SLIDE 02

É PRECISO ESTUDAR E COMPREENDER O PASSADO PARA QUE SE POSSA

ANALISAR O FUTURO.

O TEMPO PASSA E AS COISAS NÃO SÃO EXATAMENTE IGUAIS AO QUE ERAM.

O DIREITO DO TRABALHO É EXTREMAMENTE DINÂMICO, MUDANDO COM

FREQUÊNCIA... ALGUÉM SABE O PORQUÊ DISSO? PORQUE ELE É INTIMAMENTE
RELACIONADO COM AS QUESTÕES ECONÔMICAS.

SLIDE 03

HOJE EM DIA O TRABALHO POSSUÍ UM SENTIDO DE REALIZAÇÃO PESSOAL (ISTO

NA MAIORIA DAS VEZES, POIS INFELIZMENTE AINDA EXISTE EXPLORAÇÃO DE
MÃO DE OBRA).

CONTUDO, O TRABALHO FOI VISTO POR MUITO TEMPO COMO UM PUNIÇÃO, UM

CASTIGO. ATÉ A TEORIA CRIACIONISTA (DEUS CRIOU O MUNDO) EM GENÊSIS O
TRABALHO FORA UM CASTIGO A ADÃO.

TRIPALIUM ERA UM INSTRUMENTO DE TORTURA OU AINDA UMA FORMA DE

COLOCAR CARGA NO DORSO DE ANIMAIS.

SLIDE 08

A SOCIEDADE VIVIA ORGANIZADA SOB UMA ECONOMIA AGRÁRIA NÃO

MECANIZADA.

SLIDE 09

ONDE O ESCRAVO É APENAS UMA PROPRIEDADE DO DOMINUS

PLATÃO E ARISTÓTELES CONSIDERAVAM QUE O TRABALHO TINHA UM CUNHO
PEJORATIVO POIS SE BASEAVA NA FORÇA FÍSICA – A DIGNIDADE DO HOMEM NA
ÉPOCA CONSISTIA NA FALA*
 SLIDE 10

A TERRA ERA DO SENHOR FEUDAL (FEUDO)

OS SENHORES FEUDAIS DAVAM PROTEÇÃO MILITAR E POLÍTICA.
OS SERVOS PRESTAVAM SERVIÇOS NA TERRA DO SENHOR FEUDAL E
ENTREGAVAM PARTE DE SUA PRODUÇÃO COMO PAGAMENTO PELA PROTEÇÃO
E USO DA TERRA.

SLIDE 11

Os mestres eram os proprietários das oficinas. Os companheiros eram os trabalhadores

que recebiam dinheiro dos mestres, e os aprendizes, eram os menores que recebiam dos
mestres o ensino metódico da profissão.
Nesta fase histórica, já existia uma certa liberdade ao trabalhador, no entanto os objetivos
eram os interesses das corporações, mais do que conferir qualquer proteção aos
trabalhadores.
Os aprendizes começavam a trabalhar a partir de 12 ou 14 anos, e ficavam sob a
responsabilidade do mestre que, inclusive, poderia impor-lhe castigos corporais. Os pais
dos aprendizes pagavam taxas, para que o mestre ensinasse seus filhos, quando os
aprendizes superavam as dificuldades dos ensinamentos, estes passavam ao grau de
companheiro.
No entanto, os companheiros só se tornavam mestres se fossem aprovados no exame de
obra-mestre (CfC) e eram obrigados a pagar taxas para realizarem a prova.

REVOLUÇÃO FRANCESA – igualdade, liberdade e fraternidade

SLIDE 12

SURGIMENTO DA MÁQUINA A VAPOR

OS TRABALHADORES COMEÇAM A TRABALHAR POR SALÁRIOS.
COMEÇA A SURGIR A URGÊNCIA DA INTERVENÇÃO ESTATAL NESSAS RELAÇÕES
DE TRABALHO, POR CONTA DOS ABUSOS COMETIDOS PELOS EMPREGADORES.
JORNADAS EXCESSIVAS – ABUSO DE TRABALHO INFANTIL E DE MULHERES POR
SALÁRIOS MAIS BAIXOS.
O PATRÃO É O PROPRIETÁRIO DA MÁQUINA E DETÉM O MEIO DE PRODUÇÃO E
ASSIM TEM PODER SOBRE O TRABALHADOR POIS ESTE NÃO POSSUÍ NADA A
NÃO SER A SUA FORÇA PARA TRABALHAR (HIPOSSUFICIÊNTE
FINANCEIRAMENTE)
O ESTADO COMEÇA A INTERVIR PARA O BEM ESTAR SOCIAL E COMEÇAM A
SURGIR LEIS ESPARSAS (PROIBIÇÃO DE MENORES EM MINAS, LIMITAÇÃO DE
JORNADA DE TRABALHO, ETC).

SLIDE 13

O DIREITO DO TRABALHO DEIXA DE ESTAR PRESENTE SOMENTE EM LEIS

ESPARSAS E PASSA A TER SEU ESPAÇOS NAS CONSTITUIÇÕES.

SLIDE 14

PASSAGEM DO ESTADO LIBERAL PARA O ESTADO SOCIAL

Constituição Mexicana 1917 – PRIMEIRA CONSTITUIÇÃO -

Constituição de Weimar 1919;
Tratado de Versalhes 1919* - afirma que o trabalho não dever ser mercantilizado e
cria a OIT (AMBITO INTERNACIONAL);
Carta Del Lavoro 1927 – influência para a legislação brasileira constituição de 1937;
INSTITUIA UM SISTEMA CORPORATIVO-FASCITA VISANDO ORGANIZAR A
ECONOMIA PARA O INTERESSE NACIONAL E IMPONDO REGRAS A TODAS AS
PESSOAS.

TUTTO NELLO STATO, NIENTE CONTRO LO STATO, NULLA AL DI FUORI

DELLO STATO.
TUDO NO ESTADO NADA CONTRA O ESTADO NADA FORA DO ESTADO.

ISSO DEMONSTRA A NECESSIDADE DA SEPARAÇÃO ENTRE O ECONÔMICO

E O SOCIAL, QUE É O QUE SE VERIFICA HOJE NA CF/88

A Declaração de Princípios Fundamentais da OIT de 1998 declara que o trabalho humano

não é uma mercadoria.
EVOLUÇÃO NO BRASIL

CONSTITUIÇÃO IMPERIAL DE 1824 – SEQUER TRATOU SOBRE O DIREITO

DO TRABALHO VISTO QUE ESTAVAMOS NO PERÍODO DE ESCRAVIDÃO

A Constituição de 1824 apenas tratou de abolir as corporações de ofício (art.

179, XXV), pois deveria haver liberdade do exercício de ofícios e profissões.

A Lei do Ventre Livre 1871, os filhos de escravos nasceriam livres.

Em 1885, foi aprovada a Lei Saraiva-Cotegipe, chamada de Lei dos

Sexagenários, libertando os escravos com mais de 60 anos. Mesmo depois de

livre, o escravo deveria prestar mais três anos de serviços gratuitos a seu senhor.

Em 1888, foi assinada pela Princesa Isabel a Lei Aurea, que abolia a

escravatura.

PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA 1889;

CONSTITUIÇÃO REPUBLICANA DE 1891 – RECONHECE A LIBERDADE DE

ASSOCIAÇÃO (ART. 72, §8); tinha na época caráter genérico, determinando

que a todos era lícita a associação e reunião, livremente e sem armas, não

podendo a polícia intervir, salvo para manter a ordem pública.

AS TRANSFORMAÇÕES QUE VINHAM OCORRENDO NA EUROPA EM

DECORRÊNCIA DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E O APARECIMENTO DA OIT,

EM 1919, INCENTIVARAM A CRIAÇÃO DE NORMAS TRABALHISTAS EM NOSSO

PAÍS. EXISTIAM MUITOS IMIGRANTES NO BRASIL QUE DERAM ORIGEM A

MOVIMENTOS OPERÁRIOS REIVINDICANDO MELHORES CONDIÇÕES DE

TRABALHO E SALÁRIOS.

REVOLUÇÃO DE 1930 – DECRETO N. 19.433 INSTITUIU O MINISTÉRIO DO

TRABALHO; Indústria e Comércio foi criado em 1930, passando a expedir

decretos, a partir dessa época, sobre profissões, trabalho das mulheres (1932),

salário mínimo (1936), Justiça do Trabalho (1939).

Em 1 de janeiro de 2019, foi extinto oficialmente, tornando uma secretaria

especial do Ministério da Economia (Brasil)

CONSTITUIÇÃO DE 1934* - PRIMEIRA VEZ QUE SE TRATOU DE DIREITOS

SOCIAIS; é a primeira constituição brasileira a tratar especificamente do Direito

do Trabalho. É a influência do constitucionalismo social (1919 MÉXICO), que

em nosso país só veio a ser sentida-em 1934. Garantia a liberdade sindical (art.

120), isonomia salarial, salário mínimo, jornada de oito horas de trabalho,

proteção do trabalho das mulheres e menores, repouso semanal, férias anuais

remuneradas (§12 do art. 121). ÚNICA CONSTITUIÇÃO QUE PREVIU A

PLURALIDADE SINDICAL.
CONSTITUIÇÃO DE 1937 – INFLUENCIADA PELA CARTA DEL LAVORO

(ITALIANA); marca uma fase intervencionista do Estado, decorrente do golpe de

Getúlio Vargas

A Constituição de 1937 instituiu o sindicato único, imposto por lei, vinculado ao

Estado, Foi criado o imposto sindical, como uma forma de submissão das

entidades de classe ao Estado. A greve e o lockout foram considerados recursos

anti-sociais, nocivos ao trabalho e ao capital e incompatíveis com os interesses

da produção nacional (art. 139).

SURGIMENTO DA JUSTIÇA DO TRABALHO EM 1939 – INICIALMENTE ERA

PARTE DO PODER EXECUTIVO (ESTADO INTERVENCIONISTA) E NÃO DO

PODER JUDICIÁRIO

CRIAÇÃO DA CLT EM 1943 – NO DIA 1º DE MAIO (DECRETO-LEI Nº 5.452) –

A CLT NÃO FOI UM NOVO CÓDIGO. EXISITMA MUITAS NORMAS SOLTAS

ESPARSAS SOBRE DIREITO DE TRABALHO E SENTIU-SE A NECESSIDADE

DE SISTEMATIZÁ-LAS. A CLT É UMA CONSOLIDAÇÃO DELAS

NOVA CARTA MAGNA (CONSTITUIÇÃO) DE 1946; é considerada uma norma

democrática, rompendo com o corporativismo da Constituição anterior. Nela

encontramos a participação dos trabalhadores nos lucros (art. 157, IV), repouso

semanal remunerado (art. 157, VI), estabilidade (art. 157, XII), direito de greve
(art. 158) e outros direitos que se encontravam na norma constitucional anterior

(1934).

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1967 manteve os direitos trabalhistas

estabelecidos nas Constituições anteriores, CONTUDO PREVIA A GREVE DO

SERVIDOR PÚBLICO. HOJE EM DIA SOMENTE É PROÍBIDA A GREVE DOS

MILITARES.

CONSTITUIÇÃO DE 1988 – PREVÊ UM CAPÍTULO ESPECÍFICO SOBRE OS

DIREITOS SOCIAIS (ARTS. 6º AO 11º CF/88)

art. 11 que nas empresas com mais de 200 empregados é assegurada à eleição

de um representante dos trabalhadores para entendimentos com o empregador.