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AGRAVO DE INSTRUMENTO
À luz do art. 1.016, inciso IV, do CPC/15, informa o nome e endereço dos
procuradores: I) do agravante: PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO, Rua do Carmo, nº 27, Centro, Rio de Janeiro – RJ e II) da agravada: Massa
Falida da sociedade EMPRESA DE VIAÇÃO ALGARVE LTDA, exercendo a
Administração Judicial a K2 CONSULTORIA ECONÔMICA, com endereço na Rua Primeiro
de Março, nº 23, 14º andar, Centro, Rio de Janeiro/RJ.
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Embora dispensado de fazê-lo, nos termos do art. 1.017, §5º, do CPC, considerando o
grande volume de páginas dos autos e com o intuito de facilitar a apreciação da questão por
V. Exas., informa o agravante que instruiu esta petição de agravo de instrumento com as
seguintes cópias: (i) decisão de decretação de falência (Doc. 01); (ii) manifestação do
Administrador Judicial (Doc. 02); (iii) decisão de id. 3.830 (Doc. 03); (iv) petição de
embargos de declaração apresentada pelo ERJ (Doc. 04); (v) da decisão agravada que
rejeitou os embargos de declaração (Doc. 05). O agravante declara a autenticidade dessas
peças, nos termos do art. 425, IV, do CPC.
Nesses termos,
espera deferimento.
Roberta Barcia
Procuradora do Estado
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RAZÕES DO AGRAVANTE
Egrégio Tribunal,
Colenda Câmara,
Tempestividade
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à SEFAZ do Rio de Janeiro, para que tomassem ciência da necessidade de baixa dos veículos
e débitos posteriores a decretação de quebra desta massa, em razão dos diversos incêndios
e depredações que os bens sofreram desde a atuação do feito, sendo possível sua apreciação
conforme laudos periciais acostados à este processo falimentar. Todavia, em que pese os
requerimentos tenham sido deferidos por este Douto Juízo, até a presente data não foram
expedidos os ofícios requeridos, se encontrando pendente de digitação e encaminhamento
aos órgãos competentes para que procedam as medidas cabíveis, para fins de afastar
eventuais cobranças indevidas de valores oriundos dos bens sucateados.
Assim, requereu que fosse expedido ofício à Secretaria de Estado e Fazenda do Rio
de Janeiro – SEFAZ/RJ, para que dê baixa nos débitos dos veículos (IPVA, multas, taxa de
Contra tal decisão, o Estado do Rio de Janeiro opôs embargos de declaração para
que fosse sanada a obscuridade apontada.
Fls. 3841/3844: conheço dos embargos, uma vez que tempestivos. Entretanto, considerando que,
como muito bem esclareceram não apenas a falida (fls. 3859/3861) como o Administrador Judicial
(fls. 3868/3873), não se trata aqui de discussão de matéria de Dívida Ativa judicial aos autos do
processo falimentar, pois, na verdade e ao contrário do percebido pela embargante, a controvérsia
trata meramente da situação fática dos bens arrecadados, pois esta competência é do juízo
falimentar, razão pela qual deixo de dar provimento aos mesmos.
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PRELIMINARMENTE
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
Nesse sentido, foi firmada, inclusive, tese, no Tema 1022 do STJ, de que “É cabível
agravo de instrumento contra todas as decisões interlocutórias proferidas nos processos de
recuperação judicial e nos processos de falência, por força do art. 1.015, parágrafo único,
CPC”.
Logo, sendo a r. decisão agravada uma interlocutória proferida nos autos de processo
falimentar, é manifesto o cabimento deste agravo de instrumento.
NO MÉRITO
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Registre-se, por oportuno, que a decretação da falência não impõe a extinção das
execuções fiscais em curso, tendo em vista serem estas instrumento legal por excelência
de cobrança de créditos públicos e a via adequada para impugnação dos créditos,
sendo certo que as constrições patrimoniais restam inviabilizadas apenas para não macular
o concurso de credores estabelecido no processo falimentar. Neste sentido, vem decidindo o
Egrégio Superior Tribunal de Justiça:
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falida.
A esta altura, resta evidenciado que o processo falimentar não é a via adequada para
se discutir o débito da falida, devendo a massa diligenciar diretamente junto à Vara de
Fazenda Pública ou à SEFAZ para eventuais questionamentos quanto aos débitos.
Com efeito, não desconhece esta signatária que o Oficial de Justiça, ao lacrar a
empresa em cumprimento de mandado judicial certificou, em 11/12/2018 (Doc. 06), que os
veículos de titularidade da falida encontravam-se em estado de sucata, ipsis litteris:
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CONCLUSÃO
Nesses termos,
Espera deferimento.
Roberta Barcia
Procuradora do Estado
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