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Análise de Projetos
Autores: Prof. Fernando Gorni Neto
Prof. Carlos Guimarães
Colaboradores: Profa. Sandra Castilho
Prof. Mauro Kiehn
Professores conteudistas: Fernando Gorni Neto / Carlos Guimarães
Cursando mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Paulista (UNIP). Graduado e pós-graduado
(2004) em Marketing pela Universidade Nove de Julho (Uninove). Pós-graduado (2006) em Agronegócios pela
Universidade Federal do Paraná (2006) e em Formação em Educação a Distância pela UNIP (2015). No curso de
graduação em Administração de Empresas da UNIP, lecionou algumas disciplinas, dentre elas: Gestão de Suprimentos
e Logística, Elaboração e Análise de Projetos, Gestão de Operações Produtivas e Gestão Mercadológica. Na pós‑graduação
em Logística Empresarial, foi professor de Comércio Internacional e Marketing Internacional.
Carlos Guimarães
Mestre em Estratégia Empresarial pela UNIP, MBA em Marketing de Serviços pela USP, pós-graduado em Marketing
pela ESPM, graduado em Publicidade e Propaganda pela UNIP, tutor certificado para EaD pela FGV e certified
international coach and mentoring pelo Instituto Holos. Atua como consultor e também como professor dos cursos
de Administração tanto para o MBA como para o nível superior da UNIP nas formas presencial e EaD. Foi diretor do
Banco Santander, gerente geral de BU do Banco Mercantil Finasa S.A., gerente de marketing do Banco Citibank S.A. e
gerente de produtos do Credicard S.A.
CDU 658.012.1
U517.28 – 23
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem
permissão escrita da Universidade Paulista.
Profa. Sandra Miessa
Reitora
UNIP EaD
Profa. Elisabete Brihy
Profa. M. Isabel Cristina Satie Yoshida Tonetto
Prof. M. Ivan Daliberto Frugoli
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Material Didático
Comissão editorial:
Profa. Dra. Christiane Mazur Doi
Profa. Dra. Ronilda Ribeiro
Apoio:
Profa. Cláudia Regina Baptista
Profa. M. Deise Alcantara Carreiro
Profa. Ana Paula Tôrres de Novaes Menezes
APRESENTAÇÃO.......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO............................................................................................................................................................7
Unidade I
1 PROJETOS...............................................................................................................................................................9
1.1 Conceito e características de um projeto.................................................................................... 11
1.2 A necessidade e os benefícios de projetos nas organizações............................................ 14
1.3 Sucesso de um projeto: conceito e fatores críticos................................................................... 15
1.4 O ciclo de vida de um projeto......................................................................................................... 16
1.5 Estruturas organizacionais para projetos.................................................................................... 20
2 PAPEL DO GERENTE DE PROJETOS............................................................................................................. 22
2.1 O perfil de um gerente de projetos............................................................................................... 22
2.2 As interfaces do gerente de projetos............................................................................................ 23
2.3 Ética e responsabilidade profissional........................................................................................... 24
3 COMPARAÇÃO DAS EDIÇÕES...................................................................................................................... 26
3.1 O PMI e o Guia PMBOK edições 5 e 6............................................................................................ 26
3.2 Gestão de projetos baseada em princípios – 7ª edição......................................................... 28
3.2.1 As mudanças entre a 6ª e a 7ª edição............................................................................................. 29
3.3 Detalhamento dos princípios: padrões de gerenciamento de projetos PMBOK 7...... 32
3.3.1 Administração........................................................................................................................................... 32
3.3.2 Equipe........................................................................................................................................................... 33
3.3.3 Stakeholders/partes interessadas...................................................................................................... 35
3.3.4 Foco no valor............................................................................................................................................. 36
3.3.5 Pensamento holístico............................................................................................................................. 37
3.3.6 Liderança..................................................................................................................................................... 37
3.3.7 Customizado com base no contexto............................................................................................... 37
3.3.8 Qualidade.................................................................................................................................................... 38
3.3.9 Complexidade............................................................................................................................................ 38
3.3.10 Risco........................................................................................................................................................... 39
3.3.11 Adaptabilidade e resiliência............................................................................................................... 39
3.3.12 Gestão da mudança............................................................................................................................. 40
3.4 O guia PMBOK da 7ª edição.............................................................................................................. 40
3.4.1 Estrutura do Guia PMBOK da 7ª edição.......................................................................................... 40
4 GERENCIAMENTO DE PROJETOS CONFORME A 6ª EDIÇÃO.............................................................. 48
4.1 Fases do gerenciamento de projetos............................................................................................. 48
4.1.1 Fase de iniciação...................................................................................................................................... 48
4.1.2 Fase de planejamento............................................................................................................................ 52
4.1.3 Fase de execução e controle............................................................................................................... 61
4.1.4 Fase de encerramento............................................................................................................................ 62
Unidade II
5 PRINCIPAIS ÁREAS QUALITATIVAS DO GERENCIAMENTO DE PROJETOS............................... 69
5.1 Gerenciamento de integração........................................................................................................ 69
5.2 Gerenciamento do escopo................................................................................................................ 73
5.3 Gerenciamento da qualidade............................................................................................................ 76
5.4 Gerenciamento das comunicações................................................................................................ 98
5.4.1 Sistemas de informações de gerenciamento de projetos..................................................... 115
6 PRINCIPAIS ÁREAS QUANTITATIVAS DO GERENCIAMENTO DE PROJETOS.............................115
6.1Gerenciamento do cronograma do projeto..............................................................................115
6.2 Gerenciamento de custos................................................................................................................127
6.2.1 Estimar os custos.................................................................................................................................. 132
6.2.2 Determinar o orçamento................................................................................................................... 135
6.3 Gerenciamento dos recursos do projeto...................................................................................148
6.4 Gerenciamento dos riscos...............................................................................................................162
6.5 Gerenciamento das aquisições......................................................................................................166
Unidade III
7 ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS.............................................................................................185
7.1 Análise de alternativas de projetos: fatores a serem considerados..............................185
7.2 Fatores a serem considerados: viabilidade econômica e financeira.............................189
7.3 Projeção de receitas...........................................................................................................................189
7.4 Projeção de custos e despesas.......................................................................................................190
7.5 Projeção dos fluxos de caixa e indicadores...............................................................................190
7.6 Ciclo de vida de um projeto...........................................................................................................192
7.7 Técnicas de orçamento de investimento....................................................................................195
8 PROJETOS ÁGEIS: NOVAS SOLUÇÕES NO GERENCIAMENTO DE PROJETOS..........................197
8.1 O que é o Manifesto Ágil?..............................................................................................................198
8.2 Visão geral do Scrum........................................................................................................................199
8.2.1 O que é a Metodologia Scrum........................................................................................................... 200
8.2.2 Visão geral da Metodologia Ágil Scrum........................................................................................ 200
8.2.3 Scrum e planejamento estratégico................................................................................................ 203
8.2.4 Quando usar Scrum............................................................................................................................. 209
8.2.5 Como funcionam os sprints..............................................................................................................210
8.2.6 Etapas.........................................................................................................................................................210
8.2.7 Kanban....................................................................................................................................................... 211
8.2.8 Os três pilares da metodologia Scrum............................................................................................213
8.2.9 Ferramentas para o Scrum................................................................................................................213
8.3 Outras ferramentas agéis.................................................................................................................215
8.3.1 XP Extreme Programming..................................................................................................................215
8.3.2 Feature Driven Development............................................................................................................217
8.3.3 Lean Manufacturing.............................................................................................................................219
APRESENTAÇÃO
Antes de elaborar um projeto, é necessário saber a sua definição. Projeto é um processo formado por
um grupo de atividades que são coordenadas e controladas com datas de início e fim; ele é temporário,
visando atingir um objetivo claro e definido, ou seja, o projeto é único, tem um resultado exclusivo e
como aspecto relevante as limitações de tempo, custo e recursos envolvidos; então, a sua elaboração
é progressiva. Também é conveniente lembrar que o projeto é um empreendimento não repetitivo,
caracterizado por uma continuidade lógica de eventos, que se destina a alcançar uma meta, sendo
conduzido por pessoas dentro de padrões predefinidos, abrangendo também a qualidade.
INTRODUÇÃO
Você já pensou como foram construídas as pirâmides do Egito? Feitas há milênios, as pirâmides
ainda continuam a nos impressionar devido às suas enormes estruturas e aos mistérios que envolvem
as suas construções.
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As grandes pirâmides de Gizé foram construídas como mausoléu dos faraós Quéops, Quéfren e
Miquerinos. Datam de aproximadamente 2700 anos a.C., desde o início do antigo reinado até perto do
período ptolomaico.
A maior delas, a de Quéops, com cerca 160 metros de altura (cerca de 50 andares de um prédio
atual), é conhecida como a Grande Pirâmide e possui aproximadamente 2,3 milhões de blocos de rocha,
cada um pesando em torno de 2,5 toneladas, totalizando por volta de 6,5 milhões de toneladas.
Estima‑se que o número de pessoas envolvidas na construção das pirâmides tenha girado em torno
de 100 mil, as quais trabalharam durante os 20 anos em que a construção se realizou.
Ainda hoje é possível ver‑se, em uma pedreira abandonada, como antigos egípcios especializaram‑se
na extração e transporte desses enormes blocos de pedra que constituem as pirâmides. Em Assuã, há um
obelisco inacabado, com mais de mil toneladas de peso, que tem servido como fonte de informações
sobre as técnicas utilizadas na extração de blocos de granito.
Até hoje, ainda não se sabe ao certo como os blocos de pedra, usados nas construções das pirâmides,
foram transportados e colocados em seus respectivos lugares.
Um fato interessante é que a pirâmide de Quéops foi construída para se alinhar à direção norte. Ela é,
na verdade, um alinhamento mais preciso na direção norte do que qualquer outra estrutura no mundo.
O objetivo desta disciplina é fazer com que o aluno entenda os principais conceitos acerca de projetos
e gestão de projetos, destacando os principais modelos, seus métodos, técnicas e ferramentas. A ideia é
que o aluno possa adquirir, produzir e aplicar os conhecimentos necessários para analisar projetos, a fim
de decidir sobre a sua viabilidade, planejamento, execução e controle.
Ao ler este livro‑texto, espera‑se uma compreensão do significado, da relevância e dos fatores
críticos de sucesso do gerenciamento de projetos nas organizações, bem como sua importância
prática no contexto empresarial, demonstrando os conceitos e temas relacionados ao gerenciamento
de projetos. Outro objetivo tem a ver com o conhecimento da metodologia e das ferramentas de
planejamento e controle de projetos, tendo em vista pré‑requisitos como tempo, custo e qualidade.
Por fim, um último objetivo relaciona‑se à compreensão do papel e das inter‑relações do gerente de
projetos nas organizações.
Bons estudos!
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ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
Unidade I
1 PROJETOS
A palavra projeto vem da palavra latina projectum, do verbo em latim proicere, “algo lançado à
frente”, que, por sua vez, vem de pró, que denota precedência, algo que vem antes de qualquer outra
coisa no tempo, e iacere, “fazer”, portanto, a palavra “projeto” significa “algo a ser feito antes de uma
ação”. Por esse motivo, projeto também pode ser uma redação provisória de uma medida qualquer que
vai ser realizada no futuro.
Existem diversos significados para essa palavra; um deles nos diz que projeto é uma vontade, desejo
ou intenção de realizar algo. É muito comum que relacionemos com algo futuro, por exemplo, uma
viagem ou a compra de um imóvel. Mas podemos também dizer que projeto é um plano para a realização
de um ato e também pode significar desígnio, intenção, esboço.
Assim, um projeto pode ser um plano geral de determinada obra, sendo constituído por um conjunto
de documentos que contêm as instruções e determinações necessárias para definir a construção de um
edifício ou outra obra, no qual constam as peças desenhadas, memória descritiva, medições, orçamento
e caderno de encargos. Um projeto final deve conter todos os documentos técnicos necessários para a
construção de um edifício ou a execução de uma obra.
Afinal, qual é o motivo pelo qual um projeto deve ser gerenciado? Evitar surpresas durante a execução
dos trabalhos, desenvolver diferenciais competitivos e, assim, agilizar o retorno sobre o investimento e
a tomada de decisões sobre o planejamento e controle do projeto, melhorar a utilização dos recursos
envolvidos e gerar conhecimento para projetos futuros.
Vamos falar um pouco sobre as mudanças ocorridas da quinta para a sexta edição do guia das
melhores práticas do Project Management Institute – PMI (traduzido como Instituto de Gerenciamento
de Projetos), o PMBOK – Project Management Body of Knowledge (traduzido como Guia do Conhecimento
em Gerenciamento de Projetos), lançado em 6 de setembro de 2017.
9
Unidade I
• conceitos‑chave;
De 47, agora serão 49 processos, sendo que três novos processos foram adicionados:
• controlar recursos;
10
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
• planejar o gerenciamento das partes interessadas para planejar o envolvimento das partes
interessadas;
• controlar o gerenciamento das partes interessadas para monitorar o envolvimento das partes
interessadas.
O que é um projeto? Conforme a sexta edição do Guia PMBOK (2017, p. 4): “Projeto é um esforço
temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado único”. Já na quinta edição do
Guia PMBOK (2013, p. 3), a definição é a seguinte: “Projeto é um esforço temporário empreendido para
criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. A natureza temporária dos projetos indica que eles têm
um início e um término definidos”.
Contudo, podemos definir um projeto como um empreendimento não repetitivo, caracterizado por
uma sequência clara e lógica de eventos, com início, meio e fim, que se destina a atingir um objetivo
claro e definido, sendo conduzido por pessoas dentro de parâmetros predefinidos de tempo, custo,
recursos envolvidos e qualidade para criar um produto, serviço ou resultado.
Assim, temos pelo menos três características inerentes à definição de projeto. São elas:
• Temporal: denota a limitação de tempo inerente a um projeto, ou seja, ele tem dia e hora para
iniciar e para acabar.
• Exclusividade: o entregável, seja produto, serviço ou resultado, produzido por um projeto, é algo
único, exclusivo, diferente de qualquer outro produto ou serviço já visto.
11
Unidade I
• Temporariedade: todo projeto apresenta um início e um fim bem definidos; não significa
necessariamente curta duração. Podemos dizer que um projeto teve fim quando seus objetivos
foram atingidos, ou quando estes não são alcançados, e, assim, por algum motivo, ele for encerrado.
• Individualidade do produto ou serviço produzido pelo projeto: criar algo que não tinha sido
realizado anteriormente.
• Incerteza: é não conhecer os fins ou as consequências; significa não ter controle sobre as coisas,
que é o contrário do processo.
Exemplo de aplicação
Um projeto sempre remete à criação de algo nunca visto. Esta é uma de suas características. Pense
em quatro projetos que uma empresa pode executar e reflita sobre qual é o entregável desse projeto.
Atente para o detalhe de que esse entregável pode ser um produto ou um serviço.
Quando falamos de projetos, pensa‑se logo em algo de grande importância ou grandeza, e isso é
um erro, pois um projeto pode estar envolvido com pequenas atividades do dia a dia. Podemos citar
alguns exemplos como a entrega de produtos aos clientes, a implantação de sistemas de informação na
empresa, a construção de um estádio de futebol, entre outros.
Lembre‑se sempre da diferença que existe entre processo e projeto. O processo é uma sequência
coordenada de atividades, com o objetivo de produzir um dado resultado. Ele é permanente e
corresponde à forma como a organização funciona, agrega valor a seus clientes e cumpre sua finalidade
como organização, rotineiramente. É repetitivo e padronizado em passos, gerando o mesmo produto
13
Unidade I
várias vezes. Já o projeto acontece em um período determinado de tempo para gerar um produto e um
resultado único em um período de tempo único; é conduzido com fim específico, tendo início e fim
determinados. É executado para produzir ruptura com o status quo (expressão do latim que significa
“estado atual”). Os projetos são pontuais e buscam, em última análise, melhorar os processos de rotina.
A gestão adequada dos projetos traz benefícios para a organização, podendo ser utilizada em
resoluções de problemas em que se definem as tomadas de decisões e identificam‑se causas e efeitos.
O gerenciamento de projetos possibilita à empresa desenvolver uma visão do futuro, estabelecendo
estratégias e motivando os esforços da equipe, trazendo, posteriormente, aquele gosto da vitória.
Dessa forma, o gerenciamento de projetos eficaz, eficiente e efetivo deve ser considerado uma
competência estratégica nas organizações.
Os gestores devem ficar alertas aos motivos que demonstram a necessidade de uma boa gestão de
projetos, iniciando pela análise da competitividade, verificando se a margem de lucro está dentro do patamar
das estratégias, analisando as exigências dos clientes, os progressos tecnológicos e outros fatores que trazem
a possibilidade de implantar e gerenciar um projeto, para trazer os benefícios para o progresso da empresa.
A elaboração e a análise de projetos exigem, cada vez mais, que os administradores que carregam um
grupo de conhecimentos em gestão de projetos sejam capazes de compreender as particularidades dos
custos, comunicações, recursos humanos, integração, aquisições, riscos, qualidade e tempo em projetos.
Há também a necessidade de uma visão multidisciplinar, além das distinções entre projetos e
operações, em todas as suas características.
A gestão dos projetos de forma correta traz benefícios para a organização, podendo ser utilizada em
resoluções de problemas nos quais se definem as tomadas de decisões e ainda identificam‑se os efeitos
e causas dos problemas, possibilitando à organização desenvolver uma visão do futuro estabelecendo
estratégias, tendo como resultado a motivação e inspiração dos esforços de toda a sua equipe de
colaboradores. Contudo, não podemos nos esquecer de citar que, na medida em que os desafios se
tornam maiores, maiores também serão as vitórias. E quais os benefícios de projetos nas organizações?
Podemos citar alguns:
• gerenciar as restrições;
O gerenciamento de projetos eficaz, eficiente e efetivo deve ser considerado uma competência
estratégica nas organizações, permitindo que estas:
• respondam ao impacto das mudanças de ambiente de negócios nos projetos, ajustando os planos
de gerenciamento de projetos;
• sustentem a organização;
Um projeto é uma ação realizada com o intuito de criar uma ideia, produto ou serviço e obter os
melhores resultados que ele pode oferecer. Assim, as etapas como aprofundamento do conhecimento,
compartilhamento de ideias e definição de roteiros são partes integrantes de uma boa gestão. Mas
lembre‑se de que os projetos são ações pontuais, desenvolvidas em um período de tempo determinado.
A seguir apresentaremos os fatores críticos para o sucesso em gestão de projetos, segundo Kerzner
(2006, p. 43), em que “(...) os fatores críticos de sucesso identificam aqueles aspectos indispensáveis para
atender às necessidades do cliente”, como o cumprimento da programação, do orçamento, da qualidade
e do processo de controle de mudança. As fases são as seguintes:
15
Unidade I
• Fase de aceitação pela gerência executiva: normalmente, é feita pela gerência executiva, a qual
deve considerar as recomendações dos funcionários; reconhecer que a mudança é necessária; e
entender a participação dos executivos na gestão de projetos.
• Fase de aceitação pelos gerentes de área: é feita pelos gerentes de área, os quais tenham a
disposição de colocar os interesses da empresa acima dos interessas pessoais; vontade de aceitar
responsabilidades; e ainda o entusiasmo de aceitar o progresso de colegas.
• Maturidade: discernir que a programação e os custos são inseparáveis; rastrear os custos reais;
desenvolver treinamento em gestão de projetos.
O ciclo de vida do projeto é uma série de fases pelas quais um projeto transita, do início à conclusão.
Em todas as fases temos um conjunto de atividades relacionadas de maneira lógica que se encerra na
conclusão de uma ou mais entregas. As fases podem ser sequenciais, iterativas ou sobrepostas. Os nomes,
a quantidade e a duração das fases do projeto são determinados pelas necessidades de gerenciamento e
controle das organizações envolvidas no projeto, pela natureza do projeto em si e sua área de aplicação.
As fases têm prazo definido, com um ponto de início, fim ou controle (às vezes denominado como
revisão de fase, ponto de verificação, marco ou outro termo semelhante). No ponto de controle, o
termo de abertura do projeto e os documentos de negócios são reexaminados com base no ambiente
atual. Na ocasião, o desempenho do projeto é confrontado com o seu plano de gerenciamento para
determinar se o projeto deve ser alterado, encerrado ou continuado conforme planejado. O ciclo de
vida fornece uma estrutura básica para o gerenciamento do projeto, independentemente do trabalho
específico envolvido. Embora os projetos variem em tamanho e complexidade, um projeto típico pode
ser mapeado para a seguinte estrutura de ciclo de vida:
• início do projeto;
• organização e preparação;
• execução do trabalho;
• encerramento do projeto.
16
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
Em um ciclo de vida, há, geralmente, uma ou mais fases relacionadas com o desenvolvimento do
produto, serviço ou resultado. Elas são chamadas de ciclo de vida de desenvolvimento e podem ser
preditivas, iterativas, incrementais, adaptativas ou um modelo híbrido. Todos os projetos podem ser
mapeados na estrutura genérica de ciclo de vida mostrada na figura a seguir:
Ciclo de vida do projeto
Fases genéricas
Grupos de processos
Processos de
Processos Processos de Processos Processos de
de iniciação planejamento de execução monitoramento encerramento
e controle
10 áreas de conhecimento
17
Unidade I
Na figura a seguir também é possível verificar o que apresenta a variação de níveis de custo e pessoal
em toda a estrutura genérica do ciclo de vida de um projeto.
Fases do ciclo de vida do projeto
Tempo
Figura 4 – Níveis típicos de custo e pessoal em uma estrutura genérica do ciclo de vida de um projeto
• O risco é maior no início do projeto. Esses elementos reduzem‑se ao longo do ciclo de vida do
projeto, à medida que as deliberações são tomadas e as entregas são aceitas.
A figura a seguir ilustra o custo das mudanças e correções de erros, que geralmente aumenta
significativamente à medida que o projeto se aproxima do término.
18
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
Risco
Custo de mudança
O Guia PMBOK (2017, p. 19) afirma que “o ciclo de vida do projeto precisa ser flexível o suficiente
para lidar com a variedade de fatores incluídos no projeto”. É da natureza dos projetos evoluir na medida
em que informações mais detalhadas e específicas são disponibilizadas. Essa capacidade de evoluir e
se adaptar é mais relevante em ambientes com alto grau de mudança e de incerteza ou com ampla
variação da interpretação e expectativas das partes interessadas.
O nível de atividade, o custo e número de membros da equipe são relativamente baixos na etapa
de início do projeto, que envolve os seus primeiros passos e a definição de questões fundamentais
para a realização de qualquer plano, aumentando durante o planejamento, em que a organização
e preparação do projeto envolvem a montagem da equipe e da jornada de trabalho, orientada para
o atingimento dos objetivos mapeados, alcançando seu ápice na etapa de execução, quando é iniciada
a fase de realização do trabalho, em que os entregáveis são construídos e apresentados aos clientes,
diminuindo novamente na etapa de encerramento do projeto, que é a entrega do produto final ao
cliente, com a consolidação da documentação do projeto, desmobilização da equipe de trabalho e
encerramento dos contratos com fornecedores.
Os ciclos de vida do projeto podem ser preditivos ou adaptativos. Em um ciclo de vida do projeto, há
geralmente uma ou mais fases associadas com o progresso do produto, serviço ou resultado. Elas são
chamadas de ciclo de vida de desenvolvimento. Tais ciclos podem ser preditivos, iterativos, incrementais,
adaptativos ou um modelo híbrido, sendo detalhados a seguir:
• Preditivo: o escopo, prazo e custo do projeto são determinados nas fases iniciais do ciclo de vida.
Quaisquer alterações no escopo são cuidadosamente gerenciadas. Os ciclos de vida preditivos são
também chamados de ciclos de vida em cascata.
19
Unidade I
o produto por meio de uma série de ciclos repetidos, enquanto os incrementos acrescentam
funcionalidade do produto.
• Incremental: a entrega é produzida por meio de uma série de iterações que continuadamente
acrescentam funcionalidade em um prazo correto. A entrega contém a capacidade suficiente para
ser considerada completa somente após a iteração final.
• Adaptativos: são ágeis, iterativos ou incrementais. O escopo detalhado é definido e aprovado antes
do início de uma iteração. Eles também são chamados de ágeis ou de ciclos de vida orientados
às mudanças.
Cabe à equipe de gerenciamento determinar o melhor ciclo de vida de cada projeto. Este precisa ser
flexível o suficiente para lidar com a variedade de fatores incluídos no projeto. A flexibilidade de ciclo de
vida pode ser percebida por meio da identificação dos processos que precisam ser executados em cada
fase; execução dos processos identificados na fase apropriada; e ajuste das várias características de uma
fase (por exemplo, nome, duração, critérios de saída e critérios de entrada).
Os ciclos de vida do projeto são independentes dos ciclos de vida do produto que possa resultar de
um projeto. O ciclo de vida de um produto é a série de fases que representam a evolução de um produto,
da sua concepção à entrega, crescimento, maturidade e descontinuação.
• Estrutura e análise do projeto: organiza a equipe do projeto de acordo com a sua estrutura
analítica, ou seja, atribui as entregas às pessoas.
• Fases de um projeto: através desse critério a equipe é organizada de acordo com a fase do projeto.
Características do projeto
Tipos de Quem Pessoal
estrutura Grupos de Autoridade Papel do Disponibilidade gerencia o administrativo de
organizacional trabalho do gerente gerente do de recursos orçamento gerenciamento
organizados por do projeto projeto do projeto? de projetos
Orgânico ou Flexível: pessoas Pouca ou Em tempo Pouca ou Proprietário ou Pouco ou nenhum
simples trabalhando lado nenhuma parcial; pode ou nenhuma operador
a lado não ser um papel
designado, como
coordenador
Funcional Trabalho realizado Pouca ou Em tempo Pouca ou Gerente Em tempo parcial
(centralizado) (exemplos: nenhuma parcial; pode ou nenhuma funcional
engenharia, não ser um papel
fabricação) designado, como
coordenador
Multidivisional Um grupo de: Pouca ou Em tempo Pouca ou Gerente Em tempo parcial
(pode replicar produto; processos nenhuma parcial; pode ou nenhuma funcional
funções de produção; não ser um papel
para divisão portfólio; designado, como
com pouca programa; região coordenador
centralização) geográfica; tipo de
cliente
Matriz – forte Função, com Moderada Função Moderada Gerente do Full‑time
gerente do projeto a alta designada em a alta projeto
como uma função tempo integral
Matriz – fraca Função Baixa Em tempo Baixa Gerente Em tempo parcial
parcial; feito funcional
como parte de
outro trabalho e
não uma função
designada, como
coordenador
Matriz – Função Baixa a Em tempo Baixa a Misto Em tempo parcial
equilibrada moderada parcial; moderada
incorporado nas
funções como
uma habilidade
e pode não
ser um papel
designado, como
coordenador
Orientado Projeto Alta a Função Alta a quase Gerente do Em tempo integral
a projetos quase total designada em total projeto
(composto, tempo integral
híbrido)
Virtual Estrutura de rede Baixa a Em tempo Baixa a Misto Poderia ser em
com nós nos moderada integral ou moderada tempo integral ou
pontos de contato parcial parcial
com outras pessoas
Híbrido Mix de outros tipos Mista Misto Mista Misto Misto
EGP* Mix de outros Alta a Função Alta a Gerente Em tempo integral
tipos quase total designada em quase total do projeto
tempo integral
* Escritório de Gerenciamento de Projetos
21
Unidade I
São inúmeros os fatores que a organização considera para inclusão em sua estrutura organizacional.
Cada fator pode ter um nível diferente de importância na análise final. A combinação do fator, seu valor
e importância relativa fornecem aos tomadores de decisão da organização as informações certas para
inclusão na análise.
O papel do gerente de projetos é diferente da atuação de um gerente de operações, pois é ele quem
garante que o projeto será concluído e os objetivos alcançados. Normalmente, os gerentes de operações
são responsáveis por assegurar a eficiência das operações do negócio. O gerente de projeto é a pessoa
designada pela empresa para liderar a equipe responsável por alcançar os objetivos, sendo incumbida
por todas as rotinas de um projeto.
O gerente de projetos é o principal encarregado pelo sucesso de um projeto, mas isso não quer dizer
que realiza todo o trabalho físico, visto que o seu foco é assegurar o cumprimento da tarefa e atuar na
resolução de eventuais problemas.
O gerente de projetos define papéis, atribui tarefas, acompanha o andamento da sua equipe através
de ferramentas e técnicas apuradas, administra os recursos e investimentos, integra as pessoas e
também tem a função de monitorar possíveis riscos e estar sempre preparado para mudar de estratégia
se necessário.
Quando falamos do perfil do gerente de projetos, temos que considerar que ele deve ter
organização e agilidade na tomada de decisões e visão para calcular riscos, ser inspirador para sua
equipe, saber planejar minuciosamente cada passo e ser flexível para mudar de estratégia e rápido
para reorganizá‑la.
Os bons gerentes são capazes de inspirar e motivar sua equipe além do esperado, pois sabem
como gerenciar pessoas e incentivá‑las a usar o que têm de melhor em nome do projeto. Ou seja, o
gerente de projetos é, acima de tudo, um líder, sabe se comunicar muito bem, se mantém em constante
aprendizagem, sempre tem um lado negociador, segue as mudanças como algo natural, é um excelente
gestor de processos, sabe avaliar muito bem os riscos e mantém o foco nos resultados.
Observação
22
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
O gerente de projetos desempenha um papel crítico na liderança de uma equipe de projeto para
atingir os objetivos dela, pois é o gerente quem interage com todos os stakeholders do projeto.
Esse papel é claramente visível ao longo do projeto. Muitos gerentes de projetos envolvem‑se em
um projeto do início ao fim. No entanto, em algumas organizações, podem envolver‑se nas atividades
de avaliação e análise antes da iniciação do projeto.
Essas atividades podem incluir consultoria com líderes executivos e da unidade de negócios acerca
de ideias para avançar objetivos estratégicos, melhorar o desempenho organizacional ou atender às
necessidades do cliente.
Em alguns formatos organizacionais, o gerente de projetos também pode ser chamado para gerenciar
ou auxiliar na análise do negócio, no desenvolvimento de business case e nos aspectos do gerenciamento
de portfólio para um projeto.
Algumas características profissionais e pessoais do líder são fundamentais para alcançar resultados
satisfatórios em projetos, tais como:
• sabedoria;
• liderança;
• mediação de conflitos;
• negociação;
• comunicação e atitude de sempre buscar o sucesso do projeto;
• cumprir com os prazos existentes;
• apoiar a equipe;
• delegar responsabilidades e atividades;
• treinar e motivar a equipe;
• fazer mudanças nas atividades e na equipe sempre que necessário;
• não comprometer os aspectos de custos e qualidade dos resultados, melhorando todos os
aspectos.
23
Unidade I
Observação
O Project Management Institute (PMI) é a maior associação internacional sem fins lucrativos do
mundo para profissionais de gerenciamento de projetos, com mais de meio milhão de associados e de
profissionais certificados em 185 países. Ela oferece oito certificações para gerência de projetos, cada
uma de acordo com o nível de especialização e tempo de experiência no mercado:
Lembrete
O gerente de projetos é a pessoa designada pela organização executora para liderar a equipe
responsável por alcançar os objetivos do projeto. Os relacionamentos de subordinação do gerente
do projeto baseiam‑se na estrutura da organização e na governança do projeto. Além de quaisquer
24
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
• Habilidades necessárias para liderar com eficácia a equipe do projeto, coordenar o trabalho,
colaborar com as partes interessadas, solucionar problemas e tomar decisões.
• Outros atributos necessários para gerenciar o projeto com sucesso, como personalidade, atitude,
ética e liderança.
– liderança;
– construção de equipes;
– motivação;
– comunicação;
– influência;
– tomada de decisões;
– negociação;
– facilitação;
– gerenciamento de conflitos;
– coaching.
25
Unidade I
O gerente do projeto tem sucesso quando os objetivos do projeto tiverem sido alcançados.
Outro aspecto do sucesso é a satisfação das partes interessadas. O gerente do projeto deve abordar as
necessidades, preocupações e expectativas a fim de satisfazer as partes interessadas relevantes. Para ter
sucesso, o gerente do projeto deve adaptar a abordagem do projeto, o ciclo de vida e os processos de
gerenciamento de projetos para cumprir os requisitos de projeto e produto.
O termo PMI refere‑se ao Project Management Institute Inc. Em sua sexta edição, cada área de
conhecimento tem uma seção com abordagens para ambientes ágeis, iterativos e adaptativos,
descrevendo como essas práticas se integram nas configurações do projeto. O guia também tem mais
ênfase no conhecimento estratégico e de negócios, incluindo a discussão de documentos de negócios
em gerenciamento de projetos e as habilidades essenciais para o sucesso no mercado atual.
Saiba mais
A seguir, veja o quadro com as diferenças entre a edição anterior (5ª edição) e a edição atual
(6ª edição):
26
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
27
Unidade I
5ª edição 6ª edição
Gerenciamento de riscos do projeto Gerenciamento de riscos do projeto
11.1 Planejar o gerenciamento de riscos 11.1 Planejar o gerenciamento de riscos
11.2 Identificar riscos 11.2 Identificar riscos
11.3 Realizar análise qualitativa de riscos 11.3 Realizar análise qualitativa de riscos
11.4 Realizar análise quantitativa de riscos 11.4 Realizar análise quantitativa de riscos
11.5 Planejar respostas aos riscos 11.5 Planejar respostas aos riscos
11.6 Controlar riscos 11.6 Implementar as respostas aos riscos
11.7 Monitorar os riscos
Gerenciamento de aquisições do projeto Gerenciamento de aquisições do projeto
12.1 Planejar o gerenciamento de aquisições 12.1 Planejar o gerenciamento de aquisições
12.2 Conduzir aquisições 12.2 Conduzir aquisições
12.3 Controlar aquisições 12.3 Controlar aquisições
12.4 Encerrar aquisições
Gerenciamento de stakeholders Gerenciamento de stakeholders
13.1 Identificar os stakeholders 13.1 Identificar os stakeholders
13.2 Planejar o gerenciamento de stakeholders 13.2 Planejar o gerenciamento de stakeholders
13.3 Gerenciar o engajamento de stakeholders 13.3 Gerenciar o engajamento de stakeholders
13.4 Controlar o engajamento de stakeholders 13.4 Monitorar o engajamento de stakeholders
Nenhuma mudança ocorreu nos cinco grupos de processos, que continuam sendo Iniciação,
Planejamento, Execução, Monitoramento e Controle e Encerramento.
A redação deste tópico se dá quando ainda não temos a versão em português desta edição. Assim,
há muitas menções que são tradução livre feita pelo autor deste livro‑texto.
Fazemos agora a apresentação da sétima versão do PMBOK, que desde 1996 vem ofertando soluções
e seus guias de boas práticas na gestão de projetos.
Neste momento de atualização, é bom entender que a chegada de uma nova versão não invalida
tudo o que já foi falado e tratado pelo PMI.
Saiba mais
Para saber mais sobre o assunto, veja o vídeo:
NOVO Guia PMBOK 7 vs PMBOK 6 – O que mudou? 2020. 1 vídeo (14
min). Publicado por Mario Trentim – Gestão de Projetos. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=1b7bvaF207o. Acesso em: 10 nov. 2022.
Vamos ver as diferenças entre essa versão e as últimas, seus 12 princípios, a relação com os
stakeholders e o ciclo de vida.
28
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
Adaptamos um quadro feito pelo Project Management Academy para começarmos nosso trabalho:
Quadro 4
A consultoria Atsit (2021) nos traz outra contribuição a respeito das principais diferenças entre o
PMBOK 7 e o PMOBOK 6, conforme veremos a seguir:
29
Unidade I
• escopo: documente todas as metas e entregas do projeto, prazos e orçamentos para planejar
melhor o projeto;
• cronograma: mantenha um ritmo constante para concluir o projeto dentro do prazo exigido;
• comunicações: planeje, gerencie e monitore as comunicações para garantir que as pessoas certas
recebam as mensagens certas;
• risco: antecipe riscos potenciais para planejar melhor seus resultados potenciais;
PMBOK 7
Os domínios de desempenho estão focados nos resultados gerais, e não apenas nos processos e
técnicas usados nas execuções de um projeto. A importância da qualidade do projeto é enfatizada.
Adaptação do PMBOK 7
A adaptação é uma nova estrutura encontrada no PMBOK 7 e se baseia no conceito de que uma
única abordagem pode não permitir que os gerentes de projeto atendam às entregas do projeto, às
demandas organizacionais e às necessidades do projeto.
30
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
• equipe;
• partes interessadas;
• ciclo de vida;
• planejamento;
• incerteza e ambiguidade;
• entrega;
• desempenho;
• trabalho de projeto.
Uma segunda mudança substancial do PMBOK 7 em relação ao PMBOK 6 pode ser encontrada em
seus padrões exclusivos de gerenciamento de projetos. No PMBOK 6, o padrão para gerenciamento
de projetos incluía cinco domínios abrangentes: iniciação, planejamento, execução, monitoramento e
controle e fechamento. Esses padrões resumem os processos que os gerentes de projeto aplicam para
entregar um projeto bem‑sucedido. Na 7ª edição do PMBOK, vemos esses padrões girarem desde os
processos de gerenciamento de projetos até os princípios de entrega de projetos.
31
Unidade I
A 7ª edição do PMBOK também elimina os cinco domínios de projeto da 6ª edição e os substitui por
12 novos padrões de gerenciamento de projeto:
• administração;
• equipe;
• partes interessadas;
• valor;
• pensamento holístico;
• liderança;
• adaptação;
• qualidade;
• complexidade;
• adaptabilidade e resiliência;
• gestão da mudança;
Segundo a 7ª edição do PMBOK, os 12 princípios que guiarão o gerente de projetos podem ser
detalhados da seguinte maneira:
3.3.1 Administração
do projeto que está sob seu controle, a partir de uma visão holística. Sendo assim, a administração tem
vários significados e aplicações dependendo do contexto.
Vamos detalhar um pouco mais as responsabilidades com os ambientes externo e interno, conforme
o PMBOK 7. Com relação ao ambiente interno, temos:
• trabalhar alinhado com a organização, ou seja, seguindo a sua missão, estratégia, visão e objetivos
e trabalhando para, de maneira sustentável, manter o valor percebido por longo prazo;
• ser cuidadoso na supervisão organizacional das finanças, dos materiais e de todos os recursos
usados no projeto;
3.3.2 Equipe
Criar uma equipe colaborativa para o projeto envolve múltiplos fatores, tais como:
• acordo de equipe;
• estruturas organizacionais;
• processos.
33
Unidade I
Acordos de equipe
Estruturas organizacionais
A equipe usa, adapta e implementa estruturas que ajudam a coordenar o esforço individual
associado ao trabalho do projeto. As estruturas são os arranjos entre os elementos do projeto e o
processo. Essas estruturas podem ser baseadas em papéis, funções e autoridade. Podem ser definidas
como externas do projeto, adaptadas para conter o projeto no contexto ou novas para atender um
projeto único.
Uma figura de autoridade pode impor formalmente uma estrutura, ou os membros da equipe podem
contribuir para esse projeto em alinhamento com as estruturas da organização.
Exemplos de estruturas de organizações que podem melhorar a colaboração incluem, mas não estão
limitados a:
Processo
A equipe do projeto define processos que permitem completar as tarefas e atribuições de trabalho.
Por exemplo, as equipes de projeto podem concordar com um processo de decomposição usando uma
estrutura de quebra de trabalho (work breakdown structure – WBS), tarefas ainda não completadas ou
quadro de tarefas por começar.
As equipes são influenciadas pela cultura da organização envolvida no projeto, a natureza do projeto
e o ambiente em que opera. Mesmo com essas influências, a equipe cria a sua própria cultura.
As equipes de projeto podem customizar sua própria estrutura conforme o objetivo do projeto.
34
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
Deve-se envolver as partes interessadas de forma proativa e na medida necessária para contribuir
para o sucesso do projeto e a satisfação do cliente. Eles influenciam os projetos em sua performance
e resultados.
Lembrando que stakeholders podem ser indivíduos, grupos ou organizações que podem afetar, ser
afetados ou perceber‑se afetados por uma decisão, atividade ou resultado de um portfólio, programa ou
projeto. As partes interessadas também influenciam direta ou indiretamente um projeto, seu desempenho
ou resultado de forma positiva ou negativa.
As partes interessadas podem afetar muitos aspectos de um projeto, incluindo, mas não limitado a:
• schedule (cronograma): oferecendo ideias para acelerar a entrega, desacelerar ou até interromper
a entrega das principais atividades do projeto;
• realização de benefícios: gerando ou mesmo identificando metas de longo prazo para que o
projeto entregue o valor identificado pretendido;
• risco: definindo os limites de risco do projeto, bem como participando de atividades subsequentes
de gerenciamento de risco;
35
Unidade I
Precisamos entender pelo menos três itens que devem dar suporte e estar inter-relacionados,
conforme segue:
Necessidades do negócio
O negócio fornece a justificativa para o projeto, explicando por que é realizado. Ele se origina
com um requisito de negócios preliminar, que é refletido no termo de abertura do projeto ou
outro documento de autorização. Ele fornece detalhes sobre as metas e objetivos de negócios.
As necessidades de negócios podem ser destinadas à organização executora, uma organização
cliente, uma parceria de organização e de bem‑estar público. Uma declaração clara da necessidade
de negócios ajuda a equipe do projeto a entender os direcionadores de negócios para o estado
futuro e permite que a equipe do projeto identifique oportunidades ou problemas para aumentar
o valor potencial do resultado do projeto.
Justificativa do projeto
A justificativa do projeto está conectada com as necessidades do negócio. Ele explica por que
a necessidade do negócio vale o investimento e por que ela deve ser abordada nesse momento.
A justificativa do projeto é acompanhada pela análise de custo‑benefício e suposições.
Estratégia do negócio
Em resumo, como todos os projetos têm uma gama de stakeholders, os diferentes valores gerados
para cada grupo de stakeholders devem ser considerados e equilibrados com o todo, priorizando a
perspectiva do cliente.
36
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
Os sistemas estão em constante mutação, precisando de atenção constante nas condições dos
ambientes interno e externo.
O pensamento holístico é responsável pelas interações de sistemas que vão permitir às equipes
atingir resultados positivos.
3.3.6 Liderança
Temos que entender que liderança é diferente de autoridade. Líderes efetivos sempre adaptam seu
estilo de liderar baseado no contexto da situação vivida.
Cada um dos membros do time tem uma maneira diferente de serem motivados, sendo competência
do líder entender e trabalhar a motivação de cada um. O comportamento esperado do líder deve mostrar
honestidade, integridade e conduta ética sempre.
O PMBOK traz o termo taylor, que tem a tradução literal “alfaiate”, ou seja, aquele que faz as peças
sob medida e não padronizadas. Sendo assim, achamos por bem usar o termo “customizado”, e podemos
também usar “adaptação”.
Trata‑se de ser capaz de projetar a abordagem de desenvolvimento do projeto com base no contexto
do projeto, seus objetivos, partes interessadas, governança e ambiente usando o processo “apenas o
suficiente” para alcançar o resultado desejado, maximizando o valor, gerenciando custos e aumentando
a velocidade, considerando que:
37
Unidade I
• adaptar a abordagem é iterativo (repetido, reiterado, feito mais de uma vez; frequente) e, portanto,
é um processo contínuo ao longo do projeto.
3.3.8 Qualidade
Manter o foco na qualidade produz entregas que atendem aos objetivos do projeto e se alinham às
necessidades, usos e requisitos de aceitação estabelecidos pelas partes interessadas relevantes.
A qualidade do projeto significa atender às expectativas dos clientes dentro dos requerimentos do
projeto. Qualidade foca no encontro do critério de aceitação das entregas que devem ser feitas.
Sempre que falamos em qualidade, alguém sempre fala em 100% de qualidade, mas essa qualidade
deve estar de acordo como os requisitos do cliente.
3.3.9 Complexidade
Avalie e navegue continuamente pela complexidade do projeto para que as abordagens e os planos
permitam que a equipe do projeto navegue com sucesso pelo ciclo de vida do projeto.
• a ambiguidade é um estado de não clareza, de não saber o que esperar para compreender uma
situação;
38
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
A complexidade pode emergir em qualquer ponto do projeto. Ela pode ser introduzida por eventos
ou condições que afetam o valor, o escopo, as comunicações, as partes interessadas, o risco e as
inovações tecnológicas.
3.3.10 Risco
Trata‑se de otimizar as respostas para riscos e avaliar continuamente a exposição ao risco, tanto
de oportunidades quanto de ameaças, para maximizar os impactos positivos e minimizar os impactos
negativos nos resultados do projeto.
Os riscos individuais e gerais podem afetar o projeto e acontecem continuamente ao longo dele.
Riscos positivos podem ser oportunidades e riscos negativos podem ser ameaças. A atitude, o apetite
e o limite de riscos de uma organização influenciam como eles são tratados, pois existem empresas
avessas a riscos, e outras, não.
• custo‑benefício;
Todos os projetos encontram desafios e/ou obstáculos em algum estágio. Combinando adaptabilidade
e resiliência, a equipe do projeto tem condições de superar estas fases.
39
Unidade I
É necessário fazer a gestão da mudança para alcançar o estado futuro previsto e preparar o que
foi impactado para a adoção e sustentação de novos e diferentes comportamentos e de processos
necessários para a transição do estado atual para o estado futuro pretendido criado pelos resultados do
projeto. Sendo assim, temos para a gestão da mudança os seguintes pontos:
• uma abordagem estruturada para a mudança ajuda indivíduos, grupos e organizações na transição
do estado atual para o estado desejado no futuro;
• a mudança pode ser originada de influências internas ou externas;
• permitir ou fazer a mudança pode ser um desafio, pois nem todas as partes interessadas adotam
a mudança;
• tentar muita mudança em pouco tempo pode levar à fadiga e/ou resistência da mudança
pelas partes;
Neste tópico, vamos fazer uma breve, mas importante relação entre o Guia PMBOK da 7ª edição e o
padrão do Guia PMBOK anterior.
12 princípios
Guia de comportamento
8 Domínios
Figura 6
Fonte: PMI (2021, p. 5).
40
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
Um domínio de desempenho do projeto é um grupo de atividades relacionadas que são críticas para
a entrega efetiva dos resultados do projeto. Um domínio de desempenho do projeto são áreas de foco
interativas e interdependentes que trabalham em uníssono para alcançar os resultados desejados do
projeto. Essas áreas são apresentadas a seguir.
O domínio de desempenho das partes interessadas aborda atividades e funções associadas às partes
interessadas.
As partes interessadas incluem pessoas, grupos e organizações. Um projeto pode ter um grupo
pequeno ou até milhões de pessoas. Estes podem ser diferentes em cada fase do projeto e em relação a
influência, poder e interesses que podem mudar até o projeto estar fechado. Veja a seguir alguns grupos
mais comuns:
Fornecedores
Clientes
Usuários finais
Órgãos reguladores
Órgãos diretivos
Gerentes de projeto
Comitês da direção
Gerentes de projetos
Time de gerentes de projeto
Equipe do projeto
Figura 7
Desempenho da equipe
A execução efetiva desse domínio de desempenho alcança os resultados desejados, tais como a
propriedade compartilhada, uma equipe de alta performance, liderança aplicável e outras habilidades
interpessoais demonstradas pelos membros da equipe.
41
Unidade I
São comentados vários tipos de liderança, inteligência emocional e como os lideres devem atuar,
customizando a sua liderança para ter uma cultura de projeto ajustada e alta performance que traga os
resultados esperados.
• o ciclo de vida do projeto consiste nas fases que conectam a entrega do negócio e o valor das
partes interessadas do início ao fim do projeto;
• o ciclo de vida do projeto consiste nas fases que facilitam a cadência das entregas, desenvolvimento
requeridos para produzir as entregas do projeto.
Desempenho do planejamento
• as informações envolvidas devem ser elaboradas para produzir entregas e resultados para os quais
o projeto foi realizado;
• as informações para o planejamento devem ser suficientes para atender as expectativas das
partes interessadas;
• ter um processo de adaptação dos planos ao longo do projeto com base nas necessidades ou
condições emergentes e em mudança;
• muitas variáveis podem ser observadas com relação ao planejamento em si, tais como as entregas
e as estimativas do tempo e finalmente do planejamento;
42
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
• ter muito bem orquestrados a equipe, a comunicação, os recursos físicos, as compras e as métricas,
estar de olho nas mudanças e fazer o alinhamento e a interação com os outros domínios.
Entregas
Controle/medição
A medição envolve avaliar o desempenho do projeto e implementar respostas apropriadas para manter o
desempenho ideal. A execução eficaz desse domínio de desempenho resulta nos seguintes resultados
desejados, conforme segue:
• alcançar metas e gerar valor de negócios tomando decisões informadas e oportunas com base em
previsões e avaliações confiáveis.
Para estabelecer as medidas, é necessário entender o que deve ser medido, e quais são os KPIs
(key performance indicators, ou indicadores chave de performance). Entendendo os KPI, podemos
estipular metas adequadas ao projeto, e, para isso, a indicação é usar a maneira smart.
A palavra smart em inglês significa “inteligente”, mas também pode formar um acrônimo:
• S (specific – específica): as metas devem ser específicas e claras, sem margem para
interpretações.
• R (relevant – relevante): as metas precisam ser relevantes e gerar impactos para obter resultados.
• T (time‑related ou timely – temporal): os prazos devem ser definidos para o alcance das metas
de maneira que os colaboradores aumentem o foco e evitem procrastinação.
Os termos usados pelo PMBOK estão customizados. Normalmente, em vez de meaningful teríamos
measurable, entre outras diferenças.
Incerteza
44
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
Projetos existem em vários graus de incerteza. A execução eficaz deste domínio de desempenho
resulta no seguinte:
• uma consciência do ambiente em que os projetos ocorrem, incluindo, mas não se limitando aos
ambientes técnico, social, político, de mercado e econômico;
• oportunidades devem ser usadas para melhorar a performance do projeto e seus resultados;
• reservas de custo e tempo no cronograma devem ser usadas efetivamente para manter o
alinhamento dos objetivos do projeto.
3.4.1.2 Customização/adaptação
Visão geral
45
Unidade I
A customização produz benefícios diretos e indiretos para as organizações. Estes incluem, mas não
estão limitados a:
• orientação para foco no cliente – suas necessidades e desejos são fatores importantes e fator de
influência no desenvolvimento;
• métodos e artefatos.
Visão geral
No contexto dessa nova versão, temos que entender os conceitos, conforme segue.
Modelo
46
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
Há modelos mais comuns e mais frequentemente usados, tais como modelos e seus principais
representantes de:
• mudança de mudança (gestão da mudança nas organizações, modelo Adkar, 8 passos no processo
de mudança, modelo de mudança Virgina Satir, modelo de transição);
Método
Existem métodos mais comuns e mais frequentemente usados. Colocamos a seguir os métodos mais
usados e seus principais representantes:
• Coleta e análise de dados: é usado para coletar, acessar e avaliar informação. Os principais
métodos são: análise de alternativas, suposições e análise de restrições, benchmarking, análise de
justificativa de negócios, custo de qualidade e árvore de decisão, entre várias outras análises.
• Eventos e encontros: método importante para criar o engajamento das equipes do projeto
e de outras partes interessadas. Entre tantos métodos, temos: refinamento de backlog, interação
de planejamento, interação de revisão, Kickoff etc.
Artefato
Pode ser um documento padrão (tabelas de mapeamento) para ajudar na entrega de projeto.
47
Unidade I
Lembrete
O gerenciamento de projetos é um tema bem crítico dentro de uma organização. Caso esse processo
não seja realizado de forma correta, todos os investimentos podem ser perdidos ou não apresentarão o
retorno esperado.
Cada projeto desenvolvido dentro de um negócio tem seus próprios desafios e é preciso que o gestor
domine várias áreas de conhecimento para realizar um bom gerenciamento de todos esses pontos.
A gestão de projetos, apesar de ser um tema antigo, ganhou força recentemente. A gestão é uma
especialização da administração e também do gerenciamento. Logo, o gestor não faz a mesma coisa que
o administrador e o gerente; a única diferença é que ele deve exercer o papel de forma mais criativa e
habilidosa, deixando de lado o arcaico.
Já a administração tem a função de criar soluções para os problemas típicos de uma organização. Ela
cuida, portanto, de recursos financeiros, patrimoniais e humanos, bem como do marketing, da produção,
da concorrência, do mercado etc., tendo como finalidade atingir os objetivos da organização.
De forma geral, podemos classificar a administração como o macro do negócio; afinal, o objetivo
é levar em conta a empresa como um todo, para guiá‑la para o melhor caminho. Para ser um bom
administrador, é necessário saber negociar, tomar decisões, estabelecer metas, liderar pessoas e
organizar recursos.
48
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
Premissas são os fatores que, para fins de planejamento, são considerados verdadeiros, reais ou
certos sem prova ou demonstração. Ao iniciar um projeto, não temos todas as informações de forma
clara e direta. Existem algumas situações nas quais precisamos levantar hipóteses por não saber com
100% de certeza que determinado evento vai ocorrer. Por isso usamos as premissas que irão descrever
esse tipo de situação.
Observação
Vale lembrar que um risco nem sempre apresenta uma ameaça, pois
pode ter um impacto positivo no projeto.
As premissas são utilizadas para o planejamento inicial e para se estabelecer as condições iniciais de
viabilização de um projeto. Um projeto em que não existem condições iniciais e tudo pode acontecer
está sujeito a escapar do controle.
Observação
49
Unidade I
Então, por que é necessário estabelecer premissas? Não bastaria apenas gerenciar os riscos? Vejamos
exemplos de premissas:
• é assumido que a construção irá enfrentar três meses de chuvas no ano que vem;
• é assumido que a documentação de liberação das obras estará disponível até o final
de fevereiro;
• é admitido que vamos conseguir iniciar os trabalhos técnicos com a equipe de técnicos contratados
até dezembro.
Restrição é o estado, ou a qualidade, de estar restrito a uma determinada ação ou ociosidade. É uma
limitação aplicável, interna ou externa a um projeto, a qual prejudicará o seu desempenho.
Existem limites nas definições de um projeto que não podem ser ultrapassados por imposição
de um patrocinador do projeto. As restrições podem ter origem interna ou externa ao projeto;
consequentemente, muitas vezes são condições que estão fora da autoridade do gerente de projetos, ou
seja, ele deve incluí‑las no projeto de forma obrigatória.
Observação
• A obra deverá ser executada somente das 8h às 17h, de segunda à sexta‑feira; portanto, ela não
poderá ser executada durante sábados, domingos e feriados. Se a equipe não respeitar o horário
permitido, o projeto poderá levar uma multa. Então existe um risco de ser multado, o que afetaria
o orçamento do projeto. A restrição de trabalhar somente no horário permitido evita que o risco
da multa aconteça.
50
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
• O ambiente da empresa sofre manutenção aos finais de semana, então esses dias não poderão ser
considerados.
Conforme já vimos, premissas estão no campo da incerteza e restrições estão ligadas às obrigações
do projeto (e, por consequência, no campo das certezas). Aqui começa a confusão quando falamos
de premissas e restrições. A consideração de determinados fatores como certos ou incertos está
profundamente ligada à predisposição dos comprometidos com o projeto em correr riscos.
Se os comprometidos com o projeto têm baixa predisposição para assumir riscos, os fatores
serão limitados e haverá uma procura pela eliminação das incertezas do projeto através da criação
de restrições. Contudo, se os envolvidos no projeto são mais arrojados e têm uma tendência mais
alta para admitir riscos, é possível que os fatores incertos sejam declarados como tal e sejam
conduzidos para o gerenciamento de riscos. É natural que os dois perfis tratem as restrições
fortes como restrições e os fatores realmente incertos como premissas. Por exemplo, ambos os
cenários respeitarão as legislações como restrições e os fatores climáticos (chuvas, por exemplo)
como premissas.
Apesar disso, existe uma zona na qual os fatores podem flutuar, novamente, de acordo com a
predisposição para assumir riscos. Um exemplo é a premissa exemplificada anteriormente: é assumido
que o dólar irá variar entre R$ 3,65 e R$ 3,75. Se a organização não puder assumir o risco de o dólar
variar fora desse limite, esse fator deverá ser tratado como uma restrição e ações adicionais deverão ser
tomadas. A premissa é retirada e é criada uma restrição do tipo: a variação do dólar deverá ser restrita
entre R$ 3,65 a R$ 3,75, e, invariavelmente, uma operação de hedge deverá ser realizada, garantindo a
faixa de flutuação de dólar aceitável para o projeto.
Observação
51
Unidade I
Premissas
Zona de incertezas
Riscos
Predisposição ao risco
Zona cinza
Aversão ao risco
Restrições
Zona das certezas
Fatos
Assim, as premissas e restrições são fundamentais para permitir a execução do projeto, sendo que as
restrições criam os limites para realizar o projeto e as premissas nos preparam para superar os eventos
que podem afetar o progresso do projeto.
Planejar é criar um plano para alcançar um determinado objetivo. Assim, vamos falar do planejamento
estratégico, que é todo o processo de criação e execução de um padrão estratégico entre os objetivos e
capacidades da empresa com relação às mudanças das oportunidades no mercado.
A estratégia empresarial visa adaptar a organização para aproveitar as oportunidades das mudanças
do ambiente em que a empresa atua.
O processo de planejar envolve a parte criativa, de análise e decisão, bem como questionamentos
sobre o que fazer, quando fazer, como fazer, quanto custará, para quem será feito, por que será feito,
por quem será feito e onde será feito. Toda atividade de planejamento nas empresas deverá resultar de
decisões presentes, tomadas a partir do exame do impacto delas no futuro, o que lhe possibilita uma
dimensão de alto significado.
Durante o planejamento de projetos também é aconselhável seguir normas, como ISO 9001 –
Modelo para garantia de qualidade em projeto, desenvolvimento, produção, instalação e manutenção –
1994: normas 4.4 e 4.7, e ISO 9000‑3 – Diretrizes para a aplicação da ISO 9001 ao desenvolvimento,
fornecimento e manutenção de software – 1994: normas 5.4.1a, 5.3, 5.5.2a, 5.1,5.4.2, e 5.4.3.
52
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
Observação
Através do planejamento estratégico, a empresa espera conhecer e utilizar melhor seus pontos
fortes; compreender e eliminar seus pontos fracos; saber das oportunidades externas; e conhecer e
evitar as ameaças. Além disso, para garantir uma melhor eficiência do plano, devemos conhecer:
• a aplicação do 5W e 2H:
53
Unidade I
• entendimento, por todos os colaboradores, da missão, dos propósitos, dos aspectos estratégicos, dos
objetivos gerais, dos objetivos funcionais, das metas, das políticas e dos projetos da empresa;
Nessa fase do planejamento estratégico é preciso determinar como a empresa está na atualidade.
Esse diagnóstico é realizado através de pessoas exclusivas de várias fontes de informações, que verificam
todos os tópicos próprios à realidade externa e interna da empresa.
• Definição dos valores: os valores são ideias fundamentais em torno das quais a organização foi
construída. Se uma organização não cultiva valores socialmente éticos, dificilmente conseguirá
alcançar resultados positivos no longo prazo. Representam as convicções dominantes, as crenças
básicas, aquilo em que a maioria das pessoas da organização acredita. São elementos motivadores
que direcionam as ações das pessoas na organização, contribuindo para a unidade e a coerência
do trabalho. Sinalizam o que se persegue em termos de padrão de comportamento de toda a
equipe na busca da excelência. Por exemplo: melhor produtividade; redução de custos; processos
de negócio mais simples; automação de tarefas; habilidade de realizar novas funções ou tarefas;
atendimento a padrões exigidos pelo mercado ou pela lei; melhor usabilidade.
• Missão da empresa: aqui deve ser estabelecida a razão de ser da empresa, o que a empresa deve
fazer. Essa fase do processo de elaboração e implementação do planejamento estratégico é de
elevada criatividade, em que os executivos das empresas têm que explicitar as atividades atuais
da organização. A missão integra a identidade da empresa, em que procura‑se determinar qual o
real negócio dela, por que ela existe ou, ainda, em que atividades a empresa deve concentrar seus
esforços no futuro.
Isso é de fácil compreensão na análise da situação de uma empresa fabricante de sabão em pó que
tenha como missão vender esse produto para empresas, enquanto outra empresa, do mesmo ramo, tenha
a missão de atender às necessidades das famílias na facilitação do processo de lavagem de roupas.
Assim, se verifica que a primeira empresa identifica seu ramo básico de atividade, e a segunda vai muito
além, considerando a natureza de seus propósitos básicos.
Na realidade, a missão da empresa representa um futuro no qual ela pretende atuar, se vai
trabalhar nos negócios que aparecem nesse ponto de vista, desde que seja viável em relação aos
vários pontos ponderados. São considerados os compromissos que a empresa se impõe no sentido de
cumprir sua missão.
Para Kotler (1991), a missão não deve ser colocada em termos de oferecer algum produto ou serviço
para satisfazer alguma necessidade do ambiente externo. Talvez seja correto dizer que a Totvs entrega
serviços em computação, a Ford monta e vende veículos e a Lacta fabrica e vende chocolates. Essas
empresas, realmente, fabricam e vendem esses produtos e serviços, mas o consumidor obtém mais
do que o resultado físico, adquire a reputação, credibilidade e a imagem que a empresa emprega em
seus produtos.
Nessa fase, a análise é a de como chegar à situação que se deseja com o estabelecimento de metas
e objetivos:
• Objetivo estratégico: aqui se determina para onde a empresa deve dirigir seus interesses.
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Unidade I
• Objetivo funcional: está relacionado com as áreas funcionais, devendo ser atingido com o
propósito de chegar aos objetivos da empresa.
• Meta: representa os passos ou etapas, quantificados e com prazos para atingir os objetivos.
Os objetivos estratégicos consistem no que queremos alcançar. Assim, a razão de se traçar as metas
e os objetivos do negócio é orientar o caminho a ser utilizado para que a empresa cumpra sua missão
em direção à sua visão. Nas organizações, os objetivos estratégicos são ajustados em pelo menos um dos
seguintes itens: crescimento, lucro e prestígio. Vejamos cada um deles a seguir:
• Crescimento: podem pertencer aos fatores geográficos, aos mercados e às próprias linhas de
produtos e serviços. Por exemplo, dispor de filiais em todos os países da América Latina.
• Lucro: tem a ver com o desempenho financeiro e é, para as empresas, um dos critérios definitivos,
se não o maior, do sucesso da organização.
• Prestígio: diz respeito à imagem da própria organização junto aos seus acionistas e de suas
marcas, produtos e serviços quando observados pelo mercado. Exemplos de objetivo de
prestígio: alcançar níveis de excelência na qualidade dos sistemas de atendimento ao cliente
pela empresa.
As metas são etapas perfeitamente quantificadas, com prazos definidos, coerentes com determinada
estratégia para que os objetivos estratégicos sejam alcançados. A principal diferença entre metas e
objetivos é que as metas são as ações mensuráveis que estabelecem as etapas para se atingir os objetivos.
Já os objetivos indicam as intenções da empresa, é o caminho para chegar ao destino que ela deseja.
A missão da empresa descreve o que ela é, e as suas metas são a forma de coordená‑la em direção a
sua visão. Vejamos algumas características que podem estar presentes nas metas de empresas:
Pode‑se definir as metas financeiras de uma empresa com frases como: atingir retorno do
investimento em agosto de 2020, ou atingir o ponto de equilíbrio em 12 meses.
Metas são resultados com os quais a empresa assume um compromisso definitivo; para atingi‑las,
a empresa deve estar preparada com os recursos necessários para alcançar os resultados desejados.
As metas definidas para a empresa devem impor as opções de negócio, conduzindo as decisões em
toda a organização. Elas devem criar uma aliança indestrutível entre as ações da empresa e sua missão.
Por exemplo:
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ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
• Objetivo: disponibilizar novos cursos de nível superior e tecnológico em EaD e aumentar o número
de vagas nos cursos de graduação existente.
• Meta: elevar em 25% o número de vagas dos cursos de graduação já existentes em um ano.
A estratégia é o caminho mais adequado a ser executado para alcançar os objetivos e as metas.
É importante procurar subdelegar estratégias para facilitar as alterações das ações de acordo com
as necessidades. As estratégias podem ser estabelecidas por área funcional da empresa, em que são
desenvolvidos os planos de ação, os quais são consolidados através de um conjunto de projetos.
• Negócios: a estratégia do negócio é o plano geral de jogo para um único negócio, sendo
apresentada no padrão de mudanças elaboradas pela gerência para produzir um desempenho
bem‑sucedido numa linha de negócio específica.
• Diferenciação: identidade forte do produto faz com que a empresa invista pesado em imagem,
assistência técnica, distribuição, pesquisa e desenvolvimento, recursos humanos, tecnologia e
qualidade com a finalidade de criar diferenciais para o consumidor.
• Liderança do custo: a empresa centra seus esforços na busca de eficiência produtiva, na ampliação
do volume de produção e na redução drástica de gastos com propaganda, distribuição, pesquisa
e desenvolvimento, tendo no preço um dos principais atributos valorizados pelo consumidor.
• Foco: significa definir um alvo limitado, em que a firma atende necessidades específicas de
determinado grupo.
Para compreender melhor a função dessas três estratégias, é preciso conhecer ainda as cinco forças
(definidas como uma análise da competitividade entre as empresas). Os cinco fatores que complementam
as estratégias competitivas são:
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ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
• Liderança de custo baixo: empenhar‑se para ser o detentor de baixo custo de um produto ou
serviço atraente para uma grande faixa de clientes, o que exige um esforço muito grande de
toda a empresa, pois esta busca obter uma vantagem competitiva, oferecendo ao mercado suas
mercadorias com custo mais baixo em relação ao seu concorrente.
• Fornecedor de melhor custo: oferece aos clientes mais valor pelo dinheiro, combinando o realce
de custo baixo com o destaque de diferenciação. A meta é obter os mais baixos custos e preços
em relação aos produtores de produtos semelhantes.
Aqui devem ser estabelecidas, a partir das estratégias e respeitando as políticas, os aspectos para o
plano de ação, valendo salientar que existem variados tipos de planos de ação, cabendo ao gerente do
projeto selecionar o que mais se adapta ao projeto em questão.
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Unidade I
Os projetos são as tarefas a serem feitas com responsabilidades de execução, resultados com
quantificação de benefícios e prazos para execução predeterminados, considerando os recursos
humanos, financeiros e de materiais, bem como as áreas envolvidas no seu desenvolvimento. Já
os programas dizem respeito ao grupo de projetos similares quanto ao seu objetivo maior. Os
planos de ação são os grupos das partes comuns dos diversos projetos quanto ao assunto que está
sendo analisado.
Nesta fase avalia‑se como a empresa está indo para a situação pretendida.
O controle pode ser determinado como a ação necessária para garantir a realização das estratégias,
objetivos, desafios, metas e projetos estabelecidos. Esta função envolve processos de:
• avaliação do desempenho;
Até hoje, há poucos livros que tratam especificamente do assunto de gerenciamento de projetos.
Existem muitos manuais que apresentam formulários para licitações de projetos em órgãos públicos ou
determinam como os relatórios de desenvolvimento devem ser elaborados. Esses manuais não passam
de receitas para casos específicos de como fazer o planejamento do projeto e estão longe de tratar dos
aspectos mais relevantes, como o porquê fazer e como controlar.
Outra categoria de livro se reporta às técnicas como o Program Evaluation and Review Technique –
Critical Path Method, conhecido como PERT/CPM, que podemos traduzir como Técnica de Avaliação e
Revisão de Projetos – Caminho Crítico, aliado às técnicas de trabalho em equipe e em rede (workgroup,
grupo de trabalho; e network, rede de contatos).
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ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
Entrada Saída
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Unidade I
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ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
Durante o encerramento do projeto, o gerente do projeto deve revisar o plano de gerenciamento para
garantir que todo o trabalho esteja concluído e que o projeto cumpriu os seus objetivos. As atividades
necessárias para o encerramento administrativo do projeto ou fase incluem, entre outras:
• Ações e atividades necessárias para atender aos critérios de conclusão ou encerramento para a
fase ou projeto, como:
— liberar o pessoal;
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Unidade I
• Ações e atividades necessárias para transferir os produtos, serviços ou resultados do projeto para
a próxima fase ou para produção e/ou operações:
As reuniões são usadas para confirmar se as entregas foram aceitas, validar se os critérios de
encerramento foram cumpridos, formalizar a conclusão dos contratos, avaliar a satisfação das partes
interessadas, reunir lições aprendidas, transferir conhecimento e informações do projeto e comemorar o
sucesso. Entre os participantes incluem‑se membros da equipe e outras partes interessadas envolvidas
ou afetadas pelo projeto. As reuniões podem ser presenciais, virtuais, formais ou informais. Os tipos de
reunião incluem, entre outros, aquelas para emissão do relatório de encerramento, de finalização com o
cliente, de lições aprendidas e de comemoração.
Os critérios de aceitação devem ser suficientemente específicos e mensuráveis, de forma a não haver
dúvidas em uma revisão para aceite. Além do objetivo do projeto, é fundamental saber sua abrangência,
a situação atual, os prazos e os custos estimados. Se houve outros projetos semelhantes anteriormente,
se falharam e por que falharam, e quais realmente são os requisitos do cliente.
Qualquer projeto deve transformar‑se em uma série de fases, em que o gerente possa visualizar o
começo, o meio e o fim de cada uma delas.
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ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
Este processo é realizado ao longo do projeto. A figura a seguir oferece uma visão macro desse
processo apresentando ainda todas as entradas, ferramentas e técnicas, e saídas:
Lembrete
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Unidade I
Resumo
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ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
Exercícios
PMBOK
O PMBOK é um guia fundamental para gestores de projetos que querem aprimorar as atividades
e os resultados do negócio. Desenvolvido pelos Comitês de Padronização do Project Management
Institute, o PMI contém os principais aspectos de gestão de um projeto, com diretrizes, boas práticas
e outras definições fundamentais para um bom gestor observar. O guia é conhecido como a “bíblia da
gestão de projetos” e atualmente é seguido por empresas ao redor do mundo, de diferentes portes e
áreas de atuação.
Adaptado de: https://bit.ly/3E9Fh5N. Acesso em: 12 set. 2022.
Com base no exposto e nos seus conhecimentos sobre o tema, avalie as afirmativas:
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) I e II, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
I – Afirmativa incorreta.
Justificativa: a característica temporária que os projetos apresentam implica um início e um término
bem definidos. Portanto, não obriga que a duração de um projeto seja curta.
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Unidade I
II – Afirmativa correta.
Justificativa: conforme o guia PMBOK em sua 6ª edição, o escopo do projeto define o que deve ser
realizado para que um produto ou serviço seja criado.
Justificativa: assim como é definido o escopo do projeto, que apresenta o plano de trabalho necessário
para que um produto seja criado, é necessário que o escopo do produto também seja especificado, uma
vez que este deve reunir as características que o produto deve apresentar.
I – Uma das três dimensões operacionais do planejamento estratégico é a sua elaboração, que
implica a identificação das ameaças, das oportunidades, das fraquezas e dos pontos fortes da empresa.
porque
Análise da questão
A segunda afirmativa é falsa, pois o âmbito das ameaças e das oportunidades na análise SWOT
caracteriza o ambiente externo da empresa.
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