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INFORMAÇÕES IMPORTANTES

INTRODUÇÃO

COMO USAR ESSE LIVRO

CAPITULO 1 – Primeiros passos

CAPITULO 2 – Categorizando as dívidas

CAPITULO 3 – As dívidas e as suas prioridades

CAPITULO 4 – Mapeando as dívidas

CAPITULO 5 – Atacando as dívidas

CAPITULO 6 – Além dos bancos

CONCLUSÃO

MENSAGEM FINAL

REFERÊNCIAS
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INFORMAÇÕES IMPORTANTES

Este material é protegido por leis de direitos autorais e todos os direitos


desse livro são reservados a GS MENDONCA TREINAMENTOS LTDA.

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autorização prévia é considerada uma violação de direitos autorais desta
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Revisão e supervisão editorial: Gabriel Mendonça.

Livre das dívidas (versão e-book). Brasília, DF.

Edição Independente, 2023. 63p. Literatura Brasileira – Finanças pessoais.


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INTRODUÇÃO

Caro, leitor.

Depois dos mais de 3700 alunos no nicho de finanças, eu percebi que o


assunto mais relevante que todos eles querem saber é como fazer as
negociações com o banco.

Nos meus cursos gravados, eu vejo inclusive que alguns alunos pulam
algumas aulas e vão direto para a aulas de negociação, mas é exatamente
aqui que mora o problema.

Quando o assunto são dívidas, a negociação começa muito antes da


negociação em si. É preciso uma preparação.

Não basta saber as técnicas de negociação.

Você precisa executar algumas ações antes, de modo que quando você
buscar a negociação, ela ocorra com sucesso.

A maioria das negociações que não são bem-sucedidas para o cliente,


acontecem pelo simples fato de que alguns pré-requisitos não foram
cumpridos antes.

A pressa para quem está em dívidas é uma armadilha enorme.

Eu entendo perfeitamente que você precisa resolver o quando antes, mas


se você fizer do jeito errado, ao invés de resolver você vai se complicar mais
ainda.

Por isso, o meu objetivo com esse novo livro é te ensinar as 5 principais
estratégias de negociação e como aplicá-las da forma certa para que você
consiga reduzir os juros das suas dívidas e quite-as na metade do tempo,
mas para isso eu vou precisar te ensinar também algumas coisas antes para
que quando chegue no momento da negociação em si, ela seja bem-
sucedida para você.
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COMO USAR ESSE LIVRO

Como eu disse na introdução, quem tem dívidas, tem pressa, no entanto


essa pressa pode atrapalhar a sua jornada e, ao invés de acelerar o
processo, você pode acabar se atrapalhando e complicando ainda mais a
situação.

Por esse motivo eu acredito que seja importante eu te passar algumas


simples orientações para que você seja o mais assertivo possível ao utilizar
as técnicas e estratégias contidas nesse livro.

A primeira coisa que eu tenho a recomendar é que você leia o livro todo
até o final antes de realizar qualquer ação.

Como esse livro é relativamente pequeno, eu acredito que você consiga


terminar muito rápido.

Essa primeira leitura completa do livro é importante porque algumas


dúvidas na hora da execução serão respondidas algumas páginas a frente.
Então se você simplesmente ler o passo 1 e executá-lo, pode ser que você
execute da forma errada, porque a explicação mais detalhada da execução
pode estar algumas linhas a frente.

Nessa primeira leitura faça apenas as anotações que você achar


importante. Anote também as dúvidas que forem surgindo porque estas
provavelmente serão respondidas mais à frente. Se você ficar com alguma
dúvida que não tenha sido respondida no livro, eu vou deixar mais abaixo
o link da nossa comunidade de alunos para que você possa me enviar uma
mensagem com a sua pergunta.

Essa comunidade na verdade é um presente meu para você.


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LIVRE DAS DÍVIDAS 7

Afinal, eu sei que você pode ter alguns desafios e perguntas que talvez não
tenham sido respondidas nesse livro. Então faça bom uso dela seguindo a
nossas regras e diretrizes da comunidade para que você e os outros alunos
desfrutem da melhor experiência possível.

Peço que antes de entrar na comunidade de alunos do Facebook, você leia


as regras e diretrizes no link abaixo.

https://www.gabrielmendonca.net/regras-comunidade-de-alunos

Uma vez que você já está ciente das regras e diretrizes da nossa
comunidade de alunos, você está pronto a se juntar a nós. Basta clicar no
link logo abaixo e solicitar a liberação do seu acesso. Nós liberamos os
acessos a comunidade diariamente, então em até 24 horas seu acesso será
liberado.

https://www.facebook.com/groups/dasdividasaosinvestimentos

A segunda orientação que eu preciso te passar é com relação a execução


das atividades.

Uma vez que você já tiver feito a primeira leitura do livro e não tiver
nenhuma dúvida quanto a execução das atividades, chegou a hora de
colocar a mão na massa.

Comece a ler o livro novamente pelo capítulo 1, mas agora executando


cada atividade na exata ordem proposta.

Nessa segunda leitura eu recomendo que você só avance para o passo


seguinte uma vez que já tiver concluído o anterior. Isso é importante
porque o método é baseado em um passo a passo onde o passo seguinte
quase sempre depende do anterior. Sendo assim, se você ainda não tiver
finalizado o passo 1 e já começar a executar o passo 2, por exemplo, pode
ser que você não tenha o resultado desejado.

A terceira orientação que eu tenho, é que você siga as orientações do livro


exatamente como propostas. Não mude nada. Eu costumo dizer que é uma
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8 AS 5 PRINCIPAIS TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO

receita de bolo da vovó. Se você alterar alguma medida na receita do bolo,


existe uma grande chance de ele não ficar bom.

Nesse livro é exatamente assim.

Se você mudar, alterar ou acrescentar alguma coisa a mais que você


acredite gerar um resultado melhor ou mais rápido, pode atrapalhar muito
a sua jornada de recuperação financeira e negociação das suas dívidas.

Os alunos que tiveram os resultados mais expressivos e mais rápidos foram


os que executaram o método exatamente como proposto, sem alterar
nada.

Minha quarta e última recomendação é que você faça tudo o que precisa
ser feito. Não existe resultados positivos sem ações eficazes.

Tudo o que contém nesse livro são as técnicas mais eficazes e eficientes
para você conseguir as melhores negociações para as suas dívidas. Tenho
centenas de alunos que já aplicaram essas mesmas técnicas que você terá
acesso e hoje conseguem arcar com os seus compromissos tranquilamente
longe do caos financeiro que viviam.

Não existe pulo do gato, esqueminha, treta, mágica ou qualquer ação


milagrosa para sair das dívidas.

Se você está buscando algo desse tipo, pode fechar esse livro agora e se
quiser, eu devolvo o seu dinheiro.

No meu Método de Recuperação Financeira Definitiva existem sim, ações


muito eficazes e eficientes para que você consiga sair do caos financeiro de
uma vez por todas e tenha uma vida financeiramente saudável.

Então se você está realmente disposto a fazer o que precisa ser feito para
sair das dívidas e fazer o seu dinheiro sobrar todos os meses para investir,
eu te convido a embarcar junto comigo nessa jornada e aprender a forma
certa de negociar as suas dívidas.
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CAPÍTULO 1
Primeiros passos
Se você realmente deseja fazer negociações bem-sucedidas com os seus
credores, esses primeiros passos que eu vou te ensinar nesse capítulo
serão fundamentais, pois sem eles dificilmente você vai conseguir
negociações que sejam boas para você.

Esses primeiros passos na verdade são o alicerce para que uma


negociação ocorra ao seu favor. Se você por algum motivo decidir pula-
los ou não os executar, a chance de você obter uma boa negociação a seu
favor é mínima, para não dizer nula.

Se você já viu seu pagamento ser todo ou parcialmente levado pelo banco
para abater uma dívida, você vai entender bem o que eu vou falar nesse
capítulo. Mas se esse ainda não foi o seu caso, é melhor que você execute
as ações que vou passar aqui para que isso não venha a acontecer com
você.

A maioria não entende por que o banco não alivia para o lado do cliente.

Muitos alunos meus chegam nas mentorias indignados porque ligaram


para o gerente ou foram na agência para tentar negociar e saíram de lá
com uma dívida maior que a anterior ou não conseguiram reduzir os juros
das dívidas.

A resposta para isso é simples, mas não óbvia.

Primeira coisa que você precisa entender é que o gerente do banco não
tem autonomia para reduzir juros ou negociar dívidas. O gerente de um
banco nada mais é que um vendedor melhor que todos os outros na
agência. Infelizmente ele não consegue te ajudar quando o assunto é
redução de juros ou negociações. Por isso eu recomendo que a partir de
hoje você não procure mais o seu gerente se você quer realmente sair
das dívidas.
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10 AS 5 PRINCIPAIS TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO

A segunda coisa que você precisa ter em mente é que o banco tem o
controle sobre o seu dinheiro. Sim, o banco tem.

A cada contrato que você faz com o banco, você dá autorização para que
eles debitem do saldo da sua conta caso você fique devendo. Não estou
falando aqui de casos de débito automático. Estou falando de
autorizações como a do contrato abaixo.

Esse tipo de autorização existe em todos os contratos bancários que você


imaginar, sejam eles em papel ou mesmo digitais.

Infelizmente não é possível fazer um empréstimo, por exemplo, sem que


você aceite essa autorização. Mas a grande vantagem é que do mesmo
jeito que você autorizou, você pode desautorizar.

O que eu preciso que você entenda nesse primeiro momento é que


enquanto o banco tiver poder e acesso total ao seu dinheiro, você não vai
conseguir negociar.

Agora você talvez já tenha entendido por que você nunca conseguiu
negociar com o banco.

Se o banco tem livre acesso ao seu salário, por que motivo ele vai aliviaria
para você? Afinal, se você por algum motivo não pagar, ele vai continuar
pegando o seu dinheiro de uma forma ou de outra.

Por isso, se você realmente quer sair das dívidas negociando da forma
certa, a primeira ação que você precisa fazer é proteger o seu dinheiro.
Afinal, você não quer que o banco continue “pegando” todo ou grande
parte do seu dinheiro para abater as suas dívidas enquanto você fica sem
um centavo para fazer suas compras do mês ou pagar o aluguel.
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LIVRE DAS DÍVIDAS 11

Essa ação é importante porque é você quem precisa estar no controle do


seu dinheiro antes de partir para as negociações. Se o banco pode fazer o
que ele bem entende com o dinheiro que é seu, você dificilmente vai
conseguir um bom acordo, quanto mais sair das dívidas. Então nesse
momento você precisa assumir o controle do seu dinheiro e é você quem
vai decidir o que fazer com ele a partir de agora.

É importante que você entenda que não estou te incentivando a dar um


calote no banco. De forma alguma. No entanto, o que mais acontece
quando o banco tem autorização para fazer descontos na sua conta é que
você acaba “pagando as dívidas” e ficando sem dinheiro para manter as
suas necessidades básicas. Ou seja, você coloca de um lado tirando do
outro. E é isso que tira o sono de muita gente.

O seu objetivo com essa ação é apenas que você tenha o controle do seu
dinheiro. Será você quem vai decidir quanto pode pagar ao banco
naquele mês e não o banco.

E já te adianto que em muitos casos só de você assumir o controle do seu


dinheiro, o banco já te chama para negociar com juros mais baixos. Afinal,
agora ele não tem como abater a sua dívida do jeito dele.

Então, nesse primeiro momento você precisa antes de qualquer coisa


proteger o seu dinheiro.

Você faz isso em dois passos: primeiro abrindo uma conta salário e depois
desautorizando os débitos nessa conta.

Por lei, segundo a resolução Nº 5.058/2022 do Banco Central


(anteriormente Resolução 3.424), todo cidadão que recebe salário, soldo,
pensão, aposentadoria ou similares tem direito a uma conta sem a
cobrança de tarifas. Ou seja, se você recebe seu salário na sua conta
corrente, mas essa conta não é uma conta salário, você tem por direito
acesso a essa modalidade de conta que inclusive não possui tarifas (pacote
de serviços).
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12 AS 5 PRINCIPAIS TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO

Uma vez transferido o seu salário para essa conta salário, você deve
solicitar o cancelamento de débitos em conta.

Segundo a resolução Nº 4790/2020 do Banco Central você tem direito a


desautorizar o banco a fazer qualquer débito na sua conta depósito ou
conta salário a qualquer momento.

Uma vez que você tenha feito isso, no próximo mês o dinheiro vai cair na
sua conta e vai ficar quietinho lá te esperando para você resolver o que vai
fazer com ele como foi o caso do Gustavo.

É importante ressaltar que a conta salário é uma conta básica que não
possui alguns serviços que porventura você possa precisar. Caso a melhor
opção para você seja abrir a conta salário, abra uma conta gratuita num
dos bancos digitais que você poderá fazer todos os serviços que a sua conta
salário não faz, como o pagamento de contas, por exemplo.

Outro fator importante a ser levado em consideração nesse primeiro


movimento é que você pode deixar de pagar o pacote de tarifas do banco.
Por mais básico que seja, esse pacote de tarifas costuma levar em média
de 30 a 50 reais do seu orçamento todos os meses. Para você que está
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LIVRE DAS DÍVIDAS 13

endividado, todo valor desnecessário que você deixar de pagar é bem-


vindo, principalmente se for para o banco.

IMPORTANTE: Verifique se você já não possui uma conta salário. Em


muitos casos essa conta salário pode estar vinculada a uma conta corrente.
Se esse for o seu caso, o dinheiro bate na conta salário e é transferido
automaticamente para a conta corrente. Você precisa desvincular a conta
salário da conta corrente e cancelar a transferência automática entre
contas.

Uma opção para quem não recebe salário em conta é solicitar a mudança
da sua conta atual para a modalidade conta essencial.

Segundo a resolução 3919/2010 do Banco Central, todo cidadão tem


direito a ter uma conta corrente que contemple os serviços bancários
básicos. Assim como na conta salário, essa conta será uma conta com
serviços restritos, mas você vai deixar de pagar o pacote de serviços e
inclusive pode solicitar o reembolso de tudo o que você já pagou nos
últimos 5 anos, mas isso é um assunto que vamos falar em outro livro ou
curso.

Inclusive existem vários valores que você pode recuperar que o banco te
cobrou indevidamente e você nem sabe, como foi o caso da minha aluna
Eloisa.
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14 AS 5 PRINCIPAIS TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO

Mas como eu disse, isso é assunto para um outro momento.

O meu foco nesse livro é te ensinar as estratégias e técnicas de negociação


para reduzir os juros das suas dívidas pessoais.

O mais relevante nesse primeiro momento é que você proteja o seu


dinheiro e pare de pagar os pacotes de serviços para começar a economizar
de onde realmente não vale a pena gastar o seu dinheiro.

Vou deixar logo abaixo um link e o QR Code para caso você queira ter
acesso aos modelos de solicitações prontos para você só copiar e colar.

https://www.gabrielmendonca.net/templates
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LIVRE DAS DÍVIDAS 15

Para realizar as solicitações acima, busque fazê-las pelo SAC da instituição


para que você tenha os números de protocolo anotados e tudo
documentado. Caso a instituição não atenda a sua solicitação, você pode
escalar o seu pedido para a Ouvidoria da instituição.

Caso ainda assim você não seja atendido, você deve abrir uma
reclamação no Banco Central (segue o link abaixo).

https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/registrar_reclamacao

Se após o prazo dado pelo Banco Central para resolução do seu caso, você
ainda não tiver sido atendido pela instituição Financeira, você deve abrir
uma reclamação direto no Procon do seu estado.

Importante ressaltar que o Banco Central e o Procon são órgãos apenas


fiscalizadores para fazer com que seus direitos sejam cumpridos. Eles não
resolvem efetivamente o seu caso, mas fazem as instituições financeiras
cumprirem as normas, resoluções e leis feitas por eles.

Outro ponto importante é que você faça o processo exatamente nessa


ordem, sempre começando pelo SAC da instituição financeira e anotando
os protocolos de todos os atendimentos.

Você só tem a sua solicitação dada como indeferida após você ter uma
resposta formal, por e-mail, de todas as instâncias.

A única coisa que recomendo que você faça direto em uma agência é a
abertura de conta salário, caso você ainda não tenha. Para abrir uma
conta salário basta você pedir a sua fonte pagadora uma carta para
abertura de conta salário. Com essa carta você vai ao banco e abre a sua
conta salário facilmente. Se a sua empresa não fornecer a carta, não tem
problema. Dirija-se a agência mais próxima de você e exija a abertura da
conta salário que é um direito seu. Se o banco se negar a realizar a
abertura, denuncie ao Banco Central usando o link que coloquei mais
acima.
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CUIDADO: Ao abrir a sua conta salário, pode ser que o banco abra uma
conta corrente vinculada à conta salário. Informe que você quer a
abertura somente da conta salário e que não autoriza nenhum vínculo
com outra conta (nova ou antiga) ou transferência automática para outra
conta que você já tenha instituição.
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CAPÍTULO 2
Categorizando as dívidas
Outro passo fundamental antes de negociar é conhecer as suas dívidas.

Vejo diversas pessoas que querem negociar o mais rápido possível porque
os juros estão consumindo seus salários, mas não fazem a mínima ideia do
que vão falar, fazer ou mesmo oferecer ao credor.

Negociar dívidas requer estratégias e técnicas. Não pode ser de qualquer


jeito.

Por isso eu falo e repito que você não pode pular nenhuma etapa do passo
a passo que descrevo nesse livro.

Esse momento agora é um momento de preparação e clareza de qual será


o seu norte no momento da negociação.

Quando falamos de dívidas, podemos categorizá-las em quatro tipos:


dívidas com pessoas, dívidas com consequências, dívidas com garantia e
dívidas sem garantia.

Para ficar mais fácil de você entender, a partir de agora vou usar algumas
ferramentas para ilustrar o que estou falando.

Na ferramenta abaixo, nós separamos as quatro categorias de dívidas em


quatro quadrantes. Eu peço que você preencha as suas dívidas usando
esses quatro quadrantes conforme será explicado a seguir.
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18 CATEGORIZANDO AS DÍVIDAS

DÍVIDAS COM PESSOAS DÍVIDAS COM CONSEQUÊNCIAS

DÍVIDAS COM GARANTIA DÍVIDAS SEM GARANTIA

As dívidas com pessoas, como o próprio nome já diz, são dívidas que você
possui diretamente com pessoas físicas, ou seja, parentes, familiares,
amigos ou mesmo agiotas.

As dívidas com consequências são as dívidas que afetam diretamente a sua


vida pois mexem com as suas necessidades básicas. São dívidas com
aluguel, água, luz, condomínio, escola dos filhos, entre outros. Essas dívidas
caso você atrase ou deixe de pagar, podem trazer consequências graves
para a sua vida e bem-estar.

As dívidas com garantia são aquelas que você adquiriu dando algo como
garantia ao banco ou financeira. Se enquadram nessa categoria os
empréstimos e cartões consignados, financiamentos de imóveis e veículos,
empréstimos com garantia de imóvel ou veículo.

As dívidas sem garantia são dívidas de cheque especial, empréstimos


pessoais, cartões de crédito e crediários. Nessas dívidas não existe nenhum
bem vinculado à dívida.
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LIVRE DAS DÍVIDAS 19

Distribuindo as dívidas nos quadrantes ficaria assim:

DÍVIDAS COM PESSOAS DÍVIDAS COM CONSEQUÊNCIAS

Familiares Aluguel
Parentes Água
Amigos Luz
Agiotas Escola dos filhos

DÍVIDAS COM GARANTIA DÍVIDAS SEM GARANTIA

Empréstimos consignados Empréstimos pessoais


Cartão crédito consignado Cartão de crédito
Financiamento imóvel Cheque especial
Financiamento veículo Crediário

Peço que você pare por um momento e preencha os quadrantes da página


17 e categorize as suas dívidas conforme foi apresentado.

Após categorizar as suas dívidas, vamos precisar entender o que fazer com
cada uma delas, afinal não vamos tratar todas as dívidas da mesma forma.
Cada categoria precisa ser tratada de uma forma específica e é isso que
vamos ver a partir de agora.
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CAPÍTULO 3
As dívidas e as suas prioridades
Agora que você já sabe em quais quadrantes estão as suas dívidas, fica
muito mais fácil de saber como vamos atuar em cada uma delas. Você pode
inclusive não ter dívidas em todos os quadrantes, ou seja, você não vai
precisar aprender como atuar em todas as categorias. Mesmo assim, eu
recomendo que você leia todas as formas de negociação e atuação em cada
categoria de dívidas para que você adquira conhecimentos para não passar
por apertos futuros com um outro tipo de dívida que você não tenha hoje.

Eu, como mentor financeiro, ordeno as dívidas por uma ordem de


prioridade e importância que para mim é a que faz mais sentido. Através
desse modelo é que tenho conseguido ser mais efetivo e assertivo com
meus alunos e mentorados. Acredito inclusive que esse seja um dos
principais motivos dos resultados tão satisfatórios e rápidos que eles têm.

Levando em consideração essa ordem de prioridade e importância,


teremos:

#1: Dívidas com consequências

#2: Dívidas com garantia

#3: Dívidas com pessoas

#4: Dívidas sem garantia

Dívidas com consequências

As dívidas com consequência para mim têm prioridade 1 porque elas


podem afetar diretamente o bem-estar do indivíduo e da sua família. Uma
pessoa que deixar de pagar o aluguel e for despejada com certeza não vai
ter forças para continuar mentalmente bem. Eu acredito que seja uma das
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LIVRE DAS DÍVIDAS 21

situações mais difíceis que eu possa imaginar é uma família perder o seu
lar. Em casos como ficar sem luz ou água também pode impactar
fortemente uma família. Seu filho ser convidado a se retirar do colégio
porque a mensalidade está atrasada com certeza vai criar um trauma
terrível na vida dessa criança.

Não sei para você, mas para mim, minha família vem sempre em primeiro
lugar, por isso tudo o que desrespeita a minha família tem prioridade mais
alta que qualquer outra coisa. Por isso que coloco com prioridade 1.
Quanto ao grau de importância também será sempre o maior.

Então se eu tivesse que escolher entre pagar o cartão de crédito e pagar o


aluguel, eu não pensaria duas vezes em pagar o aluguel.

Foi por esse motivo que eu te ensinei no início a proteger o seu salário. Se
o seu salário estiver protegido você consegue escolher o que é melhor para
você num determinado momento, mas se o seu salário não estiver
protegido, o dinheiro cai na sua conta, o banco pega e o que você deveria
pagar primeiro porque é prioridade acaba ficando sem segundo plano. Não
por culpa sua, mas porque você ainda não tinha acesso à informação que
estou lhe fornecendo agora.

Fique tranquilo porque a partir de agora isso nunca mais vai acontecer.

É você quem vai escolher o que é prioridade para você e o que você
realmente vai pagar ou não.

Mas caso você já esteja com dívidas nessa categoria, você deve buscar
negociar os prazos. Busque seus credores para negociar os prazos de
pagamento. Parcele se possível buscando não contrair juros maiores.

Esse é o tipo de dívida que você não deve deixar para depois. Busque
negociar antes mesmo dos vencimentos. Para os valores já vencidos, vá até
os credores e negocie novos prazos e parcelamentos que vão caber no seu
orçamento.
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22 AS DÍVIDAS E AS SUAS PRIORIDADES

Se você já protegeu o seu dinheiro, eu acredito que no próximo mês será


mais fácil manter essas dívidas em dia.

Vale lembrar que ainda não estamos falando de técnicas de negociação.


Estamos falando apenas sobre as prioridades de cada dívida e o que você
deve buscar em cada uma delas.

Dívidas com garantia

As dívidas com garantia para mim têm prioridade 2 porque elas apesar de
não terem consequências tão graves, de alguma forma elas podem
impactar diretamente na vida do indivíduo que está endividado e da sua
família.

Ficar sem pagar a prestação do imóvel que você mora pode ocasionar um
despejo e isso afetaria bastante a vida de toda a família. No entanto, se
você não está conseguindo pagar a prestação, você poderia voltar a morar
de aluguel para reduzir o valor que você paga de moradia ao mês. É lógico
que essa não seria a sua primeira opção, mas também não podemos
descartar essa hipótese. Antes voltar para um imóvel alugado do que levar
a situação até os extremos e acabar indo morar de favor ou até mesmo na
rua.

Nosso objetivo não é discutir se você deveria voltar para o aluguel ou não,
como citei no exemplo acima. Usei apenas o caso para exemplificar que,
em algumas dívidas com garantia você poderia dar um passo atrás mesmo
que não fosse o que você gostaria de fazer, diferentemente das dívidas
com consequências que não teriam como você retroceder.

Percebe a diferença?

A mesma coisa você poderia fazer com um veículo. Trocar por um mais em
conta ou mesmo ficar sem durante algum tempo se for possível.

A ideia não é fazer você passar por privações, mas é te mostrar que existe
um caminho alternativo que não vai te levar à ruína total.
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LIVRE DAS DÍVIDAS 23

Já com os empréstimos e cartões consignados não é possível fazer isso. Ou


você dá um jeito, ou fica vendo o seu dinheiro indo embora todos os meses
sem nem mesmo passar pela sua mão.

O seu norte para atuar nas dívidas com garantia precisa ser sempre reduzir
os juros e é o que vou te ensinar mais à frente.

Dívidas com pessoas

Eu coloco esse tipo de dívida com prioridade 3. Apesar de ser uma


categoria de dívida importante e que pode gerar algumas dores de cabeça
devido as cobranças, eu diria que é uma categoria de dívidas mais flexível.
Exceto em alguns casos quando a dívida é com agiotas ‘casca-grossa’, mas
eu espero de coração que esse não seja o seu caso.

Essas dívidas são mais flexíveis porque elas não passam pelas regras de
juros, mora, IOF etc. Elas também não possuem um bem seu atrelado à
dívida como garantia (a não ser que você tenha acordado isso, mesmo que
de boca).

O fato é que, esse tipo de dívida é a que mais traz perturbação e


constrangimento, principalmente se o credor for um familiar ou amigo que
não tiver maturidade com a situação.

Para esse tipo de dívida você deve buscar prazos e parcelamentos, sempre
evitando acumular juros. Como estamos falando de negociações direto
com pessoas, abrir o jogo do seu estado financeiro atual pode ajudar
bastante. Nunca se negue a pagar, mas faça um acordo que você possa
cumprir, mesmo que seja para postergar os pagamentos durante alguns
meses. Recuperar os valores indevidos que o banco te cobrou também
pode te ajudar a quitar esse tipo de dívida.

Mais à frente nesse livro você verá que ao reduzirmos os juros das dívidas
com garantia e pagando um valor justo nas dívidas sem garantia, o seu
dinheiro deve sobrar para arcar com as dívidas desse quadrante.
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24 AS DÍVIDAS E AS SUAS PRIORIDADES

O mais importante para as dívidas com pessoas é nunca fugir delas. Procure
seus credores, explique a situação, negocie. Fugir ou ficar com vergonha é
a pior coisa que você poderia fazer.

Já que você está aqui lendo esse livro, eu acredito que você realmente
queira resolver. Então vai por mim que conversar com quem você deve e
buscar um acordo bom para ambas as partes é melhor que fugir da
situação. Não buscar um credor para explicar a situação e negociar pode
deixá-lo bem irritado e menos flexível na hora que você precisar da ajuda
e paciência dele.

Dívidas sem garantia

Apesar de essa categoria ser a que a maioria das pessoas possui e, também
talvez seja a que traz mais preocupação, na verdade é o tipo de dívida com
menos prioridade e importância.

Não sei se você lembra quando falei que entre pagar o aluguel e pagar o
cartão de crédito eu não pensaria duas vezes e pagaria o aluguel, pois bem.
Eu digo isso, porque esse tipo de dívida é a qual você pode “postergar” para
pagar depois. Sim, é isso mesmo que você leu. Como esse tipo de dívida
não tem garantia, não existe nada que o prenda a resolvê-la de forma
emergencial como é o caso das anteriores.

Veja bem, eu não disse que você pode deixar de pagar ou dar um calote.
Eu disse que você pode postergar o pagamento, ou seja, pagar mais para
frente num momento mais oportuno.

Eu acredito que você possa estar preocupado com o que eu falei agora,
afinal se você deixar de pagar um empréstimo pessoal ou o cartão de
crédito, os juros vão chegar nas alturas. Correto, vão sim. No entanto eu
preciso te lembrar que você não deu garantia nenhuma para essa dívida e
por isso ela tem esses juros absurdos.
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LIVRE DAS DÍVIDAS 25

Quanto maior o risco para a instituição financeira, maior serão os juros que
ela vai impor nas dívidas.

Um ponto importante que você precisa entender dessa categoria de


dívidas é que a instituição financeira não possui nenhuma garantia que
você vai pagar essa dívida. O risco de calote é muito alto. E mesmo que ela
levasse o caso para a justiça para reaver os valores, se a sua situação
financeira realmente não permitir que você pague a dívida, ou seja, se a
situação financeira que você se encontra hoje não permitir que você
custeie a suas necessidades básicas e sobre para você pagar as dívidas,
nenhum juiz vai julgar a favor do banco.

No máximo que pode acontecer é o juiz executar que você pague a sua
dívida de forma parcelada. Bens só poderão ser penhorados se estiverem
no seu nome e se estiverem além das suas necessidades básicas. O imóvel
que você mora, por exemplo, é uma necessidade básica. A não ser que você
more em uma mansão (rsrs).

Casos de execuções judiciais não são comuns para esse tipo de dívida, mas
podem sim acontecer.

O importante é nunca fugir da dívida como falei anteriormente.

Sei que é chato e estressante, mas é melhor você atender as ligações da


central do banco te cobrando do que não atender e receber uma ação
judicial.

Se você realmente precisou optar por manter as suas necessidades básicas,


informe a instituição financeira que você vai parar de pagar a dívida e
busque ajuda especializada urgente para criar um plano de ação específico
para o seu caso. Quando falo de ajuda especializada não estou falando do
gerente do seu banco, ok?

Nada é melhor do que agir de boa-fé com quem você deve, independente
de quem seja. Notificar seus credores da sua situação financeira atual pode
inclusive evitar uma execução judicial.
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26 AS DÍVIDAS E AS SUAS PRIORIDADES

Então fique tranquilo porque mesmo que o seu caso em específico vá à


juízo, se você realmente não tiver condições de pagar e não tiver contraído
a dívida de má fé, ou seja, já com a intenção de não pagar, nenhum juiz vai
julgar a favor do credor.

Como eu disse, nessa categoria de dívidas você pode buscar pagá-las em


um momento mais oportuno caso elas estejam impactando diretamente
nas suas necessidades básicas.

Independente de pagar mais para a frente ou negociar para pagar agora, o


que você deve buscar na negociação desse tipo de dívidas é pagar o valor
justo. Como falei antes, os juros das dívidas sem garantia são os mais altos
quando comparados a qualquer outro tipo de dívida, logo o que você deve
buscar é pagar um valor justo, mas para isso você precisa saber exatamente
quando você ainda deve. Ou seja, quanto você pegou, quanto você pagou
e quanto ainda faltaria pagar sem levar em consideração os juros.

No próximo capítulo nós vamos mapear as suas dívidas e você vai ter uma
maior clareza em termos de números.

Somente após analisar todos esses números, você poderá negociar com a
instituição um valor justo para o pagamento da dívida. Se a negociação não
for possível na primeira tentativa, você pode optar pela opção de pagar
mais para a frente essa dívida. Alguns meses após você parar de pagar, as
instituições financeiras são bem mais flexíveis quanto as negociações.

Eu sei que esse cenário de ficar inadimplente não é o melhor para ninguém,
mas em muitos casos é o que pode te salvar de não se afundar ainda mais.

O mais importante ao optar por parar de pagar é que você tenha um plano
para quitar essa dívida. Só parar de pagar e largar para lá vai te trazer
problemas muito maiores. Mas nós vamos falar sobre esse plano um pouco
mais a frente.

No início quando você para de pagar, serão ligações quase todos os dias e
informações de que os juros só estão aumentando, mas entre cinco e sete
meses eles começam a retroceder lhe oferecendo valores com desconto
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LIVRE DAS DÍVIDAS 27

para pagamentos à vista e até mesmo parcelado, mas você vai ver nas
estratégias de negociação que você não precisa esperar todo esse tempo.

Então o ideal é fazer um plano de ação para que você consiga negociar
dentro das suas possibilidades financeiras para voltar a pagar essa dívida o
quanto antes.

Fazendo um breve resumo e trazendo para os quatro quadrantes das


dívidas, teríamos:

DÍVIDAS COM
DÍVIDAS COM PESSOAS
CONSEQUÊNCIAS

Prazo / Parcelamento
Prazo / Parcelamento

Familiares Aluguel
Parentes Água
Amigos Luz
Agiotas Escola dos filhos

DÍVIDAS COM GARANTIA DÍVIDAS SEM GARANTIA

Pagar Valor Justo


Empréstimos consignados Empréstimos pessoais
Reduzir juros

Cartão crédito consignado Cartão de crédito


Financiamento imóvel Cheque especial
Financiamento veículo Crediário

Agora que você já tem o norte do que deve fazer e buscar em cada tipo de
dívida, vamos fazer um Raio-X das duas dívidas para analisarmos os
números.
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CAPÍTULO 4
Mapeando as dívidas
Chegou o momento de fazer o que chamo de um Raio-X das suas dívidas.
Agora vamos olhar para os números para entender como realmente está a
sua situação e a partir disso você vai traçar o melhor caminho para atuar
em cada dívida.

Eu recomento que você siga um modelo de mapeamento usando uma


planilha o mais parecida possível com a da imagem abaixo. Dessa forma vai
facilitar muito a sua leitura e compreensão após todo o mapeamento estar
preenchido.

Essa planilha e muitas outras ferramentas estão disponíveis no meu curso


completo e nas mentorias de recuperação financeira.

Se você quiser saber mais detalhes sobre os cursos e mentorias, clique no


link abaixo para conversar com a nossa equipe. É importante que você
informe que você está lendo esse livro porque temos uma condição
especial para você entrar nos nossos cursos e mentorias.

https://gabrielmendonca.net/whatsappequipe
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DAS DÍVIDAS AOS INVESTIMENTOS 29

Caso você prefira fazer o seu mapeamento no papel, o trabalho será um


pouco maior, mas eu vou deixar todas as orientações de como você deve
fazer.

A primeira coisa que vamos precisar para preencher o mapeamento das


dívidas é ter os contratos de financiamentos e empréstimos em mãos. Caso
você não tenha, fique tranquilo. Se você souber o valor das parcelas, o
prazo de duração e quanto tempo você já pagou, nós já conseguimos fazer
as contas. Mas eu aconselho fortemente que você tenha os contratos,
porque pela minha experiência, a maioria dos meus alunos tem uma noção
por muito por alto das dívidas e nesse momento precisamos ter uma visão
exata, com números exatos.

Para começar nosso raio-X, primeiro precisamos saber exatamente


quanto você ganha mensalmente. Nós ainda não entramos na parte de
controle financeiro, mas não tem problema. Só precisamos saber qual a
sua renda mensal bruta e líquida.

Caso você ganhe por comissão ou algo parecido, coloque a média (some
seus ganhos mensais dos últimos 12 meses e divida por 12). Nunca se
baseie pelo melhor mês de comissões ou com horas extras.

Renda Mensal Bruta R$


Renda Mensal Líquida R$

A sua renda mensal líquida é a sua renda bruta menos os descontos de


INSS, IR, vale transporte e vale refeição.

Não desconte seus consignados nesse caso.

O segundo passo é discriminar todas as suas dívidas.


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Dívidas Tipo de Valor Valor Duração Duração Valor Valor à Juros Saldo Valor Total
(para Dívida Inicial Mensal (em Restante Pago Pagar ao Devedor (C.E.T)
quem meses) (em Mês
deve?) meses) (%)
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LIVRE DAS DÍVIDAS 31

Caso você esteja fazendo em uma folha, dê mais espaço para colocar
todas as informações de forma que fique bem-organizado e você não
tenha dificuldade de entender.

Eu vou trazer uma breve explicação sobre cada coluna pois pode não ter
ficado tão claro para você o que exatamente deve ser preenchido.

Na coluna Dívidas (Para quem deve?) você vai colocar o nome da pessoa,
empresa ou instituição que você está com a dívida.

Na coluna Tipo de Dívida você vai preencher informação se essa dívida é


um empréstimo, financiamento, cartão de crédito, aluguel, escola etc.

Na coluna Valor Inicial você vai colocar o valor inicial da dívida sem
nenhum juro, por exemplo, o valor que você pegou de empréstimo ou o
valor que você ficou devendo da fatura do cartão de crédito.

Na coluna Valor Mensal você vai colocar o valor em R$ da prestação que


você fez. Caso você não tenha parcelado, coloque o valor atual que se
você fosse pagar hoje já com os juros e correções.

Na coluna Duração (em meses) você vai colocar em quantos meses você
parcelou essa dívida. Caso não tenha parcelado, coloque 1.

Na coluna Duração Restante (em meses) você vai colocar quantas


parcelas ainda falta pagar. Caso você não tenha parcelado, também
coloque 1 nessa coluna.

Se você estiver usando a planilha que temos em nossos cursos e


mentorias, todas as outras colunas serão preenchidas automaticamente.
Caso esteja fazendo em uma folha ou fazendo a sua própria planilha, você
vai precisar fazer todas as contas em uma calculadora.

Na coluna Valor Pago você vai preencher com o valor que você já pagou,
ou seja, valor da parcela vezes a quantidade de parcelas já pagas.
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32 MAPEANDO AS DÍVIDAS

Na coluna Valor à Pagar você vai preencher com o valor que ainda falta
pagar, ou seja, valor da parcela vezes a quantidade de parcelas que você
ainda deve pagar.

Na coluna Juros (ao mês) você vai preencher com os juros mensais da sua
prestação. Aqui é muito importante que você faça o cálculo porque na
maioria dos casos os juros que estão no seu contrato não contemplam o
custo efetivo total da operação. Para facilitar esse cálculo, eu recomendo
que você baixe no seu app de aplicativos a Calculadora do Cidadão. Com
ela você vai conseguir fazer essa conta rapidamente e sem dificuldades.
Abaixo eu vou deixar um pequeno tutorial de como você vai encontrar os
juros mensais usando-a.

Ao abrir a sua Calculadora do Cidadão no seu celular, você verá


exatamente essa tela. Clique em Financiamento.
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LIVRE DAS DÍVIDAS 33

Vai abrir essa segunda tela para você preencher as informações.

Preencha as informações conforme no exemplo abaixo. Como a


informação que queremos é a Taxa de juros mensal, nós vamos deixar
ela em branco e vamos preencher somente as outras informações.

Após preencher o campo Valor da prestação, basta dar Enter no seu


teclado que a taxa de juros mensal vai aparecer.
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34 MAPEANDO AS DÍVIDAS

Você já pode usar o valor total que ele calculou para preencher a última
coluna da nossa planilha onde tem Valor Total (C.E.T).

Ficou faltando agora apenas a coluna Saldo Devedor. Nessa coluna você
vai colocar a diferença entre o Valor Inicial e o Valor Pago. Essa coluna é
uma das mais importantes nessa planilha porque é ela que vai trazer o
valor justo que você deveria pagar sem considerar os juros. Na hora da
negociação com a instituição financeira, é esse valor que você deve
considerar para buscar um acordo que fique bom para você.

Agora que o seu Raio-X de dívidas está feito, já temos um diagnóstico


mais preciso para decidir o que fazer a partir de então.

Partimos então para o terceiro passo que é verificar o valor mensal a ser
pago ao longo dos meses, já que suas dívidas podem ter durações
diferentes. Mediante a duração de cada uma, coloque o somatório do
valor a ser pago mensalmente até o fim de todas as dívidas. Crie uma
tabela parecida com essa abaixo para você preencher o valor mensal
das dívidas mês a mês.
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LIVRE DAS DÍVIDAS 35

ANO 20__
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

ANO 20__
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

ANO 20__
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

ANO 20__
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

O valor mensal que você paga das suas dívidas não deve ultrapassar 30%
da sua renda mensal líquida.

Para saber esse percentual, pegue o total mensal das dívidas que você
preencheu na tabela acima (janeiro por exemplo), multiplique por 100 e
divida pela sua “Renda Mensal Líquida”. O resultado será o percentual da
sua renda mensal que você paga em dívidas.

Use a fórmula abaixo:

Total mensal dívidas janeiro x 100 = Percentual


Renda Mensal Líquida

Exemplo:
Total mensal dívidas em janeiro 2023 = R$ 4.000,00
Renda Mensal Líquida = R$ 10.000,00

4000 x 100 = Percentual


10000

Percentual = 40%
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36 MAPEANDO AS DÍVIDAS

Ou seja, essa pessoa compromete 40% do rendimento mensal dela com as


dívidas, o que não é ideal.
Sabendo disso, você pode buscar fazer os devidos ajustes.

Fique tranquilo porque é possível que as suas dívidas estejam


comprometendo bem mais que 30% do seu orçamento.

Em casos que o somatório mensal de todas as dívidas ultrapasse os 40% do


seu orçamento, mesmo que as dívidas sejam com credores diferentes, você
poderia acionar a lei do superendividamento para negociar todas as dívidas
juntas perante um juiz, mas eu sinceramente não recomendo que você faça
isso.

O primeiro motivo é que você vai ter que provar que as dívidas estão
comprometendo as suas necessidades básicas. Segundo é que você precisa
realmente estar vivendo com somente o básico. Isso significa que carro
próprio, plano de saúde, escola particular para os filhos e alguns outros
itens semelhantes não se enquadram na lista de necessidades básicas.
Eu recomendo meus alunos a não entrarem com um processo de
superendividamento inicialmente porque tenho visto diversos amigos
advogados especializados em direito bancário que não estão obtendo
sucesso nesse tipo de ação.

Você vai ver que existem outros meios de limitar as dívidas a 30% do seu
orçamento sem precisar acionar o poder judiciário.

E vale lembrar novamente que toda vez que você aciona o poder judiciário
para uma ação contra um banco, o seu nome vai para a lista negra deles.
Depois fica difícil, para não dizer impossível você conseguir crédito em
qualquer instituição bancária novamente.

Se você já estava cogitando partir para a Lei do Superendividamento, eu


peço que você pelo menos termine de ler esse livro porque eu vou te
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LIVRE DAS DÍVIDAS 37

explicar outras maneiras de resolver essa situação sem precisar acionar a


justiça.

Então depois de ter acesso a essas informações, você decide o que será
melhor para você. Combinado?
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CAPÍTULO 5
Atacando as dívidas
Esse talvez seja o momento mais esperado por você, no entanto, como
você pôde ver até aqui, existiam algumas ações importantes que você
precisava fazer antes de olhar para as suas dívidas.

Se você fez tudo o que precisava ser feito até aqui, você já está com o seu
dinheiro protegido dos bancos e tem muita clareza da sua situação
financeira. Se você não fez as ações para proteger o seu dinheiro ainda,
peço que volte na parte do livro onde eu explico como proteger o seu
dinheiro e execute as ações antes de continuar com os próximos passos.

O que vamos fazer daqui para a frente depende diretamente dessas ações
anteriores.

Esse momento de atacar as dívidas e buscar negociações é um momento


que você precisa estar totalmente no controle da situação, caso não esteja,
o banco dificilmente vai negociar um acordo que seja bom para você. Se o
banco continua tendo acesso irrestrito ao seu dinheiro, ele não vai ceder.

Por esse motivo que é tão importante que você tenha executado os passos
anteriores antes de continuarmos. Então caso você não tenha executado
ainda, é muito provável que nada que faremos daqui para frente funcione.

Pela minha experiência, eu acredito que as primeiras dívidas que você deve
atacar são as dívidas que você tiver com qualquer instituição financeira. As
dívidas com instituições financeiras sempre serão as dívidas com garantia
ou sem garantia.

Apesar dessas dívidas parecerem as piores, na verdade elas não são.

Como se trata de dívidas com instituições financeiras, existem várias leis e


resoluções que te protegem contra as ações dos bancos e financeiras. O
grande problema é que a maioria das pessoas não conhecem os seus
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LIVRE DAS DÍVIDAS 39

direitos e por isso acaba refém financeiramente e emocionalmente dos


bancos.

Quando aquele atendente liga para você e diz que o valor da sua dívida que
era 10 mil já está em 30 mil e que só tende a aumentar a cada dia que você
não paga, é normal que você se abale emocionalmente e fique
preocupado. É comum passar pela sua cabeça que o banco pode pegar seus
bens, mas fique tranquilo porque não é bem assim que funciona.

Os bancos e financeiras buscam na verdade pressionar o cliente a pagar


mediante as ameaças de que o nome dele vai ficar “sujo” e que os juros
vão aumentar cada dia mais.

Deixe-me explicar uma coisa: o seu nome não fica sujo; seu nome fica
protegido.

Esse jargão de que o seu nome fica sujo foi uma estratégia para deixar a
situação pior do que parece. Afinal, quem quer ficar com o nome “sujo”?
Ninguém, concorda?

Mas você gostaria de ter o seu nome protegido?

Protegido eu tenho certeza de que você gostaria e é isso que acontece


quando você fica inadimplente. O famoso SPC ou Serviço de PROTEÇÃO ao
Crédito protege o seu nome de você mesmo. É isso mesmo que você leu.
O seu nome fica protegido de você mesmo.

Imagine se as pessoas que ficassem inadimplentes continuassem tendo


crédito. Elas provavelmente continuariam pegando mais e mais dinheiro
nos bancos e financeiras. Esses novos empréstimos também deixariam de
ser pagos e por aí vai. Em pouco tempo teríamos um colapso financeiro no
país.

O que o SPC e Serasa fazem é colocar um limite. Te proteger de piorar a


situação. Por mais que você acredite o contrário, é isso que é feito. Ao
contrário do que a maioria pensa, 90% dos problemas de dívidas não se
resolvem com mais dinheiro.
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40 ATACANDO AS DÍVIDAS

Esses 90% se resolvem basicamente com uma coisa que você deveria ter
aprendido na escola quando era pequeno: educação financeira.

O que eu preciso trazer a sua consciência nesse momento é que a situação


não é tão ruim quanto você imagina. Se você ficar alguns meses sem pagar
uma dívida de um cartão de crédito, você não precisa se desesperar por
causa disso.

Felizmente os bancos são as instituições que mais faturam no nosso país e


isso só acontece porque pagamos uma das taxas de juros mais altas de todo
o mundo.

Por isso, quando chega o momento de atacar as dívidas, é melhor que você
comece pelos bancos e financeiras fazendo primeiro valer os seus direitos
como cliente.

Se você fez o trabalho que precisava ser feito no capítulo 1, eu acredito que
as coisas já estejam melhores e que você já esteja mais motivado para
resolver essa situação. Então vamos ao que realmente interessa.

Eu uso no meu método de recuperação financeira definitiva 5 tipos de


negociações.

O primeiro deles é a Portabilidade.

A portabilidade pode ser feita nas seguintes situações:

• Empréstimos Consignados
• Financiamentos
• Empréstimos pessoais

Por lei, você pode buscar uma outra instituição que tenha taxas melhores
e solicitar a portabilidade da sua dívida para a nova instituição. Para isso,
bastar solicitar ao seu banco ou financeira o Demonstrativo de Evolução da
Dívida para que você possa entrar em contato com a nova instituição e
verificar as condições com ela para que você faça a portabilidade da dívida.
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LIVRE DAS DÍVIDAS 41

Eu confesso que fazer uma portabilidade não é uma tarefa das mais fáceis,
pois você vai precisar entrar em contato com diversos outros bancos para
verificar essa possibilidade e se as taxas de juros estão melhores que as
atuais. O grande “X” da questão é que quando você vai na instituição
concorrente para solicitar uma portabilidade e consegue, o banco atual
normalmente vai te chamar para negociar. Quando isso acontece, você
tem todo o poder em suas mãos para barganhar taxas ainda melhores.

O mais importante a se atentar nesse caso de portabilidade é que o prazo


e o valor das parcelas não podem aumentar em relação ao financiamento
ou empréstimo com instituição anterior. Para se caracterizar como
portabilidade, no mínimo o prazo e as parcelas precisam ser os mesmos.
Por isso que essa é uma boa opção principalmente para as dívidas com
garantia, porque devido a concorrência entre as instituições financeiras,
você com certeza vai achar uma que deseje assumir a sua dívida com juros
mais baixos. Para empréstimos pessoais também é possível fazer a
portabilidade, mas confesso que é um pouco mais difícil.

Logo abaixo eu vou deixar o link para que você possa pesquisar direto no
site do Banco Central as instituições e as suas respectivas taxas de juros.

https://www.bcb.gov.br/estatisticas/txjuros

Mesmo que no site do Bacen as taxas de juros para o produto financeiro


que você quer fazer a portabilidade estejam maiores, entre em contato
com outros bancos.

Eu tenho alunos que conseguiram sair de taxas de 1,5% a.m. para 0,8% a.m.
usando apenas essa estratégia.

Como eu disse, pode ser que você tenha um pouco de trabalho, mas o
resultado vale muito a pena.
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42 ATACANDO AS DÍVIDAS

O segundo tipo de negociação é chamado de Tudo ou Nada e pode ser


aplicado nas dívidas de:

• Cheque especial
• Cartão de crédito
• Empréstimos pessoais
• Crediário

Como as dívidas acima são sem garantia, não existe um bem seu atrelado
a elas, então se por algum motivo você deixar de pagar durante algum
tempo, você não teria consequências graves como nas dívidas com
garantia.

É lógico que se você deixar de pagar, vão incidir juros sobre essas dívidas,
mas fique tranquilo porque é possível se livrar deles se você agir de forma
estratégica.

É importante ressaltar que não estou recomendando que você dê um


calote no banco. Na verdade, o que você vai fazer é postergar um pouco o
pagamento dessa dívida para que você consiga se reestruturar
financeiramente para voltar a pagar, inclusive com menos juros.

Eu recomendo que você use essa estratégia somente quando você já não
está mais conseguindo pagar o valor total da dívida no mês e/ou quando
essa dívida está afetando diretamente as suas necessidades básicas.

O mentor financeiro e autor do livro Eu vou te ensinar a ser rico, Ben Zruel,
vai explicar que caso você não tenha condições financeiras para quitar
totalmente a fatura (parcela mensal), é melhor não pagar nada.

A razão é muito simples. Quando você paga apenas uma parte da parcela
mensal, como por exemplo o mínimo do cartão de crédito, você acaba
pagando somente juros e é nesse momento que começa uma bola de neve
interminável.
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LIVRE DAS DÍVIDAS 43

Eu não sei se você sabe, mas ao pagar por dois meses o mínimo da sua
fatura do cartão de crédito, no terceiro mês a sua fatura é parcelada
automaticamente.

Outro caso comum é de pessoas que abatem apenas uma parte da dívida
com a esperança de “se livrar” mais rápido do problema. Alguns adiantam
algumas parcelas mesmo sem abatimento de juros.

Para fazer uma quitação antecipada de uma dívida, você precisaria ter um
bom desconto, ou seja, um bom abatimento dos juros para que realmente
valeria à pena.

Eu gosto de trazer um bom exemplo para você aplicar o tudo ou nada que
é um caso em que você precisaria optar entre pagar a fatura do cartão de
crédito e fazer as suas compras do mês. Muitos vão optar por pagar pelo
menos o mínimo da fatura do cartão, mas esse é um caso em que você
deveria não pagar. Ou seja, se não dá para pagar o valor todo, o melhor a
se fazer é não pagar nada.

Eu vou trazer alguns outros exemplos para que você entenda na prática o
que estou falando.

Vamos supor que você entrou no cheque especial por algum motivo e que
seu saldo ficou R$2000,00 negativo, mais os juros e encargos chegou a
R$2250,00 reais para você pagar naquele mês. Se você não tiver condições
de pagar o valor total é melhor que você não abata um centavo.

Em outro caso podemos supor que seja com a sua fatura do cartão de
crédito. A fatura fechou em R$3500,00 e você não tem o valor total para
pagar a fatura, logo você decide pagar o mínimo que é de R$500,00 por
exemplo. É melhor que você não pague o mínimo e poupe os R$500,00
para fazer a quitação do valor à vista num momento posterior e mais
oportuno.

É lógico que se você não pagar a fatura o seu cartão será bloqueado. Fique
tranquilo porque será melhor assim durante os próximos meses. É melhor
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44 ATACANDO AS DÍVIDAS

que você primeiro aprenda a administrar a sua vida financeira sem o cartão
de crédito, cheque especial e outros.

O mais importante que você precisa entender nesse momento é como


funcionam as regras do jogo no sistema bancário.

Quando você paga somente uma parte do valor da dívida, na verdade você
está pagando apenas os juros. Fazendo uma comparação, é como se você
tivesse pegado um empréstimo com um agiota, porque é exatamente
assim que acontece. Você chega num ponto que já não consegue mais
pagar a parcela mensal da dívida e vai pagando só os juros para não ter
maiores problemas.

Fazer isso parece ser o mais lógico, mas não é correto para quitar uma
dívida. Com agiotas que estão te ameaçando e podem até mesmo tirar a
sua vida, faz até sentido você fazer isso, mas com os bancos você não corre
o risco de perder seus bens ou ser preso desde que você não tenha
contraído a dívida já premeditando não pagar. Neste caso seria crime de
estelionato.

Mas quando a dívida se tornou realmente impagável como foi no meu caso,
você deve parar de pagar e criar um plano de quitação para essa dívida.
Mesmo que os juros se acumulem, é plenamente possível eles serem
abatidos alguns meses depois de você ficar inadimplente e vou te explicar
como conseguir isso aplicando outra estratégia.

É lógico que o seu nome irá para o serviço de proteção ao crédito, mas
como eu disse antes, o seu nome ficará protegido de você mesmo durante
esse período.

Não caia nesse papo de que em 5 anos a sua dívida “caduca” porque isso
não acontece. O que de fato acontece é que após 5 anos o seu nome sai da
proteção do SPC e Serasa, mas a sua dívida continua constando no Banco
Central e pode continuar sendo cobrada.

Um outro fator importante é que depois desses 5 anos a instituição


também não pode mais levar a sua dívida para a justiça. Fora isso, mesmo
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LIVRE DAS DÍVIDAS 45

que você venha a falecer a sua dívida continua e seu cônjuge ou filhos
podem ser cobrados por ela.

Quando a instituição financeira pode levar o seu caso para a justiça?

Uma vez que você estiver devendo a uma instituição financeira, esta pode
levar o seu caso para justiça para reaver os valores que ela te emprestou.
Nas dívidas com garantia isso ocorre com mais frequência e de forma mais
rápida, afinal a instituição tem a garantia. Se por algum motivo você entrar
em inadimplência e tentar reter o bem, é muito provável que a instituição
leve o caso a juízo de forma rápida.

Em dívidas sem garantia normalmente demora um pouco mais quando


essas dívidas são com pessoas físicas. Em alguns casos a dívida nunca chega
à justiça, mas é lógico que depende muito do seu caso, do valor que você
está devendo e das circunstâncias na qual você fez a dívida.

Caso a sua dívida chegue à justiça, recomendo que você procure um


advogado especializado em direito bancário para te auxiliar no caso.

Mas conforme eu recomendo aqui nesse livro, caso você realmente precise
parar de pagar a sua dívida por algum tempo, já tenha um plano de
quitação em mãos e o prazo que você pretende voltar a pagar.

Comunique o banco ou financeira a sua situação e informe que você


pretende em “X” meses voltar a pagar a sua dívida. Isso não vai evitar que
você receba diversas ligações de cobrança, mas vai documentar que você
avisou a instituição a sua situação financeira e como você pretende
resolver.

Traçado esse plano, busque segui-lo religiosamente para que você consiga
quitar essas dívidas ou pelo menos voltar com os pagamentos nos
próximos 12 meses.

Essa é uma estratégia que não deve ser usada de forma isolada. As pessoas
que usam a estratégia do Tudo ou Nada de forma isolada podem ter
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46 ATACANDO AS DÍVIDAS

grandes problemas. Por isso logo início eu pedi que você lesse o livro até o
final, porque as respostas para algumas dúvidas e perguntas estarão mais
à frente.

O terceiro tipo de negociação é o de maior prazo menor parcela e esse


método você pode usar para qualquer dívida.

Eu confesso que esse método de negociação não é dos melhores e nem é


o que mais me agrada, mais em alguns casos é uma opção.

Em casos em que as dívidas não estão comprometendo as suas


necessidades básicas, buscar uma redução da parcela mensal de uma
determinada dívida mesmo que aumente um pouco o prazo, pode ser um
excelente negócio.

Esse tipo de negociação talvez seja a mais simples de se fazer diretamente


com o banco, porque no fim das contas você vai pagar um pouco mais de
juros e isso para o banco é ótimo, mas para você nem tanto e por isso para
mim não é o melhor dos métodos.

Você também pode usar essa estratégia combinada com outras para ajudar
o seu processo de recuperação financeira.

Lembre-se sempre de que em muitos casos as estratégias precisarão ser


combinadas umas com as outras. Mais à frente no livro vou explicar como
fazer isso.

O quarto tipo de estratégia é a troca de dívida. Os melhores casos para


você usar essa estratégia são em:

• Cheque especial
• Cartão de crédito
• Empréstimos pessoais
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LIVRE DAS DÍVIDAS 47

Você pode por exemplo trocar uma dívida de cartão de crédito por um
empréstimo pessoal que os juros são menores. Se você tiver a possibilidade
de fazer um consignado, seria melhor ainda.

É lógico que nem em todos os casos a troca de dívida é possível, mas é uma
excelente opção para reduzir os juros das dívidas e segurar a bola de neve.

Se você tiver um veículo, por exemplo, você pode fazer um empréstimo


dando como garantia esse veículo e pegando esse dinheiro para quitar uma
dívida que tem juros muito altos. Mas é claro que para aplicar esse tipo de
estratégia, você precisa ter um bom abatimento para quitar uma dívida a
vista.

A nossa última estratégia, que sem dúvida é a melhor, mas também a


menos usada é o da proposta direta. Essa estratégia pode ser usada em:

• Consignados
• Financiamentos
• Cartão de crédito
• Cheque especial
• Empréstimos pessoais
• Empresas

O método de proposta direta pode ser usado em qualquer circunstância


basicamente. No entanto ele pode ser mais eficaz quando você já está
inadimplente durante algum tempo, mas não quer dizer que não funcione
mesmo que você esteja em dia.

Vamos supor que você não vai conseguir pagar o valor total da fatura do
cartão de crédito. Ao invés de você pagar o mínimo ou parcelar da forma
que o banco propõe na fatura, você vai entrar em contato com o banco e
fazer uma proposta direta de como você pode pagar o saldo devedor
parcelado. Fique tranquilo porque vou explicar com mais detalhes como
você faz isso na prática.
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48 ATACANDO AS DÍVIDAS

Esse método tende a ser muito eficaz porque é você quem está dizendo ao
banco como pode pagar, ou seja, é você quem está afirmando que aquela
prestação “x” em “n” vezes você consegue pagar.

Na estratégia de proposta direta você pode fazer uma proposta para a


instituição financeira para pagamento à vista ou parcelado em até 60x.

Ao invés de você ficar esperando uma proposta do banco que caiba no seu
orçamento, você vai fazer as contas e propor ao banco para pagar
conforme você se planejou.

É importante ressaltar que não basta fazer uma proposta direta e o banco
aceitar. Você precisa ter um planejamento financeiro que te permita arcar
até o final com a proposta que está sendo feita. Afinal, ela foi feita por você
e não pelo banco.

Por isso a importância de ter um planejamento financeiro.

Para fazer esse tipo de proposta, você precisa ter seu mapa de dívidas
muito bem-feito e com valores exatos para que a partir dele você possa
simular novas taxas de juros a partir dos valores da dívida que ainda estão
pendentes.

Deixe-me dar um exemplo para ilustrar melhor o cenário.

Vamos supor que você tem uma dívida de cheque especial que inicialmente
era R$10.000,00.

Você não pagou nada do cheque especial para abater essa dívida (tudo ou
nada) e após 6 meses essa dívida chegou a pouco mais de R$15.800,00
(considerei uma taxa de Juros de 15% a.m.).

Após esses 6 meses, você já está mais organizado financeiramente e


conseguiu poupar R$2.000,00.

Você poderia fazer uma proposta ao banco para pagar essa dívida dando
R$2.000,00 de entrada e financiando os R$8.000,00 de forma parcelada.
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LIVRE DAS DÍVIDAS 49

Você deve estar se perguntando, mas por que R$8.000,00 se a dívida já


está em R$15.800,00?

Para buscar uma negociação por um valor justo, nós precisamos considerar
o valor inicial que você pegou e não o valor já com os encargos e juros. Esse
é o maior dos erros na hora de negociar uma dívida, mas agora que você já
sabe, não vai cair nele.

Voltando a proposta direta...

Vamos levar em consideração um valor justo a ser pago baseado no valor


inicial de R$10.000,00.

Afinal você está devendo, quer pagar, mas também não vai ser extorquido
com juros abusivos.

Então vamos as contas:

Valor devido = R$10.000,00

Entrada = R$2.000,00

Valor financiado = R$8.000,00

Juros mensal = 1,2% (você quem vai estipular os juros que pode pagar, mas
é importante levar em consideração os juros médios do mercado no
momento que você fizer a proposta, pois não pode ser um valor aleatório).

Parcelas = 24x

Valor da parcela = R$ 385,62

Valor total financiado = R$9.254,88

Custo Efetivo Total = R$11.254,88 (R$9.254,88 + R$2.000,00)

Ou seja, da sua dívida inicial de R$10.000,00 você iria pagar R$11.254,88


em 24x.

Abaixo tem um print dessa mesma conta feita na calculadora do cidadão.


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50 ATACANDO AS DÍVIDAS

Você precisa informar na sua proposta o que você levou em consideração


na hora de fazer os cálculos. Por isso não pode ser feito de qualquer jeito.

Caso o banco não aceite a sua primeira proposta, você pode fazer uma
segunda proposta aumentando um pouco a taxa de juros ou pedir uma
contraproposta deles.

Dependendo, vale a pena esperar mais um pouco também para fazer a


nova proposta ou mesmo reenviar a mesma proposta algum tempo depois.

IMPORTANTE: Não faça uma proposta direta levando em consideração o


valor máximo de parcela mensal que você pode pagar. Coloque um valor
entre 20 e 30% abaixo do valor máximo que você poderia comprometer
por mês.
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LIVRE DAS DÍVIDAS 51

Exemplo:

Se você pode pagar uma parcela de R$500 você deveria fazer uma proposta
com uma parcela entre R$350 e R$400.

Você precisa fazer isso por dois motivos:

O primeiro é que você não deve nunca comprometer o valor máximo do


seu orçamento.

O segundo é que o credor pode não aceitar a sua primeira proposta, com
isso você ainda teria uma margem para estudar uma nova proposta com
juros um pouco mais altos que favoreçam um pouco mais o banco ou
mesmo aceitar uma contraproposta que o banco fizer.

O segredo está em você aprender a jogar o mesmo jogo que eles.

Mesmo que o banco faça uma contraproposta, você não é obrigado a


aceitar. Anote a contraproposta do banco, sente novamente, faça as contas
e faça uma nova proposta já levando em consideração a proposta deles.

O mais importante que você precisa entender nesse momento é que as


estratégias de negociações em muitos casos se combinam ou mesmo se
completam.

Você agora tem todas as estratégias e ferramentas nas suas mãos para
analisar, planejar e aplicar o que for mais viável no seu caso.

Dependendo da sua situação e das dívidas que você tem hoje, você vai
precisar usar várias ou mesmo todas as estratégias. Por isso é crucial que
antes de qualquer negociação, você sente, analise os números, faça um
planejamento, escolha as estratégias e somente depois parta para uma
negociação com o seu credor.

Fazer uma negociação sem preparação pode ser um “suicídio financeiro”.

Se você já chegou até aqui e fez todas as atividades anteriores, meus


parabéns!
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52 ATACANDO AS DÍVIDAS

Você tem em mãos agora um super arsenal para atacar as dívidas.

No próximo capítulo eu vou te entregar a última e grande chave para você


realmente conseguir alcançar negociações excelentes para quitar as suas
dívidas muito mais rápido do que imagina.
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CAPÍTULO 6
Além dos Bancos
Caro leitor, eu acredito que se você chegou até aqui e fez tudo o que
precisava ser feito até esse capítulo, você já deve estar vendo muito mais
que uma luz no fim do túnel.

Tudo o que você viu até aqui vai te permitir conseguir boas negociações,
mas existem alguns outros meios de conseguir negociações quando você
não conseguir negociar direto com os bancos.

Quando eu falo da proposta direta nas minhas mentorias os alunos me


perguntam: “Mas como assim, Gabriel? Eu fazer uma proposta? É lógico
que o banco não vai aceitar.”

A pergunta que fica é: Você já fez uma proposta para o banco para saber
se ele vai aceitar ou não? Ou você fez uma proposta tirada da sua cabeça
sem fazer conta nenhuma?

Em 95% dos casos os alunos não fizeram propostas e os outros 5% que


fizeram propostas, fizeram da maneira errada.

Você precisa entender que esse processo é uma negociação.

Isso significa que precisa ser bom ou mesmo vantajoso para ambas as
partes.

Infelizmente nós brasileiros não sabemos negociar. Na nossa cabeça uma


parte sempre sai ganhando enquanto a outra sai perdendo, mas isso não é
uma verdade.

As melhores negociações são quando as duas partes saem ganhando.

Por mais que você ache que isso é impossível, o banco vai aceitar a sua
proposta quando ele também sair ganhando de alguma forma. O grande
problema é que, na cabeça da maioria, se a pessoa quitar uma dívida sem
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54 ALÉM DOS BANCO

juros ou até mesmo por um valor menor do que a dívida era inicialmente,
o banco saiu perdendo.

Pare para pensar um pouco...

Imagine que você me emprestou 10 mil reais para pagar em 10x de 1500,00

Eu já paguei 3 mil, mas tem 3 meses que eu não te pago nada. Você me liga
quase que todo o dia, mas eu sempre falo que estou sem grana e que não
tenho como te pagar agora. Eu peço para você esperar mais pouco porque
eu estou trabalhando até um pouco mais para honrar a minha dívida.

Passado mais dois meses eu viro para você e faço a seguinte proposta:
“Meu amigo, eu peguei um dinheiro de um negócio que fiz e estou com 5
mil na mão. Você aceitaria esses 5 mil para quitar toda a minha dívida?”

Qual seria a sua resposta?

Fazendo as contas...

Eu já paguei 3, mais esse 5 faria um total de 8 mil dos 10 que eu peguei


emprestado inicialmente. Ou seja, você teria um prejuízo de 2 mil, mas
teria a maior parte do dinheiro de volta.

Na sua percepção talvez seja um negócio ruim para você ter um prejuízo
de 2 mil, mas para o banco isso na verdade não é um “prejuízo” em si.

Esse dinheiro que teoricamente o banco perdeu, ele refaz rapidamente


emprestando o capital que você está pagando para uma outra pessoa.

Como eu disse, para você pode até ser um prejuízo, mas para o banco isso
é dinheiro em caixa novamente que ele pode emprestar para outras
pessoas. Afinal, sempre vão existir pessoas pagando os juros absurdos de
cartão de crédito e cheque especial.

Eu quis trazer esse exemplo para que você entenda que um “prejuízo” na
sua percepção nem sempre será um prejuízo real para o banco. Então não
tenha medo ou receio de fazer propostas bem abaixo dos valores
propostos pelo banco. O interessante mesmo é que você comece sempre
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LIVRE DAS DÍVIDAS 55

as propostas diretas abaixo da sua meta de pagamento para que conforme


a negociação for acontecendo você consiga chegar na sua meta.

É como negociar um carro novo na agência. Você vai precisar barganhar o


preço com o vendedor e se necessário chamar o gerente para conseguir
um desconto melhor e, se o gerente não conseguir o desconto que você
deseja, você pode pedir para falar com o diretor da agência ou mesmo o
dono (como eu já fiz uma vez).

Eu trouxe exemplo para ilustrar que existem outros caminhos para você
negociar a sua dívida.

Existe outros caminhos além dos bancos onde você pode negociar suas
dívidas e conseguir acordos que realmente caibam no seu bolso.

A minha recomendação é que você sempre comece pelo banco e o motivo


é muito simples. Se você chegar nos outros órgãos que eu vou te passar
aqui antes de ao menos ter tentado negociar com o banco, você
simplesmente poderá ser ignorado.

Existe uma espécie de hierarquia que você precisa seguir.

Se você pular algum desses níveis, dificilmente a negociação acontece.

É como se você chegasse na agência para comprar o seu carro e já pedisse


para falar com o dono sem antes mesmo tentar negociar com o vendedor.
Simplesmente não tem lógica.

Não é porque o vendedor não pode te dar o desconto que você deseja que
você vai simplesmente ignorar ele.

Assim também funciona no sistema bancário.

O primeiro lugar para você buscar uma negociação é direto com o banco
através da central de atendimento ao cliente, o famoso SAC.

Cada banco tem os seus procedimentos, então é possível que quando você
falar que deseja fazer uma proposta de uma dívida que você tem, o
atendente te transfira para uma central mais específica do próprio SAC.
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56 ALÉM DOS BANCO

Faça a sua proposta e aguarde a resposta.

A maioria dos bancos te dá uma resposta em 5 minutos. É só você aguardar


na linha.

Normalmente essa resposta vem com uma “contraproposta” que foram as


condições que o banco liberou. Você já pode fazer uma nova proposta ou
refazer as suas contas e ligar em outro momento.

O importante é que você anote o número de protocolo do atendimento.

Se o processo de propostas que você fez no SAC não está evoluindo, é hora
de ligar para a Ouvidoria do banco.

Como o número de protocolo gerado no atendimento do SAC, você vai


conseguir entrar em contato com a ouvidoria.

O procedimento é o mesmo.

Você vai fazer as propostas diretas começando pela última proposta que
você fez no SAC ou até mesmo alterando os valores de parcela, colocando
um prazo maior. A verdade é que isso pouco importa. O mais importante
agora é que você está falando com o Segundo Nível dentro do banco e esse
é o pessoal que se puder resolver, vai resolver.

Siga da mesma forma fazendo propostas e contrapropostas conforme a


negociação for evoluindo.

E quando a ouvidoria não funciona também?

Agora é a hora de sair do banco e buscar ajuda de outros órgãos


responsáveis para ajudar ou mesmo intermediar a negociação.

Se você já está inadimplente, excelentes lugares para buscar boas


negociações são nos sites do Serasa e Acordo Certo (antigo Boa Vista).

Caso você ainda não tenha cadastro nesses sites, eu recomendo que você
os faça e os mantenha atualizado. Vou deixar aqui logo abaixo os links para
essas duas plataformas.
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LIVRE DAS DÍVIDAS 57

www.serasa.com.br

www.acordocerto.com.br

Nesses sites você encontra negociações com valores mais atrativos que até
mesmo no próprio banco em alguns casos.

Muita gente fica com medo de fazer acordos nesses sites porque ouviu
alguém falar que se você fizer um acordo no Serasa, por exemplo, e o valor
da negociação for menor do que a dívida, você nunca mais terá crédito com
aquele banco ou mesmo com outros. Em alguns casos o próprio gerente do
seu banco informa isso, no entanto isso é uma meia verdade.

Na época que estive endividado, a gerente do meu banco me falou isso


quando eu disse para ela que no Serasa eu tinha ofertas melhores do que
as que ela estava me fazendo.

A verdade é que quando o banco tem um “prejuízo” com você, ele lança
isso no provisionamento do Banco Central. Independente se a dívida está
em aberto ou paga. O fato é que quando você paga a dívida, mesmo que
por um valor mais baixo que o valor inicial, o banco acordou isso. Ou seja,
o banco aceitou o prejuízo.

Você lembra quando eu disse que é melhor uma parte do dinheiro voltar
logo para o caixa do banco do que ele não receber nada ou demorar ainda
mais para receber? Pois bem.

O banco aceitou o “prejuízo”, logo ele não pode te colocar em uma lista
negra pelo resto da vida.

Na verdade, é muito simples resolver isso, mas a maioria tomada pelo


medo imposto pelo banco, prefere se virar para pagar a dívida com os juros
altíssimos do que correr o risco de nunca mais ter crédito na praça.

Como resolver isso facilmente?


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58 ALÉM DOS BANCO

Assim que você quitar a dívida, você deve solicitar ao credor (instituição
financeira) um termo de quitação daquele contrato.

Com esse termo de quitação em mãos, você pode ir no site do Banco


Central (via reclamação) e solicitar que seja feita a atualização no seu
Registrato. Feito isso, qualquer prejuízo que conste no seu Registrato será
removido e você voltará a ter crédito normalmente.

Eu recomendo que você faça essa ação de solicitar o termo de quitação


mesmo que tenha feito a negociação direto com o banco. Esse termo é
importante para se resguardar de qualquer problema presente e futuro.

Então independente se você negociou diretamente com o banco, no site


do Serasa ou em qualquer outro lugar parceiro do banco, solicite o termo
de quitação para se resguardar e caso no seu Registrato conste algum
“prejuízo” daquele contrato, você possa limpar o seu nome sem maiores
problemas.

Se mesmo após você abrir a reclamação no Banco Central a instituição


financeira não limpar o prejuízo lançado no seu Registrato, vale a pena
abrir uma ação judicial por danos morais. Se esse for o seu caso, busque
um advogado especializado nessa área. Mas eu acredito que você não vai
precisar disso.

O próximo lugar que você pode solicitar ajuda para conseguir efetivar a
negociação é no site https://www.consumidor.gov.br .

O site faz uma intermediação com as instituições para diversos assuntos,


inclusive negociação de dívidas.

Esse é um excelente caminho para negociar dívidas que ainda estão em dia,
mas que já estão comprometendo seu orçamento. Lembrando que você
precisa seguir as orientações dos capítulos anteriores para embasar de
forma correta a sua solicitação.

No site você pode procurar a instituição da qual você deseja abrir a


reclamação e seguir o passo a passo descrito no site.
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LIVRE DAS DÍVIDAS 59

A instituição terá até 10 dias para analisar e responder a sua demanda.

É importante que você informe as tentativas de contato com a instituição,


números de protocolo e todas as informações relevantes sobre o processo
de negociação até então.

“Ah Gabriel, mas eu não posso então já ir direto para o site do


consumidor.gov direto?”

Não, não pode.

É crucial que você busque resolver primeiro com a instituição e só caso não
consiga, você busque outros órgãos responsáveis por fazer essa
intermediação, porque é plenamente possível conseguir excelentes
negociações direto com o banco, desde que você siga todo o passo a passo
descrito nesse livro.

Digo isso porque a maioria dos meus alunos que seguem meu método não
precisam acionar outros órgãos responsáveis. Em torno de 90% deles
conseguem excelentes negociações chegando no máximo na ouvidoria da
instituição financeira.

É importante que você faça esse processo seguindo o mesmo passo a passo
descrito nos capítulos anteriores. Que você tenha os valores que pode
pagar, o valor real da dívida, o valor justo etc.

O próximo lugar que você pode buscar ajuda para negociar suas dívidas é
diretamente com o Procon do seu estado.

O site do consumidor.gov já é um canal do Procon, mas se através do site


você não conseguir atingir a sua meta na negociação, busque a agência
mais próxima do Procon na sua cidade para que eles possam intermediar a
negociação junto à instituição financeira.

São casos muito extremos que as negociações precisam chegar nas


agências físicas do Procon.
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60 ALÉM DOS BANCO

Se você realmente seguir todo o passo a passo descrito nesse livro, você
não vai precisar ir tão longe para resolver o seu problema, mas também
recomendo que você esteja preparado caso seja necessário.

Agora com todo esse arsenal em mãos, só depende de você montar a


melhor estratégia, criar um plano de ação e fazer todo o dever de casa
antes de partir para a negociação.

Ao entrar em contato para fazer as negociações, tenha calma e controle


emocional. Recomendo inclusive que você ensaie antes de entrar em
contato com o banco.

Não tenha medo da situação e não deixe que um atendente ou mesmo o


gerente do banco te intimide com ameaças.

Lembre-se sempre de que, o que eles falam são somente meias verdades.

Você agora é quem está no controle!

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Como tudo o que é bom fica para o final, eu vou deixar um cupom de 20%
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Vou deixar aqui embaixo alguns cursos e mentorias que podem acelerar o
seu processo de recuperação financeira.
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LIVRE DAS DÍVIDAS 61

A Mentoria de Financeira Individual é a mentoria onde eu


analiso a sua situação financeira em específico e passo
orientações direcionadas para o seu caso.

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você vai aprender desde como negociar suas dívidas até
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CONCLUSÃO
Só depende de você decidir o que quer daqui para frente.

Você pode triste e frustrado com a situação ou pode agir e fazer o que
precisa ser feito.

Buscar ajuda especializa, na minha opinião, deve ser sempre sua primeira
opção antes da situação ficar pior.

No entanto, nesse livro você aprendeu tanto conceitos teóricos quanto


práticos para sair das dívidas e fazer o seu dinheiro sobrar todos os meses
para investir.

Eu acredito que assim como os mais de mil alunos que já aplicaram o meu
método, você também vai ter resultados incríveis. Espero inclusive
receber o seu depoimento em breve no meu Instagram. Quem sabe uma
Live para contar a sua história e trazer esperança para outras pessoas que
já estão desacreditadas?

Seria top demais!

Agora está nas suas mãos todas as mesmas estratégias e ferramentas que
eu uso com os meus alunos e mentorados. Só depende de você aplicá-las
e colher os resultados.

Meu desejo é que você não se limite apenas a sair das dívidas. Existe uma
vida de prosperidade que espera você, por isso é tão importante que você
não pare de aprender cada vez mais sobre finanças e investimentos.

Eu espero te ver nos meus Programas de Alta Performance Financeira e


quem sabe até nos grupos de MasterMind.

Tenho certeza de que esse conteúdo será apenas um pontapé inicial para
muitas coisas boas que estão por vir na sua vida financeira.
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MENSAGEM FINAL
Eu acredito sem dúvidas que a partir de agora depende unicamente de
você sair das dívidas e fazer o seu dinheiro sobrar todos os meses para
investir. Basta você aplicar todas as estratégias e conceitos descritos
nesse livro.

Nas referências, você vai encontrar outros livros que recomendo


fortemente que você também leia para melhorar ainda mais o seu
mindset financeiro.

O autor e PhD Paulo Vieira diz que “tem poder quem age” e eu acredito
nisso. Eu agi para que a minha vida financeira mudasse para melhor e ela
mudou. Por isso acredito que se você também agir de encontro aos seus
objetivos financeiros com as ferramentas certas em mãos, você também
estará de posse desse poder.

Aja agora!

Os seus resultados no futuro dependem unicamente do que você faz


hoje.

Gabriel Mendonça
Licenciado para - Karine Salles Jardim - 05301108735 - Protegido por Eduzz.com

REFERÊNCIAS
Eker, T. Harv. Os segredos da Mente Milionária. Rio de Janeiro: Sextante,
2006.

Vieira, Paulo. Criação de riqueza: uma fórmula simples e poderosa que vai
enriquecê-lo e fazer você atingir seus objetivos. São Paulo: Editora Gente,
2019.

Nigro, Thiago. Do mil ao milhão: sem cortar o cafezinho. Rio de Janeiro:


Harper Collins, 2018.

Kiyosaki, Robert T. Pai rico, pai pobre: o que os ricos ensinam a seus filhos
sobre dinheiro, 2. Ed. Rio de Janeiro: Alta Books, 2017.

Scott, Steven K. Salomão, o homem mais rico que já existiu. Rio de Janeiro:
Sextante, 2019.

Brunet, Tiago. Dinheiro é emocional: saúde emocional para ter paz


financeira. São Paulo: Editora Vida, 2018.

Celma, Álex Rovira. A boa sorte. Rio de Janeiro: Sextante, 2016.

Zruel, Ben. Eu vou te ensinar a ser rico: três passos simples para quitar as
dívidas em doze meses e construir sua liberdade financeira. São Paulo:
Editora Gente, 2016.

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