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Poder Judiciário

Justiça do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho

PROCESSO Nº TST-Ag-AIRR-731-72.2019.5.13.0024

Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 1005A64CDB579D0348.
ACÓRDÃO
(8ª Turma)
GMDMA/PR

AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM


RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO PELO
RECLAMADO. INOVAÇÃO RECURSAL. Inviável
a apreciação da tese levantada neste agravo,
porque inovatória, uma vez que não constou
das razões do recurso de revista. Agravo não
provido.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo em Agravo


de Instrumento em Recurso de Revista n° TST-Ag-AIRR-731-72.2019.5.13.0024, em que
é Agravante BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A. e é Agravada SANDRA MARIA FLOR.

Trata-se de agravo interposto à decisão que denegou


seguimento ao agravo de instrumento em recurso de revista, na forma dos arts. 932, III
e IV, “a”, do CPC; 896, § 14, da CLT e 118, X, RITST.
Inconformado, o reclamado alega que seu recurso reunia
condições de admissibilidade. Pugna pela reconsideração da decisão agravada.
Foram apresentadas contrarrazões.
É o relatório.

VOTO

1 – CONHECIMENTO

Preenchidos os requisitos de admissibilidade recursal,


CONHEÇO do agravo.

2 – MÉRITO

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Esta relatora apreciou o agravo de instrumento em recurso de


revista do reclamado, adotando os seguintes fundamentos:

Trata-se de agravo de instrumento interposto à decisão que denegou


seguimento ao recurso de revista pelos fundamentos a seguir transcritos:

PRESSUPOSTOS
EXTRÍNSECOS Tempestivo o recurso (decisão publicada em
09.07.2021 – id. 949a1f6; recurso apresentado em 21.07.2021 - id.
8605a67).
Regular a representação processual (id. b7566bd – págs.
01/07).
Preparo satisfeito (ids. f2d962b e 06c7e32).
PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS TRANSCENDÊNCIA
À luz do art. 896-A da CLT, o recurso de revista somente
poderá ser analisado se oferecer transcendência com relação aos
reflexos gerais de natureza econômica, política social ou jurídica.
Todavia, a análise desse pressuposto intrínseco compete ao
próprio TST (art. 896-A, §6º, da CLT), razão pela qual deixa-se de
aferi-lo.
ESTABILIDADE POR ACIDENTE DE TRABALHO.
REINTEGRAÇÃO. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA Alegações:
a) violação ao art. 5º, II, da CF/88;
b) violação ao art. 118 da lei nº 8213/91;
c) violação aos artigos 300, § 3º, 371 e 479 DO CPC;
d) violação ao art. 818 da CLT;
e) contrariedade à súmula 378 do TST;
f) divergência jurisprudencial.

Alega o recorrente que o acórdão recorrido violou o art. 118


da Lei 8213/91 e contrariou o teor da súmula 378 do TST, ao
reformar a sentença para deferir o pleito de nulidade da
demissão da reclamante, determinando a reintegração no
emprego. Afirma que a estabilidade provisória apenas pode ser
concedida quando da ocorrência de acidente de trabalho ou
equiparado, nos termos do art. 118 da Lei 8213/91, e ainda se
submete ao cumprimento de requisitos constantes da súmula
378 do TST, o que não é o caso dos autos, pois inexiste relação da
doença que acomete a autora e o trabalho por ela executado.
Também declara que a decisão impugnada ofende o art.
479 do CPC, na medida em que os fundamentos nela expostos
demonstram que a Turma julgadora não acatou a conclusão do
laudo pericial.
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Diz que o nexo técnico epidemiológico previdenciário


(NTEP) gera apenas uma presunção relativa, admitindo prova em
contrário, razão pela qual a sua aplicação indiscriminada viola o
art. 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal. Cita alguns arestos,
nos quais indica dissenso pretoriano. Por fim, destaca que, ao
deferir a antecipação da tutela, com a imediata reintegração da
reclamante, com a mesma remuneração e vantagens que recebia
por ocasião da dispensa, restou violado o parágrafo 3º do artigo
300 do CPC, já que, em caso de reversão do decisum, a
possibilidade de a recorrente reaver os valores pagos como
salários e vantagens é bastante remota.
Sobre o tema, esta Corte se pronunciou nos seguintes
termos (id. b6a960c):
“(…) Impende registrar que o contrato de trabalho entre a
autora e reclamada teve início em 26/11/1991. No ano de 2014, a
autora foi dispensada, porém houve a reintegração ao trabalho
mediante decisão judicial proferida nos autos do processo nº
0031900-56.2014.5.13.0023.
Nos presentes autos, houve nova dispensa em 10/06/2019,
após a autora retornar de gozo do benefício previdenciário. Em
audiência, o magistrado decidiu acerca da antecipação da tutela
referente à reintegração, nos seguintes termos (ID. e121a33):
Observa-se, através dos elementos constantes dos autos, que a
reclamante obteve diagnóstico das patologias relacionadas na inicial.
Outrossim, foi concedido, pelo INSS, o benefício do auxílio doença
acidentário (B-91), com vigência até 16/05/2019.
Desse modo, considerando o que estabelece o art. 118 da Lei
n° 8.213/1991, e diante da presença dos requisitos correspondentes à
probabilidade do direito e do perigo de dano ou o risco ao resultado
útil do processo, DEFIRO o pleito formulado pela autora e concedo a
tutela de urgência, conforme previsto nos artigos 300 e seguintes do
CPC, para determinar a reintegração no emprego anteriormente
ocupado, no prazo de 5 (cinco) dias, contados após a intimação da
empresa reclamada.
À luz do art. 118 da Lei 8.213/1991, faz jus o empregado à
estabilidade provisória desde que tenha afastamento proveniente de
acidente de trabalho ou doença equiparada a acidente por prazo
superior a 15 dias e, neste caso, o benefício concedido pelo INSS é da
espécie 91.
São dois, portanto, os requisitos para a aquisição da
estabilidade, quais sejam, a existência de acidente típico ou
constatação de doença equiparada e o afastamento por um período
superior a 15 dias.

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A Súmula 378, item II, do TST, pacificando esse entendimento


na seara trabalhista, estabelece os pressupostos necessários para
concessão de estabilidade provisória decorrente do acidente de
trabalho, a qual ficou assim grafada:
II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o
afastamento superior a 15 dias e a consequente percepção do
auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida,
doença profissional que guarde relação de causalidade com a
execução do contrato de emprego.
Vê-se, assim, que o TST fixou duas premissas básicas para que
possa ser concedido o benefício da estabilidade provisória, a saber:
Assinado eletronicamente por: THIAGO DE OLIVEIRA ANDRADE -
Juntado em: 23/07/2021 14:18:26 - 8f91779
1º - afastamento superior a 15 dias; e 2º - percepção do
auxílio-doença acidentário.
Examinando a prova documental, o magistrado contatou que
os o INSS concedeu o auxílio-doença sob a espécie 91 e pelo período
de mais de 15 dias, o que caracteriza o auxílio-doença por acidente
de trabalho, preenchendo, desta forma, os requisitos estabelecidos
pela Súmula supracitada. Vejamos (ID. 99054cd) Analisando a prova
documental, observo que existem nos autos as cartas de concessão
do benefício do auxílio doença por acidente de trabalho (91), a partir
das seguintes datas: 07/04/2014, 08/04/2015, 26/05/2016,
08/03/2018 e 16/04 /2019.
Ademais, o juízo de origem determinou a realização de perícia
médica para avaliação da situação da autora. O laudo pericial
apresentou a seguinte conclusão (ID. 8343c8b):
Concluímos que comprovadamente a reclamante foi acometida
de doenças osteoarticulares alegadas na Petição Inicial,
representadas por Síndrome do Túnel do Carpo - CID 10 G 56.0,
Epicodilite lateral - CID 10 M 77.1, Epicondilite medial – CID 10 M 77.0,
as quais geraram incapacidade laborativa, de caráter multifatorial,
crônicas degenerativas, tendo o trabalho contribuído para o
agravamento em grau médio, pela exposição ergonômica,
caracterizando Nexo Concausal em grau médio.
As demais doenças, representadas por Sinovite e Tenossinovite
não especificadas – CID 10 M 65.9, Transtorno do disco cervical com
radiculopatia - CID 10 M 50.1 e Síndrome do manguito rotador - CID
10 M 75.1, são crônicas degenerativas, multifatoriais, não tendo o
trabalho contribuído para o seu agravamento, não tendo gerado
incapacidade laborativa.
No momento encontra-se em boas condições de saúde, tendo
realizado os testes ortopédicos e funcionais apresentando discretos
sintomas, representados por sensibilidade à palpação dos nervos

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medianos, sem limitações funcionais, estando apta para exercer a


função a qual foi reabilitada, havendo a recomendação de não voltar
a exercer atividades de elevada exigência ergonômica para os
membros superiores, como a de Caixa, como prevenção para que não
ocorra uma recidiva. Encontra-se apta para as atividades da vida
cotidiana.
(…) Diante dessas constatações, infere-se que a reclamante
estava incapacitada para o trabalho no momento da demissão, razão
pela qual, correto o entendimento esposado no decisum, que
determinou a sua reintegração no emprego, por considerar a
despedida irregular.
Na presente hipótese, o afastamento previdenciário não é
requisito indispensável para o reconhecimento ao direito à garantia
de emprego, porquanto houve comprovação inequívoca de que a
patologia adquirida pelo autor é de responsabilidade do réu, como
restou apurado na perícia. Logo, entende-se que o reclamante tem
direito à garantia no emprego. Mesmo a omissão do empregador
quanto ao reconhecimento de doença profissional posterior à
extinção do contrato não afasta o direito à estabilidade provisória,
aplicando-se a parte final do item II da Súmula nº 378 do TST.
Diante desse quadro, as assertivas do recorrente/reclamado
relacionadas ao tema em foco não encontram amparo, devendo ser
mantida a sentença no particular.
Quanto ao pedido sucessivo, entendo que não há interesse
recursal, tendo em vista que a limitação já restou estabelecida em
sentença, conforme prevê o art. 118 da Lei 8.213 /1991 e Súmula 378
do TST.”
Pelos fundamentos expostos no acórdão hostilizado, não
vislumbro ofensa aos preceitos normativos suscitados. Pelo
contrário, denota-se que a decisão foi pautada nos dispositivos
legais indicados como violados.
Do trecho acima transcrito, verifica-se que a Corte Regional
entendeu que “a reclamante estava incapacitada para o trabalho
no momento da demissão, razão pela qual, correto o
entendimento esposado no decisum, que ”determinou a sua
reintegração no emprego, por considerar a despedida irregular.
Restou esclarecido que “o magistrado contatou que os o INSS
concedeu o auxílio-doença sob a espécie 91 e pelo período de mais de
15 dias, o que caracteriza o auxílio-doença por acidente de trabalho,
preenchendo, desta forma, os ”requisitos estabelecidos pela Súmula
378.
Observa-se que a Turma Julgadora firmou convencimento
quanto à matéria elencada com base no contexto fático e
probatório dos autos e, nesse sentido, uma suposta modificação

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na decisão demandaria, necessariamente, o reexame de fatos e


provas, o que encontra óbice na dicção da súmula nº 126 do TST,
inviabilizando o manejo e seguimento do presente recurso de
revista, inclusive por divergência jurisprudencial.
Ademais, o entendimento regional, nos moldes explicitados
no texto decisório, mostra-se coeso aos contornos da Súmula 378
do TST, como bem ressaltado no acórdão objurgado, o que
impede a revisão, conforme preceitua a Súmula 333 do TST.
Inviável, pois, o seguimento do apelo nesse aspecto.

INDENIZAÇÃO ESTABILITÁRIA SUBSTITUTIVA Alegação:


a) contrariedade à súmula 396 do TST;
Afirma que o acórdão recorrido contraria o enunciado
sumular apontado pois, ao entender pela nulidade da demissão
da reclamante, não deferiu o pleito de indenização substitutiva
pelo período estabilitário de 12 meses, totalmente aplicável aos
autos.
Indica o seguinte trecho do acórdão recorrido (id. b6a960c -
Pág. 9):
“Quanto ao pedido sucessivo, entendo que não há interesse
recursal, tendo em vista que a limitação já restou estabelecida em
sentença, conforme prevê o artigo 118 da Lei 8.213/1991 e Súmula
378 do TST."
Pois bem. O recorrente, conforme se infere do acórdão
impugnado, pleiteou que, caso mantido o entendimento de
nulidade de rescisão contratual, fosse limitada a condenação ao
período de 12 (doze) meses após o término do gozo do benefício
previdenciário (01/05/2019), aplicando-se o que determina a
Súmula 396/TST. (id. b6a960c - Pág. 7) Do trecho acima transcrito,
denota-se que a Turma julgadora verificou a inexistência de
interesse recursal do ora recorrente quanto ao referido pedido
“tendo em vista que a limitação já restou estabelecida em
sentença, conforme "prevê o artigo 118 da Lei 8.213/1991 e
Súmula 378 do TST.
Desta feita, não se vislumbra contrariedade à súmula 396
do TST. Na verdade, a matéria envolve insatisfação com o
posicionamento da Turma, fato que, por si só, não autoriza o
acesso à instância extraordinária.
Assim, denego seguimento ao apelo revisional nos termos
aqui propostos.
COMPENSAÇÃO/DEDUÇÃO DOS VALORES PAGOS À TÍTULO
DE VERBAS RESCISÓRIAS EM INTEGRALIDADE Alegação:
a) violação ao art. 884 do CC;

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Atesta que este Regional entendeu equivocadamente que


não lhe é devida a restituição integral das verbas rescisórias e da
multa do FGTS, o que enseja o enriquecimento ilícito do recorrido.
Requer que seja conhecido e provido o apelo para que seja feita a
compensação/dedução dos valores pagos a título de verbas
rescisórias, sob pena de estar violado o art. 884 do CC.
Vejamos o que a Turma decidiu sobre a matéria:
“Requer a compensação de todos os valores pagos a título de
verbas rescisórias e, ainda, o valor correspondente a multa de 40%
sobre o FGTS, sob pena de reconhecimento ilícito e violação ao art.
884 do CC. Sem razão.
Quanto ao tema referente às verbas rescisórias, o magistrado
decidiu da seguinte forma " Autorizo a dedução dos valores recebidos
por ocasião da rescisão contratual, conforme demonstra o TRCT
acostado no ID. 50161cb" (ID. 99054cd - Pág. 10).
Contudo, em julgamento aos embargos declaratórios, o juiz
saneou o vício apontado, conforme abaixo transcrito (ID. 898cfff):
A reclamante alega que nem todos os valores especificados no
TRCT devem ser deduzidos nos cálculos, pois diversos deles têm fatos
geradores que se mantiveram mesmo com a desconstituição da
rescisão contratual.
De fato, o saldo de salário, o 13º salário, as horas extras a
gratificação semestral pagos com o TRCT permanecem devidos à
reclamante mesmo com a retomada do contrato de trabalho.
Assim, acolho os embargos também quanto a esse ponto e
esclareço que os valores especificados no TRCT (ID. 50161cb) que
devem ser deduzidos nos cálculos são, como afirmado pela
reclamante, apenas os de aviso prévio e férias + 1/3 vencidas e
proporcionais.
Assim sendo, entendo a matéria foi devidamente tratada, de
modo que não prospera o inconformismo do recorrente.
No mesmo sentido, entendo que decidiu com acerto o
magistrado acerca da multa rescisória, no julgamento dos embargos.
Vejamos (ID. 898cfff - Pág. 3-4):
O reclamado diz que, embora o juízo tenha determinado a
dedução, nos cálculos, dos valores pagos por meio de TRCT, não se
manifestou acerca da multa de 40% do FGTS.
De fato, desfeita a rescisão contratual e determinada a
reintegração da reclamante, é correto que a multa de 40% do FGTS
seja devolvida ao reclamado, pois sua causa jurídica deixou de existir.
No entanto, como dito pela reclamante em suas contrarrazões,
a dedução da multa nos cálculos a prejudicaria, pois esse dinheiro
não foi pago a ela; está em sua conta vinculada.

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Isso posto, acolho parcialmente os Embargos do reclamado no


particular. Rejeito o pedido de dedução da multa de 40% do FGTS nos
cálculos, mas determino Assinado eletronicamente por: THIAGO DE
OLIVEIRA ANDRADE - Juntado em: 23/07/2021 14:18:26 - 8f91779
que, oportunamente, seja expedido alvará para saque do
correspondente valor da conta vinculada da reclamante e devolução
à empresa.
Sem reformas.”
Pelos fundamentos expostos no acórdão hostilizado, não
vislumbro ofensa ao dispositivo legal suscitado.
Do trecho acima transcrito, verifica-se que o acórdão
recorrido pontuou que “o saldo de salário, o 13º salário, as horas
extras a gratificação semestral pagos com o TRCT permanecem
devidos à reclamante mesmo com a retomada do trabalho” uma vez
que “nem todos os valores especificados no TRCT devem ser
deduzidos nos cálculos, pois diversos deles têm fatos geradores que
se mantiveram ”mesmo com a desconstituição da rescisão
contratual.”
Além disso, quanto à multa rescisória, houve determinação
de devolução do valor pertinente à empresa nos seguintes
termos: “Rejeito o pedido de dedução da multa de 40% do FGTS
nos cálculos, mas determino que, oportunamente, seja expedido
alvará para saque do correspondente valor da conta vinculada da
reclamante e devolução à empresa”. A Turma julgadora, para
tanto, expôs que “a dedução da multa nos cálculos a prejudicaria,
pois esse dinheiro não foi pago a ela; está em sua conta vinculada.”
Diante de tais considerações, o que se percebe é a
insatisfação com o posicionamento da Turma sob o tema, fato
que, por si só, não autoriza o acesso à instância extraordinária.
Denego seguimento.
MULTA DIÁRIA POR DESCUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO DE
FAZER
Alegação:
a) violação ao art. 884 do CC;
b) violação aos artigos 537, § 1º, I, e 815, do CPC;
c) violação ao art. 12 da Lei nº 7.347/85;
O recorrente afirma que o acórdão impugnado violou os
referidos preceitos normativos ao entender devida a multa por
descumprimento da Assinado eletronicamente por: THIAGO DE
OLIVEIRA ANDRADE - Juntado em: 23/07/2021 14:18:26 - 8f91779
obrigação de fazer, referente a reintegração da autora de
forma tempestiva. Alega que foi devidamente comprovada a
reintegração da reclamante, nos moldes do mandado de

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reintegração expedido, não havendo que se cogitar em prejuízos


à trabalhadora.
Diz que a multa aplicada revela-se excessiva, e nos moldes
em que foi estipulada, viola os artigos 537, § 1º, I, e 815, do CPC,
bem como o art. 12 da Lei nº 7.347/85. Cita arestos de outros
Regionais, indicando divergência jurisprudencial neste aspecto.
A propósito, a Turma assim resolveu:
“Compulsando os autos, constato que diversamente do alegado
pelo recorrente, houve sim prejuízo causado à autora, tendo em vista
a mora na reintegração, ensejando a insegurança no cumprimento
da determinação judicial.
Por oportuno, transcrevo parte da decisão que de forma
detalhada analisa a mora no cumprimento da determinação judicial,
o que culminou com a condenação ao pagamento da multa (ID.
99054cd - Pág. 14): Por ocasião da sessão de audiência realizada no
dia 26/08/2019 (ID. e121a33), foi deferido o pedido de concessão da
tutela de urgência, "para determinar a reintegração no emprego
anteriormente ocupado, no prazo de 5 (cinco) dias, contados após a
intimação da empresa reclamada". Foi fixada multa pelo
descumprimento da determinação, no valor de R$ 100,00, por dia de
atraso, até o limite de R$ 10.000,00.
De acordo com a certidão inserida no ID. c4e6fcf, o reclamado
foi intimado dessa decisão no dia 10/09/2019.
No dia 13/09/2019 foi requerida a reconsideração da
determinação de reintegração e a dilação do prazo por cinco dias
para comprovar o cumprimento da decisão.
Por ocasião da audiência realizada no dia 16 /09/2019, foi
determinado que a Secretaria fizesse conclusão dos autos para
análise do pedido de reconsideração.
Em seguida, a reclamante, através da petição inserida no ID.
4f525b7, informou a respeito do descumprimento, até aquela data
(29/09/2019), da decisão que deferiu a tutela de urgência, e pediu a
majoração do valor da multa imposta.
Pela decisão inserida no ID. b3970d0, foi mantida a decisão
liminar, concedido o prazo de cinco dias, a contar da intimação, para
o seu cumprimento e indeferido o pleito de majoração da multa.
A intimação foi publicada em 08/10/2019 (ID. 12c8124).
A reclamante, em 01/11/2019, mais uma vez, informa a
respeito do descumprimento da decisão e pede a majoração da
multa imposta (ID. 00ebcf2).
Pela decisão inserida no ID. 2e371ba, foi reconhecida a mora,
pois, até aquela data (05/11/2019), passados 19 dias, não havia
comprovação a respeito da reintegração da empregada. Também foi
concedido novo prazo para o cumprimento da decisão (cinco dias), e

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majorado o valor diário da multa, para R$ 500,00, até o efetivo


cumprimento.
A empresa, através da petição de ID. 1593808, protocolizada
em 25/11/2019, diz que promoveu a reintegração da autora.
Por sua vez, a reclamante, através da petição inserida no ID.
683d5c2, sustenta que somente no dia 27/11 /2019 recebeu
telegrama de convocação para submissão a exame de retorno ao
trabalho no dia 28/11/2019.
Considero, diante do que consta no documento inserido no ID.
5cc3089, que assiste razão à reclamante, quanto à mora no
cumprimento da decisão. Verdadeiramente, apenas no dia
27/11/2019 a empresa fez a convocação de retorno ao trabalho e, no
dia 28/11 /2019, concretizou a reintegração determinada.
Portanto, é devida a multa pela demora no cumprimento da
decisão que determinou a reintegração da reclamante, levando conta
os valores fixados no ID. e121a33 (R$ 100,00, por dia de atraso) e no
ID. 2e371ba (R$ 500,00, por dia de atraso).
Diante de todo o exposto, não prospera o pleito sucessivo de
redução do valor da multa, tendo em vista que o banco, ora
recorrente, estava ciente da cominação que lhe foi imposta e assumiu
o risco de pagar a multa diante da mora no cumprimento da
reintegração.”
Do trecho acima exposto, denota-se que a Turma julgadora
constatou “que diversamente do alegado pelo recorrente, houve sim
prejuízo causado à autora, tendo em vista a mora na reintegração,
ensejando a insegurança no cumprimento da determinação judicial.”
Outrossim, ressaltou que “Diante de todo o exposto, não
prospera o pleito sucessivo de redução do valor da multa, tendo em
vista que o banco, ora recorrente, estava ciente da cominação que lhe
foi imposta e assumiu o risco de pagar a multa diante da mora no
cumprimento da reintegração.”
Assim sendo, não se verifica afronta aos dispositivos legais
suscitados.
Observa-se que a Turma Julgadora firmou convencimento
quanto à matéria elencada com base no contexto fático e
probatório dos autos e, nesse sentido, uma suposta modificação
na decisão demandaria, necessariamente, o reexame de fatos e
provas, o que encontra óbice na dicção da súmula nº 126 do TST,
inviabilizando o manejo e seguimento do presente recurso de
revista, inclusive por divergência jurisprudencial.
Portanto, inviável a admissão do recurso de revista, no
particular.

JUROS DE MORA

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Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho fls.11

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PROCESSO Nº TST-Ag-AIRR-731-72.2019.5.13.0024

Alegações:
a) violação ao art. 5º, II da CF/88
b) violação ao art. 899 da CLT c) violação à Lei nº 6.830/80;
d) divergência jurisprudencial.
Afirma que o dispositivo constitucional foi violado, pois o
recorrente foi condenado a pagar juros de mora sem qualquer
previsão legal. Alega que não pode haver incidência de juros até a
garantia real da execução e não até a data do pagamento do
crédito.
Colaciona jurisprudência sobre a matéria, a qual
comprovaria o dissenso pretoriano apto à admissão do presente
apelo.
Transcrevo trecho do acórdão que trata a questão:
“Assevera o recorrente que os juros são devidos a partir do
ajuizamento da ação até a garantia real da execução, não havendo
que se falar em juros até o efetivo pagamento.
À análise.
Quanto a esta matéria não precisa se tecer maiores
comentários, tendo em vista que os juros de mora são verbas
acessórias do quantum deferido ao trabalhador, tendo em vista que
a sua incidência será efetivada tomando por base de cálculo o
referido valor, bem como são aplicadas por imposição legal.
Desta forma, como o percentual dos juros de mora (art. 39, §
1º, da Lei 8.177/91) incide sobre o valor da condenação imposta ao
reclamado, havendo alteração em tal valor a mesma refletirá, por
corolário lógico, na quantificação de tais verbas.
Irretocável, pois, a decisão.”
O entendimento regional, nos moldes explicitados no texto
decisório, mostra-se coeso às normas legais, não se verificando
contrariedade aos dispositivos mencionados.
Também cumpre salientar que os arestos colacionados
pela recorrente não se prestam a demonstrar o alegado dissenso
jurisprudencial, pois não há citação da fonte oficial ou do
repositório autorizado em que foram publicados, não atendendo
ao pressuposto constante na súmula n° 337, I, do TST.
Recurso inadmitido no termos aqui propostos.

INSS – FATO GERADOR Assinado eletronicamente por:


THIAGO DE OLIVEIRA ANDRADE - Juntado em: 23/07/2021
14:18:26 - 8f91779
Alegações:
a) violação ao art. 5º, II e art. 150, I da CF;
b) divergência jurisprudencial.

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Afirma o recorrente que o fato gerador dos recolhimentos


previdenciários oriundos da reclamação trabalhista ocorre
quando do pagamento do crédito devido ao empregado.
A Turma expôs as seguintes razões de decidir:
“Esta celeuma existente quanto ao momento oportuno para
aplicação dos juros incidentes nas contribuições sociais deixou de
ocorrer após a entrada em vigor da Lei 11.941/2009, a qual incluiu o
§ 2º ao art. 43 da Lei 8.212/1991.
O art. 43, caput e §§ 1º e 2º, da Lei 8.212 /1991 encontram-se
assim grafados: (…) Assim, no que se refere ao fato gerador das
contribuições sociais decorrentes da sentença, vê-se que o dispositivo
legal supracitado é taxativo em afirmar que "considera- se ocorrido o
fato gerador das contribuições sociais na data da prestação do
serviço", consequentemente, não há outro caminho a seguir, senão
reconhecer como fato gerador da contribuição previdenciária à época
em que houve a prestação de serviço e, por consequência, a
incidência de juros a partir de tal data.
Ressalte-se que o futuro cálculo de liquidação dirá respeito ao
de 2019/2020, por consequência já estão inseridos nos ditames na Lei
11.941/2009, não havendo que se falar na modulação quanto a sua
aplicação, devendo, por consequência, ser observado o disposto na
Súmula 368, item V, do TST:
V - Para o labor realizado a partir de 5.3.2009, considera-se
fato gerador das contribuições previdenciárias decorrentes de
créditos trabalhistas reconhecidos ou homologados em juízo a data
da efetiva prestação dos serviços. Sobre as contribuições
previdenciárias não recolhidas a partir da prestação dos serviços
incidem juros de mora e, uma vez apurados os créditos
previdenciários, aplica-se multa a partir do exaurimento do prazo de
citação para pagamento, se descumprida Assinado eletronicamente
por: THIAGO DE OLIVEIRA ANDRADE - Juntado em: 23/07/2021
14:18:26 - 8f91779
a obrigação, observado o limite legal de 20% (art. 61, § 2º, da
Lei nº 9.430/96). (grifo acrescido) Frise-se, por oportuno, no que se
refere a multa, nos moldes do item V da Súmula 368 do TST, acima
transcrita, a mesma só será aplicada "a partir do exaurimento do
prazo de citação para pagamento, se descumprida a obrigação,
observado o limite legal de 20%".
Desta forma, não poderá ser cobrada multa do executado, se
ainda não houve a citação para pagamento da contribuição
previdenciária.
Diante deste quadro, não há como prosperar a irresignação
da recorrente, devendo ser mantido incólume os parâmetros para o
cálculo da contribuição previdenciária.

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Nada a modificar."
Pelos fundamentos expostos no acórdão recorrido, não
vislumbro contrariedade aos dispositivos mencionados.
A conclusão a que chegou este Regional, nos moldes
explicitados no texto decisório, está de acordo com as normas
legais e segue o teor da Súmula nº 368 do TST, obstaculizando a
revisão conforme preceitua o § 7º do art. 896 da CLT e a Súmula
nº 333 do TST.
Denego seguimento.
Denego seguimento.

CONCLUSÃO

a) DENEGO seguimento ao recurso de revista.

Inconformada, a parte agravante sustenta, em síntese, que seu recurso


de revista preenche os pressupostos de admissibilidade, na forma do art. 896
da CLT, motivo pelo qual requer o processamento do apelo.
À análise.
A parte agravante traz em suas razões recursais a demonstração de seu
inconformismo. Contudo, não apresenta argumentos capazes de invalidar os
fundamentos da decisão agravada, o que inviabiliza o prosseguimento do
recurso.
A admissibilidade do recurso de revista restringe-se às estreitas
hipóteses jurídicas do art. 896, “a”, “b” e “c”, da CLT, com os limites contidos
nos §§ 2º, 7º e 9º do referido artigo, em consonância com as Súmulas 266, 333
e 442 desta Corte Superior.
Nos termos dos arts. 932, III e IV, do CPC; 896, § 14, da CLT e 118, X, do
RITST, o Relator está autorizado a denegar seguimento ao recurso de revista
que não preenche os pressupostos intrínsecos ou extrínsecos de
admissibilidade, podendo, inclusive, adotar como razões de decidir, os
fundamentos da decisão impugnada.
Destaca-se a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, no sentido de
que a técnica de manutenção da decisão recorrida por seus próprios e
jurídicos fundamentos ou da fundamentação per relationem não configuram
ofensa ao art. 93, IX, da Constituição Federal, tampouco em desrespeito aos
princípios do devido processo legal, do contraditório ou da ampla defesa (RHC
130542 AgR/SC, Relator Ministro Roberto Barroso, Órgão Julgador: Primeira
Turma, DJe-228 de 26/10/2016).
No Tribunal Superior do Trabalho, em igual sentido, os seguintes
julgados de Turmas: Ag-AIRR-115100-23.2009.5.19.0005, 1ª Turma, Relator
Ministro Luiz Jose Dezena da Silva, DEJT 09/08/2021;
Ag-AIRR-3040-51.2013.5.02.0002, 2ª Turma, Relatora Ministra Maria Helena
Mallmann, DEJT 24/05/2019; Ag-AIRR-147-13.2012.5.06.0002, 4ª Turma, Relator

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Ministro Guilherme Augusto Caputo Bastos, DEJT 18/06/2021;


Ag-AIRR-2425-30.2015.5.02.0022, 5ª Turma, Relator Desembargador
Convocado Joao Pedro Silvestrin, DEJT 28/05/2021;
Ag-AIRR-685-19.2013.5.02.0083, 7ª Turma, Relator Ministro Evandro Pereira
Valadão Lopes, DEJT 06/08/2021 e AgR-AIRR-453-06.2016.5.12.0024, 8ª Turma,
Relatora Ministra Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, DEJT 25/08/2017.
Dessa forma, no caso concreto, após a análise das razões aduzidas pela
parte recorrente, mantenho a decisão agravada e adoto integralmente os
seus fundamentos os quais passam a integrar essas razões de decidir.
Diante do exposto e com fundamento nos arts. 932, III e IV, “a”, do CPC;
896, § 14, da CLT e 118, X, RITST, NEGO SEGUIMENTO ao agravo de
instrumento.

O agravante insurge-se contra a decisão denegatória com


relação ao tema “JUROS DE MORA”.
Afirma que “há de se aplicar os efeitos da modulação constante
da ADC 58, para que os juros e correção monetária, a partir do ajuizamento da ação,
sejam computados considerando tão somente a taxa Selic”.
Colaciona decisão do STF.
Postula a aplicação da decisão do STF proferida na ADC 58, a fim
de que seja excluída a aplicação de juros de mora (art. 39, § 1º, da Lei 8.177/91) sobre o
valor da condenação imposta ao reclamado.
Analiso:
Inviável a apreciação da tese levantada neste agravo, porque é
inovatória, uma vez que não constou das razões do recurso de revista.
NEGO PROVIMENTO ao agravo.

ISTO POSTO

ACORDAM os Ministros da Oitava Turma do Tribunal Superior do


Trabalho, por unanimidade, negar provimento ao agravo.
Brasília, 3 de abril de 2024.

Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)


DELAÍDE MIRANDA ARANTES
Ministra Relatora

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