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Finanças

Corporativas
Captação de Recursos no Mercado
Financeiro
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico
TIAGO DA ROCHA
Autoria
ANDRÉ DE FARIA THOMÁZ
AUTORIA
André de Faria Thomáz
Sou bacharel em Ciências Contábeis pela Faculdade de Minas
(2006); e mestre (2011) e doutor (2018) em Administração pela Pontifícia
Universidade Católica do Paraná. Atuo como contabilista e como professor,
nas modalidades presencial e a distância, nas áreas de auditoria contábil
de departamentos, de finanças e de pessoal.

Durante minha atuação como contabilista, tenho vasta experiência


na área de Obrigações Acessórias e Obrigatórias. Por outro lado, ao longo
de minha experiência como docente, além de ter sido coordenador de
curso, lecionei, principalmente, as seguintes disciplinas: Contabilidade
Básica; Economia; Planejamento e Contabilidade Tributária; Contabilidade
de Custos e Análise de Custos; Gestão por Processos; Estrutura das
Demonstrações Contábeis; Análise das Demonstrações; Contabilidade
Gerencial; Teoria da Contabilidade; Contabilidade Intermediária;
Contabilidade Internacional; Auditoria; Contabilidade Empresarial; Controle
Interno; Matemática; Logística; Recursos Humanos; e Gestão de Risco.

Sou apaixonado pelo que faço e adoro transmitir minha experiência


de vida àqueles que se iniciam em suas profissões. Por isso, fui convidado
a integrar o elenco de autores independentes da editora TeleSapiens.
Estou muito feliz por poder ajudá-lo, aluno, nesta fase da vida de muito
estudo e de muito trabalho.
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez
que:

OBJETIVO: DEFINIÇÃO:
para o início do houver necessidade
desenvolvimento de de se apresentar um
uma nova compe- novo conceito;
tência;

NOTA: IMPORTANTE:
quando forem as observações
necessários obser- escritas tiveram que
vações ou comple- ser priorizadas para
mentações para o você;
seu conhecimento;
EXPLICANDO VOCÊ SABIA?
MELHOR: curiosidades e
algo precisa ser indagações lúdicas
melhor explicado ou sobre o tema em
detalhado; estudo, se forem
necessárias;
SAIBA MAIS: REFLITA:
textos, referências se houver a neces-
bibliográficas e links sidade de chamar a
para aprofundamen- atenção sobre algo
to do seu conheci- a ser refletido ou dis-
mento; cutido sobre;
ACESSE: RESUMINDO:
se for preciso aces- quando for preciso
sar um ou mais sites se fazer um resumo
para fazer download, acumulativo das últi-
assistir vídeos, ler mas abordagens;
textos, ouvir podcast;
ATIVIDADES: TESTANDO:
quando alguma quando o desen-
atividade de au- volvimento de uma
toaprendizagem for competência for
aplicada; concluído e questões
forem explicadas;
SUMÁRIO
Tipos de Mercado Financeiro.................................................................. 10
Custo do Capital Próprio e Custo do Capital de Terceiros.................................10

Compreendendo o Capital Próprio.................................................................. 13

Compreendendo o Capital de Terceiros...................................................... 22

Taxa Interna de Retorno (TIR)................................................................. 25


Risco: Como é Calculado?.........................................................................................................25

Retorno: Como é calculado?....................................................................................................27

Risco e Retorno de Carteira: Como são Calculados?............................................29

Risco de Captação de Recursos............................................................ 33


Valor das Ações e Funcionamento no Mercado de Ações...............................35

Decisão de Capitalização das Empresas...........................................39


Finanças Corporativas 7

02
UNIDADE
8 Finanças Corporativas

INTRODUÇÃO
Qualquer empresa, com o intuito de garantir as próprias operações,
necessidade de recursos financeiros. Quando, na condição de gestores
financeiros, estudamos as diversas fontes de recursos financeiros, com o
intuito de identificar a que mais se adapta à realidade da nossa instituição,
devemos prestar atenção, sobretudo, aos três seguintes aspectos:

1. A origem dos recursos financeiros, que podem vir ou do capital de


giro e do patrimônio empresarial ou do aporte de terceiros (dentre
outros, bancos, casas factoring, investidores e políticas públicas);

2. O prazo do financiamento contratado, que poderá ser ou curto


ou longo, mantendo, para cada modalidade e para cada prazo,
custos, tributos e retornos específicos;

3. Os custos fixos do financiamento contrato, verificando, em


meio às opções disponíveis no mercado, qual apresenta maior
probabilidade de aumentar a lucratividade da empresa.

Nesta unidade, abordaremos os conhecimentos mínimos da


composição do custo de capital de que um gestor financeiro necessita
para desempenhar suas funções: captação de recursos financeiros,
considerando as formas de financiamento externo; a realização de
alavancagem financeira; e a prática de alavancagem total.

Conforme compreendamos o que são esses conceitos e como


afetam a estruturação dos recursos financeiros organizacionais, seremos
capazes de calcular o custo médio ponderado de capital, também
conhecido por sua forma inglesa, weighted average capital cost (WACC);
de calcular o grau de alavancagem da empresa em determinado período;
de verificar a estrutura de capital ótima para cada tipo de empresa; e de
administrar os custos financeiros fixos de modo a projetar (alavancar) os
lucros.

Bons estudos!
Finanças Corporativas 9

OBJETIVOS
Olá, aluno! Seja muito bem-vindo à Unidade 2 – CAPTAÇÃO DE
RECURSOS NO MERCADO FINANCEIRO. Com esta unidade, você se
habilitará a analisar como os recursos financeiros empresariais podem
ser aplicados; e como o custo de capital, se for bem gerido, pode ser
transformado em aliado das organizações. Sendo assim, quando finalizar
esta etapa de nossa disciplina, você terá desenvolvido, com o nosso auxílio,
as seguintes competências:

1. Entender os tipos de mercado financeiro e seus perfis de


oportunidade em termos de captação de recursos.

2. Aplicar as bases de cálculo da taxa interna de retorno (TIR) em


situações de investimento financeiro.

3. Avaliar os riscos quanto à captação de recursos por parte das


empresas.

4. Discernir sobre o momento mais propício e a melhor linha de


captação de recursos para capitalizar a empresa.

Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento?


Ao trabalho!
10 Finanças Corporativas

Tipos de Mercado Financeiro

OBJETIVO:

Nesta seção, com vistas a dominar o conceito de custo


de capital e a calculado, você aprenderá vários dos
elementos com os quais está integrado: risco, retorno,
função beta e função CAPM (modelo de precificação de
ativos financeiros). Assim que houver dominado todas
essas noções, você, aluno, será capaz de desenvolver,
adequadamente, a estrutura de capital de uma empresa,
aplicando tais ferramentas aos seus departamentos mais
estratégicos.
Motive-se e acompanhe nossos passos bem de perto!.

Custo do Capital Próprio e Custo do


Capital de Terceiros
Todas as empresas esperam que suas operações rendam, no
mínimo, o suficiente para cobrir seus custos e uma margem de lucro.
Para que isso aconteça, devemos, durante nossas análises dos recursos
financeiros, adotar o cálculo do custo de capital como uma ferramenta
aliada, considerando que se compõe da combinação dos custos do capital
próprio e do custo do capital de terceiros; e que, portanto, evidenciará as
oportunidades associadas aos tipos de capital.

Como forma de nos situarmos em relação aos cálculos dos custos


do capital próprio e do custo do capital de terceiros, lançaremos alguns
questionamentos.

1. Que tipos de capital uma empresa pode adotar em suas operações?

2. De que fontes provêm os diferentes tipos de capital?

3. Sabemos que os custos associados aos tipos de capital podem


ser mensurados. No entanto, como isso é feito?
Finanças Corporativas 11

Responder a essas questões será o objetivo que nos moverá durante


a leitura dos próximos parágrafos, em que teremos contato, finalmente,
com os custos do capital próprio e do custo do capital de terceiros;
com o custo médio ponderado de capital e, ainda, com a estruturação
(planejamento) dos custos de capital.

NOTA:

Estabelecer a estrutura de capital ótima para a sua empresa


é um dos objetivos, talvez, o mais importante, do gestor
financeiro. Contudo, não foi desenvolvido, até o momento,
um método de cuja aplicação resulte a especificação da
estrutura de capital ótima do nosso negócio. Sendo assim,
quando buscarmos a melhor estrutura de capital para certa
empresa, devemos preocuparmo-nos com equilibrar os
usos de capital próprio e de capital de terceiros com os
benefícios que esses tipos de financiamento podem render.

Figura 1 – Estrutura de capital empresarial

Balanço patrimonial
Passivo circulante Capital de
Exigível de longo prazo terceiros
Estrutura de
Patrimônio líquido
capital total
Ações preferenciais
Ativos
Capital ordinário Capital
Ações ordinárias próprio
Lucros retidos

Fonte: Kato (2012, p. 45).

Mas, afinal, o que é o custo do capital de uma empresa, de que


tanto temos falado? De acordo com Kato (2012), trata-se da remuneração
que os donos de capital – dentre outros, acionistas, investidores, bancos e
credores – recebem em troca de cedê-lo a outrem. Nesse sentido, como
a Figura 1 demonstra, o planejamento da estrutura de capital de uma
empresa dependerá, por um lado, de como o gestor financeiro manipulará
12 Finanças Corporativas

seus ativos; e, por outro lado, de o capital incorporado às operações ser


tomado ou dos ativos das empresas, caso em que poderá comprometer
o seu capital de giro e o seu patrimônio, ou de fontes externas, situação
em que custos de capital serão cobrados.

IMPORTANTE:

Para Kato (2012), se a relação entre o que for exigível a longo


prazo e o patrimônio líquido da empresa resultar em custos
de capital pequenos, estaremos próximos da estrutura de
capital ideal.

Os recursos próprios e os recursos de terceiros se diferenciam por


várias razões, dentre as quais, neste momento, é relevante destacar as
seguintes:

a. Ao passo que o capital próprio deve ser declarado no Imposto


de Renda, a fim de compor o tributo que deve ser pago à União,
as despesas decorrentes do uso de capital de terceiros são um
dos elementos aceitos como dedutíveis da base de cálculo desse
imposto.

b. No caso de uma empresa declarar falência, o pagamento do capital


tomado de terceiro tem prevalência sobre suas demais obrigações
– logicamente, quanto maior for a parcela de capital externo na
composição da estrutura financeira de uma organização, mais
acentuado será o risco a que o gestor financeiro submete essa
organização.

Portanto, corroborando o que afirmamos anteriormente, as razões


apresentadas indicam a relevância de se investigar as características e as
consequências do uso de capital próprio e da contratação de capital de
terceiros.
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Figura 2 – Metas financeiras

Fonte: Pixabay.

Compreendendo o Capital Próprio


O capital próprio de uma empresa, de uma maneira geral, consiste
nos fundos de longo prazo garantidos por seus proprietários. Veremos,
abaixo, como o conceito se aplica a dois dos tipos de empresas
existentes no Brasil: a sociedade limitada e a sociedade anônima – mais
especificamente, a sociedade anônima de capital aberto.

A sociedade limitada é uma empresa cujo contrato social limita,


em consonância com os preceitos legais, a responsabilidade dos sócios
sobre os prejuízos organizacionais, como modo de resguardar os bens
particulares de seus sócios. Essa proteção aos bens dos proprietários se
estende, também, à hipótese de falência, mas pode ser revogada em
certos contextos, dos quais mencionaremos dois:

1. Abuso da personalidade jurídica, que é caracterizado, dentre


outros casos, por desvios de finalidade e pela ausência de
separação clara dos bens pertencentes à personalidade física dos
proprietários dos bens pertencentes ao patrimônio da empresa,
conforme define o artigo 50 do Código Civil (BRASIL, 2021).

2. Tributos vencidos após a dissolução da sociedade limitada,


conforme estabelece o artigo 134 do Código Tributário Nacional
(BRASIL, 2007).
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NOTA:

O contrato social pode e deve ser modificado ao longo da


existência da empresa, a fim de que informações como
regulamento e capital social, dentre várias outras, reflitam
sua realidade.

No contrato social de uma empresa de sociedade limitada, além


de constar as cláusulas de limitação de responsabilidade, é informado o
valor de seu capital social, que corresponde a quanto os seus proprietários
investiram durante sua fundação. Sendo assim, para calcular o custo do
capital próprio, verificaremos, antes, o custo de oportunidade do sócio
(ou dos sócios) proprietário, que diz respeito à melhor alternativa de
investimento preterida ao destinar seu capital particular (pessoa física) à
sua empresa.

Considerando o que discutimos no parágrafo anterior, podemos


utilizar a taxa do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, mais
conhecida como taxa Selic, para determinar os custos de oportunidade
dos sócios proprietários das empresas. Segundo Assef Neto (2010),
além de se pautar na taxa Selic, esse cálculo deve incluir o quanto os
proprietários prospectam de retorno em relação ao patrimônio líquido
de suas empresas. Entretanto, discutir tal perspectiva não interessa aos
objetivos deste texto, bastando que você, aluno, tenha ciência de que
existe.

SAIBA MAIS:

A taxa Selic, que é a mais básica taxa de juros de nossa


economia, é regulada pelo Banco Central do Brasil e, por
isso, costuma ser um índice confiável. No seguinte endereço
eletrônico, um dos canais de comunicação oficiais do
Banco Central do Brasil, você encontrará boa parte das
informações disponíveis sobre a taxa Selic. Disponível aqui.
Finanças Corporativas 15

Por sua vez, as sociedades anônimas são empresas cujo contrato


social prevê que seu capital social se dividirá em ações, em vez de ser
atribuído a um proprietário (ou a mais de um). Tais ações podem, se
esse for o desejo dos sócios ou acionistas, ser negociadas no mercado
de ações: caso adote essa prática, vendendo ações ao público em troca
de recursos financeiros, a sociedade anônima será do tipo capital aberto;
caso não adote essa prática, a sociedade anônima será do tipo capital
fechado.

No caso das empresas de capital aberto, o único dos tipos de


sociedade anônima que estudaremos agora, o capital se forma de duas
fontes básicas: uma, que mencionamos no último parágrafo, é a venda de
ações ao público interessado; outra é o capital de acionistas ordinários.

Ações negociadas com o público são chamadas de preferenciais


e se caracterizam por não garantirem, a seus portadores, direito à voto
em assembleias, embora lhes assegurem acesso prioritário tanto aos
dividendos quanto à restituição de seu capital na hipótese de falência.

Por sua vez, o capital dos acionistas ordinários, que são os sócios da
empresa com voto em assembleias e com participação nos seus lucros,
é o valor pago em troca de ações ordinárias – que lhes concedem os
direitos mencionados, apesar de não terem privilégios na distribuição de
dividendos.

Normalmente, de acordo com Kato (2012), o capital resultante da


emissão de ações ordinárias é a forma mais custosa de capital próprio,
seguida, de perto, pelos lucros retidos e, então, pelas ações preferenciais.
Você se arriscaria a dar um palpite, aluno, do motivo que torna a ação
ordinária a fonte mais onerosa de capital próprio? Por detrás dessa
afirmação, estão os riscos que os acionistas que adquirem essas ações
assumem, visto que o seu retorno, que se dará na forma de dividendos,
estará condicionado ao pagamento da parte dos acionistas preferenciais.

A distribuição dos dividendos é um fator influente na relação das


empresas com o mercado. Segundo Hoji (2009), pagar os dividendos com
a devida regularidade, aos olhos do mercado, é um sinal de credibilidade,
enquanto não o fazer é encarado como um indício de desiquilíbrio
16 Finanças Corporativas

financeiro. Ao contrário do que poderíamos imaginar, a distribuição dos


dividendos envolve, além da distribuição proporcional de parte do lucro
das organizações entre seus acionistas, a delimitação da parte destinada
a reinvestimentos – esse, de fato, é um aspecto que importa ao mercado,
na medida em que possíveis acionistas costumam buscar investimentos
rentáveis, estáveis e seguros.
Figura 3 – Controle do tempo nas operações financeiras

Fonte: Pixabay.

Com o intuito de consolidar o que estudamos até este ponto,


podemos tentar definir custo de capital próprio, antes de prosseguir para
as formas de calculá-lo. Aluno, você seria capaz de fazer isso sozinho?
Que tal seria se o fizéssemos juntos? Então, tentaremos definir o conceito
juntos. Com base no que dialogamos a respeito da relação entre capital
(próprio e de terceiros), investimento e retorno, podemos afirmar que, de
modo geral, custo de capital próprio é a taxa de retorno dos investimentos
efetuados por uma empresa. No caso de uma sociedade de capital aberto,
tipo que enfatizamos mais, esse retorno deve ou manter ou aumentar o
valor de mercado de sua cota-parte.

Para medir o custo do capital próprio, podemos utilizar a taxa obtida


resultante do modelo de precificação de ativos financeiros, que, como
Finanças Corporativas 17

dissemos, é conhecido, igualmente, como capital asset pricing model


(CAPM). Sob a ótica desse modelo, a definição de custo de capital próprio
é um pouco mais complexa do que a aventada no parágrafo anterior
e assume que esse conceito equivale ao retorno que os investidores
reivindicam como recompensa por assumirem o risco não diversificável
da empresa em que aportam capital.

NOTA:

Denominado, também, risco sistêmico, o risco não


diversificável é composto por fatores de mercado, que
oscilam à própria maneira e afetam todas as empresas,
independentemente do setor em que se situem, como
inflação e crises econômicas (ASSAF NETO, 2010).

Quando nos valemos do CAPM, o retorno exigido pelos investidores,


para todos os ativos, será formado pela taxa livre de risco ou risk free (RF),
que costuma basear-se no retorno dos investimentos brasileiros mais
seguros, como são os casos do tesouro Selic e da poupança; e por um
prêmio por risco, que é suscetível tanto às condições do mercado quanto
às condições dos ativos. Atualmente, existem dois tipos de prêmio por
risco:

1. Prêmio por risco de mercado, que é exigido quando se investe em


ativos com risco inerente (cota-parte, por exemplo), em vez de se
realizar a aplicação à taxa livre de risco.

2. Coeficiente de risco beta (β), que verifica o quanto o retorno


de determinada ação se sujeita a variações das condições do
mercado a termo.

Mercado a termo ou operação a termo é um conceito relacionado à


existência de derivativos. Mas isso não nos informa muita coisa, concorda
conosco, aluno? Vejamos, então, o que é um derivativo é. Trata-se de
uma espécie de contrato que toma um ativo, que pode ser ou físico
ou financeiro, como referência; e, assim, define um valor a ser quitado
18 Finanças Corporativas

futuramente, considerando um acréscimo percentual sobre o hiato entre


a firma do contrato e o pagamento (juro).

Agora que sabemos que derivativo é um contrato, podemos


compreender o conceito de mercado a termo ou operação a termo.
Nesse caso, lidamos com subsegmento do mercado de ações em que há
compra e venda de ativos a um preço e a uma taxa de juro discriminadas
em contrato (derivativo), mediante liquidação em uma data acordada,
que, obrigatoriamente, deve ser cumprida pelas partes.

Ao contrário do que acontece em transações reguladas por outros


tipos de contrato, as do mercado a termo não ajustam as obrigações
financeiras das partes compradora e vendedora antecipadamente, a
despeito das condições do mercado financeiro.

Para que dimensionemos o mercado a termo melhor, suponhamos


que as ações da empresa XYZ sejam negociadas, hoje, no mercado de
ações, a R$ 58,00 por cota-parte. Renato está interessado em comprar
um conjunto relevante de ações da XYZ, mas seu capital, que está
aplicado, estará disponível daqui a 60 dias. Para garantir que o conjunto
de ações seja seu, Renato pode procurar a XYZ e firmar um derivativo
do tipo mercado a termo, concordando em pagar, no prazo de 60 dias, o
valor das ações da XYZ no dia de hoje reajustado por uma taxa de juros
proporcional a esse prazo.

Durante esse período, se Renato, que acompanha o mercado


financeiro com atenção, notar que o valor das ações da XYX caiu pela
metade, será obrigado, mesmo assim, a arcar com o valor explícito no
mercado a termo. Igualmente, caso as ações da XYZ, por quaisquer
motivos, durante os 60 dias, supervalorizem-se, chegando a valer o dobro
do que consta no mercado a termo, a empresa será obrigada, também, a
ceder as ações, satisfazendo as condições do contrato.

Atendo-nos ao nosso conteúdo programático, focaremos o


coeficiente beta ( ), que analisa os retornos das ações da empresa (Ri) e os
retornos do índice de mercado (Rm). Daqui a pouco, você compreenderá
o porquê de nos fixarmos no coeficiente beta, em detrimento do prêmio
por risco de mercado.
Finanças Corporativas 19

Baseando-nos em Kato (2012), para chegarmos ao valor do


coeficiente beta, devemos, primeiramente, encontrar a covariância (Cov)
entre os retornos das ações da empresa (Ri) e os retornos do índice de
mercado (Rm); e, em seguida, dividi-la pela variância(σ2) dos retornos
desse índice. A equação específica do coeficiente beta (β) está a seguir.

Como você pode perceber, aluno, a covariância (Cov) é variável.


Portanto, precisamos saber como calculá-la, substituindo Cov, na
fórmula anterior, pelo resultado obtido. Abaixo, está a fórmula de que nos
valeremos para calcular Cov.

•• Rm = retorno do índice de mercado

•• Ri = retorno das ações da empresa

•• μi = média dos retornos das ações da empresa

•• μm = média dos retornos do índice de mercado

•• = somatório

Com o valor de Cov em mãos, podemos inseri-lo na fórmula de


coeficiente beta ( ). Porém, aluno, se você pensa que os cálculos desta
seção terminaram, está enganado. Você se recorda de que pretendíamos
conhecer o cálculo de CAPM, com o propósito de assimilar como se mede
o custo do capital próprio de uma empresa? Para cumprir esse objetivo,
tínhamos de lhe ensinar a calcular o coeficiente beta ( ), que é um dos
componentes do cálculo de CAPM. Com essa informação, você deve
ter compreendido por que ignoramos o prêmio por risco de mercado.
Sim, você está certo: ignoramos o prêmio por risco de mercado porque
estávamos conscientes de que apenas o coeficiente beta (β ) entraria no
cálculo de CAPM, justamente por ser um índice do quanto o retorno de
determinada ação se sujeita a variações das condições do mercado a
termo.
20 Finanças Corporativas

Passemos, agora, ao cálculo de CAPM, cuja fórmula está a seguir.

NOTA:

Um conjunto de ativos (títulos) é chamado de carteira de


mercado, cujo valor se define pelo valor ponderado de
cada ativo. Esse conceito será crucial para o entendimento
dos termos da equação.

E(R) = retorno esperado de um ativo pelo investidor (custo do capital


próprio de um investimento)

Rf = taxa livre de risco escolhida como referência, como as do


tesouro Selic e da poupança

βi (beta de um ativo ou carteira – a letra “i” indica que β varia conforme


for o seu referente) = risco sistemático do ativo, cuja determinação se
referenda pelo mercado

Rm = retorno esperado da carteira de mercado (representa a média


dos retornos do conjunto de investimentos disponível no mercado)

Acompanhemos a aplicação do coeficiente beta (β) em um cálculo.


Para isso, assumamos que o coeficiente beta (β) da empresa Pegasus
S.A. seja igual a 1,2. Agora, suponhamos que o retorno da carteira de
mercado (Rm) variará 1%. De acordo com essas condições, como o
retorno da empresa (E(R)) será afetado? Recomendamos que você, aluno,
preste bastante atenção à solução que proporemos, uma vez que várias
características do cálculo de CAPM serão abordadas.

Concorda conosco, aluno, quando afirmamos que o coeficiente


beta (β) sinaliza o quanto o retorno de uma empresa variará em função
do retorno de mercado? Como você, certamente, concordou conosco,
porque repassamos o conceito de coeficiente beta (β) por várias vezes,
avançaremos em nossa resolução.
Finanças Corporativas 21

O retorno de mercado pode tanto aumentar-se e reduzir-se


quanto assumir valores positivos e negativos. Sendo assim, existem duas
possibilidades de explicar como o retorno da empresa Pegasus S.A. será
afetado, a depender do comportamento do retorno de mercado.

Primeiramente, consideraremos um cenário em que a variação do


retorno de mercado é positiva em 1%. Caso isso aconteça, como a variação
do retorno da empresa é proporcional (diretamente) à variação do retorno
do mercado, o retorno da empresa será de 1,2%. Portanto, os retornos da
empresa Pegasus S.A. serão maiores do que os do mercado.

Por outro lado, em um cenário em que a variação do retorno de


mercado é negativa em 1%, o retorno da empresa será negativo em 1,2%.
Logo, os retornos da empresa Pegasus S.A. serão menores do que os do
mercado.

Ficou claro para você, aluno, como obtivemos os resultados 1,2%


e -1,2% para o retorno da empresa? Por isso, fizemos tanta questão de
frisar a função do coeficiente beta (β). Acompanhe o nosso raciocínio: se
o coeficiente beta (β) sinaliza o quanto o retorno de uma empresa variará
em função do retorno de mercado; e se a variação do retorno da empresa
é proporcional (diretamente) à variação do retorno do mercado, podemos
concluir que o valor do coeficiente beta (β) – 1,2 – deve ser multiplicado
pela variação do retorno de mercado.

Por último, repare, aluno, que o valor do coeficiente beta (β) – 1,2 –
não está associado a medidas de quaisquer naturezas, embora a variação
do retorno de mercado seja um valor percentual. Repare, também, que, da
multiplicação do valor do coeficiente beta (β) pela variação do retorno de
mercado, resultou um valor percentual (variação do retorno da empresa).

Quando executarmos o cálculo de CAPM, será necessário que nos


atenhamos a duas outras propriedades do beta:

1. O beta de carteira de mercado é igual a 1.

2. O beta de ativo livre de risco é igual 0.

Sempre que o beta de carteira de mercado for igual a 1, o risco


associado ao ativo equivalerá ao risco não diversificável ou risco sistêmico,
22 Finanças Corporativas

que, como vimos há alguns parágrafos, afeta o mercado integralmente.


Por outro lado, quando o beta de ativo livre de risco for igual a 0, o risco
associado ao ativo será menor do que o risco não diversificável. No
primeiro caso, o investimento será denominado agressivo, enquanto, no
segundo caso, o investimento será chamado de defensivo (ASSAF NETO,
2010).

Compreendendo o Capital de Terceiros


Capital de terceiros é o nome que damos a todo recurso financeiro
oriundo de empréstimos e de financiamentos de indivíduos e de
instituições externas às nossas empresas. Costuma ser adquirido em
troca de uma remuneração regulada por uma taxa de juros, remuneração
essa que se atualizará, de acordo com a taxa de juros acordada, durante o
tempo que o capital permanecer alocado em nossas empresas.

Geralmente, o custo associado ao capital de terceiros é menor do


que o de outras formas de financiamento, visto que os riscos inerentes
a essa modalidade são menores. Isso deve à determinação legal de o
pagamento dos credores dessa modalidade ser prevalente em relação a
todas as demais obrigações das empresas, reduzindo as possibilidades
de inadimplência.

Umas das modalidades de financiamento praticadas no Brasil se


chama subscrição de debêntures. Mediante autorização da Comissão de
Valores Mobiliários, uma sociedade anônima pode emitir uma quantidade
de títulos proporcional ao seu capital social e confiá-los a credores, em
troca de recursos financeiros.

Um dos maiores atrativos para a empresa que recorre às debêntures


está nos valores mais baixos dos juros remuneratórios. Porém, parece-nos
que a principal vantagem associada à modalidade é o fato de a empresa
manter a autonomia de seu patrimônio, uma vez que as debêntures
não geram, para quem as comprar, direitos sobre o seu capital social –
embora seja esse o elemento que limita a emissão dos títulos. Ademais, as
garantias de pagamento que a empresa dá ao mercado estão ligadas aos
seus ativos, existindo a chance de que participações nos lucros e outros
prêmios sejam pagos aos investidores pela emissora das debêntures.
Finanças Corporativas 23

Nos casos em que o capital de terceiros provém de empréstimos


e de debêntures, outro elemento se faz importante: a taxa real de juros.
Em ambas as modalidades, a taxa real de juros se torna menor do que
taxa de juros paga, porque algo que estudamos anteriormente em ação.
Pensando em tudo o que estudamos nesta unidade, você tem alguma
ideia do que provocar a redução da taxa real de juros, aluno? Se você
notar que não acertou a resposta, não se preocupe: desta vez, fizemos
uma pergunta difícil. A redução da taxa real de juros se justifica pelo fato
de que as despesas decorrentes do uso de capital de terceiros são um dos
elementos aceitos como dedutíveis da base de cálculo desse imposto.
Discutimos essa possibilidade quando vimos diferenças entre o capital
próprio e o capital de terceiros, na subseção “Custo do capital próprio e
custo do capital de terceiros”.
Figura 4 – Estratégia empresarial

Fonte: Pixabay.

Como resultado de os juros pagos aos credores serem deduzidos


do Imposto de Renda (IR) das empresas, os fluxos de caixa se ampliam,
disponibilizando uma quantidade de capital maior para os investidores.
Considerando essa dedução, para calcular o custo do capital de terceiros,
utilizaremos a seguinte equação.
24 Finanças Corporativas

Ki (a letra “i” indica que K varia conforme for o seu referente) = custo
de capital de terceiros após a dedução do Imposto de Renda

Kd = custo de capital de terceiros antes da dedução do Imposto de


Renda

T = alíquota do Imposto de Renda (regulada pelo Estado brasileiro)

Agora, para compreender como essa fórmula funciona, retomaremos


a Pegasus S.A., empresa que utilizamos para entender como o coeficiente
beta (β) nos auxilia a descobrir o quanto o retorno da empresa varia em
função do retorno do mercado. Desta vez, suponhamos que a alíquota
de Imposto de Renda que recai sobre a Pegasus S.A. seja de 25%; e que
o custo de capital antes das deduções do Imposto de Renda seja de 8%.
Assim, substituindo notações por valores, teremos o seguinte.

Ki = 8% × (1 – 0,25)

Ki = 6%

Portanto, por conta do benefício fiscal, o custo do capital de terceiros


inicial (8%) se reduz para 6%, gerando uma economia de 2% sobre o valor
a ser pago aos credores como remuneração pelo aporte de recursos
financeiros.

RESUMINDO:

E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu


mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de
que você realmente entendeu o tema de estudo deste
capítulo, vamos resumir algo do que vimos. Você deve
ter compreendido como entender os tipos de mercado
financeiro e seus perfis de oportunidade em termos de
captação de recursos.
Finanças Corporativas 25

Taxa Interna de Retorno (TIR)

OBJETIVO:

Os riscos, os retornos e as operações empresariais são


inextrincáveis: toda operação empresarial se submete a
riscos, ainda que seja somente ao risco não diversificável;
e produz algum tipo de retorno para as organizações,
que pode assumir as formas de prejuízo (retorno menor
do que o investimento), de estabilidade (retorno igual
ao investimento) e de lucro (retorno menor do que o
investimento). Consequentemente, podemos concluir
que controlar riscos e planejar retornos são atividades
essenciais da gestão financeira..

Aluno, se tais atividades são, de fato, essenciais da gestão


financeira, devemos saber como estruturá-las, concorda conosco? Nesse
sentido, passaremos a estudar, a partir de agora, os elementos-chave da
mensuração de riscos e de retornos; as medidas estatísticas relevantes
para essa mensuração; e as diferenças e as particularidades dos riscos
individuais e dos riscos de carteira.

Risco: Como é Calculado?


Caro aluno, na sua opinião, riscos podem ser definidos como
medidas probabilísticas ou dos ganhos ou das perdas de empresas e
de investidores? Ao mesmo tempo, é correto afirmar que retornos são
ou ganhos ou perdas que resultam das operações empresariais e das
operações de aporte de capital de terceiros? Se as suas respostas para
as duas perguntas foram positivas, o seu pensamento está alinhado com
o nosso. Então, você deve ter conseguido perceber que riscos e retornos
estão associados pelos elementos “ganho” e “perda”: dado que os riscos
projetam ganhos e perdas, os retornos são a materialização dos ganhos
e das perdas.
26 Finanças Corporativas

A relação ideal entre riscos e retornos, portanto, é aquela em que,


com riscos mínimos, alcançam-se retornos máximos. Infelizmente, não é
a realidade das empresas, dos investidores e dos mercados, cujos riscos
e retornos podem oscilar amargamente. Contudo, aluno, podemos dar-
lhe uma dica: quando se vir obrigado a lidar com riscos consideráveis,
você deve apontar, durante a etapa de planejamento financeiro, retornos
vultosos como metas, a ponto de superarem os riscos e de renderem
bons lucros. Assim sendo, se os riscos sobrepujarem os retornos, você
não se surpreenderá; por outro lado, se os retornos sobrepujarem os
riscos, as chances de obter lucros avantajados estarão a seu favor. Mas,
aluno, caso possa evitar, não meta com atividades sobre as quais recaiam
muitos riscos!

Já sabemos que o cálculo de riscos e de retornos faz parte do


planejamento financeiros das organizações. Falta-nos, então, descobrir
como são feitos e de que elementos dependem. Três medidas estatísticas
são relevantes para a mensuração dos riscos que rondam nossos ativos: a
variância dos retornos, que não estudaremos neste material; o coeficiente
de variação, que conheceremos daqui a pouco; e o desvio-padrão dos
retornos, que veremos agora.

O desvio-padrão dos retornos nos informa a variação dos retornos


esperados. Por isso, como a taxa de retornos (K(t + 1)
), é expresso em
unidades percentuais (%). A equação necessária para descobrir o desvio-
padrão dos retornos é esta.

σk = desvio-padrão dos retornos


Kj ( “j” indica cada período) = valor observado do retorno a cada
período

n = número de períodos

k = valor esperado (média dos retornos)


Finanças Corporativas 27

Por sua vez, o coeficiente de variação (CV) é uma medida de


dispersão que pode nos ajudar a identificar ativos cujos retornos serão
diferentes dos que projetamos. A relação entre o coeficiente de variação
(CV) e o risco de os retornos de um ativo se afastarem das prospecções
é diretamente proporcional: quanto maior for o coeficiente de variação,
maior risco correrão os retornos. A equação que nos permite obter o
coeficiente de variação é a seguinte.

CV = coeficiente de variação

σk = desvio padrão dos retornos


k = média dos retornos

IMPORTANTE:

Caro aluno, quando um retorno se provar diferentes de


suas projeções, o coeficiente de variação será a ferramenta
mais adequada para você comparar diferentes riscos.

As medidas de risco que estudamos servem tanto para ativos


individuais quanto para carteiras de investimentos. Sendo assim,
abordaremos a mensuração de riscos em carteira em uma subseção
específica; e, então, veremos exemplos que demandam o uso do desvio-
padrão dos retornos e o uso do coeficiente de variação (CV), visto que não
incluímos nenhum aqui.

Retorno: Como é calculado?


A aferição dos retornos, como vimos, é um crucial para o
planejamento financeiro das empresas, uma vez que nos permite definir
como e quando as nossas obrigações serão quitadas. A seguir, está a
fórmula com a qual calcularemos retornos.
28 Finanças Corporativas

Kt + 1 = taxa de retorno ao fim de um período qualquer, denominado


t (pode ser de três tipos: taxa atestada, taxa projetada e taxa exigida)

Ct + 1 = valor do fluxo de caixa logo após o aporte de um investimento


em um ativo qualquer durante o período de t – 1 a t

Pt = preço (valor) do ativo em t


Pt + 1 = preço (valor) do ativo em t + 1
Para que acompanhemos o cálculo de retornos, utilizaremos um
exemplo de Veiga e Cruz (2009, p. 9). Os autores aventam uma carteira
com três títulos, distribuídos desta forma:

•• 150 unidades do título X, cujo valor atual é $ 38;

•• 200 unidades do título Y, cujo valor atual é $ 40; e

•• 150 unidades do título Z, cujo valor atual é $ 61.

Quando vier o fim do ano, o título X valerá $ 40; o título Y valerá $ 46;
e o título Z valerá $ 70. Esses e outros dados que entrarão no cálculo de
retorno estão presentes na figura a seguir.
Figura 5 – Valores dos títulos e da carteira

Fonte: Veiga e Cruz (2009, p. 9)

Atentemo-nos, aluno, ao fato de que as colunas da figura são


numeradas, seguindo esta ordem:
(1) “Título”
(2) “Quantidade de títulos”
(3) “Preço inicial do título”
(4) “Valor total atual”
Finanças Corporativas 29

(5) “Preço no fim do período”

Porém, quando chegamos à última coluna, “Valor total esperado no


período”, encontramos o que parece ser uma conta: (6) = (2) X (5). Portanto,
em vez de calcular o valor do preço do ativo no momento t (Pt), tomaremos
o valor indicado na sexta coluna, $25.700.

Agora que conhecemos todos os elementos necessários, podemos


inseri-los na fórmula vista e descobrir o valor de Kt.

Kt + 1 = Pt + 1 – Pt + Ct + 1

Pt

Kt+1= 25.700 – 22.850 + 0

22.850

Kt+1= 2. 850

22. 850

Kt+1= 0,1247 = 12,47%

Portanto, no fim do ano (t + 1), a taxa de retorno (Kt) da carteira será


positiva em 12,47% sobre o valor total inicial (Pt).

Risco e Retorno de Carteira: Como são


Calculados?
Anteriormente, vimos que a denominação “carteira” se refere a um
conjunto de ativos. Para determinar o risco de carteira, dependemos de
dois procedimentos:

1. Inicialmente, calcularemos a taxa de retorno da carteira, que será a


média ponderada dos seus ativos – o resultado será em unidades
percentuais (%);

2. Em seguida, calcularemos o desvio-padrão dos retornos da


carteira, utilizando, para isso, a fórmula de desvio-padrão de um
ativo individual.
30 Finanças Corporativas

Com o intuito de compreender esses procedimentos, observaremos


um exemplo em que são realizados passo a passo. Agora, admitamos
que a empresa Alfa tenha reunido Loja A e Loja B em uma carteira,
combinando, ao fazer isso, seus ativos nas proporções de 40% e de 60%,
respectivamente. No Quadro 1, encontraremos as taxas de retorno dos
ativos da Loja A e da Loja B em função dos anos de 2015 a 2019 (inclusive).
Quadro 1 – Taxas de retorno previstas para a Loja A e para a Loja B em função dos anos de
2015 a 2019 (inclusive)

Fonte: Elaborado pelo autor (2021).

Analisando o Quadro 1, percebemos que os retornos da Loja


A crescem anualmente, enquanto os da Loja B decrescem no mesmo
período. Portanto, podemos afirmar os ativos da carteira da empresa Alfa
mantêm uma relação de proporcionalidade inversa. Resta-nos calcular,
então, calcular as taxas de retorno anuais da Loja e da Loja B. Faremos
isso no Quadro 2.
Quadro 2 – Cálculo das taxas de retorno anuais dos ativos (Loja A e Loja B) da carteira da
empresa Alfa

Fonte: Elaborado pelo autor (2021).


Finanças Corporativas 31

Com as taxas de retorno anuais que obtivemos, aplicaremos a


média aritmética simples a esses ativos para obter a taxa de retorno da
carteira da empresa Alfa.
Quadro 3 – Cálculo da taxa de retorno da carteira da empresa Alfa

Fonte: Elaborado pelo autor (2021).

Por fim, podemos empregar o valor obtido (15%) na fórmula do


desvio-padrão dos retornos, como faremos no Quadro 4.
Quadro 4 – Cálculo do desvio-padrão dos retornos da carteira da empresa Alfa

Fonte: Elaborado pelo autor (2021).

Como verificamos no Quadro 4, o desvio-padrão dos retornos


da carteira da empresa Alfa foi de 0,17%. Considerando que o retorno
esperado seja de 15%, a carteira alcançará, em um cenário otimista, uma
taxa de retorno de 15,17%; e, em um cenário pessimista, marcará 14,83%.

Caro aluno, ficou claro que os riscos de cada ativo são relevantes
para a determinação do risco da carteira? Apesar de isso ser verdadeiro,
o que importa, de fato, para que controlemos os riscos associados
a uma carteira é a forma como os ativos se correlacionam. Na prática,
32 Finanças Corporativas

caso mantenhamos ativos que se pouco se correlacionem – ativos cujos


percentuais se comportem de forma inversamente proporcional – em
uma mesma carteira, teremos boas chances de minimizar os riscos dessa
carteira.

RESUMINDO:

E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu


mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de
que você realmente entendeu o tema de estudo deste
capítulo, vamos resumir algo do que vimos. Você deve ter
compreendido como aplicar as bases de cálculo da taxa
interna de retorno (TIR) em situações de investimento
financeiro.
Finanças Corporativas 33

Risco de Captação de Recursos

OBJETIVO:

Ao término deste capítulo você será capaz de avaliar


os riscos quanto à captação de recursos por parte das
empresas. E então? Motivado para desenvolver esta
competência? Então vamos lá. Avante!

Conforme estudamos há algumas páginas, uma ação ou cota-parte


é o átomo do capital social de uma sociedade anônima e pode ser de dois
tipos: ação ordinária e ação preferenciais. Além de serem classificadas
em ordinárias e em preferenciais, as ações podem ser nominativas,
nominativas endossáveis e escriturais:

a. No caso das nominativas, o nome do portador é registrado no


Livro de Registro das Ações Nominativas, e as transferências de
titularidade dependem da averbação do nome indicado nesse
livro.

b. No caso das nominativas endossáveis, apenas o nome do primeiro


portador é registrado no Livro de Registro das Ações Nominativas,
enquanto possuidores subsequentes da são endossados apenas
no título.

c. No caso das escriturais, não há emissão física de títulos, e seu


controle é realizado por uma instituição depositária. A transferência
de titularidade é digital e isenta de assinaturas.

Quando compramos uma ação, seja ordinária, seja preferencial,


adquirimos o direito de receber dividendos periodicamente e juros sobre
o capital aportado. Caro aluno, você sabia que dividendos são as partes
do lucro de uma empresa distribuídas, proporcionalmente, aos acionistas,
certo? A parte restante do lucro, normalmente, é reinvestida nas operações
da organização; e, indiretamente, também beneficia os acionistas, visto
que contribui com o crescimento da empresa no longo prazo.
34 Finanças Corporativas

As ações costumam garantir grande liquidez às sociedades


anônimas, porque podem ser vendidas e compradas com muita
facilidade. Assaf Neto (2010) acrescenta a isso que o mercado de ações
possibilita que investidores estrangeiros participem das negociações, fato
responsável pela oscilação dos preços das ações; pela volatilidade e pela
especulação do mercado de ações; e pela difusão das crises econômicas
por todo o mundo.

Justamente por poderem se espalhar por diferentes países e


pertencer a inúmeros investidores, as responsabilidades e os direitos
atrelados às ações são proporcionais à quantidade que se detém. Nesse
sentido, destacamos, que,

1. No caso dos acionistas detentores de ações ordinárias, quanto


maior for a quantidade de ações sob seu controle, maior será o peso
do seu voto sobre as decisões da empresa, e maior, igualmente,
será sua responsabilidade sobre as operações realizadas.

2. No caso dos acionistas detentores de ações preferenciais, a


quantidade de ações sob seu controle não implicará poder de
voto e poder sobre as operações da empresa, mas lhes concederá
o direito de receber os dividendos antes do outro grupo de
acionistas.

Comentamos, anteriormente, que a estrutura do capital social de


uma empresa pode ser modificada mediante alteração de seu contrato
social. É relevante destacar que tais alterações não interferem nos direitos
dos acionistas. Alguns exemplos de mudanças na estrutura do capital
social das organizações são apresentados a seguir.

a. Agrupamento – um grupo de ações se transforma em uma única


ação, o que não reduz o patrimônio dos acionistas.

b. Desdobramento – ao contrário do que acontece no agrupamento,


uma ação é dividida em ações menores, o que não aumenta o
patrimônio dos acionistas.
Finanças Corporativas 35

c. Bonificação – as reservas financeiras e os resultados da empresa


são convertidos em novas ações, o que implica aumento do
patrimônio dos acionistas antigos.

d. Subscrição – novas ações são emitidas pela empresa, que poderá


aumentar seu capital sem alterar a participação dos acionistas
antigos na empresa.

Para utilizar uma metáfora, a subscrição seria uma promessa que a


empresa faz de emitir novos títulos de ações. Seu lançamento no mercado
dependerá do processo de integralização de ações, que, de acordo com
Assaf Neto (2010), obedece a uma sequência rígida de etapas. Na figura 5,
podemos observar a quantidade e a organização das etapas.
Figura 6 – Etapas da integralização de novas ações

Instituição
Empresa Colocação Renegociação das
financeira
emitente de inicial: mercado ações: mercado
intermediadora da
novas ações primário secundário
operação

Fonte: Assaf Neto (2010).

A integralização de novas ações pressupõe que os compradores


se sentirão atraídos pela empresa. Isso dependerá, por um lado, da
conjuntura do mercado e, por outro lado, dos resultados operacionais e
financeiros da organização. Na próxima subseção, veremos, mais de perto,
a relação entre valor das ações e funcionamento no mercado de ações.

Valor das Ações e Funcionamento no


Mercado de Ações
O quanto as ações valem é um importante fator condicionante das
decisões dos investidores. Além de, como estudamos em outras partes,
as características do mercado influenciarem a dinâmica das ações, há
outras formas de valorá-las, que dependerão de quem as avaliará e da
razão por que fará isso. Segundo Hoji (2009), seis formas de atribuir valor
a ações são mais comuns:
36 Finanças Corporativas

1. Valor contábil – corresponde ao valor nominal da ação, que é


registrado no contrato social da empresa. É utilizado para mensurar
o capital distribuído aos sócios.

2. Valor intrínseco – é atribuído à ação por intermédio de uma


análise das características contábeis, econômicas e financeiras
da empresa. É utilizado para verificar a viabilidade de a empresa
receber um investimento.

3. Valor de liquidação – é conferido à ação no caso de todos os


ativos da empresa de que faz parte forem liquidados. É utilizado
para determinar o valor contábil real da empresa, considerando,
também, suas obrigações.

4. Valor de mercado – é adquirido no bojo da dinâmica do mercado


de ações, conforme sua oferta e sua procura flutuam. É pago pelos
que compram uma ação.

5. Valor patrimonial – é atribuído à ação em função do patrimônio


líquido da empresa em determinado exercício. Resulta da divisão
do patrimônio líquido pela quantidade de ações emitidas.

6. Valor de subscrição – é o custo fixado para novas ações lançadas


no mercado. É utilizado para incrementar o aporte de capital nas
operações da empresa.

Por sua vez, o mercado de ações contém investidores físicos e


investidores institucionais; organizações que controlam as operações
realizadas em seu âmbito; e sociedades anônimas de capital aberto.

NOTA:

Cada investidor tenta atingir objetivos particulares com


sua atuação no mercado de ações: por exemplo, alguns
desejam criar uma poupança para sua aposentadoria;
alguns pretendem lucrar com as variações de curto prazo,
comprando e vendendo ações; e outros, ao contrário,
tentam reduzir perdas causadas pelas variações de curto
prazo.
Finanças Corporativas 37

Como conhecemos bem esses agentes, focaremos, agora, alguns


dos segmentos e dos subsegmentos que compõem o mercado de ações:

1. Mercado primário – responsável pela negociação de ações com


investidores, é o mais relevante para as empresas emissoras dos
títulos.

2. Mercado secundário – à parte do mercado primário, é onde


investidores conseguem comprar e vender ações sem que as
empresas emissoras dos títulos participem desses processos.

3. Mercado à vista – é um nicho cujas operações com ações são


liquidadas em curtos períodos. No Brasil, a liquidação deve ocorrer
até três dias úteis após a negociação.

4. Liquidação física e liquidação financeira – quando um investidor


compra uma ação e a recebe, há a liquidação física. Ao mesmo
tempo, quando o dinheiro sai da conta de um investidor e entra na
do vendedor, há a liquidação financeira.

5. Mercado de derivativos – baseia-se em contratos com data de


liquidação e com valor definido para os ativos negociados, que
podem ser ações ou outros.

6. Mercado a termo – é uma das partes do mercado de derivativos.


Como vimos anteriormente, permite que o preço futuro dos ativos
negociados seja pré-fixado em um contrato. No Brasil, existem
contratos a termo com prazos de 30, de 60, de 90, de 120 e de
180 dias corridos, cuja firma depende de o investidor realizar
um depósito de garantia – ou de cobertura ou de margem – na
Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC).

O mercado a termo contribui com a liquidez das empresas, que, de


acordo com nossas discussões, é um dos fatores que mais impulsionam
seu crescimento. Mas você, caro aluno, sabe como a falta de liquidez em
um mercado pode prejudicar as empresas? Em um mercado com pouca
liquidez, costuma haver demora na venda de títulos, o que demandaria
condições muito específicas para que as empresas negociem suas ações
com sucesso.
38 Finanças Corporativas

RESUMINDO:

E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu


mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de
que você realmente entendeu o tema de estudo deste
capítulo, vamos resumir algo do que vimos. Você deve ter
compreendido como avaliar os riscos quanto à captação de
recursos por parte das empresas.
Finanças Corporativas 39

Decisão de Capitalização das Empresas

OBJETIVO:

Ao término deste capítulo você será capaz de discernir sobre


o momento mais propício e a melhor linha de captação de
recursos para capitalizar a empresa. E então? Motivado para
desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!.

Caro aluno, quais são as principais justificativas para os gastos de


capital? Mas você sabe o que são gastos de capital, para ser capaz de
apontar suas causas? Um gasto de capital é um aporte financeiro cuja
meta é obter retorno em um período maior do que um ano, de maneira
que podemos considerá-lo um tipo de investimento. Assim sendo, suas
principais justificativas são as três seguintes:

1. Expansão das operações empresariais.

2. Reposição de ativos obsoletos ou desgastados.

3. Renovação de ativos imobilizados (construção e reforma de


imóveis) e de serviços contrato pela empresa (dentre outros,
propagandas, pesquisas e consultorias.

IMPORTANTE:

Durante as operações empresariais, existem gastos


associados aos processos produtivos, como os gastos
administrativos e os gastos com salários. Contudo, não
podemos tratar esses casos como investimentos, uma vez
que visam à manutenção das operações empresariais em
dado momento, não a resultados de longos prazos.

Para auxiliar o gestor financeiro a controlar os gastos da empresa com


capital, há o chamado orçamento de capital. Trata-se de um processo que,
considerando períodos maiores do que um ano, influencia, positivamente,
40 Finanças Corporativas

o programa de investimentos em ativos permanentes. Nesse processo, é


contabilizado a relação custo-benefício de cada possível aquisição, com a
finalidade de determinar a mais adequada ao contexto da empresa.
Figura 7 – Orçamento de capital

Fonte: Pixabay.

Como os gastos de capital, com frequência, visam a atender às


necessidades de investimento das empresas, precisamos conhecer quais
podem ser essas necessidades. De acordo com Assaf Neto (2010), alguns
dos investimentos feitos pelas empresas são os seguintes:

a. Investimento economicamente independentes – são aqueles


cujos fluxos de caixa não estão correlacionados – por exemplo,
a aquisição de um aparelho de ar-condicionado para o setor
administrativo não exclui a compra de uma máquina de costura
para o setor produtivo.

b. Investimentos com dependência estatística – ao contrário do caso


anterior, trata-se daqueles cujos fluxos de caixa se influenciam
mutuamente. Como um investimento está condicionado a outro,
teremos problemas se a relação de influência for negativa – por
exemplo, propagandas de produtos concorrentes de uma mesma
empresa são investimentos substitutos.

c. Investimentos com restrição orçamentária – são investimentos


cujos retornos variam em resposta a mudanças em outros retornos
– por exemplo, apesar de a produção de iates e de carros de luxo
não ter uma relação direta, esses bens estão associados a eventos
externos idênticos.
Finanças Corporativas 41

d. Investimentos mutuamente excludentes: não podem ser


viabilizados concomitantemente, em função da incapacidade
de financiamento – por exemplo, podemos não ter recursos
financeiros para comprar dois imóveis, embora ambos sejam
necessários.

No momento de decidir quais serão os investimentos das nossas


empresas, deveremos avaliar, dentre outros elementos, o fluxo de caixa
de cada alternativa disponível. Nesse sentido, quando elaborarmos um
orçamento de capital, definiremos os fluxos de caixa de maior relevância
para a empresa:

a. Investimento inicial – é o recurso financeiro necessário para


empresa sustentar um novo empreendimento.

b. Caixas operacionais – envolvem as vendas de bens e de serviços


e os gastos com o processo produtivo.

c. Caixas terminais (residuais) – resultam do encerramento de um


projeto e são calculados após a definição do Imposto de Renda.

O acompanhamento dos fluxos de caixa relevantes é, portanto,


uma ferramenta com a qual a empresa maximizará o uso de seus recursos
financeiros; e com a qual praticará Engenharia Econômica. Você conhece
essa área de conhecimento, caro aluno?

A Engenharia Econômica se interessa pelas alternativas de


investimento, aplicando técnicas comparativas que conduzam o gestor
financeiro às melhores decisões. Para praticar Engenharia Econômica,
existem algumas etapas básicas:

1. Dimensionamento do investimento fixo, que envolve o cálculo


do quanto equipamentos produtivos, terrenos e outros bens são
necessários.

2. Projeção de custos e de receitas.

3. Pesquisa de fontes externas de financiamento.

4. Projeção dos fluxos de caixa.


42 Finanças Corporativas

5. Aplicação de técnicas de análise de investimento – payback, valor


presente líquido (VPL) e taxa interna de retorno (TIR).

Por outro lado, a Engenharia Econômica depende, também, de


conhecermos o mercado e as estratégias logísticas para eficientes para
o nosso negócio.
Figura 8 – Importância da Engenharia Econômica

Fonte: Pixabay.

Sendo assim, podemos atualizar o conceito de orçamento de capital


para este: ferramenta que, com base nos fluxos de caixa relevantes, orienta
a definição do gasto de capital, aplicando os recursos da Engenharia
Econômica a cada alternativa de investimento.
Finanças Corporativas 43

RESUMINDO:

No decorrer desta unidade, tivemos o capital como foco.


De início, diferenciamos capital próprio de capital de
terceiros e compreendemos quais são suas vantagens e
sua desvantagens. Pudemos concluir, então, que o uso de
capital de terceiros, em muitos contextos, é mais rentável
do que o de capital próprio, embora envolva riscos e possa
retornar valores menores do que os esperados. Com isso em
vista, dedicamo-nos à tarefa de calcular riscos e retornos
de investimentos individuais e de carteiras (conjuntos de
investimentos). Na sequência, abordamos que a injeção de
capital em empresas do tipo sociedade anônima de capital
aberto pode vir da negociação de partes do seu capital
social (ações ou cortas-partes) no mercado de ações. Por
últimos, estudamos os custos de capital e descobrimos
são tipos de investimentos que as empresas devem fazer
quando vislumbrarem ou oportunidades ou necessidades
de crescimento e de aquisição de bens.
44 Finanças Corporativas

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