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Poder Judiciário

Justiça do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho

PROCESSO Nº TST-Ag-AIRR-11090-07.2020.5.15.0084

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ACÓRDÃO
(2ª Turma)
GMLC/jc/ve

AGRAVO INTERNO. AGRAVO DE


INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA.
INTERPOSIÇÃO SOB A ÉGIDE DA LEI Nº
13.467/2017. RITO SUMARÍSSIMO.
PRELIMINAR DE NULIDADE POR NEGATIVA
DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. Não há que
se falar em negativa de prestação jurisdicional
na hipótese em que o Tribunal Regional
aponta, expressamente, os motivos que
formaram o seu convencimento. Agravo
interno a que se nega provimento.
TERCEIRIZAÇÃO – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
- RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA – CULPA
IN VIGILANDO – ÔNUS DA PROVA. In casu, o
Tribunal Regional decidiu que a Administração
Pública, na qualidade de tomadora dos
serviços, é subsidiariamente responsável pela
integralidade da dívida trabalhista, porquanto
o ente público não se desincumbiu do ônus de
provar o cumprimento do seu dever de
fiscalização, entendendo por caracterizada a
culpa in vigilando. Assim, evidenciada a
consonância do acórdão regional com a tese
veiculada pelo STF no RE 760.931/DF (Tema
246) e com o entendimento da SBDI-1 sobre o
ônus subjetivo da prova
(E-RR-925-07.2016.5.05.0281, Rel. Min. Cláudio
Mascarenhas Brandão, DEJT 22/05/20),
sobressai inviável o acolhimento da pretensão
recursal, ante a aplicação do óbice previsto no
artigo 896, § 7º, da CLT e na Súmula nº 333 do
TST. Agravo interno a que se nega
provimento.

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Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo em Agravo


de Instrumento em Recurso de Revista n° TST-Ag-AIRR-11090-07.2020.5.15.0084, em
que é Agravante COMPANHIA DE PROCESSAMENTO DE DADOS DO ESTADO DE SÃO
PAULO - PRODESP e são Agravadas ANGELICA LOPES LEITE SERPA e ALTERNATIVA
SERVIÇOS E TERCEIRIZAÇÃO EM GERAL LTDA. E OUTRAS.

Trata-se de agravo interno interposto em face da decisão


monocrática a qual negou provimento ao agravo de instrumento manejado pelo ente
público reclamado nos temas “preliminar de nulidade por negativa de prestação
jurisdicional” e “terceirização – administração pública – responsabilidade subsidiária –
culpa in vigilando – ônus da prova”.
Contraminuta no seq. 13.
Dispensada a remessa dos autos à Procuradoria-Geral do
Trabalho, nos termos do artigo 95 do RITST.
É o relatório.

VOTO

CONHECIMENTO
Conheço do agravo interno, visto que presentes os pressupostos
de admissibilidade.

MÉRITO
A decisão agravada foi assim fundamentada. In verbis:
Cuida-se de Agravo de Instrumento interposto ao despacho regional
que negou seguimento ao Recurso de Revista, nos seguintes termos:

PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS
Tempestivo o recurso.
Regular a representação processual.
Satisfeito o preparo.
PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS
Cumpre esclarecer que o eventual apontamento de ofensa
a dispositivos legais e de divergência de arestos não serão
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apreciados, tendo em vista que a presente ação está sujeita ao


procedimento sumaríssimo, nos termos do art. 896, § 9º, da CLT.
Oportuno ressaltar que não é válida, para efeito de conhecimento
do recurso de revista, a invocação de Orientação Jurisprudencial
do Tribunal Superior do Trabalho, em conformidade com o
disposto na Súmula 442 do C. TST.
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Atos
Processuais / Nulidade / Negativa de Prestação Jurisdicional.
Quanto à nulidade do julgado por negativa de prestação
jurisdicional, não há como receber o recurso, porque o Tribunal
manifestou-se explicitamente a respeito da matéria suscitada,
não se verificando violação ao art. 93, inciso IX, da Constituição
Federal.
Por fim, ressalte-se que o Magistrado não está obrigado a
responder a todas as alegações das partes, nem a se ater aos
fundamentos por elas indicados, quando não necessários para o
deslinde da controvérsia ou quando já tenha encontrado
fundamentos suficientes para proferir a decisão. Tampouco
precisa consignar, a cada raciocínio exprimido, que a posição
adotada não viola os dispositivos do ordenamento jurídico
apontados ou não dissente do entendimento oriundo de
Tribunais Superiores. Assinale-se que tal obrigatoriedade inexiste,
bastando uma decisão fundamentada, como determina o texto
constitucional.
Responsabilidade Solidária / Subsidiária / Tomador de
Serviços / Terceirização / Ente Público.
O v. acórdão reconheceu a responsabilidade subsidiária da
2ª reclamada, por constatar que o ente público não se
desincumbiu de seu ônus de demonstrar que fiscalizou
suficientemente o cumprimento das obrigações trabalhistas por
parte da 1ª reclamada, restando configurada sua culpa "in
vigilando".
Quanto à possibilidade de responsabilização subsidiária do
ente público, o v. acórdão decidiu em conformidade com a
Súmula 331, V, do C. TST e seguiu a diretriz traçada pelo STF no
julgamento do leading case RE 760931, que fixou no TEMA 246 a
seguinte tese com repercussão geral: "O inadimplemento dos
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não
transfere automaticamente ao Poder Público contratante a
responsabilidade pelo seu pagamento, seja em caráter solidário
ou subsidiário, nos termos do artigo 71, parágrafo 1o da Lei
8.666/93." (26.4.2017).
Ademais, cumpre destacar os termos das decisões
proferidas pelo Plenário do Ex. STF na Rcl nº 11985-AgR/MG, Rel.

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Min. Celso de Mello, DJe-050 de 15/03/2013 e na Rcl nº 13.760


AgR/SP, Rel. Min. Luiz Fux, DJe-193 de 02/10/2013, nas quais
houve o entendimento de que não afronta a decisão proferida na
ADC nº 16/DF (declaração de constitucionalidade do art. 71, § 1º,
da Lei nº 8.666/93), nem o art. 97 da Constituição Federal,
tampouco contraria a Súmula Vinculante 10 do STF, o ato judicial
que reconhece a responsabilidade subsidiária da Administração
Pública por débitos trabalhistas, quando fundamentada na
comprovação da culpa "in vigilando", "in eligendo" ou "in
omittendo".
Registre-se que a mesma ratio decidendi foi reiterada pelo
STF na ADPF 324, que julgou procedente o pedido e firmou tese
nos seguintes termos: "1. É lícita a terceirização de toda e
qualquer atividade, meio ou fim, não se configurando relação de
emprego entre a contratante e o empregado da contratada. 2. Na
terceirização, compete à contratante: I) verificar a idoneidade e a
capacidade econômica da terceirizada; e II) responder
subsidiariamente pelo descumprimento das normas trabalhistas,
bem como por obrigações previdenciárias, na forma do art. 31 da
Lei 8.212/1993".
Por outro lado, em relação à Administração Pública, segue
havendo peias para a terceirização da "atividade-fim" - ainda que
possível -, a mercê do que dispõe, no âmbito federal, o Decreto nº
9.507, de 21/9/2018, especialmente em seus artigos 3º e 4º.
Atente-se que o decreto foi editado após a Lei nº 13.467/2017,
sem qualquer contestação judicial, cabendo admitir tratamento
similar nos Estados e Municípios, até mesmo em vista do
paralelismo federativo.
Quanto ao ônus da prova da fiscalização, a Subseção I
Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior
do Trabalho ao julgar os embargos de declaração no processo nº
925-07.2016.5.05.0281, em 12/12/2019, considerou que no Tema
nº 246 de Repercussão Geral (RE 760.931-DF), o E. STF não fixou
tese específica sobre a distribuição do ônus da prova pertinente à
fiscalização do cumprimento das obrigações trabalhistas, ficando
a definição a cargo do C. TST. Nesta esteira, para não ser
responsabilizado subsidiariamente, cabe ao ente público
comprovar que fiscalizou de forma adequada o cumprimento das
obrigações trabalhistas pela empresa terceirizada, com
fundamento no princípio da aptidão para a prova, que vincula o
ônus a quem possui mais e melhores condições de produzi-la.
Nesse sentido, dentre outros, são os seguintes precedentes:
Ag-RR-11380-35.2015.5.03.0018, 1ª Turma, DEJT 08/01/2020,
ARR-10671-44.2015.5.01.0571, 5ª Turma, DEJT 09/02/2018,

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RR-715-80.2013.5.05.0015, 6ª Turma, DEJT 19/12/2019,


RR-984-40.2013.5.15.0113, 8ª Turma, DEJT 13/09/2019. Portanto, a
interpretação conferida pela v. decisão recorrida está em
consonância com iterativa, notória e atual jurisprudência do C.
TST.
Acrescente-se que há mesmo de ser assim, pena de se
retroceder a uma visão de Estado acima da coletividade, que não
mais pode medrar nos espíritos, vivendo-se, como se vive, em um
Estado Democrático de Direito. Há que se preocupar,
efetivamente - e não apenas em aparência -, com o segmento dos
cidadãos-que-vivem-do-seu-trabalho-na-condição-de-empregados
; aliás, como quer a Magna Carta, com a centralidade que conferiu
ao trabalho.
Portanto, inviável o apelo, ante o disposto no art. 896, § 7º,
da CLT e nas Súmulas 126, 331, V e 333 do C. TST.
(…).
CONCLUSÃO
DENEGO seguimento ao recurso de revista.

Em Agravo de Instrumento, a Reclamada repisa as alegações


apresentadas no Recurso de Revista denegado, porém, não obtém êxito em
desconstituir os fundamentos do despacho agravado.
Assim, mantém-se juridicamente robusta a fundamentação do
despacho denegatório, que enfrentou as alegações apresentadas pela parte e
expôs de forma coerente e coesa os motivos legais pelos quais o recurso não
admite processamento.
No caso em análise, a fundamentação per relationem sustenta-se, pois
a decisão agravada foi capaz de enfrentar todas as alegações expostas no
recurso e encontra amparo no precedente de repercussão geral AI-QO nº
791.292-PE, (Relator Ministro Gilmar Mendes, DJe – 13/08/2010), no qual o E.
Supremo Tribunal Federal reconheceu satisfatoriamente embasada, nos
termos do artigo 93, IX, da Constituição Federal de 1988, a decisão que
“endossou os fundamentos do despacho de inadmissibilidade do recurso de
revista, integrando-os ao julgamento do agravo de instrumento”.
Por todo o exposto, nego provimento ao Agravo de Instrumento.
Transcrevo, por oportuno, o seguinte trecho do acórdão regional
prolatado em sede de recurso ordinário, in verbis:
2. DA RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA
Sustenta a sexta reclamada, COMPANHIA DE PROCESSAMENTO DE
DADOS DO ESTADO DE SAO PAULO - PRODESP, que houve a efetiva
fiscalização do contrato firmado com a primeira reclamadaa. Aduz que não
pode ser responsabilizada por dano que não produziu. Argumenta que a
alegação e comprovação da culpa na fiscalização por parte da recorrente é
ônus da reclamante. Por fim, sustenta que deve ser afastada a
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responsabilidade subsidiária, pois houve efetiva fiscalização do contrato


firmado entre as partes.
Pois bem.
Com efeito, nos termos do artigo 895, § 1º, inciso IV, da CLT, em
prestígio ao bom trabalho realizado pelo MM. Juiz a quo, neste ponto,
mantenho a r. sentença, pelos seus próprios e jurídicos fundamentos de fato
e de direito, posto que a fundamentação do "decisum" está em harmonia com
o conjunto fático probatório revelado nos autos, pelo que transcrevo os
fundamentos decisórios de origem, que adoto integralmente:
RESPONSABILIDADE - PRODESP
A reclamante postula a declaração da responsabilidade
subsidiária do ente público. Este, por sua vez, refuta a tese da
inicial, invocando a Lei 8.666/93 e a decisão do E. STF na ADC 16.
Incontroversa a prestação de serviços pela autora em
benefício da sexta reclamada - Prodesp.
A responsabilização da sexta ré resulta da aplicação do
art. 37, par. 6.º, da CF c/c os art. 186, 927 e 942 do Código Civil. À
medida que a tomadora dos serviços subcontratou empresa
que descumpriu obrigação trabalhista, quando poderia ter
contratado os serviços da reclamante diretamente, causou dano
e deve responder, inclusive objetivamente.
A sexta ré alega que fiscalizou a atuação da prestadora de
serviços em relação aos seus empregados. Contudo, tal
fiscalização não foi suficiente, pois não evitou o dano.
A situação é da existência de culpa in vigilando e in
omittendo. É uma dura realidade a falta de cumprimentos de
direitos laborais basilares por empresas prestadoras de serviços
terceirizados. Em um sistema protetivo do trabalho humano, no
qual o princípio elementar é a melhoria da condição social dos
trabalhadores (artigo 7º, caput), os entes públicos deveriam ser
os primeiros a cumprir tal missão e não permitir que empresas
fornecedoras de mão de obra permitissem práticas reiteradas
de lesões a direitos trabalhistas fundamentais.
Assim, é obrigação do ente estatal exigir, antes do
pagamento de cada fatura mensal, os comprovantes de
recolhimentos dos depósitos de FGTS e das contribuições ao
INSS, além dos demais encargos sociais. Deve ainda, na
condição de tomador de serviços, acompanhar o horário de
trabalho dos trabalhadores, verificando se estes se ativavam em
sobrejornada e se havia satisfação pecuniária das horas extras
(ou compensação, mediante regular pactuação), controlar o
pagamento e a fruição de férias, enfim, o cumprimento integral
das obrigações decorrentes dos contratos laborais, bem como

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verificar o pagamento de verbas rescisórias e demais obrigações


mínimas.
A prova de cumprimento das obrigações da
fiscalização e cumprimento das condições de contrato é do
ente público tomador de serviços, a teor do artigo 818 da
Consolidação das Leis do Trabalho, o qual não se
desincumbiu de seu ônus.
A doutrina tem se consolidado nesse sentido. Não há
como negar que existe no ordenamento jurídico brasileiro um
princípio de "responsabilidade trabalhista", segundo o qual todo
aquele que se beneficia direta ou indiretamente do trabalho de
alguém deve responder com o seu patrimônio pelo
adimplemento das obrigações correspondentes. Trata-se, assim,
de responsabilidade objetiva resultante do risco-proveito, ou
seja, do risco de contratar terceiros para prestar trabalho que
poderia ser desenvolvido com empregados próprios e da
apropriação econômica desse trabalho. Acrescente-se que a
decisão da mais alta Corte invocada pela sexta ré não afasta
definitivamente a responsabilidade do ente público, mas
permite a sua aferição em cada caso concreto.
A pactuação entre os reclamados não pode atingir nem
prejudicar terceiros, no caso, os trabalhadores.
Quanto ao pedido da sexta reclamada para que a
responsabilidade seja limitada ao período em que a reclamante
lhe prestou serviços, não foi produzida prova alguma nos autos
neste sentido, nem mesmo foi informado qual seria esse
período, razão pela qual entendo que a sua responsabilidade
engloba todo o período do contrato de trabalho da autora, até
porque a rescisão contratual da trabalhadora aconteceu em
função da quebra contratual entre as reclamadas.
Sendo assim, procede o pedido de responsabilização
subsidiária da sexta reclamada, abrangendo todas as verbas
decorrentes da condenação referentes ao período da
prestação laboral, nos termos da Súmula 331, VI, do TST, ou
seja, é responsável por todas as obrigações decorrentes da
sentença, independentemente de sua natureza salarial ou
indenizatória, bem como pelas obrigações de fazer
convertidas em pecúnia e multas.
Nesta hipótese, em que o ente público é indicado .como
responsável subsidiário, ele não se beneficia da limitação de
juros do artigo 1º-F, da Lei n 9.494/97, nos termos OJ 382 da
SDI-1/TST e da Lei nº. 11.960/2009.
Também, em se tratando de crédito alimentar não se
pode considerar o esgotamento dos meios necessários para

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execução em face dos sócios da empresa, antes de voltar-se a


obrigação contra a responsável subsidiária, pois esta
beneficiou-se diretamente do trabalho da autora e detinha
poderes para reter valores a serem repassados à empregadora,
os quais só deveriam ser liberados com a prova da quitação
integral das verbas trabalhistas devidas ao empregado colocado
à sua disposição. Além disso, a desconsideração da
personalidade jurídica da empresa constitui prerrogativa em
favor do credor e não um obstáculo à satisfação do seu crédito.
(g/n)
Diante do exposto, nada a reparar. (g.n.)
Na minuta em exame, sustenta que houve nulidade por negativa
de prestação jurisdicional, ao argumento de que a Corte Regional não se manifestou
sobre a vasta documentação que comprova a real e efetiva fiscalização do ente público
em relação ao cumprimento das obrigações trabalhistas por parte da prestadora de
serviços. Aduz que a Corte Regional não informou qual documentação seria suficiente
para demonstrar a fiscalização.
Quanto à responsabilidade subsidiária, o ente público reclamado
alega que não estão presentes os pressupostos para o seu reconhecimento. Argumenta
ser da parte reclamante o ônus da prova da ausência de fiscalização do ente público do
cumprimento das obrigações trabalhistas por parte da prestadora de serviços.
Examino.
De início, verifica-se que a recorrente não renovou, nas razões do
agravo interno, sua irresignação relativa aos temas “danos morais” e “limitação aos
valores da inicial”, o que demonstra seu conformismo com a decisão ora impugnada,
ante a ausência de devolutividade da matéria.
Ato contínuo, passo ao exame da “preliminar de nulidade por
negativa de prestação jurisdicional”.
Pois bem.
O Tribunal Regional examinou, em profundidade e extensão, a
matéria relativa à responsabilidade subsidiária do ente público, expondo claramente os
motivos pelos quais entendeu que a segunda reclamada deve ser responsabilizada
subsidiariamente.
Com efeito, consta da decisão regional que “A prova de
cumprimento das obrigações da fiscalização e cumprimento das condições de contrato é do
ente público tomador de serviços, a teor do artigo 818 da Consolidação das Leis do Trabalho,
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o qual não se desincumbiu de seu ônus”, concluindo que “Sendo assim, procede o pedido de
responsabilização subsidiária da sexta reclamada, abrangendo todas as verbas decorrentes
da condenação referentes ao período da prestação laboral, nos termos da Súmula 331, VI,
do TST, ou seja, é responsável por todas as obrigações decorrentes da sentença,
independentemente de sua natureza salarial ou indenizatória, bem como pelas obrigações
de fazer convertidas em pecúnia e multas”.
Nesse passo, não há que se falar em omissão, visto que o
Tribunal não deixou de se pronunciar sobre os pontos levantados pelo agravante.
Cumpre observar que há de se mostrar omissa a decisão,
mesmo após a provocação da manifestação por intermédio de embargos de
declaração, para que reste demonstrada a negativa de prestação jurisdicional
ensejadora do conhecimento do recurso de revista. Exegese do disposto no art. 1.022,
II, do Código de Processo Civil de 2015.
Não há, pois, que se falar em negativa de prestação jurisdicional.
De outro giro, em relação ao tema “terceirização –
administração pública – responsabilidade subsidiária – culpa in vigilando – ônus da
prova”, a matéria em debate envolve o reconhecimento da responsabilidade subsidiária
do ente público tomador de serviços pelo pagamento de créditos reconhecidos em
favor de trabalhador terceirizado, controvérsia objeto da Súmula 331, item V, do TST, de
seguinte teor:
[...] V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta
respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso
evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º
8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das
obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora.
A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das
obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada."
O Supremo Tribunal Federal manifestou-se de maneira definitiva
sobre a questão jurídica nos autos do RE-760931, classificado como Tema nº 246 na
Tabela de Repercussão Geral daquela Corte.
No referido julgamento, fixou a tese de que “O inadimplemento
dos encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade pelo seu
pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, da Lei
nº 8.666/93”.
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Opostos embargos de declaração, o Exmo. Min. Luiz Fux, Relator,


ao analisar o recurso, deixou assentado os parâmetros adotados no julgamento do
recurso extraordinário. In verbis:
“A análise dos votos proferidos neste Plenário por ocasião do
julgamento do mérito do Recurso Extraordinário revela que os seguintes
parâmetros foram adotados pela maioria: (i) o mero inadimplemento das
obrigações trabalhistas pelo contratado não atrai a responsabilidade do poder
público contratante; (ii) para que se configure a responsabilidade subsidiária
da Administração Pública, é necessária a comprovação inequívoca de sua
conduta culposa e causadora de dano aos empregados do contratado; e (iii) é
indevida a inversão do ônus da prova ou a presunção de culpa”.
Após intensos debates a respeito de diversos aspectos do
julgamento do recurso extraordinário, decidiu-se, por maioria, rejeitar os embargos de
declaração, cuja ementa segue transcrita. In verbis:
EMBARGOS DECLARATÓRIOS EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TEMA
246 DA SISTEMÁTICA DA REPERCUSSÃO GERAL. RESPONSABILIDADE
SUBSIDIÁRIA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. EMPRESAS TERCEIRIZADAS.
INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE, CONTRADIÇÃO OU ERRO
MATERIAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.
1. Não há contradição a ser sanada, pois a tese aprovada, no contexto
da sistemática da repercussão geral, reflete a posição da maioria da Corte
quanto ao tema em questão, contemplando exatamente os debates que
conduziram ao acórdão embargado.
2. Não se caracteriza obscuridade, pois, conforme está cristalino no
acórdão e na respectiva tese de repercussão geral, a responsabilização
subsidiária do poder público não é automática, dependendo de comprovação
de culpa in eligendo ou culpa in vigilando, o que decorre da inarredável
obrigação da administração pública de fiscalizar os contratos administrativos
firmados sob os efeitos da estrita legalidade.
3. Embargos de declaração rejeitados.
Fixados esses parâmetros, a esta Corte cumpre analisar em cada
caso concreto a existência ou não de demonstração da culpa in vigilando da
Administração Pública, sendo vedado proceder-se a uma genérica aplicação da
responsabilidade, sem observância da condição necessária para tanto, conforme
decidido pelo STF.
Ressalte-se que a questão concernente ao efetivo ônus da prova
não foi objeto de manifestação conclusiva do STF no julgamento do RE 760931, seja no
sentido de atribuí-lo ao empregado ou ao ente público. Tal questão, na verdade, é,

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PROCESSO Nº TST-Ag-AIRR-11090-07.2020.5.15.0084

atualmente, objeto do RE nº 1.298.647-RG (Tema 1.118), cuja repercussão geral foi


reconhecida, mas ainda pendente de decisão de mérito.
Não obstante, em julgamento proferido pela maioria dos
integrantes da SBDI-1 desta Corte, no E-RR-925-07.2016.5.05.0281, de Relatoria do
Exmo. Min. Cláudio Brandão, no qual houve exame sobre o alcance e dimensão da
decisão do STF no RE-760931 (Tema nº 246), fixou-se o entendimento, com base na
aplicação do princípio da aptidão da prova, de que é do ente público o encargo de
demonstrar a efetiva fiscalização do cumprimento das obrigações trabalhistas por
parte da prestadora de serviços. Leia-se:
RECURSO DE EMBARGOS EM RECURSO DE REVISTA. INTERPOSIÇÃO NA
VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.467/2017. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS.
LICITAÇÃO. DECISÃO PROFERIDA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NO RE
Nº 760.931. TEMA 246 DA REPERCUSSÃO GERAL. SÚMULA Nº 331, V, DO TST.
RATIO DECIDENDI. ÔNUS DA PROVA. No julgamento do RE nº 760.931, o
Supremo Tribunal Federal firmou a seguinte tese, com repercussão geral: "O
inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do contratado
não transfere automaticamente ao Poder Público contratante a
responsabilidade pelo seu pagamento , seja em caráter solidário ou
subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". O exame da ratio
decidendi da mencionada decisão revela, ainda, que a ausência sistemática de
fiscalização, quanto ao cumprimento das obrigações trabalhistas pela
prestadora, autoriza a responsabilização do Poder Público. Após o julgamento
dos embargos de declaração e tendo sido expressamente rejeitada a proposta
de que fossem parcialmente acolhidos para se esclarecer que o ônus da prova
desse fato pertencia ao empregado, pode-se concluir que cabe a esta Corte
Superior a definição da matéria, diante de sua natureza eminentemente
infraconstitucional. Nessa linha, a remansosa e antiga jurisprudência daquele
Tribunal: AI 405738 AgR, Rel. Min. Ilmar Galvão, 1ª T. , julg. em 12/11/2002; ARE
701091 AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, 2ª T. , julg. em 11/09/2012; RE 783235
AgR, Rel. Min. Teori Zavascki, 2ª T. , julg. em 24/06/2014; ARE 830441 AgR,
Rel(a) Min. Rosa Weber, 1ª T. , julg. em 02/12/2014; ARE 1224559 ED-AgR,
Relator(a): Min. Dias Toffoli, Tribunal Pleno, julg. em 11/11/2019. Portanto, em
sede de embargos de declaração, o Supremo Tribunal Federal deixou claro
que a matéria pertinente ao ônus da prova não foi por ele definida, ao fixar o
alcance do Tema 246. Permitiu, por conseguinte que a responsabilidade
subsidiária seja reconhecida, mas sempre de natureza subjetiva, ou seja,
faz-se necessário verificar a existência de culpa in vigilando. Por esse
fundamento e com base no dever ordinário de fiscalização da execução do
contrato e de obrigações outras impostas à Administração Pública por
diversos dispositivos da Lei nº 8.666/1993, a exemplo, especialmente, dos

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artigos 58, III; 67, caput e seu § 1º; e dos artigos 54, § 1º; 55, XIII; 58, III; 66; 67, §
1º; 77 e 78, é do Poder Público, tomador dos serviços, o ônus de demonstrar
que fiscalizou de forma adequada o contrato de prestação de serviços. No
caso, o Tribunal Regional consignou que os documentos juntados aos autos
pelo ente público são insuficientes à prova de que houve diligência no
cumprimento do dever de fiscalização, relativamente ao adimplemento das
obrigações trabalhistas da empresa terceirizada. Ou seja, não se desincumbiu
do ônus que lhe cabia. A Egrégia Turma, por sua vez, atribuiu ao trabalhador o
ônus da prova, razão pela qual merece reforma a decisão embargada, a fim
de restabelecer o acórdão regional. Recurso de embargos conhecido e
provido" (E-RR-925-07.2016.5.05.0281, Subseção I Especializada em Dissídios
Individuais, Relator Ministro Claudio Mascarenhas Brandao, DEJT 22/05/2020).
In casu, verifica-se que o Tribunal Regional decidiu que a
Administração Pública, na qualidade de tomadora dos serviços, é subsidiariamente
responsável pela integralidade da dívida trabalhista, porquanto o ente público não se
desincumbiu do ônus de provar o cumprimento do seu dever de fiscalização,
entendendo por caracterizada a culpa in vigilando.
No presente caso, portanto, a responsabilidade subsidiária do
ente público não foi reconhecida de forma automática. Ao revés, decorreu da culpa in
vigilando da Administração Pública.
Assim, evidenciada a consonância do acórdão regional com a
tese veiculada pelo STF no RE 760.931/DF (Tema 246) e com o entendimento da SBDI-1
sobre o ônus subjetivo da prova (E-RR-925-07.2016.5.05.0281, Rel. Min. Cláudio
Mascarenhas Brandão, DEJT 22/05/20), sobressai inviável o acolhimento da pretensão
recursal, ante a aplicação do óbice previsto no artigo 896, § 7º, da CLT e na Súmula nº
333 do TST.
No mesmo sentido é o precedente da 2ª Turma:
"(...) II - RECURSO DE REVISTA - APELO SOB A ÉGIDE DA LEI Nº
13.467/2017 - TERCEIRIZAÇÃO - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA -
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA - ÔNUS DA PROVA - CULPA IN VIGILANDO. 1.
O Supremo Tribunal Federal , no julgamento da ADC 16 , firmou o
entendimento de que, nos casos em que ficar demonstrada a culpa in
eligendo ou in vigilando da Administração Pública, viável se torna a sua
responsabilização subsidiária pelos encargos devidos ao trabalhador, tendo
em vista que, nessa situação, responde o ente público pela sua própria
incúria. 2. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do Tema
246 de Repercussão Geral (RE 760.931), definiu que "o inadimplemento dos
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
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automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade pelo seu


pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário", nos termos do art. 71, §
1º, da Lei nº 8.666/1993. 3. Só é possível dizer que o ente público se
desincumbe de sua responsabilidade quando cumpre os deveres positivos de
fiscalização. Do dever de fiscalizar exsurge, pois, o dever de provar. 4.
Considerando os princípios que regem a Administração Pública e o princípio
da aptidão para a prova, o ônus de comprovar a efetiva fiscalização do
contrato entre a prestadora e o empregado é do tomador de serviços, por ser
desproporcional impor aos trabalhadores o dever probatório quanto ao
descumprimento da fiscalização por parte da Administração Pública, quando é
ela que tem a obrigação de documentar suas ações fiscalizatórias e tem
melhores condições de demonstrar que cumpriu com seu dever legal. 5.
Dessa forma, cabe à Administração Pública comprovar, nos autos, que
cumpriu com os deveres positivos de fiscalização que a legislação lhe
impõe. Não o tendo feito, como no caso sob exame, fica responsável
subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas. 6. Estando o acórdão
recorrido em consonância com a iterativa e atual jurisprudência do TST,
incidem os óbices da Súmula nº 333 do TST e do art. 896, § 7º, da CLT.
Recurso de revista não conhecido. (...)" (RRAg-100473-89.2019.5.01.0061, 2ª
Turma, Relatora Desembargadora Convocada Margareth Rodrigues Costa,
DEJT 19/12/2022).
Do exposto, nego provimento ao agravo interno.

ISTO POSTO

ACORDAM os Ministros da Segunda Turma do Tribunal Superior


do Trabalho, por unanimidade, conhecer e negar provimento ao agravo interno.
Brasília, 13 de dezembro de 2023.

Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)


LIANA CHAIB
Ministra Relatora

Firmado por assinatura digital em 14/12/2023 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que
instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.
EXCELENTÍSSIMO DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO EGRÉGIO
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO.

Processo nº 0011090-07.2020.5.15.0084

COMPANHIA DE PROCESSAMENTO DE DADOS DO ESTADO


DE SÃO PAULO - PRODESP, nos autos da RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
que lhe move ANGELICA LOPES LEITE SERPA, vem, respeitosamente, a
presença de Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 102, inciso III,
alínea “a”, da Constituição Federal (“CF”), 541 e seguintes, do Código de
Processo Civil (“CPC”), 266 e seguintes do Regimento Interno do Tribunal
Superior do Trabalho (“TST”), e 321 e seguintes do Regimento Interno do
Supremo Tribunal Federal (“STF”), interpor o presente RECURSO
EXTRAORDINÁRIO contra a R. Decisão de fls. (“R. Decisão”), pelas razões a
seguir expostas.

Nos termos do ato SEGJUD.GP nº 287, de 13 de julho de 2020, a


tese firmada pelo Supremo Tribunal Federal no tema 679 da repercussão geral
se firmou no sentido de ser incompatível com a Constituição Federal a exigência
de depósito prévio como condição de admissibilidade do recurso extraordinário
trabalhista pelo que desnecessário o preparo.

Termos em que pede deferimento.


Taboão da Serra, 29 de dezembro de 2023.

ARTUR DAMIÃO FONTES MAIA


OAB/SP nº 377.583.

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1
RAZÕES DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO

RECORRENTE: COMPANHIA DE PROCESSAMENTO DE DADOS DO


ESTADO DE SÃO PAULO – PRODESP

RECORRIDA: ANGELICA LOPES LEITE SERPA

Processo n. 0011090-07.2020.5.15.0084

COLENDO TRIBUNAL,

Imperiosa a reforma da r. decisão prolatada pelo C. TST, nos


termos das razões ora expostas.

I. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE RECURSAL

A decisão que negou provimento ao Agravo foi publicada no dia


15.12.2023, portanto, tempestivo o presente Recurso Extraordinário interposto
em 29.12.2023, dentro do prazo de 15 dias previsto em lei. Além disso, o
advogado subscritor possui poderes de representação.

Quanto ao preparo, o juízo encontra-se garantido e as custas já


recolhidas.

Finalmente, houve o efetivo prequestionamento da matéria em


todas as decisões anteriores, inclusive no julgado ora recorrido.

II. REPERCUSSÃO GERAL

A decisão objeto do presente Recurso Extraordinário traz em seu


bojo a violação de princípios constitucionais basilares, de extrema relevância
jurídica, a saber, os princípios da legalidade e da segurança jurídica (artigo 5º
incisos II e XXXVI, da CF) e prestação jurisdicional (artigo 93, IX, CF).

Nesse contexto, verifica-se que a repercussão das matérias a


serem tratadas no presente Recurso é manifesta, eis que transcende ao
interesse particular, tendo importância maior ao público em geral do que,
efetivamente, às partes ora envolvidas, o que justifica um novo exame da causa

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2
pelo Excelso Pretório ante a grande relevância dos temas jurídicos postos em
debate.

No intuito de demonstrar as nocivas consequências ao próprio


Estado Democrático de Direito advindas do entendimento perfilado pelo V.
Acórdão atacado cumpre destacar que os temas aqui tratados estão intimamente
relacionados com a necessária preservação das garantias que decorrem do
devido processo legal.

É inegável que decisões contra legem visando limitar o direito de


ação trazem insegurança jurídica para toda a sociedade.

A matéria discutida no presente recurso não só revela a


repercussão geral, já que a decisão atacada vai de encontro a decisão proferida
pelo STF nos autos do RE 760931, como, também, indica transcendência
econômica, em função do alto valor envolvido na causa (incisos I, III e IV do
artigo supracitado).

Assim, em se tratando de questões de ordem pública, resultantes


de violações a direitos fundamentais previstos na Carta Magna, resta
devidamente demonstrada a repercussão geral da matéria, sendo de rigor a
admissão deste recurso.

Com efeito, afigura-se presente, na hipótese, o requisito da


repercussão geral, na forma do disposto no artigo 543-A, §1º, do Código de
Processo Civil e artigos 322 e seguintes do Regimento Interno do STF.

III. REFORMA DA DECISÃO RECORRIDA

III.1. VIOLAÇÃO AO ARTIGO 5º, INCISOS XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO


FEDERAL, Tema nº 246 de Repercussão Geral, nos autos do RE 760.931 E
ADC 16, Tema nº 1.118 de Repercussão Geral

A atribuição de responsabilidade subsidiária à Recorrente não se


sustenta nos presentes autos, já que os Desembargadores prolataram decisão
em flagrante contrariedade ao que foi decidido pelo C. STF na ADC nº 16.

Decisão recorrida:

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3
Com efeito, nos termos do artigo 895, § 1º, inciso IV, da CLT, em
prestígio ao bom trabalho realizado pelo MM. Juiz a quo, neste
ponto, mantenho a r. sentença, pelos seus próprios e jurídicos
fundamentos de fato e de direito, posto que a fundamentação do
"decisum" está em harmonia com o conjunto fático probatório
revelado nos autos, pelo que transcrevo os fundamentos decisórios
de origem, que adoto integralmente:

RESPONSABILIDADE - PRODESP

A reclamante postula a declaração da responsabilidade subsidiária


do ente público. Este, por sua vez, refuta a tese da inicial,
invocando a Lei 8.666/93 e a decisão do E. STF na ADC 16.

Incontroversa a prestação de serviços pela autora em benefício da


sexta reclamada - Prodesp.

A responsabilização da sexta ré resulta da aplicação do art. 37, par.


6.º, da CF c/c os art. 186, 927 e 942 do Código Civil. À medida que
a tomadora dos serviços subcontratou empresa que descumpriu
obrigação trabalhista, quando poderia ter contratado os serviços da
reclamante diretamente, causou dano e deve responder, inclusive
objetivamente.

A sexta ré alega que fiscalizou a atuação da prestadora de serviços


em relação aos seus empregados. Contudo, tal fiscalização não foi
suficiente, pois não evitou o dano.

A situação é da existência de culpa in vigilando e in omittendo. É


uma dura realidade a falta de cumprimentos de direitos laborais
basilares por empresas prestadoras de serviços terceirizados. Em
um sistema protetivo do trabalho humano, no qual o princípio
elementar é a melhoria da condição social dos trabalhadores (artigo
7º, caput), os entes públicos deveriam ser os primeiros a cumprir
tal missão e não permitir que empresas fornecedoras de mão de
obra permitissem práticas reiteradas de lesões a direitos
trabalhistas fundamentais.
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4
Assim, é obrigação do ente estatal exigir, antes do pagamento
de cada fatura mensal, os comprovantes de recolhimentos dos
depósitos de FGTS e das contribuições ao INSS, além dos
demais encargos sociais. Deve ainda, na condição de tomador
de serviços, acompanhar o horário de trabalho dos
trabalhadores, verificando se estes se ativavam em
sobrejornada e se havia satisfação pecuniária das horas extras
(ou compensação, mediante regular pactuação), controlar o
pagamento e a fruição de férias, enfim, o cumprimento integral
das obrigações decorrentes dos contratos laborais, bem como
verificar o pagamento de verbas rescisórias e demais
obrigações mínimas.

A prova de cumprimento das obrigações da fiscalização e


cumprimento das condições de contrato é do ente público
tomador de serviços, a teor do artigo 818 da Consolidação das
Leis do Trabalho, o qual não se desincumbiu de seu ônus.

A doutrina tem se consolidado nesse sentido. Não há como negar


que existe no ordenamento jurídico brasileiro um princípio de
"responsabilidade trabalhista", segundo o qual todo aquele que se
beneficia direta ou indiretamente do trabalho de alguém deve
responder com o seu patrimônio pelo adimplemento das
obrigações correspondentes. Trata-se, assim, de responsabilidade
objetiva resultante do risco-proveito, ou seja, do risco de contratar
terceiros para prestar trabalho que poderia ser desenvolvido com
empregados próprios e da apropriação econômica desse trabalho.
Acrescente-se que a decisão da mais alta Corte invocada pela
sexta ré não afasta definitivamente a responsabilidade do ente
público, mas permite a sua aferição em cada caso concreto.

A pactuação entre os reclamados não pode atingir nem


prejudicar terceiros, no caso, os trabalhadores.

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5
Quanto ao pedido da sexta reclamada para que a responsabilidade
seja limitada ao período em que a reclamante lhe prestou serviços,
não foi produzida prova alguma nos autos neste sentido, nem
mesmo foi informado qual seria esse período, razão pela qual
entendo que a sua responsabilidade engloba todo o período do
contrato de trabalho da autora, até porque a rescisão contratual da
trabalhadora aconteceu em função da quebra contratual entre as
reclamadas.

Sendo assim, procede o pedido de responsabilização


subsidiária da sexta reclamada, abrangendo todas as verbas
decorrentes da condenação referentes ao período da
prestação laboral, nos termos da Súmula 331, VI, do TST, ou
seja, é responsável por todas as obrigações decorrentes da
sentença, independentemente de sua natureza salarial ou
indenizatória, bem como pelas obrigações de fazer
convertidas em pecúnia e multas.

Nesta hipótese, em que o ente público é indicado .como


responsável subsidiário, ele não se beneficia da limitação de juros
do artigo 1º-F, da Lei n 9.494/97, nos termos OJ 382 da SDI-1/TST
e da Lei nº. 11.960/2009.

Também, em se tratando de crédito alimentar não se pode


considerar o esgotamento dos meios necessários para execução
em face dos sócios da empresa, antes de voltar-se a obrigação
contra a responsável subsidiária, pois esta beneficiou-se
diretamente do trabalho da autora e detinha poderes para reter
valores a serem repassados à empregadora, os quais só deveriam
ser liberados com a prova da quitação integral das verbas
trabalhistas devidas ao empregado colocado à sua disposição.
Além disso, a desconsideração da personalidade jurídica da
empresa constitui prerrogativa em favor do credor e não um
obstáculo à satisfação do seu crédito. (g/n)

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6
Diante do exposto, nada a reparar.

O trecho acima deixa claro que dois julgadores pressupuseram a


culpa da Prodesp, sem indicar qual a conduta praticada pelo ente público,
invertendo o ônus da prova indevidamente.

Fundamentar a conduta culposa no fato de a tomadora de serviços


não ter, supostamente, acompanhado o pagamento dos créditos trabalhistas dos
empregados da terceirizada, deferidos na presente ação, evidencia a adoção da
teoria da responsabilidade objetiva.

Houve, portanto, uma inversão da ordem do raciocínio, de modo


que o desrespeito a direitos trabalhistas acaba por pressupor a ausência de
fiscalização e, portanto, a existência de culpa.

Assim, ao adotar tal raciocínio lógico há a responsabilização


automática e objetiva da Administração Pública, o que, como já dito, contradiz o
entendimento do Supremo Tribunal Federal.

Nos termos da tese fixada por este C. Supremo Tribunal Federal,


no julgamento do Recurso Extraordinário com repercussão geral 760931/DF, o
inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do contratado não
transfere automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade pelo
seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71,
§ 1º, da Lei nº 8.666/93.

Ao contrário do que entendeu o TRT15 a quo, por maioria dos


votos, a empresa pública tomadora de serviços - que contrata empresa por
meio de licitação - não pode ser responsabilizada pelos encargos
trabalhistas inadimplidos por esta empresa, pois assim dispõe o § 1º, do
artigo 71, da Lei n.º 8.666/93:

L8666, Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos


trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da
execução do contrato.

§1º A inadimplência do contratado, com referência aos encargos


trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração

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7
Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar
o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras
e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis (Redação
dada pela Lei nº 9032, de 1995)

E, nesse contexto, a responsabilização subsidiária da


Administração Pública - em casos de descumprimento de contrato firmado com
empresa terceirizada - é uma exceção para a regra geral, principalmente porque
o contrato administrativo não se confunde com os contratos de trabalho
ajustados entre empresa vencedora de licitação e seus trabalhadores.

Além disso, o artigo 77, § 1o, da Lei nº 13.303/2016, aduz que "A
inadimplência do contratado quanto aos encargos trabalhistas, fiscais e
comerciais não transfere à empresa pública ou à sociedade de economia mista
a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato
ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o
Registro de Imóveis."

Assim, somente é cabível a responsabilidade subsidiária do ente


público tomador de serviços na hipótese de caracterização cabal do nexo de
causalidade entre o inadimplemento das obrigações trabalhistas e conduta
negligente de integrantes da Administração Pública na fiscalização da
prestadora de serviços.

Frise-se, adotando-se a tese que embasou o v. acórdão, só haveria


“efetiva fiscalização” se o reclamante tivesse recebido TODOS os seus
direitos. E se algum direito tiver sido suprimido ao longo do contrato de trabalho,
então, há presunção de culpa da tomadora.

Verifica-se, assim, que a condenação da Recorrente foi mantida


com base tanto em responsabilidade objetiva, como na presunção de culpa (com
indevida inversão do ônus da prova), em clara violação do § 1.º do artigo 71,
da Lei n.º 8.666/93.

Isso porque, a norma que se extrai do referido dispositivo é clara


ao dispor que a inadimplência do contratado, com referência aos “encargos
trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do
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8
contrato”, não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu
pagamento.

Registre-se que o Plenário do Supremo Tribunal Federal, por


votação majoritária, declarou a constitucionalidade do artigo 71 da Lei 8.66/93.

Afirmou a C. Corte a impossibilidade jurídica da transferência


automática dos encargos trabalhistas, resultantes da execução dos contratos, à
administração contratante. Como a imputação de responsabilidade depende de
comprovação de culpa, a responsabilidade da Administração Pública somente
pode ser subjetiva, jamais objetiva.

Por essa razão, o Colendo TST, buscando readequar seu


entendimento ao que decidido pelo STF na ADC 16, modificou o texto da Súmula
331 acrescentando-lhe o item V:

“V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta


respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV,
caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das
obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na
fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da
prestadora de serviço como empregadora. A aludida
responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das
obrigações trabalhistas assumidas pela empresa
regularmente contratada.”

Neste sentido, a partir da nova edição da respectiva Súmula o


reconhecimento da responsabilidade subsidiária da Administração Pública
depende da comprovação da sua conduta culposa, afastando-se,
definitivamente, a possibilidade de condenação em razão da
responsabilidade objetiva da Administração ou de presunção de culpa.

Portanto, qualquer decisão que se fundamente em


responsabilidade objetiva ou em culpa presumida viola direta e o que decidido
pela Corte Constitucional.

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9
A imputação da responsabilidade por culpa deve observar a
presença de outros elementos, como a relação de causalidade entre os débitos
da principal Reclamada para com a parte Reclamante, ora Recorrida, e alguma
conduta específica da Administração que apenas mantinha relação com aquela.

Eventual condenação, portanto, não poderia prescindir da


demonstração de que restou provado nos autos que a Administração concorreu
de forma direta e imediata para o surgimento do dano ao trabalhador, não
havendo espaço para presunções contrárias àquelas que gozam os atos
administrativos em geral.

A violação do princípio da segurança jurídica perfeito (artigo 5º


inciso XXXVI, da CF), é patente.

Ademais, a Administração Pública está adstrita à lei, e a presunção


é de que ela agiu, ao contratar com a principal Reclamada e durante toda a
relação contratual nos estritos limites da lei e do contrato, e não o contrário.

Referida presunção decorre, em especial, do princípio da


legalidade, como deixa certo o Em. Min. Dias Toffoli: Não há qualquer prova nos
autos de que o débito reclamado na presente ação tenha surgido em decorrência
direta ou com o concurso de qualquer conduta da Recorrente, e as decisões
recorridas não explicitam de forma efetiva e concreta em quais os fatos, além do
mero inadimplemento da contratada, em que se alicerça a condenação em
caráter subsidiário. Merece, assim, a r. decisão recorrida, reforma, para julgar
improcedente o pedido condenatório em face desta reclamada.

Em complemento, há um julgado mais recente (2016), e mais


expresso ainda no sentido de demostrar de quem é o ônus de comprovar a
ausência de fiscalização:

Supremo Tribunal Federal STF - AG.REG. NA RECLAMAÇÃO :


AgR Rcl 22467 SP - SÃO PAULO 9032016-37.2015.1.00.0000
02/02/2016 SEGUNDA TURMA AG.REG. NA RECLAMAÇÃO
22.467 SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : JOÃO SEBASTIÃO DE LIMA ADV.(A/S) : RAFAEL
RIBAS DE MARIA AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE ITAPETININGA
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PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE
ITAPETININGA AGDO.(A/S) : INSTITUTO EDUCACIONAL,
ASSISTENCIAL E SOCIAL DE ITAPETININGA ADV.(A/S) : FÁBIO
COELHO DE OLIVEIRA INTDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO
TRABALHO DA 15ª REGIÃO ADV.(A/S) : SEM
REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS EMENTA: AGRAVO
REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE
CONSTITUCIONALIDADE N. 16. ART. 71, § 6º, DA LEI N.
8.666/1993. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. AUSÊNCIA DE ELEMENTO
PROBATÓRIO CAPAZ DE DEMONSTRAR OMISSÃO DE
AGENTES PÚBLICOS. PRESUNÇÃO DA CULPA DA
ADMINISTRAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.

1. A responsabilidade subsidiária da Administração Pública por


encargos trabalhistas somente tem lugar quando há prova
taxativa do nexo de causalidade entre a conduta de agentes
públicos e o dano sofrido pelo trabalhador.

2. O inadimplemento de verbas trabalhistas devidas aos


empregados da empresa contratada por licitação não transfere
para o ente público a responsabilidade pelo pagamento. Não se
pode atribuir responsabilidade por mera presunção de culpa da
Administração.

3. Agravo regimental ao qual se nega provimento.

E, na verdade, não houve análise da integralidade do mérito. A


questão debatida no recurso de revista não se limitava ao ônus da prova.
Muito pelo contrário!

A responsabilidade da Prodesp foi reconhecida e ratificada, sem


que o TRT15 tenha se manifestado sobre os documentos acostados pela
Prodesp e sobre quais seriam as provas que comprovariam a ausência de sua
culpa e, ainda que pareça absurdo, tais questões não foram, até o momento,

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enfrentadas, seja pelo juízo de primeiro grau, seja pela Turma julgadora no TRT
15, mesmo após opostos Embargos de Declaração.

Não houve qualquer manifestação sobre as inúmeras provas


produzidas pela Prodesp acerca da fiscalização que era regularmente
realizada e dos motivos que fizeram o Tribunal a quo a considerar ineficaz!

A D. Turma se manifestou sobre as verbas inadimplidas pela 1ª


Reclamada, mas não sobre a conduta adotada pela Prodesp em relação às
irregularidades no decorrer do contrato de trabalho, O QUE REVELA A
TRANSFERÊNCIA AUTOMÁTICA DA RESPONSABILIDADE À
EMBARGANTE.

No acórdão não há qualquer menção à vasta documentação


acostada com a defesa e que comprovou a real e efetiva fiscalização que era
realizada, não fosse assim, a Prodesp não teria:

(i) Documentos recebidos ao longo do contrato;

(ii) Canal de denúncia disponibilizado aos terceiros, que


possibilita a cobrança imediata da regularização da situação
denunciada;

(iii) Ofícios de cobrança de documentos e regularização de


situações;

(iv) Ofício ao DEIC para a apuração de documento falso


apresentado;

(v) Notificações de sanção pela ausência de entrega de


documentos;

(vi) Valor retido, em função da ausência de apresentação


de documentos;

(vii) Pagamento direito dos empregados na ação cautelar, o que


só foi possível em função do valor que já havia sido retido
pela Prodesp;

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(viii) Rescisão unilateral dos contratos firmados com a
1ª Reclamada.

Houvesse analisado os documentos acostados, os


Desembargadores verificariam que a Prodesp realizou rígida fiscalização
mensal, reteve faturas imediatamente após perceber que, mesmo após
os inúmeros ofícios enviados à primeira reclamada, as situações não
eram regularizada e, ao final, rescindiu o contrato unilateralmente.

É certo, ainda, que a Prodesp não pode ser prejudicada pelo


árduo trabalho de fiscalização que vem realizando, acabando por “produzir
prova contra ela mesma”, já que, não importa o que comprove, a
fiscalização jamais será suficiente para afastar a sua culpa.

A Justiça do Trabalho passou a exigir uma quantidade cada vez


maior de documentos das contratadas com a finalidade de se resguardar de
possíveis prejuízos com o não pagamento de verbas trabalhistas, o que não
pode mais acontecer, sob pena de violação, também, do princípio da legalidade.

De outra parte, o mesmo Tribunal se nega a reconhecer


documentos de enorme valor probatório, como, por exemplo, as advertências,
renotificações, aplicações de multa, que frise-se, consta dos autos e não foram
analisadas, etc.

Restou demonstrado que o v. acórdão sequer indica qual a conduta


praticada pela Prodesp, limitando-se em colocar no bojo da decisão as
expressões "culpa in eligendo" e "culpa in vigilando", sem imputar, no entanto,
qualquer conduta ao ente público.

Verifica-se que a condenação do ente público se deu em da


empresa prestadora de serviços não ter pagado os salários dos
empregados, o que configura adoção da responsabilidade objetiva.

Em recente decisão, aliás, esse C. TST, em processo


envolvendo a mesma empresa assim decidiu:

TST

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Disponibilização: quinta-feira, 5 de maio de 2022.

Arquivo: 128 Publicação: 49

Secretaria da Sexta Turma

Processo Nº RRAg-1000919-11.2020.5.02.0609 Complemento


Processo Eletrônico Relator Min. Kátia Magalhães Arruda
Agravante(s) e Recorrente(s) COMPANHIA DE
PROCESSAMENTO DE DADOS DO ESTADO DE SÃO PAULO
PRODESP Advogado Dr. Jorge Hissahi Hori(OAB: 271033- A/SP)
Advogada Dra. Juliana Pasquini Mastandrea(OAB: 261665-A/SP)
Advogada Dra. Aline Rodrigues(OAB: 310102- A/SP) Agravado(s)
e Recorrido(s) IVANEIDE VIEIRA DE SOUZA Advogado Dr.
Patricia Garcia Fernandes(OAB: 211531-A/SP) Agravado(s) e
Recorrido(s) ALTERNATIVA SERVIÇOS E TERCEIRIZAÇÃO EM
GERAL LTDA. E OUTROS Advogada Dra. Aline Cristina Panza
Mainieri(OAB: 153176-D/SP) Intimado(s)/Citado(s): -
ALTERNATIVA SERVIÇOS E TERCEIRIZAÇÃO EM GERAL
LTDA. E OUTROS - COMPANHIA DE PROCESSAMENTO DE
DADOS DO ESTADO DE SÃO PAULO PRODESP IVANEIDE
VIEIRA DE SOUZA Orgão Judicante - 6ª Turma DECISÃO : , por
unanimidade: I - negar provimento ao agravo de instrumento
quanto ao tema "PRELIMINAR DE NULIDADE DO ACÓRDÃO DO
TRT POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL", ficando
prejudicada a análise da transcendência; II - reconhecer a
transcendência e dar provimento ao agravo de instrumento para
determinar o processamento do recurso de revista quanto ao tema
"ENTE PÚBLICO. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA"; e III -
conhecer do recurso de revista quanto ao tema "ENTE PÚBLICO.
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA", por contrariedade à
Súmula nº 331, V, do TST e, no mérito, dar-lhe provimento para
afastar a responsabilidade subsidiária da reclamada COMPANHIA
DE PROCESSAMENTO DE DADOS DO ESTADO DE SÃO
PAULO PRODESP e excluí-la do polo passivo da lide. EMENTA :
Rua Agueda Gonçalves, 240 - Taboão da Serra - SP - CEP 06760-900 -TELEFONE: (11) 6845.6000 (PABX) - FAX: (11) 4788.0058
CORRESPONDÊNCIA: Caixa Postal 4893 - CEP 01061-0970 - São Paulo - SP - INTERNET: www.prodesp.sp.gov.br - prodesp@sp.gov.br
14
I - AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. RITO
SUMARÍSSIMO. COMPANHIA DE PROCESSAMENTO DE
DADOS DO ESTADO DE SÃO PAULO PRODESP.LEI Nº
13.467/2017. TRANSCENDÊNCIA. PRELIMINAR DE NULIDADE
DO ACÓRDÃO DO TRT POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO
JURISDICIONAL. 1 - Não há utilidade no exame do mérito do
agravo de instrumento quanto à preliminar de nulidade por negativa
de prestação jurisdicional, nos termos do artigo 282, § 2º, do CPC.
2 - Fica prejudicada a análise da transcendência. 3 - Agravo de
instrumento a que se nega provimento. ENTE PÚBLICO.
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. 1 - Há transcendência
política quando se constata em exame preliminar o desrespeito da
instância recorrida à jurisprudência sumulada do TST. 2 -
Aconselhável o provimento do agravo de instrumento para melhor
exame do recurso de revista quanto a alegação de contrariedade à
Súmula 331, V, do TST . 3 - Agravo de instrumento a que se dá
provimento. II - RECURSO DE REVISTA. RITO SUMARÍSSIMO.
COMPANHIA DE PROCESSAMENTO DE DADOS DO ESTADO
DE SÃO PAULO PRODESP.LEI Nº 13.467/2017. ENTE PÚBLICO.
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA . 1 - Conforme o Pleno do
STF (ADC 16 e Agravo Regimental em Reclamação 16.094) e o
Pleno do TST (item V da Súmula nº 331), relativamente às
obrigações trabalhistas, é vedada a transferência automática, para
o ente público tomador de serviços, da responsabilidade da
empresa prestadora de serviços; a responsabilidade subsidiária
não decorre do mero inadimplemento da empregadora, mas da
culpa do ente público no descumprimento das obrigações previstas
na Lei nº 8.666/1993. No voto do Ministro Relator da ADC nº 16,
Cezar Peluso, constou a ressalva de que a vedação de
transferência consequente e automática de encargos trabalhistas,
"não impedirá que a Justiça do Trabalho recorra a outros princípios
constitucionais e, invocando fatos da causa, reconheça a

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15
responsabilidade da Administração, não pela mera inadimplência,
mas por outros fatos" 2 - O Pleno do STF, em repercussão geral,
com efeito vinculante, no RE 760931, Redator Designado Ministro
Luiz Fux, fixou a seguinte tese: "O inadimplemento dos encargos
trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93" . Nos debates do
julgamento do RE 760931, o Pleno do STF deixou claro que o art.
71, § 1º, da Lei nº 8.666/1993 veda a transferência automática,
objetiva, sistemática, e não a transferência fundada na culpa do
ente público. 3 - No caso concreto , o TRT assinalou que houve
negligência do ente público quanto ao cumprimento do contrato
celebrado com a prestadora de serviços, uma vez que os
documentos colacionados aos autos se restringiram a
comprovantes bancários de depósito em conta dos empregados da
1ª reclamada, comprovantes de depósitos do FGTS e fichas
financeiras de empregados, os quais, segundo o TRT, não excluem
a responsabilidade subsidiária imposta, " até porque não coibiram
as irregularidades trabalhistas, como ausência de pagamento de
vale-refeição, auxílio-refeição e pagamento de PLR " (destaquei). 4
- Foi nesse contexto que o TRT considerou que a fiscalização teria
sido ineficaz. Porém, se as parcelas trabalhistas foram
reconhecidas somente em juízo, quando foi resolvida a lide entre
empregado e empregadora, não havia como exigir do ente público
que fizesse fiscalização na esfera administrativa. Com efeito, do
modo como exposto o acórdão recorrido, houve condenação
subsidiária do ente público com base no mero inadimplemento, o
que não é aceito pela jurisprudência vinculante do STF. 5 - Em tais
circunstâncias, o acórdão do Regional encontra-se em desacordo
com a jurisprudência do STF e do TST (Súmula nº 331, V) quanto

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16
à exegese do artigo 71, § 1º, da Lei nº 8.666/1993. 6 - Recurso de
revista a que se dá provimento.

E ainda assim, Desembargadores e Ministros não se satisfizeram


e exigem mais! Exigem, agora, que a Prodesp, além de analisar aqueles
documentos determinados por lei, além de aplicar sanções, reter faturas,
fiscalize, também, algo mais, mas se recusa a dizer o que, em clara violação ao
artigo 5, II, da CF.

É preciso - reitere-se - deixar claro que, se a entidade estatal fizer


prova razoável e consistente, nos autos, de que exerceu, adequadamente, o seu
dever fiscalizatório, como claramente ocorreu no caso em apreço, não pode
ocorrer a sua responsabilização, pois isso configuraria desrespeito à
jurisprudência vinculante do Supremo Tribunal Federal.

Nesse sentido, inclusive, já se posicionou a 3ª do C. TST, como


ilustram os seguintes acórdãos divulgados no DEJT de 06.02.2020: AIRR-
11329-06.2015.5.01.0042, AIRR-16236-51.2016.5.16. 0016 e AIRR-20281-
13.2015.5.04.0002.

Ainda nesse sentido, os seguintes acórdãos da 3ª Turma,


divulgados no DEJT de 20.02.2020: Ag-AIRR-192-55.2017.5.11.0017; Ag-RRID
1728-31.2017.5.11.0008; AG-AIRR- 2547-11.2016.5.11.0005; AIRR-10991-
34.2017.5.15.0022; AIRR-16241-61. 2016.5.16.0020; AIRR-16759-
45.2016.5.16.0022; AIRR-16923-19.2016.5. 16.0019; AG-RR-20553-
07.2015.5.04.0002; AIRR-21086-18.2015.5.04.0405; AIRR-100825-
22.2016.5.01.0071.

Por fim, o seguinte acórdão:

T S T Disponibilização: quinta-feira, 5 de março de 2020.

Arquivo: 144 Publicação: 11

Secretaria da Sexta Turma

Processo Nº ARR-1000619-48.2017.5.02.0029 Complemento


Processo Eletrônico Relator Min. Kátia Magalhães Arruda
Agravado(s) e Recorrente(s) FUNDAÇÃO CENTRO DE

Rua Agueda Gonçalves, 240 - Taboão da Serra - SP - CEP 06760-900 -TELEFONE: (11) 6845.6000 (PABX) - FAX: (11) 4788.0058
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17
ATENDIMENTO SÓCIO-EDUCATIVO AO ADOLESCENTE -
FUNDAÇÃO CASA Advogado Dr. Aline Karina da Silva
Calado(OAB: 254726/SP) Agravante(s) e Recorrido(s) LUIZ
CLAUDIO RAMOS DE ARAUJO Advogada Dra. Patrícia Santos
Martins do Couto(OAB: 247124/SP) Agravado(s) e Recorrido(s)
COMPANHIA DE PROCESSAMENTO DE DADOS DO ESTADO
DE SÃO PAULO PRODESP Advogado Dr. André do Amaral Van
Tol(OAB: 211167/SP) Advogado Dr. Marcio Rodrigues(OAB:
250096/SP) Agravado(s) e Recorrido(s) KLC TRANSPORTES,
LOCAÇÃO E COMÉRCIO LTDA. Agravado(s) e Recorrido(s)
CAMILY LOCAÇÃO E SERVIÇOS GERAIS LTDA
Intimado(s)/Citado(s): - CAMILY LOCAÇÃO E SERVIÇOS GERAIS
LTDA - COMPANHIA DE PROCESSAMENTO DE DADOS DO
ESTADO DE SÃO PAULO PRODESP FUNDAÇÃO CENTRO DE
ATENDIMENTO SÓCIO- EDUCATIVO AO ADOLESCENTE -
FUNDAÇÃO CASA - KLC TRANSPORTES, LOCAÇÃO E
COMÉRCIO LTDA. - LUIZ CLAUDIO RAMOS DE ARAUJO Orgão
Judicante - 6ª Turma DECISÃO : , por unanimidade: I - não
reconhecer a transcendência quanto à matéria objeto do recurso
de revista do reclamante e, como consequência, negar provimento
ao agravo de instrumento, e; II - reconhecer a transcendência
quanto ao tema "ENTE PÚBLICO. RESPONSABILIDADE
SUBSIDIÁRIA", conhecer do recurso de revista da Fundação Casa
porque contrariada a Súmula nº 331, V, do TST e, no mérito, dar-
lhe provimento, para afastar a responsabilidade subsidiária da
Fundação Casa e excluí-la do polo passivo da lide. EMENTA : I -
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA
INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.467/2017
TRANSCENDÊNCIA. RECLAMANTE. ENTE PÚBLICO.
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DA
PRODESP.COMPROVAÇÃO DE FISCALIZAÇÃO DO
CONTRATO 1 - Mediante o exame do acórdão recorrido, constata-

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18
se que o TRT registrou que "Ao contrário do que alega o recorrente,
a terceira reclamada, bem como a quarta ré apresentaram contrato
de prestação de serviços de transporte decorrente de licitação na
modalidade pregão eletrônico (ID 32c5935 e ID. 1c9a068). No
presente caso, entendo que a terceira reclamada [PRODESP]cuja
prestação dos serviços ocorreu por apenas um mês se
desincumbiu do ônus de comprovar a fiscalização sobre a empresa
contratada, tanto é que apresentou comprovantes de recolhimento
de FGTS e contribuição previdenciária" Não há transcendência
política , pois não constatado o desrespeito à jurisprudência
sumulada do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo
Tribunal Federal. Não há transcendência social , pois não se trata
de postulação, em recurso de reclamante, de direito social
constitucionalmente assegurado. Não há transcendência jurídica ,
pois não se discute questão nova em torno de interpretação da
legislação trabalhista. Não se reconhece a transcendência
econômica quando, a despeito do valor da causa e da condenação,
não se constata a relevância do caso concreto, pois a matéria
probatória não pode ser revisada no TST e, sob o enfoque de
direito, não se constata o desrespeito da instância recorrida à
jurisprudência desta Corte Superior. Não há outros indicadores de
relevância no caso concreto (art. 896-A, § 1º, parte final, da CLT).
2 - Agravo de instrumento a que se nega provimento. II - RECURSO
DE REVISTA INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº
13.467/2017 TRANSCENDÊNCIA. FUNDAÇÃO CASA. ENTE
PÚBLICO. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA 1 - Há
transcendência política quando se constata em exame preliminar o
desrespeito da instância recorrida à jurisprudência sumulada do
TST. 2 - Conforme o Pleno do STF (ADC nº 16 e Agravo
Regimental em Reclamação 16.094) e o Pleno do TST (item V da
Súmula nº 331), relativamente às obrigações trabalhistas, é vedada
a transferência automática, para o ente público tomador de

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19
serviços, da responsabilidade da empresa prestadora de serviços;
a responsabilidade subsidiária não decorre do mero
inadimplemento da empregadora, mas da culpa do ente público no
descumprimento das obrigações previstas na Lei nº 8.666/1993. No
voto do Ministro Relator da ADC nº 16, Cezar Peluso, constou a
ressalva de que a vedação de transferência consequente e
automática de encargos trabalhistas, "não impedirá que a Justiça
do Trabalho recorra a outros princípios constitucionais e, invocando
fatos da causa, reconheça a responsabilidade da Administração,
não pela mera inadimplência, mas por outros fatos" 3 - O Pleno do
STF, em repercussão geral, com efeito vinculante, no RE 760931,
Redator Designado Ministro Luiz Fux, fixou a seguinte tese: "O
inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do
contratado não transfere automaticamente ao Poder Público
contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, seja em
caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, da Lei
nº 8.666/93" . Nos debates do julgamento do RE 760931, o Pleno
do STF deixou claro que o art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/1993 veda
a transferência automática, objetiva, sistemática, e não a
transferência fundada na culpa do ente público. 4 - Por disciplina
judiciária, a Sexta Turma do TST vinha atribuindo o ônus da prova
à parte reclamante. Inicialmente, a partir da Sessão de Julgamento
de 25/3/2015, em observância a conclusões de reclamações
constitucionais nas quais o STF afastava a atribuição do ônus da
prova contra o ente público. Depois, levando em conta que nos
debates do RE 760931, em princípio, haveria a sinalização de que
o STF teria se inclinando pela não aceitação da distribuição do
ônus da prova contra o ente público. Porém, no julgamento de ED
no RE 760931, a maioria julgadora no STF concluiu pela não
inclusão da questão da distribuição do ônus da prova na tese
vinculante, ficando consignado que em âmbito de Repercussão
Geral foi adotado posicionamento minimalista focado na questão

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específica da responsabilidade subsidiária do ente público na
terceirização de serviços nos termos da Lei nº 8.666/1993. 5 - Não
havendo tese vinculante do STF sobre a distribuição do ônus da
prova, matéria de natureza infraconstitucional, a Sexta Turma do
TST retoma a partir da Sessão de 06/11/2019 seu posicionamento
originário de que é do ente público o ônus de provar o cumprimento
das normas da Lei nº 8.666/1993, ante a sua melhor aptidão para
se desincumbir do encargo processual, pois é seu o dever legal de
guardar as provas pertinentes, as quais podem ser exigidas tanto
na esfera judicial quanto pelos órgãos de fiscalização (a exemplo
de tribunais de contas). 6 - No caso concreto, os fundamentos pelos
quais foi reconhecida a responsabilidade subsidiária demonstram
que o TRT concluiu pela culpa in vigilando do ente público a partir
do mero inadimplemento de parcelas trabalhistas, em desacordo
com jurisprudência dominante. 7 - Recurso de revista a que se dá
provimento.

Mais importante! Em recente decisão prolatada pelo Ministro


Nunes Marques, a Reclamação Constitucional ajuizada pela Prodesp
discutindo a questão do ônus da Prova foi julgada inteiramente procedente,
determinando-se a prolação de nova decisão em relação a
responsabilidade da Prodesp:

STF
Disponibilização: segunda-feira, 20 de junho de 2022.
Arquivo: 17 Publicação: 8
SECRETARIA JUDICIÁRIADecisões e Despachos dos Relatores
RECLAMAÇÃO 51.495 (325) ORIGEM : 51495 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PROCED. :
SÃO PAULO RELATOR : MIN. NUNES MARQUES RECLTE.(S) : COMPANHIA DE
PROCESSAMENTO DE DADOS DO ESTADO DE SAO PAULO PRODESP ADV.(A/S) :
JULIANA PASQUINI MASTANDREA (261665/SP) ADV.(A/S) : RODOLFO MOTTA SARAIVA
(300702/SP) RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO ADV.(A/S) : SEM
REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS BENEF.(A/S) : ROGERIO JOSIAS DOS SANTOS ADV.(A/S)
: SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS DECISÃO 1. Companhia de Processamento de
Dados do Estado de São Paulo Prodesp propôs reclamação constitucional, com pedido de
medida liminar, em face de acórdão do Tribunal Superior do Trabalho, proferido nos autos de n.
0010995-94.2017.5.15.0079, alegando descumprimento ao decidido por esta Corte nos
julgamentos realizados na ADC 16 e no RE 760.931. Narra a reclamante que o órgão reclamado
reconheceu a sua responsabilidade subsidiária porque esta, na qualidade de tomadora dos
serviços terceirizados, deixou de produzir nos autos prova de efetiva fiscalização do cumprimento
das obrigações contratuais da empresa prestadora dos serviços. Aduz a ilicitude da transferência
automática à Administração Pública de responsabilidade subsidiária pelo inadimplemento de

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21
obrigações trabalhistas decorrentes da execução de contrato de terceirização de serviços,
ressaltando a necessidade de comprovação da conduta culposa. Sustenta, ainda, necessidade
de se aguardar o desfecho do julgamento do RE 1.298.647 (Tema n. 1.118), no qual se discute
sobre a legitimidade da transferência, ao ente público, tomador de serviço, do ônus de comprovar
a ausência de culpa na fiscalização do cumprimento dos encargos trabalhistas pela empresa
contratada. Pede que seja julgada procedente a demanda, a fim de eximir o ente público
reclamante da responsabilidade pelo pagamento das dívidas trabalhistas discutidas nos autos
originários. Foi deferida medida liminar para suspender os efeitos do acórdão reclamado até
exame de mérito desta reclamação. O Tribunal reclamado prestou informações, narrando o
andamento processual na origem. A parte beneficiária não apresentou contestação. O Ministério
Público Federal, em parecer, opinou pela improcedência do pedido. Afirmou que o decidido na
origem coincide com a orientação firmada no paradigma invocado e, dissentir das razões
adotadas demandaria o reexame da matéria fático-probatório, circunstância vedada nesta via.
Pontuou que a temática da distribuição do ônus probatório acerca do cumprimento dos deveres
fiscalizatórios não foi versada nos paradigmas indicados. No que toca ao RE 1.298.647 (Tema
n. 1.118), salientou não haver determinação desta Corte de suspensão nacional dos processos
que versem sobre a matéria. É o relatório. Decido. 2. A discussão trazida aos autos refere-se à
atribuição de responsabilidade subsidiária à Administração Pública decorrente de
inadimplemento de obrigações trabalhistas de empresa terceirizada. Consta expressamente da
fundamentação do acórdão questionado que o reconhecimento da responsabilidade subsidiária
da Administração Pública deu-se pela ocorrência de culpa in vigilando, caracterizada pela
ausência de demonstração, por parte do ente federativo, de cumprimento de seu dever
fiscalizatório do contrato de trabalho. O cerne da controvérsia reside em saber se o julgado está
em harmonia com a posição desta Corte firmada na ADC 16 e no RE 760.931-RG. Em sede de
controle concentrado, o Supremo Tribunal Federal declarou a constitucionalidade do art. 71, §
1º, da Lei n. 8.666/1993: A inadimplência do contratado, com referência aos encargos
trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração Pública a responsabilidade por
seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso
das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis. (ADC 16/DF, ministro Cezar
Peluso) Naquela oportunidade, o Tribunal reputou que a responsabilidade subsidiária da
Administração Pública para pagamento de verbas trabalhistas inadimplidas por suas contratadas
pode ocorrer apenas quando demonstrada a culpa in vigilando ou in eligendo da Administração.
A partir daí, diversas decisões proferidas pela Justiça do Trabalho têm condenado
automaticamente o Poder Público ao pagamento de verbas decorrentes da inadimplência de
obrigações trabalhistas pela empresa contratada nos casos de serviços terceirizados, sem haver
qualquer aferição, em concreto, quanto à prática, ou não, de atos de fiscalização pela
Administração. Por esse motivo, esta Casa, ao julgar o RE 760.931, Redator para o acórdão
Ministro Luiz Fux (Tema 246), afastou a condenação subsidiária da União pelas dívidas
decorrentes de contrato de terceirização, fixando tese nos seguintes termos: O inadimplemento
dos encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere automaticamente ao
Poder Público contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou
subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93. Em razão desse julgamento, ratificou-
se a orientação adotada na ADC 16, vale dizer, de somente ser cabível a responsabilização da
Administração Pública nos casos em que houver prova inequívoca de sua conduta omissiva ou
comissiva na fiscalização dos contratos. Recentemente, o Supremo vem proferindo decisões
cujo conteúdo indica que o Tribunal Superior do Trabalho, naqueles casos em que o acórdão
recorrido não aponta fatos ensejadores da responsabilidade subsidiária da entidade pública, ao
negar provimento a agravo de instrumento em recurso de revista por ausência de transcendência
da controvérsia, impede a apreciação, pelo STF, da questão jurídica analisada anteriormente na
ADC 16 e no RE 760.931. A Corte, em consequência, tem ultrapassado o óbice da questão
processual relativa à transcendência do recurso de revista previsto pela legislação trabalhista e
cassado a decisão reclamada, para afastar a responsabilidade subsidiária da entidade pública.
De fato, o entendimento de ambas as Turmas deste Tribunal tem-se firmado no sentido de que
a responsabilização da Administração Pública exige a comprovação, nos autos, do
comportamento reiteradamente negligente da entidade pública, bem assim do nexo causal entre
a conduta comissiva ou omissiva do Poder Público e o dano sofrido pelo trabalhador. É
imprescindível, portanto, comprovar-se o conhecimento, pela Administração Pública, da situação
de ilegalidade e sua inércia em adotar providências para saná-la. A título de exemplo, menciono

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os seguintes precedentes desta Segunda Turma: Agravo regimental nos embargos de
declaração na reclamação. 2. Direito do Trabalho. 3. Terceirização. Responsabilidade subsidiária
da Administração Pública. Art. 71, § 1º, da Lei 8.666/1993. 4. Violação ao decidido na ADC 16 e
ao teor da Súmula Vinculante 10. Configuração. Reclamação julgada procedente. 5.
Impossibilidade de responsabilização automática da Administração Pública pelo inadimplemento
das obrigações trabalhistas. Necessidade de comprovação inequívoca do seu comportamento
reiteradamente negligente. Ausência de fiscalização ou falta de documentos que a comprovem
não são suficientes para caracterizar a responsabilização. 6. Inversão do ônus da prova em
desfavor da Administração Pública. Impossibilidade. Precedentes de ambas as Turmas. 7.
Interposição de recursos contra o ato reclamado não prejudica a julgamento da reclamação. Art.
988, § 6º, do CPC. 8. Argumentos incapazes de infirmar o julgado. 9. Negado provimento ao
agravo regimental. (Rcl 40.942-ED-AgR/MG, ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe
15/12/2020) EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO. ADMINISTRATIVO.
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. IMPOSSIBILIDADE DE TRANSFERIR PARA A
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA A OBRIGAÇÃO DE PAGAR ENCARGOS TRABALHISTAS
RESULTANTES DA EXECUÇÃO DE CONTRATO ADMINISTRATIVO.
CONSTITUCIONALIDADE DO § 1º DO ART. 7º DA LEI N. 8.666/1993 RECONHECIDA NA
AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE N. 16. PRECEDENTES. AGRAVO
REGIMENTAL PROVIDO PARA JULGAR PROCEDENTE A RECLAMAÇÃO (Rcl 40.384-
AgR/DF, Redatora para o acórdão ministra Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe 30/11/2020)
Para melhor elucidar a questão, transcrevo excerto do voto proferido pelo Ministro Gilmar
Mendes, Relator, na Rcl 40.942-ED-AgR/MG: A jurisprudência de ambas as Turmas tem-se
firmado no sentido de que a responsabilização do ente público exige a comprovação nos autos
do comportamento reiteradamente negligente da Administração, bem como do nexo causal entre
a conduta comissiva ou omissiva do Poder Público e o dano sofrido pelo trabalhador. É
imprescindível a demonstração do conhecimento, pela Administração Pública, da situação de
ilegalidade e sua inércia em adotar providências para saná- la, de modo que a simples alegação
de ausência de fiscalização ou falta de documentos que a comprovem não são suficientes para
caracterizar sua responsabilização. Assim, parece-me que, ao atribuir à Administração Pública o
ônus probatório ou até mesmo desqualificar toda e qualquer prova levada a juízo, a Justiça
trabalhista incorre na figura da responsabilização automática combatida por esta Corte Suprema
(...). Em igual sentido foi o voto da Ministra Cármen Lúcia no julgamento da Rcl 40.384-AgR/DF:
O exame dos elementos havidos nos autos revela a ausência de indicação de elemento concreto
a caracterizar conduta culposa atribuível ao agravante, tendo a responsabilização subsidiária
decorrido tão somente do inadimplemento de obrigações trabalhistas da empresa prestadora
com seu empregado, procedimento descumpridor do que assentado por este Supremo Tribunal
no julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade n. 16 e reafirmado no julgamento da
repercussão geral no Recurso Extraordinário n. 760.931, Tema 246. [...] Impossível admitir a
transferência para a Administração Pública, por presunção de culpa, da responsabilidade pelo
pagamento dos encargos trabalhistas, fiscais e previdenciários devidos ao empregado da
empresa terceirizada. Ora, no caso em apreço, o órgão reclamado, ao responsabilizar a
Administração Pública por culpa in vigilando sob o fundamento de que esta não se desincumbiu
do encargo probatório que lhe competia de demonstrar a idoneidade da fiscalização das
obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço, incorreu na figura da responsabilização
automática de ente público sem caracterização de culpa, uma vez que não houve a comprovação
real de um comportamento negligente da entidade pública em relação ao contrato de
terceirização e, consequentemente, aos terceirizados. Não há qualquer demonstração do nexo
de causalidade entre a omissão ou ação da Administração e o dano que, sofrido pelo trabalhador,
justifique a responsabilização da entidade pública (Rcl 28.459- AgR/MG, Redator para o acórdão
Ministro Alexandre de Moraes). Desse modo, neste juízo de cognição sumária, entendo que o
Tribunal reclamado assentou a responsabilidade da Administração Pública sem caracterização
de culpa, afastando a aplicação da norma do art. 71, § 1º, da Lei n. 8.666/1993, cuja
constitucionalidade foi reconhecida na ADC 16. No que toca ao RE 1.298.647 (Tema 1.118),
contudo, observa-se não haver determinação desta Corte de suspensão nacional dos processos
que versem sobre o Tema 1.118, não assistindo razão à reclamante nesse ponto. 3. Ante o
quadro, julgo procedente o pedido, para cassar a decisão reclamada, no que se refere à
atribuição de responsabilidade subsidiária do ente federativo, e determinar que outra seja
proferida em seu lugar, com a observância da orientação firmada na ADC 16 e no RE 760.931.

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4. Comunique-se. 5. Publique-se. Intime-se. Brasília, 14 de junho de 2022. Ministro NUNES
MARQUES Relator
Outra recentíssima decisão prolatada pelo Ministro Barroso,
na Reclamação Constitucional ajuizada pela Prodesp discutindo a questão
foi julgada procedente, determinando-se a prolação de nova decisão em
relação a responsabilidade da Prodesp:

32.
STF
Disponibilização: quarta-feira, 14 de dezembro de 2022.
Arquivo: 3 Publicação: 38
Supremo Tribunal Federal Decisão Final MIN. ROBERTO BARROSO
Decisão Final
Rcl 57074 TIPO: Decisão Final RELATOR(A): MIN. ROBERTO BARROSO RECLAMANTE(S)
Companhia de Processamento de Dados do Estado de Sao Paulo Prodesp
ADVOGADO(A/S) Juliana Pasquini Mastandrea OAB 261665/SP RECLAMADO(A/S) Tribunal
Superior do Trabalho ADVOGADO(A/S) Sem Representação nos Autos BENEFICIÁRIO(A/S)
Sergio Augusto Recefino ADVOGADO(A/S) Sem Representação nos Autos
INTERESSADO(A/S) Gpmrv Seguranca e Vigilancia Eireli ADVOGADO(A/S) Sem
Representação nos Autos - no title specified DECISÃO: 1. Trata-se de reclamação, com pedido
liminar, ajuizada pela Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo
PRODESP em face de acórdão da 2ª Câmara do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região
(TRT da 15ª Região), proferido nos Autos nº 0010370-57.2018.5.15.0004, que manteve o
reconhecimento da responsabilidade subsidiária do ora reclamante por obrigações trabalhistas
de prestadora de serviços, com fundamento em sua culpa ao fiscalizar o contrato de terceirização
de mão de obra. 2. A parte reclamante alega violação à autoridade das decisões proferidas pelo
Supremo Tribunal Federal (STF) na ADC 16, Rel. Min. Cezar Peluso, e no RE 760.931, Redator
p/o acórdão o Ministro Luiz Fux, paradigma do Tema 246 da repercussão geral. Sustenta, ainda,
a usurpação da competência do STF “na fixação do ônus da prova antes do julgamento do
recurso extraordinário (RE) 1298647 (Tema 1118 de Repercussão Geral) – desrespeito a ordem
de suspensão dos processos”. Requer, em caráter liminar, a suspensão dos efeitos da decisão
reclamada e, ao final, a sua cassação. 3. É o relatório. Decido. 4. Dispenso as informações,
devido à suficiente instrução do feito, bem como a manifestação da Procuradoria-Geral da
República, diante do caráter reiterado da matéria (RI/STF, art. 52, parágrafo único). 5. No
julgamento da ADC 16, Rel. Min. Cezar Peluso, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou a
constitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/1993. O dispositivo legal assim prevê: “A
inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não
transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o
objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante
o Registro de Imóveis”. 6. Naquela oportunidade, porém, esclareceu o relator que “isto não
significa que eventual omissão da Administração Pública, na obrigação de fiscalizar as
obrigações do contratado, não gere responsabilidade. É outra matéria”. A partir daí, passou-se a
admitir a condenação subsidiária do ente público ao pagamento de verbas trabalhistas
inadimplidas por suas contratadas, desde que caracterizada a culpa in vigilando ou in eligendo
da Administração. 7. Na prática, contudo, diversas reclamações ajuizadas no STF indicaram que,
diante da decisão proferida nos autos da ADC 16, parte importante dos órgãos da Justiça do
Trabalho apenas alterou a fundamentação das suas decisões, mas manteve a postura de
condenar automaticamente o Poder Público. Tais decisões invocavam o acórdão proferido na
ADC 16 para afirmar que a responsabilidade da Administração não é automática, mas
condenavam o ente público por culpa in vigilando sem sequer aferirem, em concreto, se a
Administração praticou ou não atos fiscalizatórios. A alusão genérica à culpa in vigilando, em tais
termos, constituía mero recurso retórico por meio do qual, na prática, se continuou a condenar
automaticamente a Administração. Nesse sentido: Rcl 20.701, Rcl 20.933 e Rcl 21.284, sob a
minha relatoria. 8. Em outros casos, a Administração Pública é responsabilizada
automaticamente sempre que há inadimplência de obrigações trabalhistas pelas contratadas, a

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pretexto de que, havendo inadimplência, ou o Poder Público não fiscalizou a contento ou, tendo
fiscalizado e tomado ciência da ocorrência de infração à legislação trabalhista, não tomou as
providências necessárias a impor a correção, de modo que haveria culpa in vigilando. Em todas
essas hipóteses, há evidente violação ao precedente proferido na ADC 16. 9. Em razão disso,
no julgamento do RE 760.931, Redator p/o acórdão o Ministro Luiz Fux, paradigma do Tema 246
da repercussão geral, o Supremo afastou a condenação subsidiária da União pelas dívidas
decorrentes de contrato de terceirização, embora, segundo o Tribunal Superior do Trabalho
(TST), não tenha havido o exercício adequado do poder-dever de fiscalização. Ao final, fixou-se
a seguinte tese: “O inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do contratado
não transfere automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade pelo seu
pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, da Lei nº
8.666/93.” 10. A Primeira Turma analisou os agravos nas Rcls 36.958 e 40.652 a respeito dos
referidos paradigmas. As reclamações foram ajuizadas contra decisões do TST que negaram
seguimento a Agravo de Instrumento em Recurso de Revista (AIRR) por ausência de
transcendência da controvérsia, motivo pelo qual determinaram a baixa imediata dos autos. O
colegiado, por maioria, deu provimento aos agravos, para cassar as decisões reclamadas e
afastar a responsabilidade subsidiária da União, nos termos do voto do Ministro Alexandre de
Moraes, Redator para o acórdão, vencida a Ministra Rosa Weber, Relatora, a qual havia
concluído que afastar a decisão do TST sobre a existência de responsabilidade subsidiária do
ente público por culpa in vigilando exigiria a reabertura do debate fático-probatório, procedimento
inviável em sede de reclamação. 11. Prevaleceu o voto do Ministro Alexandre de Moraes, que
entendeu que, ao examinar a matéria e barrar a transcendência, aquele Tribunal está a impedir
que o STF aprecie a mesma questão jurídica, já analisada anteriormente na ADC 16 e no RE
760.931, sobre a qual foram editadas teses sobre a necessidade de exame detalhado de haver
ou não culpa. Na ocasião, acompanhei a divergência e salientei que na Primeira Turma tem sido
reiteradamente decidido que “somente está autorizada a mitigação da regra do art. 71, § 1º, da
Lei nº 8.666/93 — que é a da não responsabilização da Administração — caso demonstrado que
a Administração teve ciência do reiterado descumprimento de deveres trabalhistas relativamente
ao mesmo contrato de terceirização e que, a despeito disso, permaneceu inerte”. 12. O número
de reclamações que chegam ao STF discutindo a matéria demonstra que, na prática, a postura
de considerável parte da Justiça do Trabalho continua sendo a de condenar automaticamente a
Administração, desde que haja inadimplência de obrigações trabalhistas pelas contratadas, em
violação à posição que se cristalizou no STF. Atento a este cenário, tendo em vista a maioria que
se formou na Primeira Turma, com destaque para as Rcls 36.958 e 40.652 e para a própria
decisão proferida no agravo interno nestes autos, bem como diante da clara necessidade de
fazer prevalecer a posição desta Corte, consolidada na ADC 16 e no RE 760.931, paradigma do
Tema 246 da repercussão geral, entendo que deve prevalecer a postulação apresentada na
reclamação. 13. No caso em análise, a decisão reclamada manteve sentença que condenou a
empregadora, prestadora de serviços, ao pagamento de “c.1) diferenças de 13º salário
proporcional, férias proporcionais acrescidas de 1/3 e indenização do art. 479 da CLT; c.2)
indenização de 40% sobre a totalidade dos depósitos do FGTS e juros legais. c.3) gratificação
de função e reflexos; c.4) diferenças de horas extras decorrentes da extrapolação da jornada
legal e reflexos; c.5) indenização substitutiva da PLR; c.6) devolução da parcela "outros
descontos", abatida do montante rescisório”. Em relação à parte ora reclamante, tomadora do
serviço, manteve a responsabilidade subsidiária por todas as parcelas que foram objeto da
condenação, sob o seguinte fundamento: “Portanto, a responsabilidade subsidiária do ente
público por parcelas devidas a trabalhador contratado por empresa prestadora de serviços
depende da demonstração da conduta culposa daquele na fiscalização do contrato. No caso dos
autos, a falha na fiscalização é evidente: o preposto da segunda ré reconheceu que a primeira
reclamada continua prestando serviços à entidade pública e que ela repassa cópias de controles
de jornada dos trabalhadores. Mesmo ciente do préstimo habitual de horas extras em suas
dependências, a segunda ré não se acautelou, nem tomou nenhuma medida concreta para coibir
o inadimplemento das parcelas devidas ao empregado, em razão desse préstimo de labor
extraordinário. Além disso, o preposto da segunda ré demonstrou não ter conhecimento de fatos
básicos relacionados ao objeto da pactuação, o que indica que a fiscalização dos serviços
prestados por terceiros é precária. Enfim, o conjunto de provas produzidas demonstra que a
entidade da Administração Pública foi negligente em seu dever legal de fiscalizar a correta
execução do contrato de prestação dos serviços, contribuindo para a lesão aos direitos

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trabalhistas do reclamante. Por esses motivos, a segunda ré deve responder subsidiariamente
em relação às parcelas devidas pela prestadora dos serviços”. (grifou-se) 14. Como se vê, a
imputação de responsabilidade subsidiária amparou-se basicamente na ciência do “préstimo
habitual de horas extras” nas dependências da empresa ora reclamante. Isto é, com relação as
demais verbas trabalhistas impostas na condenação, a responsabilidade subsidiária encontra-se
embasada em alusões genéricas à culpa in eligendo e in vigilando, sem indicar, no entanto, os
elementos probatórios que a comprovam. Nesse cenário, a decisão reclamada não atende o
requisito acima exposto. Desta forma, foi violada a tese jurídica firmada na ADC 16, Rel. Min.
Cezar Peluso, à luz da interpretação que lhe foi dada no RE 760.931, Rel. p/ o acórdão Min. Luiz
Fux. 15. Por fim, anoto que o RE 1.298.647, paradigma do Tema 1.118, ainda aguarda o
julgamento do mérito para definição da tese de repercussão geral. Também não houve, no feito,
determinação de suspensão nacional dos processos pendentes que versem sobre a matéria (art.
1.035, § 5º, do CPC) — inclusive, foi indeferido pedido formulado nestes termos. Portanto, não
procede a alegada usurpação de competência ou desrespeito à ordem de suspensão nacional.
16. Diante do exposto, com base no art. 161, parágrafo único, do RI/STF e no art. 992 do CPC,
julgo parcialmente procedente o pedido, para cassar a decisão reclamada (Autos nº 0010370-
57.2018.5.15.0004) e determinar que outra seja proferida, à luz do decidido na ADC 16 e tese
firmada no RE 760.931 (paradigma do tema 246 da repercussão geral). A presente decisão não
afeta a responsabilidade do devedor principal. 17. À Secretaria Judiciária, para retificar a
autuação, fazendo constar como reclamado o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região. 18.
Após, comunique-se à autoridade reclamada, remetendo-lhe cópia da presente decisão, para
que junte aos autos do processo de origem e para que dê ciência à parte beneficiária do trâmite
da presente reclamação no Supremo Tribunal Federal. Publique-se. Brasília, 13 de dezembro de
2022. Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator
Pelo exposto, merece ser reconhecida a violação ao art. 5º, II e
XXXVI da Constituição Federal para o fim de ser excluída a responsabilidade da
Prodesp.

IV - CONCLUSÃO E REQUERIMENTOS

Diante do exposto, a Recorrente requer seja o presente recurso


inteiramente conhecido e provido, a fim de que seja excluída da condenação a
responsabilidade da Prodesp.

Taboão da Serra, 29 de dezembro de 2023.

ARTUR DAMIÃO FONTES MAIA


OAB/SP nº 377.583.

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________
#Jr
10 TABELIÃO DE NOTAS E DE PROTESTO DE LETRAS E TÍTULOS

;=:
PROCURAÇÃO BASTANTE QUE FAZ: COMPANHIA DE PROCESSAMENTO DE DAP $
I
SÃO
STADO DE PAULO PRODESP
IFilA
-

M quantos este público instrumento de procuração bastante virem que aos vir e

dois (22) dias de novembro de dois mil e vinte e três (2023), em diligência Rua Agueda
]' Gonçalves n° 240, Bairro Jardim Pedro Gonçalves, na Cidade de Taboão da Serra, Estado de
iaJ" São Paulo, CEP 06760-900, perante mim Wanderleia Walkiria Riveros Burgos, Tabeliã
que ao final subscreve, compareceu como outorgante: COMPANHIA DE
Substituta,
iJJ PROCESSAMENTO DE DADOS DO ESTADO DE SÃO PAULO PRODESP, com sede à -

Rua Agueda Gonçalves n° 240, Bairro Jardim Pedro Gonçalves, na Cidade de Taboão da
Serra, Estado de São Paulo, CEP 06760-900; Legalmente inscrita no CNPJ/MF n°
Ij////62.577.929I000135, NIRE n° 35300010035 em sessão de 04/11/1969, Consolidação
com sua

1JJde Estatuto Social devidamente Registrada na Junta Comercial do Estado de São Paulo -

VJUCESP sob o n° 248.981/23-7 em sessão de 21/06/2023, que encontram-se arquivados na


WJVJ, Pasta 03-O sob n° 139, (anteriormente Pasta 03-O sob n° 109, Pasta 03-O sob n° 84, Pasta
IIO3 -O, sob n° 56, Pasta 03-O sob n° 22, Pasta 03-N sob n° 17, Pasta 03-M, sob n° 108; Pasta
sob n° 34, Pasta 03-B, sob n° 04, Pasta 03-J sob n° 97, Pasta 02-X sob n° 013 e Pasta
ij 03-M, sob n° 75); neste ato legalmente representada por seu Diretor Juridico, de Governança e,
Çj Gestão: ANDRE LUlZ SUCUPIRA ANTONIO, brasileiro, casado, advogado, inscrito na
OAB/RJ n° 132.090, nascido aos 26/01/1978, filho de Jorge Antonio e de Alda Sucupira
Antonio, portador da cédula de identidade RG n° 110639507 lFP-RJ e inscrito no CPF/MF4/
I74.069.667-09, com endereço comercial na Rua Agueda Gonçalves n° 240, Bairro Jardim
Pedro Gonçalves, na Cidade de Taboão da Serra, Estado de São Paulo, CEP 06760-900, eleito
reunião do Conselho de Administração realizada aos 06 de março de 2023, conforme Ata da
fieunião, registrada na Junta Comercial do Estado de São Paulo JUCESP n° 109.960/23-3,

em sessão de 15/03/2023 e por seu Diretor Administrativo -Financeiro: CAMILO COCO


CAVALCANTI, brasileiro, casado, administrador e contador, nascido aos 21/07/1979, filho de
Derivaldo Freire Cavalcanti e de Ivete Cogo Cavalcanti, portador da cédula de identidade RG n°
30.468.141-6 SSP -SP e inscrito no CPF/MF n° 289.444.658-60, com endereço comercial na
Rua Agueda Gonçalves n° 240, Bairro Jardim Pedro Gonçalves, na Cidade de Taboão da
Serra, Estado de São Paulo, CEP 06760-900, eleito na reunião do Conselho de Administração
realizada aos 21 de março de 2023, conforme Ata da Reunião, registrada na Junta Comercial
Estado de São Pauloy JUCESP n° 133.530/23-1, em sessão de 03/04/2023 e Ficha
Eadastral Simplificadacpedida pelo site: www.jucesponline.sp.gov.br (autenticidade
223560172), que fica arquivada nestas Notas na Pasta 03-O sob n° 178, (anteriormente Pasta
j 03-O, sob n° 56, Pasta 03-O sob n° 22, Pasta 03-N sob n° 17, Pasta 03-M, sob n° 108; Pasta
3-A, sob n° 34, Pasta 03-B, sob n° 04, Pasta 03-J sob n° 97, Pasta 02-X sob n° 013 e Pasta
03-M, sob n° 75); capaz, ora por aqui de passagem, dou fé. E, pela outorgante acima referida,
me foi dito que por este público instrumento e nos melhores termos de direito, nomeia e

r. constitui como bastante procuradores os advogados: MARIANA PÁDUA MANZANO, brasileira,

Ø).natural de São Paulo SP, nascida aos 22 de novembro de 1972, filha de Mario Titilla ManzanG
-

de Maria Aparecida Pádua Manzano, casada, advogada, inscrita na OAB/SP n° 146.213,

f portadora da cédula de identidade RG n° 15.340.827-3 SSP -SP e inscrita no CPF/MF n°


168.663.768-31; RODOLFO MOTTA SARAIVA, brasileiro, natural de São Paulo SP, nascido -

aos 29 de agosto de 1986, filho de Marcelo Mesquita Saraiva e de Cristina Maria Motta,

&olteiro, maior, advogado, inscrito na OAB/SP n° 300.702, portador da cédula de identidade RG


32.583.272-9 SSP -SP e inscrito no CPF/MF n° 347.161.258-07; JULIANA PASQUINI
MASTANDREA, brasileira, natural de São Paulo SP, nascida aos 10 de novembro de 1982,
-

4 I
lUlSlIIIl iiiirvivprnirii••iiiiiiuiiii niii ni..i iiui A Caetano Barrela 146 ********
Centro -
Tahoao tia Serra
REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Estado de São Paulo

Iha de Eduardo Mastandrea Junior e de Eliane Pasquini, solteira, maior, advogada, inscrita na
)AB/SP no 261 .665, portadora da cédula de identidade RG n°43.732.602 -O SSP-SP e inscrita
o CPF/MF n° 312.918.838-00; ALEXANDRE LUIZ BEJA, brasileiro, natural de São Paulo -

P, nascido 09 dezembro de 1976, filho de Ailton Beja e de Alice Teresa Meneghette Beja,
ivorciado, advogado, inscrito na OABISP n° 270.838, portador da cédula de identidade RG n°
6.601.541-4 SSP -SP e inscrito no CPF/MF n° 172.988.348-60; ALINE RODRIGUES,
rasileira, natural de Limeira SP, nascida aos 28 de julho de 1985, filha de Edson Rodrigues e
-

e Iraci Aparecida João Rodrigues, solteira, maior, advogada, inscrita na OABISP n° 310.102,

ortadora da cédula de identidade RG no 32.772.728-7 SSP -SP e inscrita no CPF/MF n°


17.707.338-41; ALVARO BEM HAJA DA FONSECA, brasileiro, natural de São Paulo SP, -

ascido aos 26 de maio de 1957, filho de Antônio Bem Haja da Fonseca e de Carminda de Sá
ito da Fonseca, casado, advogado, inscrito na OAB/SP n° 124.366, portador da cédula de
entidade RG no 9.042.676 SSP -SP e inscritoCPF/MF n° 829.304.228-15; ANDREA
no

IUNES DE PIANNI, brasileira, natural de São Paulo SP, nascida aos 27 de maio de 1975,
-

Iha de Luiz de Pianni e de Anica Nunes Gimenez, casada, advogada, inscrita na OAB/SP n°
47.261, portadora da cédula de identidade RG n° 16.463.352-2 SSP-SP e inscrita no CPF/MF
186.967.278-00; ARTHUR DAMIÃO FONTES MAIA, brasileiro, natural de Diadema SP,
0 -

ascido em 17 de maio de 1992, filho de Antônio Airton Damião Maia e de Maria das Graças
ipriano Fontes Maia, solteiro, maior, advogado, inscrito na OAB/SP no 377.583, portador da
édula de identidade RG n° 48.175.354-0 SSP-SP e inscrito no CPF/MF no 049.053.394-99:
AROLINA CELIA SHERGUE, brasileira, natural de Guaruihos SP, nascida aos 19 de maio
-

le 1986, filha de Euclides Tadeu Shergue e de Nilvanda Aparecida Kul, solteira, maior,
dvogada, inscrita na OAB/SP n° 286.939, portadora da cédula de identidade RG no
3.842.945-X SSP -SP e inscrita no CPF/MF n° 349.528.928-32; JOÃO CARLOS FERREIRA
UEDES, brasileiro, natural de São Paulo SP, nascido em 03 de junho de 1965, filho de
-

:rancisco Ferreira Guedes e de Regina do Nascimento Anta Guedes, solteiro, maior,


dvogado, inscrito na OAB/SP n° 107.857, portador da cédula de identidade RG no
1.550.716-4 SSP-SP e inscrito no CPF/MF n° 091.390.788-09; PATRICIA BELINI DE
UEIROZ REBOUÇAS, brasileira, natural de Santos SP, nascida aos 06 de junho de 1972,
-

ilha de Carlos Alberto de Queiroz Rebouças e de Sonia Maria Belini de Queiroz Rebouças,
asada, advogada, inscrita na OAB/SP n° 142.075, portadora da cédula de identidade RG n°
4.218.994-7 SSP-SP e inscrita no CPF/MF no 185.426.128-25; PAULA PEIXOTO CAVALIERI,
brasileira, natural de São Caetano do Sul SP, nascida aos 21 de janeiro de 1973, filha de
-

aulo Carneiro Grilo e de Valquíria Peixoto Grilo, divorciada, advogada, inscrita na OAB/SP n°
32.205, portadora da cédula de identidade RG no 17.537.987-7 SSP -SP e inscrita no CPF/MF
0
149.038.168-69; e RODRIGO STABILE, brasileiro, natural de São Paulo SP, nascido aos -

)3 de dezembro de 1975, filho de Osmar José Stabile e de Silene Mulato Stabile, casado,
idvogado, inscrito na OAB/SP n° 182.652, portador da cédula de identidade RG n°
5.533.003-O SSP-SP e inscrito no CPF/MF n° 258.530.208-38, todos com endereço comercial
Rua Agueda Gonçalves n° 240, 3° andar, lado ímpar, Bairro Jardim Pedro Gonçalves, na
idade de Taboão da Serra, Estado de São Paulo, CEP 06760-900, (dados fornecidos por
leclaração); aos quais confere amplos poderes para o foro em geral, com a cláusula "ad
dicia", para representá-la em qualquer instância, juízo ou tribunal, bem como perante
lualquer ente da esfera administrativa e o Ministério Público, podendo, em conjunto ou
eparadamente, independentemente de ordem ou nomeação, propor contra quem de direito
is ações competentes, como também defendê-la nas contrárias, seguindo umas e outras até
mal decisão, usando os recursos legais e acompanhando-os, inclusive em processos
idministrativos e expedientes de inquérito de qualquer natureza, conferindo ainda poderes
speciais exciusivamente aos três primeiros nomeados, para receber citações, notificações e
intimações judiciais, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir,
renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso,
promover levantamento de depósitos judiciais e alvarás, nomear prepostos em processos
( /// ////
í
______

10 TABELIÃO DE NOTAS E DE PROTESTO DE LETRAS E TÍTULOS ____

TABOAODASERRA -SP __

COMARCA DE TABOÃO DA SERRA


)
/

THELMA TEREZINHA DA CUNHA

ãÍiTàiiisubstabeIecer esta a outrem, com reservas de iguais poderes. E dê


o disse, dou fé, me pediu e eu lhe lavrei o presente instrumento, que lido e achado conformef
vai devidamente assinado pelos diretores da empresa outorgante.(Selos por verba e
1/2023. Emolumentos: Oficial/Tabeliäo(ã): R$ 348,54; Estado: R$ 99,06; Secretaria cja
p23/1
Fazenda: R$ 67,78; Ministério Público: R$ 16,72; Registro Civil: R$ 18,34; Tribunal de Justiç4:
23,92; Santa Casa: R$ 3,48; Município (ISS): R$ 10,44; Total: R$ 588,28). Nada mais, do

ØWEuWANDERLEWALKiRRRlVpURGOSThb&iâ
,UCUPIRANTONIO WANDE
Substutaavresubscrev

IA WALKIRIA RIVEROS BURGOS. Legalmente seladaJ


Trasladad// em segui e m -

data supra. Eu,


WANDERLEIA WAIKIRIA RIVEROS BURGOS/J
.
-

hä Substituta /C9nf ri, e tá c nfor ,


s screvo, dou fé e assino em público e raso.

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elo digital n°: 1118561TR00000 23 -'-'or R$:


úmero do Selo Digital do Livro: 1118561 PR00000003467562 8 V br R$: R$ 588,28


-

Para conferir a procedência deste docu en efetue a leitura do


Code impresso ou acesse o endereço ele nico
https:aselodigital.tjsp.jus.br.
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V. Caetano Barre'a, 146 Cena
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CEP 06763-460

TABOÃODASER,

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Av Caetano Barrela 146 Centro -
Taboao Da
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Recibo do pagador

001-9 00190.00009 02941.663003 00513.284174 1 96010000022379


Beneficiário Agência/Cód. Beneficiário Espécie Qtde. Número de referência
Supremo Tribunal Federal 4200-5 / 00333203-9 R$ 29416630000513284-10
Endereço
Praça dos Três Poderes, Brasília - DF, 70175-900
Número do documento CPF/CNPJ Vencimento Valor documento
1378690 00.531.640/0001-28 20/01/2024 R$ 223,79
(-) Desconto / Abatimento (-) Outras deduções (+) Mora / Multa (+) Outros acréscimos (=) Valor cobrado
****** ****** ****** ****** R$ 223,79
Pagador
COMPANHIA DE PROCESSAMENTO DE DADOS DO ESTADO DE SAO PAULO
CNPJ: 62577929000135
Rua Agueda Goncalves 240
Jardim Pedro Goncalves / Taboao da Serra / SP - 06760020
Instruções
Governo Federal - Guia de Recolhimento da União - GRU Cobrança
Recolhimeto de custas: Recursos Interpostos em Instancia Inferior
Numero do processo na origem: 0011090-0720205150084
Valor do Recurso Extraordinario: R$ 223,79
Código de controle para reimpressão: 1378690
Após o vencimento, esta GRU é automaticamente cancelada.
Emita uma nova no site do STF - portal.stf.jus.br.
A GRU foi emitida com base nos dados informados pelo usuário e nos valores constantes
da vigente tabela de custas.
É de responsabilidade do usuário o eventual pagamento a menor do valor da guia. Autenticação mecânica

Corte na linha pontilhada

001-9 00190.00009 02941.663003 00513.284174 1 96010000022379


Local de pagamento Vencimento
PAGÁVEL EM QUALQUER AGÊNCIA BANCÁRIA, ATÉ O VENCIMENTO. 20/01/2024
Beneficiário CPF/CNPJ Agência/Código beneficiário
Supremo Tribunal Federal 00.531.640/0001-28 4200-5 / 00333203-9
Endereço
Praça dos Três Poderes, Brasília - DF, 70175-900
Data do documento No documento Espécie doc. Aceite Data process. Número de referência
21/12/2023 1378690 RC N 21/12/2023 29416630000513284-10
Uso do banco Carteira Espécie Quantidade Valor Doc. (=) Valor documento
17 R$ R$ 223,79
Instruções (-) Desconto / Abatimentos
Governo Federal - Guia de Recolhimento da União - GRU Cobrança ******
Recolhimeto de custas: Recursos Interpostos em Instancia Inferior (-) Outras deduções
Numero do processo na origem: 0011090-0720205150084 ******
Valor do Recurso Extraordinario: R$ 223,79 (+) Mora / Multa
Código de controle para reimpressão: 1378690 ******
Após o vencimento, esta GRU é automaticamente cancelada. (+) Outros acréscimos
Emita uma nova no site do STF - portal.stf.jus.br. ******
A GRU foi emitida com base nos dados informados pelo usuário e nos valores constantes da (=) Valor cobrado
vigente tabela de custas. R$ 223,79
É de responsabilidade do usuário o eventual pagamento a menor do valor da guia.

Nome do Pagador/CPF/CNPJ/Endereço
COMPANHIA DE PROCESSAMENTO DE DADOS DO ESTADO DE SAO PAULO
CNPJ: 62577929000135
Rua Agueda Goncalves 240
Jardim Pedro Goncalves / Taboao da Serra / SP - 06760020 Cód. baixa
Pagador Autenticação mecânica - Ficha de Compensação

Corte na linha pontilhada


29/12/2023, 09:12 Banco do Brasil

Visualizador de Arquivos Retorno

Agência débito: 1897-X


Conta débito: 9049-2
CPF/CNPJ: 62577929/0001-35 COMPANHIA DE PROCESSAMENTO DE

Documento empresa: ANGELICA LOPES LEITE


Data vencimento: 22/01/2024
Data pagamento: 28/12/2023
Valor pagamento: 223,79
Documento banco:
Desconto: 0,00
00190.00009 02941.663003 00513.284174 1
Linha digitável:
96010000022379
Valor título: 223,79
Acréscimo: 0,00
CNPJ sacado: 62577929000135
COMPANHIA DE PROCESSAMENTO DE
Nome sacado:
DADOS DO E
CNPJ cedente: 00531640000128
Nome cedente: SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Autenticacão: BC64C2024FC5A4C6

https://autoatendimento.bb.com.br/apf-apj-autoatendimento/index.html?v=2.24.0#/template/~2FtransferenciaArquivos~2FvisualizadorArquivo.bb 1/1
e-PET - Sistema de Cadastramento e Tramitação Eletrônica de Petições
Comprovante Interno de Recebimento de Petição Eletrônica

Petição Recebida Via e-Doc

Data de Protocolo da Petição: 29/12/2023 10:18


Número da Petição: 804454/2023-4
Processo no TST: Ag-AIRR - 11090-07.2020.5.15.0084
Número de Protocolo: 19655159
Processo: 0011090-07.2020.5.15.0084
Tipo Documento: Recurso Extraordinário
Assunto(s): Recurso Extraordinário

19655159

Assinada digitalmente por: ARTUR DAMIAO FONTES MAIA (CPF 04905339499)


Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho
Secretaria da 2ª Turma

PROCESSO N.º TST-Ag-AIRR - 11090-07.2020.5.15.0084

REMESSA

Ante a interposição de Recurso Extraordinário, faço remessa dos autos à Secretaria de


Processamento de Recursos Extraordinários para as providências cabíveis.

Brasília, 20 de fevereiro de 2024.

Firmado por Assinatura Eletrônica


ADRIANA MARIA TEODORO NUNES
Supervisor De Seção

Firmado por assinatura eletrônica em 20/02/2024 pelo(a) Supervisor De Seção ADRIANA MARIA TEODORO NUNES, por meio do Sistema de
Informações Judiciárias, nos termos da Lei no 11.419/2006.
PROCESSO Nº TST-Ag-AIRR-11090-07.2020.5.15.0084

CERTIDÃO

Certifico que a intimação do(s) Recorrido(s) para


contra-arrazoar o RE foi divulgada no Diário Eletrônico da
Justiça do Trabalho em 14 de março de 2024, cuja publicação
ocorreu em 15 de março de 2024 nos termos da Lei-11.419/06.

Brasília, 15 de março de 2024.

Firmado por Assinatura Eletrônica

FRANCISCO DE ASSIS SILVA


Secretaria de Processamento de Recursos Extraordinários

Firmado por assinatura eletrônica em 14/03/2024 por FRANCISCO DE ASSIS SILVA, Supervisor De Seção, pelo Sistema de Informações
Judiciárias, nos termos da Lei nº 11.419/2006.

apcerpub.rdf
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO COLENDO
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCESSO Nº: 0011090-07.2020.5.15.0084

RECLAMANTE: ANGELICA LOPES LEITE SERPA

COMPANHIA DE PROCESSAMENTO DE DADOS DO


ESTADO DE SÃO PAULO - PRODESP, empresa pública, com sede no Município de
Taboão da Serra, Estado de São Paulo, sita à Rua Agueda Gonçalves nº 240, Jardim
Pedro Gonçalves, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 62.577.929/0001-35, por seu
advogado abaixo assinado, FABIANO ZAVANELLA, OAB/SP 163.012, com
escritório na Avenida Paulista, 1274 - 19 andar - Bela Vista, São Paulo - SP,
01310-100, nos autos da RECLAMAÇÃO TRABALHISTA que lhe move ANGELICA
LOPES LEITE SERPA, vem à presença de Vossa Excelência, requerer sua
HABILITAÇÃO PROCESSUAL e a JUNTADA DE ESTATUTO SOCIAL,
PROCURAÇÃO E SUBSTABELECIMENTO, na forma do artigo 830, CLT.

Requer ainda que TODAS AS INTIMAÇÕES E


NOTIFICAÇÕES relativas ao presente feito sejam feitas, encaminhadas ou
publicadas em nome do advogado FABIANO ZAVANELLA, com inscrição na
OAB/SP sob nº 163.012, e-mail: prodesp@rochacalderon.com.br, devendo
ser procedida a habilitação e anotação em nome deste de forma eletrônica ou física,
sob pena de nulidade.

Termos em que
Pede deferimento.

São Paulo, 1 de abril de 2024.

FABIANO ZAVANELLA
OAB/SP 163.012
Seq.90

Avenida Paulista, 1274 - 19 andar - Bela Vista, São Paulo - SP, 01310-100 Fone: (0xx11) 3357-2300
GOYUNO DO DTADO
;.Prodesp DISÃOMULO

COMPANHIA DE PROCESSAMENTO DE DADOS DO ESTADO DE SÃO PAULO -


PRODESP

ESTATUTO SOCIAL CONSOLIDADO

CAPÍTULO I
DA DENOMINAÇÃO, SEDE, OBJETO E DURAÇÃO

ARTIGO 1 ° - A sociedade por ações denominada COMPANHIA DE PROCESSAMENTO


DE DADOS DO ESTADO DE SÃO PAULO - PRODESP é uma empresa pública
estadual, parte integrante da administração indireta do Estado de São Paulo, regendo-
se pelo presente Estatuto, pelas Leis federais n°s 6.404, de 15 de dezembro de 1976,
e 13.303, de 30 de junho de 2016, e demais disposições legais aplicáveis.

Parágrafo primeiro - O prazo de duração da empresa é indeterminado.

Parágrafo segundo - A empresa tem sede na Cidade de Taboão da Serra, Estado de


São Paulo, na Rua Agueda Gonçalves, 240.

Parágrafo terceiro - Na medida em que for necessário para a consecução do objeto


social e observada sua área de atuação, a empresa poderá abrir, instalar, manter,
transferir ou extinguir filiais, dependências, agências, sucursais, escritórios,
representações ou ainda designar representantes, respeitadas as disposições legais e
regulamentares.

ARTIGO 2º - Constitui objeto da empresa:

1. atuar como prestadora de serviços e de gestão em soluções e produtos de


tecnologia relacionados às áreas de desenvolvimento, produção, armazenamento,
infraestrutura, manutenção, processamento e guarda de sistemas, dados, informações
e documentos, por meio da utilização de ferramentas, processos e ativos de tecnologia
da informação e comunicação para a administração pública e entidades privadas;
II. prestar serviços de assessoramento, consultoria, suporte, assistência técnica e
treinamento, na área de tecnologia da informação e comunicação, inclusive
telecomunicação de voz e dados, nas modalidades disponíveis conforme
regulamentação da ANATEL;
III. desenvolver, prover, integrar, comercializar e licenciar soluções próprias ou de
terceiros em tecnologia da informação e comunicação, inclusive telecomunicação de voz
e dados, nas modalidades disponíveis conforme regulamentação da ANATEL;
IV. executar serviços de tratamento e guarda de dados e informações, inclusive
mediante a disponibilização de acesso a estes e a terceiros, observada a legislação
vigente;
V. promover a inovação tecnológica por meio de desenvolvimento ou
aperfeiçoamento que resultem em novos produtos, serviços ou processos, podendo,
para esta finalidade, celebrar contratos, convênios e parcerias com a administração&
pública e entidades particulares; r
Rua Agueda Gonçalves, 240 - Taboão da Serra - SP - CEP 06760-900 - Tel.: (11) 2845-6000 (PABX)
Correspondência: Caixa Postal 25901 - CEP 05513-970 - SÃO PAULO - SP
www.prodesp.sp.gov.br - prodesp@prodesp.sp.gov.br
GOYIINO DO IITADO
>Prodesp DISÃOMULO

VI. atuar como provedor de Serviços de Internet (ISP)l para a administração pública,
entidades particulares, pessoas físicas ou jurídicas;
VII. prestar Serviços de Comunicação Multimídia (SCM)2 e Serviço Móvel Pessoal
(SMP)3 para a administração pública, entidades particulares, pessoas físicas ou
jurídicas;
VIII . editar e publicar os Diários Oficiais e neles veicular as publicações determinadas
por lei, de natureza pública e privada, inclusive as matérias de interesse de particulares
de publicação obrigatória nos jornais oficiais, mantendo a permanente guarda e
conservação das publicações veiculadas, pelos meios físicos e/ou tecnológicos mais
apropriados, e assegurando o acesso a qualquer interessado;
IX. promover e atualizar permanentemente serviços eletrônicos das publicações dos
atos e documentos públicos e privados, assegurando o acesso a qualquer interessado,
mediante os meios tecnológicos disponíveis;
X. prestar serviços de autenticidade, certificação digital e mecânica, a pedido de
qualquer interessado, de todos os atos e documentos públicos e privados, objeto de
suas publicações;
XI. prestar serviços de infraestrutura de chaves públicas, desempenhando o papel
de Autoridade Certificadora e de Registro do Governo do Estado, podendo credenciar
outros órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União, dos Estados e
dos Municípios e demais instituições de interesse público, como Autoridades
Certificadoras e/ou Autoridades de Registro, prestando, inclusive, serviços de
consultoria técnica aos credenciados, de treinamentos e de soluções eletrônicas com
uso da certificação digital;
XII. prestar serviços de emissão de certificados digitais e de autenticidade com
identificação biométrica a qualquer interessado;
XIII. prestar serviços de gerenciamento eletrônico de documentos, inclusive com a
utilização de autenticidade e certificação digital, com a possibilidade de arquivamento
físico e/ou eletrônico dos documentos;
XIV. prestar serviços e disponibilizar soluções com a infraestrutura necessária,
mediante assinatura e autenticação com certificação digital e/ou identificação
biométrica, para atender as necessidades de governo eletrônico, anuindo perenidade e
segurança em processos eletrônicos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da
União, dos Estados e dos Municípios, e demais instituições de interesse público;
XV. editar ou coeditar publicações de interesse público e de difusão cultural, técnica
ou científica;
XVI. prestar serviços de comunicação, diretamente ou por intermédio de terceiros, aos
Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União, dos Estados e dos Municípios, e
demais instituições de interesse público.

Parágrafo primeiro - A publicação dos atos oficiais do Estado, na hipótese do inciso


VI, será gratuita, respeitada a legislação vigente.

Parágrafo segundo - A Prodesp poderá celebrar convênios com a administração


pública, objetivando a execução de atividades de interesses comuns entre os partícipes,
contempladas em programas e ações governamentais.

Parágrafo terceiro - Para o cumprimento do objeto social a PRODESP poderá importar O1


e exportar soluções, celebrar contratos, convênios, acordos e parcerias com empresas 1.
)ó-
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nacionais e estrangeiras, órgãos e entidades de pesquisa e de ensino e agências de


fomento na área de tecnologia da informação, constituir consórcios ou "joint ventures"
de natureza contratual, bem como contratar representantes comerciais para a
divulgação e venda das soluções, na forma da lei.

CAPÍTULO II
CAPITAL SOCIAL E AÇÕES

ARTIGO 3° - O capital social é de R$ 668.231.931,19 (seiscentos e sessenta e oito


milhões, duzentos e trinta e um mil, novecentos e trinta e um reais e dezenove
centavos), representado por 12.443.221.271 (doze bilhões, quatrocentas e quarenta e
três milhões, duzentas e vinte e uma mil, duzentas e setenta e uma) ações ordinárias,
nominativas e sem valor nominal.

Parágrafo único - Independentemente de reforma estatutária, o Capital Social poderá


ser aumentado até o limite máximo de R$ 800.000.000,00 (oitocentos milhões de reais)
mediante deliberação do Conselho de Administração, ouvindo-se antes o Conselho
Fiscal.

ARTIGO 4º - A cada ação ordinária corresponderá um voto nas deliberações da


Assembleia Geral.

CAPÍTULO III
ASSEMBLEIA GERAL

ARTIGO 5º - A Assembleia Geral será convocada, instalada e deliberará na forma da


lei, sobre todas as matérias de interesse da empresa.

Parágrafo primeiro - A Assembleia Geral também poderá ser convocada pelo


Presidente do Conselho de Administração ou pela maioria dos Conselheiros em
exercício.

Parágrafo segundo - A Assembleia Geral será presidida preferencialmente pelo


Presidente do Conselho de Administração ou, na sua falta, pelo Conselheiro de idade
mais elevada.

Parágrafo terceiro - O Presidente da Assembleia Geral escolherá, dentre os presentes,


um ou mais Secretários, facultada a utilização de assessoria própria na empresa.

Parágrafo quarto - A ata de Assembleia Geral será lavrada conforme previsto no artig~
130, da Lei federal n° 6.404/1976.

CAPÍTULO IV
ADMINISTRAÇÃO DA EMPRESA

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ARTIGO 6° - A empresa será administrada pelo Conselho de Administração e pela


Diretoria.

CAPÍTULO V
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

ARTIGO 7° - O Conselho de Administração é órgão de deliberação colegiada


responsável pela orientação superior da empresa.

Composição. Investidura e Mandato

ARTIGO 8° - O Conselho de Administração será composto por, no mínimo, 7 (sete) e,


no máximo, 11 (onze) membros, eleitos pela Assembleia Geral, todos com mandato
unificado de 2 (dois) anos a contar da data da eleição, estendendo-se até a posse dos
sucessores, permitida a reeleição, no máximo, por 3 (três) reconduções consecutivas.

Parágrafo primeiro - O Diretor-Presidente da empresa integrará o Conselho de


Administração, enquanto ocupar aquele cargo.

Parágrafo segundo - Caberá à Assembleia Geral que eleger o Conselho de


Administração fixar o número total de cargos a serem preenchidos, dentro do limite
máximo previsto neste Estatuto, e designar o seu Presidente, não podendo a escolha
recair na pessoa do Diretor-Presidente da empresa que também for eleito Conselheiro.
Representante dos Empregados

ARTIGO 9° - Fica assegurada a participação de 1 (um) representante dos empregados


no Conselho de Administração, com mandato coincidente com o dos demais
Conselheiros.

Parágrafo primeiro - O Conselheiro representante dos empregados será escolhido


pelo voto dos empregados, em eleição direta, vedada a recondução para período
sucessivo.

Parágrafo segundo - O regimento interno do Conselho de Administração, ao dispor


sobre o exercício do cargo de representante dos empregados, deverá guardar estrita
observância em relação aos requisitos e às vedações do artigo 17, da Lei federal n. 0
13.303/2016.

Representante dos Acionistas Minoritários

ARTIGO 10 - É garantida a participação, no Conselho de Administração, de


representante dos acionistas minoritários, com mandato coincidente com o dos demais
Conselheiros, nos termos do artigo 239, da Lei federal n° 6.404/1976, e do artigo 19,?,
da Lei federal n° 13.303/2016. ~

r-
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Membros Independentes

ARTIGO 11 - O Conselho de Administração terá a participação de um ou mais membros


independentes, observado o disposto nos artigos 19 e 22, da Lei federal n°
13.303/2016, garantido ao acionista controlador o poder de eleger a maioria de seus
membros, nos termos da alínea "a", do artigo 116, da Lei federal n° 6.404/1976.

Parágrafo único - A condição de conselheiro de administração independente deverá


ser expressamente declarada na ata da assembleia geral que o eleger.

vacância e Substituições

ARTIGO 12 - Ocorrendo a vacância do cargo de Conselheiro de Administração antes


do término do mandato, o próprio Colegiado poderá deliberar sobre a escolha do
membro para completar o mandato do substituído, com a ratificação posterior pela
próxima Assembleia Geral.

Parágrafo único - Na vacância do cargo do Conselheiro do representante dos


empregados, será substituído por outro representante, nos termos previstos no
Regimento Interno do Conselho de Administração.

Funcionamento

ARTIGO 13 - O Conselho de Administração reunir-se-á, ordinariamente, uma vez por


mês, e extraordinariamente, sempre que necessário aos interesses da empresa.

Parágrafo primeiro - As reuniões do Conselho de Administração serão convocadas


pelo seu Presidente, ou pela maioria dos Conselheiros em exercício, mediante o envio
de correspondência escrita ou eletrônica a todos os Conselheiros e também ao Estado,
por intermédio do Conselho de Defesa dos Capitais do Estado - CODEC, com
antecedência mínima de 10 (dez) dias, devendo constar da convocação a data, horário
e assuntos que constarão da ordem do dia.

Parágrafo segundo - O Presidente do Conselho de Administração deverá zelar para


que os Conselheiros recebam individualmente, com a devida antecedência em relação
à data da reunião, a documentação contendo as informações necessárias para permitir
a discussão e deliberação dos assuntos a serem tratados.

Parágrafo terceiro - As reuniões do Conselho de Administração serão instaladas com


a presença da maioria dos seus membros em exercício, observado o número mínimo
legal e estatutário, cabendo a presidência dos trabalhos ao Presidente do Conselho de
Administração ou, na sua falta, ao Conselheiro de idade mais elevada.

Parágrafo quarto - Em caso da ausência ou impedimento temporário de qualquer/2.J


membro do Conselho de Administração, este deverá funcionar com os demais membros,o f
desde que respeitado o número mínimo de Conselheiros. ~

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Parágrafo quinto - O Presidente do Conselho de Administração, por iniciativa própria


ou por solicitação de qualquer Conselheiro, poderá convocar diretores da Empresa para
assistir às reuniões e prestar esclarecimentos ou informações sobre as matérias em
apreciação.

Parágrafo sexto - As matérias submetidas à apreciação do Conselho de Administração


serão instruídas com a proposta aprovada da Diretoria ou dos órgãos competentes da
Empresa, e de parecer jurídico, quando necessários ao exame da matéria.

Parágrafo sétimo - Quando houver motivo de urgência, o Presidente do Conselho de


Administração, ou a maioria dos Conselheiros em exercício, nos termos do parágrafo
primeiro, deste artigo, poderá convocar as reuniões extraordinárias com qualquer
antecedência, ficando facultada sua realização por via telefônica, videoconferência ou
outro meio idôneo de manifestação de vontade do Conselheiro ausente, cujo voto será
considerado válido para todos os efeitos, sem prejuízo da posterior lavratura e
assinatura da respectiva ata.

Parágrafo oitavo - O Conselho de Administração deliberará por maioria de votos dos


participantes na reunião, prevalecendo, em caso de empate, a proposta que contar com
o voto do Conselheiro que estiver presidindo os trabalhos.

Parágrafo nono - As reuniões do Conselho de Administração serão secretariadas por


quem o seu Presidente indicar e todas as deliberações constarão de ata lavrada e
registrada em livro próprio, com inclusão, de imediato, no Sistema de Informações das
Entidades Descentralizadas - SIEDESC.

Parágrafo décimo - Sempre que contiver deliberações destinadas a produzir efeitos


perante terceiros, o extrato da ata será arquivado no registro de comércio e publicado.

Atribuições

ARTIGO 14 - Além das atribuições previstas em Lei, compete ainda ao Conselho de


Administração:
I. aprovar o planejamento estratégico, contendo a estratégia de longo prazo
atualizada com análise de riscos e oportunidades para, no mínimo, os próximos
5 (cinco) anos, as diretrizes de ação, metas de resultado e índices de avaliação
de desempenho;
II. aprovar o plano de negócios para o exercício anual seguinte, programas anuais
e plurianuais, com indicação dos respectivos projetos;
III. aprovar orçamentos de dispêndios e investimento, com indicação das fontes e
aplicações de recursos;
IV. manifestar-se sobre o relatório da administração e as contas da Diretoria;
V. promover anualmente a análise do atendimento das metas e resultados na
execução do plano de negócios e da estratégia de longo prazo, devendo publicar
suas conclusões e informá-las à Assembleia Legislativa e ao Tribunal de Contas
do Estado, excluindo-se dessa obrigação as informações de natureza estratégic~ -
cuja divulgação possa ser comprovadamente prejudicial ao interesse da empresa ~

)A-
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VI. fiscalizar e acompanhar a execução dos planos, programas, projetos e


orçamentos;
VII. determinar a elaboração de carta anual de governança e subscrevê-la;
VIII. aprovar e revisar anualmente a elaboração e divulgação da política de transações
com partes relacionadas;
IX. promover a divulgação anual do relatório integrado ou de sustentabilidade;
X. definir objetivos e prioridades de políticas públicas compatíveis com a área de
atuação da empresa e o seu objeto social;
XI. deliberar sobre política de preços ou tarifas dos bens e serviços fornecidos pela
empresa, respeitado o marco regulatório do respectivo setor;
XII. autorizar a abertura, instalação e a extinção de filiais, dependências, agências,
sucursais, escritórios e representações;
XIII. deliberar sobre o aumento do capital social dentro do limite autorizado pelo
Estatuto, fixando as respectivas condições de subscrição e integralização;
XIV. fixar o limite máximo de endividamento da empresa;
XV. elaborar a política de distribuição de dividendos, à luz do interesse público que
justificou a criação da empresa, submetendo-a à Assembleia Geral;
XVI. deliberar sobre o pagamento de juros sobre o capital próprio ou distribuição de
dividendos por conta do resultado do exercício em curso ou de reserva de lucros,
sem prejuízo da posterior ratificação da Assembleia Geral;
XVII. propor à Assembleia Geral o pagamento de juros sobre o capital próprio ou
distribuição de dividendos por conta do resultado do exercício social findo;
XVIII. deliberar sobre a política de pessoal, incluindo a fixação do quadro, plano de
empregos e salários, condições gerais de negociação coletiva, abertura de
concurso público para preenchimento de vagas e Programa de Participação nos
Lucros e Resultados;
XIX. autorizar previamente, mediante provocação da Diretoria Colegiada, a celebração
de quaisquer negócios jurídicos envolvendo aquisição, alienação ou oneração de
ativos, bem como assunção de obrigações em geral, quando, em qualquer caso,
o valor da transação ultrapassar 10% (dez por cento) do capital social;
XX. aprovar a contratação de seguro de responsabilidade civil em favor dos membros
dos órgãos estatutários, empregados, prepostos e mandatários da empresa;
XXI. conceder licenças aos Diretores, observada a regulamentação pertinente;
XXII. aprovar o seu Regimento Interno, que defina claramente as suas
responsabilidades e atribuições e previna situações de conflito com a Diretoria,
notadamente com o seu Presidente;
XXIII. manifestar-se previamente sobre qualquer proposta da Diretoria ou assunto a ser
submetido à Assembleia Geral;
XXIV. avocar o exame de qualquer assunto compreendido na competência da Diretoria
e sobre ele expedir orientação de caráter vinculante;
XXV. discutir, aprovar e monitorar decisões envolvendo práticas de governança
corporativa, política de relacionamento com partes relacionadas, política de
gestão de pessoas, programa de integridade e código de conduta dos agentes;
XXVI. implementar e supervisionar os sistemas de gestão de riscos e de controle interno
estabelecidos para a prevenção e mitigação dos principais riscos a que esteja
exposta a empresa, inclusive os riscos relacionados à integridade das/ .
informações contábeis e financeiras e os relacionados à ocorrência de corrupçãcx?-.f
e fraude;

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XXVII. estabelecer as políticas de porta-vozes e de divulgação de informações, em


conformidade com a legislação em vigor e com as melhores práticas;
XXVIII. avaliar os diretores da empresa, nos termos do inciso III, do artigo 13, da Lei
federal n° 13.303/2016, podendo contar com apoio metodológico e
procedimental do Comitê de Elegibilidade e Aconselhamento;
XXIX. indicar Diretor estatutário que liderará a Área de Conformidade, de Gestão de
Riscos e de Controle Interno, vinculada ao Diretor-Presidente;
XXX. apoiar a Área de Conformidade, Gestão de Riscos e de Controle Interno, quando
houver suspeita do envolvimento em irregularidades ou descumprimento da
obrigação de adoção de medidas necessárias em relação à situação relatada, por
parte dos membros da Diretoria, assegurada sempre sua atuação independente;
XXXI. aprovar o Código de Conduta e Integridade, a ser elaborado e divulgado pela
Área de Conformidade, de Gestão de Riscos e de Controle Interno, observadas
as diretrizes estabelecidas pelo Conselho de Defesa dos Capitais do Estado -
CODEC;
XXXII. aprovar os parâmetros da estruturação do canal de denúncias;
XXXIII. supervisionar a instituição de mecanismo de consulta prévia para solução de
dúvidas sobre a aplicação do Código de Conduta e Integridade;
XXXIV. aprovar a proposta de ampliação do limite de despesa com publicidade e
patrocínio elaborada pela Diretoria Colegiada, observado o disposto no art. 93, §
2°, da Lei federal n° 13.303/16;
XXXV. aprovar, mediante proposta do Diretor-Presidente, as competências e atribuições
das diretorias;
XXXVI. eleger e destituir os membros da Diretoria e do Comitê de Auditoria;
XXXVII. aprovar o Regulamento Interno do Conselho Editorial, elaborado pela Diretoria;
XXXVIII. designar membros do Conselho Editorial indicados pela Secretaria Tutelar.

Parágrafo único - O acionista controlador, por intermédio do Conselho de Defesa dos


Capitais do Estado - CODEC, poderá manter interlocução com os membros do Conselho
de Administração, para dar conhecimento de assuntos que considerar de interesse
estratégico, nos termos da alínea "b", do artigo 116, da Lei n° 6.404/1976, em especial:
1. eleição de membros da Diretoria e do Comitê de Auditoria;
II. proposta de destinação do resultado do exercício;
III. plano de Empregos e Salários;
IV. fixação ou alteração de quadro de pessoal;
V. admissão de pessoal mediante abertura de concurso público;
VI. celebração de acordo coletivo de trabalho.

CAPÍTULO VI
DIRETORIA

Composição e Mandato
ARTIGO 15 - A Diretoria será composta por 5 (cinco) membros, sendo um Diretor-
Presidente, um Diretor responsável pela área administrativa e financeira; um Diretor/)_
responsável pela área de sistemas e soluções; um Diretor responsável pela área de(ff

~
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operações e um Diretor responsável pela área de serviços ao cidadão, todos com


mandato unificado de 2 (dois) anos, permitidas 3 (três) reconduções consecutivas.

Parágrafo único - É condição para investidura em cargo de Diretoria a assunção de


compromisso com metas e resultados específicos a serem alcançados pela empresa.

vacância e Substituições

ARTIGO 16 - Nas ausências ou impedimentos temporários de qualquer Diretor, o


Diretor-Presidente designará outro membro da Diretoria para cumular as funções.

Parágrafo único - Nas suas ausências e impedimentos temporários, o Diretor-


Presidente será substituído pelo Diretor por ele indicado.

ARTIGO 17 - Em caso de vacância, e, até que seja eleito um sucessor, o Diretor-


Presidente será substituído, sucessivamente, pelo Diretor responsável pela área
financeira e pelo Diretor de idade mais elevada.

Funcionamento

ARTIGO 18 - A Diretoria reunir-se-á, ordinariamente, pelo menos 2 (duas) vezes por


mês e, extraordinariamente, por convocação do Diretor-Presidente ou de outros dois
Diretores quaisquer.

Parágrafo primeiro - As reunioes da Diretoria Colegiada serão instaladas com a


presença de pelo menos metade dos Diretores em exercício, considerando-se aprovada
a matéria que obtiver a concordância da maioria dos presentes; no caso de empate,
prevalecerá a proposta que contar com o voto do Diretor Presidente.

Parágrafo segundo - As deliberações da Diretoria constarão de ata lavrada em livro


próprio e assinada por todos os presentes.

Atribuições

ARTIGO 19 - Além das atribuições definidas em lei, compete à Diretoria Colegiada:

I. Elaborar e submeter à aprovação do Conselho de Administração:


a) a proposta de planejamento estratégico, contendo a estratégia de longo prazo
atualizada com análise de riscos e oportunidades para, no mínimo, os
próximos 5 (cinco) anos, as diretrizes de ação, metas de resultado e índices
de avaliação de desempenho;
b) a proposta de plano de negócios para o exercício anual seguinte, programas
anuais e plurianuais, com indicação dos respectivos projetos;
c) os orçamentos de custeio e de investimentos da empresa, com a indicação
das fontes e aplicações dos recursos, bem como suas alterações;
d) a avaliação do resultado de desempenho das atividades da empresa; 11.
e) os relatórios trimestrais da empresa acompanhados dos balancetes e demais ~
demonstrações financeiras;

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f) anualmente, a minuta do relatório da administração, acompanhada do


balanço patrimonial e demais demonstrações financeiras e respectivas notas
explicativas, com o parecer dos Auditores Independentes e a proposta de
destinação do resultado do exercício;
g) o Regimento Interno da Diretoria e os regulamentos da empresa;
h) a proposta de aumento do capital social e de reforma deste Estatuto, ouvido
o Conselho Fiscal, quando for o caso;
i) a proposta da política de pessoal;
j) a proposta de ampliação do limite de despesa com publicidade e patrocínio,
observado o disposto no art. 93, § 2°, da Lei n° 13.303/16.
k) o relatório de sustentabilidade;
1) o Regulamento Interno do Conselho Editorial;
m) submeter à aprovação do Conselho de Administração os membros do
Conselho Editorial indicados pela Secretaria Tutelar.

II. Aprovar:
a) os critérios de avaliação técnico-econômica para os projetos de investimentos,
com os respectivos planos de delegação de responsabilidade para sua
execução e implantação;
b) o plano de contas;
c) o plano anual de seguros da empresa;
d) residualmente, dentro dos limites estatutários, tudo o que se relacionar com
as atividades da empresa e que não seja de competência privativa do Diretor-
Presidente, do Conselho de Administração ou da Assembleia Geral.

III. Autorizar, observados os limites e as diretrizes fixadas pela lei, por este Estatuto
e pelo Conselho de Administração:
a) os atos de renúncia ou transação judicial ou extrajudicial, para pôr fim a
litígios ou pendências, podendo fixar limites de valor para a delegação da
prática desses atos pelo Diretor-Presidente ou qualquer outro Diretor;
b) celebração de quaisquer negócios jurídicos envolvendo aquisição, alienação
ou oneração de ativos, bem como assunção de obrigações em geral, quando,
em qualquer caso, o valor da transação ultrapassar a 5% (cinco por cento) e
for inferior a 10% (dez por cento) do capital social.

ARTIGO 20 - Compete ao Diretor Presidente:

I. representar a empresa, ativa e passivamente, em juízo ou fora dele, podendo ser


constituído procurador com poderes especiais, inclusive para receber citações
iniciais e notificações, observado o disposto no artigo 21, deste Estatuto;
II. representar institucionalmente a empresa nas suas relações com autoridades
públicas, entidades privadas e terceiros em geral;
III. convocar e presidir as reuniões da Diretoria;
IV. coordenar as atividades da Diretoria;
V. expedir atos e resoluções que consubstanciem as deliberações da Diretoria ou4
que delas decorram;
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VI. coordenar a gestão ordinária da empresa, incluindo a implementação das


diretrizes e o cumprimento das deliberações tomadas pela Assembleia Geral, pelo
Conselho de Administração e pela Diretoria Colegiada;
VII. coordenar as atividades dos demais Diretores;
VIII. promover a estruturação organizacional e funcional da empresa, observado o
disposto no artigo 14, XXXV, deste Estatuto;
IX. expedir as instruções normativas que disciplinam as atividades entre as diversas
áreas da empresa.

Parágrafo único - A Área de Conformidade, de Gestão de Riscos e de Controle Interno


será vinculada ao Diretor-Presidente.

Representação da empresa
ARTIGO 21 - A empresa obriga-se perante terceiros:
I. pela assinatura de dois Diretores, sendo um necessariamente o Diretor-
Presidente ou o Diretor responsável pela área financeira;
II. pela assinatura de um Diretor e um procurador, conforme os poderes constantes
do respectivo instrumento de mandato;
III. pela assinatura de dois procuradores, conforme os poderes constantes do
respectivo instrumento de mandato;
IV. pela assinatura de um procurador, conforme os poderes constantes do respectivo
instrumento de mandato, nesse caso exclusivamente para a prática de atos
específicos.

Parágrafo único - Os instrumentos de mandato poderão ser outorgados por


instrumento público ou particular, inclusive por meio eletrônico, com prazo determinado
de validade, e especificarão os poderes conferidos; apenas as procurações para o foro
em geral terão prazo indeterminado.

CAPÍTULO VII
CONSELHO FISCAL

ARTIGO 22 - A empresa terá um Conselho Fiscal de funcionamento permanente, com


as competências e atribuições previstas na lei.

ARTIGO 23 - O Conselho Fiscal será composto por, no mínimo, 3 (três) e, no máximo,


5 (cinco) membros efetivos, com igual número de suplentes, eleitos anualmente pela
Assembleia Geral Ordinária, permitidas 2 (duas) reconduções consecutivas.

Parágrafo único - Na hipótese de vacância ou impedimento de membro efetivo~


assumirá o suplente.

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ARTIGO 24 - O Conselho Fiscal reunir-se-á, ordinariamente, uma vez por mês e,


extraordinariamente, sempre que convocado por qualquer de seus membros ou pela
Diretoria, lavrando-se ata em livro próprio.

Representante dos Acionistas Minoritários

ARTIGO 25 - É garantida a participação, no Conselho Fiscal, de representante dos


acionistas minoritários, e, dos preferencialistas, se houver, e seus respectivos
suplentes, nos termos do artigo 240, e da alínea "a", do parágrafo quarto, do artigo
161, ambos da Lei federal n° 6.404/1976.

Parágrafo único - É garantido, ao acionista controlador, o poder de eleger a maioria


de seus membros, nos termos da alínea "b", do parágrafo 4°, do artigo 161, da Lei
federal n° 6.404/1976.

CAPÍTULO VIII
COMITÊ DE AUDITO RIA

ARTIGO 26 - A empresa terá um Comitê de Auditoria, órgão técnico de auxílio


permanente ao Conselho de Administração, competindo-lhe, além daquelas
competências atribuídas em Lei, nos termos definidos em Regimento Interno:
I. referendar a escolha do responsável pela auditoria interna, propor sua destituição
ao Conselho de Administração e supervisionar a execução dos respectivos
trabalhos;
II. analisar as demonstrações financeiras;
III. promover a supervisão e a responsabilização da área financeira;
IV. garantir que a Diretoria desenvolva controles internos efetivos;
V. garantir que a auditoria interna desempenhe a contento o seu papel e que os
auditores independentes avaliem, por meio de sua própria revisão, as práticas da
Diretoria e da auditoria interna;
VI. zelar pelo cumprimento do Código de Conduta e Integridade da empresa;
VII. avaliar a aderência das práticas empresariais ao Código de Conduta e
Integridade, incluindo o comprometimento dos Administradores com a difusão da
cultura de integridade e a valorização do comportamento ético;
VIII. monitorar os procedimentos apuratórios de infração ao Código de Conduta e
Integridade, bem como os eventos registrados no Canal de Denúncias.

ARTIGO 27 - O Comitê será formado por, no mínimo, 3 (três) e, no máximo, 5 (cinco)


membros, em sua maioria independentes, eleitos e destituíveis pelo Conselho de
Administração, sem mandato fixo, devendo ao menos 1 (um) dos membros do Comitê
possuir reconhecida experiência em assuntos de contabilidade societária.

Parágrafo primeiro - O Comitê será coordenado por um Conselheiro de Administraç~


independente. f 11

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Parágrafo segundo - Para integrar o Comitê, devem ser observadas as condições


mínimas estabelecidas em lei, em especial o parágrafo 1°, do artigo 25, da Lei federal
n° 13.303/2016.

Parágrafo terceiro - A disponibilidade mínima de tempo exigida de cada integrante


do comitê de auditoria corresponderá a 30 (trinta) horas mensais.

ARTIGO 28 - O Comitê de Auditoria terá autonomia operacional e orçamento próprio


aprovado pelo conselho de administração, nos termos da Lei.

CAPÍTULO IX
COMITÊ DE ELEGIBILIDADE E ACONSELHAMENTO

ARTIGO 29 - A empresa terá um Comitê de Elegibilidade e Aconselhamento,


responsável pela supervisão do processo de indicação e de avaliação de Administradores
e Conselheiros Fiscais, observado o disposto no artigo 10, da Lei federal n°
13.303/2016.

Parágrafo primeiro - O Comitê:


1. emitirá manifestação conclusiva, de modo a auxiliar os acionistas na indicação de
Administradores e Conselheiros Fiscais sobre o preenchimento dos requisitos e a
ausência de vedações para as respectivas eleições;
II. verificará a conformidade do processo de avaliação dos Administradores e dos
Conselheiros Fiscais;
III. deliberará por maioria de votos, com registro em ata, devendo ser lavrada na
forma de sumário dos fatos ocorridos, inclusive das dissidências e dos protestos,
e conter a transcrição apenas das deliberações tomadas;

IV. deverá manifestar-se, no prazo de 7 (sete) dias, contado da data de recebimento


das fichas cadastrais e documentação comprobatória dos indicados, sob pena de
ser noticiada a omissão ao Conselho de Administração e às instâncias
governamentais competentes.

Parágrafo segundo - Em caso de manifesta urgência, o Comitê se reunirá,


facultativamente, por meio virtual, emitindo sua deliberação de forma a possibilitar
tempestivamente os procedimentos necessários.

Parágrafo terceiro - Após a manifestação do comitê, a ata deverá ser encaminhada


pela empresa ao Conselho de Defesa dos Capitais do Estado - CODEC, com solicitação
de convocação de Assembleia Geral destinada à eleição dos aprovados.

Parágrafo quarto - Os originais das fichas cadastrais e a documentação


comprobatória examinada deverão ser mantidos em arquivo pela empresa.

ARTIGO 30 - Os órgãos de administração também poderão submeter ao Comitê


solicitação de caráter consultivo objetivando o aconselhamento estratégico para o{1

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atendimento do interesse público que justificou a criação da Empresa, nos termos do


artigo 160, da Lei federal n° 6.404/1976.

ARTIGO 31 - O Comitê será composto por até 3 (três) membros, eleitos por
Assembleia Geral, sem mandato fixo, que poderão participar das reuniões daquele
Colegiado, com direito a voz, mas não a voto.

Parágrafo único - Os membros do comitê devem ter experiência profissional de, no


mínimo, 3 (três) anos na Administração Pública, ou, 3 (três) anos no setor privado, na
área de atuação da empresa ou em área conexa.

CAPÍTULO X
ÁREA DE CONFORMIDADE, GESTÃO DE RISCOS E DE CONTROLE INTERNO

ARTIGO 32 - A empresa terá uma Área de Conformidade, Gestão de Riscos e de


Controle Interno vinculada ao Diretor-Presidente e liderada por diretor estatutário
indicado pelo Conselho de Administração.

Parágrafo primeiro - A área poderá contar com o apoio operacional de auditoria


interna e manter interlocução direta com o Conselho Fiscal e com o Comitê de Auditoria.

Parágrafo segundo - A área prevista neste Capítulo se reportará diretamente ao


Conselho de Administração em situações em que se suspeite do envolvimento de
membro da Diretoria em irregularidades ou quando integrante da Diretoria se furtar à
obrigação de adotar medidas necessárias em relação à situação a ele relatada,
assegurada sempre sua atuação independente.

ARTIGO 33 - Compete à área, além do atendimento às disposições aplicáveis do artigo


9º da Lei federal n° 13.303/2016, o seguinte:

1. estabelecer políticas de incentivo ao respeito às leis, às normas e aos


regulamentos, bem como à prevenção, à detecção e ao tratamento de riscos de
condutas irregulares, ilícitas e antiéticas dos membros da empresa, devendo para
isso adotar estruturas e práticas eficientes de controles internos e de gestão de
riscos estratégicos, patrimoniais, operacionais, financeiros, socioambientais e
reputacionais, dentre outros, as quais deverão ser periodicamente revisadas e
aprovadas pelo Conselho de Administração, e comunicá-las a todo o corpo
funcional;
II. verificar a aderência da estrutura organizacional e dos processos, produtos e
serviços da empresa às leis, atos normativos, políticas e diretrizes internas e
demais regulamentos aplicáveis;
III. disseminar a importância da conformidade, do gerenciamento de riscos e do
controle interno, bem como da responsabilidade de cada área da empresa nestes
aspectos;
IV. coordenar os processos de identificação, classificação e avaliação dos riscos (r
que está sujeita a empresa;
/A-

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V. coordenar a elaboração e monitorar os planos de ação para mitigação dos riscos


identificados, verificando continuamente a adequação e a eficácia da gestão de
riscos;
VI. estabelecer planos de contingência para os principais processos de trabalho da
empresa;
VII . avaliar o cumprimento das metas previstas nos planos, projetos e orçamentos,
comprovando a legalidade e avaliando os resultados, quanto à eficácia e eficiência
da gestão orçamentária, financeira e patrimonial, nos termos do artigo 74 da
Constituição da República;
VIII. identificar, armazenar e comunicar toda informação relevante, na forma e
tempestivamente, a fim de permitir a realização dos procedimentos
estabelecidos, orientar a tomada de decisão, o monitoramento de ações e
contribuir para a realização de todos os objetivos do controle interno;
IX. verificar a aplicação adequada do princípio da segregação de funções, de forma
que seja evitada a ocorrência de conflitos de interesse e fraudes;
X. adotar procedimentos de controle interno, objetivando prevenir ou detectar os
riscos inerentes ou potenciais à tempestividade, à fidedignidade e à precisão das
informações da empresa;
XI. elaborar e divulgar o Código de Conduta e Integridade que deverá ser aprovado
pelo Conselho de Administração e ficará disponível no sítio eletrônico da empresa,
dispondo sobre os padrões de comportamento ético esperados dos
administradores, fiscais, empregados, prepostos e terceiros contratados,
implementando treinamento periódico;
XII. elaborar o programa de integridade, observadas as diretrizes estabelecidas no
Decreto estadual n° 62.349, de 26 de dezembro de 2016;
XIII. submeter à avaliação periódica do Comitê de Auditoria a aderência das práticas
empresariais ao Código de Conduta e Integridade, incluindo o comprometimento
dos Administradores com a difusão da cultura de integridade e a valorização do
comportamento ético;
XIV . manter canal institucional, que poderá ser externo à empresa, para recebimento
de denúncias sobre práticas de corrupção, fraude, atos ilícitos e irregularidades
que prejudiquem o patrimônio e a reputação da empresa, incluindo as infrações
ao Código de Conduta e Integridade;
XV. elaborar relatórios periódicos de suas atividades, submetendo-os à Diretoria, aos
Conselhos de Administração e Fiscal e ao Comitê de Auditoria.

Parágrafo primeiro - Os Administradores da empresa divulgarão e incentivarão o uso


do canal institucional de denúncias, que deverá assegurar o anonimato do denunciante
por prazo indeterminado e a confidencialidade do processo de investigação e apuração
de responsabilidades até a publicação da decisão administrativa definitiva.

Parágrafo segundo - Sob supervisão do Conselho de Administração, a empresa


deverá instituir mecanismo de consulta prévia para solução de dúvidas sobre a apli ~ ção
do Código de Conduta e Integridade e definir orientações em casos concretos. {JI(

CAPÍTULO XI
AUDITORIA INTERNA

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ARTIGO 34 - A empresa terá Auditoria Interna, vinculada diretamente ao Comitê de


Auditoria, regido pela legislação e regulamentação aplicável.

Parágrafo único - A área será responsável por aferir:


1. a adequação dos controles internos;
II. a efetividade do gerenciamento dos riscos e dos processos de governança;
III. a confiabilidade do processo de coleta, mensuração, classificação, acumulação,
registro e divulgação de eventos e transações, visando ao preparo de
demonstrações financeiras.

ARTIGO 35 - A composição e o detalhamento de suas atribuições serão definidos em


Regimento Interno, aprovado pelo Conselho de Administração.

ARTIGO 36 - Caberá ao Comitê de Auditoria referendar a escolha do responsável pela


Auditoria Interna pelo Conselho de Administração, propor sua destituição àquele e
supervisionar a execução dos respectivos trabalhos.

ARTIGO 37 - A Auditoria Interna prestará apoio operacional à Área de Conformidade,


Gestão de Riscos e de Controle Interno.

CAPÍTULO XII
CONSELHO EDITORIAL

ARTIGO 38 - A empresa terá um Conselho Editorial integrado por até 7 (sete)


membros, com mandato de 2 (dois) anos, permitida 1 (uma) recondução consecutiva.

Parágrafo primeiro - A composição e as atribuições do Conselho Editorial serão


definidas em Regulamento Interno, elaborado pela Diretoria e submetido à aprovação
do Conselho de Administração.

Parágrafo segundo - Os membros serão indicados pela Secretaria Tutelar e


submetidos à aprovação do Conselho de Administração, pela Diretoria.

Parágrafo terceiro - Os membros do Conselho Editorial receberão, a título de


remuneração mensal, um salário mínimo estadual.

CAPÍTULO XIII
REGRAS COMUNS AOS ÓRGÃOS ESTATUTÁRIOS

Posse. Impedimentos e Vedações

ARTIGO 39 - Os membros dos órgãos estatutários deverão comprovar o atendimento


das exigências legais, mediante apresentação de currículo e documentação pertinente /)
nos termos da normatização em vigor. U'f jtt-

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ARTIGO 40 - Os membros dos órgãos estatutários serão investidos em seus cargos


mediante assinatura de termo de posse lavrado no respectivo livro de atas.

Parágrafo primeiro - O termo de posse deverá ser assinado nos 30 (trinta) dias
seguintes à eleição, sob pena de sua ineficácia, salvo justificativa aceita pelo órgão para
o qual o membro tiver sido eleito, e deverá conter a indicação de pelo menos um
domicílio para recebimento de citações e intimações de processos administrativos e
judiciais, relativos a atos de sua gestão, sendo permitida a alteração do domicílio
indicado somente mediante comunicação escrita.

Parágrafo segundo - A investidura ficará condicionada à apresentação de declaração


de bens e valores, na forma prevista na legislação estadual vigente, que deverá ser
atualizada anualmente e ao término do mandato;
Parágrafo terceiro - A alteração na composição dos órgãos estatutários será
imediatamente comunicada ao Conselho de Defesa dos Capitais do Estado - CODEC.

ARTIGO 41 - Salvo na hipótese de renúncia ou destituição, considera-se


automaticamente prorrogado o mandato dos membros dos órgãos estatutários, até a
posse dos respectivos substitutos. ·

Remuneração e Licenças

ARTIGO 42 - A remuneração dos membros dos órgãos estatutários será fixada pela
Assembleia Geral e não haverá acumulação de vencimentos ou quaisquer vantagens
em razão das substituições que ocorram em virtude de vacância, ausência ou
impedimento temporário, ou acumulação em Conselhos e Comitês.

Parágrafo primeiro - A remuneração dos membros dos Comitês será fixada pela
Assembleia Geral e, nos casos em que os integrantes do Comitê também sejam
membros do Conselho de Administração, não será cumulativa .

Parágrafo segundo - Fica facultado ao Diretor, que, na data da posse, pertença ao


quadro de empregados da empresa, optar pelo respectivo salário.

ARTIGO 43 - Os Diretores poderão solicitar ao Conselho de Administração afastamento


por licença não remunerada, desde que por prazo não superior a 3 (três) meses, o qual
deverá ser reg istrado em ata.

CAPÍTULO XIV
EXERCÍCIO SOCIAL E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, LUCROS,
RESERVAS E DISTRIBUIÇAO DE RESULTADOS

ARTIGO 44 - O exercício social coincidirá com o ano civil, findo o qual a Diretoria fará /JA
elaborar as demonstrações financeiras previstas em Lei. o;
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ARTIGO 45 - As ações ordinárias terão direito ao dividendo mínimo obrigatório


correspondente a 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido do exercício, após as
deduções determinadas ou admitidas em lei.

Parágrafo primeiro - O dividendo poderá ser pago pela empresa sob a forma de juros
sobre o capital próprio.

Parágrafo segundo - A empresa poderá levantar balanços intermediários ou


intercalares, para efeito de distribuição de dividendos ou pagamento de juros sobre o
capital próprio.

CAPÍTULO XV
LIQUIDAÇÃO

ARTIGO 46 - A empresa entrará em liquidação nos casos previstos em lei, competindo


à Assembleia Geral, se o caso, determinar o modo de liquidação e nomear o liquidante,
fixando sua remuneração.

CAPÍTULO XVI
MECANISMO DE DEFESA

ARTIGO 47 - A empresa assegurará aos membros dos órgãos estatutários, por meio
de sua área jurídica ou de profissional contratado, a defesa técnica em processos
judiciais e administrativos propostos durante ou após os respectivos mandatos, por atos
relacionados com o exercício de suas funções.

Parágrafo primeiro - A mesma proteção poderá, mediante autorização específica do


Conselho de Administração, ser estendida aos empregados, prepostos e mandatários
da empresa.

Parágrafo segundo - A forma, os critérios e os limites para a concessão da assistência


jurídica estabelecida neste artigo serão definidos pelo Conselho de Administração.

Parágrafo terceiro - Com a proposta da Diretoria Colegiada, aprovada pelo Conselho


de Administração, desde que não implique conflito de interesses, fica assegurada a
assistência de advogado do quadro profissional da empresa.

Parágrafo quarto - A empresa poderá, a seu critério, manter permanentemente


contratado ou pré-qualificado um ou mais escritórios de advocacia de reconhecida
reputação profissional para estar em condições de assumir, a qualquer tempo, a defesa
técnica dos agentes abrangidos por este artigo.

Parágrafo quinto - Se, por qualquer motivo, não houver escritório de advocacia
contratado ou pré-qualificado pela empresa, ou não houver sido indicado e aprovado,
em tempo hábil, o profissional para assumir a defesa, o agente poderá contratar
advogado de sua própria confiança, caso em que os honorários e outras despesas ;J
incorridas na defesa técnica serão reembolsados ou adiantados pela empresa, após a /f-{

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comprovação da realização da despesa ou de sua iminência, desde que os valores


envolvidos tenham sido aprovados pelo Conselho de Administração quanto à sua
razoabilidade.

Parágrafo sexto - A empresa, além de assegurar a defesa técnica e o acesso em


tempo hábil a toda a documentação necessária para esse efeito, arcará com as custas
processuais, emolumentos de qualquer natureza e depósitos para garantia de instância.

Parágrafo sétimo - O agente que for condenado ou responsabilizado, com sentença


transitada em julgado, ficará obrigado a ressarcir à empresa os valores efetivamente
desembolsados, salvo quando evidenciado que agiu de boa-fé e visando ao interesse
da empresa.

Parágrafo oitavo - A empresa poderá contratar seguro em favor dos membros dos
órgãos estatutários, e, mediante aprovação do Conselho de Administração, em favor de
empregados, prepostos e mandatários, para a cobertura de responsabilidades
decorrentes do exercício de suas funções.

CAPÍTULO XVII
DISPOSIÇÕES GERAIS

ARTIGO 48 - Até o dia 30 de abril de cada ano, a empresa publicará o seu quadro de
empregos e funções, preenchidos e vagos, referentes ao exercício anterior, em
cumprimento ao disposto no § 5°, do artigo 115, da Constituição do Estado de São
Paulo.

ARTIGO 49 - Em face do disposto no artigo 101, da Constituição do Estado de São


Paulo, na forma regulamentada pelo Decreto estadual n° 56.677, de 19 de janeiro de
2011, a contratação do advogado responsável pela chefia máxima dos serviços jurídicos
da empresa deverá ser precedida da aprovação do indicado pelo Procurador Geral do
Estado, segundo critérios objetivos de qualificação, competência e experiência
profissional.

ARTIGO 50 - A empresa deverá propiciar a interlocução direta de seus advogados com


o Procurador Geral do Estado ou outro Procurador do Estado por ele indicado, com vistas
a assegurar a atuação uniforme e coordenada, nos limites estabelecidos no artigo 101
da Constituição do Estado, observados os deveres e prerrogativas inerentes ao exercício
profissional.

ARTIGO 51 - É vedada a indicação, para os órgãos estatutários da empresa, de


pessoas que se enquadrem nas causas de inelegibilidade estabelecidas na legislação
federal.

Parágrafo primeiro - A proibição presente no "caput" deste artigo estende-se às


admissões para empregos em comissão e às designações para funções de confiança.

Parágrafo segundo - A empresa observará o artigo 111-A, da Constituição do Estado


de São Paulo, e as regras previstas nos Decretos estaduais n° 57.970, de 12 de abril t
;a-
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de 2012, e n° 58.076, de 25 de maio de 2012, bem como as eventuais alterações que


vierem a ser editadas.

ARTIGO 52 - A admissão de empregados pela empresa fica condicionada à


apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado,
que deverá ser atualizada anualmente, bem como por ocasião do desligamento.

Parágrafo único - A empresa observará as regras previstas no artigo 13, da Lei federal
n° 8.429, de 2 de junho de 1992, e suas alterações posteriores, e no Decreto estadual
n° 41.865, de 16 de junho de 1997, e suas alterações posteriores, bem como as
eventuais que vierem a ser editadas.

ARTIGO 53 - A empresa observará o disposto na Súmula Vinculante n° 13, do


Supremo Tribunal Federal, e no Decreto estadual n° 54.376, de 26 de maio de 2009,
bem como as eventuais alterações que vierem a ser editadas.

Esta é cópia fiel do Livro de Registro de atas.

~ ~~
M a Pad a Mánzano
Secretária

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________
#Jr
10 TABELIÃO DE NOTAS E DE PROTESTO DE LETRAS E TÍTULOS

;=:
PROCURAÇÃO BASTANTE QUE FAZ: COMPANHIA DE PROCESSAMENTO DE DAP $
I
SÃO
STADO DE PAULO PRODESP
IFilA
-

M quantos este público instrumento de procuração bastante virem que aos vir e

dois (22) dias de novembro de dois mil e vinte e três (2023), em diligência Rua Agueda
]' Gonçalves n° 240, Bairro Jardim Pedro Gonçalves, na Cidade de Taboão da Serra, Estado de
iaJ" São Paulo, CEP 06760-900, perante mim Wanderleia Walkiria Riveros Burgos, Tabeliã
que ao final subscreve, compareceu como outorgante: COMPANHIA DE
Substituta,
iJJ PROCESSAMENTO DE DADOS DO ESTADO DE SÃO PAULO PRODESP, com sede à -

Rua Agueda Gonçalves n° 240, Bairro Jardim Pedro Gonçalves, na Cidade de Taboão da
Serra, Estado de São Paulo, CEP 06760-900; Legalmente inscrita no CNPJ/MF n°
Ij////62.577.929I000135, NIRE n° 35300010035 em sessão de 04/11/1969, Consolidação
com sua

1JJde Estatuto Social devidamente Registrada na Junta Comercial do Estado de São Paulo -

VJUCESP sob o n° 248.981/23-7 em sessão de 21/06/2023, que encontram-se arquivados na


WJVJ, Pasta 03-O sob n° 139, (anteriormente Pasta 03-O sob n° 109, Pasta 03-O sob n° 84, Pasta
IIO3 -O, sob n° 56, Pasta 03-O sob n° 22, Pasta 03-N sob n° 17, Pasta 03-M, sob n° 108; Pasta
sob n° 34, Pasta 03-B, sob n° 04, Pasta 03-J sob n° 97, Pasta 02-X sob n° 013 e Pasta
ij 03-M, sob n° 75); neste ato legalmente representada por seu Diretor Juridico, de Governança e,
Çj Gestão: ANDRE LUlZ SUCUPIRA ANTONIO, brasileiro, casado, advogado, inscrito na
OAB/RJ n° 132.090, nascido aos 26/01/1978, filho de Jorge Antonio e de Alda Sucupira
Antonio, portador da cédula de identidade RG n° 110639507 lFP-RJ e inscrito no CPF/MF4/
I74.069.667-09, com endereço comercial na Rua Agueda Gonçalves n° 240, Bairro Jardim
Pedro Gonçalves, na Cidade de Taboão da Serra, Estado de São Paulo, CEP 06760-900, eleito
reunião do Conselho de Administração realizada aos 06 de março de 2023, conforme Ata da
fieunião, registrada na Junta Comercial do Estado de São Paulo JUCESP n° 109.960/23-3,

em sessão de 15/03/2023 e por seu Diretor Administrativo -Financeiro: CAMILO COCO


CAVALCANTI, brasileiro, casado, administrador e contador, nascido aos 21/07/1979, filho de
Derivaldo Freire Cavalcanti e de Ivete Cogo Cavalcanti, portador da cédula de identidade RG n°
30.468.141-6 SSP -SP e inscrito no CPF/MF n° 289.444.658-60, com endereço comercial na
Rua Agueda Gonçalves n° 240, Bairro Jardim Pedro Gonçalves, na Cidade de Taboão da
Serra, Estado de São Paulo, CEP 06760-900, eleito na reunião do Conselho de Administração
realizada aos 21 de março de 2023, conforme Ata da Reunião, registrada na Junta Comercial
Estado de São Pauloy JUCESP n° 133.530/23-1, em sessão de 03/04/2023 e Ficha
Eadastral Simplificadacpedida pelo site: www.jucesponline.sp.gov.br (autenticidade
223560172), que fica arquivada nestas Notas na Pasta 03-O sob n° 178, (anteriormente Pasta
j 03-O, sob n° 56, Pasta 03-O sob n° 22, Pasta 03-N sob n° 17, Pasta 03-M, sob n° 108; Pasta
3-A, sob n° 34, Pasta 03-B, sob n° 04, Pasta 03-J sob n° 97, Pasta 02-X sob n° 013 e Pasta
03-M, sob n° 75); capaz, ora por aqui de passagem, dou fé. E, pela outorgante acima referida,
me foi dito que por este público instrumento e nos melhores termos de direito, nomeia e

r. constitui como bastante procuradores os advogados: MARIANA PÁDUA MANZANO, brasileira,

Ø).natural de São Paulo SP, nascida aos 22 de novembro de 1972, filha de Mario Titilla ManzanG
-

de Maria Aparecida Pádua Manzano, casada, advogada, inscrita na OAB/SP n° 146.213,

f portadora da cédula de identidade RG n° 15.340.827-3 SSP -SP e inscrita no CPF/MF n°


168.663.768-31; RODOLFO MOTTA SARAIVA, brasileiro, natural de São Paulo SP, nascido -

aos 29 de agosto de 1986, filho de Marcelo Mesquita Saraiva e de Cristina Maria Motta,

&olteiro, maior, advogado, inscrito na OAB/SP n° 300.702, portador da cédula de identidade RG


32.583.272-9 SSP -SP e inscrito no CPF/MF n° 347.161.258-07; JULIANA PASQUINI
MASTANDREA, brasileira, natural de São Paulo SP, nascida aos 10 de novembro de 1982,
-

4 I
lUlSlIIIl iiiirvivprnirii••iiiiiiuiiii niii ni..i iiui A Caetano Barrela 146 ********
Centro -
Tahoao tia Serra
REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Estado de São Paulo

Iha de Eduardo Mastandrea Junior e de Eliane Pasquini, solteira, maior, advogada, inscrita na
)AB/SP no 261 .665, portadora da cédula de identidade RG n°43.732.602 -O SSP-SP e inscrita
o CPF/MF n° 312.918.838-00; ALEXANDRE LUIZ BEJA, brasileiro, natural de São Paulo -

P, nascido 09 dezembro de 1976, filho de Ailton Beja e de Alice Teresa Meneghette Beja,
ivorciado, advogado, inscrito na OABISP n° 270.838, portador da cédula de identidade RG n°
6.601.541-4 SSP -SP e inscrito no CPF/MF n° 172.988.348-60; ALINE RODRIGUES,
rasileira, natural de Limeira SP, nascida aos 28 de julho de 1985, filha de Edson Rodrigues e
-

e Iraci Aparecida João Rodrigues, solteira, maior, advogada, inscrita na OABISP n° 310.102,

ortadora da cédula de identidade RG no 32.772.728-7 SSP -SP e inscrita no CPF/MF n°


17.707.338-41; ALVARO BEM HAJA DA FONSECA, brasileiro, natural de São Paulo SP, -

ascido aos 26 de maio de 1957, filho de Antônio Bem Haja da Fonseca e de Carminda de Sá
ito da Fonseca, casado, advogado, inscrito na OAB/SP n° 124.366, portador da cédula de
entidade RG no 9.042.676 SSP -SP e inscritoCPF/MF n° 829.304.228-15; ANDREA
no

IUNES DE PIANNI, brasileira, natural de São Paulo SP, nascida aos 27 de maio de 1975,
-

Iha de Luiz de Pianni e de Anica Nunes Gimenez, casada, advogada, inscrita na OAB/SP n°
47.261, portadora da cédula de identidade RG n° 16.463.352-2 SSP-SP e inscrita no CPF/MF
186.967.278-00; ARTHUR DAMIÃO FONTES MAIA, brasileiro, natural de Diadema SP,
0 -

ascido em 17 de maio de 1992, filho de Antônio Airton Damião Maia e de Maria das Graças
ipriano Fontes Maia, solteiro, maior, advogado, inscrito na OAB/SP no 377.583, portador da
édula de identidade RG n° 48.175.354-0 SSP-SP e inscrito no CPF/MF no 049.053.394-99:
AROLINA CELIA SHERGUE, brasileira, natural de Guaruihos SP, nascida aos 19 de maio
-

le 1986, filha de Euclides Tadeu Shergue e de Nilvanda Aparecida Kul, solteira, maior,
dvogada, inscrita na OAB/SP n° 286.939, portadora da cédula de identidade RG no
3.842.945-X SSP -SP e inscrita no CPF/MF n° 349.528.928-32; JOÃO CARLOS FERREIRA
UEDES, brasileiro, natural de São Paulo SP, nascido em 03 de junho de 1965, filho de
-

:rancisco Ferreira Guedes e de Regina do Nascimento Anta Guedes, solteiro, maior,


dvogado, inscrito na OAB/SP n° 107.857, portador da cédula de identidade RG no
1.550.716-4 SSP-SP e inscrito no CPF/MF n° 091.390.788-09; PATRICIA BELINI DE
UEIROZ REBOUÇAS, brasileira, natural de Santos SP, nascida aos 06 de junho de 1972,
-

ilha de Carlos Alberto de Queiroz Rebouças e de Sonia Maria Belini de Queiroz Rebouças,
asada, advogada, inscrita na OAB/SP n° 142.075, portadora da cédula de identidade RG n°
4.218.994-7 SSP-SP e inscrita no CPF/MF no 185.426.128-25; PAULA PEIXOTO CAVALIERI,
brasileira, natural de São Caetano do Sul SP, nascida aos 21 de janeiro de 1973, filha de
-

aulo Carneiro Grilo e de Valquíria Peixoto Grilo, divorciada, advogada, inscrita na OAB/SP n°
32.205, portadora da cédula de identidade RG no 17.537.987-7 SSP -SP e inscrita no CPF/MF
0
149.038.168-69; e RODRIGO STABILE, brasileiro, natural de São Paulo SP, nascido aos -

)3 de dezembro de 1975, filho de Osmar José Stabile e de Silene Mulato Stabile, casado,
idvogado, inscrito na OAB/SP n° 182.652, portador da cédula de identidade RG n°
5.533.003-O SSP-SP e inscrito no CPF/MF n° 258.530.208-38, todos com endereço comercial
Rua Agueda Gonçalves n° 240, 3° andar, lado ímpar, Bairro Jardim Pedro Gonçalves, na
idade de Taboão da Serra, Estado de São Paulo, CEP 06760-900, (dados fornecidos por
leclaração); aos quais confere amplos poderes para o foro em geral, com a cláusula "ad
dicia", para representá-la em qualquer instância, juízo ou tribunal, bem como perante
lualquer ente da esfera administrativa e o Ministério Público, podendo, em conjunto ou
eparadamente, independentemente de ordem ou nomeação, propor contra quem de direito
is ações competentes, como também defendê-la nas contrárias, seguindo umas e outras até
mal decisão, usando os recursos legais e acompanhando-os, inclusive em processos
idministrativos e expedientes de inquérito de qualquer natureza, conferindo ainda poderes
speciais exciusivamente aos três primeiros nomeados, para receber citações, notificações e
intimações judiciais, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir,
renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso,
promover levantamento de depósitos judiciais e alvarás, nomear prepostos em processos
( /// ////
í
______

10 TABELIÃO DE NOTAS E DE PROTESTO DE LETRAS E TÍTULOS ____

TABOAODASERRA -SP __

COMARCA DE TABOÃO DA SERRA


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THELMA TEREZINHA DA CUNHA

ãÍiTàiiisubstabeIecer esta a outrem, com reservas de iguais poderes. E dê


o disse, dou fé, me pediu e eu lhe lavrei o presente instrumento, que lido e achado conformef
vai devidamente assinado pelos diretores da empresa outorgante.(Selos por verba e
1/2023. Emolumentos: Oficial/Tabeliäo(ã): R$ 348,54; Estado: R$ 99,06; Secretaria cja
p23/1
Fazenda: R$ 67,78; Ministério Público: R$ 16,72; Registro Civil: R$ 18,34; Tribunal de Justiç4:
23,92; Santa Casa: R$ 3,48; Município (ISS): R$ 10,44; Total: R$ 588,28). Nada mais, do

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WANDERLEIA WAIKIRIA RIVEROS BURGOS/J
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s screvo, dou fé e assino em público e raso.

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úmero do Selo Digital do Livro: 1118561 PR00000003467562 8 V br R$: R$ 588,28


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Para conferir a procedência deste docu en efetue a leitura do


Code impresso ou acesse o endereço ele nico
https:aselodigital.tjsp.jus.br.
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V. Caetano Barre'a, 146 Cena
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CEP 06763-460

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Av Caetano Barrela 146 Centro -
Taboao Da
SUBSTABELECIMENTO

Eu, JULIANA PASQUINI MASTANDREA, brasileira, solteira, advogada, inscrita na OAB/SP


sob o nº 261.665, SUBSTABELEÇO COM RESERVAS DE IGUAIS, os poderes a mim
outorgados por COMPANHIA DE PROCESSAMENTO DE DADOS DO ESTADO DE SÃO
PAULO - PRODESP, pessoa jurídica de direito público inscrita no CNPJ sob o n°
62.577.929/0001-35, com sede à Rua Agueda Gonçalves, nº 240, no município de Taboão
da Serra, Estado de São Paulo, aos advogados MARCELO OLIVEIRA ROCHA, brasileiro,
casado, inscrito na OAB/SP 113.887; NEI CALDERON, brasileiro, casado, inscrito na OAB/SP
114.904, FABIANO ZAVANELLA, brasileiro, casado, inscrito na OAB/SP 163.012; GISELE
DE ANDRADE DE SÁ, brasileira, casada, inscrita na OAB/SP 208.383; PATRÍCIA
MASCKIEWIC ROSA ZAVANELLA, brasileira, casada, inscrita na OAB/SP 167.236;
JACKELINE RAMOS LEITE, brasileira, solteira, inscrita na OAB/SP 270.311; CAMILA
MARIA FOLTRAN LOPES, brasileira; solteira, inscrita na OAB/SP 227.125; DEBORA
APARECIDA COTTA, brasileira, casada, inscrita na OAB 274.289; RAFAEL RICARDO,
brasileiro, solteiro, inscrito na OAB/SP 380.718; THIAGO FELICIANO, brasileiro, casado,
inscrito na OAB/SP 264.283, SHEILA DOS SANTOS DULTRA, brasileira, solteira, inscrita
na OAB/SP 280.902; EMILLE DE ARRUDA LEONE, brasileira, solteira, inscrita na OAB/SP
383.721; HASSEN HAMMOUD FERREIRA, brasileiro, casado, inscrito na OAB/SP
413.026, todos com escritório profissional na Avenida Paulista, 1274 - 19 andar -
Bela Vista - São Paulo/SP, 01310-100 - Telefone: (11) 3357-2300.

Para que possam praticar todos os atos consignados no instrumento de mandato que
acompanha este documento, no foro em geral, perante qualquer Juízo, Instância ou Tribunal,
podendo propor quaisquer ações, defendê-la nas que forem propostas e promover medidas
preliminares, preventivas ou assecuratórias dos seus direitos e interesses, para o que lhes
confere os poderes da Cláusula “Ad-Judicia”, e mais os especiais para realizar levantamento
de valores/alvarás judiciais, nomear prepostos, bem como participar de quaisquer atos que
se façam necessários ao bom e fiel desempenho deste mandato, podendo inclusive
substabelecer no todo ou em parte a presente, com reservas.

São Paulo, 20 de março de 2024

JULIANA PASQUINI Assinado de forma digital por JULIANA


PASQUINI MASTANDREA:31291883800
MASTANDREA:31291883800 Dados: 2024.03.20 13:40:41 -03'00'
______________________________________________
JULIANA PASQUINI MASTANDREA
OAB/SP nº 261.665
e-PET - Sistema de Cadastramento e Tramitação Eletrônica de Petições
Comprovante Interno de Recebimento de Petição Eletrônica

Petição Recebida Via e-Doc

Data de Protocolo da Petição: 01/04/2024 22:11


Número da Petição: 208553/2024-0
Processo no TST: Ag-AIRR - 11090-07.2020.5.15.0084
Número de Protocolo: 19762410
Processo: 0011090-07.2020.5.15.0084
Tipo Documento: Procuração/Substabelecimento
Assunto(s): Instrumento de Mandato

19762410

Assinada digitalmente por: FABIANO ZAVANELLA (CPF 25601930864)

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