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Justiça do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho
PROCESSO Nº TST-Ag-AIRR-10888-73.2015.5.03.0008
Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100265C4CC18ECBB3B.
A C Ó R D Ã O
(5ª Turma)
GMBM/ALL/mv
PROCESSO Nº TST-Ag-AIRR-10888-73.2015.5.03.0008
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incluído pela Lei nº 13.015/2014,
dispõe ser ônus da parte, sob pena de não
conhecimento, "indicar o trecho da
decisão recorrida que consubstancia o
prequestionamento da controvérsia
objeto do recurso de revista". Na
presente hipótese, a parte recorrente
não observou o requisito contido no
dispositivo, o que inviabiliza o
prosseguimento do recurso de revista.
Agravo não provido. MULTA DO ARTIGO 477,
§ 8°, DA CLT. VÍNCULO DE EMPREGO.
RECONHECIMENTO EM JUÍZO. O e. TRT, ao
concluir que há a incidência da multa do
art. 477, § 8º, da CLT nas hipóteses de
reconhecimento do vínculo empregatício
em juízo, decidiu em consonância com o
entendimento pacificado nesta Corte por
meio da Súmula nº 462. Incidem,
portanto, a Súmula nº 333 desta Corte e
o art. 896, § 7º, da CLT como óbices ao
prosseguimento da revista. Agravo não
provido.
V O T O
1 - CONHECIMENTO
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Preenchidos os pressupostos de admissibilidade,
conheço do agravo.
2 – MÉRITO
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REMUNERAÇÃO, VERBAS INDENIZATÓRIAS E
BENEFÍCIOS / SALÁRIO/ DIFERENÇA SALARIAL
Examinados os fundamentos do acórdão, constato que o
recurso não demonstra divergência jurisprudencial válida e
específica, nem contrariedade com Súmula de jurisprudência
uniforme do C. TST ou Súmula Vinculante do E. STF, tampouco
violação literal e direta de qualquer dispositivo de lei federal e/ou
da Constituição da República, como exigem as alíneas "a" e "c"
do art. 896 da CLT.
Diversamente do alegado, a Turma julgadora decidiu em
sintonia com as Súmulas 362, II, (prescrição do FGTS) e 462
(multa do art. 477 da CLT), todas do TST, de forma a sobrepujar
os arestos válidos que adotam tese diversa e afastar as violações
apontadas.
Não ensejam recurso de revista decisões superadas por
iterativa, notória e atual jurisprudência do C. Tribunal Superior
do Trabalho (§ 7º do art. 896 da CLT e Súmula 333 do TST).
No mais, o acórdão recorrido está lastreado em provas.
Somente revolvendo-as seria, em tese, possível modificá-lo, o
que é vedado pela Súmula 126 do C. TST.
Não há ofensas ao art. 818 da CLT e ao art. 373 do CPC,
em relação a todos os temas suscitados. A Turma adentrou o
cerne da prova, valorando-a contrária aos interesses da
recorrente.
Ademais, as teses adotadas pela Turma traduzem, no seu
entender, a melhor aplicação que se pode dar aos dispositivos
legais pertinentes, o que torna inviável o processamento da
revista, além de impedir o seu seguimento por supostas lesões à
legislação ordinária.
CONCLUSÃO
DENEGO seguimento ao recurso de revista.
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A parte agravante não infirmou os fundamentos do despacho agravado,
os quais, em virtude do acerto, adoto como razões de decidir, integrando esta
decisão para todos os efeitos jurídicos.
Registre-se que este Tribunal Superior do Trabalho tem admitido a
confirmação jurídica e integral de decisões por seus próprios fundamentos
(motivação per relationem).
Nesse sentido, os seguintes precedentes: AgR-AIRR -
114-59.2014.5.02.0068 , Relator Ministro: Walmir Oliveira da Costa, 1ª
Turma, DEJT 01/12/2017; Ag-AIRR - 20004-79.2015.5.04.0104, Relator
Ministro: Guilherme Augusto Caputo Bastos, 5ª Turma, DEJT 16/12/2016;
Ag-AIRR - 2753-98.2011.5.02.0086, Relator Ministro: Alexandre de Souza
Agra Belmonte, 3ª Turma, DEJT 25/08/2017; Ag-AIRR -
1272-57.2014.5.02.0034, Relatora Ministra: Maria Cristina Irigoyen
Peduzzi, 8ª Turma, DEJT 02/06/2017.
Ante o exposto, com fulcro no art. 118, X, do Regimento Interno desta
Corte, nego seguimento ao agravo de instrumento.”
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que as referidas notas fiscais emitidas em face da reclamada não eram
sequenciais em diversas épocas;
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A distinção entre o empregado e o trabalhador autônomo constitui
matéria complexa, devido às semelhanças entre as duas formas de prestação
de serviços.
Embora patente a dificuldade em diferenciá-los, a distinção se
evidenciará pela análise das condições em que se desenvolveram os serviços,
de modo a detectar a ingerência do tomador na rotina laboral, o que configura
a subordinação jurídica, elemento fundamental e presente, de forma
acentuada, no contrato de emprego e inexistente na relação de trabalho
autônomo.
Admitida a prestação de serviços, atraiu a reclamada para si o
ônus da prova da ausência de subordinação jurídica na relação de
trabalho havida, nos termos do art. 818/CLT, c/c art. 373, II, CPC/15, ônus
do qual não se desincumbiu a contento.
Isto porque, ao se analisar os autos, coaduno do entendimento
adotado pelo d. Juízo de origem, no sentido de que restaram configurados
os elementos necessários ao reconhecimento do vínculo de emprego,
sendo certo que as atividades realizadas pela parte autora caracterizam
labor em atividade-fim da reclamada.
Neste sentido, o depoimento do próprio preposto da ré foi bastante
esclarecedor no aspecto, em especial quanto à inexistência de autonomia
do obreiro no desempenho de suas atividades, que ora transcrevo (grifos
acrescidos- Id 5948baf - Pág. ½):
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Reclamante fazia, pois este não era controlado pela Reclamada;
que o Reclamante na Reclamada se reportava ao departamento
de compras/corporativa e dentro do projeto o Reclamante se
reportava ao coordenador do projeto; que o contato do
Reclamante com o coordenador era com o objetivo do controle
do prazo e serviços a serem executados; que os prazos eram
estabelecidos pelo cliente final; que o cronograma do projeto é
divulgado pelo terceiro, no caso o cliente; caso o atraso na
entrega do projeto/seviço (sic) seja atribuível ao Reclamante,
este pode arcar com uma multa contratual pelo atraso, fixada
pelas partes de acordo com o contrato de prestação de serviços;
que a solução é o Reclamante fazer um ajuste no prazo ou
contratar auxiliares para conseguir cumprir o prazo; não se
recorda do Reclamante ter indicado substituto, mas poderia
indicar; que o Reclamante trabalhava de um a dois sábados por
ano; que o Reclamante poderia receber por quinzena ou por mês,
a depender do prazo de medição estabelecido para cada contrato;
que o Reclamante parou de prestar serviços porque encerrou o
projeto elétrico S11D da Vale foi concluído; que a empresa do
Reclamante foi desmobilizado como prestadora de serviço
porque não havia mais demanda na área dele.
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de área pelo coordenador e conferência do trabalho na área
designada; que o coordenador conferia os trabalhos, fazia
anotações no documento e pedia que fosse refeito; que não havia
diferença na prestação de serviços do depoente comparada com a
do Reclamante; os projetos não poderiam ser executados fora das
dependências da Reclamada; que o Reclamante nunca indicou
substituto para realização do serviço; que o Reclamante foi
demitido pelo supervisor de disciplina Antônio Parreiras; que o
projeto estava no final, estavam sendo reduzidas as equipes e o
Reclamante foi dispensado; que o depoente estava presente no
momento em que o Reclamante foi dispensado; que o depoente
foi dispensado após o Reclamante; que foi dispensado entre
março e maio/2015; que acredita que o Reclamante foi
dispensado no final de 2013; que o depoente realizava projetos
elétricos, assim como o Reclamante; não leu a petição inicial do
Reclamante antes de prestar depoimento; que existia um recesso
do dia 23/12 a 02/01 todos os anos; que nunca trabalhou no
recesso; que acredita que o Reclamante trabalhou no período do
recesso, mas como não estava presente não pode afirmar; não se
recorda do Reclamante ter problema de ordem pessoal e precisar
se ausentar da empresa; nunca presenciou o Reclamante sendo
advertido ou sofrendo qualquer punição na empresa; que sempre
gozou uma hora de intervalo; que nas vezes que saía para
almoçar o Reclamante permanecia trabalhando; quando estava
gozando o intervalo no próprio escritório também via o autor
trabalhando; que o Reclamante geralmente lanchava e voltava
para trabalhar; quando o Reclamante estava no escritório
costumava comer um pote de granola; que o cliente final também
fazia anotações para correções nos projetos; que o procedimento
era finalizar o trabalho, o supervisor realizar a vistoria e
encaminhar para o cliente e se o projeto não atendesse às
expectativas do cliente retornava ao projetista; que recebia por
mês aproximadamente R$2.630,00; que as funções do depoente
eram idênticas às do Reclamante; dentro do horário em que o
Reclamante estava trabalhando, não realizava projetos para
outros clientes além da Reclamada; não sabe dizer se o
Reclamante teve sócio de fato ou de direito em sua PJ.
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horários de trabalho, as ausências e, ainda, quem acompanhava a
execução dos trabalhos através de cronogramas.
Além do mais, o fato de os projetistas ficarem alocados na
reclamada, com mesa e local próprio de trabalho e, ainda, o fato de que
visitavam as obras trajando uniforme da reclamada é mais um indício
da subordinação jurídica existente.
E, não apenas comprovada a subordinação direta, como bem
registrou o d. Juízo de origem, restou comprovada a subordinação
estrutural, mediante a integração do autor à dinâmica organizativa e
operacional da reclamada, eis que exercia atividade fim na reclamada,
porquanto, como projetista na área de elétrica, o autor auxiliava a reclamada
na consecução do seu objeto social (prestação de serviços de engenharia no
setor mineral), tanto que há projetistas com carteira assinada que exercem o
mesmo tipo de trabalho que o autor, o que deixa claro que a própria natureza
da prestação laboral conduz à necessidade de a empresa manter em seus
quadros empregados desenhistas/projetistas.
Assim, na hipótese dos autos, configurou-se o que a doutrina tem
denominado por ‘pejotização’, fenômeno no qual os empregados prestam
serviços através de pessoa jurídica para a empresa (empregadora), na
tentativa de burlar o cumprimento das leis trabalhistas, dissimulando a
relação de emprego, o que não pode ser tolerado, incidindo, no caso, o
art. 9º/CLT, sendo certo que tanto as testemunhas obreiras quanto a
empresária prestam serviços para a reclamada através de uma pessoa
jurídica.
Ressalta-se que o fato de a empresa ter sido constituída, pelo
reclamante, anteriormente à contratação pela reclamada em nada
altera a relação de emprego existente pelas partes.
Restou comprovado, ainda, que o reclamante prestava serviços de
forma ininterrupta e exclusiva e não apenas por projetos, como afirmado
pela reclamada em suas razões recursais.
Sobre a pessoalidade, a prova oral, de forma indubitável, demonstrou
que a prestação de serviços era efetuada pessoalmente pelo reclamante, não
existindo provas de que o mesmo poderia ser substituído.
O requisito da não eventualidade também está presente, uma vez que a
prova oral revelou que o reclamante comparecia de forma eventual à
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empresa, sendo a atividade desempenhada pelo obreiro diretamente
relacionada à atividade-fim da reclamada (cláusula 3ª do contrato social
de Id eb2ba91 - Pág. 2), e não acessória, como alegado nas razões recursais.
Por fim, a onerosidade restou provada através das notas fiscais
anexadas nos Ids 60fd535 e seguintes.
Nesse contexto, evidenciado o trabalho nos moldes dos artigos 2º e
3º da CLT, impõe-se reconhecer o vínculo empregatício existente entre o
reclamante e a reclamada, mostrando-se correta a r. sentença de origem que
declarou nulo o contrato de prestação de serviços firmado pelas partes e
declarou o vínculo de emprego entre elas.
Uma vez não desconstituído o vínculo empregatício declarado pela r.
decisão, ficam mantidas as verbas dele decorrentes, que não foram
questionadas nas razões recursais de forma específica.
Tampouco é caso aqui de ofensa ao princípio da boa-fé objetiva
contratual, ante a fraude perpetrada pela reclamada (art. 9º/CLT).
No que se refere à remuneração e à base de cálculo das verbas da
condenação, considerando a remuneração por hora fixada nos contratos de
prestação de serviços (Ids 3cf1abb e seguintes) e, ainda, as notas fiscais
mensais relacionadas aos serviços prestados (Ids 60fd535 e seguintes), é
possível aferir a remuneração líquida mensal do reclamante, mostrando-se
correta a r. sentença de origem, que fixou a média salarial de R$15.000,00, à
base de comissões, durante todo o contrato de trabalho.
Ademais, não merecem prosperar as alegações recursais da reclamada
de que os valores quitados ao reclamante já englobam as horas extras, que
será analisada em tópico apartado.
Nego provimento.”
“JUÍZO DE MÉRITO
Em síntese, alega a reclamada que houve omissão quanto à análise de
aspectos fáticos relevantes apresentados na defesa que levariam à não
caracterização do vínculo de emprego.
Sem razão.
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Nos termos do art. 1022 do NCPC, que reproduz as hipóteses de
cabimento dos embargos de declaração do CPC/73, esses são cabíveis
quando o julgado apresentar obscuridade ou contradição, ou quando for
omitido ponto sobre o qual o juízo devia se pronunciar. Ainda, de acordo
com o art. 897-A da CLT, os embargos também são cabíveis ante a presença
de manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso.
Nessa esteira, em sede de embargos declaratórios, a omissão a ser
suprida é a ausência de solução para uma questão controvertida. A
contradição a ser sanada é aquela ínsita à própria decisão, ou seja, a existente
dentro de seus fundamentos ou entre estes e o relatório ou a parte conclusiva,
e não do acórdão com os fatos e provas por ele analisados ou, ainda,
dispositivos de lei e outras decisões, o que não é o caso dos autos, porque o
julgado encerra decisão fundamentada para todas as questões aduzidas no
feito.
Pelo que se depreende da leitura da petição de embargos (Id 2847c24),
os argumentos aventados não apontam, efetivamente, qualquer vício a ser
sanado via embargos de declaração (art. 1022 do NCPC e art. 897-A da
CLT). Na verdade, a embargante pretende rediscutir matéria que foi
examinada, para obter substancial modificação do julgado, o que não é
permitido.
Veja-se que a matéria relativa ao vínculo de emprego, verbas
rescisórias e média remuneratória foi devidamente enfrentada no v.
acórdão de Id d4857ea - Pág. 02/06.
Cabe ressaltar que o juiz não está obrigado a rebater expressamente
todas as teses apresentadas, mas tão somente aquelas capazes de infirmar a
conclusão adotada (art. 489, §1º, IV, CPC/2015). Subsiste, entretanto, o
dever constitucional de declarar as razões que lhe formaram a convicção
(artigo 93, IX, da CR/88), o que se cumpriu fielmente, não se verificando,
assim, qualquer deficiência na prestação jurisdicional, tampouco violação
aos dispositivos legais e constitucionais citados.
Quanto ao disposto no art. 489, § 1º, IV, do CPC de 2015, transcreve-se
a seguinte decisão do Col. STJ:
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declaração contra decisão que não se pronuncie tão somente
sobre argumento incapaz de infirmar a conclusão adotada. Os
embargos de declaração, conforme dispõe o art. 1.022 do
CPC/2015, destinam-se a suprir omissão, afastar obscuridade ou
eliminar contradição existente no julgado. O julgador não está
obrigado a responder a todas as questões suscitadas pelas partes,
quando já tenha encontrado motivo suficiente para proferir a
decisão. A prescrição trazida pelo inciso IV do § 1º do art. 489 do
CPC/2015 ["§ 1º Não se considera fundamentada qualquer
decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão,
que: (...) IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no
processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo
julgador"] veio confirmar a jurisprudência já sedimentada pelo
STJ, sendo dever do julgador apenas enfrentar as questões
capazes de infirmar a conclusão adotada na decisão. (EDcl no
MS 21.315-DF, Rel. Min. Diva Malerbi (Desembargadora
Convocada do TRF da 3ª Região), julgado em 8.6.2016, DJe
15.6.2016)
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O Colegiado a quo consignou, ainda, a existência de
comprovada onerosidade em razão das notas fiscais juntadas aos autos,
e ainda, que o autor prestava serviços na atividade-fim da reclamada,
pois exercia a função de projetista na área de elétrica.
In casu, tem-se que o e. TRT se manifestou de maneira
explicita e fundamentada, acerca das questões ventiladas nos embargos
de declaração, tudo com base nas provas colacionadas aos autos.
Assim, não se verifica a pretensa violação dos artigos
93, IX, da CF, 832 da CLT, 498, II, § 1º, IV e 1.022, I e II, parágrafo
único, II, do NCPC.
Ante o exposto, nego provimento ao agravo.
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prequestionamento dos referidos temas, inviável se torna o seu
prosseguimento, uma vez que não estão satisfeitos os requisitos contidos
no art. 896, § 1º-A, da CLT.
Nesse contexto, não tendo sido apresentados
argumentos suficientes à reforma da r. decisão impugnada, deve ser
desprovido o agravo.
Ante o exposto, nego provimento ao agravo.
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aplica-se ao empregador a multa por atraso no pagamento das
verbas rescisórias. (ex-Súmula n. 12/TRT3)
(Disponibilização/divulgação: DEJT/TRT3 18/09/2013,
19/09/2013 e 20/09/2013)
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jurisprudencial transcrita. Agravo não provido. (Ag-AIRR -
20775-86.2015.5.04.0741 , Relator Ministro: Breno Medeiros, Data de
Julgamento: 15/08/2018, 5ª Turma, Data de Publicação: DEJT 17/08/2018)
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649-72.2016.5.17.0141 , Relator Ministro: Alberto Luiz Bresciani de Fontan
Pereira, Data de Julgamento: 13/03/2019, 3ª Turma, Data de Publicação:
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Convocada: Cilene Ferreira Amaro Santos, Data de Julgamento: 08/11/2017,
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