos e alguns procedimentos, o que ajuda as organizações a atingirem suas metas e seus
principais objetivos.

Todos os SIGs podem e devem, nesse contexto, incluir alguns softwares que auxiliem na tomada de
decisão, além de proporcionar alguns recursos de dados, como banco de dados, os próprios hardwares
de um sistema de recursos, sistemas de apoio à decisão, sistemas especialistas, sistemas de informação
executiva, gestão de pessoas, gestão de projetos e todos os processos informatizados que permitam à
empresa funcionar eficientemente. É um sistema que disponibiliza a informação certa, para a pessoa
certa, no lugar certo, na hora certa, da forma correta e com o custo certo.

A aplicação desta disciplina se dá em ambientes de constante mutação, evolução e modernidade que


causam atitudes positivas e de muita concentração por envolverem sempre boa parte de sistemas reintegrados
espalhados por quase toda a empresa e o pelo mundo corporativo. A preparação do profissional deve ser
bastante intensa e requer estudo, debate e troca de aprendizados.

INTRODUÇÃO

A disciplina apresenta conceitos importantes dos SIGs e seus níveis de abrangência. Procura relacioná‑los
com uma nova era de informações, a Era 4.0, e com a gestão de conhecimentos. Por fim, aborda dados
e conhecimentos ligados com a interpretação dos SIGs e os relaciona com a hierarquia das pessoas
nas empresas.

Na unidade I, você encontrará o conceito de SIGs relacionado a sua importância e finalidade.


Falaremos ainda de assuntos básicos, pertinentes ao desenvolvimento da matéria e fundamentais para
sua compreensão, como a redução de custos, melhoria na produtividade e redução de custos de operação,
aumento de interação entre gestores, melhora no fluxo de informações e proatividade e melhoria de
projeções. Por fim, veremos o alinhamento das estratégias de negócios e os níveis de abrangência dos SIGs:
estratégico, tático e operacional.

Continua-se abordando tudo o que engloba a consciência da modernidade e o desenvolvimento


tecnológico em que estão mergulhados os SIGs. Veremos, além dos conceitos da Era 4.0 e da gestão de
7
conhecimento, a relação dessa Era com os SIGs. Por fim, falaremos em vantagem competitiva baseada
em gestão do conhecimento e SIGs.

Na unidade II, estudaremos passo a passo a implantação de um SIG, assim como colher, processar,
armazenar e disseminar informações, as informações necessárias, a verificação do valor das informações,
quais informações devem ser prestadas e acessadas e a adaptação dos sistemas às necessidades da
organização. Por fim, veremos o desempenho dos gerentes na condução dos subordinados e a criação
de ativos de conhecimento.

Abordaremos conceitos relacionados aos próprios SIGs, como a gestão do relacionamento com
clientes, chamada também de CRM; o sistema integrado de gestão, mundialmente conhecido como
ERP; a descoberta do conhecimento, ou KDD.

Também nessa unidade estudaremos o processo decisório e tecnologias aplicadas: DSS, EIS,
OLAP, Data Mining; o gerenciamento eletrônico de documentos, workgroup, workflow, groupware,
Knowledge Management; Supply Chain Management e tecnologias aplicadas: EDI, Web EDI, EBusiness,
Business Intelligence, Data Warehouse, Data Mart, ETL.

Este livro‑texto não esgota o assunto, muito pelo contrário, ele é apenas o ponto de partida para um
tema de extrema importância para o mundo dos negócios. As ideias aqui apresentadas têm por objetivo
que você tome conhecimento de reflexões inovadoras, discussões e análises em seu desenvolvimento
geral. O aluno precisa compreender coisas básicas e conceitos que promoverão maior conhecimento
sobre as técnicas já utilizadas no mercado de sistemas gerenciais para, assim, garantir a eficácia que a
sua compreensão é capaz de proporcionar aos profissionais da mesma área.

Tais sistemas ou processos fornecem as informações necessárias para gerenciar com toda a eficácia
que as organizações são capazes de, no mundo moderno, oferecer aos profissionais e às empresas que
as utilizam um aglomerado de informações importantes e muito mais disponíveis como se ainda
precisássemos “garimpar” informações coorporativas.

Um SIG gera produtos de informação que apoiam muitas necessidades de tomada de decisão
administrativa e é o resultado da interação colaborativa entre os SIGs. É um método que torna disponível
para as pessoas, tecnologias e procedimentos, que ajudam uma organização a atingir as suas metas.

Em um mundo capitalista, onde o lucro é fundamental, isso faz toda a diferença e ajuda as empresas
na sua estabilidade financeira.

Assim, um sistema consiste no ganho de tempo quanto à verificação geral dos problemas da
organização e na maneira em que o profissional e a empresa recebem o retorno da informação sobre o
que está ocorrendo.

Como objetivo principal da matéria, o SIG auxilia nas funções de planejamento, controle e organização
de uma empresa, fornecendo-lhe informações seguras, entendimento dos principais conceitos e
instrumentos relacionados aos SIGs, gestão do conhecimento e da área de recursos humanos.
8
Apoiados nos objetivos específicos, a disciplina se propõe a conhecer a importância dos SIGs no
contexto atual das organizações, relacionando-os à gestão do conhecimento e à competitividade
organizacional, fornecer visão sistêmica dos SIG e, por fim, conhecer os principais SIGs.

Como principal competência, é construída uma visão elaborada com base em situações do dia a dia
do profissional, na atuação dos gestores de recursos humanos de maneira integrada às demais áreas, na
identificação de dados a serem inseridos e inter-relacionados nos sistemas, interpretação e análise de
dados para atuação no planejamento estratégico e em tempo hábil para a tomada de decisão.

Com base no exposto, encontramos elementos fundamentais para que o estudo dos SIGs se torne
um instrumento eficaz com vistas à conquista de resultados por meio de uma linha de raciocínio
consistente, capaz de transformar uma circunstância dada e promover o seu desenvolvimento enquanto
aluno e profissional da área.

Esperamos que você goste do assunto e desejamos bons estudos!

9
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS

Unidade I
O campo de conhecimento que abrange os conceitos que demonstram a importância dos chamados
sistemas de informações gerenciais (SIGs) vivencia profundas e bem-sucedidas discussões que se desenvolveram
intensamente ao longo das últimas décadas. É certo que ao analisarmos sua evolução como ferramenta para
o desenvolvimento tecnológico e estrutural de uma empresa, vamos nos deparar com inúmeras opiniões
de competentes gestores que fizeram desses sistemas e ferramentas a verdadeira razão do sucesso de
suas empresas.

Ao mesmo tempo que se observa essa expansão e todo esse desenvolvimento tecnológico, ainda
hoje, no Brasil e em grande parte do mundo, esbarra-se com uma maioria de executivos e gestores
que teima em não acompanhar os modernos recursos tecnológicos oferecidos pela rede de sistemas de
informação gerenciais.

É importante ressaltar que a sua aplicação não está restrita às organizações, pois, de fato, hoje, para tudo
que fazemos e com o que nos deparamos, de alguma forma, precisamos aplicar conhecimentos inovadores.
Assim a área estudada aqui está presente em todos os aspectos de nossas vidas; contudo, nesta disciplina, na
maior parte de seu desenvolvimento, focaremos o mundo organizacional.

Esta disciplina tem o objetivo de trazer o aluno para o mundo diferenciado e inovador dos sistemas de
gerenciamento e discutir conceitos que levem os futuros profissionais a pensarem em necessidades cada vez
mais pontuais e crescentes, pois elas acabam por esbarrar em sua utilização na execução de processos dentro
de uma organização por se mostrarem facilitadoras de uma melhor administração.

Saiba mais

O autor e professor Gilmar Jorge Wakulicz tem um artigo muito didático


e incrivelmente esclarecedor de 2016 sobre os conceitos de sistemas de
informação organizacional. O professor fala de conceitos e situações
bastante práticas do dia a dia sobre um melhor desempenho profissional e
sobre ferramentas que possam ajudar a todos:

WAKULICZ, G. J. Sistemas de informações gerenciais. Santa Maria:


Universidade Federal de Santa Maria; Colégio Politécnico; Rede e-TEC,
2016. Disponível em: https://bit.ly/3wauwNP. Acesso em: 6 abr. 2022.

11
Unidade I

É notório que todos os indivíduos usam informações no dia a dia tanto na


vida pessoal quanto profissional. Muitas vezes, não nos damos conta que é
necessário administrar essas informações para maximizar a sua utilidade,
pois, ao sermos bombardeados diariamente com novas informações, não
é incomum termos dificuldade em filtrá-las e retê-las para uso posterior
(WAKULICZ, 2016, p. 9).

Para utilizarmos melhor esse conhecimento, podemos usar algum sistema de informação como algo
bastante comum: um caderno de anotações, uma agenda, uma lista de endereços ou um sistema simples
baseado em computador etc. Porém percebe-se que, muitas vezes, o grau de importância das informações é
bastante elevado, principalmente, quando nos referimos ao nível organizacional. No processo de classificá-las
e interpretá-las, sempre existirá um maior rigor.

Nesse caso, temos que recorrer a sistemas de informação mais complexos, formais e geralmente
computadorizados, que coletam, organizam, recuperam e comunicam a informação. Assim, sabemos que
o desenvolvimento de novas tecnologias da informação tem provocado grande impacto na sociedade em
que vivemos.
Atualmente, podemos afirmar que as novas tecnologias da informação estão presentes em todos os tipos de
empreendimentos, independentemente de seu tamanho, e que, sem elas, é quase impossível administrar uma
empresa de maneira competitiva no mercado. Portanto, no mundo dos negócios, a informação constitui‑se
num elemento essencial e indispensável para a sua existência (WAKULICZ, 2016).
Essas conclusões deixam muito claro aquilo que realmente é um SIG e para que ele serve. No mais,
basta tentarmos adaptar conceitos às atividades realizadas.

Saiba mais

Fruto dos avanços tecnológicos ocorridos nas últimas décadas, a era


da informação mudou definitivamente a maneira como as pessoas vivem
e trabalham. Nesse contexto, conceitos como informação e gestão têm
se tornado cada vez mais indissociáveis nas empresas modernas. Voltado
para as áreas de administração e de tecnologia da informação, o livro a
seguir aprofunda os chamados sistemas de informações gerenciais (SIGs),
que reúnem dois importantes campos do conhecimento: a tecnologia e a
gestão. A intenção do autor é discorrer sobre a importância das informações
no contexto organizacional.

ELEUTERIO, M. A. M. Sistemas de informações gerenciais na atualidade.


Curitiba: InterSaberes, 2015.

12
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS

Mas o que é sistema de informação gerencial (SIG)? Como se trata de um conceito multidisciplinar
que engloba diversas áreas de estudos que contribuem para o desenvolvimento de seus constructos,
podemos citar diferentes aspectos e filtros sobre o tema.

Principalmente com a evolução da internet, as empresas estão cada vez mais se conectando
pela internet, intranet, externet e outras redes de telecomunicações a fim de auxiliar nas operações
comerciais e na colaboração dentro da empresa, com os clientes, fornecedores e outros parceiros comerciais.
Nesse sentido, a quantidade e a qualidade das informações são fatores preponderantes e devem ser
considerados quando da adoção de um sistema de informação. A utilização de sistemas de informações
nas empresas tem sido cada vez mais crescente. Esses sistemas são cada vez mais ousados e podem
fazer ações inimagináveis no contexto do desenvolvimento coorporativo e, consequentemente, humano
(CHIAVENATO, 2000).

1 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS

Inicialmente, é preciso entender a complexidade e a importância hoje em dia, para as empresas e


para seu desenvolvimento, de pessoas dotadas de princípios e sabedoria, que saibam lidar com sistemas
complexos e de diferentes tipos e capacidades. Cada vez mais, nesse ambiente, é necessário exigir pontos
que facilitem o conhecimento de profissionais com habilidades e que consigam interagir facilmente
com toda essa evolução e modificação (CHIAVENATO, 2000).

Um sistema de informação é estabelecido por cinco componentes: recursos de software, de hardware,


de rede, de dados e humanos. Cada um desses recursos possui suas especificidades e importância no
desenvolvimento de um sistema de informação eficiente. A utilização de sistemas de informações nas
empresas tem sido cada vez mais crescente e detalhista, exigindo uma gama variada do entendimento
desses sistemas (ELEUTERIO, 2015).

Observa-se essa grande eficiência quando a empresa implanta um sistema de informação. Ela
contribui com todos os setores que recebem informações através de um banco de dados no qual elas
ficam armazenadas e são processadas e geradas assim que necessário, sendo o foco principal de um SIG
a eficiência operacional em auxiliar todos os departamentos da organização.

2 CONCEITO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS

Existem várias definições para o conceito de SIG, umas mais complexas, voltadas para especialistas
e estudiosos; e outras mais simples, que demostram a real dimensão do conceito e ajudam na aplicação
dele no dia-a-dia de profissionais que precisam saber e utilizar algum sistema de informação.

Os SIGs são métodos que facilitam a administração das empresas em relação às muitas informações
importantes que existem para todo o processo de tomada de decisão e ainda proporcionam um maior
suporte para que as funções de planejamento, controle e operação das organizações consigam realizar‑se
com maestria, fornecendo informações sobre o passado, o presente e o futuro projetado sobre os efeitos
relevantes dentro e fora da organização (BALTZAN; PHILLIPS, 2012).

13
Unidade I

Já para Wakulicz (2016), o SIG tem a finalidade de ajudar uma organização a atingir suas metas, fornecendo
aos administradores uma visão das operações regulares da empresa de modo que se possa organizar, controlar,
planejar de forma mais eficaz e eficiente.

Um SIG vai sempre fortalecer e enriquecer um plano de atuação das empresas, trazendo e gerando
informações rápidas, úteis, seguras e atualizadas e, assim, garantindo uma estruturação de gestão
diferenciada. Por último, proporcionará uma melhora significativa na evolução do desempenho
profissional dos gestores e tomada de decisões com maior índice de acertos (ELEUTERIO, 2015).

Observação

Todos os autores cujo conteúdo abordamos nesse material a fim de


trazer os conceitos pertinentes ao SIG fortalecem e contemplam a ideia
de que tal sistema é muito mais que um complemento na administração de
uma empresa. Fica evidente a necessidade de cada vez mais entendermos
e nos adaptarmos a uma nova realidade voltada para a utilização de SIGs.

3 IMPORTÂNCIA, FINALIDADE E CONTRIBUIÇÃO DOS SIGS

Os SIGs são de extrema importância dentro de uma empresa. Existem tecnologias que disponibilizam
meios necessários para o crescimento e desenvolvimento das empresas. As SIGs contribuem cada vez mais
com agilidade, competência, eficiência e eficácia dos sistemas e operações numa empresa.

A informação dentro da empresa auxilia no apoio às decisões através dos sistemas informativos que a
organização possui, focalizando a transmissão e a recepção dessas informações para serem processadas com
eficiência na tomada de decisão. Com base nesse conceito, Oliveira (2008, p. 32) afirma que

[...] o processo de administração nas empresas utiliza a informação como


apoio às decisões, através de sistemas informativos que observam requisitos
quanto a transmissores e receptores de informações, canais de transmissão,
conteúdo das informações, periodicidade das comunicações, bem como
processos de conversão das informações em decisões junto a cada um dos
centros de responsabilidades – unidades organizacionais – da empresa.

Tem-se, nesse conceito, que o SIG ajuda no tripé básico de segurança da empresa.

O SIG, então, proporciona e auxilia aos executivos das empresas uma


maior assertividade em suas ações trazendo um consolidamento do tripé
básico de sustentação da empresa: qualidade, produtividade e participação
(OLIVEIRA, 2008, p. 32).

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SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS

Lembrete

Oliveira deixa bastante claro que o conceito de SIG ajuda no tripé


básico de segurança da empresa: “O SIG auxilia os executivos das empresas
a consolidar o tripé básico de sustentação da empresa: qualidade,
produtividade e participação” (OLIVEIRA, 2008, p. 32).

Esses três conceitos “afetados” pela definição de SIG são responsáveis pelo
desenvolvimento constante das empresas. Firma-se, assim, a importância
e o espaço que os SIGs conquistam cada vez mais no mundo coorporativo.

3.1 Melhoria na produtividade e redução de custos de operação

Segundo Munhoz (2017), todos os SIGs prezam por ter como principal função o direcionamento
do executivo na sua tomada de decisão. Por menor que seja a tomada de decisão numa empresa, esses
sistemas têm por base o auxílio e a reparação de atitudes que podem ser muito importantes para o
mundo corporativo.

Entre os principais benefícios apontados, podemos destacar vários sistemas específicos, que se
tornaram ao longo dos anos fundamentais para entender os aspectos de melhorias na produtividade e
na redução dos custos de operação.

Podemos destacar, assim:

• Redução dos custos operacionais.

• Relatórios precisos e rápidos com acesso a uma maior quantidade de informações.

• Melhoria setorial e global.

• Melhoria nos serviços realizados e oferecidos, otimizando a prestação de serviços ao cliente.

• Melhoria nas tomadas de decisões, estímulo de maior interação entre os tomadores de decisão.

• Fornecimento de melhores projeções dos efeitos das decisões.

• Melhoria na estrutura organizacional por facilitar o fluxo de informações.

• Melhoria na estrutura do poder, dando maior poder àqueles que entendem e controlam o sistema.

• Descentralização do grau de decisões na empresa.

• Habilidade e habilitação da empresa para enfrentar os acontecimentos não previstos.

15
Unidade I

• Melhor interação com os fornecedores.

• Melhoria nas atitudes e atividades dos funcionários na empresa, aumentando a motivação das
pessoas envolvidas.

• Redução da mão de obra burocrática e dos níveis hierárquicos.

Lembrete

Todos esses sistemas sempre vão corroborar com a redução de custos,


eficiência das operações e principalmente na melhoria da produtividade de
cada empresa (CHIAVENATO, 2000).

Em relação à produção da empresa, Oliveira (2008, p. 33) afirma que:

[...] a produtividade não deve ser abordada como um assunto de tempos


e métodos, de ergonomia ou de linhas de produção. Deve ir até o nível da
produtividade global e consolidar a filosofia de comprometimento de todos
para com os resultados parciais e globais da empresa.

Pode-se dizer que a produção não deve ser limitada ou centralizada em relação ao entendimento
das interações entre seres humanos e sistemas. Ela deve criar um compromisso da equipe de trabalho
com as metas da organização.

3.2 Aumento de interação entre gestores

Como as SIGs podem influenciar na interação entre gestores? Já vimos que podem ser bem mais
eficientes e causarem um efeito mais positivo do que o contrário. Mesmo muitas vezes sendo sistemas
bastante caros, é algo que compensa à empresa em termos de melhorias gerais.

No sentido de integração entre gestores, um dos maiores desafios dos sistemas de informações é assegurar
de forma confiável a qualidade e agilidade da informação que é imprescindível para as organizações e seus
gestores. Os SIGs conseguem diminuir as diferenças entre os diversos pensamentos existentes nas decisões
importantes dentro da empresa, e isso torna os seus gestores mais próximos e alinhados, causando algo
bastante positivo para o crescimento e desenvolvimento da empresa (BIO, 1985).

Existem três níveis de planejamento e gerenciamento dentro de uma organização, segundo estudiosos da
administração de grandes empresas.

Para Munhoz (2017), os três níveis de abrangência dos SIGs são:

• Nível estratégico: corresponde ao sistema de informações estratégicas (SIE), que considera a


interação entre as informações externas e internas da empresa e analisa os fatores e subfatores
externos, como a concorrência, a missão e os objetivos estratégicos e políticos da empresa.
16
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS

• Nível tático: corresponde ao sistema de informações táticas (SIT), que considera a interação
das informações de uma área de resultado, como finanças, produção, marketing e RH; e não da
empresa como um todo.

• Nível operacional: corresponde ao sistema de informações operacionais (SIO), que é o


detalhamento do nível tático em que há a formalização que possibilita a identificação de
atividades específicas, principalmente através de documentos escritos, das diversas informações
estabelecidas na empresa (MUNHOZ, 2017).

Estratégico SIE

SAD Tático SIG

Operacional SIT

Figura 1 – Níveis SIGs

Adaptada de: Munhoz (2017, p. 68).

Saiba mais

Leia sobre os três níveis operacionais dominantes em uma empresa


conforme a na figura anterior – pirâmide do nível estrutural e organizacional
de uma empresa. Você pode achar um vasto material falando sobre o
assunto na obra a seguir.

MUNHOZ, A. S. Visão estratégica dos sistemas de informações gerenciais


na gestão de pessoas. Curitiba: InterSaberes, 2017.

3.3 Proatividade, melhoria de projeções

Todos os SIGs apresentam um alto nível de componentes inteligentes baseados na coleta do sistema e nas
coletas humanas de quem os utiliza, o que desenvolve na equipe mecanismos de feedback e imediatamente
proporciona melhorias de projeções e proatividade de seus usuários.

17
Unidade I

Lembrete

Uma das principais funções dos SIGs é fornecer relatórios que tragam
informações sobre o funcionamento por completo das empresas. Com
essas informações produzidas, os gestores conseguem controlar e delinear
os melhores direcionamentos para a organização ser competitiva no ramo
em que atua. Os sistemas dão suporte em todas as partes das empresas,
analisando e desenvolvendo o produto e/ou serviço e podem antecipar e
prevenir o que pode ocorrer nos próximos anos (MUNHOZ, 2017).

3.4 Alinhamento das estratégias de negócios

Tais ferramentas citadas no tópico anterior, segundo Oliveira (2008), permitem aos gestores obter de
maneira dinâmica e prática as informações necessárias para embasar as decisões que norteiam as empresas,
seja em questões administrativas internas, em estratégias de vendas ou em outras áreas que necessitem de
uma gestão mais apurada de indicadores. É dessa forma que esses sistemas proporcionam todo e qualquer
benefício pelo alinhamento das estratégias de negócios (CHIAVENATO, 2000).

Com um planejamento no qual são definidos os objetivos e as estratégias a serem seguidos por todos,
podemos obter as informações que permitem proceder à função organização. Por meio dessa função,
a estrutura organizacional que viabilizará o alcance dos objetivos planejados é delineada. Os objetivos e
estratégias ajudam a definir as tarefas e responsabilidades de cada indivíduo, além de auxiliar na identificação
do sistema de autoridade e de comunicação ideal para o cenário idealizado (CHIAVENATO, 2000).

Em seguida, podemos partir para a execução do que foi planejado, conforme atribuições da função
direção. Fazendo uso das informações disponíveis, o administrador motiva e conduz os seus colaboradores
na aplicação correta dos recursos materiais, financeiros, tecnológicos, físicos e mercadológicos, conforme
o que foi planejado (CHIAVENATO, 2000).

Observação

O processo de gerência conta, ainda, com a atividade de controle,


igualmente relevante para o sucesso da organização. Seja em nível
estratégico, gerencial ou operacional, os métodos de controle servem
para avaliar desempenhos, permitindo a correção de possíveis falhas para
a organização ter condições de atingir os padrões esperados. Isso resulta
na redefinição de objetivos, no replanejamento, no empreendimento de
mudanças na organização, na melhoria do sistema de comunicação, na
motivação da mão de obra, além de outros efeitos interessantes a um setor
específico da organização ou a ela como um todo (CHIAVENATO, 2000).

18
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS

3.5 Sistemas abertos e sistemas fechados

Existem, hoje, na literatura, duas formas de classificação dos sistemas:

• Sistemas abertos: aqueles que interagem com o ambiente externo. Apresentam relação de causa e
efeito com o ambiente e são chamados normalmente de sistemas orgânicos. Nesse sentido, podemos
definir que as empresas são sistemas abertos que sofrem influência das variáveis externas, como
políticas econômicas, variáveis sociais, tecnológicas, éticas, ecológicas e de ordem legal, ou seja,
são influenciadas também pela legislação vigente e tributação. Valorizam a proação, inovação,
orientação para o mercado e flexibilidade de processo ou adhocracia (o termo adhocracia significa
uma organização flexível que se molda às dificuldades do mercado, remodelando seus processos
sistematicamente à medida que são afetadas por problemas externos).

• Sistemas fechados: aqueles que não sofrem influência do ambiente externo. São sistemas
normalmente criados pelo homem, como máquinas e motores, portanto, não sofrem com as variáveis
do ambiente. Além disso, podemos dizer que os sistemas burocráticos são sistemas fechados de
organização, pois não consideram as variáveis externas, dando ênfase apenas ao processo interno.

Os SIGs são instrumentos de excelente qualidade para o processo decisório. Porém, para
que a empresa possa usufruir as vantagens básicas dos SIGs, é necessário que alguns aspectos
sejam observados: o envolvimento da alta e média gestão, a competência por parte das pessoas
envolvidas com um SIG.

4 ERA 4.0 E A GESTÃO DE CONHECIMENTO

A gestão de conhecimento atual está essencialmente vinculada aos conceitos que permeiam a
Era 4.0, que, hoje em dia, nos aponta que é bastante errado pensar que a tecnologia já está pronta e
evoluída. Isso não pode acontecer. O ser humano, assim como suas tecnologias, vai sempre estar em
evidente progresso e desenvolvimento.

Saiba mais

Para saber mais sobre o conteúdo, não deixe de ler:

SILVA, K. C. N. Sistemas de informações gerenciais. Porto Alegre:


Sagah, 2018.

VIEIRA, R. Gestão do conhecimento: introdução e áreas afins. Rio de


Janeiro: Interciência, 2016.

19
Unidade I

Nesse sentido, pensando nessa evolução contínua, o termo “Era 4.0” funciona para mostrar e
caracterizar essa enorme modernidade de fatores que culminarão em, cada vez mais, uma enormidade
de bens de consumo (LYDON, 2016).

As tecnologias presentes hoje são big data, internet das coisas, inteligência artificial, machine
learning, entre outras. O aperfeiçoamento corriqueiro e diário das máquinas é um processo que começou
na Primeira Revolução Industrial e nunca mais parou. Esse movimento é apontado como a Quarta
Revolução Industrial, que se utiliza dos sistemas ciberfísicos para modernizar a indústria, tornando
a automação holística com a integração das funções de produção e negócios além das fronteiras da
organização (LYDON, 2016).

A Quarta Revolução Industrial, também denominada de Indústria 4.0, promoveu a integração de


sistemas ciberfísicos, fundindo o real com o virtual e conectando sistemas digitais, físicos e biológicos,
além de possibilitar a produção personalizada em massa (SCHWAB, 2016).

Essa revolução vai muito além das tecnologias inovadoras nela empregadas e do mercado de
trabalho industrial. Um dos seus grandes trunfos que contribuem para a diferenciação das empresas
no mundo dos negócios é a gestão de seus conhecimentos e a capacitação de seus trabalhadores
para essa nova fase dos processos produtivos (SCHWAB, 2016). Eis importantes desafios a serem
gerenciados pelas organizações.

Dessa forma, após toda a evolução que a sociedade colheu depois das revoluções industriais, da
globalização e, principalmente, com a chegada e proliferação da internet, o mundo da indústria 4.0 e
seus impactos na vida de todos nós têm acontecido com muito mais frequência e riqueza de detalhes.
Hoje, vivemos e experimentamos como seres humanos uma quantidade ilimitada de novidades e
de revoluções.

Observação

Desafios incluem mudanças de estrutura e renovação dos recursos


humanos. Muito falada entre os setores mais automatizados da indústria
brasileira, principalmente, no que diz respeito às iniciativas empreendedoras, a
Era 4.0, ou Era da Gestão Integrada, ainda é pouco praticada por aqui. Em 2018,
uma pesquisa da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI)
identificou o potencial de 15 trilhões de dólares em movimentação dentro
dessa indústria, caracterizada pela inovação digital e pelo uso de tecnologias
de ponta. No entanto, assim como a Revolução Industrial gerou uma série
de desafios para as empresas e a sociedade, a Era 4.0 exige que os negócios
permitam renovar processos e fazer importantes transformações.

Nesse sentido, o conhecimento é importante principalmente para gestores e empreendedores,


que são diretamente responsáveis por implementar as novidades na prática. A Era 4.0 traz um
aperfeiçoamento técnico dos conceitos e benefícios referente aos assuntos de evolução tecnológica.
20
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS

Cabe entender tudo aquilo que faz parte do contexto do princípio fundamental da gestão do
conhecimento: gestão do capital humano e intelectual; e, por fim, o conceito e a aplicação do que é
vantagem competitiva, gestão do conhecimento e SIGs (CHIAVENATO, 2000).

Schwab (2016), uma das referências mundiais no assunto para a Quarta Revolução Industrial,
ressalta que, no futuro, o talento das forças de trabalho se sobressairá ao capital, representando
fator crítico de produção. Davenport e Prusak (1998) e Teixeira Filho (2000) afirmaram que a
verdadeira vantagem competitiva está na capacidade e na velocidade do aprendizado das pessoas nas
organizações, logo, a gestão do capital intelectual faz-se necessária. Acompanhando a modernização
do sistema produtivo, o sistema de educação corporativa passou a ter um papel de destaque na
construção de valores distintivos para a competitividade (apud AIRES; KEMPNER-MOREIRA; FREIRE,
2017), conforme pode ser observado no quadro seguinte.

Quadro 1 – Evolução do sistema de educação corporativa


e as revoluções industriais

Revolução Período Características da educação corporativa


industrial
Preocupação com a universalização do ensino
Iniciou-se na segunda metade
Primeira Revolução Divisão social da educação, a elite recebia educação
do século XVIII. Ocorreu entre
Industrial superior para gerenciar as empresas e a massa recebia
1760 e 1840
educação técnica para realizar operações repetitivas
Iniciou-se no século XIX e
Segunda Revolução Educação fundamentada no raciocínio, valores éticos e
avançou a primeira metade do
Industrial acumulação do conhecimento de forma organizada
século XX
Estabelece um caráter social excludente e a educação
passa a ser um pré-requisito para o cidadão sob três
Iniciou-se na década de 1960 dimensões: produção, consumo e vida social
Terceira Revolução (segunda metade do século XX)
Industrial Desenvolvimento de pessoas (trabalhadores) com
e avançou até a década de 1990
autonomia, iniciativa e dinamismo. Valorização do
autodesenvolvimento e aprendizado contínuo
Surgem as redes de aprendizagem para aprendizagem
em rede
Exigência de conhecimentos de nível superior, além de
técnicos e tecnológicos mais sofisticados
Desenvolvimento de programas de desenvolvimento
Quarta Revolução Iniciou-se na primeira década do humano para a inovação – geração de ideias,
Industrial século XXI, na década de 2000 colaboração, compartilhamento, coprodução
Avanço da gestão do conhecimento e do capital
intelectual
Surge a necessidade de desenvolvimento de novas
competências nos trabalhadores
Surgimento de novas profissões

Fonte: Aires, Kempner-Moreira e Freire (2017, p. 202).

É certo que o conhecimento é algo de extrema importância e se torna cada vez mais o foco. Assim,
muitas organizações ainda não sabem exatamente como lidar com essas incógnitas. Essa situação vem
cada vez mais causando enormes e diferentes desafios nos processos organizacionais, introduzindo
21
Unidade I

diferentes e novatos sentidos para a gestão de todas essas organizações. Dessa forma, a gestão do
conhecimento surge como uma necessidade para todas as organizações que desejam melhorar seus
resultados (QUANDT, 2001).

Por gestão do conhecimento (GC), entende-se o processo que se inicia com a definição dos
objetivos estratégicos da organização, passando pelas práticas para identificar, desenvolver, capturar e
disseminar conhecimento útil. A aplicação de conceitos, procedimentos e ferramentas de tecnologia de
informação apoiam as práticas coletivas de criação e o compartilhamento, visando o aperfeiçoamento
do desempenho organizacional (QUANDT, 2001).

Entre seus principais objetivos, está entender e gerenciar de forma sistemática e eficaz o
reconhecimento da organização a partir de seus ativos de conhecimento, de forma a criar, capturar,
organizar, distribuir, compartilhar, aplicar, renovar e monitorar o conhecimento (WIIG, 1997). Em suma,
a GC propicia que o conhecimento agregue valor e traga resultados reais às organizações.

O objetivo final do ciclo de GC é aplicá-lo. Após a captura e/ou criação do conhecimento, sua
codificação e seu compartilhamento, é imprescindível utilizá-lo no intuito de diminuir o desperdício de
tempo e os recursos ao buscá-lo. A chave para o tão almejado sucesso organizacional é a capacidade
de capturar conhecimento, transformá-lo em aprendizagem organizacional e reutilizá-lo de forma
eficaz na tomada de decisões mais inteligentes (KIMIZ, 2005).

Se a GC é tão importante, conhecer as barreiras à sua implantação pode ser o diferencial em um


processo bem ou malsucedido. A consciência do que pode prejudicar as estratégias de GC permite
atuar na prevenção ou minimização de seus efeitos. Na literatura, existem hoje cerca de três conjuntos
de barreiras, conhecidas pela sigla TOP, relacionadas à tecnologia, à organização e às pessoas. Entre
essas barreiras, as que mais interferem nos resultados da implantação da GC nas organizações são as
relacionadas às pessoas.

Para Kimiz (2005), o principal e mais complexo desafio está relacionado às pessoas. Esse
elemento, considerado uma das bases fundamentais da GC, é, por vezes, ignorado pelos gestores
no seu processo de implementação e desenvolvimento. Se parte do conhecimento organizacional
é tácito e precisa ser explicitado (NONAKA; TAKEUCHI, 1997), as pessoas tornam-se componentes
críticos nesse processo, ou seja, sem pessoas, não há GC. Quanto mais tácito, maior o valor do
conhecimento (KIMIZ, 2005).

Como tudo o que é novo, a implantação de programas de GC também provoca resistências. Para
superá-las, Nair e Prakash (2009) recomendam a ênfase na informação, na educação, no treinamento,
no convencimento e, especialmente, na confiança. Para a GC, o relacionamento é a base do
compartilhamento, da socialização e da combinação de conhecimentos, o que ocorrerá somente em
um ambiente propício à criatividade e à inovação, em que a confiança é um dos pilares fomentadores
(NONAKA; VON KROGH; VOELPEL, 2006).

Os aceleradores do conhecimento (pessoas, processos, tecnologia e liderança) precisam estar voltados


para esse fim, o que passa pela conscientização das pessoas, readequação de processos, uso eficiente
22
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS

da tecnologia e liderança que motive a criação, a captura, o compartilhamento, o armazenamento, a


disseminação e a renovação do conhecimento. A GC não deve ser um fim em si, mas um meio pelo qual
a organização alcance melhores resultados e aumente seu valor de mercado (NAIR; PRAKASH, 2009).

Lembrete

O objetivo da GC deve ser movimentar a organização para o


conhecimento, que deve cumprir seu papel de proporcionar mudanças
inovadoras, capazes de diferenciar a organização de seus concorrentes.
Para isso, todo um processo deve ser implantado, desenvolvido e mantido,
pois a GC é tão dinâmica como o seu principal ativo (KIMIZ, 2005). Como
um processo em longo prazo, os resultados podem não aparecer de
imediato, mas o propósito é uma mudança de mentalidade (indivíduo),
de comportamento (grupo) e de cultura (organização), que possibilite uma
competitividade sustentável, mas não imediata.

A GC tem o poder de uma bola de neve, que se inicia pequenina, mas com o tempo cresce e ganha
potencial para grandes feitos (espera-se, positivos).

4.1 Entendendo a Era 4.0 relacionada aos SIGs

Também conhecida e principalmente chamada de Era 4.0, quando se fala em desenvolvimento


sistêmico, pode-se entender um conceito fechado de automação e tecnologia da informação. Esse
conceito remete diretamente à transformação de matérias-primas em produtos de valor agregado,
utilizando modernidades e evoluções que vão de encontro com o sistema de manufatura em que a mão
como instrumento é o mais importante. Nessa Era 4.0, se preza, além da modernidade, a inteligência
robótica e a vinda das máquinas de secundárias para fatores principais e essenciais. Cada vez mais, nessa
geração, procura-se dar abertura às máquinas (KIMIZ, 2005).

A robótica, sistema previamente programado para que os equipamentos desempenhem


determinadas funções sozinhos, também não é muito recente. Esse tipo de indústria trouxe consigo
grandes mudanças no cenário de produção industrial. Na história da indústria, ela trouxe um grande
salto tecnológico, por exemplo, o surgimento e a experiência causada pela introdução do trabalho
feito por robôs, o que acabou por tornar essa evolução e essa indústria cada vez mais cirúrgicas,
no sentido de perfeição e complexidade que o próprio ser humano não foi capaz de realizar com a
manufatura (GIL, 1999).

A indústria 4.0 é uma realidade na qual a tecnologia industrial torna-se cada vez mais eficiente:
mais inteligente, mais rápida e mais precisa e independente. Depois de entender o que é Era 4.0, pode-se
então abordar o que está por trás da sua origem. Embora as revoluções industriais remetam a passagens
registradas séculos atrás, nesse caso, o movimento é bastante recente (KIMIZ, 2005).

23
Unidade I

O marco inicial aponta para uma estratégia adotada pelo governo alemão para o setor industrial no
início da segunda década deste milênio. Um grupo de trabalho liderado por Siegfried Dais (Robert Bosch
GmbH) e Henning Kagermann (German Academy of Science and Engineering) desenvolveu um projeto
que consistia na implementação de soluções tecnológicas em unidades fabris. A ideia era promover
a informatização da manufatura e a integração de dados. Em 2011, o grupo mencionou o trabalho
durante a Feira de Hannover, na Alemanha. O projeto continuou e, na edição de 2013 da mesma feira, o
relatório final sobre a indústria 4.0 foi apresentado, tornando o conceito conhecido a todos nós. Assim,
nascia uma ideia clara e precisa de fábricas inteligentes nas quais as máquinas e os equipamentos
podiam tomar decisões com base em dados (CHIAVENATO, 2000).

Paralela a todos esses conhecimentos, essa revolução, chamada Era 4.0, está bastante ligada a era
dos SIGs, que, conforme já vimos no decorrer do estudo, está voltada para tudo que diz respeito aos
sistemas de informações gerenciais.

Da mesma forma, na literatura, temos o termo “SIG” também para designar o sistema de informações
geográficas com a tecnologia dependente de um sistema de informação gerencial (SIG). Esse termo é
oriundo do inglês GIS (geographic information system), como iremos daqui em diante denominar sistema
de informações geográficas, para que não haja confusão com sistema de informações gerenciais. Para
saber o que é GIS, é necessário definir o que é IG (informação geográfica). Nesse sentido, pode-se pensar
essas informações geográficas, muito utilizadas atualmente, por exemplo, em GPSs, são informações
altamente processados e que habitam o universo das grandes SIGs (sistemas de informações gerenciais).
Com esse tipo de informações, os sistemas de informações geográficas são responsáveis, principalmente,
por garantir:

• Informação sobre locais na superfície da Terra.

• Conhecimento sobre onde alguma coisa está.

• Conhecimento sobre o que está em uma dada localização.

A informação geográfica pode ser muito detalhada, por exemplo:

• Informação sobre as localizações de todas as edificações em uma cidade.

• Informação sobre cada árvore em uma floresta.

Da mesma forma, o detalhamento da informação geográfica pode ser muito superficial. Por exemplo:

• O clima de uma grande região.

• A densidade populacional de um país.

Como é possível observar nos exemplos conforme os objetivos a serem alcançados, a resolução
geográfica pode variar. Outras características da informação geográfica são:
24
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS

• Sempre ser relativamente estática:

— as feições naturais e muitas feições culturais (de origem humana) não são alteradas rapidamente;

— ao imprimir a informação geográfica em papel, ela se torna estática.

• Pode ser muito volumosa:

— alguns terabytes (1012 bytes) de dados podem ser produzidos por um único satélite em um dia;

— alguns gigabytes (109 bytes) de dados são necessários para descrever a rede viária do Brasil.

O sistema de informação geográfica é um conjunto de sistemas de softwares e hardwares capazes de produzir,


armazenar, processar, analisar e representar inúmeras informações sobre o espaço geográfico, tendo como
produto final mapas temáticos, imagens de satélites, cartas topográficas, gráficos e tabelas. Esses produtos são
importantes para a análise de evoluções espaciais e temporais de um fenômeno geográfico e as inter‑relações
entre diferentes fenômenos espaciais.

Uma das principais aplicações desse sistema ocorre no planejamento e ordenamento territorial,
como o planejamento urbano de uma cidade; o planejamento ambiental, por exemplo, o controle e o
monitoramento do desmatamento na Amazônia (KIMIZ, 2005).

Esse sistema é uma ferramenta que vem sendo utilizada cada vez mais pelos órgãos públicos e
privados, pois permite a maximização de informações coletadas. O último Censo, de 2010, realizado pelo
IBGE, utilizou-se do GIS para coleta, armazenamento e tratamento dos dados colhidos (KIMIZ, 2005).

Exemplos desse sistema são geoprocessamento, sensoriamento remoto e o GPS. Cada uma dessas
três ferramentas tem uma função específica.

O sensoriamento remoto é um conjunto de técnicas utilizado para a captação de imagens por meio
de sensores de satélites, acoplados de equipamentos fotográficos e scanners. É uma técnica que permite
obter informações de um determinado objeto sem entrar em contato físico com ele (KIMIZ, 2005).

GPS quer dizer em português sistema de posicionamento global (traduzido do inglês global
positioning system), um instrumento que permite a localização de uma pessoa ou de um objeto espacial
a partir de suas coordenadas geográficas, latitude e longitude. Atualmente, vem sendo utilizado em
diversos setores econômicos, como na agricultura e no rastreamento de carga de veículos. Com os
problemas de trânsito enfrentados nas grandes cidades, vem se tornando um item indispensável para
navegação e orientação aos motoristas de carro (KIMIZ, 2005).

O geoprocessamento é a técnica de coleta e processamento de dados espaciais. Esse processo envolve


informações coletadas tanto pelo sensoriamento remoto quanto pelo GPS (KIMIZ, 2005).

25
Unidade I

Para Kimiz (2005), muitas outras tecnologias, ciências e técnicas são utilizadas na aquisição e
manipulação de informações geográficas, entre elas, estão a cartografia, a geodesia, a topografia, a
fotogrametria e os GISs, que são compostos por:

• um sistema para entrada, manipulação e exibição de informações geográficas;

• uma categoria de programa computacional;

• uma instância prática de um SIG combina programa computacional com equipamentos, dados,
usuários e procedimentos, para resolver um problema, auxiliar decisões e planejamentos.

Os equipamentos para esse sistema geográfico são os mesmos utilizados em qualquer outra
aplicação (teclado, monitor, cabos, dispositivos para internet, processadores CISC e/ou RISC).
No entanto, a esses equipamentos comuns, podem ser adicionados periféricos extras, tais como
receptores de sinais GNSS, grandes impressoras/plotters, restituidores fotogramétricos digitais,
scanners etc. O conjunto de equipamentos de um GIS depende da aplicação e do gerenciamento
estratégico da instituição onde o SIG está sendo implantado.

Frequentemente, em vez de comprar um determinado equipamento, se faz a opção por buscar um


serviço terceirizado; por exemplo, em vez de comprar um oneroso scanner colorido em formato A0 para
digitalizar 500 mapas e, depois de realizado esse serviço, o equipamento ficar em desuso, opta-se por
buscá-lo em empresas especializadas.

Atualmente, um GIS pode ser aplicado a praticamente todas as atividades humanas, uma vez que essas
atividades são sempre executadas em algum local, em alguma posição geográfica. As grandes aplicações
de SIG requerem a montagem de uma equipe multidisciplinar, envolvendo profissionais de informática,
bancos de dados, cartografia (cartografia, sensoriamento remoto, fotogrametria, geodesia etc.) e outros
profissionais das áreas de aplicações do SIG, ou seja, se o SIG estiver sendo aplicado na gestão de
distribuição elétrica, se fazem necessários, na equipe, profissionais diretamente relacionados com gestão
de eletricidade, o mesmo raciocínio pode ser feito em relação à agricultura, ao planejamento urbano
etc. Além desses profissionais, é preciso contemplar também as pessoas que utilizarão as informações
geográficas produzidas pelo sistema, as quais nem sempre estão relacionadas com a aplicação ou com
a instituição onde o sistema está implantado. Dessa forma, é possível categorizar os recursos humanos
em três grupos, o núcleo de geomática, os usuários temáticos e os usuários gerais.

E quais as aplicações de um sistema de informação geográfica?

As atividades humanas sempre são desenvolvidas em alguma localidade geográfica e, portanto,


podem ser geograficamente referenciadas. Dessa forma, são praticamente infindáveis as possibilidades
de aplicações desses sistemas. Pode-se pensar, por exemplo, em aplicações mais comuns e consagradas
mundialmente, como as companhias de gestão de infraestruturas (gás, telefone, eletricidade, água,
esgoto, TV a cabo, entre outras). Cada uma dessas companhias geralmente possui milhares de
consumidores, cada um deles com uma conexão com a rede de infraestrutura; além disso, necessitam
gerenciar milhares de quilômetros de fios e dutos (subterrâneos e aéreos), com transformadores,
26
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS

chaves, válvulas, representando, muitas vezes, bilhões de dólares em infraestrutura instalada. Esses
sistemas são aplicados à gestão de infraestruturas e também recebem o nome de AM/FM (automatic
mapping/facility management).

Uma companhia de gestão de infraestrutura pode receber milhares de telefonemas para manutenção
em um único dia. Assim, necessita gerenciar todas essas atividades, manter informações acuradas
sobre o posicionamento geográfico de todos os consumidores, equipamentos e atividades, manter os
registros de atividades atualizados, realizar avaliações diárias dos serviços executados e ainda fornecer
informações para outras instituições, por exemplo, disponibilizar as informações sobre a tubulação
subterrânea da rede de esgoto para a empresa de telefonia que necessita cavar um buraco em uma
determinada posição geográfica.

No caso de uma empresa responsável por rodovias, se faz necessário armazenar informações
sobre o estado da pavimentação em toda a rede de rodovias. Além disso, manter um cadastro de toda
a sinalização vertical e horizontal das rodovias e analisar dados de acidentes. Atualmente, algumas
localidades no Brasil e muitos países desenvolvidos contam com a possibilidade de carros com
sistemas de navegação pelo sistema viário, contendo mapas digitais de ruas e rodovias, conectados
a receptores GNSS. Empresas de distribuição de bens e serviços mantêm suas frotas conectadas a
receptores GNSS. Dessa forma, realizam o monitoramento e controle de cada um de seus veículos
em tempo real.

Na agropecuária, atualmente, é possível utilizar mapas e imagens detalhadas para planejar o


plantio, a aplicação de insumos agropecuários e ainda planejar a colheita, além de analisar e realizar
a previsão de safra. Atualmente, essa aplicação desses tipos de sistemas são denominadas agricultura
de precisão.

No setor florestal, esse sistema pode ser aplicado ao manejo de árvores, com vistas à extração
sustentável de madeira. Todas as árvores produtoras de madeira são georreferenciadas; e sua volumetria,
sistematicamente monitorada. Quando o volume de madeira na floresta diminui a taxa de crescimento,
essas árvores podem ser seletivamente retiradas e sua madeira encaminhada para a indústria. No entanto
a retirada de árvores da floresta também é um problema geográfico e necessita ser cuidadosamente
planejada para não comprometer as árvores em crescimento.

Após a retirada das árvores, é realizado o replantio das mesmas espécies, nas mesmas posições
geográficas, mantendo assim a floresta saudável e produtiva.

A floresta ainda pode ser utilizada em outras atividades humanas sustentáveis, como turismo e
extrativismo (apicultura, extração de resina, frutos, flores etc.).

Dessa forma, o que significa fazer e aplicar esses sistemas de informação geográfica? Pode significar
utilizar ferramentas dos programas computacionais de SIG para resolver um problema, como os
anteriormente mencionados.

27
Unidade I

Um projeto de um sistema de informação geográfica pode ter os seguintes estágios:

• Definição do problema.

• Aquisição de programas computacionais e equipamentos.

• Aquisição de bases de dados.

• Montagem e capacitação dos recursos humanos.

• Organização da base de dados.

• Realização de análises.

• Interpretação, apresentação e distribuição dos resultados.

Muitas vezes, se faz necessária a construção e/ou adaptação das ferramentas dos programas
computacionais desses sistemas. As ferramentas são:

• Construídas para adaptar os programas computacionais de SIG a tarefas específicas da aplicação


ou da instituição onde estão implantadas.

• Desenvolvidas para automatizar processos de entrada, organização, armazenamento, gerenciamento,


análises, exibição e distribuição de dados e informações geográficas.

• Desenvolvidas para realizar a integração dos programas computacionais desses sistemas.


Existem outros programas computacionais, como processamento de imagens, CAD, programas
de processamento de dados GNSS, programas de estatísticas, SCADA, modelagem tridimensional,
internet etc.

Outras funções de análises espaciais, por exemplo, funções aplicadas às ciências sociais e econômicas
podem ser incorporadas aos programas computacionais desses sistemas.

Saiba mais

Para mais informações acerca do assunto, acesse o site a seguir:

BRASIL ESCOLA. SIG. Uol, 2022. Disponível em: https://bit.ly/3N7KTR0.


Acesso em: 4 maio 2022.

Fazer um SIG pode significar também o estudo das teorias e conceitos básicos de SIG e outras
tecnologias da informação geográfica. Nesse caso, está-se lidando com a ciência da informação geográfica.

28
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS

4.2 Gestão do conhecimento: conceito e benefícios

A gestão do conhecimento é uma questão de primeira ordem no mundo em que vivemos. Cada
vez mais, nos dias de hoje, exige-se de profissionais uma compreensão diferenciada e excessiva. O
ambiente de negócio no qual se vive é palco de diversas transformações a todo e qualquer momento,
e as ferramentas de consulta disponíveis para todas as pessoas não permitem mais a exploração da
assimetria de informações como um diferencial para a geração de valor (CHIAVENATO, 2000).

Para a tomada de decisões que possibilitem a manutenção da competitividade das organizações, a


utilização do conhecimento no estado da arte é cada vez mais relevante. Conforme detectou Martin
Hilbert, da University of Southern Califórnia em uma pesquisa realizada em 2011, individualmente, somos
expostos a um volume de conhecimento equivalente a 174 jornais todos os dias. Ou seja, a quantidade
de informações que recebemos hoje em dia é absurdamente maior que a que os profissionais recebiam
há 10 anos, 20 anos e muito mais do que há 100 anos (CHIAVENATO, 2000).

Sabe-se que o conhecimento, então, é muito importante na atualidade, mas o que se observa no
mercado é que as organizações não são capazes de gerenciá-lo. É nesse contexto que a GC se mostra
significativamente importante para estas e todas as outras organizações que desejam melhorar seus
resultados (CHIAVENATO, 2000).

Saiba mais

Sobre estado da arte e tomada de decisões, que se tornarão bastante


importantes no que se diz respeito à manutenção da competitividade das
organizações e no sistema capitalista, não deixe de ler a obra a seguir.

CHIAVENATO, I. Administração: teoria, processo e prática. 3. ed. São


Paulo: Pearson Education do Brasil, 2000.

Por GC, entende-se o processo que se inicia com a identificação dos objetivos estratégicos da
organização, passando pelas práticas para identificar, desenvolver, capturar e disseminar conhecimento
útil. A aplicação de conceitos, procedimentos e ferramentas de tecnologia de informação apoiam
as práticas coletivas de criação e compartilhamento, visando o aperfeiçoamento do desempenho
organizacional (QUANDT, 2001).

A real e sábia GC tem de agregar valores tanto para os seres humanos quanto para a própria empresa
como uma grande ou pequena entidade. Wiig afirma:

Entre seus principais objetivos está o de entender e gerenciar de forma


sistemática e eficaz o conhecimento da organização, a partir de seus
ativos de conhecimento, de forma a criar, capturar, organizar, distribuir,
compartilhar, aplicar, renovar e monitorar o conhecimento. O que se poderia

29
Unidade I

dizer, então, sobre os impactos em uma organização, ainda que de pequeno


porte? Se você tem interesse em entender como as empresas podem ser
mais eficientes na gestão do conhecimento no contexto atual, você deve
entender um pouco sobre gestão de todo este conhecimento que recebemos
todos os dias (1997, p. 108).

Para entender o que é GC, é importante saber que a palavra conhecimento é diferente de dados e de
informações. Dados representam uma série de fatos, conceitos ou estatísticas que podem ser analisados
para produzir informações.

Alguns exemplos dessa definição são o ano de fundação de uma empresa, o peso de uma pessoa ou
o número de habitantes de uma cidade. Informações, por sua vez, são os dados agregados de maneira a
produzir propósito e significado para a organização. Um exemplo é a coleção das estatísticas de venda
de um determinado produto durante os meses do ano, organizada para o planejamento da produção e
previsão de cobertura de estoque (WIIG, 1997).

O conhecimento é derivado da informação, baseado no entendimento da importância percebida


de um problema, e pode ser utilizado para obter conclusões significativas. A GC pode ser definida em
seu sentido mais amplo como o processo de criar, compartilhar, usar e gerenciar o conhecimento de
uma organização. Esse conceito se refere a uma abordagem multidisciplinar para alcançar os objetivos
organizacionais por meio das melhores práticas do uso do conhecimento (WIIG, 1997).

Em 1990, o então vice-presidente do Canadian Imperial Bank of Commerce (CIBC), Hubert Saint‑Onge,
iniciou suas pesquisas sobre a GC quando desenvolveu um modelo chamado de estrutura dos ativos
do conhecimento. Essa pesquisa traz para as pessoas interessadas nesse assunto a possibilidade, pela
primeira vez na história da modernidade do conhecimento humano, de interação da evolução do
conhecimento diretamente ligada ao plano de negócio de uma empresa. Nesse sentido, a Canadian
argumenta que a gestão desse conhecimento deve ser excessiva e persistente e contemplar facilidades
nas transferências do conhecimento primário para todos os colaboradores de uma empresa e ainda ter
como meta principal a mudança de paradigmas daqueles seres humanos responsáveis pelas decisões
estratégicas da empresa (WIIG, 1997).

Para atender a esse propósito, a GC necessita cumprir quatro objetivos:

• Capturar o conhecimento: pode ser alcançado ao criar repositórios de informações estruturadas


em documentos, memorandos, relatórios, apresentações, manuais e artigos facilmente resgatados
conforme a demanda.

• Melhorar o acesso ao conhecimento: depende da facilitação do seu acesso e da transferência


entre as pessoas.

• Aprimorar o ambiente organizacional: criando políticas de incentivo ao compartilhamento do


conhecimento entre as pessoas.

30
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS

• Valorizar o conhecimento disponível: algumas organizações estão incluindo o capital intelectual


em seus balanços, enquanto outras aproveitam o ativo para gerar novas formas de receitas, reduzir
custos e inovar.

Observação

Já dizia Wiig (1997), a GC habilita as empresas em última instância para a


geração de valor e aumento da competitividade, é uma questão de primeira
ordem. Vivendo em um cenário de extrema complexidade, profissionais no
mercado corporativo são pressionados para a compreensão dos fenômenos
que acontecem no mundo. Transformações nos campos econômicos,
políticos e sociais modificam constantemente o ambiente de negócios. As
ferramentas de consulta disponíveis para todas as pessoas não permitem
mais a exploração da assimetria de informações como um diferencial para
geração de valor. Para a tomada de decisões que permitam a manutenção
da competitividade das organizações, a utilização do conhecimento no
estado da arte é cada vez mais relevante (WIIG, 1997).

4.3 Vantagem competitiva, gestão do conhecimento e SIGs

O valor competitivo da maioria das organizações capitalistas e competitivas acaba por se tornar
o suprassumo que um funcionário pode oferecer para uma empresa. Assim, quanto mais competitiva
a empresa, maior se torna sua carteira de capital intelectual. Existe uma competição muito forte entre
empresas do mesmo ramo, assim, se sabe que sempre existirão empresas com mais destaque e saindo-se
melhor que outras. Isso é simplesmente a gestão de conhecimento que se coloca em prática (PORTER;
STERN, 2001).

Dizemos que as empresas que “se saem melhor” têm vantagem competitiva sobre as outras: ou
possuem acesso a recursos especiais, ou são capazes de usar os recursos disponíveis de maneira mais
eficiente – normalmente devido a ativos de conhecimento e informação superiores. Seja como for, elas
se saem melhor em termos de crescimento da receita, lucratividade ou crescimento da produtividade
(eficiência), fatores que, em última instância, traduzem-se em um valor da empresa no mercado acionário
superior ao da concorrência. Mas por que algumas empresas se saem melhor do que outras e como elas
conseguem vantagem competitiva? Como podemos analisar uma empresa e identificar suas vantagens
estratégicas? Como podemos desenvolver uma vantagem estratégica para a própria empresa? E como
os sistemas de informação contribuem para as vantagens estratégicas? Uma resposta a essas perguntas
é o modelo de forças competitivas de Michael Porter (PORTER; STERN, 2001).

E o que, então, podemos entender como vantagem competitiva? Toda e qualquer tipo de vantagem
é bem-vinda para uma empresa e ela está intimamente ligada a sua gestão de conhecimento. Essa
vantagem chamada de competitiva caracteriza-se por um conjunto de características que posiciona
determinada empresa à frente das concorrentes no mercado. É o motivo que a leva a ser escolhida na
hora da compra, em detrimento das demais (PORTER; STERN, 2001).
31
Unidade I

O principal teórico desse conceito é Michael Porter, professor da Escola de Negócios de Harvard,
que, em 1985, publicou o livro Vantagem competitiva. A partir desse trabalho, são definidas três formas
gerais de atingir essa vantagem:

• preço do produto ou serviço;

• diferenciação para o consumidor;

• foco de atuação da empresa.

Para deixar mais claro o que significa vantagem competitiva, é importante destacar o que a empresa
precisa ter para ser considerada como tal.

Primeiro, deve ser percebida como valor pelo consumidor. Não é a empresa que a impõe, mas o
público que a percebe.

Por exemplo, veja o caso de uma empresa que fabrique carros para rodar em Plutão. Há uma grande
probabilidade de ela ter exclusividade sobre esse produto, mas, se não há um público interessado nisso,
tampouco há vantagem competitiva.

Segundo, a vantagem competitiva deve ser replicável internamente com facilidade, porém dificilmente
reproduzida por outras companhias, o que quer dizer que a vantagem não pode ser um episódio isolado.
Se ela for relativa ao preço, uma simples liquidação não conta, porque é momentânea. O preço do produto
ou serviço no longo prazo deve ser mais baixo que o dos concorrentes (PORTER; STERN, 2001).

Significa também que devemos ter cuidado ao considerar a otimização de processos como vantagem
competitiva. Digamos que sua empresa adote ferramentas digitais e seja mais produtiva, reduzindo
custos e aumentando a eficiência do trabalho. Isso só a colocará na dianteira da concorrência até o
momento em que outra companhia adote os mesmos procedimentos.

O terceiro ponto é ser sustentável no longo prazo. Se buscar uma vantagem competitiva pelo preço
implica reduzir a qualidade do produto ou prejudicar as finanças com o passar do tempo, ela não se
sustentará como diferencial do negócio. Dessa forma, a vantagem competitiva é consequência direta
da gestão de conhecimento, que, por sua vez, se torna consequência dos SIGs (PORTER; STERN, 2001).

Com o surgimento da internet, as forças competitivas tradicionais ainda estão atuando, mas a
rivalidade em termos de competitividade tornou-se muito mais intensa (PORTER; STERN, 2001). Como
a tecnologia da internet baseia-se em padrões universais que qualquer empresa pode usar, ficou mais
fácil para os rivais desencadear uma guerra de preços, assim como novos concorrentes tiveram acesso
facilitado ao mercado. Uma vez que a informação está disponível para qualquer um, a internet aumenta
o poder de barganha dos clientes, que podem rapidamente encontrar na web o fornecedor de custo
mais baixo. Os lucros desabaram (PORTER; STERN, 2001).

O próximo quadro resume alguns dos impactos potencialmente negativos da internet nas empresas,
conforme enumerados por Porter.

32
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS

A internet praticamente destruiu alguns setores e impôs severas ameaças a outros tantos. Os
setores de enciclopédias impressas e de agências de viagem, por exemplo, foram quase dizimados pela
disponibilidade de substitutos através da internet. Da mesma forma, a internet tem tido um impacto
significativo nos setores de varejo, música, livros, corretagem, software, telecomunicações e viagens. O
caso de encerramento mencionado fornece uma discussão detalhada sobre o impacto da internet no
setor editorial.

Ao mesmo tempo, a internet também possibilitou a criação de mercados inteiramente novos,


constituindo-se no alicerce de milhares de novos produtos, serviços e modelos de negócios e proporcionou
novas oportunidades para a criação de marcas com bases muito grandes de clientes leais. Vejam essa
relação no quadro seguinte, que coloca a força competitiva e o impacto da internet:

Quadro 2 – Impacto da internet nas forças competitivas


e na estrutura do setor

Força competitiva Impacto da internet


Permite que novos substitutos surjam com novas abordagens para atender
Produtos ou serviços substitutos necessidades e executar funções
A disponibilidade de informações globais sobre preços e produtos leva o poder
Poder de barganha dos clientes de barganha para o consumidor
A internet tende a aumentar o poder de barganha sobre os fornecedores
Poder de barganha dos na aquisição de produtos e serviços, entretanto, os fornecedores também
fornecedores podem se beneficiar das barreiras reduzidas à entrada e da eliminação de
distribuidores e de outros intermediários entre eles e sua clientela
A internet reduz as barreiras à entrada nos mercados, bem como a necessidade
de uma força de vendas, acesso a canais e estrutura física. Ela oferece
Ameaças de novos entrantes tecnologia direcionada do processo de negócio que torna as demais tarefas
mais fáceis
Amplia a abrangência geográfica do mercado, aumenta o número de
Posicionamento e rivalidade concorrentes e reduz as diferenças entre eles, tornando mais difícil manter as
entre os concorrentes existentes vantagens operacionais, aumentando a competição por preço

Lembrete

Estamos vivendo um momento histórico e único: a transição da


indústria 3.0 para a chamada indústria 4.0. A chamada indústria 3.0,
iniciada em meados dos anos 1970, levou à automação e ao amplo uso
da tecnologia da informação para as indústrias, agregando mais valor,
mais controle e mais velocidade à produção. De lá para cá, a tecnologia
evoluiu exponencialmente e, nos últimos anos, os especialistas defendem
que estamos começando a entrar na Era 4.0, chamada também de Era
das Fábricas Inteligentes. Se a indústria 3.0, por um lado, trouxe mais
automação, mais controle e mais velocidade à produção das indústrias, a
4.0 vai elevar tudo isso à máxima potência.

33
Unidade I

Resumo

A Era 4.0, ou Quarta Revolução Industrial, traz para o mundo dos


conhecimentos alguns fenômenos capazes de transformarem radicalmente
a história de uma sociedade. Não é qualquer novidade no processo de um
fabricante que desencadeia uma Revolução Industrial, e sim uma tendência
tecnológica que impacta a produção mundialmente. Ela não ocorre da noite
para o dia. Demora décadas para se consolidar e para ser reconhecida como
revolução. Já se menciona automação e internet das coisas, por exemplo,
há mais tempo do que se menciona Quarta Revolução Industrial e Era 4.0
(PORTER; STERN, 2001).

A Primeira Revolução Industrial aconteceu em meados do século XVIII


com o surgimento das máquinas a vapor e ferrovias substituindo o uso
de animais para gerar força. Entre o final do século XIX e início do XX,
desenvolveu-se a Segunda Revolução Industrial, com a energia elétrica
e a linha de produção criada por Henry Ford, possibilitando a produção
em larga escala.

A Terceira Revolução Industrial chegou junto com a informática,


internet, computadores pessoais e toda a gama de plataformas digitais
que modernizou o trabalho em fábricas e escritórios. Em cada uma dessas
revoluções, as máquinas passaram a disputar ou roubar o protagonismo do
homem em várias funções. E é o que acontece hoje também, mas vamos
retomar esse assunto mais adiante (PORTER; STERN, 2001).

Na conclusão desta unidade, vale lembrar a importância da Era 4.0 para


o sistema financeiro presente atualmente, chamado de capitalismo, no
qual, quanto mais evolução houver, maior será o acúmulo de capital.

De certa forma, a indústria 4.0 é um movimento natural de transformação


da sociedade. Afinal, de tempos em tempos, há a evolução dos comportamentos,
que exige o acompanhamento dos setores.

Nesse sentido, vale reforçar que a indústria 4.0 não abrange apenas as
unidades fabris, mas, sim, todo o ecossistema industrial. O cenário é favorável
à agilidade, autonomia e eficiência. Isso sem falar que abre espaço para novas
oportunidades de negócios. Até por essa razão, como mencionamos, gestores
e empresários devem acompanhar a modernização (PORTER; STERN, 2001).

Esse salto tecnológico é, portanto, necessário para que tenhamos


uma realidade mais condizente com as nossas necessidades. De fato, as

34
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS

tecnologias estão aí para facilitar as nossas vidas. Temos que olhar para elas
com uma visão positiva e aprender como explorar todo o potencial existente.

A associação do desenvolvimento majoritário causado nas empresas


por circunstâncias do processo de desenvolvimento dos SIGs culmina na
discussão observada por Porter (2001), que diz que o valor competitivo da
maioria das organizações capitalistas e competitivas acaba por se tornar o
suprassumo que um funcionário pode oferecer para uma empresa. Assim,
quanto mais competitiva a empresa for, maior se torna sua carteira de
capital intelectual. Existe uma competição muito forte entre empresas do
mesmo ramo e, assim, sabe-se que sempre existirão empresas com mais
destaque e saindo-se melhores do que outras. Isso é simplesmente a gestão
de conhecimento que se coloca em prática (PORTER; STERN, 2001).

A gestão do conhecimento é uma questão de primeira ordem no mundo


em que vivemos. Cada vez mais, exige-se de profissionais uma compreensão
diferenciada e excessiva. O ambiente de negócio no qual se vive é palco
de diversas transformações a todo e qualquer momento, e as ferramentas de
consulta disponíveis para todas as pessoas não permitem mais a exploração
da assimetria de informações como um diferencial para a geração de valor
(CHIAVENATO, 2000).

As revoluções industriais trouxeram as modernidades das máquinas, e a


chamada Quarta Revolução Industrial, também denominada de indústria 4.0,
que promoveu a integração de sistemas ciberfísicos, fundindo o real com
o virtual e conectando sistemas digitais, físicos e biológicos, além de
possibilitar a produção personalizada em massa (SCHWAB, 2016).

Essa revolução vai muito além das tecnologias inovadoras nela empregadas
e do mercado de trabalho industrial. Um dos seus grandes trunfos que
contribuem para a diferenciação das empresas no mundo dos negócios
é a gestão de seus conhecimentos e a capacitação de seus trabalhadores
para essa nova fase dos processos produtivos (SCHWAB, 2016). Eis os
importantes desafios a serem gerenciados pelas organizações.

Dessa forma, após a evolução resultante das revoluções industriais, da


globalização e, principalmente, com a chegada e proliferação da internet,
o mundo da indústria 4.0 tem impactado nossa vida com muito mais
intensidade e riqueza de detalhes. Hoje, vivemos e experimentamos, como
seres humanos, uma quantidade ilimitada de novidades e de revoluções.

35
Unidade I

Exercícios

Questão 1. Leia o texto a seguir.

Como as empresas apresentam diferentes níveis hierárquicos, elas também precisam de diferentes
tipos de informação para resolver diferentes tipos de problemas. Na figura a seguir, é apresentada uma
visão integrada do papel dos sistemas de informação em uma empresa.

Problema Nível
organizacional organizacional

Estratégico Gerência sênior

Gerência média
Tático ou intermediária

Trabalhadores do
Conhecimento conhecimento

Operações, Funcionários
produção, da produção e
serviço serviços
Produção Finanças Vendas/ Recursos
contabilidade marketing humanos

Figura 2 – Visão integrada dos sistemas de informação em uma empresa

Adaptada de: Wakulicz, G. J. Sistemas de informações gerenciais.


Santa Maria: Colégio Politécnico da UFSM, 2016. Disponível em: https://bit.ly/3wauwNP. Acesso em: 23 jan. 2022.

Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas.

I – De acordo com a figura do texto do enunciado, as empresas dispõem de variados sistemas


especializados, sendo que cada um deles refere-se a determinado nível funcional.

II – O nível tático pondera a interação das informações de determinado setor, como os


setores de marketing, de finanças, de produção e de recursos humanos, mas não da empresa vista
como um todo.

III – O nível operacional refere-se às atividades específicas da empresa em relação à produção de


bens e serviços.

36
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS

É correto o que se afirma em:

A) I, II e III.

B) I e II, apenas.

C) II e III, apenas.

D) I e III, apenas.

E) I, apenas.

Resposta correta: alternativa A.

Análise das afirmativas

I – Afirmativa correta.

Justificativa: na figura do texto do enunciado, vemos que “as empresas não possuem um único
grande sistema de informações, mas, sim, diferentes sistemas especializados, cada um deles cobrindo
uma área funcional” (WAKULICZ, 2016).

II – Afirmativa correta.

Justificativa: os sistemas do nível tático “servem para dar suporte aos gerentes de nível médio
ou intermediário na coordenação de atividades a serem realizadas diariamente na empresa”
(WAKULICZ, 2016).

III – Afirmativa correta.

Justificativa: os sistemas operacionais “tratam das atividades diárias da empresa no que se refere à
produção e aos serviços” (WAKULICZ, 2016).

37
Unidade I

Questão 2. Considere as afirmativas a seguir sobre os sistemas de informações empresariais.

I – Muitos dos sistemas de processamento de transações (SPT) têm foco departamental e são
construídos com a finalidade de automatizar processos ou de auxiliar em um ou mais processos ligados
a uma área específica. Um exemplo dessa situação pode ser visto nos sistemas de contas a pagar
empregados em departamentos financeiros.
II – Os sistemas de informações gerenciais (SIGs) são utilizados para auxiliar a tomada de decisões
gerenciais e correspondem a um tipo de sistema de processamento de transações.
III – Os sistemas de apoio à decisão (SAD) são um subtipo dos sistemas de processamento de
transações e não estão relacionados a nenhum outro tipo de sistema de informação.

É correto o que se afirma em:

A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.

Resposta correta: alternativa A.

Análise das afirmativas

I – Afirmativa correta.
Justificativa: os sistemas de processamento de transações estão profundamente relacionados ao
cotidiano de funcionamento de uma empresa, registrando dados e possibilitando as diversas transações
necessárias às operações do negócio.
II – Afirmativa incorreta.
Justificativa: os sistemas de informações gerenciais (SIGs) não são considerados sistemas de
processamento de transações (SPT).
III – Afirmativa incorreta.
Justificativa: os sistemas de apoio à tomada de decisões (SAD) não são um subtipo dos sistemas
de processamento de transações (SPT). Na realidade, eles são um subtipo dos sistemas de informações
estratégicas. Vale destacar que “o sistema de informação estratégica (SIE) é um instrumento
da gestão da informação construído para auxiliar o processo de tomada de decisão oferecendo
aos seus usuários informações que permitem respostas mais rápidas às mudanças ambientais”
(Disponível em: https://bit.ly/3L7klhj. Acesso em: 23 jan. 2022).
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