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Matemática
Financeira
Sistemas de Amortização
Unidade 4
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial
ALESSANDRA VANESSA FERREIRA DOS SANTOS
Projeto Gráfico
TIAGO DA ROCHA
Autoria
RAFAELA RODRIGUES OLIVEIRA AMARO
AUTORIA
Rafaela Rodrigues Oliveira Amaro
Olá! Sou licenciada em Matemática e Especialista em Metodologia
do Ensino de Matemática com ampla experiência docente nas esferas
do ensino fundamental, médio e superior. Sou apaixonada pelo que
faço, pela matemática e adoro lecionar e transmitir sobre essa disciplina
fascinante. Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu
elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você
nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo!
Kátia Giselle Alberto Bastos

Olá! Sou licenciada em Matemática e Especialista em Metodologia
do Ensino de Matemática com ampla experiência docente nas esferas
do ensino fundamental e médio. Além deste trabalho, tenho experiência
como docente de cursos de formação de professores em Educação
Matemática.
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez
que:
OBJETIVO: DEFINIÇÃO:
para o início do
desenvolvimento houver necessidade
de uma nova de apresentar um
competência; novo conceito;
NOTA: IMPORTANTE:
quando necessárias as observações
observações ou escritas tiveram que
complementações ser priorizadas para
para o seu você;
conhecimento;
EXPLICANDO VOCÊ SABIA?
MELHOR: curiosidades e
algo precisa ser indagações lúdicas
melhor explicado ou sobre o tema em
detalhado; estudo, se forem
necessárias;
SAIBA MAIS: REFLITA:
textos, referências se houver a
bibliográficas necessidade de
e links para chamar a atenção
aprofundamento do sobre algo a ser
seu conhecimento; refletido ou discutido;
ACESSE: RESUMINDO:
se for preciso acessar quando for preciso
um ou mais sites fazer um resumo
para fazer download, acumulativo das
assistir vídeos, ler últimas abordagens;
textos, ouvir podcast;
ATIVIDADES: TESTANDO:
quando alguma quando uma
atividade de competência for
autoaprendizagem concluída e questões
for aplicada; forem explicadas;
SUMÁRIO
Sistema Americano de Amortização................................................... 12
Sistemas de Amortização........................................................................................................... 12
Sistema Americano de Amortização (SAA)................................................................... 14
Sistema de Amortização Constante..................................................... 22

Sistema de Amortização Constante (SAC)..................................................................... 22
Sistema Price ou Francês de Amortização........................................ 32

Sistema Price ou Francês de Amortização (SFA)......................................................32
Sistema de Amortização Misto............................................................... 42

Sistemas de Amortização Misto (SAM).............................................................................42
Matemática Financeira 9
04
UNIDADE
10 Matemática Financeira
INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a), é com imenso prazer que iniciamos nossa última
unidade do curso de Matemática Financeira! Aprendemos juntos muita
coisa por aqui, não é mesmo? E nesta unidade conheceremos com mais
propriedade sobre sistemas de amortização, resumidamente, um sistema
de amortização consiste em um plano de pagamento de uma dívida
contraída e estes podem adotar diferentes formatos. Como exemplares
deste segmento é possível criar operações comuns a todos nós, como a
compra da casa própria financiada pelo sistema financeiro de habitação,
as dívidas decorrentes de tributos, sejam eles municipais, estaduais ou
federais, empréstimos bancários para pagamento em parcelas periódicas,
dentre outros. Entendeu? Bem, no decorrer desta quarta unidade letiva
iremos mergulhar juntos neste universo!
OBJETIVOS
Olá! Seja muito bem-vindo à Unidade 4. Nosso objetivo é auxiliar
você no atingimento dos seguintes objetivos de aprendizagem até o
término desta etapa de estudos:
1. Compreender o Sistema Americano de Amortização.
2. Compreender o Sistema de Amortização Constante.
3. Reconhecer o Sistema Price ou Francês de Amortização.
4. Identificar o Sistema de Amortização Misto.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao

conhecimento? Ao trabalho!
Sistema Americano de Amortização

OBJETIVO:
Ao final deste capítulo, você será capaz de compreender

em que fundamenta um sistema de amortização, bem
como definir, caracterizar e compreender a dinâmica
do Sistema Americano de Amortização (SAA) E então?
Instigado para aperfeiçoar esta nova competência? Então
vamos lá. Avante!
Sistemas de Amortização
Existem situações em que uma pessoa é levada a contratar um
empréstimo ou um financiamento. Ao realizarmos este tipo de operação,
poderemos devolver o valor que foi financiado em um pagamento único
ou em parcelas. Em ambos os casos será feita a amortização do que foi
emprestado.
Mas o que é amortizar?
Na língua portuguesa amortizar tem significado relacionado ao

ato de abater, descontar, extinguir, quitar, pagar; no contexto financeiro
esses verbos ainda são válidos, porém, agora associado ao parcelamento
de uma dívida, que geralmente ocorre em parcelas, mas que também
pode ser de abatido uma única vez, ou seja, amortizar é pagamento de
um débito de maneira antecipada. Outra definição segundo Castanheira e
Macedo (2013) é dada por:
DEFINIÇÃO:
Amortizar é devolver o capital que se tomou emprestado.
Ainda neste contexto a NBC T 19.5, conforme elucidam Castanheira

e Macedo (2013), é uma lei que orienta quanto as Normas Brasileiras de
Contabilidade: Depreciação, Amortização e Exaustão, estes termos são

definidos por, respectivamente:
•• Depreciação é a redução do valor dos bens pelo desgaste ou

perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.
•• A depreciação de um ativo começa quando o item está em

condições de operar na forma pretendida pela administração, e
cessa quando o ativo é baixado ou transferido do imobilizado.
Assim, a amortização consiste em uma recuperação contábil:
1. Do capital aplicado na aquisição de bens e direitos classificados

no ativo imobilizado, cuja existência ou exercício tenha duração
limitada, ou cuja utilização pelo contribuinte tenha o prazo limitado
por lei ou contrato.
2. Dos custos, encargos ou despesas, registrados no ativo diferido,

que contribuirão para a formação do resultado de mais de um
período de apuração.
A principal distinção entre esses dois encargos se baseia no fato de

que a depreciação incide sobre os bens físicos de propriedade do próprio
contribuinte, a amortização relaciona-se com a diminuição de valor dos
direitos com prazo definido.
É comum que os acordos de crédito com as entidades financeiras

podem prever a existência de amortizações antecipadas, embora,
geralmente são cobradas taxas adicionais e penalizadoras como forma
de reembolsar parte dos juros que deixarão de ser recebidos.
Uma parcela de financiamento é composta por duas partes: uma

correspondente à amortização mais a parte relativa aos juros incidentes
na operação, além de outros possíveis e alternativos encargos financeiros;
a parte que corresponde à amortização é calculada a partir do saldo
devedor, fazendo com que a dívida seja decrescida a cada período, já
os juros são calculados, inicialmente, sobre o total da operação a ser
realizado.
No Brasil, existe mais de uma forma de realizar essa amortização,

esse conjunto de regras recebe o nome de Sistema de Amortização;
existem várias regras para a amortização e cada uma com suas

peculiaridades. Estudaremos nessa unidade quatro destas metodologias,
como o apresentado na Figura 1.
Figura 1 – Exemplares dos sistemas de amortização
Sistema Americano de Amortização
Sistema de Amortização Constante

Sistemas de
Amortização
Sistema Price ou Francês de Amortização
Sistema de Amortização Misto
Fonte: Elaborado pela autora (2022).
SAIBA MAIS:
Existem outros sistemas básicos de amortização. Você pode

estudar os sistemas montante, sinkingfund, americano e
alemão clicando aqui.
Sistema Americano de Amortização (SAA)

Dentre os sistemas de amortizações disponíveis no mercado
financeiro, o Sistema Americano de Amortização (SAA) é considerado o
mais simples, uma vez que sua dinâmica consiste em devolver o capital
emprestado em um pagamento único, no término do prazo contratado;
sendo assim, é comum a disponibilização de uma carência ao tomador do
empréstimo (MACEDO; CASTANHEIRA, 2013).
Essa modalidade de amortização é amplamente utilizada nas

operações relativas a papéis de renda fixa com renda quitada no final,
além das letras de câmbio e os certificados de depósitos com renda final.
ACESSE:
Você sabe o que são letras de câmbio? Neste vídeo, há

uma breve explicação sobre esse título de crédito. Clique
aqui para assistir.
Conforme anunciam Castanheira e Macedo (2013), as características

associadas ao Sistema Americano de Amortização (SAA) são:
•• Os juros são calculados sobre o valor original da dívida.
•• O contratante pode saldar seu débito a qualquer momento.
•• Existe maior controle no fluxo de caixa para saldar a dívida.
•• Permite o pagamento fracionado da dívida, reduzindo o valor dos

juros, proporcionalmente.
•• Aconselhado quando está previsto o recebimento de uma quantia

futura suficiente para saldar a dívida.
•• O principal é liquidado em parcela única no término do prazo do

financiamento.
Nesta modalidade de amortização os juros podem ser saldados de

duas formas: no vencimento ou em parcelas. Veja a Figura 2:
Figura 2 – Juros no Sistema Americano de Amortização (SAA)
SISTEMA AMERICANO DE AMORTIZAÇÃO (SAA)
Sistema Bullet Sistema Padrão
Juros liquidados
Juros liquidados
apenas no
em parcelas
vencimento do
periódicas.
principal.

Como observado na Figura 2, os juros referentes ao Sistema de

Amortização Americano (SAA) podem ser saldados apenas no vencimento
do principal, caracterizando o Sistema Bullet, ou liquidados em parcelas
periódicas (“cupons”), caracterizando o Sistema Padrão. Estes sistemas se
distinguem pelo fato de que no Sistema Americano Padrão ocorre menor
pagamento de juros quando comparado ao Sistema Americano Bullet,
uma vez que com a quitação dos juros em cada período não é preciso sua
incorporação no principal, isto é, juros compostos (NETO, 2012).
Para você fixar melhor essas ideias, vamos resolver alguns exemplos
referentes a essa modalidade de amortização.
Exemplo: Agora, considere a situação em que uma pessoa jurídica

tenha adquirido um empréstimo no valor de R$ 50.000,00 a ser quitada
no término de quatro meses, sendo firmada entre as partes que os juros
seriam cobrados no término deste período. Queremos saber de quanto
será o montante equivalente a esse contexto, uma vez que a taxa de juro
composto utilizado na operação é de 2% com capitalização mensal.
As informações da situação problema são:
•• PV=50.000
•• i=2% a.m.=0,02 a.m.
•• n=4 meses
Neste exemplo os juros serão quitados ao final do período junto

com o principal. Portanto, haverá a incorporação dos juros no principal.
Assim, utilizaremos a relação de juros compostos, substituindo nela os
dados obtidos:
Logo, é possível afirmar que para quitar uma dívida de R$ 50.000,00

após quatro meses, seguindo o Sistema Americano de Amortização com
pagamento dos juros no vencimento do principal (Bullet), o valor a ser
pago equivale a R$ 54.121,61.
Cálculo pela calculadora HP-12C
50000 CHS PV
2 i
4 n
FV
Outra maneira de visualizarmos esse processo é organizando os

dados em um quadro. Veja o Quadro 1:
Quadro 1 – Sistema Americano de Amortização (SAA)
SISTEMA AMERICANO DE AMORTIZAÇÃO (SAA)
Principal
Taxa de Juros 2% a.m
R$50.000,00 Saldo
N.º da Valor da Amortização Devedor (sd)
Pagamento (J)
Prestação Prestação (a)
0 - - - R$ 50.000,00
1 R$ 0.00 R$ 0.00 R$ 0.00 R$ 50.000,00
2 R$ 0.00 R$ 0.00 R$ 0.00 R$ 50.000,00
3 R$ 0.00 R$ 0,00 R$ 0.00 R$ 50.000,00
4 R$ 54.121,61 R$ 50.000,00 R$ 4.121,61 0,00
Total R$ 54.121,61 R$ 50.000,00 R$ 4.121,61

Exemplo: Uma pessoa física fez um empréstimo no valor de R$

10.000,00 para ser devolvido em um pagamento único após 6 meses.
Ficou acertado que durante esse período não seria cobrado juro. De
quanto será o montante, uma vez que a taxa de juro composto aplicada
na operação foi de 2,4% ao mês, com capitalização mensal.
Da situação problema temos as seguintes informações:
•• PV=10.000
•• i=2,4% a.m.=0,024 a.m.

•• n=6 meses
Neste exemplo os juros serão quitados ao final do período junto com

o principal (Bullet). Utilizando a relação de juros compostos e substituindo
nela os dados informados no enunciado da problematização, temos que:
Portanto, para quitar uma dívida de R$ 10.000,00 após seis meses,

seguindo o Sistema Americano de Amortização sem pagamento periódico
de juros (Bullet), o valor a ser pago equivale a R$ 11.529,22.
Cálculo pela calculadora HP-12C
10000 CHS PV
2,4 i
6 n
FV
Outra forma de compreender a situação apresentada é organizando

os dados em um Quadro. Veja:
SISTEMA DE AMERICANO DE AMORTIZAÇÃO (SAA)

Principal
Taxa de Juros 2,4% a.m Saldo
R$10.000,00
Devedor
Perío- Valor da Amor- Juro da
(sd)
do Prestação tização (a) Parcela (J)
0 - - - R$ 10.000,00
1 R$ 0.00 R$ 0.00 R$ 0.00 R$ 10.000,00
2 R$ 0.00 R$ 0.00 R$ 0.00 R$ 10.000,00
3 R$ 0.00 R$ 0.00 R$ 0.00 R$ 10.000,00
4 R$ 0.00 R$ 0.00 R$ 0.00 R$ 10.000,00
5 R$ 0.00 R$ 0.00 R$ 0.00 R$ 10.000,00
6 R$ 11.529,22 R$ 10.000,00 R$ 1.529,22 R$ 0.00
Total R$ 11.529,22 R$ 10.000,00 R$ 1.529,22 0,00
Para podermos estabelecer um comparativo, usaremos um

exemplo com os dados similares ao anterior, porém com o pagamento
periódico de juros (sistema padrão). Observe:
Exemplo: Uma pessoa física fez um empréstimo no valor de R$

10.000,00 pelo Sistema Americano de Amortização e ficou acertado que,
durante o prazo de carência, seria cobrado juro composto a uma taxa
de 2,4% ao mês com amortização do capital emprestado após 6 meses.
Determine os valores que foram pagos nessa situação.
Da situação problema temos as seguintes informações:
•• PV=10.000
•• i=2,4% a.m.=0,024 a.m.
Neste exemplo os juros serão quitados periodicamente, ou seja,

ao longo dos 6 meses. Assim, no primeiro mês, isto é, considerando n=1
temos:
J=PV∙〖[(1+i)〗n-1]
J=10 000∙[(1+0,024)1-1]
J=10 000∙0,024
J=240,00
Note que, calcular os juros compostos no 1.º mês é o mesmo que

calcular os juros simples, ou seja,
J=2,4% de 10 000
J=0,024 ∙10 000
J=240,00
Veja as informações encontradas nesse exemplo no Quadro

apresentado a seguir:
SISTEMA DE AMERICANO DE AMORTIZAÇÃO (SAA)

Principal
Taxa de Juros 2,4% a.m Saldo
R$10.000,00
Devedor
Perío- Valor da Amor- Juro da
(sd)
do Prestação tização (a) Parcela (J)
0 - - - R$ 10.000,00
1 R$ 240.00 R$ 0.00 R$ 240.00 R$ 10.000,00
2 R$ 240.00 R$ 0.00 R$ 240.00 R$ 10.000,00
3 R$ 240.00 R$ 0.00 R$ 240.00 R$ 10.000,00
4 R$ 240.00 R$ 0.00 R$ 240.00 R$ 10.000,00
5 R$ 240.00 R$ 0.00 R$ 240.00 R$ 10.000,00
6 R$ 10.240,00 R$ 10.000,00 R$ 240.00 R$ 0.00
Total R$ 11.440,00 R$ 10.000,00 R$ 1.440,00
Portanto, nos cinco primeiros meses foi pago somente o juro no

valor de R$ 240,00 e no sexto mês será pago R$ 10.240,00 sendo os R$
240,00 correspondente ao juro da operação e R$ 10.000,00 de devolução
do capital emprestado (amortização).
Logo, para quitar uma dívida de R$ 10.000,00, seguindo o Sistema

Americano de Amortização considerando o pagamento periódico de
juros, a pessoa física pagará ao todo R$ 11.440,00.
Comparando os dois exemplos resolvidos e as informações

dispostas nos Quadros 2 e 3 notamos que os valores pagos para quitar a
dívida foram diferentes. Isso acontece, pois, quando não há o pagamento
periódico de juros (informações apresentadas no Quadro 2) os juros são
incorporados no principal, ou seja, há incidência de juros compostos.
Deste modo, se houver a quitação periódica dos juros o valor a ser pago
acaba sendo um pouco menor (observe novamente o Quadro 3).
RESUMINDO:
Gostou do que mostramos? Aprendeu mesmo tudo o

que foi apresentado? Agora, só para termos certeza de
que você realmente entendeu o tema de estudo deste
capítulo, vamos resumir tudo o que foi abordado. Você
deve ter aprendido sobre a definição de amortização,
bem como foi discutido sobre os tipos de sistemas de
amortização utilizados no Brasil em diversas operações
financeiras. Também definimos como funciona o Sistema
de Amortização Americano (SAA), este se caracteriza
principalmente pelos juros a serem calculados sobre o valor
original da dívida, além de o contratante poder saldar sua
dívida quando for oportuno, além desse sistema possibilitar
um maior controle no fluxo de caixa para saldar a dívida e
o pagamento parcial da dívida é menor, pois há a redução
do valor dos juros proporcionalmente. Bem! Chegamos ao
final de mais uma Unidade da disciplina. Você entendeu
bem todos os pontos abordados? Cumpriu com todas as
atividades? Caso as tenha cumprido, está mais uma vez de
parabéns e apto a prosseguir nesta unidade.
Sistema de Amortização Constante

OBJETIVO:
Ao final deste capítulo, você será capaz de entender como

ocorre o processo de amortização seguindo os parâmetros
do Sistema de Amortização Constante (SAC), bem como
compreenderá como funciona a base de cálculo nesta
metodologia. E então? Motivado para desenvolver esta
competência? Então vamos lá. Avante!
Sistema de Amortização Constante (SAC)

Vimos no capítulo anterior que ao contratar um empréstimo ou
realizar um financiamento, a parcela de financiamento ou prestação é
composta por duas partes: uma correspondente à amortização (valor a ser
devolvido) mais juros incidentes na operação, além de outros possíveis e
alternativos encargos financeiros.
O cálculo da parcela de amortização é feito com base no saldo

devedor, fazendo com que a dívida seja decrescida a cada período.
Enquanto que os juros são calculados, inicialmente, sobre o total da
operação a ser realizado.
A modalidade de amortização que estudaremos neste capítulo

tem como principal característica o valor fixo e periódico da parcela
de amortização. Na grande maioria dos sistemas de amortização os
pagamentos são constantes, em contrapartida, o que é constante no
Sistema de Amortização Constante (SAC) é a parcela de amortização.
Outra característica deste sistema de amortização, é que os juros

decrescem, objetivando prestações decrescentes no decorrer do tempo;
já os pagamentos permanecem compostos por dois elementos, sendo
o somatório entre a amortização que é constante ao longo de todo o
plano de pagamentos, e os juros que são mensurados a partir dos saldos
devedores dos períodos anteriores (CASTANHEIRA; SERENATO, 2008).
Observe na Figura 3 a relação entre o valor das prestações e a

quantidade de prestações.
Figura 3 - Relação entre quantidade de prestações e valor das prestações no SAC
Por meio da visualização do gráfico, veja que à medida que a dívida

começa a ser amortizada, a parcela dos juros e consequentemente o
valor associado a cada prestação como um todo tendem a decrescer,
uma vez que o próprio saldo devedor se reduz. Por consequência deste
fato, no SAC, o saldo devedor e a sua prestação tendem a encolher
permanentemente a partir do início do financiamento e não deixa resíduo,
assim, neste contexto, existe menos exposição quanto aos aumentos de
indexadores do contrato durante o financiamento.
VOCÊ SABIA?
Um indexador é um índice que é utilizado como um

parâmetro para um reajuste contratual ou do valor de
um ativo. Este percentual possui muita utilidade para
estabelecer a rentabilidade de alguns ativos, além de
usufruído como base para o reajuste de contratos na
economia.
No Sistema de Amortização Constante (SAC), a prestação inicial é

um pouco maior quando comparados a outros sistemas de amortização,
uma vez que a quantia a ser paga pela amortização também é maior. De
início isso pode parecer um pouco inviável, considerando que você está
iniciando a liquidação de uma dívida, no entanto o processo a ser realizado
consiste em um abatimento maior no valor do débito, e consequentemente
pagando menos juros ao longo de contrato como um todo.
De modo geral é possível listar as características gerais desta

metodologia, como suas vantagens e desvantagens; estas informações
estão listadas na Figura 4:
Figura 4 – Características do Sistema de Amortização Constante (SAC)
Prestações: Amortizações:
Decrescentes Constantes
Vantagem: Débito Desvantagem:

decresce mais Parcela inicial
rapidamente maior
É interessante pontuar caro (a) aluno (a), que no Sistema de

Amortização Constante (SAC) a parcela de amortização da dívida
é calculada pela razão entre o saldo devedor pelo prazo total do
financiamento, como um percentual fixo da dívida; devido a essa
característica, o SAC é classificado como um sistema linear.
Conforme descrito por Castanheira e Macedo (2013), a relação que

possibilita o cálculo da parcela é dada por:
Fórmula:
Onde consideraremos:
•• a= parcela correspondente a amortização.
•• C= capital.
•• n= quantidade de parcelas de amortização.

Além dessa igualdade, trabalharemos com outras que permitem o

cálculo referente à parcela correspondente ao juro cobrado e ao valor
correspondente a cada prestação. Observe.
Fórmula: J=i∙sd
Fórmula: p=a+J
•• J= juros incidido na parcela
•• p= prestação
•• sd= saldo devedor
Agora partiremos para a resolução de um exemplo, para juntos

compreendermos como ocorre esse sistema de amortização.
Exemplo: Um imóvel no valor de R$ 100.000,00 foi financiado pelo

Sistema de Amortização Constante, sem correção monetária, sob as
condições de:
•• Entrada de R$ 30.000,00.
•• Sete parcelas mensais, vencendo a primeira após 30 dias da

assinatura do contrato.
•• Taxa de juro composto de 1,8% ao mês.
Quais os valores referentes as parcelas, amortizações e o saldo

devedor considerando o SAC?
Com base nos dados apresentados será preenchido um quadro,

apresentando ao longo do tempo o valor das parcelas, as amortizações,
o juro e o saldo devedor.
Inicialmente foi dada uma entrada no valor de R$ 30.000,00, assim

o valor a ser financiado será de R$ 100.000,00 – R$ 30.000,00 = R$
70.000,00; logo, a parcela de amortização será dada por:
Como o sistema de amortização considerado é o constante, lembre-

se que R$ 10.000,00 é um valor fixo nas prestações em todos os períodos
considerados (sete meses para quitar a dívida).
Para encontrar os valores referentes às parcelas é preciso

determinar o valor do juro de cada período. Considerando que o saldo
devedor inicial é de R$ 70.000,00, o juro correspondente pode é possível
de ser encontrado pela relação:
J=i∙sd
J=0,018∙70 000
J=1.260,00
Assim, a primeira prestação é encontrada pelo somatório entre a

parcela de amortização e o juro calculado para o primeiro mês:
p=a+J
p=10 000+1 260
p=11.260,00
Para a segunda prestação devemos calcular, primeiramente, o

valor do novo saldo devedor, ou seja, R$ 70.000,00 – R$ 10.000,00 = R$
60.000,00; e é sobre esse valor que incidirá o juro da segunda parcela;
assim, o juro e o valor da segunda prestação serão dados, respectivamente,
por:
J=i∙sd
J=0,018∙60 000
J=1.080,00
Assim, como a prestação é encontrada pela adição da parcela de

amortização e o juro, obtemos:
p=a+J
p=10 000+1 080
p=11.080,00
Iniciamos o cálculo da terceira prestação determinando o novo

saldo devedor: R$ 60.000,00 - R$ 10.000,00 = R$ 50.000,00; assim, o juro
é de:
J=i∙sd
J=0,018∙50 000
J=900,00
E o valor da terceira prestação é:
p=a+J
p=10 000+900
p=10.900,00
Atualizando o saldo devedor: R$ 50.000,00 – R$ 10.000,00 = R$

40.000,00; assim, o juro incidido na prestação será:
J=i∙sd
J=0,018∙40 000
J=720,00
Portanto, o valor da quarta prestação será:
p=a+J
p=10 000+720
p=10.720,00
O novo saldo devedor é R$ 40.000,00 – R$ 10.000,00 = R$ 30.000,00;

logo, o juro será:
J=i∙sd
J=0,018∙30 000
J=540,00
Assim, a prestação será igual a:
p=a+J
p=10 000+540
p=10.540,00
O novo saldo devedor, que será usado para o cálculo do juro da

próxima prestação, é R$ 30.000,00 – R$ 10.000,00 = R$ 20.000,00; logo,
o juro da parcela será:
J=i∙sd
J=0,018∙20 000
J=360,00
Como o valor da prestação é calculado pela adição da parcela de

amortização e o juro, obtemos:
p=a+J
p=10 000+360
p=10.360,00
O saldo devedor utilizado para o cálculo do juro da última parcela

corresponde a R$ 20.000,00 – R$ 10.000,00 = R$ 10.000,00; assim o juro
será:
J=i∙sd
J=0,018∙10 000
J=180,00
E o valor da última prestação será igual a:
p=a+J
p=10 000+180
p=10.180,00
Veja os dados correspondentes ao exemplo resolvido, no Quadro 4:

Quadro 4 – Sistema de Amortização Constante (SAC)
SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE (SAC)
Principal
Taxa de Juros 2% a.m Saldo
R$70.000,00
Devedor
Período Juros Amortização Pagamento
0 - - - R$ 70.000,00
1 R$ 11.260,00 R$ 10.000,00 R$ 1.260,00 R$ 60.000,00
2 R$ 11.080,00 R$ 10.000,00 R$ 1.080,00 R$ 50.000,00
3 R$ 10.900,00 R$ 10.000,00 R$ 900,00 R$ 40.000,00
4 R$ 10.720,00 R$ 10.000,00 R$ 720,00 R$ 30.000,00
5 R$ 10.540,00 R$ 10.000,00 R$ 540,00 R$ 20.000,00
6 R$ 10.360,00 R$ 10.000,00 R$ 360,00 R$ 10.000,00
7 R$ 10.180,00 R$ 10.000,00 R$ 180,00 R$ 0.00
Total R$ 75.040,00 R$ 70.000,00 R$ 5.040,00
Vamos a mais um exemplo!
Exemplo: Um empréstimo no valor de R$ 50.000,00 realizado

sob o Sistema de Amortização Constante, sem correção monetária e
sem entrada, será quitado em 4 prestações mensais, a uma taxa de juro
composto de 1,5% ao mês. Qual será o valor da parcela de amortização e
de quanto será a primeira prestação?
Retirando as informações do enunciado, temos:
•• C=50 000
•• n=4 meses
•• i=1,5% a.m.=0,015 a.m.

Como não foi dada entrada, a parcela de amortização será no valor

de:
Lembre-se que no SAC a prestação de amortização será fixa ao

longo do tempo e em cada prestação o valor dos juros será calculado em
relação ao saldo devedor (sd) atualizado. Observe o cálculo da primeira
prestação considerando o sd inicial de R$ 50.000,00.
J=i∙sd
J=0,015∙50 000
J=750,00
Assim a primeira prestação será no valor de:
p=a+J
p=12 500+750
p=13.250,00
Portanto, a prestação de amortização será de R$ 12.500,00 em

todas as prestações e o valor a ser pago na primeira prestação será de
R$ 13.250,00 sendo R$ 750,00 correspondente aos juros calculados em
relação ao saldo devedor inicial.
Convido você, prezado(a) aluno(a), a realizar os cálculos relativos às

demais prestações e organizá-los em um quadro similar ao Quadro 4. Em
seguida, observe que o valor das amortizações será constante e, como o
saldo devedor vai decrescendo ao longo dos períodos, o valor dos juros
em cada prestação também decresce e, consequentemente, o valor das
prestações também vai diminuindo.
EXPLICANDO MELHOR:
Ao digitar um número qualquer n e as teclas f AMORT, são

obtidos os juros acumulados referentes aos n períodos;
se, em seguida, for digitado outro número qualquer
acompanhado das teclas f AMORT teremos os juros
acumulados referentes aos períodos posteriores.
Assim, após encontrarmos os juros acumulados referente à n

períodos, obteremos a amortização acumulada deste mesmo tempo
pressionando-se a tecla . Pressionando-se RCL PV, obteremos o
saldo devedor.
RESUMINDO:
Gostou do que mostramos? Aprendeu mesmo todo o

conteúdo apresentado nessa unidade? Agora, só para
termos certeza de que você realmente entendeu o tema
de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos.
Você deve ter aprendido que a amortização se refere a um
abatimento no valor principal do financiamento, uma vez
que os juros representam os valores pagos a instituição
que emprestou o dinheiro; a partir destas concepções,
aprendemos mais detalhadamente sobre mais um
sistema de amortização utilizado no Brasil. O sistema de
amortização constante (SAC), nessa metodologia, o valor
a ser financiado é fracionado em parcelas de valores
distintos durante a vigência de todo o contrato; logo, as
parcelas de amortização que são pagas periodicamente
e mensalmente adicionadas aos juros são constantes, ou
seja, a parte destinada a amortizar o saldo devedor não
sofre variações em seus valores.

OBJETIVO:
Ao final deste capítulo, você será capaz de entender

como se baseia a metodologia do Sistema Francês de
Amortização ou Sistema Price; conheceremos sobre sua
definição formal, aplicação e relações que viabilizam a
determinação de suas parcelas. E então? Motivado para
desenvolver esta competência? Vamos lá. Avante!

(SFA)
No capítulo anterior nos aprofundamos no Sistema de Amortização
Constante (SAC) onde a parcela de amortização é periódica e constante,
ou seja, a mesma ao longo dos períodos. Neste capítulo a modalidade
de amortização que estudaremos prevê prestações constantes (iguais)
e o valor referente à parcela de amortização vai crescendo ao longo do
tempo.
O sistema francês de amortização, que também pode ser

referenciado por sistema Price, foi criado por um pensador e matemático
inglês Richard Price (1723-1791), mas por ter sido adotado na França a
partir do século XIX, também recebe a denominação de Sistema Francês
(ASSAF NETO, 2012).
Nesta metodologia de amortização, que é muito utilizada no

setor financeiro e de capitais, amplamente inserida por instituições
financeiras e imobiliárias, é adotado o conceito de rendas imediatas, isto
é, a amortização acontece em parcelas periódicas, sucessivas e iguais,
sendo que o primeiro pagamento, ocorrendo ao final do primeiro período
estabelecido (CASTANHEIRA; MACEDO, 2013).
Nesse sistema, o principal associado aos juros é devolvido em

prestações iguais e periódicas, calculadas segundo uma série uniforme
postecipada. Observe pelo gráfico a seguir que, diferentemente do sistema
de amortização constante (SAC) no sistema francês de amortização (SFA),

o valor referente a cada uma das prestações é constante.
Figura 5 -Relação entre quantidade de prestações e valor das prestações no PRICE
Analisando o gráfico apresentado na Figura 5 notamos que

as prestações têm o mesmo valor, sendo essa uma das principais
características do Sistema Francês de Amortização (SFA) ou Sistema Price.
À medida que as parcelas são quitadas o saldo devedor decresce,

e como o juro é calculado também sobre o saldo devedor, este
consequentemente também diminui; por essa dinâmica proporcionar
tais resultados as quantias referentes a amortização (devolução do
total emprestado) aumentam com o decorrer do tempo, uma vez que
as prestações no Sistema Francês de Amortização (Price) são iguais,
periódicas e sucessivas (CASTANHEIRA; SERENATO, 2013).
Analogamente ao que fizemos no Sistema de Amortização Constante

(SAC), elencamos a seguir as principais características do Sistema Francês
de Amortização (SFA ou Price), os pontos mais significativos que merecem
destaque quanto a sua relevância perante sua dinâmica de aplicação
apresentam-se expostos na Figura 6.
Figura 6 - Características do Sistema Francês de Amortização (PRICE)
Constantes Crescentes
Desvantagem:
Vantagem: Valor Saldo devedor
da prestação diminui mais
igual e prestação lentamente e
inicial menor. valor das parcelas
inalteráveis
VOCÊ SABIA?
Existe uma extensão para a planilha do Excel com simulador

da tabela Price, esta funciona como um simulador de
financiamento, onde é possível calcular as prestações, taxas
de juros e amortização, sem a necessidade de aplicação
da fórmula matemática. Basicamente essa planilha é
composta por três campos amarelos que devem ser
preenchidos com o valor do financiamento ou empréstimo,
prazo de pagamento em meses e a taxa de juros anual ou
custo efetivo total, que consiste em uma informação que
deve ser disponibilizada pelo banco ou empresa.
Para calcular o valor das parcelas nesse sistema de amortização,

utilizamos a fórmula do modelo básico de renda:
Fórmula:
Onde será adotado:
•• C= capital.
•• p= parcela do financiamento (prestação).
•• i= taxa de juros.
•• n= quantidade de prestações.
Além desta fórmula, trabalharemos com as mesmas já conhecidas

no sistema de amortização constante, que indicam a relação a ser utilizada
para o cálculo referente à parcela correspondente ao juro cobrado e ao
valor de cada prestação.
•• Fórmula: J=i∙sd
•• Fórmula: p=a+J
•• J= juros incididos na parcela.
•• p= prestação (parcela do financiamento).
•• sd= saldo devedor.
•• a= parcela de amortização.
Agora, partiremos para a resolução de uma situação problema, a

mesma que resolvemos no sistema de amortização constante e que é
comum em nosso cotidiano, para juntos entendermos como ocorre o
funcionamento desse sistema de amortização e, ao final, estabeleceremos
uma comparação entre esses dois métodos de amortização.
Exemplo: Um imóvel no valor de R$ 100.000,00 foi financiado

pelo Sistema francês de amortização, sem correção monetária, sob as
condições de:
•• Entrada de R$ 30.000,00

•• Taxa de juros composto de 1,8% ao mês.
Quais os valores referentes as parcelas, amortizações e o saldo

devedor considerando o SFA?
O saldo financiado foi R$ 100.000,00 – R$ 30.000,00 = R$ 70.000,00.

A partir das informações do enunciado temos:
C=70 000
n=7 meses
i=1,8% a.m.=0,018 a.m.
Assim, o valor das parcelas de financiamento no SFA será:
Logo, esse financiamento será composto por sete prestações fixas

e iguais a R$ 10.732,84.
No pagamento da primeira parcela o saldo devedor era de R$

70.000,00, portanto, o juro calculado nessa prestação é:
A prestação do financiamento é calculada pela soma entre parcela

de amortização e juros incidido na parcela. Como estamos considerando
o Sistema Price, então o valor da prestação é fixo e, no nosso exemplo,
correspondente a R$ 10.732,84. Substituindo na fórmula teremos o
seguinte:
Portanto, a primeira prestação de R$ 10.732,84 é composta por R$

9.472,84 correspondente à amortização mais R$ 1.260,00 relativos aos
juros.
Para o cálculo da amortização e juros da parcela seguinte,

atualizamos o valor do saldo devedor: R$ 70.000,00 - R$ 9.472,84 = R$
60.527,16; assim o juro calculado para a segunda prestação é de:
O valor da parcela de amortização correspondente à segunda

prestação do financiamento é:
Iniciamos o cálculo da terceira parcela de amortização e dos

juros, calculando o novo saldo devedor: R$ 60.527,16 – R$ 9.643,35 = R$
50.883,81; logo, o juro e o valor da parcela de amortização são, nessa
ordem:
Assim, pela relação entre amortização e o juro:
Atualizando o saldo devedor: R$ 50.883,81 – R$ 9.816,93 = R$

41.066,88; e calculando o juro incidido na quarta prestação, temos:
Assim, pela relação entre amortização e o juro:
Portanto, na quarta prestação, R$ 9.993,64 do total é referente à

parcela de amortização, enquanto que R$ 739,20 é o valor relativo aos
juros incididos na parcela.
O novo saldo devedor é de R$ 41.066,88 - R$ 9.993,64 = R$ 31.073,24;

assim, o juro e o valor da parcela de amortização são, nesta ordem:
Pela relação entre amortização e o juro:
Agora, o novo saldo devedor é R$ 31.073,24 – R$ 10.173,52 = R$

20.899,72; neste contexto, o juro incidido nesta parcela é de:
Logo, a parcela de amortização correspondente é de:
O último saldo devedor é de R$ 20.899,72 – R$ 10.356,65 = R$

10.543,07; logo o juro incidido na prestação é de:
Finalizando nosso cálculo, novamente aplicaremos a definição de

que a parcela de financiamento (prestação) é encontrada pela adição da
parcela de amortização e o juro:
Assim, a última prestação de R$ 10.732,84 é composta por R$

10.543,07 referente à parcela de amortização e R$ 189,77 correspondente
ao juro incidido na prestação.
Para facilitar a compreensão, recomenda-se organizar os dados em

um quadro. Observe o valor das prestações, amortização, juros e saldo
devedor ao longo do tempo no Sistema Francês de Amortização. Veja o
Quadro 5:
Quadro 5 – Sistema Francês de Amortização (SFA)
SISTEMA FRANCÊS DE AMORTIZAÇÃO (SFC)

Principal R$70.000,00 Taxa de Juros 1,8% a.m.
Saldo
Nº da Valor da Amortização Juro da Devedor (sd)
Prestação Prestação (p) (a) Parcela (J)
0 - - - R$ 70.000,00
1 R$ 10.732,84 R$ 9.472,84 R$ 1.260,00 R$ 60.527,16
2 R$ 10.732,84 R$ 9.643,35 R$ 1.089,49 R$50.883,81
3 R$ 10.732,84 R$ 9.816,93 R$ 915,91 R$ 41.066,88
4 R$ 10.732,84 R$ 9.993,64 R$ 739,20 R$ 31.073,24
5 R$ 10.732,84 R$ 10.173,52 R$ 559,32 R$ 20.899,72
6 R$ 10.732,84 R$ 10.356,65 R$ 376,19 R$ 10.543,07
7 R$ 10.732,84 R$ 10.543,07 R$ 189,77 0,00
Total R$ 75.129,88 R$ 70.000,00 R$ 5.129,88 0,00
Ao analisar as informações dispostas no Quadro, notamos que

no Sistema Francês de Amortização (SFA ou Price) as prestações são
fixas, isto é, tem o mesmo valor e a parcela de amortização é crescente
enquanto os juros decrescem ao longo do tempo.
VOCÊ SABIA?
A calculadora financeira HP 12- C 12-C realiza seus cálculos

relacionados a PMT ou anuidades utilizando a metodologia
do Sistema Price; desta maneira, ao realizar cálculos
utilizando esse dispositivo, é necessário se atentar a essa
configuração.
Estimado aluno(a), os cálculos que foram realizados anteriormente

podem também ser efetuados na calculadora HP-12C, para isso basta
seguir os seguintes passos;
Utilizando a calculadora HP-12C
100000 ENTER
30000 - CHS PV
1.8 i
7 n
PMT (10.732,84)
1 f AMORT (juro na parcela 1 = 1.620,00)
(amortização na parcela 1 = 9.472,84)
RCL PV (novo saldo devedor = 60.527,16)
1 f AMORT (juro na parcela 2 = 1.089,49)
1 f AMORT (juro na parcela 3 = 915,91)

(amortização na parcela 7= 10.543,07)
RCL PV (novo saldo devedor = 0,00)
RESUMINDO:
Gostou do que mostramos? Aprendeu mesmo tudinho?

Agora, só para termos certeza de que você realmente
entendeu o foco de estudo deste capítulo, vamos resumir
tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que o Sistema
Francês de Amortização ou Sistema Price está presente
na maioria da compras parceladas, em que o preço à
vista da mercadoria se distribui do valor parcelado com os
juros compostos, que estão inseridos especialmente nos
financiamentos populacionais; este sistema possui como
característica principal o fato de utilizar um valor constante
para as parcelas que se referem à dívida adquirida; a
variável que se altera conforme o período estabelecido é
a parcela que se refere à amortização, uma vez que essa
quantia cresce a cada parcela, não obstante o juro incidido
nesta operação financeira diminui a cada período, até se
chegar a um saldo devedor nulo, ou seja, a quitação da
dívida adquirida.
Sistema de Amortização Misto
OBJETIVO:
Ao final deste capítulo, você será capaz de entender como

funciona um outro sistema de amortização, este recebe o
nome de sistema de amortização misto, uma vez que surge
a partir da junção entre o Sistema de Amortização Constante
(SAC) e o Sistema Francês de Amortização (SFA); você será
apresentado a definição formal dessa metodologia, bem
como compreenderá seus cálculos. E então? Motivado
para desenvolver esta nova e interessante competência?
Então vamos lá. Avante!
Sistemas de Amortização Misto (SAM)

O sistema de amortização misto (SAM), como o próprio nome sugere,
é o resultado entre a “mistura” de outros dois sistemas de amortização, ou
seja, nesse método as concepções do Sistema de amortização constante
e o sistema francês de amortização (ou sistema Price) são agregados.
De acordo com Castanheira e Serenato (2008), o SAM foi criado

pelo extinto Banco Nacional de Habitação em 1979, representando um
mesclado entre o sistema francês e o sistema constante.
Por este sistema, o devedor paga o empréstimo em prestações,

tais que cada uma delas resulta da média aritmética entre os valores
encontrados para as prestações do sistema Price e do SAC. Por
consequência deste fato os juros, amortizações e saldos devedores
no sistema de amortização misto, em cada período, também são
compostos cada um, pela média aritmética entre juros, amortizações e
saldos devedores dos sistemas Price e SAC, observe na Figura 7 essa
representação.
Figura 7 - Composição do Sistema Misto
Sistema de
SAC Amortização
Misto
Price Média Artmética
Portanto, as relações matemáticas utilizadas no SAM são dadas por:
Fórmula:
Onde será adotado:
•• prestação no sistema de amortização misto.
•• prestação no sistema francês de amortização.
•• prestação no sistema de amortização constante.
Fórmula:
Onde:
•• parcela de amortização no sistema de amortização misto.
•• parcela de amortização no sistema francês de amortização.
•• parcela de amortização no sistema de amortização

constante.
Fórmula:
Onde será adotado:
•• juros no sistema de amortização misto.
•• juros no sistema francês de amortização.

•• juros no sistema de amortização constante.
Importante ressaltar que, sabendo o valor da prestação no

Sistema de Amortização Misto e o valor da parcela de amortização
neste mesmo sistema, ambos obtidos pela média aritmética dos valores
correspondentes no SFA e no SAC, podemos obter o valor dos juros no
SAM utilizando uma relação já conhecida:
Para compreendermos melhor como funciona o Sistema de

Amortização Misto (SAM), vamos partir para a resolução de um exemplo.
Para facilitar nossos cálculos, utilizaremos os dados obtidos nos exemplos
calculados nas dinâmicas do Sistema Francês de Amortização (SFA ou
Price) e do Sistema de Amortização Constante (SAC). Vamos lá?
Exemplo: Um imóvel no valor de R$ 100.000,00 foi financiado pelo

Sistema Misto de Amortização, sem correção monetária, sob as condições
de:
•• Entrada de R$ 30.000,00

•• Taxa de juros composto de 1,8% ao mês.
Quais os valores referentes as parcelas, amortizações, juros e saldo

devedor?
Para utilizarmos as relações apresentadas no SAM precisamos

calcular o valor referente às prestações, amortizações, juros e saldo
devedor tanto no Price (SFA) quanto no SAC. Por conveniência o
exemplo em questão utiliza os mesmos valores numéricos que vimos,
com detalhes, em ambos os sistemas de amortização. Se considerar
necessário, volte nos capítulos que abordam esses sistemas (capítulos
3 e 4 respectivamente). Aqui vamos apresentar novamente os quadros
compilados anteriormente.
Assim, pelo Sistema Price, encontramos como valor de prestação,

parcela de amortização, juros e saldo devedor, respectivamente os
seguintes dados:
Quadro 6 – Sistema Francês de Amortização (SFA)
SISTEMA FRANCÊS DE AMORTIZAÇÃO (SFA)

Principal Taxa de Juros
R$ 70.000,00 Saldo Devedor
N.º da Valor da Amortização Juro da Parcela
Prestação Prestação
0 - - - R$ 70.000,00
1 R$ 10.732,84 R$ 9.472,84 R$ 1.260,00 R$ 60.527,16
2 R$ 10.732,84 R$ 9.643,35 R$ 1.089,49 R$ 50.883,81
3 R$ 10.732,84 R$ 9.816,93 R$ 915,91 R$ 41.066,88
4 R$ 10.732,84 R$ 9.993,64 R$ 739,20 R$ 31.073,24
5 R$ 10.732,84 R$ 10.173,52 R$ 559,32 R$ 20.899,72
6 R$ 10.732,84 R$ 10.356,65 R$ 376,19 R$ 10.543,07
7 R$ 10.732,84 R$ 10.543,07 R$ 189,77 R$ 0,00
Total R$ 75.129,88 R$ 70.000,00 R$ 5.129,88
Utilizando o Sistema de Amortização Constante (SAC), encontramos

como valor de prestação, parcela de amortização, juros e saldo devedor
as informações elencadas no quadro a seguir:
Quadro 7 – Sistema de Amortização Constante (SAC)
SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE (SAC)

Principal Taxa de Juros
Saldo Devedor
R$ 70.000,00
N.º da Valor da Prestação Amortização Juro da Parcela
Prestação
0 - - - R$ 70.000,00
1 R$ 11.260,00 R$ 10.000,00 R$ 1.260,00 R$ 60.000,00
2 R$ 11.080,00 R$ 10.000,00 R$ 1.080,00 R$ 50.000,00
3 R$ 10.900,00 R$ 10.000,00 R$ 900,00 R$ 40.000,00
4 R$ 10.720,00 R$ 10.000,00 R$ 720,00 R$ 30.000,00
5 R$ 10.540,00 R$ 10.000,00 R$ 540,00 R$ 20.000,00
6 R$ 10.360,00 R$ 10.000,00 R$ 360,00 R$ 10.000,00
7 R$ 10.180,00 R$ 10.000,00 R$ 180,00 R$ 0,00
Total R$ 75.040,00 R$ 70.000,00 R$ 5.040,00
No Sistema de Amortização Misto, realizaremos a média aritmética

dos dados obtidos no SFA e no SAC. Veja o cálculo realizado para a
primeira prestação:
A parcela de amortização referente à primeira prestação no SAM

será:
E os juros incididos na primeira prestação no sistema de amortização

misto serão de:
Portanto, no Sistema de Amortização Misto (SAM) a primeira

prestação será no valor de R$ 10.996,42 onde a amortização corresponde
a R$ 9.736,42 e os juros incididos correspondem a R$ 1.260,00. O novo
saldo devedor, nesse sistema, será de R$ 70.000,00 – R$ 9.736,42 = R$
60.263,58.
De maneira similar, para obtermos os valores da prestação,

amortização e juros da segunda prestação no Sistema de Amortização
Misto (SAM), realizaremos a média aritmética dos dados obtidos no SFA
e no SAC:
A parcela de amortização referente à segunda prestação no SAM

será:
E os juros incididos na segunda prestação no SAM serão de:
Note também que a partir do cálculo da prestação e da parcela

de amortização, podemos obter o valor dos juros incididos na prestação
utilizando-se a relação entre amortização e juros. Veja como fica o cálculo

no caso da segunda prestação que acabamos de calcular:
Observe ainda, que obtemos uma diferença de R$ 0,01 em relação

ao cálculo dos juros incididos na segunda prestação usando a média
aritmética e usando a relação entre amortização e juros. Isso é normal
de acontecer, devido aos arredondamentos que são aceitáveis na
matemática financeira.
Portanto, no Sistema de Amortização Misto (SAM) a segunda

prestação será no valor de R$ 10.906,42 onde a amortização corresponde
a R$ 9.821,67 e os juros incididos correspondem a R$ 1.084,74. O novo
saldo devedor, nesse sistema, será de R$ 60.263,58 – R$ 9.821,67 = R$
50.441,91.
Calculando novamente a média aritmética dos dados obtidos no

SFA e no SAC, obteremos os valores da prestação, amortização e juros da
terceira prestação no Sistema de Amortização Misto (SAM). Veja:
A parcela de amortização no SAM será:
E os juros incididos na prestação no SAM serão de:
Logo, no Sistema de Amortização Misto (SAM) a terceira prestação

será no valor de R$ 10.816,42 sendo R$ 9.908,46 o valor relativo à
amortização e os juros incididos na prestação correspondem a R$ 907,95.
Atualizando o saldo devedor temos: R$ 50.441,91 – R$ 9.908,46 = R$
40.533,45.
Calculando a média aritmética dos dados obtidos no SFA e no

SAC, obteremos os valores da prestação, amortização e juros da quarta
prestação no Sistema de Amortização Misto (SAM). Veja:
A parcela de amortização no SAM será:
E os juros incididos na prestação no SAM serão de:
Assim, no Sistema de Amortização Misto (SAM) a quarta prestação

será no valor de R$ 10.726,42 sendo R$ 9.996,82 o valor referente à
amortização da dívida e os juros incididos na prestação correspondem
a R$ 729,60. O novo saldo devedor será: R$ 40.533,45 – R$ 9.996,82 = R$
30.536,63.
Realizando os cálculos de maneira análoga para as demais

prestações, obtemos os dados que aparecem dispostos no Quadro 8:
Quadro 8 – Sistema de Amortização Misto (SAM)
SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO MISTO (SAM)

Principal Taxa de Juros Saldo Devedor
R$ 70.000,00
N.º da Valor da Amortização
Juro da Parcela
Prestação Prestação
0 - - - R$ 70.000,00
1 R$ 10.996,42 R$ 9.736,42 R$ 1.260,00 R$ 60.263,58
2 R$ 10.906,42 R$ 9.821,67 R$ 1.084,74 R$ 50.441,91
3 R$ 10.816,42 R$ 9.908,46 R$ 907,95 R$ 40.533,45
4 R$ 10.726,42 R$ 9.996,82 R$ 729,60 R$ 30.536,63
5 R$ 10.636,42 R$ 10.086,76 R$ 549,66 R$ 20.449,87
6 R$ 10.546,42 R$ 10.178,33 R$ 368,09 R$ 10.271,55
7 R$ 10.456,42 R$ 10.271,54 R$ 184,88 R$ 0,02
Total R$ 75.080,94 R$ 70.000,00 R$ 5.084,92
Observe caro(a) aluno(a), que a média aritmética entre os valores

gera um valor intermediário, isto é, as quantias são um pouco maiores
que o do Sistema de Amortização Constante e um pouco menores que o
Sistema Francês de Amortização; outro ponto que merece destaque é o
fato de o saldo devedor não ter zerado completamente, bem, este fato é
decorrente de arredondamentos que são realizados durante os cálculos
numéricos e são passíveis de aceitação na matemática financeira.
Note que o valor das prestações no Sistema de Amortização Misto

(SAM) vai diminuindo ao longo do período. Veja o valor da prestação inicial
nos três sistemas:
A prestação inicial no Sistema de Amortização Misto (SAM) tem valor

maior que a prestação inicial no Sistema Francês de Amortização (SFA ou
Price) e inferior ao valor inicial no Sistema de Amortização Constante (SAC).
Analisando o Quadro 8 podemos perceber também que o valor da

amortização vai aumentando ao longo das prestações e o valor dos juros
incididos em cada parcela, consequentemente, vão diminuindo.
Portanto, no SAM concluímos, conforme a Figura 8, que suas

características são indicadas por alguns pontos significativos, observe:
Figura 8 – Características do Sistema de Amortização Misto (SAM)
Decrescentes Crescentes
Juros:
O valor da
Descrescentes
prestação inicial
é superior ao do
sistema Francês
de amortização
e inferior ao
do sistema de
amortização
constante.
VOCÊ SABIA?
O Sistema de Amortização Crescente (SACRE), é

considerado o tipo de financiamento imobiliário mais
popular no Brasil, por abranger características do Price e
SAC e por gerar um aumento nas parcelas até determinado
valor máximo.
RESUMINDO:
Gostou do que mostramos? Aprendeu mesmo tudinho?

Agora, só para termos certeza de que você realmente
absorveu a temática de estudo deste capítulo, vamos
sintetizar tudo o que vimos até aqui. Você deve ter aprendido
que o Sistema de Amortização Misto (SAM) é composto
pela a união de dois outros sistemas de amortização: o
Sistema Francês de Amortização (SFA) e o Sistema de
amortização Constante (SAC), em que os valores calculados
são encontrados por meio da média aritmética destes dois
sistemas, respectivamente. Concluímos que no sistema de
amortização misto as amortizações são crescentes, e os
valores dos juros, assim como o das prestações, em contra
partida, são decrescentes; além disso, nesta metodologia
o valor referente a prestação inicial é superior quando
comparado ao sistema Francês de amortização e inferior
ao do sistema de amortização constante. No Brasil, esta
metodologia é uma das dinâmicas de amortização que
constantemente é utilizada pelas instituições de créditos
imobiliários, particularmente a Caixa Econômica Federal
(CEF).
REFERÊNCIAS
ASSAF NETO, A. Matemática Financeira e suas Aplicações. 12. ed.
São Paulo: Atlas, 2012.
BAUER, U. R. Matemática Financeira Fundamental. São Paulo:

Atlas, 2003.
CASTANHEIRA, N. P.; MACEDO, L. R. D. Matemática Financeira

Aplicada. Curitiba: Intersaberes, 2013.
CASTANHEIRA, N. P.; SERENATO, V. Matemática Financeira e

análise financeira para todos os níveis: soluções algébricas e soluções
na HP-12C. 2. ed. Curitiba: Juruá, 2011.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC nº 1.027,

de 15 de abril de 2005. Aprova a NBC T 19.5: Depreciação, Amortização e
Exaustão. Brasília: Diário Oficial da União. 2005.
FARIA, R. G. Matemática Comercial e Financeira: com exercícios e

cálculos em Excel e HP-12C. São Paulo: Ática, 2007.
MATHIAS, W. F.; GOMES, J. M. Matemática Financeira. São Paulo:

Atlas, 2007.
LAPPONI, J. C. Matemática Financeira: uma abordagem moderna.

2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1994.
PUCCINI, A. L. Matemática Financeira: objetiva e aplicada. 9. ed.

São Paulo: Elsevier, 2011.

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Matemática

Kátia Giselle Alberto Bastos

Sistema Americano de Amortização (SAA)................................................................... 14

Sistema de Amortização Constante..................................................... 22

Sistema Price ou Francês de Amortização........................................ 32

Sistema de Amortização Misto............................................................... 42

1. Compreender o Sistema Americano de Amortização.

2. Compreender o Sistema de Amortização Constante.

3. Reconhecer o Sistema Price ou Francês de Amortização.

4. Identificar o Sistema de Amortização Misto.

Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao

Sistema Americano de Amortização

Ao final deste capítulo, você será capaz de compreender

Mas o que é amortizar?

Na língua portuguesa amortizar tem significado relacionado ao

Amortizar é devolver o capital que se tomou emprestado.

Ainda neste contexto a NBC T 19.5, conforme elucidam Castanheira

Contabilidade: Depreciação, Amortização e Exaustão, estes termos são

•• Depreciação é a redução do valor dos bens pelo desgaste ou

•• A depreciação de um ativo começa quando o item está em

Assim, a amortização consiste em uma recuperação contábil:

1. Do capital aplicado na aquisição de bens e direitos classificados

2. Dos custos, encargos ou despesas, registrados no ativo diferido,

A principal distinção entre esses dois encargos se baseia no fato de

É comum que os acordos de crédito com as entidades financeiras

Uma parcela de financiamento é composta por duas partes: uma

No Brasil, existe mais de uma forma de realizar essa amortização,

existem várias regras para a amortização e cada uma com suas

Sistema Americano de Amortização

Sistema de Amortização Constante

Sistema de Amortização Misto

Fonte: Elaborado pela autora (2022).

Existem outros sistemas básicos de amortização. Você pode

Sistema Americano de Amortização (SAA)

Essa modalidade de amortização é amplamente utilizada nas

Você sabe o que são letras de câmbio? Neste vídeo, há

Conforme anunciam Castanheira e Macedo (2013), as características

•• Os juros são calculados sobre o valor original da dívida.

•• O contratante pode saldar seu débito a qualquer momento.

•• Existe maior controle no fluxo de caixa para saldar a dívida.

•• Permite o pagamento fracionado da dívida, reduzindo o valor dos

•• Aconselhado quando está previsto o recebimento de uma quantia

•• O principal é liquidado em parcela única no término do prazo do

Nesta modalidade de amortização os juros podem ser saldados de

SISTEMA AMERICANO DE AMORTIZAÇÃO (SAA)

Sistema Bullet Sistema Padrão

Fonte: Elaborado pela autora (2022).

Como observado na Figura 2, os juros referentes ao Sistema de

Exemplo: Agora, considere a situação em que uma pessoa jurídica

As informações da situação problema são:

•• i=2% a.m.=0,02 a.m.

Neste exemplo os juros serão quitados ao final do período junto

Logo, é possível afirmar que para quitar uma dívida de R$ 50.000,00

Cálculo pela calculadora HP-12C

Outra maneira de visualizarmos esse processo é organizando os

SISTEMA AMERICANO DE AMORTIZAÇÃO (SAA)

1 R$ 0.00 R$ 0.00 R$ 0.00 R$ 50.000,00

2 R$ 0.00 R$ 0.00 R$ 0.00 R$ 50.000,00

3 R$ 0.00 R$ 0,00 R$ 0.00 R$ 50.000,00

4 R$ 54.121,61 R$ 50.000,00 R$ 4.121,61 0,00

Total R$ 54.121,61 R$ 50.000,00 R$ 4.121,61

Exemplo: Uma pessoa física fez um empréstimo no valor de R$

Da situação problema temos as seguintes informações: