DIREITO COLETIVO DO Chamado com frequência de “direito
TRABALHO sindical”.
*cai a parte histórica na prova
*cobra datas
O direito do trabalho atual/moderno é
funcional ao capitalismo, aliás ele
legitima o capitalismo, ou seja, torna o
capitalismo possível em uma sociedade
democrática.
1 DIFERENÇAS (INDIVIDUAL E
COLETIVO)
No direito individual, os sujeitos são
representados individualmente. De um
lado, o trabalhador, e, de outro, o
empregador. O trabalhador é a pessoa
física. A empresa será sujeito individual
nas relações de trabalho quando a
relação jurídica da qual faz parte é
específica, com um ou mais e um
empregado, singularmente
considerados. Inexiste neste tipo de
relação a presença do sindicato.
Neste tipo de direito, o interesse
perseguido é peculiar, específico para
um determinado empregado, no sentido
de satisfazer às necessidades
individuais.
• No direito coletivo, os sujeitos são os
grupos de trabalhadores e de
empregadores, representados, em regra,
pelos sindicatos de empregados
(categoria profissional) e sindicato das
empresas (categoria econômica),
apresentando-se como relações
intersindicais. O direito coletivo, como
o próprio nome diz, é o direito que se
refere ao grupo, considerado de modo
global, como um todo, sem destaque de
cada um de seus participantes.
O interesse coletivo é indivisível, ou
seja, não atinge pessoas definidas. Tem
por objetivo o interesse coletivo do
grupo.
2 HISTÓRIA
2.1 Movimento operário
- é um termo que se refere à
organização coletiva de trabalhadores
para a defesa de seus próprios
interesses, particularmente (mas não
apenas) através da implementação de
leis específicas para reger as relações de
trabalho.
O movimento sindical moderno teve
suas raízes no final do século XVIII e
início do século XIX, durante a
Revolução Industrial. Com o
surgimento das fábricas e a
concentração de trabalhadores em
ambientes urbanos, as condições de
trabalho eram frequentemente perigosas
e desumanas. Os trabalhadores
começaram a se organizar em sindicatos
para pressionar por melhores condições
de trabalho, salários justos e proteção
contra abusos por parte dos
empregadores.
Os sindicatos visavam proteger os
interesses coletivos dos trabalhadores,
representando-os nas negociações com
os empregadores. Isso incluía a
negociação de salários, benefícios,
condições de trabalho, segurança no
local de trabalho e outros aspectos
relacionados ao emprego. Além disso,
os sindicatos também desempenharam
um papel importante na defesa dos
direitos dos trabalhadores, incluindo o
direito de greve e o direito à
organização sindical.
- a primeira norma trabalhista é o
salario (tarifa)
- A partir da greve, o trabalhador
alcança o poder de acordar a tarifa do
trabalho

No início, os sindicatos enfrentaram
forte resistência por parte dos
empregadores e do governo. Muitos
países implementaram leis que proibiam
ou limitavam severamente a formação
de sindicatos e o direito de greve. Os
líderes sindicais muitas vezes eram
perseguidos e os trabalhadores podiam
perder seus empregos por se
envolverem em atividades sindicais.
Como mencionado, os sindicatos
passaram por diferentes fases de
aceitação ao longo do tempo.
Inicialmente, foram criminalizados e
duramente reprimidos. Gradualmente,
eles começaram a ser tolerados, com
algumas concessões sendo feitas pelos
governos em resposta à pressão dos
trabalhadores. Finalmente, os sindicatos
foram reconhecidos como instituições
legítimas e essenciais para proteger os
direitos dos trabalhadores. O finalmente a partir de 1948 sendo
reconhecimento formal dos sindicatos
como um direito humano pela Carta das
Nações Unidas em 1948 foi um marco
importante nesse processo.
Hoje, os sindicatos desempenham um
papel vital na proteção dos direitos dos
trabalhadores em todo o mundo. Eles
continuam a negociar com os
empregadores em nome dos
trabalhadores, bem como a advogar por
políticas públicas que promovam o
emprego digno, salários justos e
condições de trabalho seguras. Além
disso, os sindicatos muitas vezes estão
envolvidos em questões mais amplas de
justiça social e econômica.
- Quando falamos de sindicato falamos
de patronal (empresa), ou profissional
(trabalhadores), interesses coletivos.
- o sindicato surge entre o século 18/19,
eram proibidos as associações sindicais,
pois estava interligada a greve (por não
conseguir controlar a sociedade).
O movimento sindical passou por
diferentes estágios de aceitação ao
longo do tempo. Inicialmente, foi
criminalizado, o que significa que a
formação de sindicatos e a realização de
greves eram ilegais e puníveis por lei.
Em seguida, foi tolerado, o que significa
que embora ainda fosse visto com
desconfiança, não era mais estritamente
proibido. Finalmente, a partir de 1948,
com a Declaração Universal dos
Direitos Humanos da ONU, o direito à
liberdade sindical e à negociação
coletiva foi reconhecido como um
direito humano fundamental. Isso
marcou uma mudança significativa na
percepção e na legalidade do
sindicalismo em nível global.
- Com isso, até 1850 era criminalizado,
sendo 1850 até 1948 sendo tolerado, e
considerado um direito humano.
2.2 1907
No início do século XX, vários países
começaram a promulgar as primeiras
leis trabalhistas, em resposta às
condições precárias enfrentadas pelos
trabalhadores durante a Revolução
Industrial. Essas leis frequentemente
abordavam questões como limites de
horas de trabalho, segurança no local de
trabalho e proteções para mulheres e
crianças. O ano de 1907 viu o aumento
da conscientização sobre a necessidade
de regulamentação do trabalho e o
início da implementação de leis que
visavam proteger os direitos dos
trabalhadores.
2.3 1917
A Revolução Russa de 1917 teve um
impacto profundo no cenário político e
social global. Uma das consequências
importantes dessa revolução foi a
ascensão do regime soviético, que
promoveu mudanças significativas nas
relações de trabalho e no direito do
trabalho. Sob o governo bolchevique,
foram promulgadas leis abrangentes que
garantiam direitos trabalhistas, como
salário mínimo, limites de horas de
trabalho, férias remuneradas e direito à
sindicalização. Essas políticas
inspiraram movimentos trabalhistas em
todo o mundo e pressionaram outros
países a adotarem medidas semelhantes
para melhorar as condições dos
trabalhadores.
Tanto em 1907 quanto em 1917, houve
uma crescente conscientização e
mobilização dos trabalhadores em todo
o mundo. Movimentos sindicais e
trabalhistas ganharam força, exigindo
melhores condições de trabalho, salários
justos e direitos trabalhistas básicos.
Essa pressão exercida pelos
trabalhadores desempenhou um papel
importante na promoção de reformas
legislativas e na criação de um ambiente
propício para o desenvolvimento do
direito do trabalho.
2.4 1930
A Revolução de 1930 marcou o fim da
República Velha e o início da Era
Vargas, um período de grande
transformação política, econômica e
social no Brasil. Getúlio Vargas assumiu
o poder como presidente, estabelecendo
um governo que ficou conhecido por
suas políticas intervencionistas e por
promover mudanças significativas nas
relações trabalhistas.
Em 1930, foi criado o Ministério do
Trabalho, Indústria e Comércio, um
órgão governamental dedicado a
questões trabalhistas e sindicais. Isso
representou um reconhecimento oficial
da importância das questões trabalhistas
no país e um primeiro passo rumo à
regulamentação do trabalho.
Durante o governo de Vargas,
especialmente após a promulgação da
Constituição de 1934, houve uma série
de leis e regulamentações que buscavam
melhorar as condições de trabalho e
proteger os direitos dos trabalhadores.
Entre essas leis estão o estabelecimento
da jornada de trabalho de oito horas, a
regulamentação do trabalho feminino e
infantil, e a criação da Justiça do
Trabalho.
Embora tenha ocorrido em 1943,
durante o governo de Vargas, a criação
da CLT foi uma consequência direta das
políticas trabalhistas implementadas a
partir de 1930. A CLT é uma das
principais legislações trabalhistas do
Brasil, consolidando e regulamentando
os direitos dos trabalhadores, as
relações de trabalho e as normas de
proteção ao trabalho.
Durante o governo de Vargas, os
sindicatos foram reconhecidos e
ganharam espaço como representantes
legítimos dos trabalhadores. Vargas
adotou uma postura de conciliação entre
trabalhadores e empregadores,
promovendo o corporativismo e a
criação de sindicatos vinculados ao
Estado.
AULA DO DIA 11/03/2023
3 LIBERDADE SINDICAL
- Art. 8 CF- a liberdade se caracteriza
por quatro dimensões, sendo complexa,
são elas:
3.1 Liberdade de administração ou
autonomia sindical
É uma liberdade interna, art. 3º C 87 e
art. 8, I, CF.  Esse princípio garante
que as organizações sindicais, tanto de
trabalhadores quanto de empregadores,
têm o direito de gerir internamente suas
atividades, de acordo com seus próprios
estatutos e regulamentos
administrativos. Isso inclui o direito de
redigir seus estatutos, eleger seus
representantes de forma livre, organizar
sua administração e suas atividades, e
formular seu programa de ação. Em
resumo, a autonomia sindical protege a
capacidade das organizações sindicais
de agirem de acordo com seus interesses
e objetivos, sem interferência externa,
incluindo do Estado.
3.2 Liberdade de organização
Esta prevista no art. 2 VS Art. 8, II, CF
liberdade ampla, totalmente aberta. 
Esse princípio reconhece o direito dos
trabalhadores e empregadores de se
organizarem livremente em sindicatos
ou outras organizações representativas,
sem necessidade de autorização prévia
do Estado. Eles também têm o direito de
filiar-se a essas organizações, desde que
observem os estatutos das mesmas.
Porém, essa liberdade de organização
tem limites, como estabelecido no
inciso II do Artigo 8º da Constituição
Federal do Brasil, que veda a criação de
mais de uma organização sindical
representativa de categoria profissional
ou econômica na mesma base territorial,
que deve ser definida pelos próprios
trabalhadores ou empregadores
interessados e não pode ser inferior à
área de um município.
Dentro há 3 limites:
- Unicidade  Apenas uma
organização sindical pode representar
uma determinada categoria profissional
ou econômica em uma mesma base
territorial.
- Território  A base territorial para a
atuação sindical não pode ser inferior à
área de um município.
- Categoria base de agregação do
interesse coletivo  Isso significa que
as questões que afetam determinada
categoria profissional ou econômica
podem ser melhor representadas e
defendidas por meio de organizações
sindicais que representem essas
categorias.
Por exemplo, um sindicato dos
metalúrgicos representará os interesses
coletivos dos trabalhadores que atuam
nesse setor específico da indústria,
negociando condições de trabalho,
salários, benefícios e outras questões
relevantes para essa categoria. Da
mesma forma, um sindicato patronal
representará os interesses dos
empregadores que operam em um
determinado setor econômico.
Portanto, a categoria é uma unidade
fundamental na organização sindical e
na negociação coletiva de trabalho,
permitindo que os interesses específicos
dos trabalhadores ou empregadores
sejam adequadamente representados e
defendidos.
3.3 Liberdade de filiação
Art. 2º 87, VS art. 8, V, CF
Liberdade de funçoes
Defina as condutas antisindical – toda e
qualquer conduta que prejudique o
limite que não permita o exercício da
liberdade sindical.
AULA DO DIA 25/03/2024
Sindicatos são: associações de direito
privado, porém eles prerrogativas
exclusivas que são poder normativos, e
titulares do direito de grave.
4 Artigo 511
Art. 511 - É lícita a associação para fins
de estudo, defesa e coordenação dos
seus interesses econômicos ou
profissionais de todos os que, como
empregadores, empregados, agentes ou
trabalhadores autônomos ou
profissionais liberais exerçam,
respectivamente, a mesma atividade ou
profissão ou atividades ou profissões
similares ou conexas.
§ 1º A solidariedade de interesses
econômicos dos que empreendem
atividades idênticas, similares ou
conexas, constitui o vínculo social
básico que se denomina categoria
econômica. – De empresa, patronal
§ 2º A similitude de condições de vida
oriunda da profissão ou trabalho em
comum, em situação de emprego na
mesma atividade econômica ou em
atividades econômicas similares ou
conexas, compõe a expressão social
elementar compreendida como categoria
profissional.  de trabalhadores
§ 3º Categoria profissional diferenciada
é a que se forma dos empregados que
exerçam profissões ou funções
diferenciadas por força de estatuto
profissional especial ou em
consequência de condições de vida
singulares.
§ 4º Os limites de identidade,
similaridade ou conexidade fixam as
dimensões dentro das quais a categoria
econômica ou profissional é homogênea
e a associação é natural.
O Artigo 511 da Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT) estabelece os
critérios e limites para a formação de
associações para fins de estudo, defesa e
coordenação dos interesses econômicos
ou profissionais dos trabalhadores,
empregadores, agentes ou profissionais
liberais que exerçam atividades
semelhantes ou relacionadas. Vamos
entender cada parte desse artigo:
1. Associação para fins de estudo,
defesa e coordenação: O artigo
reconhece a legalidade das associações
criadas com o objetivo de estudar,
defender e coordenar os interesses
econômicos ou profissionais dos
participantes. Isso significa que
trabalhadores, empregadores, agentes
ou profissionais liberais podem se
associar para buscar objetivos comuns
relacionados às suas atividades laborais
ou profissionais.
2. Categoria econômica: O parágrafo 1º
define a categoria econômica como a
solidariedade de interesses econômicos
entre aqueles que exercem atividades
idênticas, similares ou conexas. Essa
solidariedade forma o vínculo social
básico dentro da categoria econômica.
3. Categoria profissional: O parágrafo
2º define a categoria profissional como
a similitude de condições de vida
derivada da profissão ou trabalho em
comum, especialmente em situações de
emprego na mesma atividade
econômica ou em atividades similares
ou conexas. Essa similitude de
condições de vida é fundamental para a
formação da categoria profissional.
4. Categoria profissional diferenciada:
O parágrafo 3º menciona a categoria
profissional diferenciada, que se forma
a partir de empregados que exercem
profissões ou funções diferenciadas
devido a estatutos profissionais
especiais ou condições de vida
singulares.
5. Limites de identidade, similaridade
ou conexidade: O parágrafo 4º
estabelece que os limites de identidade,
similaridade ou conexidade definem as
dimensões dentro das quais a categoria
econômica ou profissional é homogênea
e naturalmente associada. Esses limites
delimitam o escopo das associações e
garantem que sejam formadas de
maneira coerente e representativa.
Em resumo, o Artigo 511 da CLT
fornece diretrizes claras para a formação
de associações sindicais e profissionais,
reconhecendo a importância da
solidariedade de interesses econômicos
e profissionais para a representação
efetiva dos trabalhadores, empregadores
e profissionais liberais.
5 Enquadramento sindical
O enquadramento sindical refere-se ao
processo de classificação dos
trabalhadores em determinadas
categorias profissionais ou econômicas,
com base nas atividades que
desempenham ou nos setores em que
atuam. Esse processo é fundamental
para a organização sindical e para a
negociação coletiva de trabalho, pois
permite que os sindicatos representem
de forma adequada os interesses dos
trabalhadores de cada categoria.
Existem diferentes critérios e métodos
utilizados para realizar o direto na representatividade dos
enquadramento sindical, e eles podem
variar de acordo com a legislação de
cada país. Alguns dos critérios comuns
incluem:
Atividade desenvolvida: Os
trabalhadores são enquadrados em
sindicatos com base na atividade
econômica que exercem. Por exemplo,
trabalhadores da indústria metalúrgica
podem ser representados por um
sindicato específico para essa categoria,
enquanto trabalhadores da área de saúde
podem ser representados por um
sindicato da saúde.
Setor econômico: Além da atividade
específica, o setor econômico em que os
trabalhadores estão inseridos também
pode influenciar o enquadramento
sindical. Por exemplo, trabalhadores do
setor público podem ter sindicatos
específicos para servidores públicos,
enquanto trabalhadores do setor privado
podem estar associados a sindicatos de
diferentes setores industriais ou de
serviços.
Profissão ou função: Em alguns casos, o
enquadramento sindical pode ser feito
com base na profissão ou função que os
trabalhadores desempenham. Por
exemplo, profissionais da área de
contabilidade podem estar associados a
um sindicato de contadores,
independentemente do setor em que
trabalhem.
Região geográfica: Em alguns países, o
enquadramento sindical também pode
levar em consideração a região
geográfica em que os trabalhadores
estão localizados. Isso pode ser
relevante especialmente em casos onde
as condições econômicas e sociais
variam significativamente de uma
região para outra.
É importante destacar que o
enquadramento sindical tem impacto
sindicatos e na negociação coletiva de
trabalho. Um correto enquadramento
permite que os sindicatos defendam de
forma eficaz os interesses dos
trabalhadores de uma determinada
categoria, garantindo melhores
condições de trabalho, salários e
benefícios.
6 Artigo 570 paragrafo único
O Artigo 570 da Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT) estabelece as
diretrizes para a constituição dos
sindicatos, especialmente em relação às
categorias econômicas ou profissionais
específicas. Vamos analisar o texto e
suas principais características:
1. Constituição por categorias
econômicas ou profissionais
específicas: O artigo menciona
que os sindicatos devem ser
constituídos normalmente por
categorias econômicas ou
profissionais específicas. Isso
significa que os trabalhadores e
empregadores devem se
organizar em sindicatos que
representem de forma específica
suas atividades ou profissões.
2. Critério de especificidade de
categoria: O critério principal
para a constituição dos
sindicatos é a especificidade de
categoria, ou seja, os sindicatos
devem representar trabalhadores
ou empregadores que atuam em
atividades ou profissões
claramente definidas e distintas
umas das outras.
3. Criação de subdivisões: O artigo
menciona a possibilidade de
criação de subdivisões dentro
das categorias econômicas ou
profissionais, sob proposta da
Comissão do Enquadramento
Sindical e com autorização do
ministro do Trabalho, Indústria e
Comércio. Isso permite uma
organização mais detalhada dos
sindicatos, de acordo com as
especificidades das atividades e
profissões.
4. Critério de categorias similares
ou conexas: O parágrafo único
do artigo estabelece uma
exceção ao critério de
especificidade de categoria. Ele
permite que trabalhadores ou
empregadores de atividades ou
profissões que não se enquadrem
claramente em categorias
específicas possam se
sindicalizar pelo critério de
categorias similares ou conexas.
Isso ocorre quando há afinidades
entre essas atividades ou
profissões e quando não é
possível sindicalizar
eficientemente pelo critério de
especificidade.
Em resumo, o Artigo 570 da CLT define
as regras para a constituição dos
sindicatos, enfatizando a importância da
especificidade de categoria, mas
também permitindo flexibilidade para a
sindicalização de grupos que não se
enquadrem claramente nesse critério
através de categorias similares ou
conexas. Isso visa garantir uma
representação eficiente e adequada dos
interesses dos trabalhadores e
empregadores.
7 Artigo 571
Art 571. Qualquer das atividades ou
profissões concentradas na forma do
parágrafo único do artigo anterior
poderá dissociar-se do sindicato
principal, formando um sindicato
específico, desde que o novo sindicato,
a juízo da Comissão do Enquadramento
Sindical, ofereça possibilidade de vida
associativa regular e de ação sindical
eficiente. 
8 Sindicato eclético
Um sindicato eclético, também
conhecido como sindicato geral ou
amplo, é uma entidade sindical que
representa trabalhadores ou
empregadores de diferentes atividades,
profissões ou setores da economia que
não são necessariamente relacionados
entre si de forma direta.
A característica principal de um
sindicato eclético é sua abrangência em
termos de representação, ou seja, ele
congrega membros de diversas
categorias profissionais ou econômicas
dentro de uma única entidade sindical.
Isso pode acontecer em situações em
que as atividades ou profissões
compartilham certas similaridades ou
conexões, mas não são especificamente
relacionadas umas com as outras.
Por exemplo, um sindicato eclético
pode representar trabalhadores de
diferentes indústrias, como
metalúrgicos, químicos, têxteis, entre
outros, que compartilham interesses
comuns em questões trabalhistas,
salariais, de condições de trabalho, entre
outras. Da mesma forma, um sindicato
eclético de empregadores pode
representar empresas de setores
diversos, como comércio, serviços,
indústria, desde que existam pontos de
interesse mútuo entre esses setores.
É importante notar que, embora um
sindicato eclético possa representar uma
ampla gama de categorias, ele pode não
ser tão eficiente em abordar questões
específicas de cada categoria de forma
aprofundada. Por isso, em alguns casos,
categorias mais específicas podem optar
por se dissociar do sindicato eclético e
formar sindicatos próprios para melhor
representação de seus interesses
particulares.
9 DESMEMBRAMENTO
SINDICAL
O desmembramento sindical refere-se
ao processo pelo qual um sindicato
existente é dividido em duas ou mais
entidades sindicais distintas, mantendo
a mesma categoria de atividades ou
profissões, mas alterando-se a base
territorial de atuação. Esse processo
pode ocorrer de duas maneiras
principais: o desmembramento
geográfico e o desmembramento
categorial.
1. Desmembramento geográfico: Neste
caso, a divisão do sindicato ocorre com
base na delimitação geográfica da área
de atuação. Por exemplo, um sindicato
que antes abrangia várias cidades ou
regiões pode ser desmembrado para
criar sindicatos específicos para cada
uma dessas áreas, de forma a capilarizar
a representação sindical e atender de
maneira mais eficiente às demandas dos
trabalhadores em cada região.
2. Desmembramento categorial: No
desmembramento categorial, a divisão
do sindicato ocorre com base na
especialização e especificidade das
atividades ou profissões representadas.
Isso significa que um sindicato que
representava duas ou mais categorias
distintas pode ser dividido para criar
sindicatos específicos para cada uma
dessas categorias. Por exemplo, um
sindicato que representava trabalhadores
de diferentes áreas da saúde (médicos,
enfermeiros, técnicos de enfermagem)
pode ser desmembrado para criar
sindicatos específicos para cada uma
dessas profissões.
É importante destacar que tanto o
desmembramento geográfico quanto o
categorial independem do
consentimento da entidade sindical pré-
existente, desde que respeitem os
critérios estabelecidos pela legislação
trabalhista. No entanto, é necessário
seguir um processo legal para realizar o
desmembramento, incluindo a
autorização das categorias respectivas
em assembleia especificamente
convocada para este fim, o registro em
cartório de Títulos e Documentos e o
registro no Cadastro Nacional de
Entidades Sindicais. Essas medidas
visam garantir a legitimidade e
regularidade do novo sindicato criado a
partir do desmembramento.
10 DISSOCIAÇÃO SINDICAL
A dissociação sindical, também
conhecida como desmembramento,
refere-se ao processo pelo qual uma
categoria específica de trabalhadores ou
empregadores se separa de um sindicato
mais amplo para formar um sindicato
próprio e autônomo. Esse processo é
regulamentado pelo Artigo 571 da
Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT) no Brasil e é baseado no
princípio da especificidade, que
reconhece a importância de sindicatos
específicos representando interesses
mais direcionados.
Existem dois tipos principais de
dissociação sindical:
1 Dissociação categorial/especificação:
Este tipo de dissociação ocorre quando
uma categoria mais específica, antes
representada por um sindicato mais
amplo e abrangente, decide separar-se
para formar um sindicato próprio. Isso
geralmente acontece quando os
interesses e necessidades dessa
categoria específica não estão sendo
adequadamente representados pelo
sindicato original, que pode ser muito
abrangente e não focado nos problemas
específicos dessa categoria.
2. Dissociação geográfica ou
descentralização: Neste caso, a A dissociação sindical é um processo
dissociação ocorre não pela
especificidade da categoria, mas sim
pela base territorial. Isso significa que
uma parte da área de atuação de um
sindicato mais amplo se separa para
formar um sindicato próprio com
jurisdição em uma área geográfica
reduzida. Isso é feito para melhor
atender às necessidades e características
específicas dos trabalhadores ou
empregadores em uma determinada
região.  intermunicipal – condição
para que haja desmembramento
territorial
RESPOSTA: A condição para que haja
desmembramento territorial em um
sindicato é que a divisão ocorra em uma
base intermunicipal, ou seja, entre
diferentes municípios. Isso significa que
a área de atuação do sindicato original
abrange mais de um município e, ao
ocorrer o desmembramento, a nova
entidade sindical terá jurisdição sobre
uma região delimitada que compreende
um ou mais municípios.
Esse desmembramento territorial
intermunicipal pode ser motivado por
diferentes razões, como a necessidade
de uma representação mais específica e
eficiente dos interesses dos
trabalhadores ou empregadores em uma
determinada região geográfica, onde as
condições de trabalho, as demandas
econômicas e as características sociais
podem variar significativamente em
relação a outras áreas.
Portanto, a condição essencial para que
ocorra o desmembramento territorial em
um sindicato é que a nova entidade
sindical tenha jurisdição intermunicipal,
atuando em uma área geográfica que
abranja mais de um município. Isso
garante uma representação mais
adequada e direcionada dos interesses
dos trabalhadores ou empregadores em
cada região específica.
legal que requer o cumprimento de
determinados requisitos, tais como:
- A oferta de possibilidade de vida
associativa regular e de ação sindical
eficiente pelo novo sindicato, de acordo
com a avaliação da Comissão do
Enquadramento Sindical.
- Autorização das categorias respectivas Desmembramento territorial: O
em assembleia especificamente desmembramento territorial ocorre
convocada para este fim. quando uma parte da área de atuação de
- Registro em cartório de Títulos e um sindicato é separada para formar um
Documentos. novo sindicato com jurisdição sobre
- Registro no Cadastro Nacional de uma região delimitada, geralmente em
Entidades Sindicais. base intermunicipal.

É importante destacar que a dissociação Fusão de sindicatos: A fusão de

sindical é uma forma de especialização sindicatos acontece quando dois ou
e autonomia dos sindicatos, permitindo mais sindicatos decidem se unir para
uma representação mais eficaz dos formar uma única entidade sindical
interesses dos trabalhadores ou mais forte e representativa, visando
empregadores em categorias específicas ampliar sua capacidade de negociação e
e delimitadas. defesa dos interesses dos trabalhadores
ou empregadores.

11 FORMAS DE FUNDAR O Incorporação: A incorporação ocorre

SINDICATO quando um sindicato absorve ou integra
outro sindicato, geralmente de menor
porte, ampliando assim sua
- São 6 formas: originaria, representatividade e abrangência.
transformação (muda a natureza
jurídica) dissociação, desmembramento
territorial, fusão de sindicatos,
incorporação

Originação: A originação é a forma

inicial de fundação de um sindicato, na
qual um grupo de trabalhadores ou
empregadores se reúne para criar uma
nova entidade sindical.

Transformação: A transformação ocorre

quando uma entidade sindical existente
decide mudar sua natureza jurídica ou
sua área de atuação. Por exemplo, um
sindicato de trabalhadores pode decidir
se tornar um sindicato de categoria
diferenciada, ampliando assim sua
representatividade.

Dissociação: A dissociação acontece

quando uma categoria específica de
trabalhadores ou empregadores se
separa de um sindicato mais amplo para
formar um sindicato próprio, visando
melhor representação de seus interesses
específicos.