Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Computação
Autora: Profa. Karina de Oliveira Barbosa
Colaboradores: Prof. Angel Antonio Gonzalez Martinez
Profa. Larissa Rodrigues Damiani
Profa. Christiane Mazur Doi
Professora conteudista: Karina de Oliveira Barbosa
Graduada em Física e mestra e doutora na área de Física de Materiais pela Universidade de São Paulo (USP).
Pós-doutora em Química também pela USP, com o tema técnicas computacionais de rede neurais aplicadas em plantas.
Professora titular da Universidade Paulista.
CDU 51
U515.26 – 22
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem
permissão escrita da Universidade Paulista.
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Unip Interativa
Material Didático
Comissão editorial:
Profa. Dra. Christiane Mazur Doi
Profa. Dra. Angélica L. Carlini
Profa. Dra. Ronilda Ribeiro
Apoio:
Profa. Cláudia Regina Baptista
Profa. Deise Alcantara Carreiro
Projeto gráfico:
Prof. Alexandre Ponzetto
Revisão:
Jaci Albuquerque
Aline Ricciardi
Sumário
Matemática para Computação
APRESENTAÇÃO.......................................................................................................................................................9
INTRODUÇÃO............................................................................................................................................................9
Unidade I
1 REVISÃO DE CONCEITOS DE MATEMÁTICA BÁSICA........................................................................... 11
1.1 Operações aritméticas......................................................................................................................... 11
1.2 Expressões algébricas........................................................................................................................... 13
1.2.1 Termos algébricos.................................................................................................................................... 17
1.3 Razão, proporção e regra de três.................................................................................................... 21
1.4 Porcentagem........................................................................................................................................... 25
2 CONJUNTOS........................................................................................................................................................ 31
2.1 Pertinência............................................................................................................................................... 33
2.2 Igualdade e desigualdade.................................................................................................................. 34
2.3 Conjuntos vazio, unitário e universo............................................................................................ 35
2.4 Subconjuntos e relação de inclusão.............................................................................................. 35
2.5 Operações entre conjuntos............................................................................................................... 36
2.5.1 União............................................................................................................................................................. 37
2.5.2 Intersecção................................................................................................................................................. 37
2.5.3 Diferença entre dois conjuntos.......................................................................................................... 38
2.5.4 Complementar de B em A.................................................................................................................... 39
2.6 Conjuntos numéricos........................................................................................................................... 45
2.6.1 Conjunto dos números naturais (N)................................................................................................ 45
2.6.2 Conjunto dos números inteiros (Z).................................................................................................. 45
2.6.3 Conjunto dos números racionais (Q).............................................................................................. 46
2.6.4 Conjunto dos números irracionais (I).............................................................................................. 47
2.6.5 Conjunto dos números reais (R)....................................................................................................... 47
2.7 Número de elementos de conjuntos............................................................................................. 49
Unidade II
3 INTRODUÇÃO ÀS FUNÇÕES E FUNÇÃO AFIM....................................................................................... 57
3.1 Introdução às funções......................................................................................................................... 57
3.1.1 Domínio, contradomínio e imagem................................................................................................. 59
3.1.2 Gráficos no plano cartesiano.............................................................................................................. 64
3.2 Função afim............................................................................................................................................. 68
3.2.1 Estudo dos coeficientes......................................................................................................................... 70
3.2.2 Função polinomial de 1º grau............................................................................................................. 72
3.2.3 Função constante.................................................................................................................................... 76
3.2.4 Raiz da função afim................................................................................................................................ 78
3.2.5 Lei de uma função afim a partir de seu gráfico ou de pontos conhecidos..................... 81
4 FUNÇÃO QUADRÁTICA................................................................................................................................... 87
4.1 Estudo dos coeficientes...................................................................................................................... 88
4.2 Raízes da função quadrática............................................................................................................ 90
4.3 Coordenadas do vértice da parábola............................................................................................. 96
4.4 Funções quadráticas do tipo f(x) = ax2.......................................................................................103
Unidade III
5 EQUAÇÕES E FUNÇÕES EXPONENCIAIS................................................................................................111
5.1 Potenciação...........................................................................................................................................111
5.1.1 Potências com expoente natural..................................................................................................... 112
5.1.2 Potências com expoente inteiro negativo................................................................................... 113
5.1.3 Propriedade de potência com expoente inteiro........................................................................ 115
5.1.4 Potências com expoente racional...................................................................................................121
5.2 Equações exponenciais.....................................................................................................................123
5.3 Função exponencial............................................................................................................................131
5.4 Forma exponencial × forma logarítmica...................................................................................139
6 MATRIZES..........................................................................................................................................................142
6.1 Representação genérica...................................................................................................................143
6.2 Tipos especiais de matrizes.............................................................................................................146
6.3 Adição de matrizes.............................................................................................................................147
6.4 Subtração de matrizes.......................................................................................................................148
6.5 Multiplicações envolvendo matrizes...........................................................................................149
6.5.1 Multiplicação de um número real por uma matriz................................................................ 150
6.5.2 Multiplicação entre matrizes........................................................................................................... 150
6.6 Conceito de determinante...............................................................................................................156
6.6.1 Definição.................................................................................................................................................. 156
6.6.2 Regra de Cramer................................................................................................................................... 159
Unidade IV
7 INTRODUÇÃO À LÓGICA..............................................................................................................................176
7.1 Proposições............................................................................................................................................176
7.2 Operações lógicas................................................................................................................................177
7.2.1 Negação (conectivo “não”)............................................................................................................... 178
7.2.2 Conjunção (conectivo “e”)................................................................................................................. 179
7.2.3 Disjunção inclusiva (conectivo “ou”)............................................................................................ 179
7.2.4 Disjunção exclusiva (conectivo “ou… ou”)..................................................................................181
7.2.5 Condicional (conectivo “se… então”).............................................................................................181
7.2.6 Bicondicional (conectivo “se e somente se”)............................................................................. 183
7.2.7 Resumindo as operações lógicas.................................................................................................... 184
7.3 Expressões lógicas...............................................................................................................................185
7.4 Tabelas-verdade...................................................................................................................................189
7.5 Números binários................................................................................................................................195
7.5.1 Constituição dos numerais em sistema decimal...................................................................... 196
7.5.2 Constituição dos numerais em sistema binário....................................................................... 198
7.5.3 Tabelas-verdade em sistema binário............................................................................................. 200
8 INTRODUÇÃO À ESTATÍSTICA.....................................................................................................................202
8.1 População e amostra.........................................................................................................................203
8.2 Média aritmética.................................................................................................................................205
8.3 Desvio-padrão......................................................................................................................................209
APRESENTAÇÃO
Olá, aluno!
O objetivo desta disciplina é fazer com que você se familiarize com alguns conceitos básicos de
matemática e com as simbologias envolvidas e seja capacitado a aprimorar o uso do raciocínio lógico,
o que possibilitará ampliar seus horizontes.
Também temos a proposta de fazer com que você, por meio das estratégias elaboradas neste
livro‑texto, perceba o sentido e atribua significados às ideias matemáticas que serão transmitidas. Além
disso, queremos que você seja capaz de fazer associações, generalizações, análises, estabelecer conexões
e desenvolver suas próprias ideias a partir do conteúdo ensinado.
Vale destacar que, como futuro profissional, você terá de ser preciso na identificação dos problemas
computacionais e competente na proposta de resoluções para tais problemas. Além disso, precisará
articular e integrar diferentes campos do saber, sempre usando os recursos computacionais disponíveis
com racionalidade, eficiência e eficácia.
Para desempenhar tais funções, você deverá ser apto a sugerir soluções algorítmicas que atendam
a situações variadas e a implementar essas soluções com o emprego de teorias, métodos, técnicas,
ferramentas e equipamentos adequados. Isso demanda, entre outras habilidades, o domínio de
fundamentos da matemática, a fim de que as estruturas de programação criadas, independentemente
da linguagem adotada, sejam construídas em bases sólidas e confiáveis.
É nesse contexto que esta disciplina ganha importância indiscutível na sua formação, no sentido de
capacitá-lo a utilizar ferramentas básicas da matemática com o propósito de analisar situações práticas
do cotidiano profissional.
INTRODUÇÃO
Na unidade II, veremos os conceitos de função, que são muito importantes para a área de
programação. Estudaremos funções afins, que incluem as famosas funções de 1º grau e, também, as
funções quadráticas, mais conhecidas como funções de 2º grau.
Na unidade IV, faremos uma introdução à lógica, apresentando conceitos de proposição, tabelas‑verdade
e números binários. Esses conceitos são aplicados a circuitos e algoritmos computacionais e, além
disso, contribuem para o desenvolvimento de nosso raciocínio lógico. Na sequência, veremos alguns
importantes conceitos relacionados à estatística, área da matemática dedicada a extrair informações
a partir de dados, cujos conceitos básicos têm aplicabilidade muito extensa na nossa vida profissional
e cotidiana.
Introduziremos todos esses conceitos mostrando suas aplicações práticas, ou seja, sempre associando
as ideias introduzidas com exemplos do cotidiano para facilitar e consolidar o seu entendimento.
Bom estudo!
10
MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO
Unidade I
1 REVISÃO DE CONCEITOS DE MATEMÁTICA BÁSICA
• Na adição, cada número a ser adicionado é chamado de parcela, e o resultado da adição é a soma.
No exemplo a seguir, o número 2 representa uma parcela, que é adicionada ao número 3, outra
parcela. A soma, nesse caso, é 5.
2+3=5
• Na subtração, as regras a serem aplicadas são as mesmas da adição. Os números a serem subtraídos
são chamados de subtraendo, e o resultado é o minuendo. Portanto, basta trocar o sinal “de mais
por menos” e efetuar o cálculo.
2–2=0
2×2=4
• Na divisão, por sua vez, cada número tem uma denominação diferente. O número que está sendo
dividido é chamado de dividendo e o número que divide é o divisor.
2
=1
2
Observação
11
Unidade I
Vale lembrar aqui alguns conceitos básicos de potenciação e radiciação, que são outras operações
aritméticas importantes nos cálculos computacionais.
No caso da potenciação, temos a seguinte definição: sendo a base a um número real e o expoente n
um número inteiro, temos o que segue.
an = a × a × a × a ×…a
a0 = 1
a1 = a
n
−n 1
a =
a
50 = 1
3
1 1
−3
=
2 =
2 8
No caso da radiciação, temos a seguinte definição: sendo a um número não negativo e n um inteiro
positivo, temos o que segue.
n
a =b → bn =a
2
• 9 = 3 , já que 32 = 9
1
• 0 = 0 , já que 01 = 0
3
• 8 = 2 , já que 23 = 8
12
MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO
Você provavelmente já se perguntou por que, nas aulas de matemática, sempre estamos procurando
“o tal do x”. Ao contrário do que alguns pensam, a inserção de letras em expressões matemáticas não
tem o propósito de complicar o raciocínio, e sim de organizá-lo. Por exemplo, quando desconhecemos
um valor de interesse, podemos utilizar uma letra, como x, para realizar a sua representação.
Expressões algébricas, portanto, são expressões matemáticas que utilizam letras ou quaisquer
símbolos não numéricos em sua composição, além de numerais e operadores aritméticos. Esse tipo
de expressão é capaz de traduzir situações cotidianas para a linguagem matemática e é a base das
equações e das funções, que estudaremos ao longo deste curso.
Alguns exemplos de expressões algébricas podem ser observados no quadro seguinte. Veja que,
sempre que um número é desconhecido, é utilizada uma letra para sua representação. Essas letras, tal
como apresentadas no quadro, representam variáveis e podem assumir valores numéricos adequados
dentro de um contexto.
Vamos resolver um exemplo que faz uso de expressões algébricas e que esclarece o conceito
de variável.
Exemplo 1. Para organizar um evento corporativo, o diretor da área de tecnologia de uma empresa
dividiu o time de desenvolvedores de software em 12 equipes distintas, cada uma com o mesmo número
de integrantes. Cada equipe ficará responsável por uma atividade específica do evento. Para coordenar
o trabalho dessas equipes, 6 gestores foram posteriormente designados. Sabe-se que, dos colaboradores
envolvidos, apenas o diretor não participará do evento, e que não há participantes externos. Nesse
cenário, faça o que se pede a seguir.
13
Unidade I
Resolução
q = 12x + 6
Note que nenhuma operação aritmética parece estar explicitamente indicada no termo 12x.
Mesmo assim, temos uma multiplicação entre a parte numérica e a parte literal, ou seja, temos
“doze vezes x”.
B) Encontramos, agora, um valor numérico para x. Nesse contexto, a variável x assumirá o valor 5, e
é possível calcularmos o número de participantes q do evento, como mostrado a seguir.
q = 12.5 + 6 = 60 + 6 = 66 participantes
C) Encontramos outro valor numérico para x. Nesse contexto, a variável x assumirá o valor 7, e é
possível calcularmos o número de participantes q do evento, como mostrado a seguir.
q = 12.7 + 6 = 84 + 6 = 90 participantes
D) Nessa situação, costumamos chamar x de incógnita. Não sabemos, a princípio, por qual valor
devemos substituir x, como nos casos anteriores. O que sabemos é o número total de participantes
(q = 150). Com esse dado, podemos montar uma equação de forma a calcular o número de
desenvolvedores em cada equipe que satisfaça tal equação, como mostrado a seguir.
q = 150 = 12x + 6
12x = 150 - 6
12x = 144
144
x=
12
x = 12
14
MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO
2x + 1 = 3
Nosso objetivo é determinar o valor do x para que a igualdade seja verdadeira. Logo, precisamos
“isolar o x”. Para isso, pensamos em “passar o +1 para o outro lado”, mas essa não é a ideia perfeita.
O procedimento correto é somar “−1” em ambos os lados da equação. Note que, se somarmos a mesma
quantidade em ambos os lados da igualdade, não alteramos a igualdade original.
2x + 1 + (−1) = 3 + (−1)
Veja, no lado esquerdo da equação, que +1 – 1 = 0, de forma que dizemos que “podemos cortar” o
1 com o -1. Logo:
2x + 1 + ( −1) = 3 + ( −1)
Então, chegamos a:
2x = 3 − 1
De forma simplificada, costumamos dizer que o +1 passa para o outro lado da primeira equação e
troca de sinal. Fazendo o cálculo do lado direito da equação, temos:
3–1=2
Assim:
2x = 3 − 1
2x = 2
O passo final para isolarmos x é “passar o 2 para o outro lado”, mas vamos fazer isso de forma
detalhada. Queremos eliminar o 2 do lado esquerdo da equação. Isso pode ser feito se multiplicarmos
ambos os lados por meio (1/2), de forma a não alterarmos a equação:
2x = 2
1 1
2x. = 2.
2 2
15
Unidade I
Note que:
1
2. = 1
2
1 1
2 x. = 2.
2 2
1
x.1 = 2 .
2
x.1=1
x=1
2x = 2
O que fizemos é equivalente a dizer que o 2 do lado esquerdo “passa para o outro lado dividindo”.
O 2 está multiplicando o x, logo, ao “passar para o outro lado” da igualdade, ele vai com a operação
inversa, sendo que a operação inversa da multiplicação é a divisão:
2x = 2
2
x=
2
2
x= =1
2
16
MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO
Veja que o resultado de 2 dividido por 2 é igual a 1. Nesse contexto, quando “cortamos tudo” de uma
equação e não sobra nada, quer dizer que esse resultado é igual a 1, e não igual a zero.
Vimos, no exemplo 1, x sendo chamado de variável nos itens B e C e de incógnita no item D. Por
mais que, muitas vezes, encontremos esses termos sendo utilizados como sinônimos, é interessante
sabermos que eles são essencialmente diferentes. Como variável, x pode assumir qualquer valor dentro
de determinado contexto. Por exemplo, na expressão y = 2x, podemos substituir o x por 2, o que leva à
variável y ao valor 4, pois 2 × 2 = 4. Se substituirmos x por 3, y passa a valer 6, pois 2 × 3 = 6. Temos,
nesse caso, uma lei matemática que caracteriza uma função, em que a variável y está escrita em função
da variável x (funções matemáticas serão discutidas com profundidade mais à frente). Note que nós,
de fato, variamos o valor assumido por x, o que leva também a uma variação no valor assumido por y.
Como incógnita, x não pode assumir valores independentes, pois precisa ser calculada de forma a
resolver a situação em que está inserida. Se tivermos 2x = 16, por exemplo, não podemos simplesmente
substituir x por diversos números: precisamos calcular o seu valor para que a igualdade 2x = 16 seja
verdadeira. Nesse caso, x é necessariamente igual a 8, pois 2 × 8 = 16. Temos, aqui, apenas uma
equação, que nada mais é do que uma igualdade entre expressões algébricas que contêm, pelo menos,
uma incógnita.
Pode parecer que estamos lidando com algo complicado quando lemos as definições anteriores, mas
não se preocupe: você verá que, com a análise de exemplos, tudo fará sentido.
Ao analisarmos um termo algébrico, como 2x, vemos que ele é composto pelo coeficiente 2 e
pela parte literal x. Lembre-se de que não há uma operação aritmética explicitamente indicada, mas
temos uma multiplicação entre o coeficiente e a parte literal, ou seja, duas vezes x. Em alguns casos,
a parte literal pode conter mais de uma variável, como ocorre em 4xy. Agora, temos coeficiente 4,
com parte literal xy.
Veja, no quadro a seguir, alguns exemplos de termos algébricos com a separação do coeficiente e da
parte literal.
17
Unidade I
Uma expressão algébrica pode ser composta por mais de um termo. Nesse caso, eles estarão
conectados entre si por operadores de adição ou subtração, sendo que a expressão pode ser chamada
de polinômio. No quadro seguinte, vemos alguns exemplos de contagem de termos de expressões.
5ab
− +2 2
3
5x4 + 3x2 – 9x + 10 4
18
MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO
Observação
No exemplo a seguir, lidaremos com uma expressão algébrica cujos termos podem ser simplificados
por apresentarem a mesma parte literal.
Exemplo 2. O perímetro de um polígono é definido como a soma dos comprimentos dos seus lados.
Encontre uma expressão algébrica que forneça o perímetro do triângulo escaleno da figura a seguir, em
que x representa um número real maior do que 1.
8x - 8 5x + 5
8x
Resolução
Para obtermos algebricamente o perímetro P, devemos somar as medidas dos três lados do triângulo
representado na figura. Temos, portanto:
P = (8x − 8) + (5x + 5) + 8x
Nesse caso, podemos retirar os parênteses para agrupar os termos semelhantes, que são os termos
cuja parte literal é a mesma:
P = (8x − 8) + (5x + 5) + 8x = 8x – 8 + 5x + 5 + 8x
Note que, até essa etapa, a expressão tem 5 termos. Três deles têm parte literal x (que são os termos
8x, 5x e 8x), enquanto dois são constantes ou termos independentes (que são os termos −8 e 5). Podemos,
portanto, reduzir a expressão a um binômio (polinômio de dois termos):
19
Unidade I
Veja que, no enunciado, colocamos a restrição de x ser maior do que 1, pois, sem ela, a medida 8x − 8
poderia ser 0, o que não tem sentido.
No próximo exemplo, montaremos uma equação que descreve a situação apresentada em linguagem
cotidiana.
Exemplo 3. A soma de um número natural com o seu sucessor resulta em 443. Qual é esse número?
Resolução
Chamaremos de x o número que, a princípio, desconhecemos. Ele será a incógnita do nosso problema,
pois x representa um valor específico que ainda não sabemos qual é. Por número natural, entendemos
que esse número é inteiro e não negativo. Quanto ao sucessor, devemos “pegar” esse valor x e acrescentar
uma unidade a ele.
Sabemos, por exemplo, que o sucessor de 10 é 11, certo? Se o nosso número é chamado de x, basta
adicionarmos 1 unidade a ele. Temos, portanto, em linguagem matemática, o que segue.
• Número natural: x
• Sucessor de x: x + 1
Agora, podemos montar uma equação que descreve a situação do enunciado. Vamos traduzir para
linguagem matemática a frase do enunciado: “A soma de um número natural com o seu sucessor resulta
em 443”. Ficará assim:
x + (x + 1) = 443
Vamos, agora, isolar o x para, dessa forma, descobrir o valor desconhecido. Podemos, nesse caso,
retirar os parênteses e agrupar os termos semelhantes. É importante lembrar que sempre que passamos
um termo de um lado da equação para o outro, devemos “inverter a operação”, de forma a sempre
manter a igualdade entre a expressão à esquerda do símbolo de igualdade e a expressão à direita do
símbolo de igualdade. Vejamos:
x + x + 1 = 443
2x + 1 = 443
2x = 443 − 1
20
MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO
2x = 442
442
x=
2
x = 221
O número natural que satisfaz à situação do enunciado é o número 221, visto que ele, se somado ao
seu sucessor (222) resulta em 443.
Saiba mais
Podemos definir razão, no contexto da matemática, como o quociente entre dois números. Por
exemplo, a razão entre 1 e 2 pode ser expressa na forma de fração como ½. Essa mesma razão pode ser
expressa na forma decimal como 0,5 (basta dividir 1 por 2 e chegamos a 0,5).
Uma proporção, por sua vez, pode ser definida como a igualdade entre razões. A proporção pode
ser expressa como mostrado a seguir, em que x ≠ 0 e z ≠ 0 (lembre-se de que não existe divisão por
0 nos números reais, daí a restrição). Podemos ler essa proporção como “w está para x, assim como y
está para z”.
w y
=
x z
xy = wz
21
Unidade I
4 16
=
2 8
4 . 8 = 2 . 16
32 = 32
Temos, portanto, termos proporcionais. Note que, ao realizarmos a divisão entre 4 e 2, chegamos ao
resultado 2. Ao realizarmos a divisão entre 16 e 8, também chegamos ao resultado 2. Isso evidencia que
temos igualdade entre razões, e, portanto, temos proporcionalidade.
Em uma situação na qual existe proporcionalidade entre duas grandezas e um dos quatro termos da
proporcionalidade é desconhecido, podemos calculá-lo pela técnica denominada regra de três simples.
A palavra “simples” indica que apenas duas grandezas se relacionam entre si na situação. Nesse caso,
precisamos conhecer e apresentar três valores da proporção para que o quarto valor seja calculado.
Vamos acompanhar um exemplo de regra de três simples que envolve duas grandezas diretamente
proporcionais entre si:
22
MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO
Resolução
Podemos dispor essa situação em uma tabela, conforme mostrado no esquema a seguir.
1ª grandeza 2ª grandeza
(tempo, em horas) (número de peças)
1º caso 7 35
↓ ↓
2º caso 27 x
No esquema, posicionamos as duas grandezas como duas colunas (tanto faz qual delas você
considera como a 1ª grandeza). Para as linhas, temos dois casos envolvendo as grandezas. Um
deles (escolhido como 1º caso) é conhecido: sabemos que em 7 h são produzidas 35 cortinas. No
2º caso, conhecemos um dos valores envolvidos (27 h de trabalho), mas desconhecemos o outro,
que chamamos de x.
Nessa situação, x assume o papel de incógnita do problema. As setas indicam o sentido de crescimento
dos valores de cada grandeza. Para a grandeza “tempo”, observamos crescimento do 1º para o 2º caso
(mostrado com uma seta para baixo). Para a grandeza “número de peças”, também esperamos que haja
crescimento do 1º para o 2º caso, já que temos grandezas diretamente proporcionais.
Para grandezas diretas, a razão entre dois valores de uma grandeza é proporcional à razão entre
dois valores da outra grandeza. Temos, portanto, a seguinte proporção, que mantém a disposição dos
valores do esquema:
7 35
=
27 x
7x = 27 . 35
27.35
x=
7
x = 135
Logo, com 27 horas de trabalho na confecção em estudo, esperamos que sejam produzidas
135 cortinas.
23
Unidade I
Resolução
Vamos, primeiramente, definir quais grandezas estão envolvidas no cálculo. No 1º caso, temos
12 colaboradores gerando 50 relatórios em 9 horas. No 2º caso, temos 36 colaboradores gerando
50 relatórios em x horas. Como o número de relatórios é o mesmo nos dois casos (mantém-se constante),
a proporcionalidade ocorre entre as grandezas “número de colaboradores” e “tempo de trabalho”.
Quanto maior o número de colaboradores, menor o tempo necessário de trabalho para produzir estes
50 relatórios. Temos, portanto, grandezas inversamente proporcionais.
Podemos dispor a situação em estudo em uma tabela, conforme mostrado no esquema a seguir.
1ª grandeza 2ª grandeza
(número de colaboradores) (tempo, em horas)
1º caso 12 9
↓ ↑
2º caso 36 x
No esquema, posicionamos as duas grandezas como duas colunas (escolhemos colocar o número
de colaboradores como 1ª grandeza). Para as linhas, temos os dois casos envolvendo as grandezas. Um
deles (escolhido como 1º caso) é conhecido: sabemos que 12 colaboradores produzem os relatórios em
9 horas. No 2º caso, conhecemos um dos valores envolvidos (36 colaboradores), mas desconhecemos o
outro, que chamamos de x. As setas indicam o sentido de crescimento dos valores de cada grandeza.
Para a grandeza “número de colaboradores”, observamos crescimento do 1º para o 2º caso (demonstrado
com uma seta para baixo). Para a grandeza “tempo de trabalho”, esperamos que haja crescimento do
2º para o 1º caso, já que, com um número maior de funcionários, o tempo de trabalho é reduzido. As setas
em sentidos opostos ilustram as grandezas inversamente proporcionais da situação.
Para grandezas inversas, a razão entre dois valores de uma grandeza é proporcional ao inverso da
razão entre os dois valores da outra grandeza. Temos, na prática, que trocar o posicionamento dos
valores de uma dessas grandezas e, aí sim, podemos construir a proporção:
12 x
=
36 9
12 x
=
36 9
36x = 12 . 9
36x = 108
108
x=
36
x=3
1.4 Porcentagem
Podemos definir porcentagem como a centésima parte de uma grandeza. Na prática, temos uma
razão cujo denominador é 100, comumente chamada de taxa percentual, utilizada em cálculos de
proporcionalidade. O termo “por cento” e seu sinal correspondente, %, significam “por uma centena”.
Se temos x%, podemos reescrever essa taxa percentual como uma razão na forma de fração ou na
forma decimal:
x
=
x% = 0,01x
100
• Situação 1: 15% dos eleitores votaram nulo. Nessa situação, a cada grupo de 100 eleitores,
15 votaram nulo, independentemente da quantidade total de eleitores. Vemos que 15% é a taxa
percentual, que lemos como “quinze por cento”. Essa taxa também pode ser expressa pela razão
15
(na forma de fração) ou por 0,15 (na forma decimal).
100
• Situação 2: o preço do feijão aumentou em 10% em relação ao ano passado. Nessa situação, a
taxa percentual indica acréscimo no preço: a cada R$100,00 gastos com feijão no ano passado,
gastaremos R$110,00 (R$ 100 + R$ 10) neste ano para adquirir a mesma quantidade. Veja que
10% de R$ 100,00 são R$ 10,00.
25
Unidade I
Para conseguirmos lidar com diversas aplicações, como cálculos financeiros, precisamos saber lidar
com porcentagens. Por isso, vamos aprender diferentes técnicas para lidar com cálculos percentuais.
Como trabalhamos com proporcionalidades, podemos utilizar regra de três simples para realizar esses
cálculos. Podemos, também, utilizar algumas regras práticas.
Lembrete
No exemplo a seguir, veremos essas três formas de calcular quantidades com base em uma taxa
percentual conhecida.
Exemplo 6. Uma fábrica emprega, no total, 1.500 pessoas. Dessas, 30% têm nível superior completo.
Qual é o número de funcionários com diploma superior na fábrica?
Resolução 1
Aqui usaremos uma regra de três para resolver a situação. Pelo enunciado, sabemos que 1.500
pessoas representam o total de funcionários dessa fábrica. Em taxa percentual, dizemos que essas
1.500 pessoas representam 100% dos funcionários. Apenas uma parte desse total, 30% no caso, tem
nível superior, mas ainda desconhecemos quanto, em número absoluto de funcionários, tal percentual
representa. Chamaremos de x o número de funcionários com nível superior.
1ª grandeza 2ª grandeza
(número de funcionários) (taxa %)
1º caso
(total) 1500 100
↑ ↑
2º caso
(nível superior) x 30
Assim, uma coluna está dedicada a valores absolutos (no contexto, trata-se do número de funcionários)
e a outra está dedicada a valores percentuais. No 1º caso, temos que o todo (100%) corresponde à
26
MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO
contagem de 1.500 funcionários. No 2º caso, conhecemos a taxa de 30%, mas desconhecemos a parte
de interesse. “Montando” a proporção, temos:
1500 100
=
x 30
100x = 1500 . 30
100x = 45000
45000
x=
100
x = 450
Calculamos que 30% de 1.500 são 450. Logo, 450 funcionários da fábrica mencionada no enunciado
têm nível superior.
Resolução 2
Aqui vamos expressar diretamente a taxa percentual na forma de fração. Já compreendemos que
o intuito da questão é calcular quanto vale 30% de 1.500. Expressaremos essa taxa como uma fração:
30
30% =
100
Para o cálculo desejado, basta que multipliquemos essa fração pela quantidade total de funcionários,
ou seja, pela quantidade que representa 100% da nossa situação:
30
.1500 = 450
100
Note que, se lermos o operador de multiplicação como “de”, simplesmente escrevemos em linguagem
matemática a seguinte sentença: “trinta por cento de mil e quinhentos”. Chegamos, como esperado, “ao
mesmo lugar”: 30% de 1.500 funcionários são 450 funcionários.
Resolução 3
27
Unidade I
Podemos, simplesmente, multiplicar a taxa, já em sua forma decimal, pela quantidade total de
funcionários:
No próximo exemplo, veremos como calcular a taxa percentual que uma quantidade representa em
relação a outra. Proporemos duas soluções para o problema.
Exemplo 7. Uma disciplina universitária, cursada por 2.205 alunos, reprovou 245 deles. Qual é a
porcentagem de alunos reprovados nessa disciplina?
Resolução 1
Nesse problema, precisamos calcular qual taxa percentual 245 representam em relação a um total
de 2.205 alunos. Podemos, novamente, montar uma regra de três para descrever a situação. Uma das
formas de esquematizar a situação é a mostrada a seguir.
1ª grandeza 2ª grandeza
(número de alunos) (taxa %)
1º caso
(total) 2205 100
↑ ↑
2º caso
(reprovados) 245 x
2205 100
=
245 x
24500
x=
2205
x = 11,11%
Calculamos que 245 representam cerca de 11,11% de 2.205. Portanto, a taxa de reprovação na
disciplina foi de 11,11%.
28
MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO
Resolução 2
Quando necessitamos calcular uma taxa percentual a partir de dois valores absolutos, podemos
utilizar a seguinte regra prática: divida a “parte pelo todo” e multiplique o resultado assim obtido por 100.
Vejamos:
parte
.100 = x%
todo
Na nossa situação, a parte corresponde a 245 alunos, de um total de 2.205 (todo). Ao multiplicarmos
essa razão por 100, já expressamos o resultado em taxa percentual. Logo:
245
.100 = 11,11%
2205
Exemplo 8. Uma mesa digitalizadora, que inicialmente custava R$ 500,00, teve seu preço acrescido
de 20%. Algum tempo depois, em uma liquidação, esse novo preço sofreu desconto de 20%. Qual é o
preço da mercadoria após a aplicação do desconto?
Resolução
Vamos avaliar, no esquema a seguir, o que aconteceu com o preço da mesa digitalizadora ao
longo do tempo.
O preço inicial é R$ 500,00, de acordo com o enunciado. Vimos que 20% de R$ 500,00 são R$ 100,00.
Como esses 20% são de acréscimo, somamos o resultado ao preço inicial e obtemos R$ 600,00 (que
representam 120% de R$ 500). Na última etapa, calculamos 20% novamente, mas, dessa vez, em
relação a R$ 600,00, que é o preço vigente da mercadoria. O cálculo resultou em R$ 120,00, que foi
descontado de R$ 600,00. Logo, o preço final da mesa digitalizadora é R$ 480,00 (que representam
80% de R$ 600,00).
29
Unidade I
Note que não retornamos ao preço original de R$ 500,00, pois o resultado de 20% de R$ 500,00 é
diferente do resultado de 20% de R$ 600,00.
Exemplo de aplicação
(Vunesp, 2017) Em uma lata, há 60 bombons embalados com papéis coloridos. O número de bombons
embalados com papel azul corresponde a 40% do número total de bombons. Dos demais bombons da
lata, 25% foram embalados com papel amarelo, e o restante, com papel vermelho. Em relação ao número
total de bombons dessa lata, os que estão embalados com papel vermelho representam:
A) 50%.
B) 45%.
C) 40%.
D) 35%.
E) 30%.
Resolução
75 60
. . 60 = 27
100 100
Agora, sabemos que, na caixa com total 60 bombons, 27 deles são embalados em papel vermelho.
Eles representam a seguinte taxa percentual em relação ao total:
27
.100 = 45%
60
30
MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO
2 CONJUNTOS
A teoria dos conjuntos representa uma parte importante da matemática, que estuda coleções
de elementos e seus relacionamentos. Seus conceitos são úteis em diversos ramos da ciência, como
teoria dos números e linguagem formal. Na área computacional, os sistemas de bancos de dados e as
linguagens de programação utilizam na prática o conhecimento de conjuntos matemáticos.
Para entendermos esse conceito, precisamos fazer duas definições básicas, mas muito importantes.
Vamos pensar em termos futebolísticos: por exemplo, a seleção brasileira é formada por 11 jogadores,
cada um desses jogadores é um elemento do conjunto formado pelos jogadores da seleção e,
portanto, cada um deles pertence a esse conjunto.
Geralmente, o nome de um conjunto é representado por uma letra maiúscula, mas isso pode variar
dependendo da aplicação. Podemos citar os exemplos a seguir.
O conjunto A tem 2 elementos (cara e coroa), sendo que ambos os elementos representam faces de
uma moeda. O conjunto B tem 5 elementos, sendo que cada um deles representa uma região do Brasil.
O conjunto C tem quatro elementos, onde cada um representa uma cor da bandeira brasileira. Note que
os elementos estão envolvidos por um par de chaves e separados por vírgulas, porém essa não é a única
forma possível de representação de conjuntos.
Existem diversas formas de representar um conjunto e seus elementos. As principais formas são as
apresentadas a seguir.
• Entre chaves por extenso: nessa representação, listamos os elementos entre chaves separados
por vírgula.
• Entre chaves por propriedade: nessa representação, temos a apresentação de uma propriedade
que determina que tipo de elemento pertence àquele conjunto. A utilização de propriedades é útil
para descrever conjuntos com número elevado de elementos.
• Graficamente: nessa representação, utilizamos diagramas de Venn-Euler. Tais diagramas dispõem
os conjuntos como figuras geométricas fechadas, e pode haver a lista de seus elementos dentro
da área da figura.
31
Unidade I
Para esclarecermos mais sobre tópicos da teoria dos conjuntos, representaremos um conjunto de
diferentes formas no exemplo a seguir.
A) Por extenso.
C) Graficamente.
Resolução
Indicamos o nome do conjunto e a lista de elementos separados por vírgula. A ordem na qual os
elementos aparecem é irrelevante.
Expressamos, dessa vez, a propriedade em comum aos elementos do conjunto. Costumamos chamar
de x uma variável que assume elementos correspondentes à propriedade. Devemos ler a barra | como
“tal que”, ou seja: “o conjunto S é formado por elementos x tal que x é um planeta do Sistema Solar”.
S
Mercúrio
Vênus
Terra
Marte
Júpiter
Saturno
Urano
Netuno
Figura 2 – Planetas
32
MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO
Indicamos o nome do conjunto próximo a uma figura geométrica fechada, seja um círculo, seja um
polígono fechado qualquer. A lista de elementos foi posicionada dentro da área do círculo. Muitas vezes,
os diagramas de Venn-Euler apenas expressam a relação entre diferentes conjuntos dentro de uma
situação, não havendo listagem de elementos.
Observação
2.1 Pertinência
No caso das relações de pertinência, quando queremos afirmar que um elemento x pertence a um
conjunto A qualquer, utilizamos o símbolo ∈, ou seja, x ∈ A. Porém, se o elemento x não pertence
ao conjunto A, utilizamos o símbolo ∉, ou seja, x ∉ A.
A = {a, e, i, o, u}
Dizemos que a vogal “a” pertence ao conjunto A formado pelas vogais do alfabeto, ou seja:
a∈A
33
Unidade I
• 8 ∉ {x ∈ N| x > 8}. O elemento 8 não pertence ao conjunto dos números naturais maiores do
que 8 (visto que 8 não é maior do que 8).
Também reforçaremos a leitura do conjunto do último exemplo. Temos, agora, um conjunto que
contém elementos naturais, mas maiores do que 8. Podemos reescrever o conjunto por extenso. No
entanto, no caso, precisamos adicionar reticências, para indicar que a lista de elementos é infinita,
fazendo assim: {9, 10, 11, 12, …}. Logo, o elemento 8 não pertence ao conjunto em questão.
Consideramos que existe uma relação de igualdade entre conjuntos quando suas listas de elementos
são exatamente iguais. Por exemplo, considere os conjuntos A e B mostrados a seguir.
A = {x ∈ N| x é ímpar}
B = {1, 3, 5, 7, 9, 11, …}
No caso, dizemos que A = B, pois mesmo que os conjuntos tenham sido representados de formas
diferentes, eles remetem à mesma lista de elementos.
C = {x ∈ N| x é par}
D = {2, 4, 6}
As listas de elementos dos dois conjuntos não são iguais, mesmo que haja elementos em comum.
Podemos dizer que C é diferente de D, ou seja, C ≠ D.
34
MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO
Um conjunto vazio, cuja representação é ∅ ou { }, é um conjunto que não tem elementos. Preste
atenção no conjunto A mostrado a seguir.
A = {x ∈ N| x < 0}
Não existem números naturais menores do que 0. Logo, o conjunto A não tem elementos. Nesse
caso, o conjunto A é um conjunto vazio, ou seja, A = ∅. Do mesmo modo, o conjunto T, de todos os
dinossauros T-Rex existentes no mundo moderno, pode ser descrito como T = { }.
O conjunto universo, que geralmente é denominado U, é o conjunto que tem todos os elementos
de um contexto. Definido o universo, todos os conjuntos do contexto seriam conjuntos integrantes de U,
e todos os seus elementos pertencem a U.
A B
Nesse caso, costumamos dizer que “A está contido em U” assim como “B está contido em U”. Essa
relação entre os conjuntos é o que chamamos de relação de inclusão. Existem quatro principais
símbolos de operadores relacionais que podemos utilizar nesse contexto:
35
Unidade I
• ⊄
, que significa “não contém”.
Sobre a disposição da figura anterior, podemos fazer diversas relações verdadeiras, como as
indicadas a seguir.
• A ⊄
U. “A não contém U”.
• B ⊄
U. “B não contém U”.
Observação
Lembrete
As operações entre conjuntos diferem das relações de igualdade e de inclusão, que vimos anteriormente.
Em uma relação, apenas fazemos comparações entre conjuntos. Agora, veremos operações capazes de
resultar em um novo conjunto a partir de outros já existentes. Estudaremos as seguintes operações:
união, interseção, diferença e complementar.
36
MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO
2.5.1 União
Se A e B são conjuntos, a união de A com B é denotada A ∪ B que representa o conjunto formado por
todos os elementos de A e por todos os elementos de B. Na linguagem simbólica, podemos definir que:
A ∪ B = {x | x ∈ A ou x ∈ B}
A B
U
A∪B
2.5.2 Intersecção
A intersecção de dois conjuntos A e B é descrita por A ∩ B, e é formada pelos elementos que pertencem
tanto a A quanto a B, simultaneamente. A definição simbólica pode ser dada da seguinte forma:
A ∩ B = {x | x ∈ A e x ∈ B}
Graficamente, A ∩ B será composto pelos elementos que pertencem à região destacada no diagrama
da figura seguinte. Note que existe uma sobreposição entre os conjuntos A e B, sendo que a região
destacada pertence tanto a A quanto a B.
37
Unidade I
A B
U
A∩B
• {1, 2, 3} ∩ {4, 5, 6} = ∅
Se A e B são dois conjuntos, então a diferença entre A e B, expressa como A – B (lê-se: “A menos B”),
é o conjunto de elementos que estão em A, mas não em B. Podemos definir o conjunto A – B dessa forma:
A - B = {x | x ∈ A ou x ∉ B}
Graficamente, A – B será composto pelos elementos que pertencem à região destacada no diagrama
da figura seguinte.
38
MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO
A B
U
A-B
• {2, 3} – {2, 3} = ∅
• {2} – {2, 3, 4} = ∅
2.5.4 Complementar de B em A
Para a operação complementar ocorrer, é necessário que haja uma relação de inclusão entre dois
conjuntos. Se tivermos B como subconjunto de A, ou seja, B ⊂ A, podemos achar o complementar
de B em relação a A, expresso como C AB . Nesse caso, C AB será o conjunto de elementos de A que não
pertencem a B. Trata-se de uma diferença entre conjuntos (A – B), mas com a restrição da necessidade de
inclusão entre eles. Podemos pensar na operação complementar como um caso particular da operação
de diferença. Utilizaremos a seguinte definição matemática:
C AB = A – B ↔ B ⊂ A
Graficamente, C AB será composto pelos elementos que pertencem à região destacada no diagrama
da figura seguinte.
39
Unidade I
C AB =A-B
BC = C UB = U - B
BC = C UB = U - B
40
MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO
AC = C UA = U - A
Nos exemplos a seguir, trabalharemos com todas as operações entre conjuntos para fixarmos o
entendimento desse tópico.
Exemplo 10. Considere os conjuntos A = {1, 3, 5, 7, 9}, B = {1, 2, 6, 9, 10} e C = {2, 4, 5, 8, 9}.
Encontre o conjunto resultante das operações mostradas a seguir.
A) A ∪ B
B) A ∩ B
C) A ∪ B ∪ C
D) A ∩ B ∩ C
E) (A ∩ B) ∪ (B ∩ C)
F) A – B
G) B – C
H) (A – B) ∪ (B – C)
I) AC
J) CC
Resolução
É interessante representarmos graficamente os conjuntos, pois apesar de isso não ser imprescindível,
a representação gráfica ajuda a enxergar o relacionamento entre os conjuntos.
41
Unidade I
Considerando que os conjuntos fazem parte do mesmo universo U, temos o diagrama de Venn-Euler
ilustrado a seguir, que mostra o relacionamento entre os conjuntos e a lista de elementos.
A B
3 6
1
10
7
9
5 2
4
8
U C
Figura 10 – Conjuntos A, B e C
A) A ∪ B = {1, 2, 3, 5, 6, 7, 9, 10}
B) A ∩ B = {1, 9}
C) A ∪ B ∪ C = U = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10}
D) A ∩ B ∩ C = {9}
Temos um conjunto unitário que contém o elemento que pertence tanto a A quanto a B e C.
E) (A ∩ B) ∪ (B ∩ C) = {1, 2, 9}
42
MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO
A ∩ B = {1, 9}
B ∩ C = {2, 9}
F) A – B = {3, 5, 7}
G) B – C = {1, 6, 10}
H) (A – B) ∪ (B – C) = {1, 3, 5, 6, 7, 10}
A – B = {3, 5, 7}
B – C = {1, 6, 10}
I) AC = U – A = {2, 4, 6, 8, 10}
Nesse caso, primeiramente, consideramos todo o universo. Depois, descartamos os elementos que
pertencem a A. Essa operação equivale a U – A.
J) CC = U – C = {1, 3, 6, 7, 10}
Exemplo 11. Sobre as operações entre conjuntos, classifique cada afirmativa a seguir como
verdadeira ou como falsa.
43
Unidade I
III – Sabe-se que A ∩ B = ∅. Nesse caso, se o conjunto A tem 7 elementos e o conjunto B tem
11 elementos, a união entre A e B terá necessariamente 18 elementos.
Resolução
I – Afirmativa falsa.
II – Afirmativa falsa.
Justificativa: apesar de desconhecermos os elementos dos conjuntos, sabemos que não existem
elementos em comum entre A e B, pois A ∩ B = ∅. Nesse caso, a união entre eles terá 18 elementos
(resultado da soma de 7 elementos de A e de 11 elementos de B).
IV – Afirmativa verdadeira.
Exemplo 12. Uma plataforma de streaming de filmes e séries classifica seus títulos de acordo com
categorias. Considere que o conjunto D reúne os filmes de drama da plataforma e que o conjunto M
reúne os títulos com a atriz Meryl Streep. Escreva uma operação entre esses conjuntos que reúna todos
os filmes dramáticos com a atriz disponíveis na plataforma.
Resolução
Para reunirmos os filmes dramáticos com Meryl Streep, precisamos de títulos que pertençam ao
conjunto D e que também pertençam ao conjunto M. Logo, esses títulos devem pertencer à interseção
entre esses dois conjuntos, ou seja, D ∩ M.
44
MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO
Lembrete
Passaremos agora a descrever os principais conjuntos numéricos existentes. No nosso sistema decimal
de numeração, utilizamos apenas 10 algarismos, que vão de 0 a 9, para representar quantidades. Quando
combinamos algarismos entre si, formamos numerais, que representam qualquer número (quantidade)
que desejarmos representar. Esses números podem ser classificados por tipo e divididos em conjuntos.
A matemática chama-os de conjuntos numéricos. Podemos pensar que esses conjuntos identificam o
nível de complexidade dos números em questão. Veremos os principais conjuntos numéricos adotados,
começando pelos mais simples.
Começaremos com o conjunto dos números mais simples e intuitivos de todos. O conjunto dos
números naturais é constituído por todos os números inteiros não negativos, incluindo o zero. Desse
modo, temos um conjunto começando em zero e se estendendo infinitamente:
N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, …}
O conjunto dos números naturais apresenta um subconjunto de destaque. Para conjuntos numéricos,
ficou convencionado que a inclusão de um asterisco próximo ao símbolo de representação do conjunto
significa a exclusão do zero. Dessa forma, temos:
Os números inteiros, que englobam também os naturais, são todos aqueles que podem ser
representados sem casas decimais ou frações. Pense nos números naturais, mas inclua também os
números negativos. Temos, nesse caso, um conjunto que se estende infinitamente nos dois sentidos
da contagem:
O conjunto dos números inteiros apresenta alguns subconjuntos de destaque. Além do asterisco,
que indica supressão do zero, podemos utilizar mais símbolos. A inclusão do sinal + próximo ao símbolo
45
Unidade I
de representação do conjunto significa a exclusão de todos os números negativos. Já o sinal “–” (menos)
significa a exclusão de todos os números positivos. Dessa forma, podemos ter os conjuntos mostrados
a seguir.
• Z* = {..., -4, -3, -2, -1, 1, 2, 3, 4,...} (conjunto dos números inteiros não nulos)
• Z- = {..., -4, -3, -2, -1, 0} (conjunto dos números inteiros não positivos)
• Z*+ = {1, 2, 3, 4, 5, 6,...} (conjunto dos números inteiros não nulos e não negativos)
• Z*- = {..., -4, -3, -2, -1} (conjunto dos números inteiros não nulos e não positivos)
O conjunto dos números racionais engloba os dois conjuntos tratados anteriormente. Podemos
definir o conjunto dos números racionais como aquele que tem os números que podem ser expressos na
forma de fração entre inteiros. Nesse caso, há a seguinte propriedade:
a
=x| x = , a ∈ e b ∈ *
b
Vemos que b fica restrito a números inteiros não nulos, pois não podemos atribuir 0 ao denominador
de uma fração e, ainda assim, mantê-la dentro do conjunto dos números racionais. Os mesmos símbolos
*, + e – podem ser associados ao símbolo Q, formando subconjuntos.
Vejamos alguns exemplos de número racionais, que incluem números decimais e dízimas periódicas:
3
• , que é uma fração entre inteiros
5
7
• − , que é uma fração entre inteiros
2
71
• 0,71, que pode ser escrito como
100
3
• −0,3, que pode ser escrito como −
10
5
• 5, que pode ser escrito como
1
46
MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO
27
• 2,7, que pode ser escrito como
10
4
• 0,4444…, que pode ser escrito como
9
12
• 0,121212…, que pode ser escrito como
99
Outro conjunto importante é aquele que representa os números decimais com dízimas não periódicas,
ou seja, que apresentam infinitas casas decimais e não periódicas. Esse conjunto é chamado de irracional.
Vejamos, a seguir, alguns exemplos de número irracionais.
• e = 2,71828182… Esse número é conhecido como constante de Euler, muito utilizado em funções
exponenciais e logarítmicas.
• 2 = 1,414221356...
• 5 = 2,23606797...
O conjunto dos números reais engloba todos os números racionais e irracionais, positivos ou
negativos, finitos ou infinitos. Portanto, R representa a união entre os conjuntos dos números racionais
e irracionais. Ele engloba, desse modo, todos os conjuntos numéricos vistos anteriormente. Podemos
defini-lo dessa forma:
R = {x | x ∈ Q ou x ∈ I}
Tal conjunto parece englobar todos os números existentes, correto? Só que não é bem assim. Há
números que estão fora do conjunto dos números reais, que são os números que apresentam parte
imaginária. Eles fazem parte de um conjunto ainda maior, denominado conjuntos dos números complexos.
Este contém o conjunto dos números reais. Porém, não vamos abordá-lo, pois não utilizaremos números
imaginários no conteúdo deste livro-texto.
47
Unidade I
O relacionamento existente entre os conjuntos dos números naturais, inteiros, racionais, irracionais
e reais é mostrado na figura seguinte. Note as relações de inclusão existentes entre esses conjuntos. No
estudo de funções, conjuntos numéricos serão abordados com certa frequência.
Números reais
Racionais Irracionais
8
47,3
2391 Inteiros 13
-27 0,3
Naturais π
432
-7
0 987 7
8 55
-432
11 2
−
2
Observação
• unsigned int x; (x ∈ N)
• int y; (y ∈ Z)
• float z; (z ∈ R)
48
MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO
A B A B
U U
A∪B (A ∪ B)C
49
Unidade I
Resolução
Se você está com vontade de fazer 18 + 27 + 10 + 15 = 70 e passar para o próximo assunto do livro‑texto,
tenha calma. Vamos definir alguns conjuntos que fazem parte desse contexto, mostrados a seguir.
O enunciado diz que 18 pessoas da empresa dominam Python e que 27 pessoas dominam Java, mas
existe uma interseção entre elas: 10 pessoas dominam ambas as linguagens. Essas 10 pessoas, portanto,
pertencem tanto a P quanto a J, ou seja, pertencem a P ∩ J. Para sabermos o número de pessoas que
dominam exclusivamente Python, devemos subtrair a interseção, ou seja: n(P) menos n(P ∩ J). Temos
o que segue.
n(P) = 18
n(J) = 27
n(P ∩ J) = 10
Ainda existem 15 pessoas que, apesar de fazerem parte do universo E por serem funcionários da
empresa, não participam nem de P nem de J. Essas pessoas estão posicionadas no complementar da união
entre P e J, ou seja, estão posicionadas na região (P ∪ J)C:
n((P ∪ J)C) = 15
Com isso, podemos montar um diagrama e posicionar as contagens nas regiões adequadas, como
ilustrado a seguir.
50
MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO
P J
8 10 17
15
E
Figura 13 – Conjuntos P, J e E
Lembre-se de que não estamos posicionando elementos nas regiões, mas estamos fazendo contagens
de elementos. Lendo o diagrama, percebemos que:
No total, temos 18 funcionários que dominam Python e 27 funcionários que dominam Java. Agora,
fica bem fácil responder à pergunta do enunciado. Para saber quantos funcionários trabalham na
empresa, precisamos descobrir o número de elementos do universo E. Para isso, basta realizarmos o
somatório do número de elementos das regiões:
n(E) = 8 + 10 + 17 + 15 = 50
Saiba mais
Python e Java são duas das linguagens de programação que têm uma
estrutura de dados denominada set, o termo usado em inglês para conjunto.
Essa estrutura é baseada na teoria matemática e aceita as operações que
estudamos neste tópico. Você pode ler a respeito da estrutura set do Python
na documentação oficial da linguagem, indicada a seguir.
51
Unidade I
Resumo
52
MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO
Exercícios
Questão 1. Observe a figura a seguir, na qual vemos uma promoção do tipo “compre 3 e leve 4”.
Considere que o valor de venda do pote fora do pacote promocional seja igual a R$ 50,00.
Figura 14
II – O cliente que comprar 3 potes levará 4 potes e terá desconto percentual de 25%.
III – O valor do pote para o cliente que comprar 3 potes e levar 4 potes será igual a R$ 37,50.
A) I, apenas.
B) I e II, apenas.
C) II e III, apenas.
D) II, apenas.
E) I, II e III.
I – Afirmativa correta.
Justificativa: a promoção mostrada na figura não vale para o cliente que comprar 2 potes. Logo,
o cliente que comprar 2 potes pagará o preço unitário de R$ 50,00 multiplicado por 2, o que resulta
em R$ 100,00.
II – Afirmativa correta.
Para sabermos o desconto percentual obtido pelo cliente que comprar na promoção, fazemos o que
se descreve a seguir:
1) Calculamos a diferença entre o “valor de 4 unidades sem promoção” (R$ 200,00) e o “valor de
4 unidades com promoção” (R$ 150,00).
2) Dividimos o valor dessa diferença (R$ 200,00 − R$ 150,00 = R$ 50,00) pelo “valor de 4 unidades
sem promoção” (R$ 200,00).
3) Multiplicamos o valor dessa divisão por 100%, para termos o resultado em percentual.
R$200,00 − R$150,00
% desconto = .100%
R$200,00
R$50,00
=
% desconto = .100% 25%
R$200,00
54
MATEMÁTICA PARA COMPUTAÇÃO
Justificativa: para sabermos o valor do pote para o cliente que comprar 3 potes e levar 4 potes,
fazemos o que se descreve a seguir.
Dividimos o “valor de 4 unidades com promoção” (R$ 150,00) pelo “número de unidades que o
cliente levará” (4).
R$150,00
=
Valor daunidade = R$37,50
4
II – O conjunto E, cujos elementos são o dobro dos valores dos elementos do conjunto A, tem o
dobro do número de elementos do conjunto A.
A) I, apenas.
B) I e II, apenas.
C) II e III, apenas.
D) III, apenas.
E) I, II e III.
55
Unidade I
I – Afirmativa incorreta.
II – Afirmativa incorreta.
Justificativa: o conjunto E é dado por E = {30, 40, 50}. Vemos que o conjunto E e o conjunto A têm
o mesmo número de elementos.
A ∪ B ∩ C = F = {1}
56