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CIVIL
Das Provas em Espécie
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Das Provas em Espécie
Anderson Ferreira
Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Das Provas em Espécie.................................................................................................................................................4
Da Ata Notarial. . .................................................................................................................................................................5
Do Depoimento Pessoal...............................................................................................................................................7
Da Confissão........................................................................................................................................................................9
Da Prova Documental.. .................................................................................................................................................12
Da Força Probante do Documento........................................................................................................................12
Da Exibição do Documento ou da Coisa. ............................................................................................................13
Da Falsidade Documental..........................................................................................................................................17
Da Produção da Prova Documental.....................................................................................................................19
Dos Documentos Eletrônicos. . ................................................................................................................................21
Da Prova Testemunhal...............................................................................................................................................23
Da Prova Pericial.. ..........................................................................................................................................................29
Da Inspeção Judicial.. ...................................................................................................................................................34
Questões de Concurso................................................................................................................................................37
Gabarito...............................................................................................................................................................................47
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................48
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Apresentação
Olá, querido(a) estudante! É com grande alegria e imenso entusiasmo que início, junto com
você, companheiro(a) virtual, mais um encontro para tratar do nosso maravilhoso Processo
Civil. O tema da aula de hoje será sobre provas em espécie. Vamos lá, vamos trabalhar!
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Bem, tratamos acerca da teoria geral das provas e, doravante, trabalharei as provas em
espécie. Veja, a temática relativa às provas pode ser dividida em:
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Com relação a perícia extrajudicial, ela não consta, de modo expresso, como prova típica no
Novo Código de Processo Civil. No decorrer da exposição, iremos desenvolver melhor o tema.
Essa questão foi apenas para “aquecermos a nossas turbinas”.
Letra d.
Da Ata Notarial
A ata notarial era considerada uma prova atípica no Código de Buzaid (1973). No entanto,
com o advento da nova legislação processual, ela está expressa a partir do artigo 384.
Essa prova em espécie possui o condão de atestar ou documentar a existência ou modo
de existir de algum fato percebido por um tabelião (que possui fé pública), o qual verifica uma
situação e a descreve mediante ata (certifica o fato por meio de instrumento público).
Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou documentados, a
requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.
Diante do raciocínio apresentado, suponha que Bill celebrou um contrato de compra e ven-
da de cem gravatas borboletas verde cana com Pepe. Conquanto Bill tenha pagado pelo ador-
no, Pepe não entregou o objeto da relação contratual. Inconformado, Bill resolve ajuizar uma
ação e solicita ao Tabelião que veja as mensagens entre os contratantes, por meio das quais
Pepe negocia as gravatinhas e afirma que mesmo tendo recebido o valor acordado, não iria
entregá-las. Bem, o tabelião poderá atestar a situação mediante a lavratura da ata.
Parágrafo único. Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos eletrônicos po-
derão constar da ata notarial.
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A ata verifica a existência ou modo de existir de algum fato, porém, não comprova a veracidade
deles (dos fatos).
A assertiva E se harmoniza com o que estabelece o artigo 384 do Novo Código de Processo Civil.
Letra e.
A assertiva está em conformidade com o artigo 384 do Código de Processo Civil de 2015.
Certo.
A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou documentados, a requeri-
mento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião. Parágrafo único. Dados representados por
imagem ou som gravados em arquivos eletrônicos poderão constar da ata notarial.
Certo.
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Do Depoimento Pessoal
Bem, ocorrerá o depoimento pessoal quando as partes (autor e réu) forem chamadas a prestar
esclarecimentos acerca de fatos relativos ao processo. Antes de verticalizar um pouco mais acer-
ca do depoimento das partes, é necessário que se estabeleça uma diferença entre depoimento
pessoal e interrogatório, haja vista o artigo 385 do Código de Processo Civil citá-los em seu texto.
Veja, o depoimento visa o esclarecimento da parte acerca de fatos relativos ao processo,
poderá ser requerido pelo adverso (a parte contrária) e ocorrerá na audiência de instrução e
julgamento. Noutro giro, o interrogatório se presta a esclarecer algum ponto que não tenha
ficado claro e pode ser determinado pelo Juiz a qualquer momento.
Veja que interessante: O novo CPC trouxe o depoimento pessoal de ofício, que é chamado
de interrogatório. Um dos poderes do Juiz é interrogar as partes sobre a causa (artigo 139,
VIII). A distinção principal é o fato de que o depoimento pessoal da parte admite a pena de
confissão ficta (a parte não comparece ou se nega a responder), enquanto o interrogatório
não pode ser feito sob pena de confissão ficta (artigo 139, VIII). Veja o que estabelece o artigo
385 do Novo Código de Processo Civil:
Art. 385. Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta seja interro-
gada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de ordená-lo de ofício.
O autor possui legitimidade para requerer o depoimento do réu e o réu do autor. No entanto, a
parte não poderá requerer o próprio depoimento pessoal.
Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta seja interrogada na
audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de ordená-lo de ofício.
Errado.
Ok, a parte será intimada pessoalmente para prestar o depoimento, e o Juiz irá adverti-la
sobre a pena de confesso, a qual significa que serão presumidos verdadeiros os fatos alega-
dos pela parte contrária (presunção relativa, juris tantum), caso o intimado não compareça à
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audiência ou compareça, mas se recuse a depor, se a parte não responder as perguntas a ela
dirigidas ou for evasivo (se desviar das perguntas feitas) o Juiz irá avaliar os outros elementos
probatórios e, com base neles, irá declarar se a parte se recusou a depor.
A confissão, no depoimento pessoal, decorre não apenas do não comparecimento, mas decor-
re também do comparecimento sem depoimento.
Amigo(a), muitas vezes o pretenso depoente reside em local diverso de onde tramita o
processo e, em razão disso, por meio dos recursos tecnológicos disponíveis, é admissível a
colheita do depoimento via videoconferência ou outro recurso de transmissão de dados em
tempo real, situação possível na audiência de instrução.
No momento do depoimento a parte irá responder acerca dos fatos que interessem ao
processo. Porém, para isso, não poderá levar o depoimento escrito, afinal, imagine as partes le-
varem um Best Seller com o mesmo número de páginas de um Vade Mecum para a audiência...
Aí, não! Contudo, a boa notícia, para o depoente, é que o artigo 387 da Lei de Ritos permite a
consulta a breves apontamentos, cujo objetivo seja complementar esclarecimentos.
Agora, o artigo 388 da Lei de Ritos prevê alguns casos em que as partes não precisarão de-
por e sobre elas não incidirá a pena de confesso. Vamos analisar o dispositivo e seus incisos,
venha comigo!
Obs.: Quer dizer, a parte não estará obrigada depor sobre fatos que acarretem autoincrimi-
nação (olha aí o princípio do nemo tenetur se detegere, visto nas aulas de Direito Penal
e Processo Penal).
III – acerca dos quais não possa responder sem desonra própria, de seu cônjuge, de seu compa-
nheiro ou de parente em grau sucessível;
Obs.: É... Se houver desonra própria ou do cônjuge ou parente em grau sucessível, não há
obrigatoriedade em depor. Situação interessante se refere ao fato de não haver menção
ao amigo íntimo na codificação processual contemporânea.
IV – que coloquem em perigo a vida do depoente ou das pessoas referidas no inciso III.
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Obs.: Querido (a), alguns processos podem apresentar riscos à integridade física da parte ou
dos parentes dela e, se assim for o caso, também não haverá obrigatoriedade em depor.
Chamo sua atenção para o parágrafo único do artigo 388, que estabelece não serem apli-
cáveis as disposições mencionadas às relações familiares, até porque esses relacionamentos,
muitas vezes, imprimem uma maior dificuldade em se angariar provas.
Da Confissão
Estimado(a) estudante, a confissão ocorre quando uma das partes admite fatos desfavorá-
veis aos seus interesses e, por conseguinte, favoráveis ao adversário. Ela pode ser:
• Judicial: quando a parte admite fatos contrários ao próprio interesse durante o transcor-
rer do processo. Esse tipo de confissão poderá ser espontâneo, por meio da qual a parte
confessará em outro momento que não seja no depoimento pessoal (a qual poderá ser
emitida pela parte ou representante com poderes especiais) ou provocada, que ocorre
durante o depoimento pessoal.
• Extrajudicial: quando a parte confessar fora do processo. Esse tipo de confissão de-
verá ser provado por meio de documentação ou por prova testemunhal, por exemplo.
Segundo o artigo 394 do CPC: “A confissão extrajudicial, quando feita oralmente, só terá
eficácia nos casos em que a lei não exija prova literal”.
Art. 389. Há confissão, judicial ou extrajudicial, quando a parte admite a verdade de fato contrário
ao seu interesse e favorável ao do adversário.
Art. 390. A confissão judicial pode ser espontânea ou provocada.
A confissão espontânea pode ser feita pelo procurador, desde que a procuração confira a
ele esse poder especial, como, por exemplo, uma procuração ad judicia et extra, com o empo-
deramento para confessar ou transigir.
A confissão também poderá ser:
• Expressa: quando uma das partes admite algo que lhe é desfavorável por meio de escri-
to o externa de modo verbal;
• Ficta ou presumida: quando a parte, diante da pergunta, não responde à indagação ou é
evasivo (parece uma minhoca ensaboada) ou não comparece à audiência. Essa confissão
acarreta presunção de veracidade (juris tantum) acerca daquilo sobre o que se discute.
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terá efeitos sem a do outro, exceto se o regime de casamento for de separação absoluta de bens
(consoante o parágrafo único do artigo 391). Aliás, quando se casa, a vida muda um pouquinho,
e é preciso pedir autorização para confessar, assim como para jogar futebol com os amigos, res-
pirar, gastar o próprio dinheiro... Essas coisinhas básicas... Rs... Brincadeira, viu?
Parágrafo único. Nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos reais sobre imóveis
alheios, a confissão de um cônjuge ou companheiro não valerá sem a do outro, salvo se o regime
de casamento for o de separação absoluta de bens.
Obs.: Querido(a), chamo sua atenção para o fato de que o artigo 392 da Codificação Proces-
sual estabelece casos nos quais a confissão não será válida ou será ineficaz, vamos
analisá-los.
Art. 392. Não vale como confissão a admissão, em juízo, de fatos relativos a direitos indisponíveis.
Obs.: Ou seja, não valerá a confissão de fatos relativos a direitos indisponíveis, sobre os
quais não é possível transigir, como saúde, a dignidade humana, dentre outros.
§ 1º A confissão será ineficaz se feita por quem não for capaz de dispor do direito a que se referem
os fatos confessados.
Obs.: Se não houver capacidade de dispor sobre o direito, não há de se falar em confissão e,
por conseguinte, na atribuição dos efeitos a ela atribuídos.
§ 2º A confissão feita por um representante somente é eficaz nos limites em que este pode vincular
o representado.
Obs.: Bem, se o representante não pode tratar sobre determinado assunto, menos ainda
poderá incidir a confissão.
Art. 393. A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato ou de coação.
Art. 213. Não tem eficácia a confissão se provém de quem não é capaz de dispor do direito a que
se referem os fatos confessados.
Parágrafo único. Se feita a confissão por um representante, somente é eficaz nos limites em que
este pode vincular o representado.
Art. 214. A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato ou de coação.
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c) Errada. Segundo o artigo 392 do CPC de 2015: “Não vale como confissão a admissão, em
juízo, de fatos relativos a direitos indisponíveis”.
d) Errada. Segundo o artigo 393 do CPC de 2015: “A confissão é irrevogável, mas pode ser anu-
lada se decorreu de erro de fato ou de coação”.
e) Errada. Segundo o artigo 395 do CPC de 2015:
A confissão é, em regra, indivisível, não podendo a parte que a quiser invocar como prova aceitá-la no
tópico que a beneficiar e rejeitá-la no que lhe for desfavorável, porém cindir-se-á quando o confitente a ela
aduzir fatos novos, capazes de constituir fundamento de defesa de direito material ou de reconvenção.
Letra b.
Da Prova Documental
Querido(a), quando falo a respeito de documentos, faço menção a informações que foram
captadas e cristalizadas em um determinado suporte, seja o papel, DVD, CD, pen drive, Disque-
te (o que é isso professor? Esse suporte é pré-histórico!!!), fotografias, enfim, algum meio que
registre uma informação escrita, captadas por sons ou imagens em um determinado momento
e a mantém. Bem, nossa cultura fomenta esse tipo de prova, uma vez os contratos, em regra,
são escritos (embora a legislação civilista permita relações contratuais verbais).
Art. 405. O documento público faz prova não só da sua formação, mas também dos fatos que o
escrivão, o chefe de secretaria, o tabelião ou o servidor declarar que ocorreram em sua presença.
• Privados: são produzidos por particulares, ou seja, não contam com a participação de
servidores públicos.
Para além do exposto, a data do documento particular, quando a seu respeito surgir dúvida ou
impugnação entre os litigantes, provar-se-á por todos os meios de direito (art. 409 do CPC).
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Algumas provas dependem de solenidade, de modo que, caso elas não estejam presentes, não
poderão ser supridas por outra forma, como, por exemplo, a exigência de escritura pública para a
celebração de contrato de compra e venda de imóveis. Noutro giro, se a lei não exigir formalidades,
o documento é denominado não solene. Chamo sua atenção para o fato de que o documento pú-
blico produzido por oficial público incompetente ou sem as formalidades exigidas pela legislação,
com assinatura das partes, é equiparado, em termos de força probante, a documentos particulares.
Art. 406. Quando a lei exigir instrumento público como da substância do ato, nenhuma outra prova,
por mais especial que seja, pode suprir-lhe a falta.
Art. 407. O documento feito por oficial público incompetente ou sem a observância das formalidades
legais, sendo subscrito pelas partes, tem a mesma eficácia probatória do documento particular.
Amigo(a), as cópias autenticadas com firma reconhecida possuem a mesma força pro-
bante dos documentos originais, entendimento previsto no artigo 425, III. Além disso, o Novo
Código estabelece que as cópias dos processos contam com a mesma força probatória das
originais quando declaradas pelo advogado, o qual pode autenticá-las e, com efeito, se respon-
sabiliza pela autenticação.
Bem, nos tempos atuais, vivemos na era da informática e o suporte em papel tende a ser
muito diminuído nas repartições públicas, vide os processos judiciais eletrônicos. Sendo as-
sim, as reproduções digitalizadas de documentos públicos ou particulares costados (juntadas)
aos autos pelo Ministério Público e seus auxiliares, Defensoria Pública e seus auxiliares bem
como pelas procuradorias e repartições públicas serão equiparados ao documento original,
salvo se houver alegação motivada e com fundamentação de adulteração, consoante o inciso
VI do artigo 425 da Lei n. 13.105, de 2015.
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Art. 396. O juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou coisa que se encontre em seu poder.
Amigo(a), com a nova redação dada pela Lei n. 14.195/21, caso o pedido de exibição seja for-
mulado pela parte, ele deverá conter: a descrição, tão completa quanto possível, do documento
ou da coisa, ou das categorias de documentos ou de coisas buscados; a finalidade da prova,
com indicação dos fatos que se relacionam com o documento ou com a coisa, ou com suas
categorias; as circunstâncias em que se funda o requerente para afirmar que o documento ou
a coisa existe, ainda que a referência seja a categoria de documentos ou de coisas, e se acha
em poder da parte contrária (art. 397, I, II e III).
Art. 397 antes da redação dada pela Lei Art. 397 depois da redação dada pela Lei
n. 14.195/21. n. 14.195/21.
397. O pedido formulado pela parte 397. O pedido formulado pela parte
conterá: conterá:
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III – as circunstâncias em que se funda o requerente para afirmar que o documento ou a coisa existe,
ainda que a referência seja a categoria de documentos ou de coisas, e se acha em poder da parte
contrária. (Redação dada pela Lei n. 14.195, de 2021)
A partir da leitura do artigo 397, com a nova redação dada pela Lei n. 14.195/2021, percebe-
-se que há a abertura para que o pedido se refira a uma categoria de documentos. Nesse senti-
do, seria possível pleitear documentos de um contrato com uma empresa entre determinados
anos e relacionados a algum fato vinculado à relação contratual.
007. (INÉDITA/2021) Com relação à exibição de documento ou coisa, de acordo com o artigo
397, com a nova redação dada pela Lei n. 14.195, de 2021, o pedido formulado pela parte conterá:
I – a descrição, tão completa quanto possível, do documento ou da coisa, ou das categorias de
documentos ou de coisas buscados.
II – a finalidade da prova, com indicação dos fatos que se relacionam com o documento ou
com a coisa, ou com suas categorias.
III – as circunstâncias em que se funda o requerente para afirmar que o documento ou a coisa
existe, ainda que a referência seja a categoria de documentos ou de coisas, e se acha em poder
da parte contrária.
Assinale a alternativa correta:
a) Está correto apenas o item I.
b) Está correto apenas o item II.
c) Estão corretos apenas os itens II e III.
d) Estão corretos apenas os itens I e III.
e) Todos os itens estão corretos.
Todos os itens estão corretos, pois reproduzem os incisos do artigo 397 do CPC de 2015, com
a redação dada pela Lei n. 14.195 de 2015.
Letra e.
Art. 398. O requerido dará sua resposta nos 5 (cinco) dias subsequentes à sua intimação.
Parágrafo único. Se o requerido afirmar que não possui o documento ou a coisa, o juiz permitirá que
o requerente prove, por qualquer meio, que a declaração não corresponde à verdade.
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Cumpre destacar que o Julgador não admitirá que o requerido recuse a apresentação do do-
cumento ou da coisa nos casos previstos no artigo 399 da Lei de Ritos, o qual colaciono abaixo:
O prazo para que o terceiro responda acerca da exibição da coisa ou documento sob sua
posse é de 15 dias, consoante o artigo 401 do Código de Processo. O artigo 404 estabelece que
tanto a parte como terceiro podem se eximir de exibir o documento nas seguintes hipóteses:
Art. 404. A parte e o terceiro se escusam de exibir, em juízo, o documento ou a coisa se:
I – concernente a negócios da própria vida da família;
II – sua apresentação puder violar dever de honra;
III – sua publicidade redundar em desonra à parte ou ao terceiro, bem como a seus parentes con-
sanguíneos ou afins até o terceiro grau, ou lhes representar perigo de ação penal;
IV – sua exibição acarretar a divulgação de fatos a cujo respeito, por estado ou profissão, devam
guardar segredo;
V – subsistirem outros motivos graves que, segundo o prudente arbítrio do juiz, justifiquem a re-
cusa da exibição;
VI – houver disposição legal que justifique a recusa da exibição.
Parágrafo único. Se os motivos de que tratam os incisos I a VI do caput disserem respeito a apenas
uma parcela do documento, a parte ou o terceiro exibirá a outra em cartório, para dela ser extraída
cópia reprográfica, de tudo sendo lavrado auto circunstanciado.
O parágrafo único nos dá a ideia de que o documento poderá ser exibido, em parte, no cartó-
rio do Juízo para extração de cópias sobre o que não versar sobre os incisos I a VI do artigo 404.
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c) O documento feito por oficial público, sem a observância das formalidades legais, sendo
subscrito pelas partes, tem a mesma eficácia probatória do documento público.
d) A data do documento particular, quando a seu respeito surgir dúvida ou impugnação entre
os litigantes, deverá ser ratificada, necessariamente, por perícia grafotécnica.
e) As declarações constantes do documento particular escrito e assinado, que digam respeito
a determinado fato, provam o fato em si.
O documento público faz prova não só da sua formação, mas também dos fatos que o escrivão, o
chefe de secretaria, o tabelião ou o servidor declarar que ocorreram em sua presença.
b) Certa. A afirmativa está em conformidade com o que estabelece o artigo 406 do CPC de 2015.
c) Errada. Segundo o artigo 407 do Código de Processo Civil de 2015:
O documento feito por oficial público incompetente ou sem a observância das formalidades legais,
sendo subscrito pelas partes, tem a mesma eficácia probatória do documento particular.
A data do documento particular, quando a seu respeito surgir dúvida ou impugnação entre os litigan-
tes, provar-se-á por todos os meios de direito Parágrafo único. Em relação a terceiros, considerar-se-
-á datado o documento particular: I - no dia em que foi registrado; II - desde a morte de algum dos
signatários; III - a partir da impossibilidade física que sobreveio a qualquer dos signatários; IV - da
sua apresentação em repartição pública ou em juízo; V - do ato ou do fato que estabeleça, de modo
certo, a anterioridade da formação do documento.
Da Falsidade Documental
Prezado(a), muitas vezes o documento, seja público ou particular, que fora acostado aos
autos, pode ser falso e, por conseguinte, deverá ser desentranhado (extraído) dos autos e im-
putada a responsabilidade criminal a quem procedeu à falsidade.
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O novo Código de Processo Civil estatui que a falsidade ocorre quando for formado um
documento não verdadeiro (confeccionar uma certidão de nascimento falsa, por exemplo),
alterar um documento verdadeiro (uma assinatura falsa) ou a fé relativa a ele (a crença na
veracidade do documento). A autenticidade pode ser impugnada quando o documento for as-
sinado em branco e houver preenchimento abusivo (como um documento assinado em um
local e preenchido indevidamente em momento posterior) ou quando existir a impugnação do
documento (quanto a sua autenticidade) até que se possa verificar se ele é ou não autêntico.
Veja como a Legislação Processual trata o tema:
Art. 427. Cessa a fé do documento público ou particular sendo-lhe declarada judicialmente a falsidade.
Parágrafo único. A falsidade consiste em:
I – formar documento não verdadeiro;
II – alterar documento verdadeiro.
Art. 428. Cessa a fé do documento particular quando:
I – for impugnada sua autenticidade e enquanto não se comprovar sua veracidade;
II – assinado em branco, for impugnado seu conteúdo, por preenchimento abusivo.
Parágrafo único. Dar-se-á abuso quando aquele que recebeu documento assinado com texto não
escrito no todo ou em parte formá-lo ou completá-lo por si ou por meio de outrem, violando o pacto
feito com o signatário.
Ok, feitas as considerações acima, saliento que os artigos 430 ao 433 do Código de Pro-
cesso permitem e disciplinam a arguição de falsidade documental por meio da qual o autor ou
réu suscitam o falso.
Consoante o artigo 430 da Lei de Ritos, a falsidade deverá ser suscitada na contestação
(momento em que o réu aponta o falso) ou na réplica (peça por meio da qual o autor indica a
existência da falsidade). O prazo para arguição é de 15 (quinze) dias (prazo preclusivo, o que
não impede que seja manejada ação autônoma de declaração de falsidade), contados da inti-
mação da juntada do documento aos autos.
Art. 430. A falsidade deve ser suscitada na contestação, na réplica ou no prazo de 15 (quinze) dias,
contado a partir da intimação da juntada do documento aos autos.
Amigo(a), a arguição de falsidade será resolvida pelo Juiz como uma questão incidental no
processo, ou seja, um questionamento que orbita a marcha processual, mas não recairá sobre
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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o mérito, exceto se a parte requerer que o julgador decida a falsidade como questão principal,
por meio da qual o autor limita-se a declaração da autenticidade ou falsidade do documento.
Nas arguições de falsidade, a parte deverá expor os motivos da pretensão, consoante o ar-
tigo 431 da Lei de Ritos, bem como pretende provar a alegação. Seria o caso de um documento
em que a parte verifica que a assinatura não é sua e solicita um exame pericial grafotécnico, a
fim de provar o que alega. Após a oitiva do adverso, no prazo de 15 (quinze) dias, a perícia será
realizada, consoante ditames do artigo 432 da Lei n. 13.105 de 2015. Agora, se a parte concor-
dar em retirar o documento, não haverá perícia na documentação contestada.
Parágrafo único. Uma vez arguida, a falsidade será resolvida como questão incidental, salvo se a
parte requerer que o juiz a decida como questão principal, nos termos do inciso II do art. 19.
Art. 431. A parte arguirá a falsidade expondo os motivos em que funda a sua pretensão e os meios
com que provará o alegado.
Art. 432. Depois de ouvida a outra parte no prazo de 15 (quinze) dias, será realizado o exame pericial.
Parágrafo único. Não se procederá ao exame pericial se a parte que produziu o documento concor-
dar em retirá-lo.
Art. 434. Incumbe à parte instruir a petição inicial ou a contestação com os documentos destina-
dos a provar suas alegações.
Parágrafo único. Quando o documento consistir em reprodução cinematográfica ou fonográfica, a
parte deverá trazê-lo nos termos do caput, mas sua exposição será realizada em audiência, inti-
mando-se previamente as partes.
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Para além do exposto, as partes podem juntar aos autos documentos novos, isso a qual-
quer tempo, quando forem destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados
ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos (art. 435 do CPC de 2015). Nesse
sentido, há uma flexibilização da regra prevista no artigo 434 da Lei de Ritos, porquanto se
permite que documentos sejam juntados aos autos após o oferecimento da petição inicial e da
contestação (para autor e réu, respectivamente).
Ademais, também se admite a juntada posterior de documentos formados após a exordial
ou contestação, assim como daqueles os quais se tornaram conhecidos, acessíveis ou dis-
poníveis após os atos mencionados e cabe à parte que o produziu comprovar o motivo que a
impediu de juntá-los antes, incumbindo ao Juiz, em qualquer, caso avaliar a conduta da parte
de acordo com a boa-fé (nesse sentido, o parágrafo único do artigo 435 do CPC).
De acordo com o artigo 436 da Lei n. 13.105 de 2015, a parte, uma vez intimada para falar
acerca dos documentos constantes dos autos, poderá: impugnar a admissibilidade da prova
documental; impugnar sua autenticidade, suscitar a falsidade do documento, com ou sem de-
flagração do incidente de arguição de falsidade; manifestar-se sobre o conteúdo da documen-
tação. Vejamos o teor do dispositivo supracitado.
Art. 436. A parte, intimada a falar sobre documento constante dos autos, poderá:
I – impugnar a admissibilidade da prova documental;
II – impugnar sua autenticidade;
III – suscitar sua falsidade, com ou sem deflagração do incidente de arguição de falsidade;
IV – manifestar-se sobre seu conteúdo.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, a impugnação deverá basear-se em argumenta-
ção específica, não se admitindo alegação genérica de falsidade.
Prezado(a), o parágrafo único do artigo 436 estabelece que acaso a parte venha a impug-
nar a autenticidade do documento e na hipótese ser suscitada a falsidade da documentação,
com ou sem deflagração do incidente de falsidade, a impugnação deverá se basear em argu-
mentação específica, de modo a ser afastada a alegação genérica. Nesse sentido, não sufi-
ciente que a parte diga, pura e simplesmente, que o documento é falso.
Conforme trabalhado em aula específica, a contestação é uma peça de defesa do réu por ex-
celência. Por meio dela, quem ocupa o polo passivo da relação jurídica processual refuta as ale-
gações do autor. Com esse conceito revisto, passamos a análise do artigo 437 do CPC/2015, cujo
teor estabelece que o réu se manifestará na contestação acerca dos documentos acostados à peti-
ção inicial. Já o autor manifestar-se-á na réplica acerca dos documentos anexados à contestação.
Ademais, todas as vezes que uma das partes da relação jurídica processual requerer a
juntada de documentos aos autos, o Magistrado ouvirá a outra parte, a qual terá o prazo de 15
(quinze) dias para impugnar a admissibilidade da prova documental; impugnar sua autentici-
dade; suscitar sua falsidade, com ou sem deflagração do incidente de arguição de falsidade;
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manifestar-se sobre o seu conteúdo (reações previstas nos incisos do artigo 436 do CPC de
2015). Cumpre mencionar que o lapso temporal mencionado para a manifestação sobre a prova
poderá ser dilatado em virtude da complexidade e quantidade da documentação apresentada.
Art. 437. O réu manifestar-se-á na contestação sobre os documentos anexados à inicial, e o autor
manifestar-se-á na réplica sobre os documentos anexados à contestação.
§ 1º Sempre que uma das partes requerer a juntada de documento aos autos, o juiz ouvirá, a seu
respeito, a outra parte, que disporá do prazo de 15 (quinze) dias para adotar qualquer das posturas
indicadas no art. 436.
§ 2º Poderá o juiz, a requerimento da parte, dilatar o prazo para manifestação sobre a prova do-
cumental produzida, levando em consideração a quantidade e a complexidade da documentação.
Em arremate ao ora tema abordado, o artigo 438 trata acerca da requisição do Juiz às re-
partições públicas. Nesse sentido, o Juiz poderá requisitar documentos aos órgãos públicos,
por exemplo, uma certidão. A requisição mencionada poderá ocorrer em qualquer tempo ou
grau de jurisdição.
Art. 438. O juiz requisitará às repartições públicas, em qualquer tempo ou grau de jurisdição:
I – as certidões necessárias à prova das alegações das partes;
II – os procedimentos administrativos nas causas em que forem interessados a União, os Estados,
o Distrito Federal, os Municípios ou entidades da administração indireta.
§ 1º Recebidos os autos, o juiz mandará extrair, no prazo máximo e improrrogável de 1 (um) mês,
certidões ou reproduções fotográficas das peças que indicar e das que forem indicadas pelas par-
tes, e, em seguida, devolverá os autos à repartição de origem.
§ 2º As repartições públicas poderão fornecer todos os documentos em meio eletrônico, conforme
disposto em lei, certificando, pelo mesmo meio, que se trata de extrato fiel do que consta em seu
banco de dados ou no documento digitalizado.
Art. 439. A utilização de documentos eletrônicos no processo convencional dependerá de sua con-
versão à forma impressa e da verificação de sua autenticidade, na forma da lei.
Art. 440. O juiz apreciará o valor probante do documento eletrônico não convertido, assegurado às
partes o acesso ao seu teor.
Art. 441. Serão admitidos documentos eletrônicos produzidos e conservados com a observância
da legislação específica.
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Incumbe à parte instruir a petição inicial ou a contestação com os documentos destinados a provar
suas alegações. Parágrafo único. Quando o documento consistir em reprodução cinematográfica
ou fonográfica, a parte deverá trazê-lo nos termos do caput, mas sua exposição será realizada em
audiência, intimando-se previamente as partes.
Sempre que uma das partes requerer a juntada de documento aos autos, o juiz ouvirá, a seu respeito,
a outra parte, que disporá do prazo de 15 (quinze) dias para adotar qualquer das posturas indicadas
no art. 436.
c) Certa. Aí sim! Conforme a dicção do artigo 434, parágrafo único, do CPC de 2015:
Quando o documento consistir em reprodução cinematográfica ou fonográfica, a parte deverá trazê-lo nos
termos do caput, mas sua exposição será realizada em audiência, intimando-se previamente as partes.
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IV – manifestar-se sobre seu conteúdo.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, a impugnação deverá basear-se em argumenta-
ção específica, não se admitindo alegação genérica de falsidade.
Da Prova Testemunhal
Quando falamos em prova testemunhal, estamos diante de fatos que foram presenciados
ou conhecidos por pessoas (captados por meios sensoriais, tais como: visão e audição), cujo
teor será reduzido a termo (escrito) e subscrito (assinado ao final), pois interessam ao processo.
A princípio, a prova testemunhal é admitida sempre, essa é a regra, excepcionalizada caso
a lei traga disposição em contrário. Mesmo com a admissão das provas testemunhais pelo
Código, o Juiz indeferirá a oitiva quando os fatos estiverem sido provados por documentos,
houver confissão da parte ou quando os fatos só puderem ser comprovados por meio de do-
cumentação ou avaliação do perito (prova pericial).
Obs.: O CPC/1973 previa que, para contratos acima de 10 salários mínimos, não cabia prova
exclusivamente testemunhal. Essas regras não existem mais.
Uma vez arroladas as testemunhas elas deverão ser qualificadas, isto é, serão indicados da-
dos pessoais como nome, estado civil, profissão, número da identidade, local de trabalho, onde
reside. Agora, é preciso destacar que essa qualificação ocorrerá sempre que possível, com base
no artigo 450 da Lei de Ritos, porquanto, em alguns casos a parte não tem como indicar com
precisão quem é a testemunha, pois só a conhece pelo primeiro nome ou sabe apenas onde ela
reside e necessitará do auxílio do Poder Judiciário para identificar o pretenso depoente.
A parte pode provar os fatos por meio de testemunhas nas hipóteses do artigo 446, as
quais examino como você:
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Obs.:
Esse é um tema comentado nas aulas de Direito Civil e ocorre, por exemplo, quando alguém
realiza uma simulação no negócio jurídico, como no caso em que um devedor, o qual não
pagou uma dívida assumida por contrato, simula uma alienação (venda) de um bem para o
nome de um amigo, mas de fato continua a utilizá-lo, ou seja, fez isso apenas para não cum-
prir a obrigação, a qual se satisfaria no patrimônio “alienado”, o que caracteriza um vício.
Obs.:
Seriam os negócios celebrados por meio de dolo, estado de perigo, coação, erro, ou seja, situ-
ações que comprometem a higidez da celebração do negócio jurídico e admitem a anulação.
Querido(a), nosso sistema processual civil prevê alguns casos de pessoas que não pode-
rão ser testemunhas haja vista serem incapazes (acometidas por enfermidade mental anterior
ou contemporânea aos fatos), os cegos e surdos (quando essa função sensorial seja necessá-
ria para instrução) e os menores de 16 (dezesseis anos).
Outro motivo para que não seja admitida a testemunha se refere ao fato de ela ser impedida,
isto é, quando for cônjuge ou companheiro, ascendente ou descendente, em qualquer grau civil
da parte e colateral até o terceiro grau civil, seja por afinidade ou consanguinidade (exceto se o
caso se relacionar com o interesse público, a causa se relacionar ao estado da pessoa a situação
não puder ser obtida por outro modo e o Julgador entenda ser necessária ao exame de mérito).
Além do exposto, também será considerada impedida a testemunha que é parte na causa,
ou que intervenha em nome da parte (como tutor, representante da pessoa jurídica, o próprio
Juiz, o advogado e outras pessoas que tenham sido ou sejam assistentes das partes). As alu-
didas hipóteses estão previstas no § 2º incisos I a III do artigo 447 do Código de 2015.
Ademais, o § 3 do artigo 447 do Código de Processo estabelece as testemunhas que podem
ser consideradas suspeitas nos seguintes casos: inimigos da parte ou amigos íntimos delas (por-
que aí fica difícil agir com imparcialidade, né?), ou se o pretenso depoente tiver interesse no litígio.
Obs.: O condenado por crime de falso testemunho e o que, por seus costumes, não for digno
de fé não estão mais no rol dos suspeitos.
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e) aquele que intervém em nome de uma parte, como o tutor, o representante legal da pessoa
jurídica, o juiz, o advogado e outros que assistam ou tenham assistido as partes.
a) Errada. Nesse caso, será considerado incapaz e não poderá depor (nesse sentido, o artigo
447, § 1º, I da Lei n. 13.105, de 2015).
b) Errada. Nesse caso, será considerado incapaz e não poderá depor (nesse sentido, o artigo
447, § 1º, II da Lei n. 13.105, de 2015).
c) Errada. Nesse caso, será considerado incapaz e não poderá depor (nesse sentido, o artigo
447, § 1º, III da Lei n. 13.105 de 2015).
d) Errada. Nesse caso, será considerado incapaz e não poderá depor (nesse sentido, o artigo
447, § 1º, IV da Lei n. 13.105 de 2015).
e) Certa. No caso em tela, será considerado impedido (art. 447, § 2º, III, da Lei n. 13.105, de 2015).
Letra e.
Quanto à produção de provas, o Código prevê que o rol de testemunhas está limitado a 10
(dez) que podem ser substituídas nos seguintes casos previstos pelo artigo 451 da Lei Processual:
Art. 451. Depois de apresentado o rol de que tratam os §§ 4º e 5º do art. 357, a parte só pode
substituir a testemunha:
I – que falecer;
II – que, por enfermidade, não estiver em condições de depor;
III – que, tendo mudado de residência ou de local de trabalho, não for encontrada.
Se a testemunha residir em local diverso da sede do Juízo (onde, em regra são ouvidas) a
oitiva poderá ser realizada por videoconferência ou outro meio tecnológico, que poderá ocorrer
durante a audiência de instrução. Os aparatos para a realização da oitiva mencionada deverão
ser disponibilizados pelos Juízos.
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Amigo(a), existem pessoas que, em razão do cargo ocupado, serão inquiridas na própria
residência ou no local onde exercem as funções laborais. O artigo 454 do Novo Código prevê o
rol de testemunhas nessa condição, as quais veremos abaixo:
Art. 454. São inquiridos em sua residência ou onde exercem sua função:
I – o presidente e o vice-presidente da República;
II – os ministros de Estado;
III – os ministros do Supremo Tribunal Federal, os conselheiros do Conselho Nacional de Justiça
e os ministros do Superior Tribunal de Justiça, do Superior Tribunal Militar, do Tribunal Superior
Eleitoral, do Tribunal Superior do Trabalho e do Tribunal de Contas da União;
IV – o procurador-geral da República e os conselheiros do Conselho Nacional do Ministério Público;
V – o advogado-geral da União, o procurador-geral do Estado, o procurador-geral do Município, o
defensor público-geral federal e o defensor público-geral do Estado;
VI – os senadores e os deputados federais;
VII – os governadores dos Estados e do Distrito Federal;
VIII – o prefeito;
IX – os deputados estaduais e distritais;
X – os desembargadores dos Tribunais de Justiça, dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais
Regionais do Trabalho e dos Tribunais Regionais Eleitorais e os conselheiros dos Tribunais de Con-
tas dos Estados e do Distrito Federal;
XI – o procurador-geral de justiça;
XII – o embaixador de país que, por lei ou tratado, concede idêntica prerrogativa a agente diplomá-
tico do Brasil.
Caso as autoridades sejam arroladas como testemunhas, o Juiz remeterá a elas uma cópia
da petição inicial, a qual conterá informações acerca dos fatos, e solicitará à testemunha que
indique o dia, hora e lugar para que seja realizada a inquirição. Caso a autoridade não faça a
indicação no prazo de 1 (um) mês, o Julgador marcará a inquirição, a qual se dará, de modo
preferencial, na sede do Juízo, o que é a regra. O mesmo ocorrerá se o pretenso depoente não
comparecer, de forma injustificada, no dia, hora e lugar determinado.
Nos tempos atuais, o advogado poderá intimar testemunhas que reputar relevantes para
o processo. Nesse caso, deverá informar à testemunha o dia, hora e lugar da inquirição e
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dispensar a intimação do Juízo. O artigo 455 § 1º consigna que a intimação deverá ser feita
por carta com aviso de recebimento (AR) e cópia da correspondência relativa à intimação
e comprovante do recebimento acostados aos autos com antecedência, de, pelo menos, 3
(três) dias da data da audiência.
A parte também pode se comprometer a levar a testemunha sem intimá-la, porém, caso
não ela não compareça, presume-se que a parte desistiu da inquirição.
Bem, amigo(a) do Gran Cursos Online, muitas vezes a intimação feita pelo Poder Judiciário
se faz necessária, sendo assim, o artigo 455 § 4º estabelece as hipóteses nas quais a comuni-
cação será feita pela via judicial, vamos ver:
Obs.: Como nos casos das testemunhas que se recusam a comparecer em Juízo quando a
parte solicita.
III – figurar no rol de testemunhas servidor público ou militar, hipótese em que o juiz o requisitará
ao chefe da repartição ou ao comando do corpo em que servir;
Obs.: No inciso acima, o Juiz oficiará ao órgão para que o servidor compareça para depor em
dia, hora e lugar marcados.
IV – a testemunha houver sido arrolada pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública;
V – a testemunha for uma daquelas previstas no art. 454.
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As perguntas direcionadas às testemunhas serão feitas a elas diretamente, isto é, não precisam
ser feitas ao Juiz para que sejam reperguntadas ao inquirido (típico de um sistema de condução
presidencialista de inquirição, previsto no Tribunal do Júri, quando um jurado faz uma pergunta). O
Julgador não permitirá preguntas que possam induzir a resposta, não tiverem relação com a ativida-
de probatória (tipo perguntar qual cor preferida da testemunha, rs) ou que tiverem sido respondidas.
Caso o Juiz indefira as perguntas, elas serão transcritas no termo de audiência, se a parte
assim o requerer, além do que as testemunhas devem ser tratadas com urbanidade.
Querido(a), quando as testemunhas divergirem em determinado ponto relevante, o que
pode influenciar no julgamento, o Juiz poderá determinar uma acareação, por meio da qual
a questão controvertida será reperguntada as testemunhas e reduzidas a termo em auto de
acareação (a qual pode ser realizada por videoconferência ou outro meio tecnológico em tem-
po real). Esse ato pode ser ordenado pelo Juiz de ofício ou requerido pela parte, consoante o
artigo 461 do Código de Processo Civil.
Depois de apresentado o rol de que tratam os §§ 4º e 5º do art. 357, a parte só pode substituir a
testemunha:
I – que falecer;
II – que, por enfermidade, não estiver em condições de depor;
III – que, tendo mudado de residência ou de local de trabalho, não for encontrada.
Cabe ao advogado da parte informar ou intimar a testemunha por ele arrolada do dia, da hora e do
local da audiência designada, dispensando-se a intimação do juízo.
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d) Errada. Quando da leitura do artigo 454 do CPC, percebe-se que os vereadores não estão
inseridos no dispositivo legal mencionado, o que torna a assertiva incorreta.
e) Certa. Segundo o artigo 452 da Lei n. 13.105 de 2015:
Da Prova Pericial
Quando se analisa a prova pericial, está-se diante de uma prova técnica, mais complexa, a
qual depende de um perito (auxiliar da justiça que detém uma expertise, uma qualificação em
determinado assunto) que emitirá um laudo, a fim de nortear a decisão do Juiz.
A prova pericial pode consistir em:
• Exame: recai sobre pessoas ou coisas.
• Vistoria: é realizada sobre bens imóveis.
• Avaliação: sobre um bem (valor).
Como estamos diante de uma prova que pode demandar dinheiro e tempo, ela poderá ser
indeferida nos casos elencados pelo artigo 464, § 1º, que passamos a analisar abaixo:
Obs.: Ou seja, fatos que podem ser avaliados por pessoas desprovidas de conhecimento
especializado ou científico.
Obs.: Como o Juiz não está obrigado a decidir com base na prova pericial, em virtude da per-
suasão racional, o corpo probatório pode ser suficiente para proferir a sentença.
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Obs.: Há casos em que não há possibilidade de realização da perícia, como, por exemplo,
uma perícia em um barco que afundou em alto mar e o local é inacessível.
Além disso, a perícia poderá ser substituída pela prova técnica simplificada, que consiste
na inquirição de especialista sobre ponto controverso relativo à causa, o qual possui menor
complexidade, o que deve ser requerido pelas partes ou de ofício pelo Juiz.
Chamo sua atenção, atento (a) estudante, que o especialista deverá ter formação acadê-
mica específica na área de seu depoimento. Amigo (a), o estudo acerca da atividade do perito,
bem como do assistente técnico é feito em estudo específico sobre o tema. Porém, nesse pon-
to da nossa caminhada, irei tratar de algumas características desses profissionais, haja vista
o assunto ora tratado exigir.
Bem, o perito é um auxiliar da justiça que deve agir com diligência e imparcialidade o qual
responde por prejuízos causados e tem por objetivo entregar um laudo, cujo escopo é auxiliar
o Juiz a emitir a decisão sobre o processo. Além disso, compete ao aludido profissional res-
ponder a quesitos (perguntas) formulados pelas partes acerca do assunto objeto da perícia.
Chamo sua atenção para o fato de que sobre o perito recairão as hipóteses de impedimento
e suspeição (artigos 144 e 145 do Código de Processo Civil), que podem ser arguidas pelas
partes no prazo de 15 dias contados da intimação do despacho de nomeação do perito (nor-
malmente no saneamento do processo).
Art. 465. O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato o prazo para
a entrega do laudo.
§ 1º Incumbe às partes, dentro de 15 (quinze) dias contados da intimação do despacho de nome-
ação do perito:
I – arguir o impedimento ou a suspeição do perito, se for o caso;
II – indicar assistente técnico;
III – apresentar quesitos.
Vamos trabalhar outros conceitos, em apertada síntese, sobre alguns pontos relativos ao
perito: O Novo CPC estatui que perito tem que ser legalmente habilitado, ou seja, aquele que
se cadastrou.
Artigo 156, § 1º Estabelece que os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente habi-
litados nos órgãos técnicos ou científicos devidamente inscritos em cadastro mantido pelo tribunal
ao qual o Juiz está vinculado.
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§ 2º O perito deve assegurar aos assistentes das partes o acesso e o acompanhamento das dili-
gências e dos exames que realizar, com prévia comunicação, comprovada nos autos, com antece-
dência mínima de 5 (cinco) dias.
§ 4º O juiz poderá autorizar o pagamento de até cinquenta por cento dos honorários arbitrados a
favor do perito no início dos trabalhos, devendo o remanescente ser pago apenas ao final, depois
de entregue o laudo e prestados todos os esclarecimentos necessários.
Querido(a), essa é uma regra nova. O Juiz pode dizer que o perito poderá ser pago, até 50
% dos honorários. E, ao final, ser exigido o restante.
§ 5º Quando a perícia for inconclusiva ou deficiente, o juiz poderá reduzir a remuneração inicial-
mente arbitrada para o trabalho.
Quando a perícia tiver de ser realizada por cartas (precatória, rogatória, de ordem) a no-
meação de perito ou assistente pode ser realizada por nomeação no Juiz deprecado, ou seja,
onde deva ser realizada a perícia.
§ 6º Quando tiver de realizar-se por carta, poder-se-á proceder à nomeação de perito e à indicação
de assistentes técnicos no juízo ao qual se requisitar a perícia.
O perito pode não aceitar o encargo ou ser recusado quando sobre ele recaírem as hipóte-
ses de impedimento ou suspeição, as quais, caso sejam aceitas pelo Juiz, acarretam substi-
tuição por outro profissional. Além disso, o artigo 468 da Legislação Processual estabelece os
casos nos quais o perito poderá ser substituído, acompanhe comigo:
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§ 1º No caso previsto no inciso II, o juiz comunicará a ocorrência à corporação profissional res-
pectiva, podendo, ainda, impor multa ao perito, fixada tendo em vista o valor da causa e o possível
prejuízo decorrente do atraso no processo.
Nos casos acima mencionados, o perito deverá restituir os valores recebidos, pois não reali-
zou a atividade para a qual estava incumbido, sob pena de ficar impedido de atuar como perito
judicial pelo prazo de 5 (cinco) anos, conforme o § 2º do artigo 468 do Código de Processo Civil.
Conforme comentei, linhas acima, o perito deverá responder a quesitos formulados pelas par-
tes, porém, algumas inquirições serão indeferidas pelo Juiz, caso sejam impertinentes bem como
o Julgador poderá formular perguntas que entenda necessárias ao esclarecimento do assunto.
O Juiz poderá escolher o perito em cadastro do Tribunal. Agora, as partes também podem
convencionar a escolha do aludido profissional desde que sejam plenamente capazes e a cau-
sa admita autocomposição.
Art. 471. As partes podem, de comum acordo, escolher o perito, indicando-o mediante requeri-
mento, desde que:
I – sejam plenamente capazes;
II – a causa possa ser resolvida por autocomposição.
§ 1º As partes, ao escolher o perito, já devem indicar os respectivos assistentes técnicos para
acompanhar a realização da perícia, que se realizará em data e local previamente anunciados.
§ 2º O perito e os assistentes técnicos devem entregar, respectivamente, laudo e pareceres em
prazo fixado pelo juiz.
§ 3º A perícia consensual substitui, para todos os efeitos, a que seria realizada por perito nomeado
pelo juiz.
§ 2º É vedado ao perito ultrapassar os limites de sua designação, bem como emitir opiniões pes-
soais que excedam o exame técnico ou científico do objeto da perícia.
Obs.: A perícia deve se ater o objeto da perícia. Qualquer violação a esse artigo é violação ao
requisito formal do laudo, que implicará em nulidade.
§ 3º Para o desempenho de sua função, o perito e os assistentes técnicos podem valer-se de todos
os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos que
estejam em poder da parte, de terceiros ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo
com planilhas, mapas, plantas, desenhos, fotografias ou outros elementos necessários ao esclare-
cimento do objeto da perícia.
Estimado(a) estudante, existem casos em que as perícias são complexas e exigem mais
de uma área de conhecimento de modo que o Juiz pode nomear mais de um perito, bem como
as partes indicar mais de um assistente técnico. Além, disso, algumas perícias podem ser mais
trabalhosas e, por essa razão, permitem que o perito, de modo justificado, solicite prorrogação
de prazo, uma vez, com acréscimo de metade do tempo inicialmente solicitado, conforme o
artigo 476 da Lei n. 13.105, de 2015.
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Após as atividades laborais, o perito irá protocolar o laudo em juízo com antecedência mí-
nima de 20 (vinte) dias antes da audiência de instrução e julgamento de modo que as partes
serão intimadas e poderão se manifestar, no prazo comum de 15 (quinze) dias, bem como os
assistentes técnicos poderão apresentar em igual prazo o parecer com suas conclusões.
Caso a perícia não tenha sido clara, poderá ser determinada nova perícia pelo Juiz, ou a
requerimento da parte. A segunda perícia recairá sobre os mesmos fatos e visa corrigir omis-
sões ou inexatidões da primeira e compete ao Juiz valorar as duas perícias, conforme estabe-
lece o artigo 480 do Código de Processo Civil.
Art. 480. O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a realização de nova perícia
quando a matéria não estiver suficientemente esclarecida.
§ 1º A segunda perícia tem por objeto os mesmos fatos sobre os quais recaiu a primeira e destina-
-se a corrigir eventual omissão ou inexatidão dos resultados a que esta conduziu.
§ 2º A segunda perícia rege-se pelas disposições estabelecidas para a primeira.
§ 3º A segunda perícia não substitui a primeira, cabendo ao juiz apreciar o valor de uma e de outra
(grifo nosso).
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O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato o prazo para a entrega
do laudo § 1º Incumbe às partes, dentro de 15 (quinze) dias contados da intimação do despacho de
nomeação do perito: I - arguir o impedimento ou a suspeição do perito, se for o caso;
As partes podem, de comum acordo, escolher o perito, indicando-o mediante requerimento, desde
que: (...)II - a causa possa ser resolvida por autocomposição.
De ofício ou a requerimento das partes, o juiz poderá, em substituição à perícia, determinar a produ-
ção de prova técnica simplificada, quando o ponto controvertido for de menor complexidade.
d) Errada. Segundo o artigo 480, § 3º, do CPC de 2015: “A segunda perícia não substitui a pri-
meira, cabendo ao juiz apreciar o valor de uma e de outra”.
e) Errada. Como comentei em aula, tanto o impedimento quanto a suspeição recaem sobre o
perito e não incidem sobre o assistente técnico (Nesse sentido enuncia o artigo 466, § 1º).
Letra c.
Segundo o artigo 466 da Lei n. 13.105 de 2015: “o perito cumprirá escrupulosamente o encargo
que lhe foi cometido, independentemente de termo de compromisso”. Nesse sentido, o perito
deverá ser cuidadoso com a atividade por ele desempenhada.
Da Inspeção Judicial
A inspeção judicial ocorre quando o Juiz vai ao encontro de coisas ou pessoas com o objetivo
de examiná-las, observá-las e, ao inspecioná-las, esclarecer os fatos que importem à demanda e
interessem no processo decisório. Essa inspeção poderá ocorrer em qualquer fase do processo.
Art. 481. O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do processo, inspe-
cionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato que interesse à decisão da causa.
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melhor verificar ou interpretar os fatos que devam ser observados, quando as coisas não pude-
rem ser apresentadas em juízo sem consideráveis despesas ou graves dificuldades ou quando
determinar a reconstituição dos fatos, conforme estabelece o artigo 483 da Lei de Ritos.
Art. 483. O juiz irá ao local onde se encontre a pessoa ou a coisa quando:
I – julgar necessário para a melhor verificação ou interpretação dos fatos que deva observar;
II – a coisa não puder ser apresentada em juízo sem consideráveis despesas ou graves dificuldades;
III – determinar a reconstituição dos fatos.
Querido(a), é vedada a visita “surpresa”, ou seja, que o Juiz vá ao local da inspeção sem co-
municar as partes, porquanto elas têm direito de assistir à inspeção, prestar esclarecimentos e
fazer observações que entenderem relevantes para a causa. Por fim, ao final da inspeção, será
produzido um auto circunstanciado, no qual será mencionado tudo aquilo que for relevante
para o julgamento da causa.
As partes têm sempre direito a assistir à inspeção, prestando esclarecimentos e fazendo observa-
ções que considerem de interesse para a causa.
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O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do processo, inspecionar pesso-
as ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato que interesse à decisão da causa.
d) Certa. A assertiva se alinha ao artigo 484 do Código de Processo Civil. Vejamos o teor do
preceptivo em comento:
Art. 484. Concluída a diligência, o juiz mandará lavrar auto circunstanciado, mencionando nele tudo
quanto for útil ao julgamento da causa. Parágrafo único. O auto poderá ser instruído com desenho,
gráfico ou fotografia.
e) Errada. Segundo o artigo 482 do CPC de 2015: “ao realizar a inspeção, o juiz poderá ser as-
sistido por um ou mais peritos”.
Letra d.
Bem, feitas as considerações acima, vamos iniciar nossa habitual bateria de exercícios, a
qual nos ajuda a fixar os conceitos vistos no decorrer da aula.
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/DPE-PE/DEFENSOR PÚBLICO/2018) NÃO HAVENDO PROCESSO ANTERIOR
QUE TRATE da situação, a demonstração de que determinado fato ocorreu em rede social
acessível pela Internet poderá ser realizada com a juntada aos autos
Parte superior do formulário
a) de declaração pessoal do autor.
b) de prova emprestada.
c) do computador.
d) da prova pericial.
e) de ata notarial.
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c) Devido ao fato de os indivíduos com menos de dezesseis anos de idade serem incapazes
para depor, o juiz não pode admitir que eles deponham.
d) É permitido ao advogado requerer o depoimento pessoal da parte que esteja sob o seu patrocínio.
e) São admitidos os meios típicos e atípicos para a prova dos fatos em juízo, ainda que tais
meios sejam moralmente ilegítimos.
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IV – O juiz poderá dispensar prova pericial quando as partes, na inicial e na contestação, apre-
sentarem, sobre as questões de fato, pareceres técnicos ou documentos elucidativos que con-
siderar suficientes.
V – O juiz, apenas por ato de ofício, pode, em qualquer fase do processo, inspecionar pessoas
ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato ou direito que interesse à solução da causa.
Está correto o que consta APENAS de
a) III, IV e V.
b) II, III e V.
c) I, II, III e IV.
d) I, II e IV.
e) I, III e V.
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d) Cabe ao Juízo informar ou intimar a testemunha arrolada pela parte do dia, da hora e do
local da audiência designada, dispensando-se a intimação postal.
e) O juiz inquirirá as testemunhas separada e sucessivamente, primeiro as do réu e depois as
do autor, e providenciará para que uma não ouça o depoimento das outras; o juiz poderá alterar
essa ordem, a seu livre arbítrio.
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b) A parte arguirá a falsidade expondo os motivos em que funda a sua pretensão e os meios
com que provará o alegado.
c) Depois de ouvida a outra parte no prazo de quinze dias, será realizado o exame pericial; se
a parte que produziu o documento concordar em retirá-lo, não se procederá ao exame pericial.
d) A declaração sobre a falsidade do documento, quando suscitada como questão principal, cons-
tará da parte dispositiva da sentença e sobre ela incidirá também a autoridade da coisa julgada.
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argumentou que o prévio conhecimento dos fatos, sob o ângulo técnico, poderá evitar ou justi-
ficar uma ação futura, a depender do resultado da perícia.
Devidamente citada, a Mestre de Obras Engenharia S/A apresentou manifestação, na qual ale-
ga que não há qualquer risco de perecimento da prova, pois os vícios eventualmente cons-
tatados permaneceriam no local, sendo impertinente, portanto, o ajuizamento da produção
antecipada de provas.
Considerando o caso narrado, assinale a afirmativa correta.
a) A pretensão de prévio conhecimento dos fatos para justificar ou evitar o ajuizamento de
ação futura em face da Mestre de Obras Engenharia S/A, não é suficiente para a admissibi-
lidade da produção antecipada de provas proposta pelo condomínio do Edifício Residências,
faltando interesse de agir.
b) A produção antecipada de provas proposta pelo Condomínio do Edifício Residências previ-
ne a competência para a ação principal, eventualmente proposta em face da Mestre de Obras
Engenharia S/A.
c) Na produção antecipada de provas, o juiz não se pronunciará sobre a ocorrência ou inocor-
rência dos fatos alegados pelo Condomínio do Edifício Residências, nem sobre suas respecti-
vas consequências jurídicas.
d) No procedimento de produção antecipada de provas, não se admitirá defesa ou recurso,
salvo contra decisão que defira a produção da prova pleiteada pelo Condomínio do Edifício
Residências.
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GABARITO
1. e
2. c
3. a
4. b
5. E
6. C
7. d
8. C
9. d
10. d
11. e
12. c
13. a
14. b
15. d
16. b
17. a
18. a
19. d
20. b
21. c
22. b
23. b
24. e
25. a
26. c
27. c
28. a
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GABARITO COMENTADO
001. (CESPE/DPE-PE/DEFENSOR PÚBLICO/2018) NÃO HAVENDO PROCESSO ANTERIOR
QUE TRATE da situação, a demonstração de que determinado fato ocorreu em rede social
acessível pela Internet poderá ser realizada com a juntada aos autos
Parte superior do formulário
a) de declaração pessoal do autor.
b) de prova emprestada.
c) do computador.
d) da prova pericial.
e) de ata notarial.
Amigo(a), esse é um meio de prova admitido no parágrafo único do artigo 384 da Codificação
Processual hodierna.
Parágrafo único. Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos eletrônicos
poderão constar da ata notarial.
Letra e.
I – Errado. Conforme o artigo 473, § 3º, os assistentes técnicos, tais quais os peritos, podem
ouvir testemunhas.
II – Certo. Segundo ao artigo 473 da Lei Processual, o laudo deverá conter o método utilizado.
III – Certo. Tanto o perito como o assistente técnico podem ser intimados por meio eletrônico com
antecedência de 10 (dez) dias da audiência, conforme estabelece o artigo 477, § 4º, da Lei de Ritos.
IV – Errado. As partes podem convencionar a escolha do perito desde que o sejam plenamente
capazes e a causa possa ser resolvida por autocomposição.
Letra c.
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Bem, essa é uma das hipóteses previstas pelo artigo 455, § 4º, IV, do Código para que a intima-
ção seja feita por meio da via judicial.
Letra a.
a) Errada. Não há de se falar em livre convencimento puro como sendo adotado pela Codifica-
ção de Ritos, o convencimento deve ser motivado.
b) Certa. A questão consigna o que o artigo 429, II, consigna a respeito da produção de provas.
c) Errada. Opa! Embora o critério biológico seja importante, o Juiz pode sim ouvir os menores
de dezesseis anos, consoante o artigo 447, § 4º da Lei Adjetiva.
d) Errada. Não, consoante o artigo 385 da Lei 13.105 de 2015 o depoimento pessoal deve ser
requerido pela parte ou pelo Juiz.
e) Errada. Conquanto sejam admitidos meios típicos e atípicos de provas, eles devem ser mo-
ralmente legítimos, ao contrário do que afirma a questão. (vide artigo 369).
Letra b.
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Amigo(a), vimos que é possível a convenção do ônus da prova. Essa previsão poder ser eviden-
ciada por meio do artigo 373, § 3º, do Novo Código de Processo Civil.
Errado.
Bem, o Novo Código adota o princípio da Cooperação, estudado logo em nossas lições intro-
dutórias. Essa atividade cooperativa pode ser evidenciada no artigo 6º da Lei de Ritos e vista,
também, nos artigos 370 e 421 da Codificação hodierna.
Certo.
Conforme o artigo 465, § 2º, I, da Lei de Ritos, “Ciente da nomeação, o perito apresentará em 5
(cinco) dias: I – proposta de honorários;”
Letra d.
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Vimos, no decorrer da aula, que as partes podem escolher o perito desde que atendidas as
exigências do artigo 471, veja:
Art. 471. As partes podem, de comum acordo, escolher o perito, indicando-o mediante requerimen-
to, desde que:
I – sejam plenamente capazes;
II – a causa possa ser resolvida por autocomposição.
Certo.
I – Certo. O Item está em conformidade com o que estabelece o artigo 372 do Código, o qual
consagra a prova emprestada.
Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o
valor que considerar adequado, observado o contraditório.
II – Certo. O item descreve o que está disciplinado no artigo 407 da Lei de Ritos.
Art. 407. O documento feito por oficial público incompetente ou sem a observância das formalida-
des legais, sendo subscrito pelas partes, tem a mesma eficácia probatória do documento particular.
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III – Errado. Veja, o item contraria o artigo 452, I e II, do Código, o qual estatui que o Juiz, se
nada souber, mandará excluir seu nome do rol de testemunhas e se declarará impedido se tiver
conhecimento dos fatos que possam influir na decisão.
Art. 472. O juiz poderá dispensar prova pericial quando as partes, na inicial e na contestação, apre-
sentarem, sobre as questões de fato, pareceres técnicos ou documentos elucidativos que conside-
rar suficientes.
V – Errado. Consoante o artigo 481 da Codificação, a inspeção judicial pode ser requerida pela
parte e não somente pelo Juiz de ofício.
Art. 481. O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do processo, inspecio-
nar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato que interesse à decisão da causa.
Letra d.
I – Errado. Vimos que o depoimento pessoal pode sim ser determinado pelo Juiz de ofício,
conforme assevera o artigo 385 do Código.
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II – Errado. No decorrer da aula, expliquei que, com base no artigo 388, parágrafo único da Lei
Processual Civil, a não obrigatoriedade do depoimento da parte não se aplica as ações de es-
tado de família.
III – Certo. O item se alinha ao conceito de confissão ficta ou presumida, a qual pode ser verifi-
cada por meio do artigo 385, § 1º.
V – Certo. De fato, o artigo 385, caput, evidencia que a parte não pode requerer o próprio depoi-
mento pessoal, apenas o seu adverso.
Letra d.
a) Errada. Veja, consoante o artigo 392 do Código, a confissão não vale se os fatos versarem
sobre direitos indisponíveis.
Art. 392. Não vale como confissão a admissão, em juízo, de fatos relativos a direitos indisponíveis.
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b) Errada. Opa! Cuidado com essa questão, pois a confissão é irrevogável, em regra, e anulável
se decorrer de erro de fato ou coação. Não há de se falar em dolo.
Art. 393. A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato ou de coação.
c) Errada. A confissão judicial poderá ser espontânea ou provocada, conforme o artigo 390 da
Lei n. 13.105, de 2015.
d) Errada. Vimos, no decorrer da aula, que a confissão de um dos litisconsortes não se estende
aos demais.
Art. 391. A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando, todavia, os litisconsortes.
Art. 394. A confissão extrajudicial, quando feita oralmente, só terá eficácia nos casos em que a lei
não exija prova literal.
Letra e.
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Art. 116. O litisconsórcio será unitário quando, pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de deci-
dir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes.
Art. 117. Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como liti-
gantes distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as omissões de um não
prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar.
Art. 391. A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando, todavia, os litisconsortes.
III – Errado. Nesse caso, a prova recairá sobre direito e dependerá da determinação do Juiz,
consoante o artigo 376 da Lei Adjetiva.
IV – Certo. O item se coaduna com o teor do artigo 408 da Lei de Ritos.
Art. 408. As declarações constantes do documento particular escrito e assinado ou somente assi-
nado presumem-se verdadeiras em relação ao signatário.
V – Certo. O item mantém uma relação de compatibilidade com o artigo 416 da Lei 13.105 de
2015, acompanhe comigo:
Art. 416. A nota escrita pelo credor em qualquer parte de documento representativo de obrigação,
ainda que não assinada, faz prova em benefício do devedor.
Letra c.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
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a) Certa. A nova Lei de Ritos não prevê o princípio da identidade física do Juiz, o que era previs-
to na codificação de Buzaid.
b) Errada. Veja, conquanto o advogado possa intimar a testemunha, esse regramento não é
extensivo ao Defensor Público, o qual se valerá da intimação judicial para exercer o seu mister.
c) Errada. Negativo, vimos que o ônus da prova compete a quem alega (teoria da carga está-
tica) e admite a inversão (teoria da carga dinâmica), nos casos previstos no artigo 373 § 1º.
d) Errada. O artigo 381 do Novo Código traz as hipóteses para a antecipação de prova, o que signi-
fica dizer que a aludida antecipação não se dará, apenas, em razão de fundado receio de tornar-se
muito difícil ou impossível a verificação de certos fatos na pendência da ação produção da prova.
Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:
I – haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos
fatos na pendência da ação;
II – a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado
de solução de conflito;
III – o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.
e) Errada. O artigo 459 admite perguntas diretas à testemunha, ou seja, não há o sistema de
reperguntas.
Letra a.
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a) Errada. A produção de provas não está adstrita a documentos, também poderá ser compro-
vada por provas testemunhais, consoante o artigo 457, § 1º, da Lei Adjetiva.
b) Certa. A questão está de acordo com a dicção do artigo 459 do Novo Código.
c) Errada. Negativo, o artigo 455, § 4º, elenca mais hipóteses para as quais é possível a intima-
ção pela via judicial. Acompanhe comigo:
d) Errada. Conforme o artigo 455 da Lei de Ritos, cabe ao advogado o informar ou intimar a
testemunha, não ao juízo.
e) Errada. Embora o Juiz possa mudar a ordem das oitivas, isso não ocorrerá ao livre arbítrio do
Julgador, haja vista o parágrafo único do artigo 456 consignar a necessidade da anuência das
partes para a mencionada alteração.
Letra b.
A questão nos traz o conceito de ata notarial expressa pelo artigo 384 da Lei n. 13.105 de 2015,
o qual passo em revista com você:
Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou documentados, a
requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.
Letra d.
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I – Errado. Os poderes instrutórios atribuídos a Juiz permitem que ele modifique a ordem das
provas, consoante o artigo 139, VI, da Legislação Processual.
II – Certo. Esse é o entendimento do artigo 381, § 3º, do Código.
III – Certo. O item se refere à ata notarial, prevista no parágrafo único do artigo 384 da Lei Adjetiva.
IV – Certo. O artigo 459 da Lei de Ritos permite o sistema de inquirição direta às testemunhas,
o que torna o item acertado.
Letra b.
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a) Errada. A incorreção da questão se refere ao prazo para apresentar o falso, que pode ser na
contestação na réplica, ou no prazo de 15 (quinze) dias, não vinte como afirma a questão.
b) Certa. A questão se compatibiliza com o artigo 431 do Código.
c) Certa. A questão se alinha com o artigo 432 do Código.
d) Certa. A questão se compatibiliza com o artigo 433 do Código.
Letra a.
§ 1º No laudo, o perito deve apresentar sua fundamentação em linguagem simples e com coerência
lógica, indicando como alcançou suas conclusões.
§ 2º É vedado ao perito ultrapassar os limites de sua designação, bem como emitir opiniões pesso-
ais que excedam o exame técnico ou científico do objeto da perícia.
b) Errada. Negativo, o 464, § 2º, permite que haja a substituição da perícia por prova técnica
simplificada.
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Art. 466. O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido, independentemente
de termo de compromisso.
d) Errada. O artigo 465, § 5º, do Código prevê a redução da remuneração do perito quando a
perícia for inconclusiva.
§ 5º Quando a perícia for inconclusiva ou deficiente, o juiz poderá reduzir a remuneração inicialmen-
te arbitrada para o trabalho.
Letra a.
I – Certo. A assertiva está em harmonia com o que assevera o artigo 369 da Lei de Ritos.
II – Errado. Parte superior do formulário
O artigo 373, § 1º, traz hipóteses nas quais se admite a inversão do ônus da prova, ao contrário
do que afirma o item.
III – Errado. Além dos fatos notórios, o artigo 374 do Código traz outras hipóteses que indepen-
derão de provas, as quais reviso com você:
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II – afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;
III – admitidos no processo como incontroversos;
IV – em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.
IV – Certo. Essa é a dicção do artigo 372 do Novo Código de Processo, o que torna o item
acertado.
Letra d.
Querido(a), pode-se dizer que a cláusula mencionada pela questão é nula, porquanto na aludi-
da relação de consumo há vulnerabilidade e hipossuficiência por parte do consumidor, o qual
não possui a capacitação técnica para comprovar os aspectos exigidos pelo fornecedor como
no caso em tela, o que tornaria o ônus da prova excessivamente oneroso para o contratante e
afrontaria o artigo 373, § 3º, II, do Código de Processo Civil de 2015.
Letra b.
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a) Errada. Segundo o artigo 391 do Código de Processo Civil: “A confissão judicial faz prova
contra o confitente, não prejudicando, todavia, os litisconsortes”.
b) Errada. Segundo o artigo 391, parágrafo único do Código de Processo Civil:
Nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos reais sobre imóveis alheios, a confissão de
um cônjuge ou companheiro não valerá sem a do outro, salvo se o regime de casamento for o de
separação absoluta de bens.
c) Certa. Segundo o artigo 393 do CPC 2015: “A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada
se decorreu de erro de fato ou de coação”.
d) Errada. Segundo o artigo 395 do Código de Processo Civil:
A confissão é, em regra, indivisível, não podendo a parte que a quiser invocar como prova aceitá-la
no tópico que a beneficiar e rejeitá-la no que lhe for desfavorável, porém cindir-se-á quando o con-
fitente a ela aduzir fatos novos, capazes de constituir fundamento de defesa de direito material ou
de reconvenção.
e) Errada. Segundo o artigo 392 do Código de Processo Civil: “Não vale como confissão a ad-
missão, em juízo, de fatos relativos a direitos indisponíveis”.
Letra c.
O telegrama, o radiograma ou qualquer outro meio de transmissão tem a mesma força probatória do
documento particular se o original constante da estação expedidora tiver sido assinado pelo remetente.
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A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou documentados, a requeri-
mento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.
Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta seja interrogada na
audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de ordená-lo de ofício.
A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando, todavia, os litisconsortes.
Quando o documento ou a coisa estiver em poder de terceiro, o juiz ordenará sua citação para res-
ponder no prazo de 15 (quinze) dias.
Letra b.
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A segunda perícia não substitui a primeira, cabendo ao juiz apreciar o valor de uma e de outra.
O juiz poderá dispensar prova pericial quando as partes, na inicial e na contestação, apresentarem,
sobre as questões de fato, pareceres técnicos ou documentos elucidativos que considerar suficientes.
As partes podem, de comum acordo, escolher o perito, indicando-o mediante requerimento, desde que:
I – sejam plenamente capazes;
II – a causa possa ser resolvida por autocomposição.
Os assistentes técnicos são de confiança da parte e não estão sujeitos a impedimento ou suspeição.
Quando a perícia for inconclusiva ou deficiente, o juiz poderá reduzir a remuneração inicialmente
arbitrada para o trabalho.
Letra e.
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Cada parte adiantará a remuneração do assistente técnico que houver indicado, sendo a do perito
adiantada pela parte que houver requerido a perícia ou rateada quando a perícia for determinada de
ofício ou requerida por ambas as partes.
Letra a.
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a) Errada. O artigo 381, III do CPC de 2015 dispõe que: “produção antecipada da prova será
admitida nos casos em que: (...) III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar
o ajuizamento de ação”.
b) Errada. O artigo 381, § 3º do CPC de 2015 dispõe que: “A produção antecipada da prova não
previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta”.
c) Certa. A assertiva está em consonância com o que estabelece o artigo 382, § 2º do
CPC de 2015.
d) Errada. O artigo 382, § 4º do CPC de 2015 dispõe que: “Neste procedimento, não se admitirá
defesa ou recurso, salvo contra decisão que indeferir totalmente a produção da prova pleiteada
pelo requerente originário”.
Letra c.
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Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetiva-
ção da tutela de urgência causar à parte adversa, se:
I – a sentença lhe for desfavorável;
II – obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários para a
citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias;
III – ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal;
IV – o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor.
Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida,
sempre que possível.
Letra a.
Ok, estimado companheiro (a) virtual, após as questões acima, encerro mais uma aula com
aquele habitual agradecimento pela companhia durante essa marcha preparatória. Fique com
Deus e até o nosso próximo encontro!
Nada lhe posso dar que já não exista em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens,
além daquele que há em sua própria alma. Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o impulso,
a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo. Hermann Hesse
Anderson Ferreira
Servidor Público desde 2007, aprovado em diversos concursos públicos, dentre os quais: Professor da
Secretaria de Educação do Distrito Federal; Analista do Tribunal Regional do Trabalho 10ª Região; Agente
de Polícia Civil do Distrito Federal e Escrivão de Polícia Civil do Distrito Federal (cargo ocupado nos tempos
atuais)
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