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Fichamento - Ficha de Cadastro

“Nome do Caso”
Aluno: Stefano Antonio Machado Dias
Grupo: Direito Ambiental 15 (23.2)
Turma: 10T
Macro Tema: Direito Ambiental / Licenciamento Ambiental / Inconstitucionalidade
Sub Tema: Arguição de Inconstitucionalidade derivada de Apelação Cível
Constituição: Incisos I e II do artigo 30 da CF; art. 21, XI da CF; art. 22, IV;
Legislação: Artigo 949, parágrafo único do CPC; Lei Municipal nº 1.743/2006 Município de
Magé – arts. 43 e 138, item XVII;
Classe e nº: Arguição de Inconstitucionalidade nº 0006811-64.2012.8.19.0029
Órgão Julgador: 14ª Câmara Cível do Tribunal de Justica do Estado do Rio de Janeiro
Partes: Arguente: Egrégia 14ª Câmara Cível do Tribunal de Justica do Estado do Rio de
Janeiro
Interessado: Municipio de Magé
Interessado: Claro S A
Data do 07 de maio de 2018
julgamento:
Relator: Des. Caetano Ernesto da Fonseca Costa
Ementa: A questão da inconstitucionalidade da Lei Municipal nº 1.743/2006, do
Município de Magé já foi objeto de apreciação por este E. Órgão Especial, no
julgamento
da Arguição de Inconstitucionalidade, Processo nº 0007419-62.2012.8.19.0029 de
minha
Relatoria, já transitado em julgado, ora ementado:
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ARGUIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE –– LEI MUNICIPAL
DO MUNICÍPIO DE MAGÉ –EXIGÊNCIA DE PRÉVIO
LICENCIAMENTO AMBIENTAL PARA ATIVIDADES
POTENCIALMENTE POLUIDORAS – OPERAÇÃO DE ESTAÇÃO
DE RÁDIO – BASE (ERB) – TELEFONIA CELULAR – VIOLAÇÃO
DE COMPETÊNCIA PRIVATIVA DA UNIÃO – INEXISTÊNCIA
- A hipótese é de Arguição de Inconstitucionalidade, suscitada pela
Eg. 2ª Câmara Cível deste Tribunal de Justiça (fls. 264/273), no
julgamento da Apelação nº 0007419-62.2012.8.19.0029, em que
controvertem as partes acerca da lavratura do Auto de Infração nº
0032/07 pela Secretaria Municipal de Turismo e Meio Ambiente do
Município de Magé, por estar a Claro S/A operando estação de
rádio-base (ERD) de sistema de telefonia celular sem a Licença
Ambiental exigida (LO – Licença de Operação) pela legislação
ambiental municipal, conforme arts. 43 e 138, item XVII, da Lei nº
1.743/2006.
- A presente Arguição visa à análise da suposta
inconstitucionalidade de tal exigência, diante da competência
federal para explorar, diretamente ou mediante autorização,
concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações (art. 21,
XI da CF), bem como da competência privativa da União para
legislar sobre telecomunicações, nos termos do art. 22, IV da CF.
- Não se vislumbra qualquer contrariedade da legislação municipal
frente ao que determina a Carta Magna.
- A exigência de prévio licenciamento ambiental feita pela
Municipalidade não pode ser considerada uma violação à
competência da União, pois o Município não se dispôs a legislar
sobre telecomunicações, mas simplesmente exigir a licença
ambiental para operação de atividade potencialmente poluidora.
- A Constituição faz clara distinção entre a competência para
elaborar normas técnicas para concessão e execução de serviços
de telecomunicações (União), dentre os quais se enquadra a
telefonia celular, daquela para elaborar normas sobre meio
ambiente e exigir a respectiva licença ambiental (concorrente entre
os entres federativos, inclusive o Município).
- Precedentes do Supremos Tribunal Federal, do Superior tribunal
de Justiça e desse Eg. Órgão Especial no mesmo sentido.
- Rejeição da presente Arguição.
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Portanto, como já houve pronunciamento deste E. Tribunal de Justiça
acerca da constitucionalidade desta norma, impõe-se a aplicação do disposto no
parágrafo único do art. 949 do Código de Processo Civil vigente:
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Art. 949. Se a arguição for:
I - rejeitada, prosseguirá o julgamento;
II - acolhida, a questão será submetida ao plenário do tribunal ou
ao seu órgão especial, onde houver.
Parágrafo único. Os órgãos fracionários dos tribunais não
submeterão ao plenário ou ao órgão especial a arguição de
inconstitucionalidade quando já houver pronunciamento
destes ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a
questão. (Grifo nosso)
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Diante dessas considerações, não se conhece da presente Arguição de
Inconstitucionalidade, remetendo-se os autos à Eg. 14ª Câmara Cível deste Tribunal
de
Justiça para que prossiga no julgamento da Apelação nº 0006811-64.2012.8.19.0029.
Rio de Janeiro, 07 de maio de 2018.
Fonte: http://www1.tjrj.jus.br/gedcacheweb/default.aspx?UZIP=1&GEDID=00045E58106B
601827D61F55DE5C78331A6410C508194732
Fatos: A controvérsia constitucional surge da objeção apresentada pelo Município
Apelante em relação à regulamentação das estações de rádio-base (ERB) e à sua
autoridade para requerer a obtenção prévia de licenciamento ambiental para essa
atividade. Isso ocorre porque o município alega que sua competência para legislar
sobre questões locais é respaldada pelos incisos I e II do artigo 30 da Constituição
Federal.
Questões Ao tratarmos do licenciamento ambiental, é importante evidenciarmos os seguintes
relevantes: aspectos:
Impactos Ambientais: Uma avaliação detalhada dos impactos ambientais potenciais
da atividade deve ser realizada. Isso inclui considerar o impacto sobre o solo, água,
ar, flora, fauna, entre outros.
Estudo de Impacto Ambiental (EIA): Em muitos casos, é necessário conduzir um
Estudo de Impacto Ambiental, um documento técnico que avalia os impactos
ambientais e propõe medidas de mitigação.
Responsabilidade Legal: Compreender as responsabilidades legais envolvidas na
operação da atividade ou empreendimento licenciado é essencial para evitar
penalidades legais.
Sustentabilidade: Cada vez mais, a sustentabilidade e a responsabilidade social
corporativa são consideradas nas decisões de licenciamento, portanto, considerar
esses aspectos pode ser relevante.
Lidar com todas essas questões de forma adequada é essencial para garantir a
proteção do meio ambiente, bem como evitar problemas legais e operacionais para
a empresa ou entidade que busca a licença ambiental.
Fundamento A base legal (Artigo 949, parágrafo único do CPC; Lei Municipal nº 1.743/2006
principal: Município de Magé – arts. 43 e 138, item XVII; e Incisos I e II do artigo 30 da CF; art.
21, XI da CF; art. 22, IV) é utilizada de forma a evidenciar a clara constitucionalidade
do licenciamento ambiental ao tratar de ERBs (estações de rádio-base).
Decisão: Não conhecimento da Arguição de Inconstitucionalidade
Votação Unânime
Fundamento do Não aplicável
voto vencido:
Precedente(s) e Não aplicável
casos correlatos:
Observações: Não aplicável

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