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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Do Processo e dos Pressupostos Processuais. Dos Sujeitos Processuais
Anderson Ferreira
Sumário
Do Processo e dos Pressupostos Processuais. Dos Sujeitos Processuais...................................3
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Do Processo.........................................................................................................................................................................3
Das Teorias Acerca da Natureza Jurídica do Processo...............................................................................4
Processo Como Contrato. . ............................................................................................................................................4
Processo Como Quase Contrato.. .............................................................................................................................4
Processo Como Relação Jurídica.............................................................................................................................4
Processo Como Situação Jurídica. . ..........................................................................................................................5
Processo Como um Procedimento em Contraditório...................................................................................5
Procedimento Animado por uma Relação Jurídica em Contraditório.................................................5
Da Relação Jurídica Processual...............................................................................................................................6
Características do Processo.. .....................................................................................................................................7
Classificação do Processo.. .........................................................................................................................................7
Pressupostos Processuais.........................................................................................................................................8
Da Capacidade..................................................................................................................................................................12
Capacidade para Ser Parte........................................................................................................................................12
Dos Sujeitos do Processo..........................................................................................................................................13
Das Partes e dos Procuradores. . ............................................................................................................................13
Da Responsabilidade das Partes por Dano Processual..........................................................................21
Das Despesas, dos Honorários e das Multas................................................................................................26
Dos Honorários.. ..............................................................................................................................................................27
Da Gratuidade da Justiça. . .........................................................................................................................................30
Dos Procuradores. . ........................................................................................................................................................34
Sucessão das Partes e dos Procuradores. ......................................................................................................36
Questões de Concurso................................................................................................................................................39
Gabarito...............................................................................................................................................................................49
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................50
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Do Processo
Querido (a), comentei, sobre a trilogia estrutural do Processo Civil, quando estava a anali-
sar a ação e, agora, tecerei os comentários relativos à outra “viga de sustentação” da processu-
alística civil, qual seja: o processo. Antes, porém, veja “as vigas” da teoria estrutural.
O processo é um dos elementos estruturais do processo civil, haja vista serem institutos
fundamentais do Direito Processual a Ação, a Jurisdição e o Processo. Do ponto de vista in-
trínseco o processo pode ser visto como uma relação jurídica formada, pelo menos, por autor
(demandante) réu (demandado) e Estado-Juiz (relação jurídica tríplice).
A par do que foi consignado no parágrafo acima, vale mencionar que há, de modo excep-
cional em nosso sistema, processos nos quais não há autor, como no caso em que o Juiz
poderá iniciar o processo de ofício (à guisa de exemplo, seria a hipótese da restauração de
autos), e situações em que não haverá réu, como no caso dos processos objetivos (a título de
exemplo, a ação direta de inconstitucionalidade).
Para além do exposto, no plano extrínseco o processo poder ser entendido como um meio
para realização do direito material. O fato é que vivemos em uma sociedade cujas leis nos con-
ferem um conjunto de direitos os quais, uma vez violados, geram a possibilidade de reparação.
Com base no exposto, pode-se dizer que as normas de direito material indicam os direitos
que os cidadãos possuem, tais como: alimentos, patrimônio, dentre outros, os quais devem
ser respeitados. No entanto, muitas vezes, as normas de direito conferidas aos cidadãos são
vulneradas e o titular precisa se valer do Direito Processual, o qual trata acerca do processo,
entendido como um instrumento que serve ao direito material, a fim de efetivá-lo.
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Com isso entendido, imagine que Pepe Nouglas colida no carro de Bill e diga: “devo não
pago, nego enquanto puder!” Ora, nessa situação hipotética, Bill possui direito à reparação de
danos, porquanto as normas de direito material assim preveem. Todavia, caso Bill não consiga
fazer com que Nouglas recomponha o Direito, poderá se dirigir ao Poder Judiciário e se valer
de um processo, a fim de que sua pretensão seja satisfeita e, com efeito, o dano seja reparado.
Ademais, vale destacar que o processo não é um fim em si mesmo, mas um meio para a efeti-
vação do Direito Material, o que consagra a instrumentalidade a ele relativa, afinal, aquele que pro-
cura o Poder Judiciário não objetiva o processo e sim a satisfação do direito desrespeitado, violado.
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Essa corrente possui grande aceitação na Doutrina pátria e por meio dela compreende-se
o processo como uma relação jurídica de direito processual a qual se exterioriza por meio de
um procedimento.
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Neves, Daniel Amorim Assumpção. Manual de direito processual civil – Volume único – 12.ed. –Salvador. P. 160.
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Uma vez expostos os conceitos acima, quando falo de processo, refiro-me a um caminho
a ser percorrido, uma marcha para frente, um conjunto de atos que conduzem à jurisdição, que
deverá ser exercida pelo Estado-Juiz. É por meio dele que é dada sustentação ao ato praticado
pelo “agente do Estado”, que, no caso do Processo Civil, são as decisões proferidas pelos Juí-
zes. Em suma, o processo garante a legitimidade e a validade das decisões judiciais.
O processo pode ser visto como um instrumento utilizado pelos Juízes para sentenciar, pro-
ferir provimento jurisdicional, resolver a problemática, a demanda que foi levada a eles, ou seja,
compor o conflito entre as partes litigantes, preferencialmente, com resolução de mérito (em
razão do princípio da primazia da resolução de mérito, a ser examinado no decorre desta aula).
O procedimento é sinônimo de rito...é que nem seis e meia dúzia, sovaco e axila! Rs... Brin-
cadeiras à parte, procedimento é o percurso feito pelo processo, o caminho pelo qual a marcha
processual se desenvolve é o modo como os atos processuais se organizam no tempo, de ma-
neira lógica e com um objetivo. Permita-me explicar da seguinte forma: Eu moro em Brasília e
resolvo ir à Caldas Novas, uma cidade próxima à Capital Federal. Bem, para chagar ao destino
escolhido (ir até lá), posso escolher viajar por uma estrada A ou B, isto é, posso utilizar dois
caminhos (procedimentos) para concluir minha viagem (processo).
Então, amigo (a), para chegar ao final do processo, me valho de procedimentos, os quais,
na atual processualística, são classificados como: comum e especial, com o objetivo de obter
uma sentença de mérito.
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Para além do exposto, pode-se dizer que os sujeitos processuais podem ser parciais, neste
caso tem-se o autor, o réu e os terceiros intervenientes, ou imparciais como o Juiz, o Ministério
Público na condição de custos iures e o perito.
Características do Processo
Segundo ensinamentos do brilhante processualista Daniel Amorim Assumpção Neves:
A relação jurídica de Direito processual tem cinco principais características: (a) autonomia; (b) com-
plexidade; (c) dinamismo; (d) unidade; (e) natureza pública” (Neves, Daniel Amorim Assumpção.
Manual de direito processual civil – Volume único – 12. Ed – Salvador: Ed. JusPodivm, 2019. P. 162).
Com base na lição mencionada no parágrafo acima, tem-se que o processo possui como
características: a autonomia (haja vista que a relação processual independe da relação de di-
reito material); complexidade (decorrente das diversas situações jurídicas durante a marcha
processual); dinamismo (há uma sucessão de atos); unidade (posto existir uma ligação lógica
entre os atos processuais) e natureza pública (o Estado-Juiz se faz presente no processo).
Classificação do Processo
Estimado (a) estudante, disse a você que o procedimento, nos tempos atuais, se divide em
comum e especial. Já o processo pose ser classificado como:
• Processo de conhecimento: busca a solução para uma crise jurídica, é um meio pelo
qual o Juiz irá conhecer a demanda e, por meio da cognição, irá instruir o processo
(com oitivas, produção de provas, inspeção judicial, dentre outros atos que reputar ne-
cessários) para, ao final, proferir uma sentença, seja ela constitutiva (cria modifica ou
extingue a relação jurídica), condenatória (cujo condão é fazer com que o sucumbente
cumpra com o encargo obrigacional), declaratória (a qual atesta uma relação jurídica)
e mandamental (a qual é impositiva no que se refere a declarar um direito e ordenar o
cumprimento de algum encargo ou abstenção de uma determinada conduta por parte
daquele que sucumbiu e acarretar penalidades em caso de descumprimento).
• Processo de execução: Procura-se satisfazer um direito existente, como, por exemplo, o
pagamento de um título executivo extrajudicial emitido (cheque ou nota promissória) ou
o cumprimento de um contrato celebrado na presença de duas testemunhas.
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Pressupostos Processuais
Para que o processo tenha marcha de forma válida e regular, é necessário que alguns
pressupostos sejam atendidos para que o Juiz possa adentrar ao mérito (aquilo que se pede,
o motivo da desavença), pois, do contrário, o processo será extinto sem julgamento do mérito,
consoante o artigo 485, IV, da Lei de Ritos.
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Do plano de validade: Esses elementos tornam o processo viável, como mencionado aci-
ma, e também se dividem em: subjetivos e objetivos (esses últimos subdivididos em intrínse-
cos e extrínsecos), os quais passo a analisar abaixo:
Pressupostos subjetivos no plano de validade:
• Juiz competente: a quem se atribui a competência, o empoderamento necessário para
julgar a demanda, e imparcial (quando o julgador não se enquadra nas hipóteses de
impedimento ou suspeição)
• Capacidade postulatória e capacidade processual: esse tema, será abordado com mais
vagar no decorrer das lições. Em linhas gerais, a capacidade postulatória é conferida
aos advogados, salvo em casos nos quais a parte não necessite de um patrono. Já a
capacidade processual ou de estar em juízo, se refere à possibilidade de figurar em um
dos polos da demanda sem a necessidade de um representante ou assistente, a depen-
der da situação.
Todos esses elementos são classificados como requisitos. Esses pressupostos são de-
nominados positivos, pois precisam ser satisfeitos para validade e regularidade do processo.
Noutro giro, é preciso analisar os pressupostos negativos (aqueles que acaso estejam
presentes, conduzem a extinção do processo), denominados pressupostos processuais ex-
trínsecos. São eles:
• Litispendência: Existente quando houver duas causas idênticas em tramitação com as
mesmas partes, pedido e causa de pedir (elementos identificadores).
• Coisa julgada: caracterizada, em apertada síntese, quando a causa fora discutida ante-
riormente com trânsito em julgado (assunto a ser discutido com mais vagar e de modo
mais detalhado em aula específica).
• Perempção: caracterizada pela desídia relativa ao processo, isto é, o autor fica inerte e o
processo não se desenvolve e pode acarretar extinção sem julgamento do mérito.
• Convenção arbitral: quando as partes tiverem firmado compromisso de carrear eventual
demanda a juízo arbitral em assunto relativo a direitos disponíveis.
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Ok, postos os conceitos acima, vamos esquematizar o que foi estudado. Os pressupostos
processuais podem ser:
De existência:
• Um órgão investido de jurisdição;
• Partes;
• Demanda.
De validade:
• Subjetivos – referem-se aos sujeitos do processo:
• Juiz:
• Competente
• Imparcial - sem impedimento e suspeição (esta se convalesce caso não arguida no mo-
mento oportuno).
Autor/Réu:
• Capacidade para ser parte – pessoa (física ou jurídica) com personalidade.
• Capacidade para estar em juízo – para postular em juízo. É aptidão genérica para a
prática de atos processuais – Capacidade postulatória -
◦ Legitimatio ad processum – é pressuposto processual subjetivo.
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Objetivos:
• Intrínsecos – dizem respeito ao próprio processo como exemplo: petição apta, regulari-
dade formal e procedimental, regularidade da comunicação dos atos processuais. Estão
ao longo de todo o Código de Processo Civil.
• Extrínsecos (Negativos – não podem existir!):
◦ Litispendência;
◦ Coisa julgada;
◦ Perempção;
◦ Convenção de arbitragem.
Então, em síntese:
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Da Capacidade
O tema capacidade é de grande relevância para o Processo Civil, haja vista se tratar de
pressuposto processual, cuja ausência compromete o desenvolvimento válido e regular do
processo, o qual poderá ser extinto sem resolução de mérito. A capacidade poder ser classifi-
cada da seguinte forma:
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Querido (a), a capacidade processual não é conferida a todas as pessoas. Não! Essa é
uma capacidade para estar em juízo, sem a necessidade de ser representado ou assistido,
e só é franqueada aos absolutamente capazes. É aptidão genérica para a prática de atos
processuais.
Diante do exposto, a regra é: se um relativamente incapaz for inserido na relação jurídica
processual, deverá ser assistido (em regra pelos pais ou por um curador) e se for absoluta-
mente incapaz, deverá ser representado (pelos pais por um tutor ou curador) os quais suprem
a incapacidade. No caso do condomínio, esse terá sua representação na figura do síndico.
Vejamos os casos em que a incapacidade poderá ser suprida:
A incapacidade pode ser suprida:
• Incapacidade relativa – pela assistência;
• Incapacidade absoluta – pela representação;
• Pessoas jurídicas – são presentadas.
• As sociedades de fato - são representadas pela pessoa que de fato exerce sua administração.
• União – representada pela Advocacia Geral da União e Procuradoria da Fazenda Nacio-
nal (está só nos processos executivos fiscais)
• Estado - é representado por seus procuradores.
• Municípios – representados por seus procuradores ou prefeitos.
Estimado (a), uma dica para acertar os casos de incapacidade relativa ou absoluta está na
regra do RIA:
RIA para frente (relativamente incapaz assistido);
RIA para trás, leia de trás para frente, (absolutamente incapaz representado)
Veja o que a lei estabelece a respeito do que foi dito:
Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em
juízo.
Art. 71. O incapaz será representado ou assistido por seus pais, por tutor ou por curador, na forma da lei.
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Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao:
I – incapaz, se não tiver representante legal ou se os interesses deste colidirem com os daquele,
enquanto durar a incapacidade;
II – réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não for
constituído advogado.
Parágrafo único. A curatela especial será exercida pela Defensoria Pública, nos termos da lei.
Normalmente, a curadoria especial fica a cargo da Defensoria Pública. Outro ponto digno
de nota diz respeito à autorização do cônjuge quando um dos consortes for propor ação que
verse sobre direito real imobiliário, exceto se o casamento for o de separação absoluta de bens.
Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito
real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens.
É isso aí... depois que casa tem que pedir autorização ao cônjuge, seja para jogar futebol,
conversar com os amigos, falar em casa, respirar e até para propor ação! Rs...Brincadeirinha
viu?... Só pra descontrair! Contudo, o Juiz pode suprir o consentimento, consoante o artigo 74
da Lei de Ritos... ou seja, nem tudo está perdido! Rs.
Art. 74. O consentimento previsto no art. 73 pode ser suprido judicialmente quando for negado por
um dos cônjuges sem justo motivo, ou quando lhe seja impossível concedê-lo.
Parágrafo único. A falta de consentimento, quando necessário e não suprido pelo juiz, invalida o
processo.
Capacidade Postulatória
Amigo (a), quando o assunto versa sobre capacidade postulatória, estamos diante de ap-
tidão especial para formular requerimentos à Justiça. É uma prerrogativa exclusiva de Advo-
gados privados ou públicos, Defensores Públicos e do Ministério Público (quando atua como
parte), uma vez que o Parquet pode atuar no processo como parte ou fiscal da ordem jurídica.
A petição inicial, em regra, deve ser proposta por um advogado, o qual representa a parte e
possua esta capacidade.
Entretanto, há casos em que é conferido àquele que teve o direito violado o chamado jus
postulandi, o qual confere à parte a possibilidade de estar em juízo sem a presença de um
advogado. Essa situação pode ser observada nos juizados especiais cíveis (desde que o valor
da causa não supere 20 salários mínimos) ou mesmo para impetrar Habeas Corpus (sem ad-
vogado e sem formalidades... Pode ser escrito até na parte de cima de uma sandália! Como já
aconteceu!).
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É importante ressaltar que a Lei de Ritos prevê que algumas pessoas jurídicas e entes
despersonalizados (não possuem personalidade jurídica) serão representados em juízo tanto
quando estiveram no polo ativo da demanda (figurarem como autores) quanto se localizarem
no polo passivo da relação processual (estiverem na condição de réu). Vejamos como se dará
essa representação por meio da tabela abaixo:
REPRESENTADO REPRESENTANTE
Estados e DF Procuradorias
Espólio Inventariante
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X – a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador de sua filial, agência
ou sucursal aberta ou instalada no Brasil;
XI – o condomínio, pelo administrador ou síndico.
§ 1º Quando o inventariante for dativo, os sucessores do falecido serão intimados no processo no
qual o espólio seja parte.
§ 2º A sociedade ou associação sem personalidade jurídica não poderá opor a irregularidade de sua
constituição quando demandada.
§ 3º O gerente de filial ou agência presume-se autorizado pela pessoa jurídica estrangeira a receber
citação para qualquer processo.
§ 4º Os Estados e o Distrito Federal poderão ajustar compromisso recíproco para prática de ato pro-
cessual por seus procuradores em favor de outro ente federado, mediante convênio firmado pelas
respectivas procuradorias.
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Bem querido (a), a relação jurídica processual possui autor (s), demandante, réu (s) deman-
dado e um Juiz no ápice da relação triangular. Acompanhe comigo essa relação tríplice:
Os dois primeiros são sujeitos parciais, porquanto estão interessados em uma sentença
de mérito favorável a seus interesses, ao passo que o Julgador dever ser imparcial e equidis-
tante no que se refere à demanda, pois deve estar interessado na aplicação da justiça. Vimos
quando do estudo das normas fundamentais do novo CPC, que as os envolvidos no processo
devem agir com boa-fé. Relembre comigo:
Art. 5º Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a
boa-fé.
Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de
todos aqueles que de qualquer forma participem do processo:
I – expor os fatos em juízo conforme a verdade;
II – não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de fun-
damento;
III – não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à defesa do direito;
IV – cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar
embaraços à sua efetivação;
V – declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou pro-
fissional onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer
modificação temporária ou definitiva;
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Bem, seria muito bom se todos internalizassem o rol acima descrito, o qual é exemplificati-
vo, sem embargo de outras condutas lastreadas na eticidade. Aliás, se essas ideias, baseadas
na ética, fossem postas em prática, talvez, nem precisássemos de um processo, pois as partes
e procuradores teriam uma tendência de autocompor, de chegarem a um acordo.
Contudo, entretanto, porém! Voltemos à realidade... Infelizmente ou felizmente, foi necessário
encartar os deveres mencionados no artigo 77 da Lei de Ritos, a fim de coibir condutas indesejá-
veis. No entanto, muitas vezes alertar, apenas, não basta... É preciso sancionar. Muitas pessoas
acreditam na lei, entendem que devem cumpri-la porque vale a pena. Contudo, para outras é ne-
cessário impor penalidades e, nesse conduto de raciocínio, o Código adverte no sentido de que o
descumprimento dos deveres das partes, em especial no que concerne aos incisos IV e VI do artigo
77, podem ser considerados ou constituir ato atentatório à dignidade da justiça, além de acarretar
sanções de natureza criminal, civil e processual (tríplice responsabilidade) e ainda podem afetar a
parte mais sensível do ser humano... O bolso! Porquanto sujeita o infrator a uma multa pecuniária a
ser inserida na dívida ativa (sujeita à execução fiscal), de até 20 (vinte por cento) do valor da causa.
Recentemente, mas muito recentemente mesmo, o nosso querido Código de Processo Civil
teve a redação alterada pela Lei n. 14.105 de 2021. Nesse cenário, é comum que nós, pro-
fessores, chamemos sua atenção para as novidades, porquanto as bancas gostam delas. Eu
mesmo nem posso falar nada sobre a predileção do examinador por aquilo que é novo, afinal,
estou ansioso para assistir nova temporada de Cobra Kai! Rs. Então, vamos que vamos enfren-
tar o tema!
O artigo 77 do Código de Processo Civil teve a redação alterada pela Lei n. 14.105, de 2021,
que incluiu o inciso VII na lei processual. Segundo o dispositivo supracitado, é dever das par-
tes, procuradores e de todos que de qualquer modo participem do processo informar e manter
atualizados seus dados cadastrais perante os órgãos do Poder Judiciário e, no caso do § 6º do
artigo 246 do CPC, da Administração Tributária, para o recebimento de citações e intimações.
Vejamos o teor do dispositivo ora analisado:
Art. 77 Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de
todos aqueles que de qualquer forma participem do processo:
(...)
VII – informar e manter atualizados seus dados cadastrais perante os órgãos do Poder Judiciário
e, no caso do § 6º do art. 246 deste Código, da Administração Tributária, para recebimento de ci-
tações e intimações. (Incluído pela Lei n. 14.195, de 2021)
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Com base no dispositivo acima descrito, percebe-se a inclusão de um dever no rol do artigo 77
da Lei n. 13.105 de 2015, no caso, o de informar e manter atualizados os dados cadastrais. É
recomendável que esse preceptivo seja lido em conjunto com o artigo 246 do Código de Pro-
cesso Civil, cuja redação também foi alterada ao estabelecer que a citação será feita de modo
preferencial por meio eletrônico no prazo de até dois dias úteis, contados da decisão que a
determinar, por meio dos endereços eletrônicos indicados pelo citando no banco de dados do
Judiciário, consoante regulamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Bem, trataremos das alterações relativas à citação em aula própria. O que peço a você, neste
momento, é: leia com atenção a novidade, pois a tendência, acaso o examinador cobre o inci-
so, é a exigência do texto legal.
§ 1º Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer das pessoas mencionadas no caput
de que sua conduta poderá ser punida como ato atentatório à dignidade da justiça.
§ 2º A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à dignidade da justiça, deven-
do o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável
multa de até vinte por cento do valor da causa, de acordo com a gravidade da conduta.
§ 3º Não sendo paga no prazo a ser fixado pelo juiz, a multa prevista no § 2º será inscrita como dí-
vida ativa da União ou do Estado após o trânsito em julgado da decisão que a fixou, e sua execução
observará o procedimento da execução fiscal, revertendo-se aos fundos previstos no art. 97.
Cumpre destacar que essa multa reverte em favor da União, Estado ou Distrito Federal e
não à outra parte. O Novo Código prevê um fundo que arrecade as sanções, todas para melho-
rar a justiça.
As multas sancionatória não se confundem com multas executivas. Veja comigo um artigo
que se relaciona ao tema ora abordado:
Art. 774. Considera-se atentatória à dignidade da justiça a conduta comissiva ou omissiva do exe-
cutado que:
I – frauda a execução;
II – se opõe maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos;
III – dificulta ou embaraça a realização da penhora;
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IV – resiste injustificadamente às ordens judiciais;
V – intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os respectivos
valores, nem exibe prova de sua propriedade e, se for o caso, certidão negativa de ônus.
Parágrafo único. Nos casos previstos neste artigo, o juiz fixará multa em montante não superior
a vinte por cento do valor atualizado do débito em execução, a qual será revertida em proveito do
exequente, exigível nos próprios autos do processo, sem prejuízo de outras sanções de natureza
processual ou material.
Com base no § 4º do artigo 77, a multa pode ser aplicada com acréscimo de dez por cen-
to e também com o acréscimo do mesmo percentual aos honorários do advogado, além da
possibilidade de busca e apreensão, remoção de coisas e pessoas, desfazimento de obra e
impedimento de atividade nociva.
Ok, professor! Então, a multa se presta a sancionar o indivíduo na parte mais sensível do
corpo... o bolso! E pode chegar a vinte por cento do valor da causa. Mas e se o valor rela-
tivo à demanda for muito baixo, irrisório? A parte pode nem se sentir sancionada.
Bem, concordo! E para esse tipo de situação, o legislador encartou o § 5º no código, o qual
possibilita a aplicação de até 10 vezes o valor do salário mínimo como multa, aí já dá até para
pôr a mão na consciência e, se não funcionar...na carteira!
§ 5º Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa prevista no § 2º poderá ser fixada
em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo.
Querido (a), chamo sua atenção para o fato de que aos Advogados públicos e privados, mem-
bros da Defensoria Pública e Ministério Público não se aplicam os dispositivos encartados nos
parágrafos 2º ao 5º, e as eventuais responsabilidade deles deverá ser oficiada aos órgão de classe
(Ordem dos advogados ou à respectiva corregedoria do órgão onde laboram). Permita-me relem-
brar com você dispositivos da Lei de Ritos, pois esse é um caminho eficaz para sua aprovação.
§ 2º A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à dignidade da justiça, deven-
do o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável
multa de até vinte por cento do valor da causa, de acordo com a gravidade da conduta.
§ 3º Não sendo paga no prazo a ser fixado pelo juiz, a multa prevista no § 2º será inscrita como dí-
vida ativa da União ou do Estado após o trânsito em julgado da decisão que a fixou, e sua execução
observará o procedimento da execução fiscal, revertendo-se aos fundos previstos no art. 97.
§ 4º A multa estabelecida no § 2º poderá ser fixada independentemente da incidência das previstas
nos arts. 523, § 1º, e 536, § 1º.
§ 5º Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa prevista no § 2º poderá ser fixada
em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo.
§ 6º Aos advogados públicos ou privados e aos membros da Defensoria Pública e do Ministério
Público não se aplica o disposto nos §§ 2º a 5º, devendo eventual responsabilidade disciplinar ser
apurada pelo respectivo órgão de classe ou corregedoria, ao qual o juiz oficiará.
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O Juiz não pode aplicar a multa a Advogados públicos e privados, Membros do MP e Defen-
sores Públicos.
Antes de passarmos para o próximo tópico da aula, gostaria de comentar com você acerca
do respeito, do tratamento cordial, polido, urbano exigido pelo Código durante a marcha pro-
cessual. O fato de existir uma contenda, um conflito de interesses, não confere a ninguém o
direito de tratar o outro de forma atentatória à dignidade ou decoro.
Isso significar dizer que a Lei de Ritos rechaça o emprego de expressões ofensivas proferi-
das por qualquer dos participantes do processo, as quais se forem expressas de forma verbal,
poderão acarretar em advertência àquele que proferiu ou em cassação da palavra no caso de
repetição. Se for escrita, o Juiz pode riscá-la, de ofício ou a requerimento do ofendido, e deter-
minar a expedição de certidão com o teor da ofensa para que a parte ofendida possa tomar as
medidas cabíveis.
Saliento que a urbanidade se aplica a todos os envolvidos no processo o que inclui Juízes,
Promotores e Defensores Públicos, conforme estatui o artigo 78 da Lei de Ritos.
Art. 78. É vedado às partes, a seus procuradores, aos juízes, aos membros do Ministério Público e
da Defensoria Pública e a qualquer pessoa que participe do processo empregar expressões ofensi-
vas nos escritos apresentados.
§ 1º Quando expressões ou condutas ofensivas forem manifestadas oral ou presencialmente, o juiz
advertirá o ofensor de que não as deve usar ou repetir, sob pena de lhe ser cassada a palavra.
§ 2º De ofício ou a requerimento do ofendido, o juiz determinará que as expressões ofensivas sejam
riscadas e, a requerimento do ofendido, determinará a expedição de certidão com inteiro teor das
expressões ofensivas e a colocará à disposição da parte interessada.
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Art. 79. Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como autor, réu ou inter-
veniente.
Atua de má-fé aquele altera a verdade, usa o processo para conseguir objetivos ile-
gais, opõe resistência injustificada ao andamento do processo, atua de modo temerário
(imprudente, inconsequente) em qualquer incidente ou ato do processo, provoca incidente
manifestamente infundado ou interpõe recurso para procrastinar o desenrolar processual.
A Lei de Ritos estabelece as condutas que definem a litigância de má-fé, as quais cola-
ciono abaixo:
Prezado (a), assim como no tópico destinado aos deveres das partes, quando alguém
litiga de má-fé, o Juiz poderá, de ofício ou a requerimento das partes, condenar o litigante a
pagar multa nos seguintes moldes:
• Superior a 1% e inferior a 10% do valor corrigido da causa.
• Indenizar a parte contrária pelos prejuízos sofridos.
• Arcar com os honorários advocatícios.
Art. 81. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que de-
verá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar
a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com
todas as despesas que efetuou.
§ 1º Quando forem 2 (dois) ou mais os litigantes de má-fé, o juiz condenará cada um na propor-
ção de seu respectivo interesse na causa ou solidariamente aqueles que se coligaram para lesar
a parte contrária.
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Ok, professor! Mas aqui é cabível o mesmo questionamento feito no estudo dos deveres
das partes? E se o valor da causa for irrisório?
Aqui, estimado (a) leitor (a), o Código segue o raciocínio relativo aos deveres da parte de
modo que respondo ao questionamento com a colação do § 2º do artigo 81 da Lei de Ritos.
§ 2º Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em até 10 (dez)
vezes o valor do salário-mínimo.
§ 3º O valor da indenização será fixado pelo juiz ou, caso não seja possível mensurá-lo, liquidado por
arbitramento ou pelo procedimento comum, nos próprios autos.
Veja que interessante! Se a litigância de má-fé não gerou prejuízo, não haverá indenização,
mas somente a multa. Agora, havendo prejuízo decorrente da litigância de má-fé, os seus valo-
res serão apurados em liquidação.
Art. 96. O valor das sanções impostas ao litigante de má-fé reverterá em benefício da parte contrá-
ria, e o valor das sanções impostas aos serventuários pertencerá ao Estado ou à União.
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a) Errada. Amigo (a) a assertiva contraria o que estabelece o § 2º do artigo 83 da Lei de Ritos.
Acompanhe comigo:
Art. 83. O autor, brasileiro ou estrangeiro, que residir fora do Brasil ou deixar de residir no país ao
longo da tramitação de processo prestará caução suficiente ao pagamento das custas e dos hono-
rários de advogado da parte contrária nas ações que propuser, se não tiver no Brasil bens imóveis
que lhes assegurem o pagamento.
(...)
§ 2º Verificando-se no trâmite do processo que se desfalcou a garantia, poderá o interessado exigir
reforço da caução, justificando seu pedido com a indicação da depreciação do bem dado em garan-
tia e a importância do reforço que pretende obter.
b) Certa. Aí sim! Perceba que a assertiva está em harmonia com o que prevê o artigo 83 do
Novo Código, examinado na questão acima.
c) Errada. Amigo (a), segundo o inciso I, § 1º do artigo 83, não se exigirá caução em sede de
reconvenção. Acompanhe comido o dispositivo em comento:
Art. 83 (...)
§ 1º Não se exigirá a caução de que trata o caput:
I – quando houver dispensa prevista em acordo ou tratado internacional de que o Brasil faz parte;
II – na execução fundada em título extrajudicial e no cumprimento de sentença;
III – na reconvenção.
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Veja, querido (a), no caso em tela a perícia deveria ser rateada entre autor e réu, uma vez que
ambos requereram a perícia. Acompanhe comigo o teor do artigo 95 da Lei de Ritos:
Art. 95. Cada parte adiantará a remuneração do assistente técnico que houver indicado, sendo a do
perito adiantada pela parte que houver requerido a perícia ou rateada quando a perícia for determi-
nada de ofício ou requerida por ambas as partes.
Sendo assim, com base no dispositivo acima, a assertiva correta é a B e as demais estão
incorretas.
Letra b.
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Art. 82. Salvo as disposições concernentes à gratuidade da justiça, incumbe às partes prover as
despesas dos atos que realizarem ou requererem no processo, antecipando-lhes o pagamento, des-
de o início até a sentença final ou, na execução, até a plena satisfação do direito reconhecido no
título.
Agora, cumpre destacar que se aquele que antecipou as custas relativas aos atos proces-
suais, como, por exemplo, o pagamento de um exame grafotécnico em um documento pro-
batório, ao final do processo saiu vencedor da demanda, terá suas despesas ressarcidas por
aquele que foi vencido.
Porém, se as despesas forem requisitadas pelo Juiz ou requeridas Ministério Público, atu-
ante na condição de fiscal do direito, elas devem ser antecipadas pelo autor.
O artigo 83 da Lei de Ritos estabelece que quando o autor da demanda residir fora do Brasil
ou deixar de residir em território pátrio durante a tramitação do processo, deverá prestar cau-
ção (uma garantia) que assegure o pagamento das custas processuais e honorários devidos
ao advogado da parte contrária, isso se o autor não tiver bens imóveis em solo brasileiro para
garantir uma possível sucumbência.
Art. 83. O autor, brasileiro ou estrangeiro, que residir fora do Brasil ou deixar de residir no país ao
longo da tramitação de processo prestará caução suficiente ao pagamento das custas e dos hono-
rários de advogado da parte contrária nas ações que propuser, se não tiver no Brasil bens imóveis
que lhes assegurem o pagamento.
Agora, se houver acordo ou tratado internacional dos quais o Brasil tenha feito parte que
dispense a caução, seja na execução fundada em título executivo extrajudicial (como, por
exemplo, uma cártula de cheque, uma nota promissória, as quais conduzem à execução) e
cumprimento de sentença, ou reconvenção (quando podem ser alteradas as posições no pro-
cesso, autor passa a ser réu e réu autor) a aludida garantia será dispensada.
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§ 1º Não se exigirá a caução de que trata o caput:
I – quando houver dispensa prevista em acordo ou tratado internacional de que o Brasil faz parte;
II – na execução fundada em título extrajudicial e no cumprimento de sentença;
III – na reconvenção.
Estimado leitor (a) vivemos em uma economia inconstante, infelizmente, a qual foi mais
volátil no passado, com inflação que chegou na estratosfera do planeta, cerca de 50% ao mês!
Bem, a história do Brasil evidencia que em alguns períodos o poder monetário sofre varia-
ções. Sendo assim, a Lei 13.105 de 2015 estabelece que se ocorrer depreciação do bem dado
em garantia, é possível a exigência de reforço. É isso, imagine um processo que tramita desde
do ano 2000 e teve como garantia real um automóvel, certamente as flutuações de mercado e
depreciação e obsolescência do bem não favoreceram a quantia caucionada.
Chamo sua atenção para o fato de que as despesas incluem a indenização de viagens re-
muneração de assistentes técnicos e diárias das testemunhas.
Dos Honorários
Prezado (a), honorários, em acepção genérica, é a contraprestação pecuniária (pagamen-
to) efetuado ao profissional liberal. Bem, em nossos estudos, os profissionais em questão são
os advogados. O patrono pode ter suas funções examinadas na Constituição, quando o assun-
to se relaciona a funções essenciais da justiça, no Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil
e no Código de Processo Civil, no tópico relativo aos procuradores.
Quando analisamos honorários advocatícios, precisamos, em um primeiro momento, en-
tender que há duas espécies do gênero mencionado, a saber:
• Honorários sucumbenciais: são decorrentes da perda da ação, isto é, sentença desfa-
vorável a um dos sujeitos do processo, se impõe à parte vencida, a qual deverá pagar as
custas do advogado da parte vencedora. Os valores referentes a essa espécie são es-
tabelecidos pelo Juiz, que os fixa entre o valor mínimo 10 e no máximo 20 por cento do
valor da condenação ou do proveito econômico obtido ou, em caso de impossibilidade
de auferir o proveito econômico, o Magistrado avaliará o grau de zelo do causídico com
a demanda, o local de trabalho onde atuou o profissional, complexidade da causa e o
tempo despendido pelo advogado, consoante o artigo 85 do CPC.
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§ 2º Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor
da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor
atualizado da causa, atendidos:
I – o grau de zelo do profissional;
II – o lugar de prestação do serviço;
III – a natureza e a importância da causa;
IV – o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço.
• Honorários contratuais: são decorrentes de contrato, regulado pelo Código Civil, que es-
tabelece um contrato de mandato, cujo instrumento que materializa a relação contratual
é a procuração (a qual estabelece os poderes conferidos ao advogado). Nessa espécie,
as partes convencionam, de forma livre, acerca dos valores (a Ordem dos Advogados do
Brasil possui uma tabela de preços, por meio da qual estabelece patamares remunera-
tórios mínimos).
Chamo sua atenção para o fato de que os Advogados Públicos também recebem honorá-
rios de sucumbência nos termos da lei. Veja como o Código trata o tema ora abordado:
§ 3º Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, a fixação dos honorários observará os critérios
estabelecidos nos incisos I a IV do § 2º e os seguintes percentuais:
I – mínimo de dez e máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econô-
mico obtido até 200 (duzentos) salários-mínimos;
II – mínimo de oito e máximo de dez por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômi-
co obtido acima de 200 (duzentos) salários-mínimos até 2.000 (dois mil) salários-mínimos;
III – mínimo de cinco e máximo de oito por cento sobre o valor da condenação ou do proveito eco-
nômico obtido acima de 2.000 (dois mil) salários-mínimos até 20.000 (vinte mil) salários-mínimos;
IV – mínimo de três e máximo de cinco por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econô-
mico obtido acima de 20.000 (vinte mil) salários-mínimos até 100.000 (cem mil) salários-mínimos;
V – mínimo de um e máximo de três por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econô-
mico obtido acima de 100.000 (cem mil) salários-mínimos.
§ 4º Em qualquer das hipóteses do § 3º:
I – os percentuais previstos nos incisos I a V devem ser aplicados desde logo, quando for líquida a
sentença;
II – não sendo líquida a sentença, a definição do percentual, nos termos previstos nos incisos I a V,
somente ocorrerá quando liquidado o julgado;
III – não havendo condenação principal ou não sendo possível mensurar o proveito econômico obti-
do, a condenação em honorários dar-se-á sobre o valor atualizado da causa;
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IV – será considerado o salário-mínimo vigente quando prolatada sentença líquida ou o que estiver
em vigor na data da decisão de liquidação.
§ 5º Quando, conforme o caso, a condenação contra a Fazenda Pública ou o benefício econômico
obtido pelo vencedor ou o valor da causa for superior ao valor previsto no inciso I do § 3º, a fixação
do percentual de honorários deve observar a faixa inicial e, naquilo que a exceder, a faixa subsequen-
te, e assim sucessivamente.
§ 6º Os limites e critérios previstos nos §§ 2º e 3º aplicam-se independentemente de qual seja
o conteúdo da decisão, inclusive aos casos de improcedência ou de sentença sem resolução de
mérito.
§ 7º Não serão devidos honorários no cumprimento de sentença contra a Fazenda Pública que en-
seje expedição de precatório, desde que não tenha sido impugnada.
§ 8º Nas causas em que for inestimável ou irrisório o proveito econômico ou, ainda, quando o valor
da causa for muito baixo, o juiz fixará o valor dos honorários por apreciação equitativa, observando
o disposto nos incisos do § 2º.
Veja que interessante! Esses são os únicos casos em que sobrevive a apreciação equi-
tativa dos honorários, como dito, nas causas em que for inestimável ou irrisório o proveito
econômico.
§ 9º Na ação de indenização por ato ilícito contra pessoa, o percentual de honorários incidirá sobre
a soma das prestações vencidas acrescida de 12 (doze) prestações vincendas.
§ 10. Nos casos de perda do objeto, os honorários serão devidos por quem deu causa ao processo.
Prezado (a) estudante, recomendo uma leitura dos dispositivos acima colacionados, pois tra-
zem regramentos afeto à Fazenda Pública, os quais foram objeto de questionamentos em
certames públicos.
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Da Gratuidade da Justiça
Prezado (a), vimos que para movimentar o processo existem despesas, custas. Mas é for-
çoso reconhecer que em alguns casos há pessoas que não podem despender um importe em
dinheiro para fazer valer seu direito sem se privarem do que é essencial à sua subsistência
(alimentos, moradia, saúde, etc.).
Diante do exposto, o Código de Processo Civil de 2015 com vistas na dignidade da pessoa
humana e na perspectiva da igualdade material (oriunda do princípio constitucional da isono-
mia), confere a algumas pessoas a gratuidade da justiça. Aliás, distinto (a) estudante, imagine
se não fosse assim... Pense em um operário que não recebe salários há meses e resolve in-
gressar com uma reclamação trabalhista em desfavor do patrão. Como ele iria arcar com as
despesas do processo se muitas vezes, infelizmente, esse trabalhador passa por dificuldades
para sustentar a própria família? Inviável! Então, para casos como o mencionado existe a gra-
tuidade da justiça.
A aludida gratuidade está disciplinada no Código de Processo Civil, mas já era prevista na
lei 1.060/1950, uma legislação mais antiga sobre o tema, a qual teve dispositivos revogados
pela codificação processual de 2015. A gratuidade pode ser conferida tanto a pessoas físi-
cas quanto pessoas jurídicas (até porque as empresas também passam por dificuldades e o
ordenamento jurídico precisa levar essa questão em consideração, porquanto são dotadas
de função social, haja vista movimentarem a economia, gerarem emprego e renda). Nesse
sentido, veja a súmula 481 do Superior Tribunal de Justiça e o que estabelece o artigo 98 da
Lei de Ritos:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 481 do STJ: “Faz jus ao benefício da justiça gratuita a pessoa jurídica com ou sem
fins lucrativos que demonstrar sua impossibilidade de arcar com os encargos processu-
ais”. (STJ, Corte Especial, DJE 01/08/2013)
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos
para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gra-
tuidade da justiça, na forma da lei.
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Agora, é importante ressaltar que o benefício da gratuidade não isenta a parte do paga-
mento de multas e em caso de litigância de má-fé. Há situações em que o benefício será revo-
gado, o que acarreta o pagamento de até 10 vezes o valor daquilo que deixara de pagar a título
de multa, as quais serão revertidas para Fazenda Pública.
A gratuidade não é estendida em caso de sucumbência, de modo que o valor atribuído à
sentença desfavorável ao beneficiário poderá ser cobrado nos cinco anos subsequentes da de-
cisão que a certificou. Então, o credor ficará atento para cobrar a dívida durante o quinquênio,
pois do contrário, não haverá mais a possibilidade de cobrança.
A gratuidade poderá ser parcial ou total, ou seja, pode ser conferida pelo Juiz para alguns
ou para todos os atos processuais, bem como o beneficiário poderá parcelar as custas, as
quais tiver que antecipar no curso do processo, isso mesmo... Um crediário das custas.
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Estimado leitor (a), essa gratuidade da justiça esmiuça o que era previsto na Lei 1.060/50.
O benefício garante que o beneficiário não adiante as despesas. É uma condição suspensiva
legal! O beneficiário vencido, todavia, é condenado a reembolsar aquilo que for dispendido.
Essa condenação fica com a eficácia suspensa. No entanto, compete ao credor demonstrar
que houve uma mudança fática, que torne possível o vencido arcar com essa responsabilidade.
§ 4º A concessão de gratuidade não afasta o dever de o beneficiário pagar, ao final, as multas pro-
cessuais que lhe sejam impostas.
Bem cauteloso (a) leitor (a), estão fora da gratuidade: a multa processual por litigância de
má-fé e o ato atentatório à dignidade da justiça, pois aí, é punição!
§ 5º A gratuidade poderá ser concedida em relação a algum ou a todos os atos processuais, ou con-
sistir na redução percentual de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso
do procedimento.
Então, o Juiz pode conceder o benefício para algumas despesas, mas para outras não, com
base na avaliação do caso concreto.
§ 6º Conforme o caso, o juiz poderá conceder direito ao parcelamento de despesas processuais que
o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento.
Veja que o Juiz pode, em vez de dar o benefício, conceder o parcelamento das despesas.
Diante do exposto, pode-se perceber que a gratuidade é modulada pelo Magistrado com base
em avalição da condição de quem a pleiteia. A justiça gratuita possui uma presunção relativa
de veracidade (juris tantum) e, assim sendo, admite prova em contrário no sentido de afastá-la.
Isso é tão sério e, honestamente, sempre lamento ao ver situações nas quais a parte solicita a
gratuidade (que pode ser concedida em petição inicial, contestação, no ingresso de terceiro
no processo ou em recurso), ela é concedida e, após a concessão, o Juiz toma ciência de fo-
tos do requerente postadas nas redes sociais em Las Vegas, com os bolsos cheios de dólares,
sentado em cima de um tigre branco, embarcado em uma lancha, com um colar de rubis no
pescoço e um turbante na cabeça... Nossa professor! Imaginei a cena aqui! Desculpe... Sei que
a mente humana trabalha com imagens (Rs).
Estimado (a) leitor (a), isso é sério! Muitas pessoas solicitam a gratuidade, mas ostentam
situação econômica diferente daquela exigida para concessão da justiça gratuita e os Juízes,
com todos os aplausos possíveis, estão atentos a essas situações e, não raras as vezes, extin-
guem a gratuidade, o que, com efeito, impõe o dever de pagar as custas não adimplidas além
de submeter o litigante à multa.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Do Processo e dos Pressupostos Processuais. Dos Sujeitos Processuais
Anderson Ferreira
Cumpre destacar que o pedido de gratuidade pode ser impugnado pela parte contrária no
momento apropriado para impugnação, na contestação, réplica ou nas contrarrazões ou quan-
do houver fato superveniente (posterior) ou pedido de terceiro por meio de petição simples em
15 dias, nos autos do próprio processo, sem suspensão de seu curso (artigo 100).
Estimado (a), se o pedido de gratuidade for indeferido, a parte poderá interpor o recurso de
agravo de instrumento, que se presta a atacar decisões interlocutórias.
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
(...)
V – rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;
Porém, se a decisão alusiva à gratuidade for decida na sentença, o recurso cabível será
apelação, consoante o artigo 101 da Lei de Ritos.
Art. 101. Contra a decisão que indeferir a gratuidade ou a que acolher pedido de sua revogação
caberá agravo de instrumento, exceto quando a questão for resolvida na sentença, contra a qual
caberá apelação.
Por fim, cumpre destacar que o fato de uma das partes estar acompanhada no processo
por um advogado não afasta o benefício da gratuidade. Muitas causas são defendida por ad-
vogados que atuam pro bono (de forma solidária, sem contraprestação pecuniária). Então, não
se faz necessária, como em uma visão clássica, a presença da Defensoria Pública para con-
figuração de hipossuficiência, situação evidenciada no parágrafo 4º do artigo 99 do código.
O PULO DO GATO
§ 4º A assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de gratui-
dade da justiça.
Bem, ele consiste em uma relação na qual o advogado tenha convencionado que rece-
berá os honorários contratuais no final da demanda, caso tenha logrado êxito na causa. Nos
tempos atuais, é cabível que seja deferida a gratuidade àquele que tenha celebrado esse tipo
relação contratual (ad exitum ou quota litis) com o causídico (advogado). (STJ. 2ª Turma, REsp
1.504.432-RJ Min. Og Fernandes, julgado em 13/09/2016 (Info 590)).
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a) Errada. Segundo o artigo 99 do CPC de 2015: “O pedido de gratuidade da justiça pode ser
formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo
ou em recurso”.
b) Errada. Vimos que a presunção é relativa e não absoluta como a assertiva afirma.
c) Errada. Segundo o artigo 100 do CPC de 2015: “Deferido o pedido, a parte contrária po-
derá oferecer impugnação na contestação, na réplica, nas contrarrazões de recurso ou, nos
casos de pedido superveniente ou formulado por terceiro, por meio de petição simples, a ser
apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, nos autos do próprio processo, sem suspensão de
seu curso”.
d) Errada. Segundo o artigo 99, § 4º do CPC de 2015: “ A assistência do requerente por advo-
gado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça”.
e) Certa. Segundo o artigo 98, § 5º do CPC de 2015: “A gratuidade poderá ser concedida em
relação a algum ou a todos os atos processuais, ou consistir na redução percentual de despe-
sas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento”.
Letra e.
Dos Procuradores
Amigo (a), quando as partes estão em juízo, fora das hipóteses em que possuem o jus pos-
tulandi, devem constituir procuradores, isto é, advogados (os quais devem estar regularmente
inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil) que atuam nos interesses do litigante mediante
uma procuração (instrumento que habilita o causídico a representar o cliente).
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A procuração mencionada, em regra, deverá ser apresentada tão logo o advogado inicie
as atividades laborais e apresentada no primeiro momento em que ele atuar na causa, seja
na petição inicial, substabelecimento, enfim, quando da primeira atuação. Porém, essa regra é
mitigada, flexibilizada, quando o causídico atuar em atos urgentes – em situações de risco em
potencial que traga prejuízo ao direito (por exemplo: o ajuizamento de uma ação para cirurgia
de urgência), para evitar o perecimento de um direito por decurso do tempo (prescrição ou
decadência) ou para evitar a preclusão (perda do prazo que traz um prejuízo à parte em razão
da inércia).
Art. 104. O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar pre-
clusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente.
O prazo para apresentar a procuração é de 15 (quinze dias) úteis, prorrogáveis por igual
período, e ressalto que a ausência da juntada (inserção da procuração nos autos) no prazo
mencionado acarreta extinção do processo sem resolução do mérito! Então, estimado (a) lei-
tor (a), veja a importância da apresentação do instrumento em juízo.
A procuração é gênero do qual são espécies: a procuração geral e a procuração com pode-
res específicos, as quais passamos a analisar com mais vagar.
• Procuração Geral: Essa é uma procuração mais restrita, que confere poderes para recor-
rer, peticionar e praticar atos do processo, porém restringe outros atos.
• Procuração Especial: essa procuração elastece os poderes conferidos ao advogado, a
qual além do empoderamento conferido pela procuração geral, contém uma cláusula
especifica por meio da qual será possível: confessar, quitar a obrigação e transigir, entre
as outras prerrogativa citadas pelo artigo 105 do CPC.
Art. 105. A procuração geral para o foro, outorgada por instrumento público ou particular assinado
pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, exceto receber citação, con-
fessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se
funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência
econômica, que devem constar de cláusula específica.
A Lei de Ritos permite ao advogado atuar em causa própria, o qual possui a incumbência de
declarar na petição inicial ou contestação seu endereço, inscrição na Ordem, nome da socie-
dade da qual participa para receber intimações, além de comunicar as alterações no endereço.
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Chamo sua atenção para o fato de que o patrono tem direitos a ele conferidos para exercer
as atividades laborativas. Dentre os direitos do advogado, pode-se citar: vistas aos autos de
qualquer processo, salvo em casos de segredo de justiça em que os processos serão restritos
as partes e aos procuradores por elas constituídos, carga dos autos (retirada dos autos quan-
do físicos do fórum com a assinatura do livro de carga).
A princípio, a alienação da coisa ou do direito litigioso, em razão de ato entre vivos, não altera a
legitimidade das partes (a menos que a parte contrária consinta). Então, se não houver consen-
timento do adverso, o processo continuará entre as partes originárias e haverá a configuração
de legitimidade extraordinária em relação ao adquirente, que poderá ingressar na relação pro-
cessual como assistente litisconsorcial, até porque sobre ele recairão os efeitos da sentença.
Art. 109. A alienação da coisa ou do direito litigioso por ato entre vivos, a título particular, não altera
a legitimidade das partes.
§ 1º O adquirente ou cessionário não poderá ingressar em juízo, sucedendo o alienante ou cedente,
sem que o consinta a parte contrária.
§ 2º O adquirente ou cessionário poderá intervir no processo como assistente litisconsorcial do
alienante ou cedente.
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§ 3º Estendem-se os efeitos da sentença proferida entre as partes originárias ao adquirente ou
cessionário.
Art. 110. Ocorrendo a morte de qualquer das partes, dar-se-á a sucessão pelo seu espólio ou pelos
seus sucessores, observado o disposto no art. 313, §§ 1º e 2º
Perceba que a sucessão das partes poderá ocorrer por ato inter vivos.
Letra c.
Segundo o artigo 110 do CPC de 2015: “Ocorrendo a morte de qualquer das partes, dar-se-á
a sucessão pelo seu espólio ou pelos seus sucessores, observado o disposto no art. 313,
§§ 1º e 2º”.
Diante do exposto, está correta a alternativa B.
Letra b.
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Além disso, a parte pode revogar o mandato do advogado e constituir outro no mesmo ato
e poderá fazer isso em quinze dias, pois do contrário, o Juiz abrirá prazo para sanar o vício.
Porém, haverá suspenção do processo em razão da incapacidade processual. Agora, o advo-
gado também poderá renunciar ao mandato, contanto que comunique a renúncia ao mandante
(cliente) e o defenda nos 10 (dias) seguintes à renúncia, sendo a comunicação desnecessária
quando a procuração tiver sido outorgada a vários advogados, porque, nesse caso, a parte
ainda possui representante.
Feitos os comentários acima, vamos iniciar a nossa habitual bateria de exercícios, ve-
nha comigo!
Bem, estimado (a), após as considerações acima, vamos à resolução dos exercícios de
fixação, fundamentais na preparação. Venha comigo!
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/TRF-1ªREGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2017) A respeito da formação do pro-
cesso, da penhora e do cumprimento de sentença, julgue o item que se segue.
O juiz nomeará curador especial ao réu revel citado por edital enquanto este não for encontrado.
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d) Para receber seu crédito, o município deverá propor ação de conhecimento, com pedido
condenatório no domicílio do réu.
e) Se, proposta a ação, surgir a necessidade de nomeação de curador especial para o réu, essa
função deverá ser exercida pelo Ministério Público.
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b) As pessoas incapazes de modo absoluto e aquelas que o sejam de modo relativo não pos-
suem capacidade para estar em juízo, razão pela qual precisam ser, respectivamente, assisti-
das e representadas.
c) Embora o advogado possua capacidade postulatória plena, a parte poderá atuar nos autos
sem advogado em casos como nos juizados especiais cíveis em causas de primeira instância
cujo valor seja de até vinte salários mínimos.
d) Os magistrados podem ter duas extensões de parcialidade: a suspeição, que é fruto de uma
presunção absoluta; e o impedimento, que decorre de uma presunção relativa.
e) No processo, o dever de imparcialidade é do juiz, assim, não se aplicam aos auxiliares da
justiça as hipóteses legais de impedimento e de suspeição.
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b) O juiz nomeará curador especial ao réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital
ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado.
c) Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para a ação que verse sobre direto real,
mobiliário ou imobiliário.
d) A falta de consentimento de um cônjuge a outro, para ajuizamento de demandas, quando
necessário mas não suprido pelo juiz, caracteriza mera irregularidade processual.
e) A sociedade ou associação sem personalidade jurídica pode opor a irregularidade de sua
constituição quando demandada, por não possuir capacidade postulatória.
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III – Não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à de-
fesa do direito.
IV – Cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não
criar embaraços à sua efetivação.
V – Declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial
ou profissional onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer
qualquer modificação temporária ou definitiva.
A alternativa em que todos os deveres estão corretamente indicados é a
a) I e III apenas.
b) III e IV apenas.
c) IV e V apenas.
d) I, II, e V apenas.
e) I, II, III, IV e V.
032. (INÉDITA/2021) Com o advento da Lei n. 14.195 de 2015, são deveres, apenas, das par-
tes e de seus procuradores informar e manter atualizados os seus dados cadastrais perante o
Judiciário.
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GABARITO
1. E 14. E 27. a
2. E 15. c 28. b
3. E 16. E 29. a
4. E 17. C 30. e
5. b 18. C 31. d
6. b 19. e 32. E
7. a 20. b 33. a
8. E 21. a 34. d
9. C 22. c 35. a
10. C 23. E 36. b
11. b 24. c 37. e
12. c 25. c
13. d 26. e
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GABARITO COMENTADO
001. (CESPE/TRF-1ªREGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2017) A respeito da formação do pro-
cesso, da penhora e do cumprimento de sentença, julgue o item que se segue.
O juiz nomeará curador especial ao réu revel citado por edital enquanto este não for encontrado.
Espera um pouco! Calma! O Código estatui que será nomeado um curador especial pelo Juiz
enquanto não for constituído um ADVOGADO (artigo 72, II, CPC).
Amigo (a), uma leitura rápida e até cansada (porque às vezes assertivas como essas estão
no meio ou final da prova e você estará mais exaurido) podem levar ao erro. Mas tenho que te
alertar sobre essas pegadinhas. Leia com cuidado sempre!
Errado.
Vamos lá, para que o incapaz possa ocupar um dos polos da demanda deverá ser representado
ou assistido, porquanto lhe faltará a capacidade processual. Entretanto, os pais serão repre-
sentantes ou assistentes, quanto à legitimidade a história já é outra (vista nas condições da
ação). A base legal para a resposta da questão encontra-se no artigo 71 da lei de ritos.
Errado.
Amigo (a), estamos inseridos em sistema processual que prima pela sentença de mérito. O
artigo 76 da Lei 13.105 de 2015 estatui que o Juiz designará prazo para a correção da irregula-
ridade em caso de incapacidade e não pela extinção logo de saída.
Errado.
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Vamos lá! Veja, no decorrer da aula, disse a você que as partes e procuradores respondem
por atos atentatórios à dignidade da justiça. Certo, entretanto, comentei que os procuradores,
advogados públicos ou privados, bem como Promotores (Membros do Ministério Público) e
Defensores Públicos quando praticarem ato atentatório terão a responsabilidade apurada pelo
órgão de classe ao qual pertencem. Leia comigo, novamente o teor do artigo 77 do Código
Civil, de modo especial o §§ 1º e 6º:
Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de
todos aqueles que de qualquer forma participem do processo:
(...)
IV – cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar
embaraços à sua efetivação;
(...)
VI – não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso.
§ 1º Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer das pessoas mencionadas no caput
de que sua conduta poderá ser punida como ato atentatório à dignidade da justiça.
§ 2º A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à dignidade da justiça,
devendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao res-
ponsável multa de até vinte por cento do valor da causa, de acordo com a gravidade da conduta.
§ 3º Não sendo paga no prazo a ser fixado pelo juiz, a multa prevista no § 2º será inscrita como
dívida ativa da União ou do Estado após o trânsito em julgado da decisão que a fixou, e sua execu-
ção observará o procedimento da execução fiscal, revertendo-se aos fundos previstos no art. 97.
§ 4º A multa estabelecida no § 2º poderá ser fixada independentemente da incidência das previs-
tas nos arts. 523, § 1º, e 536, § 1º.
§ 5º Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa prevista no § 2º poderá ser fixada
em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo.
§ 6º Aos advogados públicos ou privados e aos membros da Defensoria Pública e do Ministério
Público não se aplica o disposto nos §§ 2º a 5º, devendo eventual responsabilidade disciplinar ser
apurada pelo respectivo órgão de classe ou corregedoria, ao qual o juiz oficiará.
Errado.
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Art. 105. A procuração geral para o foro, outorgada por instrumento público ou particular assinado
pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, exceto receber citação, con-
fessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se
funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência
econômica, que devem constar de cláusula específica.
(...)
§ 4º Salvo disposição expressa em sentido contrário constante do próprio instrumento, a procura-
ção outorgada na fase de conhecimento é eficaz para todas as fases do processo, inclusive para o
cumprimento de sentença.
Letra b.
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pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, exceto receber citação, con-
fessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se
funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência
econômica, que devem constar de cláusula específica.
Letra b.
a) Certa. Essa é a nossa resposta por se amoldar ao artigo 104 do Código, porquanto o advo-
gado poderá atuar sem procuração para evitar decadência preclusão, prescrição ou outro ato
considerado urgente. Mas, cuidado! Pois essas são exceções, a regra é postular em juízo com
procuração.
b) Errada. Cuidado! Vimos que nos processos sob o manto do segredo de justiça será dado vistas
aos procuradores das partes, porquanto não é franqueado a acesso a patrono sem procuração.
c) Errada. A assertiva está errada pelo mesmo motivo do comentário da alternativa acima.
d) Errada. Vimos que o legislador limita o acesso aos autos de processos que tramitem em
segredo de justiça.
e) Errada. Isso ocorrerá quando o prazo para partes for em comum! Aí, os procuradores pode-
rão retirar os autos em conjunto.
Letra a.
Opa! Alto lá! O constituinte pode sim revogar os poderes sem a anuência do advogado e cons-
tituir outro procurador.
Errado.
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Estimado concurseiro (a), conforme vimos no decorrer da aula, esse ato atenta contra digni-
dade da justiça. Esse fato possibilita ao Juiz a aplicação de uma multa cujo teto é de até vin-
te por cento, além da responsabilização civil, criminal e processual. Diante disso, a assertiva
está correta.
Certo.
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a) Errada. Bem, o fato de a Fazenda Pública estar em juízo não atrai, pura e simplesmente, a
competência do fiscal do direito para acompanhar a ação.
b) Certa. Vimos, de forma insistente, que a gratuidade da justiça não obsta a responsabilidade
do requerente no que se refere a despesas processuais e honorários, consoante o artigo 98, §
2º da Lei de Ritos.
c) Errada. Não, a aludida representação será realizada pela procuradoria do Município ou
pelo Prefeito.
d) Errada. A rigor a situação narrada se refere à relação jurídica tributária e segue os ditames
da Lei de Execuções Fiscais, haja vista existir uma inscrição em dívida ativa e acarretar em
título executivo, o que não depende de processo de conhecimento.
e) Errada. A curadoria especial não será atribuída ao Parquet, mas à Defensoria Pública.
Letra b.
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Amigo (a), conforme dito, no decorrer da aula, quando se casa a vida muda um pouco... Nesse
conduto de raciocínio, o artigo 73 da Lei de Ritos estatui que é necessária a autorização do
cônjuge para propor ações relativas a direito real imobiliário, salvo quando o regime de casa-
mento seja de separação absoluta de bens. Com base no raciocínio exposto, a assertiva D é
correta e as demais estão erradas.
Letra d.
De fato, o advogado poderá renunciar a qualquer tempo, e deve comunicar a renúncia ao man-
dante, salvo se a procuração houver sido outorgada a outros advogados, consoante o artigo
112, § 2º da Lei de Ritos.
Errado.
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c) Embora o advogado possua capacidade postulatória plena, a parte poderá atuar nos autos
sem advogado em casos como nos juizados especiais cíveis em causas de primeira instância
cujo valor seja de até vinte salários mínimos.
d) Os magistrados podem ter duas extensões de parcialidade: a suspeição, que é fruto de uma
presunção absoluta; e o impedimento, que decorre de uma presunção relativa.
e) No processo, o dever de imparcialidade é do juiz, assim, não se aplicam aos auxiliares da
justiça as hipóteses legais de impedimento e de suspeição.
a) Errada. Na verdade, os entes despersonalizados podem estar em juízo desde que estejam
representados. Nesse sentido, o artigo 75 da Lei de Ritos.
b) Errada. Amigo (a), muito cuidado com esse tipo de questão, pois uma leitura rápida pode in-
duzir a erro. Veja, as pessoas absolutamente incapazes devem ser representadas e as relativa-
mente incapazes assistidas. É a regra do RIA para trás – absolutamente incapaz representado
e RIA para frente, relativamente incapaz assistido.
c) Certa. Aí sim! A parte poderá postular em juízo sem a necessidade de advogado nas causas
até 20 salários mínimos até a primeira instância, como assevera a assertiva. Nesse sentido, o
artigo 9º e 41, § 2º da Lei 9.099/95.
d) Errada. Veja, tanto a imparcialidade como a suspeição podem ser afastadas, não há de se
falar em presunção absoluta de veracidade (juris et de jure).
e) Errada. A imparcialidade se aplica a auxiliares da justiça, como, por exemplo, ao perito.
Letra c.
Segundo o artigo 112, o advogado poderá renunciar ao mandato. Veja o teor do dispositivo
em comento:
Art. 112. O advogado poderá renunciar ao mandato a qualquer tempo, provando, na forma prevista
neste Código, que comunicou a renúncia ao mandante, a fim de que este nomeie sucessor.
§ 1º Durante os 10 (dez) dias seguintes, o advogado continuará a representar o mandante, desde
que necessário para lhe evitar prejuízo
§ 2º Dispensa-se a comunicação referida no caput quando a procuração tiver sido outorgada a vá-
rios advogados e a parte continuar representada por outro, apesar da renúncia.
Errado.
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Art. 79. Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como autor, réu ou interveniente.
Certo.
a) Errada. A questão erra ao dizer que o juiz resolverá o mérito quando a petição inicial for inde-
ferida, o que contraria um pressuposto processual de validade do processo, e segundo o artigo
485, I, será hipótese de julgamento sem resolução de mérito.
b) Errada. Se o processo não estiver em conformidade no que se refere aos pressupostos, não
terá marcha regular e será extinto sem julgamento de mérito nos moldes do artigo 485, inciso
IV, conforme comentei durante a aula.
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c) Errada. Não, não... consoante comentários acerca do tema, caso exista a coisa julgada o
juiz não julgará o mérito e extinguirá o processo sem julgamento do mérito, conforme o artigo
485,V da Lei de Ritos.
d) Errada. Não, consoante o artigo 485, VIII, essa é um hipótese de extinção do processo sem
julgamento do mérito.
e) Certa. Amigo (a) essa é uma hipótese de julgamento de mérito encartada no artigo 487,in-
ciso III, alínea a.
Letra e.
a) Errada. Vimos, estimado (a), que acaso seja verificada alguma irregularidade na representa-
ção ou na capacidade processual, o juiz conferirá prazo para regularização, por meio da sus-
pensão do processo e designação de prazo razoável para o saneamento do vício, conforme os
ditames do artigo 76 da Lei de Ritos.
b) Certa. Essa é a nossa! Veja, a alternativa está em consonância com o que estabelece o arti-
go 72, II, do código abaixo transcrito:
c) Errada. Bem, falei acima que quando casamos a vida muda um pouco... Então, ambos os
cônjuges devem ser citados para ação imobiliária, conforme o artigo 73 § 1º, o qual colacionei
na aula, mas o artigo não trata sobre direitos reais mobiliário como a questão apregoa.
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d) Errada. Mera irregularidade não! Vá você contrariar seu cônjuge para ver o que acontece!!!
Rsrs... Brincadeiras à parte, o artigo 74 da Lei de Ritos consigna que esse é um caso de invali-
dade do processo se não for suprido pelo juiz.
e) Errada. Não, o item contraria o artigo 75, § 2 da lei de ritos, o qual consigna que:
§ 2º A sociedade ou associação sem personalidade jurídica não poderá opor a irregularidade de sua
constituição quando demandada.
Letra b.
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De acordo com o Código de Processo Civil, Maria deverá ser necessariamente citada APENAS
para as ações cujo objeto está descrito nos itens
a) II e IV.
b) III e IV.
c) I e IV.
d) I e III.
e) II, III e IV.
Item I correto. Veja, estimado (a), o item está correto porquanto se harmoniza com o teor do
inciso IV do artigo 73 do Código.
Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito
real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens.
(...)
IV – que tenha por objeto o reconhecimento, a constituição ou a extinção de ônus sobre imóvel de
um ou de ambos os cônjuges.
Item II errado. A Lei de Ritos não faz exigência para que Maria seja citada em ações de bem
móvel utilizado por João.
Item III errado. A questão está incorreta pelo motivo supratranscrito no comentário acima,
além disso o bem fora adquirido antes do casamento.
Item IV correto. O item trata de um tipo de ação possessória, o que segundo o artigo 73, § 2, da
Lei de Ritos, o qual prevê a citação do cônjuge, no caso, Maria.
Letra c.
Espera um pouco! Calma! O Código estatui que será nomeado um curador especial pelo juiz
enquanto não for constituído um ADVOGADO (artigo 72, II, CPC). Amigo (a), uma leitura rápida
e até cansada (porque às vezes assertivas como essas, em muitos casos, estão no meio ou
no final da prova e você estará mais exaurido (a) podem levar ao erro. Mas tenho que te alertar
sobre essas “pegadinhas”. Leia com cuidado sempre!
Errado.
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A questão, amigo (a), como de costume por diversas bancas examinadoras, reproduz o texto
da codificação em seu artigo 81. As demais assertivas estão incorretas por não se harmoniza-
rem com o que estabelece a codificação.
Letra c.
§ 3º Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, a fixação dos honorários observará os critérios
estabelecidos nos incisos I a IV do § 2º e os seguintes percentuais:
I – mínimo de dez e máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econô-
mico obtido até 200 (duzentos) salários-mínimos;
II – mínimo de oito e máximo de dez por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômi-
co obtido acima de 200 (duzentos) salários-mínimos até 2.000 (dois mil) salários-mínimos;
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III – mínimo de cinco e máximo de oito por cento sobre o valor da condenação ou do proveito eco-
nômico obtido acima de 2.000 (dois mil) salários-mínimos até 20.000 (vinte mil) salários-mínimos;
IV – mínimo de três e máximo de cinco por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econô-
mico obtido acima de 20.000 (vinte mil) salários-mínimos até 100.000 (cem mil) salários-mínimos;
V – mínimo de um e máximo de três por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econô-
mico obtido acima de 100.000 (cem mil) salários-mínimos.
c) Certa. Aí sim! A questão está em plena harmonia com o que consigna o artigo 85 § 7º do
CPC, aliás, é a literalidade dele!
§ 7º Não serão devidos honorários no cumprimento de sentença contra a Fazenda Pública que en-
seje expedição de precatório, desde que não tenha sido impugnada.
d) Errada. Conforme comentário acima, os honorários são devidos na forma do § 1º do artigo 85.
§ 10. Nos casos de perda do objeto, os honorários serão devidos por quem deu causa ao processo.
Letra c.
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§ 14. Os honorários constituem direito do advogado e têm natureza alimentar, com os mesmos
privilégios dos créditos oriundos da legislação do trabalho, sendo vedada a compensação em caso
de sucumbência parcial.
§ 10. Nos casos de perda do objeto, os honorários serão devidos por quem deu causa ao processo.
Letra e.
a) Certa. Consoante comentei, no decorrer da aula, o artigo 98, VIII, prevê a gratuidade para
propositura da ação e interposição de recurso.
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para
pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da
justiça, na forma da lei.
(...)
VIII – os depósitos previstos em lei para interposição de recurso, para propositura de ação e para a
prática de outros atos processuais inerentes ao exercício da ampla defesa e do contraditório;
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c) Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em até 10
(dez) vezes o salário mínimo;
d) O valor da indenização será fixado pelo juiz, ou, caso não seja possível mensurá-la, liquidado
por arbitramento ou pelo procedimento comum, nos próprios autos.
a) Errada. Esse é o nosso item uma vez que o examinador que saber a resposta incorreta. Veja,
a multa em caso de litigância de má-fé será fixada entre o valor SUPERIOR A 1% E INFERIOR A
10%. Do valor corrigido da causa.
b) Certa. Isso mesmo, assim consigna o código quando houver dois ou mais litigantes de má-
-fé (artigo 81 §1º).
c) Certa. Esse é o teor do artigo 81, §2º.
d) Certa. O item está em perfeita sintonia com o que estabelece o artigo 81, § 3º da Lei de Ritos.
Letra a.
Prezado (a) essa questão é interessante, pois elenca os deveres das partes e nos confere a
possibilidade de revisar o que foi visto durante a aula. Todos os itens são respondidos por meio
do artigo abaixo colacionado:
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Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de
todos aqueles que de qualquer forma participem do processo:
I – expor os fatos em juízo conforme a verdade;
II – não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de
fundamento;
III – não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à defesa
do direito;
IV – cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar
embaraços à sua efetivação;
V – declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou pro-
fissional onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer
modificação temporária ou definitiva;
VI – não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso.
Letra e.
Contra a decisão que indeferir a gratuidade ou a que acolher pedido de sua revogação caberá agravo
de instrumento, exceto quando a questão for resolvida na sentença, contra a qual caberá apelação.
Contra a decisão que indeferir a gratuidade ou a que acolher pedido de sua revogação caberá agravo
de instrumento, exceto quando a questão for resolvida na sentença, contra a qual caberá apelação.
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032. (INÉDITA/2021) Com o advento da Lei n. 14.195 de 2015, são deveres, apenas, das par-
tes e de seus procuradores informar e manter atualizados os seus dados cadastrais perante o
Judiciário.
além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos
aqueles que de qualquer forma participem do processo:
(...)
VII – informar e manter atualizados seus dados cadastrais perante os órgãos do Poder Judiciário e,
no caso do § 6º do art. 246 deste Código, da Administração Tributária, para recebimento de citações
e intimações. (Incluído pela Lei n. 14.195, de 2021).
Errado.
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Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição sus-
pensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos subsequentes ao
trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situa-
ção de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado
esse prazo, tais obrigações do beneficiário.
Letra d.
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b) a insuficiência financeira deve ser provada pela parte que requerer a gratuidade de justi-
ça, não cabendo a presunção de veracidade da alegação de insuficiência deduzida por pes-
soa natural;
c) o direito à gratuidade da justiça é inerente ao polo ocupado pela parte (autor ou réu), se
estendendo ao litisconsorte e ao sucessor do beneficiário, independentemente de novo reque-
rimento e deferimento expressos;
d) a concessão de gratuidade afasta automaticamente a responsabilidade do beneficiário pe-
las despesas processuais e pelos honorários advocatícios decorrentes de sua sucumbência;
e) a gratuidade, quando deferida, o será integralmente, sendo vedada a concessão parcial em
relação a algum ato processual ou a redução percentual de despesas processuais que o bene-
ficiário tiver de adiantar no curso do procedimento.
a) Certa. Segundo o artigo 98, § 1º, V do CPC de 2015: “§ 1º A gratuidade da justiça compre-
ende: (...)V - as despesas com a realização de exame de código genético - DNA e de outros
exames considerados essenciais”.
b) Errada. Segundo o artigo 99, § 3º, V do CPC de 2015: “ Presume-se verdadeira a alegação de
insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural”.
c) Errada. Segundo o artigo 99, § 6º do CPC de 2015: “O direito à gratuidade da justiça é pes-
soal, não se estendendo a litisconsorte ou a sucessor do beneficiário, salvo requerimento e
deferimento expressos”.
d) Errada. Segundo o artigo 98, § 4º do CPC de 2015: “A concessão de gratuidade não afasta o
dever de o beneficiário pagar, ao final, as multas processuais que lhe sejam impostas”.
e) Errada. Segundo o artigo 98, § 5º do CPC de 2015: “A gratuidade poderá ser concedida em
relação a algum ou a todos os atos processuais, ou consistir na redução percentual de despe-
sas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento”.
Letra a.
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a) Errada. Segundo o artigo 99, § 4º do CPC de 2015: “A assistência do requerente por advoga-
do particular não impede a concessão de gratuidade da justiça”.
b) Certa. É possível interpor o recurso de Agravo de Instrumento para impugnar a decisão que
rejeita o pedido de gratuidade de justiça.
c) Errada. Segundo o artigo 98, § 4º do CPC de 2015: “A concessão de gratuidade não afasta o
dever de o beneficiário pagar, ao final, as multas processuais que lhe sejam impostas”.
d) Errada. Segundo o artigo 98, § 2º do CPC de 2015: “A concessão de gratuidade não afasta a
responsabilidade do beneficiário pelas despesas processuais e pelos honorários advocatícios
decorrentes de sua sucumbência”.
e) Errada. Segundo o artigo 99 do CPC de 2015: “O pedido de gratuidade da justiça pode ser
formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo
ou em recurso”.
Letra b.
A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as
custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça,
na forma da lei.
A concessão de gratuidade não afasta o dever de o beneficiário pagar, ao final, as multas processu-
ais que lhe sejam impostas.
O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição
para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.
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A gratuidade poderá ser concedida em relação a algum ou a todos os atos processuais, ou consistir
na redução percentual de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do
procedimento.
Letra e.
Bem, querido (a) amigo (a) do Gran Cursos Online, após a resolução da questões acima,
encerro mais uma aula com aquele habitual agradecimento a você pela companhia virtual e,
sobretudo, pela confiança. Caso tenha gostado desta aula, deixa aquele “joinha”, a fim de que
possamos avaliar nosso trabalho. Fique com Deus e até o nosso próximo encontro!
“Faça do que seria a justificativa para uma derrota a razão para sua vitória”.
Mestre Carlos Rosado, faixa vermelha de Jiu-Jitsu, graduado pelo grande mestre Carlson Gracie.
Anderson Ferreira
Servidor Público desde 2007, aprovado em diversos concursos públicos, dentre os quais: Professor da
Secretaria de Educação do Distrito Federal; Analista do Tribunal Regional do Trabalho 10ª Região; Agente
de Polícia Civil do Distrito Federal e Escrivão de Polícia Civil do Distrito Federal (cargo ocupado nos tempos
atuais)
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