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Informações Gerenciais
Autor: Prof. Everton R. Leal
Colaboradores: Prof. Gustavo A. Nascimento
Profa. Christiane Mazur Doi
Professor conteudista: Everton R. Leal
Tem graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), concluída em 1999,
e em Pedagogia pela Faculdade Paulista São José, concluída em 2020. Pós-graduado em Docência no Ensino Superior
pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), concluído em 2011. Pós-graduado (MBA) em Comércio Exterior pela
mesma universidade, concluído em 2019. Pós-graduado em Metodologia do Ensino a Distância pela Universidade
Anhanguera, (Uniderp), concluído em 2014. Mestrado em Hospitalidade na Universidade Anhembi Morumbi (UAM),
concluído em 2022. Atualmente, é professor da Universidade Paulista. Ministra aulas em cursos profissionalizantes do
Sebrae, Senai e Senac.
92 p., il.
CDU 658.011.56
U515.29 – 22
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem
permissão escrita da Universidade Paulista.
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Unip Interativa
Material Didático
Comissão editorial:
Profa. Dra. Christiane Mazur Doi
Profa. Dra. Angélica L. Carlini
Profa. Dra. Ronilda Ribeiro
Apoio:
Profa. Cláudia Regina Baptista
Profa. Deise Alcantara Carreiro
Projeto gráfico:
Prof. Alexandre Ponzetto
Revisão:
Aline Ricciardi
Vera Saad
Sumário
Sistemas de Informações Gerenciais
APRESENTAÇÃO.......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO............................................................................................................................................................7
Unidade I
1 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS............................................................................................ 13
2 CONCEITO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS............................................................... 13
3 IMPORTÂNCIA, FINALIDADE E CONTRIBUIÇÃO DOS SIGS............................................................... 14
3.1 Melhoria na produtividade e redução de custos de operação........................................... 15
3.2 Aumento de interação entre gestores.......................................................................................... 16
3.3 Proatividade, melhoria de projeções............................................................................................. 17
3.4 Alinhamento das estratégias de negócios.................................................................................. 18
3.5 Sistemas abertos e sistemas fechados.......................................................................................... 19
4 ERA 4.0 E A GESTÃO DE CONHECIMENTO.............................................................................................. 19
4.1 Entendendo a Era 4.0 relacionada aos SIGs............................................................................... 23
4.2 Gestão do conhecimento: conceito e benefícios..................................................................... 29
4.3 Vantagem competitiva, gestão do conhecimento e SIGs..................................................... 31
Unidade II
5 IMPLANTAÇÃO DE UM SIG........................................................................................................................... 39
5.1 Colher, processar, armazenar e disseminar informações...................................................... 41
5.2 Quais informações devem ser prestadas e acessadas: verificação do valor das
informações.................................................................................................................................................... 44
5.3 Adaptação dos sistemas às necessidades da organização................................................... 46
5.4 Desempenho dos gerentes na condução dos subordinados............................................... 48
5.5 Criação de ativos de conhecimento.............................................................................................. 50
6 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS............................................................................................ 52
6.1 Gestão do relacionamento dos clientes (CRM)......................................................................... 59
6.2 Sistema integrado de gestão – SGI................................................................................................ 63
6.3 Descoberta do conhecimento – KDD............................................................................................ 67
6.4 Processo decisório e tecnologias aplicadas................................................................................ 70
6.5 Gerenciamento eletrônico de documentos (GED)................................................................... 74
7 SUPPLY CHAIN MANAGEMENT E TECHNOLOGIES APPLICATES..................................................... 76
8 OUTROS SISTEMAS: BUSINESS INTELLIGENCE, DATA WAREHOUSE, DATA MART, ETL......... 79
APRESENTAÇÃO
As grandes transformações que acontecem hoje no mundo exigem das organizações uma gestão
estratégica eficiente facilmente encontrada na utilização de recursos inteligentes identificados nas
diversas tecnologias presentes em grandes sistemas de informação. A tecnologia de informação oferece
recursos tecnológicos e computacionais para a geração de informações, tornando os sistemas de
informação cada vez mais sofisticados, propondo mudanças nos processos, na estrutura e na estratégia
de negócios.
Todos os SIGs podem e devem, nesse contexto, incluir alguns softwares que auxiliem na tomada de
decisão, além de proporcionar alguns recursos de dados, como banco de dados, os próprios hardwares
de um sistema de recursos, sistemas de apoio à decisão, sistemas especialistas, sistemas de informação
executiva, gestão de pessoas, gestão de projetos e todos os processos informatizados que permitam à
empresa funcionar eficientemente. É um sistema que disponibiliza a informação certa, para a pessoa
certa, no lugar certo, na hora certa, da forma correta e com o custo certo.
INTRODUÇÃO
A disciplina apresenta conceitos importantes dos SIGs e seus níveis de abrangência. Procura relacioná‑los
com uma nova era de informações, a Era 4.0, e com a gestão de conhecimentos. Por fim, aborda dados
e conhecimentos ligados com a interpretação dos SIGs e os relaciona com a hierarquia das pessoas
nas empresas.
Na unidade II, estudaremos passo a passo a implantação de um SIG, assim como colher, processar,
armazenar e disseminar informações, as informações necessárias, a verificação do valor das informações,
quais informações devem ser prestadas e acessadas e a adaptação dos sistemas às necessidades da
organização. Por fim, veremos o desempenho dos gerentes na condução dos subordinados e a criação
de ativos de conhecimento.
Abordaremos conceitos relacionados aos próprios SIGs, como a gestão do relacionamento com
clientes, chamada também de CRM; o sistema integrado de gestão, mundialmente conhecido como
ERP; a descoberta do conhecimento, ou KDD.
Também nessa unidade estudaremos o processo decisório e tecnologias aplicadas: DSS, EIS,
OLAP, Data Mining; o gerenciamento eletrônico de documentos, workgroup, workflow, groupware,
Knowledge Management; Supply Chain Management e tecnologias aplicadas: EDI, Web EDI, EBusiness,
Business Intelligence, Data Warehouse, Data Mart, ETL.
Este livro‑texto não esgota o assunto, muito pelo contrário, ele é apenas o ponto de partida para um
tema de extrema importância para o mundo dos negócios. As ideias aqui apresentadas têm por objetivo
que você tome conhecimento de reflexões inovadoras, discussões e análises em seu desenvolvimento
geral. O aluno precisa compreender coisas básicas e conceitos que promoverão maior conhecimento
sobre as técnicas já utilizadas no mercado de sistemas gerenciais para, assim, garantir a eficácia que a
sua compreensão é capaz de proporcionar aos profissionais da mesma área.
Tais sistemas ou processos fornecem as informações necessárias para gerenciar com toda a eficácia
que as organizações são capazes de, no mundo moderno, oferecer aos profissionais e às empresas que
as utilizam um aglomerado de informações importantes e muito mais disponíveis como se ainda
precisássemos “garimpar” informações coorporativas.
Um SIG gera produtos de informação que apoiam muitas necessidades de tomada de decisão
administrativa e é o resultado da interação colaborativa entre os SIGs. É um método que torna disponível
para as pessoas, tecnologias e procedimentos, que ajudam uma organização a atingir as suas metas.
Em um mundo capitalista, onde o lucro é fundamental, isso faz toda a diferença e ajuda as empresas
na sua estabilidade financeira.
Assim, um sistema consiste no ganho de tempo quanto à verificação geral dos problemas da
organização e na maneira em que o profissional e a empresa recebem o retorno da informação sobre o
que está ocorrendo.
Como objetivo principal da matéria, o SIG auxilia nas funções de planejamento, controle e organização
de uma empresa, fornecendo-lhe informações seguras, entendimento dos principais conceitos e
instrumentos relacionados aos SIGs, gestão do conhecimento e da área de recursos humanos.
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Apoiados nos objetivos específicos, a disciplina se propõe a conhecer a importância dos SIGs no
contexto atual das organizações, relacionando-os à gestão do conhecimento e à competitividade
organizacional, fornecer visão sistêmica dos SIG e, por fim, conhecer os principais SIGs.
Como principal competência, é construída uma visão elaborada com base em situações do dia a dia
do profissional, na atuação dos gestores de recursos humanos de maneira integrada às demais áreas, na
identificação de dados a serem inseridos e inter-relacionados nos sistemas, interpretação e análise de
dados para atuação no planejamento estratégico e em tempo hábil para a tomada de decisão.
Com base no exposto, encontramos elementos fundamentais para que o estudo dos SIGs se torne
um instrumento eficaz com vistas à conquista de resultados por meio de uma linha de raciocínio
consistente, capaz de transformar uma circunstância dada e promover o seu desenvolvimento enquanto
aluno e profissional da área.
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SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS
Unidade I
O campo de conhecimento que abrange os conceitos que demonstram a importância dos chamados
sistemas de informações gerenciais (SIGs) vivencia profundas e bem-sucedidas discussões que se desenvolveram
intensamente ao longo das últimas décadas. É certo que ao analisarmos sua evolução como ferramenta para
o desenvolvimento tecnológico e estrutural de uma empresa, vamos nos deparar com inúmeras opiniões
de competentes gestores que fizeram desses sistemas e ferramentas a verdadeira razão do sucesso de
suas empresas.
Ao mesmo tempo que se observa essa expansão e todo esse desenvolvimento tecnológico, ainda
hoje, no Brasil e em grande parte do mundo, esbarra-se com uma maioria de executivos e gestores
que teima em não acompanhar os modernos recursos tecnológicos oferecidos pela rede de sistemas de
informação gerenciais.
É importante ressaltar que a sua aplicação não está restrita às organizações, pois, de fato, hoje, para tudo
que fazemos e com o que nos deparamos, de alguma forma, precisamos aplicar conhecimentos inovadores.
Assim a área estudada aqui está presente em todos os aspectos de nossas vidas; contudo, nesta disciplina, na
maior parte de seu desenvolvimento, focaremos o mundo organizacional.
Esta disciplina tem o objetivo de trazer o aluno para o mundo diferenciado e inovador dos sistemas de
gerenciamento e discutir conceitos que levem os futuros profissionais a pensarem em necessidades cada vez
mais pontuais e crescentes, pois elas acabam por esbarrar em sua utilização na execução de processos dentro
de uma organização por se mostrarem facilitadoras de uma melhor administração.
Saiba mais
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Unidade I
Para utilizarmos melhor esse conhecimento, podemos usar algum sistema de informação como algo
bastante comum: um caderno de anotações, uma agenda, uma lista de endereços ou um sistema simples
baseado em computador etc. Porém percebe-se que, muitas vezes, o grau de importância das informações é
bastante elevado, principalmente, quando nos referimos ao nível organizacional. No processo de classificá-las
e interpretá-las, sempre existirá um maior rigor.
Nesse caso, temos que recorrer a sistemas de informação mais complexos, formais e geralmente
computadorizados, que coletam, organizam, recuperam e comunicam a informação. Assim, sabemos que
o desenvolvimento de novas tecnologias da informação tem provocado grande impacto na sociedade em
que vivemos.
Atualmente, podemos afirmar que as novas tecnologias da informação estão presentes em todos os tipos de
empreendimentos, independentemente de seu tamanho, e que, sem elas, é quase impossível administrar uma
empresa de maneira competitiva no mercado. Portanto, no mundo dos negócios, a informação constitui‑se
num elemento essencial e indispensável para a sua existência (WAKULICZ, 2016).
Essas conclusões deixam muito claro aquilo que realmente é um SIG e para que ele serve. No mais,
basta tentarmos adaptar conceitos às atividades realizadas.
Saiba mais
12
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS
Mas o que é sistema de informação gerencial (SIG)? Como se trata de um conceito multidisciplinar
que engloba diversas áreas de estudos que contribuem para o desenvolvimento de seus constructos,
podemos citar diferentes aspectos e filtros sobre o tema.
Principalmente com a evolução da internet, as empresas estão cada vez mais se conectando
pela internet, intranet, externet e outras redes de telecomunicações a fim de auxiliar nas operações
comerciais e na colaboração dentro da empresa, com os clientes, fornecedores e outros parceiros comerciais.
Nesse sentido, a quantidade e a qualidade das informações são fatores preponderantes e devem ser
considerados quando da adoção de um sistema de informação. A utilização de sistemas de informações
nas empresas tem sido cada vez mais crescente. Esses sistemas são cada vez mais ousados e podem
fazer ações inimagináveis no contexto do desenvolvimento coorporativo e, consequentemente, humano
(CHIAVENATO, 2000).
Observa-se essa grande eficiência quando a empresa implanta um sistema de informação. Ela
contribui com todos os setores que recebem informações através de um banco de dados no qual elas
ficam armazenadas e são processadas e geradas assim que necessário, sendo o foco principal de um SIG
a eficiência operacional em auxiliar todos os departamentos da organização.
Existem várias definições para o conceito de SIG, umas mais complexas, voltadas para especialistas
e estudiosos; e outras mais simples, que demostram a real dimensão do conceito e ajudam na aplicação
dele no dia-a-dia de profissionais que precisam saber e utilizar algum sistema de informação.
Os SIGs são métodos que facilitam a administração das empresas em relação às muitas informações
importantes que existem para todo o processo de tomada de decisão e ainda proporcionam um maior
suporte para que as funções de planejamento, controle e operação das organizações consigam realizar‑se
com maestria, fornecendo informações sobre o passado, o presente e o futuro projetado sobre os efeitos
relevantes dentro e fora da organização (BALTZAN; PHILLIPS, 2012).
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Unidade I
Já para Wakulicz (2016), o SIG tem a finalidade de ajudar uma organização a atingir suas metas, fornecendo
aos administradores uma visão das operações regulares da empresa de modo que se possa organizar, controlar,
planejar de forma mais eficaz e eficiente.
Um SIG vai sempre fortalecer e enriquecer um plano de atuação das empresas, trazendo e gerando
informações rápidas, úteis, seguras e atualizadas e, assim, garantindo uma estruturação de gestão
diferenciada. Por último, proporcionará uma melhora significativa na evolução do desempenho
profissional dos gestores e tomada de decisões com maior índice de acertos (ELEUTERIO, 2015).
Observação
Os SIGs são de extrema importância dentro de uma empresa. Existem tecnologias que disponibilizam
meios necessários para o crescimento e desenvolvimento das empresas. As SIGs contribuem cada vez mais
com agilidade, competência, eficiência e eficácia dos sistemas e operações numa empresa.
A informação dentro da empresa auxilia no apoio às decisões através dos sistemas informativos que a
organização possui, focalizando a transmissão e a recepção dessas informações para serem processadas com
eficiência na tomada de decisão. Com base nesse conceito, Oliveira (2008, p. 32) afirma que
Tem-se, nesse conceito, que o SIG ajuda no tripé básico de segurança da empresa.
14
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS
Lembrete
Esses três conceitos “afetados” pela definição de SIG são responsáveis pelo
desenvolvimento constante das empresas. Firma-se, assim, a importância
e o espaço que os SIGs conquistam cada vez mais no mundo coorporativo.
Segundo Munhoz (2017), todos os SIGs prezam por ter como principal função o direcionamento
do executivo na sua tomada de decisão. Por menor que seja a tomada de decisão numa empresa, esses
sistemas têm por base o auxílio e a reparação de atitudes que podem ser muito importantes para o
mundo corporativo.
Entre os principais benefícios apontados, podemos destacar vários sistemas específicos, que se
tornaram ao longo dos anos fundamentais para entender os aspectos de melhorias na produtividade e
na redução dos custos de operação.
• Melhoria nas tomadas de decisões, estímulo de maior interação entre os tomadores de decisão.
• Melhoria na estrutura do poder, dando maior poder àqueles que entendem e controlam o sistema.
15
Unidade I
• Melhoria nas atitudes e atividades dos funcionários na empresa, aumentando a motivação das
pessoas envolvidas.
Lembrete
Pode-se dizer que a produção não deve ser limitada ou centralizada em relação ao entendimento
das interações entre seres humanos e sistemas. Ela deve criar um compromisso da equipe de trabalho
com as metas da organização.
Como as SIGs podem influenciar na interação entre gestores? Já vimos que podem ser bem mais
eficientes e causarem um efeito mais positivo do que o contrário. Mesmo muitas vezes sendo sistemas
bastante caros, é algo que compensa à empresa em termos de melhorias gerais.
No sentido de integração entre gestores, um dos maiores desafios dos sistemas de informações é assegurar
de forma confiável a qualidade e agilidade da informação que é imprescindível para as organizações e seus
gestores. Os SIGs conseguem diminuir as diferenças entre os diversos pensamentos existentes nas decisões
importantes dentro da empresa, e isso torna os seus gestores mais próximos e alinhados, causando algo
bastante positivo para o crescimento e desenvolvimento da empresa (BIO, 1985).
Existem três níveis de planejamento e gerenciamento dentro de uma organização, segundo estudiosos da
administração de grandes empresas.
• Nível tático: corresponde ao sistema de informações táticas (SIT), que considera a interação
das informações de uma área de resultado, como finanças, produção, marketing e RH; e não da
empresa como um todo.
Estratégico SIE
Operacional SIT
Saiba mais
Todos os SIGs apresentam um alto nível de componentes inteligentes baseados na coleta do sistema e nas
coletas humanas de quem os utiliza, o que desenvolve na equipe mecanismos de feedback e imediatamente
proporciona melhorias de projeções e proatividade de seus usuários.
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Unidade I
Lembrete
Uma das principais funções dos SIGs é fornecer relatórios que tragam
informações sobre o funcionamento por completo das empresas. Com
essas informações produzidas, os gestores conseguem controlar e delinear
os melhores direcionamentos para a organização ser competitiva no ramo
em que atua. Os sistemas dão suporte em todas as partes das empresas,
analisando e desenvolvendo o produto e/ou serviço e podem antecipar e
prevenir o que pode ocorrer nos próximos anos (MUNHOZ, 2017).
Tais ferramentas citadas no tópico anterior, segundo Oliveira (2008), permitem aos gestores obter de
maneira dinâmica e prática as informações necessárias para embasar as decisões que norteiam as empresas,
seja em questões administrativas internas, em estratégias de vendas ou em outras áreas que necessitem de
uma gestão mais apurada de indicadores. É dessa forma que esses sistemas proporcionam todo e qualquer
benefício pelo alinhamento das estratégias de negócios (CHIAVENATO, 2000).
Com um planejamento no qual são definidos os objetivos e as estratégias a serem seguidos por todos,
podemos obter as informações que permitem proceder à função organização. Por meio dessa função,
a estrutura organizacional que viabilizará o alcance dos objetivos planejados é delineada. Os objetivos e
estratégias ajudam a definir as tarefas e responsabilidades de cada indivíduo, além de auxiliar na identificação
do sistema de autoridade e de comunicação ideal para o cenário idealizado (CHIAVENATO, 2000).
Em seguida, podemos partir para a execução do que foi planejado, conforme atribuições da função
direção. Fazendo uso das informações disponíveis, o administrador motiva e conduz os seus colaboradores
na aplicação correta dos recursos materiais, financeiros, tecnológicos, físicos e mercadológicos, conforme
o que foi planejado (CHIAVENATO, 2000).
Observação
18
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS
• Sistemas abertos: aqueles que interagem com o ambiente externo. Apresentam relação de causa e
efeito com o ambiente e são chamados normalmente de sistemas orgânicos. Nesse sentido, podemos
definir que as empresas são sistemas abertos que sofrem influência das variáveis externas, como
políticas econômicas, variáveis sociais, tecnológicas, éticas, ecológicas e de ordem legal, ou seja,
são influenciadas também pela legislação vigente e tributação. Valorizam a proação, inovação,
orientação para o mercado e flexibilidade de processo ou adhocracia (o termo adhocracia significa
uma organização flexível que se molda às dificuldades do mercado, remodelando seus processos
sistematicamente à medida que são afetadas por problemas externos).
• Sistemas fechados: aqueles que não sofrem influência do ambiente externo. São sistemas
normalmente criados pelo homem, como máquinas e motores, portanto, não sofrem com as variáveis
do ambiente. Além disso, podemos dizer que os sistemas burocráticos são sistemas fechados de
organização, pois não consideram as variáveis externas, dando ênfase apenas ao processo interno.
Os SIGs são instrumentos de excelente qualidade para o processo decisório. Porém, para
que a empresa possa usufruir as vantagens básicas dos SIGs, é necessário que alguns aspectos
sejam observados: o envolvimento da alta e média gestão, a competência por parte das pessoas
envolvidas com um SIG.
A gestão de conhecimento atual está essencialmente vinculada aos conceitos que permeiam a
Era 4.0, que, hoje em dia, nos aponta que é bastante errado pensar que a tecnologia já está pronta e
evoluída. Isso não pode acontecer. O ser humano, assim como suas tecnologias, vai sempre estar em
evidente progresso e desenvolvimento.
Saiba mais
19
Unidade I
Nesse sentido, pensando nessa evolução contínua, o termo “Era 4.0” funciona para mostrar e
caracterizar essa enorme modernidade de fatores que culminarão em, cada vez mais, uma enormidade
de bens de consumo (LYDON, 2016).
As tecnologias presentes hoje são big data, internet das coisas, inteligência artificial, machine
learning, entre outras. O aperfeiçoamento corriqueiro e diário das máquinas é um processo que começou
na Primeira Revolução Industrial e nunca mais parou. Esse movimento é apontado como a Quarta
Revolução Industrial, que se utiliza dos sistemas ciberfísicos para modernizar a indústria, tornando
a automação holística com a integração das funções de produção e negócios além das fronteiras da
organização (LYDON, 2016).
Essa revolução vai muito além das tecnologias inovadoras nela empregadas e do mercado de
trabalho industrial. Um dos seus grandes trunfos que contribuem para a diferenciação das empresas
no mundo dos negócios é a gestão de seus conhecimentos e a capacitação de seus trabalhadores
para essa nova fase dos processos produtivos (SCHWAB, 2016). Eis importantes desafios a serem
gerenciados pelas organizações.
Dessa forma, após toda a evolução que a sociedade colheu depois das revoluções industriais, da
globalização e, principalmente, com a chegada e proliferação da internet, o mundo da indústria 4.0 e
seus impactos na vida de todos nós têm acontecido com muito mais frequência e riqueza de detalhes.
Hoje, vivemos e experimentamos como seres humanos uma quantidade ilimitada de novidades e
de revoluções.
Observação
Cabe entender tudo aquilo que faz parte do contexto do princípio fundamental da gestão do
conhecimento: gestão do capital humano e intelectual; e, por fim, o conceito e a aplicação do que é
vantagem competitiva, gestão do conhecimento e SIGs (CHIAVENATO, 2000).
Schwab (2016), uma das referências mundiais no assunto para a Quarta Revolução Industrial,
ressalta que, no futuro, o talento das forças de trabalho se sobressairá ao capital, representando
fator crítico de produção. Davenport e Prusak (1998) e Teixeira Filho (2000) afirmaram que a
verdadeira vantagem competitiva está na capacidade e na velocidade do aprendizado das pessoas nas
organizações, logo, a gestão do capital intelectual faz-se necessária. Acompanhando a modernização
do sistema produtivo, o sistema de educação corporativa passou a ter um papel de destaque na
construção de valores distintivos para a competitividade (apud AIRES; KEMPNER-MOREIRA; FREIRE,
2017), conforme pode ser observado no quadro seguinte.
É certo que o conhecimento é algo de extrema importância e se torna cada vez mais o foco. Assim,
muitas organizações ainda não sabem exatamente como lidar com essas incógnitas. Essa situação vem
cada vez mais causando enormes e diferentes desafios nos processos organizacionais, introduzindo
21
Unidade I
diferentes e novatos sentidos para a gestão de todas essas organizações. Dessa forma, a gestão do
conhecimento surge como uma necessidade para todas as organizações que desejam melhorar seus
resultados (QUANDT, 2001).
Por gestão do conhecimento (GC), entende-se o processo que se inicia com a definição dos
objetivos estratégicos da organização, passando pelas práticas para identificar, desenvolver, capturar e
disseminar conhecimento útil. A aplicação de conceitos, procedimentos e ferramentas de tecnologia de
informação apoiam as práticas coletivas de criação e o compartilhamento, visando o aperfeiçoamento
do desempenho organizacional (QUANDT, 2001).
Entre seus principais objetivos, está entender e gerenciar de forma sistemática e eficaz o
reconhecimento da organização a partir de seus ativos de conhecimento, de forma a criar, capturar,
organizar, distribuir, compartilhar, aplicar, renovar e monitorar o conhecimento (WIIG, 1997). Em suma,
a GC propicia que o conhecimento agregue valor e traga resultados reais às organizações.
O objetivo final do ciclo de GC é aplicá-lo. Após a captura e/ou criação do conhecimento, sua
codificação e seu compartilhamento, é imprescindível utilizá-lo no intuito de diminuir o desperdício de
tempo e os recursos ao buscá-lo. A chave para o tão almejado sucesso organizacional é a capacidade
de capturar conhecimento, transformá-lo em aprendizagem organizacional e reutilizá-lo de forma
eficaz na tomada de decisões mais inteligentes (KIMIZ, 2005).
Para Kimiz (2005), o principal e mais complexo desafio está relacionado às pessoas. Esse
elemento, considerado uma das bases fundamentais da GC, é, por vezes, ignorado pelos gestores
no seu processo de implementação e desenvolvimento. Se parte do conhecimento organizacional
é tácito e precisa ser explicitado (NONAKA; TAKEUCHI, 1997), as pessoas tornam-se componentes
críticos nesse processo, ou seja, sem pessoas, não há GC. Quanto mais tácito, maior o valor do
conhecimento (KIMIZ, 2005).
Como tudo o que é novo, a implantação de programas de GC também provoca resistências. Para
superá-las, Nair e Prakash (2009) recomendam a ênfase na informação, na educação, no treinamento,
no convencimento e, especialmente, na confiança. Para a GC, o relacionamento é a base do
compartilhamento, da socialização e da combinação de conhecimentos, o que ocorrerá somente em
um ambiente propício à criatividade e à inovação, em que a confiança é um dos pilares fomentadores
(NONAKA; VON KROGH; VOELPEL, 2006).
Lembrete
A GC tem o poder de uma bola de neve, que se inicia pequenina, mas com o tempo cresce e ganha
potencial para grandes feitos (espera-se, positivos).
A indústria 4.0 é uma realidade na qual a tecnologia industrial torna-se cada vez mais eficiente:
mais inteligente, mais rápida e mais precisa e independente. Depois de entender o que é Era 4.0, pode-se
então abordar o que está por trás da sua origem. Embora as revoluções industriais remetam a passagens
registradas séculos atrás, nesse caso, o movimento é bastante recente (KIMIZ, 2005).
23
Unidade I
O marco inicial aponta para uma estratégia adotada pelo governo alemão para o setor industrial no
início da segunda década deste milênio. Um grupo de trabalho liderado por Siegfried Dais (Robert Bosch
GmbH) e Henning Kagermann (German Academy of Science and Engineering) desenvolveu um projeto
que consistia na implementação de soluções tecnológicas em unidades fabris. A ideia era promover
a informatização da manufatura e a integração de dados. Em 2011, o grupo mencionou o trabalho
durante a Feira de Hannover, na Alemanha. O projeto continuou e, na edição de 2013 da mesma feira, o
relatório final sobre a indústria 4.0 foi apresentado, tornando o conceito conhecido a todos nós. Assim,
nascia uma ideia clara e precisa de fábricas inteligentes nas quais as máquinas e os equipamentos
podiam tomar decisões com base em dados (CHIAVENATO, 2000).
Paralela a todos esses conhecimentos, essa revolução, chamada Era 4.0, está bastante ligada a era
dos SIGs, que, conforme já vimos no decorrer do estudo, está voltada para tudo que diz respeito aos
sistemas de informações gerenciais.
Da mesma forma, na literatura, temos o termo “SIG” também para designar o sistema de informações
geográficas com a tecnologia dependente de um sistema de informação gerencial (SIG). Esse termo é
oriundo do inglês GIS (geographic information system), como iremos daqui em diante denominar sistema
de informações geográficas, para que não haja confusão com sistema de informações gerenciais. Para
saber o que é GIS, é necessário definir o que é IG (informação geográfica). Nesse sentido, pode-se pensar
essas informações geográficas, muito utilizadas atualmente, por exemplo, em GPSs, são informações
altamente processados e que habitam o universo das grandes SIGs (sistemas de informações gerenciais).
Com esse tipo de informações, os sistemas de informações geográficas são responsáveis, principalmente,
por garantir:
Da mesma forma, o detalhamento da informação geográfica pode ser muito superficial. Por exemplo:
Como é possível observar nos exemplos conforme os objetivos a serem alcançados, a resolução
geográfica pode variar. Outras características da informação geográfica são:
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SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS
— as feições naturais e muitas feições culturais (de origem humana) não são alteradas rapidamente;
— alguns terabytes (1012 bytes) de dados podem ser produzidos por um único satélite em um dia;
— alguns gigabytes (109 bytes) de dados são necessários para descrever a rede viária do Brasil.
Uma das principais aplicações desse sistema ocorre no planejamento e ordenamento territorial,
como o planejamento urbano de uma cidade; o planejamento ambiental, por exemplo, o controle e o
monitoramento do desmatamento na Amazônia (KIMIZ, 2005).
Esse sistema é uma ferramenta que vem sendo utilizada cada vez mais pelos órgãos públicos e
privados, pois permite a maximização de informações coletadas. O último Censo, de 2010, realizado pelo
IBGE, utilizou-se do GIS para coleta, armazenamento e tratamento dos dados colhidos (KIMIZ, 2005).
Exemplos desse sistema são geoprocessamento, sensoriamento remoto e o GPS. Cada uma dessas
três ferramentas tem uma função específica.
O sensoriamento remoto é um conjunto de técnicas utilizado para a captação de imagens por meio
de sensores de satélites, acoplados de equipamentos fotográficos e scanners. É uma técnica que permite
obter informações de um determinado objeto sem entrar em contato físico com ele (KIMIZ, 2005).
GPS quer dizer em português sistema de posicionamento global (traduzido do inglês global
positioning system), um instrumento que permite a localização de uma pessoa ou de um objeto espacial
a partir de suas coordenadas geográficas, latitude e longitude. Atualmente, vem sendo utilizado em
diversos setores econômicos, como na agricultura e no rastreamento de carga de veículos. Com os
problemas de trânsito enfrentados nas grandes cidades, vem se tornando um item indispensável para
navegação e orientação aos motoristas de carro (KIMIZ, 2005).
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Unidade I
Para Kimiz (2005), muitas outras tecnologias, ciências e técnicas são utilizadas na aquisição e
manipulação de informações geográficas, entre elas, estão a cartografia, a geodesia, a topografia, a
fotogrametria e os GISs, que são compostos por:
• uma instância prática de um SIG combina programa computacional com equipamentos, dados,
usuários e procedimentos, para resolver um problema, auxiliar decisões e planejamentos.
Os equipamentos para esse sistema geográfico são os mesmos utilizados em qualquer outra
aplicação (teclado, monitor, cabos, dispositivos para internet, processadores CISC e/ou RISC).
No entanto, a esses equipamentos comuns, podem ser adicionados periféricos extras, tais como
receptores de sinais GNSS, grandes impressoras/plotters, restituidores fotogramétricos digitais,
scanners etc. O conjunto de equipamentos de um GIS depende da aplicação e do gerenciamento
estratégico da instituição onde o SIG está sendo implantado.
Atualmente, um GIS pode ser aplicado a praticamente todas as atividades humanas, uma vez que essas
atividades são sempre executadas em algum local, em alguma posição geográfica. As grandes aplicações
de SIG requerem a montagem de uma equipe multidisciplinar, envolvendo profissionais de informática,
bancos de dados, cartografia (cartografia, sensoriamento remoto, fotogrametria, geodesia etc.) e outros
profissionais das áreas de aplicações do SIG, ou seja, se o SIG estiver sendo aplicado na gestão de
distribuição elétrica, se fazem necessários, na equipe, profissionais diretamente relacionados com gestão
de eletricidade, o mesmo raciocínio pode ser feito em relação à agricultura, ao planejamento urbano
etc. Além desses profissionais, é preciso contemplar também as pessoas que utilizarão as informações
geográficas produzidas pelo sistema, as quais nem sempre estão relacionadas com a aplicação ou com
a instituição onde o sistema está implantado. Dessa forma, é possível categorizar os recursos humanos
em três grupos, o núcleo de geomática, os usuários temáticos e os usuários gerais.
chaves, válvulas, representando, muitas vezes, bilhões de dólares em infraestrutura instalada. Esses
sistemas são aplicados à gestão de infraestruturas e também recebem o nome de AM/FM (automatic
mapping/facility management).
Uma companhia de gestão de infraestrutura pode receber milhares de telefonemas para manutenção
em um único dia. Assim, necessita gerenciar todas essas atividades, manter informações acuradas
sobre o posicionamento geográfico de todos os consumidores, equipamentos e atividades, manter os
registros de atividades atualizados, realizar avaliações diárias dos serviços executados e ainda fornecer
informações para outras instituições, por exemplo, disponibilizar as informações sobre a tubulação
subterrânea da rede de esgoto para a empresa de telefonia que necessita cavar um buraco em uma
determinada posição geográfica.
No caso de uma empresa responsável por rodovias, se faz necessário armazenar informações
sobre o estado da pavimentação em toda a rede de rodovias. Além disso, manter um cadastro de toda
a sinalização vertical e horizontal das rodovias e analisar dados de acidentes. Atualmente, algumas
localidades no Brasil e muitos países desenvolvidos contam com a possibilidade de carros com
sistemas de navegação pelo sistema viário, contendo mapas digitais de ruas e rodovias, conectados
a receptores GNSS. Empresas de distribuição de bens e serviços mantêm suas frotas conectadas a
receptores GNSS. Dessa forma, realizam o monitoramento e controle de cada um de seus veículos
em tempo real.
No setor florestal, esse sistema pode ser aplicado ao manejo de árvores, com vistas à extração
sustentável de madeira. Todas as árvores produtoras de madeira são georreferenciadas; e sua volumetria,
sistematicamente monitorada. Quando o volume de madeira na floresta diminui a taxa de crescimento,
essas árvores podem ser seletivamente retiradas e sua madeira encaminhada para a indústria. No entanto
a retirada de árvores da floresta também é um problema geográfico e necessita ser cuidadosamente
planejada para não comprometer as árvores em crescimento.
Após a retirada das árvores, é realizado o replantio das mesmas espécies, nas mesmas posições
geográficas, mantendo assim a floresta saudável e produtiva.
A floresta ainda pode ser utilizada em outras atividades humanas sustentáveis, como turismo e
extrativismo (apicultura, extração de resina, frutos, flores etc.).
Dessa forma, o que significa fazer e aplicar esses sistemas de informação geográfica? Pode significar
utilizar ferramentas dos programas computacionais de SIG para resolver um problema, como os
anteriormente mencionados.
27
Unidade I
• Definição do problema.
• Realização de análises.
Muitas vezes, se faz necessária a construção e/ou adaptação das ferramentas dos programas
computacionais desses sistemas. As ferramentas são:
Outras funções de análises espaciais, por exemplo, funções aplicadas às ciências sociais e econômicas
podem ser incorporadas aos programas computacionais desses sistemas.
Saiba mais
Fazer um SIG pode significar também o estudo das teorias e conceitos básicos de SIG e outras
tecnologias da informação geográfica. Nesse caso, está-se lidando com a ciência da informação geográfica.
28
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS
A gestão do conhecimento é uma questão de primeira ordem no mundo em que vivemos. Cada
vez mais, nos dias de hoje, exige-se de profissionais uma compreensão diferenciada e excessiva. O
ambiente de negócio no qual se vive é palco de diversas transformações a todo e qualquer momento,
e as ferramentas de consulta disponíveis para todas as pessoas não permitem mais a exploração da
assimetria de informações como um diferencial para a geração de valor (CHIAVENATO, 2000).
Sabe-se que o conhecimento, então, é muito importante na atualidade, mas o que se observa no
mercado é que as organizações não são capazes de gerenciá-lo. É nesse contexto que a GC se mostra
significativamente importante para estas e todas as outras organizações que desejam melhorar seus
resultados (CHIAVENATO, 2000).
Saiba mais
Por GC, entende-se o processo que se inicia com a identificação dos objetivos estratégicos da
organização, passando pelas práticas para identificar, desenvolver, capturar e disseminar conhecimento
útil. A aplicação de conceitos, procedimentos e ferramentas de tecnologia de informação apoiam
as práticas coletivas de criação e compartilhamento, visando o aperfeiçoamento do desempenho
organizacional (QUANDT, 2001).
A real e sábia GC tem de agregar valores tanto para os seres humanos quanto para a própria empresa
como uma grande ou pequena entidade. Wiig afirma:
29
Unidade I
Para entender o que é GC, é importante saber que a palavra conhecimento é diferente de dados e de
informações. Dados representam uma série de fatos, conceitos ou estatísticas que podem ser analisados
para produzir informações.
Alguns exemplos dessa definição são o ano de fundação de uma empresa, o peso de uma pessoa ou
o número de habitantes de uma cidade. Informações, por sua vez, são os dados agregados de maneira a
produzir propósito e significado para a organização. Um exemplo é a coleção das estatísticas de venda
de um determinado produto durante os meses do ano, organizada para o planejamento da produção e
previsão de cobertura de estoque (WIIG, 1997).
Em 1990, o então vice-presidente do Canadian Imperial Bank of Commerce (CIBC), Hubert Saint‑Onge,
iniciou suas pesquisas sobre a GC quando desenvolveu um modelo chamado de estrutura dos ativos
do conhecimento. Essa pesquisa traz para as pessoas interessadas nesse assunto a possibilidade, pela
primeira vez na história da modernidade do conhecimento humano, de interação da evolução do
conhecimento diretamente ligada ao plano de negócio de uma empresa. Nesse sentido, a Canadian
argumenta que a gestão desse conhecimento deve ser excessiva e persistente e contemplar facilidades
nas transferências do conhecimento primário para todos os colaboradores de uma empresa e ainda ter
como meta principal a mudança de paradigmas daqueles seres humanos responsáveis pelas decisões
estratégicas da empresa (WIIG, 1997).
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SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS
Observação
O valor competitivo da maioria das organizações capitalistas e competitivas acaba por se tornar
o suprassumo que um funcionário pode oferecer para uma empresa. Assim, quanto mais competitiva
a empresa, maior se torna sua carteira de capital intelectual. Existe uma competição muito forte entre
empresas do mesmo ramo, assim, se sabe que sempre existirão empresas com mais destaque e saindo-se
melhor que outras. Isso é simplesmente a gestão de conhecimento que se coloca em prática (PORTER;
STERN, 2001).
Dizemos que as empresas que “se saem melhor” têm vantagem competitiva sobre as outras: ou
possuem acesso a recursos especiais, ou são capazes de usar os recursos disponíveis de maneira mais
eficiente – normalmente devido a ativos de conhecimento e informação superiores. Seja como for, elas
se saem melhor em termos de crescimento da receita, lucratividade ou crescimento da produtividade
(eficiência), fatores que, em última instância, traduzem-se em um valor da empresa no mercado acionário
superior ao da concorrência. Mas por que algumas empresas se saem melhor do que outras e como elas
conseguem vantagem competitiva? Como podemos analisar uma empresa e identificar suas vantagens
estratégicas? Como podemos desenvolver uma vantagem estratégica para a própria empresa? E como
os sistemas de informação contribuem para as vantagens estratégicas? Uma resposta a essas perguntas
é o modelo de forças competitivas de Michael Porter (PORTER; STERN, 2001).
E o que, então, podemos entender como vantagem competitiva? Toda e qualquer tipo de vantagem
é bem-vinda para uma empresa e ela está intimamente ligada a sua gestão de conhecimento. Essa
vantagem chamada de competitiva caracteriza-se por um conjunto de características que posiciona
determinada empresa à frente das concorrentes no mercado. É o motivo que a leva a ser escolhida na
hora da compra, em detrimento das demais (PORTER; STERN, 2001).
31
Unidade I
O principal teórico desse conceito é Michael Porter, professor da Escola de Negócios de Harvard,
que, em 1985, publicou o livro Vantagem competitiva. A partir desse trabalho, são definidas três formas
gerais de atingir essa vantagem:
Para deixar mais claro o que significa vantagem competitiva, é importante destacar o que a empresa
precisa ter para ser considerada como tal.
Primeiro, deve ser percebida como valor pelo consumidor. Não é a empresa que a impõe, mas o
público que a percebe.
Por exemplo, veja o caso de uma empresa que fabrique carros para rodar em Plutão. Há uma grande
probabilidade de ela ter exclusividade sobre esse produto, mas, se não há um público interessado nisso,
tampouco há vantagem competitiva.
Segundo, a vantagem competitiva deve ser replicável internamente com facilidade, porém dificilmente
reproduzida por outras companhias, o que quer dizer que a vantagem não pode ser um episódio isolado.
Se ela for relativa ao preço, uma simples liquidação não conta, porque é momentânea. O preço do produto
ou serviço no longo prazo deve ser mais baixo que o dos concorrentes (PORTER; STERN, 2001).
Significa também que devemos ter cuidado ao considerar a otimização de processos como vantagem
competitiva. Digamos que sua empresa adote ferramentas digitais e seja mais produtiva, reduzindo
custos e aumentando a eficiência do trabalho. Isso só a colocará na dianteira da concorrência até o
momento em que outra companhia adote os mesmos procedimentos.
O terceiro ponto é ser sustentável no longo prazo. Se buscar uma vantagem competitiva pelo preço
implica reduzir a qualidade do produto ou prejudicar as finanças com o passar do tempo, ela não se
sustentará como diferencial do negócio. Dessa forma, a vantagem competitiva é consequência direta
da gestão de conhecimento, que, por sua vez, se torna consequência dos SIGs (PORTER; STERN, 2001).
Com o surgimento da internet, as forças competitivas tradicionais ainda estão atuando, mas a
rivalidade em termos de competitividade tornou-se muito mais intensa (PORTER; STERN, 2001). Como
a tecnologia da internet baseia-se em padrões universais que qualquer empresa pode usar, ficou mais
fácil para os rivais desencadear uma guerra de preços, assim como novos concorrentes tiveram acesso
facilitado ao mercado. Uma vez que a informação está disponível para qualquer um, a internet aumenta
o poder de barganha dos clientes, que podem rapidamente encontrar na web o fornecedor de custo
mais baixo. Os lucros desabaram (PORTER; STERN, 2001).
O próximo quadro resume alguns dos impactos potencialmente negativos da internet nas empresas,
conforme enumerados por Porter.
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SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS
A internet praticamente destruiu alguns setores e impôs severas ameaças a outros tantos. Os
setores de enciclopédias impressas e de agências de viagem, por exemplo, foram quase dizimados pela
disponibilidade de substitutos através da internet. Da mesma forma, a internet tem tido um impacto
significativo nos setores de varejo, música, livros, corretagem, software, telecomunicações e viagens. O
caso de encerramento mencionado fornece uma discussão detalhada sobre o impacto da internet no
setor editorial.
Lembrete
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Unidade I
Resumo
Nesse sentido, vale reforçar que a indústria 4.0 não abrange apenas as
unidades fabris, mas, sim, todo o ecossistema industrial. O cenário é favorável
à agilidade, autonomia e eficiência. Isso sem falar que abre espaço para novas
oportunidades de negócios. Até por essa razão, como mencionamos, gestores
e empresários devem acompanhar a modernização (PORTER; STERN, 2001).
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SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS
tecnologias estão aí para facilitar as nossas vidas. Temos que olhar para elas
com uma visão positiva e aprender como explorar todo o potencial existente.
Essa revolução vai muito além das tecnologias inovadoras nela empregadas
e do mercado de trabalho industrial. Um dos seus grandes trunfos que
contribuem para a diferenciação das empresas no mundo dos negócios
é a gestão de seus conhecimentos e a capacitação de seus trabalhadores
para essa nova fase dos processos produtivos (SCHWAB, 2016). Eis os
importantes desafios a serem gerenciados pelas organizações.
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Unidade I
Exercícios
Como as empresas apresentam diferentes níveis hierárquicos, elas também precisam de diferentes
tipos de informação para resolver diferentes tipos de problemas. Na figura a seguir, é apresentada uma
visão integrada do papel dos sistemas de informação em uma empresa.
Problema Nível
organizacional organizacional
Gerência média
Tático ou intermediária
Trabalhadores do
Conhecimento conhecimento
Operações, Funcionários
produção, da produção e
serviço serviços
Produção Finanças Vendas/ Recursos
contabilidade marketing humanos
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SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS
A) I, II e III.
B) I e II, apenas.
C) II e III, apenas.
D) I e III, apenas.
E) I, apenas.
I – Afirmativa correta.
Justificativa: na figura do texto do enunciado, vemos que “as empresas não possuem um único
grande sistema de informações, mas, sim, diferentes sistemas especializados, cada um deles cobrindo
uma área funcional” (WAKULICZ, 2016).
II – Afirmativa correta.
Justificativa: os sistemas do nível tático “servem para dar suporte aos gerentes de nível médio
ou intermediário na coordenação de atividades a serem realizadas diariamente na empresa”
(WAKULICZ, 2016).
Justificativa: os sistemas operacionais “tratam das atividades diárias da empresa no que se refere à
produção e aos serviços” (WAKULICZ, 2016).
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Unidade I
I – Muitos dos sistemas de processamento de transações (SPT) têm foco departamental e são
construídos com a finalidade de automatizar processos ou de auxiliar em um ou mais processos ligados
a uma área específica. Um exemplo dessa situação pode ser visto nos sistemas de contas a pagar
empregados em departamentos financeiros.
II – Os sistemas de informações gerenciais (SIGs) são utilizados para auxiliar a tomada de decisões
gerenciais e correspondem a um tipo de sistema de processamento de transações.
III – Os sistemas de apoio à decisão (SAD) são um subtipo dos sistemas de processamento de
transações e não estão relacionados a nenhum outro tipo de sistema de informação.
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
I – Afirmativa correta.
Justificativa: os sistemas de processamento de transações estão profundamente relacionados ao
cotidiano de funcionamento de uma empresa, registrando dados e possibilitando as diversas transações
necessárias às operações do negócio.
II – Afirmativa incorreta.
Justificativa: os sistemas de informações gerenciais (SIGs) não são considerados sistemas de
processamento de transações (SPT).
III – Afirmativa incorreta.
Justificativa: os sistemas de apoio à tomada de decisões (SAD) não são um subtipo dos sistemas
de processamento de transações (SPT). Na realidade, eles são um subtipo dos sistemas de informações
estratégicas. Vale destacar que “o sistema de informação estratégica (SIE) é um instrumento
da gestão da informação construído para auxiliar o processo de tomada de decisão oferecendo
aos seus usuários informações que permitem respostas mais rápidas às mudanças ambientais”
(Disponível em: https://bit.ly/3L7klhj. Acesso em: 23 jan. 2022).
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