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Parte Autora:
WAGNER SEVERO DA SILVA
Parte ré:
AECIO FREITAS DA SILVA
BANCO SAFRA
SENTENÇA
Vistos, etc. Dispensado o relatório nos termos do art. 38 da Lei nº 9.099/95. Fundamento e decido.
intricada prova pericial para o seu deslinde, sendo necessária tão-somente a produção dos documentos já juntados
na presente ação.
No que se refere às preliminares de carência da ação arguidas pelo 1º Réu (AÉCIO FREITAS DA SILVA),
rejeito, uma vez que confundem-se com o próprio mérito da demanda, e serão analisadas no bojo da presente
decisão.
Declara a parte Autora que realizou a portabilidade de um empréstimo junto à CEF para o Banco Réu, a fim
de liberar a sua margem consignável para firmar um novo empréstimo. Segue dizendo que as transações foram
realizadas por orientação do 1º Réu, que seria um correspondente do Banco Safra, 2º Réu. Afirma que, após ter
sua margem consignável positiva, celebrou contrato para quitação do empréstimo junto à CEF no valor de
R$10.359,06.
Em seguida, alega que se viu coagido a assinar um REFIN, em condições menos vantajosas do que as
anteriormente acordadas, e em 16/10/2019 o Banco Réu depositou em sua conta o valor de R$14.649,71. Informa
que estranhou a quantia, pois deveria ser depositado apenas o valor do `troco` decorrente do REFIN de
Assevera que procurou o 1º Réu a devolver a quantia depositada em excesso, de R$10.675,52, que o
orientou a depositar na conta da esposa do Sr. Aécio, conforme comprovante, mas que foi surpreendido
posteriormente com a cobrança de parcelas referente a esse valor pois o 1º Réu não tinha conseguido devolver os
valores ao Banco Réu.
Diante tais fatos, a parte autora almeja a declaração de nulidade do contrato de empréstimo, referente à
quantia de R$10.675,52 e de inexistência de débito, restituição dos valores descontados, em dobro, e indenização
por danos morais.
O 1ª réu (evento nº 53) por sua vez apresentou contestação alegando, em apertada síntese, que o valor de
R$14.649,71 , depositado na conta do Autor refere-se a um empréstimo junto ao Banco Olé ¿ Bonsucesso (evento
nº 53.4).
O 2º Réu, em contestação (evento nº 52), sustenta que foi regularmente celebrado contrato de
Compulsando os autos, o extrato de conta corrente juntado pelo Autor (evento nº 1.5) não permite
verificar quem realizou a TED no montante de R$14.649,71, logo, não se pode inferir que foi realizada pelo
Não há comprovação, assim, de que o Banco Réu fez depósitos indevidos na sua conta. Em contestação, a
mesma somente faz referência ao valor de R$10.675,52 que foi utilizado para quitação de débito do Autor junto à
CEF, e seria descontado 64 parcelas de R$273,67 em seu contracheque, conforme contrato devidamente assinado
Inclusive, o 1º Réu assevera e traz documentos referentes a um contrato firmado entre o Autor e um outro
Banco (Olé Consigado), pessoa jurídica estranha á presente lide, que fazem crer que, a bem da verdade, o
déposito de R$14.649,71 foi realizado por aquele Banco, e não pelo Banco Réu (evento nº 53.4).
Os descontos em contracheque, realizados pelo Banco Réu, portanto, referem-se apenas à portabilidade de
débitos junto à CEF.
Desta forma, o Autor não comprovou a realização de depósito realizado pelo banco Réu, em quantia além
do quanto contratado.
Por outro lado, o Autor não postulou a devolução dos valores depositados na conta/corrente da esposa do
1º Réu, a Sra. Jaine Silva dos Santos Freitas, também terceira estranha à lide, pelo que este Juízo fica adstrito ao
Desta forma, sugiro que a presente ação seja JULGADA IMPROCEDENTE, com fundamento no artigo 487, inc. I,
Em caso de eventual recurso, sendo certificada a tempestividade, este fica recebido no efeito meramente
devolutivo.
Juiza Leiga
HOMOLOGAÇÃO
HOMOLOGO, por seus fundamentos e dispositivos indicados, para que surta efeitos jurídicos, o projeto de
TARDELLI BOAVENTURA
Juiz de Direito