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DA AÇÃO, COMPETÊNCIA
Livro Eletrônico
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Da Ação, Competência
Anderson Ferreira
Sumário
Da Ação, Competência. . ..................................................................................................................................................3
Da Ação...................................................................................................................................................................................3
Elementos da Ação..........................................................................................................................................................6
Condições da Ação.. ..........................................................................................................................................................8
Classificação das Ações.. .............................................................................................................................................11
Da Competência...............................................................................................................................................................13
Fixação de Competência.............................................................................................................................................14
Classificação da Competência. . ...............................................................................................................................15
Da Conexão........................................................................................................................................................................26
Continência........................................................................................................................................................................27
Conflito de Competência.. ..........................................................................................................................................32
Da Cooperação Nacional.. ..........................................................................................................................................35
Questões de Concurso................................................................................................................................................37
Gabarito...............................................................................................................................................................................48
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................49
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Da Ação, Competência
Anderson Ferreira
DA AÇÃO, COMPETÊNCIA
Olá, querido aluno(a)! É com grande satisfação e enorme alegria que inicio mais um encon-
tro do nosso curso direcionado ao exame da OAB. Hoje, trataremos acerca da ação, da compe-
tência e da cooperação nacional, então, vamos lá! Vamos começar!
Da Ação
Amigo(a), falarei, doravante, de uma das “vigas” de sustentação do Processo Civil, mais
um elemento da Teoria Estrutural do processo, um instituto fundamental para o Processo Civil,
qual seja: a ação. Alerto a você que esse tema sofreu grandes alterações quando se compara
o Código de 1973 com o de 2015, fato que me fará comentar a temática com base naquilo que
é cobrado nos certames, dado ser esse nosso objetivo.
Bem, a noção de ação foi objeto de diversas teorias e, nesse momento, vou discorrer, de
modo breve, sobre elas.
• Teoria Imanentista: entende que a ação só será exercitada se vinculada ao direito ma-
terial lesado por alguém. Essa teorização foi proposta por Savigny (que tratava também
acerca da teoria subjetiva em direitos reais, visto com mais vagar em Direito Civil). Nes-
sa linha de raciocínio, o direito de ação é direito material em reação a uma agressão.
• Teoria da ação como direito concreto e autônomo: consigna que a ação possui autono-
mia, porém só ocorre quando a sentença é favorável (ideia defendida por Wach, Bülow
e Hellwing). Dito de outro modo, somente será possível o direito de ação quando houver
o direito material.
• Teoria da ação como direito abstrato e dotado de autonomia: pela qual a ação indepen-
de do direito material discutido. Tem-se a premissa de que há direito de ação sem que
haja direito material.
• Teoria eclética: preconizada por Enrico Túlio Liebman (jurista italiano, que foi professor
da Universidade de São Paulo), adotada pelo Código de Buzaid (1973), a qual consigna
que o direito de ação não depende de provimento favorável e não é dependente da exis-
tência do direito material. Essa é a teoria aceita pelo Código de Processo Civil de 2015.
Veja, o autor possui direito a ter sua demanda analisada, mesmo que seja sucumbente
tem direito de ação.
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ne). Para essa teoria, o juiz analisará a existência das condições da ação em abstrato, por
meio do relato fático, a ele apresentado, logo no início da marcha processual, na petição
inicial, e verificará se o processo terá andamento. Esse pensamento possui grande expressão
no ordenamento jurídico pátrio e é o posicionamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Ademais, para aqueles que defendem a aludida teoria, as condições da ação serão analisa-
das com estribo naquilo que o autor alega na peça inicial e se for necessário o aprofundamen-
to no conhecimento das condições da ação, o mérito será analisado. Para além do exposto,
ausência de legitimidade/interesse conduzirá à improcedência da ação. Destaco que, quando
faltar ao autor legitimidade e/ou interesse, ocorrerá a denominada “carência da ação”.
Tanto o Código de 1973 como a Codificação de 2015 adotam a teoria Eclética. Já o Superior
Tribunal de Justiça (STJ) adota a teoria da Asserção.
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Amigo(a), veja que a FGV, examinadora responsável por elaborar a prova do exame da ordem,
cobrou o conhecimento acerca da Teoria da Asserção, por meio da qual há aferição das con-
dições da ação no momento da análise de admissibilidade da petição inicial para o regular
exercício da ação.
Letra a.
Bem, de volta ao assunto, o fato é que o direito de ação está encartado na Constituição e é
um direito fundamental, consoante o artigo 5º, inciso XXXV, da Carta Fundante.
Art. 5º [...]
XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
Então, uma vez que a Carta Política franqueou ao cidadão o direito de ação, todas as vezes
que um indivíduo se sentir lesado em seu direito, poderá acionar o Judiciário, por meio de uma
ação a qual iniciará um processo (instrumento) que provocará esse Poder a dizer o direito, ou
seja, por meio da ação provoca-se a jurisdição.
Esquematicamente, tem-se:
Agora, cumpre destacar que, embora o direito de ação seja incondicionado, é preciso que
algumas condições da ação sejam preenchidas para que haja uma resposta de mérito. Sendo
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assim, caso não haja legitimidade ad causam e o interesse de agir (assunto que será tratado
logo mais), o pedido não será examinado pelo Juiz, porquanto a ação será carente.
Elementos da Ação
Bem, quando uma demanda é proposta, é necessário que três elementos (indispensáveis)
estejam presentes, quais sejam:
Partes: autor (aquele que alega ter sofrido ou estar na iminência de sofrer um dano, o de-
mandante); réu (aquele contra quem a demanda é proposta, quem, supostamente, em tese, em
abstrato, lesou o direito do autor, o demandado). Ambos são parciais, pois têm interesse em
não sucumbir diante da demanda. Então, temos:
Causa de pedir: se caracteriza pela conjugação dos fatos (o que ocorreu) com os funda-
mentos jurídicos (o direito lesado). A título ilustrativo, seria o caso de um abalroamento entre
veículos causado por um motorista descuidado (fato), que gera uma responsabilidade civil
extracontratual de reparação de danos, lastreada no artigo 927 combinado com o 186, ambos
do Código Civil (fundamentos jurídicos).
Pedido: Caracterizado pelo motivo da demanda, pelo bem jurídico desejado. Como, por
exemplo, o conserto do automóvel em uma colisão advinda de um motorista descuidado, ou o
pagamento de alimentos gravídicos. Esse pedido pode ser classificado como imediato (é aqui-
lo que o autor intenta com a petição inicial, o que deseja, como o reconhecimento e declaração
da paternidade) e mediato (bem da vida pretendido, a inclusão do nome do pai nos registros
civis, por exemplo). Ressalto que o pedido deve ser certo e determinado, isto é, preciso na
quantidade, na individualização. Entretanto, admite-se pedido genérico (sem a aludida preci-
são) quando não for possível precisá-lo na inicial, como no caso de um acidente de trânsito
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em que a parte sabe que houve o dano, mas ainda não conhece a extensão pecuniária dele,
porquanto haverá gastos com cirurgia futura, fisioterapia, entre outras medidas terapêuticas.
Os elementos mencionados são de extrema importância para constituição do processo e
a ausência do pedido, da causa de pedir ou pedido indeterminado (ressalvada a possibilidade
de pedido genérico) conduzem à inépcia – falta de aptidão – da inicial, a qual será extinta sem
julgamento de mérito, consoante o artigo 485, I, da Lei de Ritos.
Segundo o artigo 337, § 2º, do Novo Código de Processo Civil, uma ação será idêntica a outra
quando possuir as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido, isto é, possuir
os mesmos elementos da ação.
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Como vimos acima, são elementos da ação as partes, a causa de pedir e o pedido.
Letra d.
Pode-se dizer que são elementos identificadores da ação as partes, a causa de pedir e o pedido.
Letra c.
Condições da Ação
Bem, amigo(a), quando a parte peticiona ao Poder Judiciário, ou seja, postula em juízo, é
necessário que ela demonstre que tem legitimidade e interesse em peticionar. Esse binômio
encontra sustentação no artigo 17 do NCPC.
A legitimação, legitimatio ad causam, significa ser parte legítima para propor uma ação, e
ela se divide em legitimação ordinária e extraordinária. Inclusive, pela Teoria Eclética, as con-
dições da ação é que permitem o julgamento de mérito e, na via reversa de pensamento, caso
não estejam presentes, o mérito não será analisado.
Legitimação ordinária: ocorre quando o litigante atua em nome próprio, titularizando direi-
to próprio. É o caso do dono de um veículo cujo patrimônio foi danificado por colisão, o qual
resolve ingressar como autor em ação de reparação de danos.
Legitimação extraordinária: ocorre quando se defende direito alheio em nome próprio, por
exemplo, quando um condômino resolve defender sua fração em juízo, mas acaba por prote-
ger, também, a fração dos demais condôminos em razão de buscar preservar o objeto como
um todo. Nesse caso, haverá substituição processual.
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Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo or-
denamento jurídico.
Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substituído poderá intervir como assistente
litisconsorcial.
O parágrafo único estabelece que aquele que foi substituído poderá intervir na relação
como assistente litisconsorcial, pois possui interesse jurídico na demanda, porquanto será
afetado com a decisão judicial proferida.
Além da legitimação, é necessário demonstrar o interesse de agir, ou seja, a demanda deve
ser útil, necessária e adequada, ou seja, isso deve ser evidenciado ao Poder Judiciário. Então,
esquematicamente, o interesse de agir é demostrado quando houver:
• Utilidade (há, na doutrina, entendimento de que a utilidade é absorvida pela adequação);
• Necessidade;
• Adequação.
Chamo sua atenção de para o fato de que a LEGITIMIDADE e INTERESSE não podem estar
ausentes, pois, caso não estejam presentes, o processo será extinto SEM JULGAMENTO DE
MÉRITO, porquanto a petição inicial será INDEFERIDA.
[...]
[...]
[...]
O Código de 1973 trazia como condição da ação um terceiro elemento, a possibilidade jurí-
dica do pedido, por meio da qual o juiz avaliava a compatibilidade do pleito com o ordenamen-
to jurídico. Porém, ao examinar essa compatibilidade, o Magistrado, forçosamente, analisava
o mérito da demanda e não um requisito para propositura, motivo pelo qual esse elemento foi
deslocado para a análise do mérito, uma vez que esse é um primado do Novo Código. Sendo
assim, as condições da ação são: LEGITIMIDADE E INTERESSE DE AGIR.
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O PULO DO GATO
Elementos identificadores
Condições genéricas da ação
da ação
------------------------------------------------ Pedido
Quanto à possibilidade jurídica do pedido, o Novo Código nem trata mais dela. A possibilidade
jurídica do pedido é um problema de mérito e quando o juiz entende que o pedido é juridica-
mente impossível, está rejeitando o pedido.
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O questionamento acima se alinha com o que estatui a artigo 17 do NCPC, ao consignar que,
para postular em juízo, é necessário o interesse e a legitimidade. Sendo assim, a legitimidade
ad causam e o interesse de agir são condições da ação.
Certo.
Segundo o artigo 17 do Código de Processo Civil de 2015: “Para postular em juízo é necessário
ter interesse e legitimidade”.
Letra e.
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Da Ação, Competência
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Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração:
I – da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica;
II – da autenticidade ou da falsidade de documento.
Art. 20. É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha ocorrido a violação do direito.
• Constitutiva: a tutela constitutiva objetiva criar, modificar ou extinguir uma determinada
relação jurídica, como no caso da ação de divórcio em que se busca extinguir o vínculo
conjugal.
• Condenatória: busca-se a formação de um título executivo judicial, por meio do qual é
possível que se utilize de meios executivos, a fim de que a obrigação seja cumprida. À
guisa de exemplo, tem-se a ação de indenização por perdas e danos.
Além do exposto, cumpre destacar que há entendimento no sentido que existem, também,
a tutela mandamental (em que o juiz ordena medidas para que haja a satisfação do direito)
e executiva lato sensu, na qual a sentença é cumprida sem a necessidade da fase executiva,
como em uma ação possessória. No entanto, essa classificação é criticada, pois existe posi-
ção de que as tutelas mencionadas são subtipos de ações condenatórias.
Ainda no que se refere à classificação das ações, pode-se classificar a ação: em real (quan-
do a demanda está estribada em direito real, por exemplo, propriedade) e pessoal (com estribo
em direito pessoal, como no caso de uma ação de cobrança).
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Da Ação, Competência
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Da Competência
Amigo(a), em linhas gerais, ser competente significa ser capaz de apreciar algo, decidir
acerca de algum fato e, em nossa análise jurídica, podermos conceituar competência como o
poder conferido ao magistrado para aplicar o direito ao caso concreto.
Comentei que a jurisdição é o poder dever do Estado de dizer, aplicar o direito ao caso con-
creto. Sabe-se que a jurisdição é uma só, isto é, o poder de dizer o direito é exclusivo do Estado,
uno, indivisível.
Ocorre que esse poder jurisdicional é “fatiado” entre diversos juízes e tribunais, os quais
se tornam competentes para proferir uma determinada decisão relativa à matéria controverti-
da, à determinada pessoa, a uma determinada porção territorial. Nesse conduto de raciocínio,
suponhamos que um casal – em uma discussão – esteja em um restaurante um deles emita
um grito alto perguntando se há um juiz naquele local para desfazer o relacionamento de anos.
Imagine que, nesse cenário, um magistrado se levante e diga que conquanto atue na área cri-
minal, desfará o enlace... Calma! Por mais que a insigne autoridade tenha jurisdição, não po-
derá atuar na situação transcrita por faltar-lhe competência relativa à aludida relação familiar.
Art. 42. As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua competência,
ressalvado às partes o direito de instituir juízo arbitral, na forma da lei.
Por isso, diz-se que a competência é a medida da jurisdição, ou seja, a parcela de poder de-
cisório conferido ao magistrado pelo Estado (conceito tradicional). Agora, nos tempos atuais,
conceitua-se a competência como a limitação ao exercício legítimo da jurisdição.
Prezado(a), você já ouviu falar no princípio da KompetenzKompetenz?
Eita, professor! Lá vem você com esses termos! Rs. Veja, pelo princípio da KompetenzKom-
petenz, o juízo terá competência para se declarar incompetente.
Segundo o grande professor Elpídio Donizetti, com a clareza que lhe é peculiar: “De origem
alemã, é o princípio segundo o qual todo juiz tem competência para apreciar pelo menos a
própria (in)competência do órgão jurisdicional o qual ele integra. Isto é, por mais incompetente
que seja, terá competência para se dizer incompetente” (Curso Didático de Direito Processual
Civil, Elpídio Donizetti. 22. ed. São Paulo: Atlas, 2019. p. 188).
Tá bom! Mas onde estão reguladas essas regras de competência? Bem, querido(a), as
fontes legislativas acerca da competência estão encartadas de forma pulverizada em nosso
ordenamento e são encontradas na Constituição da República (artigo 92); no nosso glorioso
Código de Processo Civil; nas leis de organização judiciárias dos Estados da Federação, legis-
lações específicas e nos regimentos internos dos tribunais.
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Art. 44. Obedecidos os limites estabelecidos pela Constituição Federal, a competência é determi-
nada pelas normas previstas neste Código ou em legislação especial, pelas normas de organização
judiciária e, ainda, no que couber, pelas constituições dos Estados.
Fixação de Competência
Quando alguém resolve propor uma ação perante o Judiciário, em regra, o faz por uma
petição escrita, a qual será registrada (quando há apenas um juiz na localidade e chamo sua
atenção para o fato de que todos os processos estão sujeitos a registro) ou distribuída, por
sorteio ou distribuição eletrônica (quando há mais juízes competentes para atuar no local), de
forma alternada aleatória e igualitária.
Após o registro ou distribuição, será estabelecida a competência, ou seja, define-se o ór-
gão que cuidará da demanda e ocorrerá a chamada perpetuatio jurisdictionis, em verdade
perpetuação de competência, porquanto ela será exercida no local onde foi fixada e não será
modificada, por estado de fato (por exemplo, quando o litigante muda de domicílio, mesmo as-
sim a demanda continuará no local onde fora proposta) ou de direito ocorridas posteriormente
(regras jurídicas).
Ok, a regra é a não alteração de competência. Porém, tenhamos cuidado com os conceitos
absolutos! Pois há exceções à regra da perpetuatio jurisdictionis.
Veja bem, ocorrerá modificação da competência quando órgão jurisdicional for extinto.
Isso ocorreu quando os Tribunais Federais de Alçada (TFA) foram extintos e, por conseguinte,
as ações existentes por lá se deslocaram para outras cortes.
Também haverá modificação de competência quando ocorrer mudança de competên-
cia absoluta, em matéria de ordem pública. Isso ocorreu quando a Emenda Constitucional n.
45/2004 deslocou a competência para homologar sentença estrangeira do Supremo Tribunal
Federal (STF) para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), ou seja, houve deslocamento dos pro-
cessos em curso.
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• da função ou hierarquia;
• das pessoas envolvidas;
• do território;
• do valor da causa.
Classificação da Competência
A competência se divide em:
ABSOLUTA – Competência afeta a matérias de ordem pública, o que significa dizer que o
juiz poderá reconhecê-las de ofício, ou seja, sem provocação das partes, a qualquer tempo e
em qualquer grau de jurisdição (1º e 2º graus). São causas que transpassam o interesse das
partes, isto é, são de interesse público, uma vez verificada a incompetência absoluta do juiz ou
do tribunal. O réu deve alegá-la em preliminar de contestação (peça destinada a contestar as
alegações constantes na petição inicial do autor).
São matérias de competência absoluta:
• em razão da matéria;
• em razão da hierarquia/competência funcional;
• em razão das pessoas.
Quando se fala em competência em razão da matéria, está-se diante de uma fixação re-
lativa à causa de pedir (fatos e fundamentos jurídicos), ou seja, o tema da contenda, a trama
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Da Ação, Competência
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discutida. Ora, se Maria resolve se separar de Pepe Nouglas não vai propor a ação na Justiça
Eleitoral! Não, não! Vai ajuizar a demanda na vara de família.
Então, pode-se dizer que a competência em razão da matéria se relaciona com a problemá-
tica levada ao Estado-Juiz e depende do assunto a ser tratado e, com base nele, propõe-se a
ação na Justiça Comum, Trabalhista, Eleitoral ou Militar, enfim, leva-se em conta a história das
partes. A título de exemplo, seria o caso de um contrato celebrado entre a União e um organis-
mo internacional. Esse critério é de competência absoluta.
Estimado(a) leitor(a), os órgãos do Poder Judiciário possuem uma cadeia escalar, muito
estudada no famoso organograma do Poder Judiciário. O fato é que os órgãos são escalona-
dos no que se refere ao critério hierárquico.
Bem, amigo(a) do Gran Cursos Online, o primeiro grau de jurisdição tem, em regra, compe-
tência originária, o que significa dizer que normalmente as demandas (a esmagadora maioria)
são levadas aos que lá atuam.
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Da Ação, Competência
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Todavia, pelo princípio implícito da Carta fundante todos os jurisdicionados têm direito ao
duplo grau de jurisdição e, em regra, as revisões e recursos são levados ao segundo grau, tribu-
nais, tribunais superiores e Supremo Tribunal Federal.
Professor, lá vem você com essa história de regra... então, temos exceção, não é? A res-
posta é sim, prezado(a), existem ações que devem, originariamente, ser julgadas em segundo
grau, como ações de competência originária. Saliento que essa é uma competência absoluta.
Esse é um critério que fixa a competência para o julgamento da causa com base na função
exercida por quem estará no polo passivo ou ativo da demanda.
O Código de Processo Civil estabelece que, quando houver uma demanda relacionada ao
artigo 109 da Constituição, ou seja, figurarem no processo a União, empresas públicas fede-
rais, fundações públicas federais, autarquias federais, o processamento dessa ação será pe-
rante a Justiça Federal, a qual declinará da competência, caso o ente político ou as instituições
mencionadas não façam mais parte da demanda.
Art. 45. Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal com-
petente se nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações, ou
conselho de fiscalização de atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro intervenien-
te, exceto as ações:
Agora, chamo sua atenção para o fato de que, mesmo em situações de demanda envol-
vendo União, empresas públicas Federais, fundações públicas federais, autarquias federais,
conselhos profissionais, o Código de Processo Civil estabelece casos os quais não serão da
alçada da justiça federal, ou seja, serão remetidos à vara competente a qual atuará por força
de ressalva feita pela lei, como nos casos de recuperação judicial e falência (que correm no
juízo que trate a matéria por via atrativa), insolvência civil, acidente de trabalho e sujeitas à
justiça do trabalho e eleitoral, consoante consigna a Lei de Ritos.
Art. 45. Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal com-
petente se nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações, ou
conselho de fiscalização de atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro intervenien-
te, exceto as ações:
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Da Ação, Competência
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I – de recuperação judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho;
II – sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho.
§ 1º Os autos não serão remetidos se houver pedido cuja apreciação seja de competência do juízo
perante o qual foi proposta a ação.
Veja, o juiz deve julgar os pedidos para os quais é competente, não aqueles para os quais
é incompetente.
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Porém, embora o jurisdicionado possa utilizar-se dos Juizados Especiais Cíveis dos Esta-
dos, poderá valer-se de uma ação com procedimento comum, proposta na Justiça Comum,
para pleitear a reparação de um direito lesionado, ou seja, não é obrigado a ingressar na justiça
regulada pela Lei n. 9.099/1995.
Agora, vale ressaltar que o autor da ação pode ajuizá-la em causas cujo valor esteja acima
do teto admitido pelos Juizados Especiais. Porém, só poderá pleitear os 40 (quarenta salários-
-mínimos) e, com isso, abrir mão do valor acima do limite estabelecido.
Diante do exposto, temos que o critério relativo ao valor da causa é de competência relati-
va. Contudo, estimado(a) leitor(a), essa regra comporta exceções.
Além dos juizados especiais dos estados, temos os Juizados Especiais Federais (regula-
dos pela Lei n. 10.259/2001, aplicável às causas no âmbito da Justiça Federal) e os Juizados
Especiais de Fazenda Pública (os quais julgam demandas contra Estados, Distrito Federal,
Territórios e Municípios, regulados pela Lei n. 12.153/2009). Para ingressar nos dois juizados
citados nesse parágrafo, a causa deve ser de no máximo 60 (sessenta salários-mínimos) e a
fixação de competência será absoluta. Perceba que, nos casos acima, há uma especificidade
em relação à matéria tratada.
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em
regra, no foro de domicílio do réu.
§ 1º Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles.
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§ 2º Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for encon-
trado ou no foro de domicílio do autor.
§ 3º Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domi-
cílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro.
§ 4º Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qual-
quer deles, à escolha do autor.
§ 5º A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar
onde for encontrado.
A competência citada é relativa, pois pode ser prorrogada, ou seja, o autor pode propor
uma ação em local diverso do domicílio do réu e se este não se manifestar em preliminar de
contestação no sentido de que o juiz atuante é relativamente incompetente, a ação vai ser pro-
cessada e julgada sem nenhuma nulidade ou alteração de localidade, haja vista ter ocorrido a
preclusão e, com efeito, haverá prorrogação de competência.
Bem, conforme comentado anteriormente, essas são as regras referentes à competência
relativa. Contudo, assim como no valor da causa, há exceções previstas na Lei de Ritos, va-
mos a elas.
Prezado(a), nas ações fundadas em direito real sobre imóveis a competência se dará no
local da situação da coisa (onde o imóvel está situado). Além disso, quando o litígio versar so-
bre direito de propriedade, vizinhança, servidão divisão, demarcação de terras e de nunciação
de obra nova, competente será do juízo de onde o imóvel se situa. Essas regras são absolutas.
Vejamos o que a legislação estatui:
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da
coisa.
§ 1º O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair
sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação
de obra nova.
§ 2º A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem com-
petência absoluta.
Cumpre destacar que, quando a ação for relativa a inventário, partilha, ações sucessórias,
deverão ser ajuizadas no último domicílio do de cujus, termo utilizado para aquele que faleceu
e transmitiu bens aos herdeiros.
Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a parti-
lha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de
partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido
no estrangeiro.
Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente:
I – o foro de situação dos bens imóveis;
II – havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes;
III – não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.
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Prezado(a) leitor(a), quando houver morte presumida, hipóteses em que a pessoa desa-
parece sem deixar notícia não retorna e não constitui procurador, será competente o juízo do
último domicílio do ausente.
Art. 49. A ação em que o ausente for réu será proposta no foro de seu último domicílio, também
competente para a arrecadação, o inventário, a partilha e o cumprimento de disposições testamen-
tárias.
Outro ponto digno de nota, refere-se ao incapaz, porquanto a ação deverá ser proposta no
foro do assistente ou representante legal de quem apresente essa condição.
Art. 50. A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio de seu representante
ou assistente.
Em causas nas quais a União seja autora, fixar-se-á a competência pelo domicílio do réu ou
se o ente político for demandado, competente será foro do domicílio do autor ou do local do
ato ou fato originador da demanda, bem como no da situação da coisa ou no Distrito Federal.
Art. 51. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autora a União.
Parágrafo único. Se a União for a demandada, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do
autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou no Distrito
Federal.
Art. 52. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autor Estado ou o
Distrito Federal.
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Parágrafo único. Se Estado ou o Distrito Federal for o demandado, a ação poderá ser proposta no
foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação
da coisa ou na capital do respectivo ente federado.
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veículos e aeronaves, porquanto essas ações podem ser propostas tanto no local do sinistro
quanto no domicílio do autor da demanda. Vejamos o que a legislação consigna quanto ao
lugar da fixação da competência.
III – do lugar:
a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa jurídica;
b) onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que a pessoa jurídica contraiu;
c) onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré sociedade ou associação sem personali-
dade jurídica;
d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o cumprimento;
e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo estatuto;
f) da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação de dano por ato praticado
em razão do ofício;
IV – do lugar do ato ou fato para a ação:
a) de reparação de dano;
b) em que for réu administrador ou gestor de negócios alheios;
V – de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de
delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves.
Feitas as considerações acima, vamos esquematizar o que foi visto até esse ponto da aula,
veja comigo:
Ação Competência
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Consoante comentário acima, a Lei n. 13.894, publicada em 29/10/2019, trouxe a seguinte no-
vidade: nos tempos atuais, se for o caso de violência doméstica e familiar, a competência é do
foro de domicílio da vítima nas ações de divórcio separação judicial, anulação de casamento
e reconhecimento da união estável a ser dissolvida. Além disso, há previsão da participação
do Ministério Público, como fiscal da ordem jurídica, nas ações de família, o que altera o artigo
698 da Lei de Ritos. Por fim, a legislação supracitada também altera o artigo 1.048 do NCPC,
porquanto prevê prioridade de tramitação quando figure como parte a vítima de violência do-
méstica e familiar. Essa alteração legislativa repercute tanto no NCPC quanto na 11.340/2006
(Lei Maria da Penha).
Art. 2º A Lei n. 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), passa a vigorar com as
seguintes alterações:
“Art. 53...................................................................................................................
I – d) de domicílio da vítima de violência doméstica e familiar, nos termos da Lei n. 11.340, de 7 de
agosto de 2006 (Lei Maria da Penha);
.................................................................................................................................” (NR)
“Art. 698..................................................................................................................
Parágrafo único. O Ministério Público intervirá, quando não for parte, nas ações de família em que
figure como parte vítima de violência doméstica e familiar, nos termos da Lei n. 11.340, de 7 de
agosto de 2006 (Lei Maria da Penha).” (NR)
[...]
“Art. 1.048..................................................................................................................
...........................................................................................................................................
III – em que figure como parte a vítima de violência doméstica e familiar, nos termos da Lei n.
11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha).
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Veja que o artigo 53, IV, a, estabelece a competência do foro nos seguintes termos:
Vamos analisar dois institutos jurídicos que alteram a competência RELATIVA, a qual se
modificará caso ocorra conexão ou continência.
Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, observado o
disposto nesta Seção.
Da Conexão
Conexão significa ligação, relação de dependência. Então, diz-se que uma causa é conexa
quando 2 (duas) ou mais ações tiverem em comum a mesma causa de pedir (fatos e funda-
mentos jurídicos) OU o mesmo pedido (imediato, obrigação de dar, fazer e não fazer e mediato,
o motivo da contenda, o bem pretendido).
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa
de pedir.
§ 1º Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já
houver sido sentenciado.
Nesse conduto de raciocínio, veja o que estabelece a Súmula 235 do STJ: “A conexão não
determina a reunião de processos, se um deles já foi julgado”.
Veja que os processos serão reunidos em um mesmo juízo por manterem uma identidade
relativa aos elementos citados.
Então:
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Ok, professor! Mas qual juízo será responsável para julgar as causas, uma vez que duas
ações foram distribuídas a órgãos judicantes diferentes?
Nesse caso, estimado(a), será competente o juiz para quem primeiro tiver sido distribuída
ou registrada a petição inicial, ou seja, será ele o magistrado PREVENTO, porquanto prevenção
define o juízo da causa.
Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, onde serão decidi-
das simultaneamente.
Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.
O PULO DO GATO
Segundo o artigo 59 da Lei de Ritos, o registro ou a distribuição da petição inicial torna preven-
to o juízo.
§ 3º Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de
decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre
eles.
Continência
A continência ocorrerá quando em 2 (duas) ou mais ações houver as mesmas partes E mes-
ma causa de pedir, de modo que o pedido de uma das ações seja mais amplo que o da outra.
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Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às par-
tes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
A título ilustrativo, imagine uma ação de paternidade cumulada com a prestação de ali-
mentos em um juízo em desfavor de Pepe Nouglas (ora réu). No entanto, suponha que Pepe
já tenha ingressado com uma ação, que verse sobre a paternidade de Pepinho. Perceba que
temos as mesmas partes e causa de pedir, mas como o pedido da primeira (paternidade +
prestação de alimentos) é mais amplo do que o da segunda (paternidade), haverá continência
e o juiz responsável pela ação com pedidos cumulados deverá reunir os processos a fim de
proferir a sentença.
Então:
Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no pro-
cesso relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as
ações serão necessariamente reunidas.
Nem sempre a continência vai gerar reunião dos processos. A continência só gerará a reunião
dos processos, se a causa maior for ajuizada depois.
Art. 60. Se o imóvel se achar situado em mais de um Estado, comarca, seção ou subseção judiciária,
a competência territorial do juízo prevento estender-se-á sobre a totalidade do imóvel.
Art. 61. A ação acessória será proposta no juízo competente para a ação principal.
Art. 62. A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é inderrogável
por convenção das partes.
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Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro
onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
§ 1º A eleição de foro só produz efeito quando constar de instrumento escrito e aludir expressamen-
te a determinado negócio jurídico.
§ 2º O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes.
§ 3º Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício
pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.
Em linhas acima, dissemos que a competência relativa deverá ser alegada pelo réu, em preli-
minar de contestação, e o Juiz não poderá declará-la de ofício. Nesse sentido, veja o que esta-
belece a Súmula 33 do Superior Tribunal de Justiça: “A incompetência relativa não poderá ser
declarada de ofício pelo Juiz”. Porém, o artigo 63 do Código de Processo Civil de 2015 estabe-
lece que, antes da citação, a cláusula de eleição de foro, caso seja abusiva, pode ser reputada
ineficaz de ofício pelo Juiz, o que arrefece o teor da súmula supracitada do Tribunal de Cidada-
nia, porquanto estamos diante de situação singular por meio da qual a incompetência relativa
pode ser reconhecida de ofício pelo juízo, quando houver o reconhecimento da ineficácia de
foro de eleição em razão de ser abusiva. Agora, chamo sua atenção para o fato de que deverá
ser declarada pelo Juiz antes da citação do réu, pois, do contrário, ocorrerá preclusão temporal.
Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro
onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
[...]
§ 3º Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício
pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.
Ademais, em complemento ao raciocínio acostado nos parágrafos acima, uma vez citado
o réu, a ele incumbe alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na contestação, sob
pena de preclusão (artigo 63, § 4º).
§ 4º Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na contestação, sob
pena de preclusão.
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a) Errada. Segundo o artigo 55, § 1º, do CPC de 2015: “Os processos de ações conexas serão
reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado”.
b) Errada. Segundo o artigo 64, § 4º, do CPC de 2015: “Salvo decisão judicial em sentido con-
trário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra
seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente”.
c) Errada. Segundo o artigo 63, § 3º, do CPC de 2015: “Antes da citação, a cláusula de eleição
de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa
dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu”.
d) Errada. Segundo o artigo 57 do CPC de 2015: “Quando houver continência e a ação conti-
nente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida
sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas”.
e) Certa. Segundo o artigo 55, § 3º, do CPC de 2015: “Serão reunidos para julgamento conjunto
os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias
caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles”.
Letra e.
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Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro
onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
[...]
§ 3º Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício
pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.
Letra b.
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Conflito de Competência
Amigo(a), fala-se em conflito de competência quando dois ou mais juízes se consideram
competentes para julgar determinada demanda (denominado de conflito positivo), ou quando,
ao contrário, dois ou mais juízes entendem que não têm competência para julgar a demanda
(e mesmo assim possuem competência para se autodeclararem incompetentes), denominado
de conflito negativo.
Há casos em que há dúvida acerca da reunião ou separação dos processos, o que também
é um conflito a ser dirimido.
Até agora comentei situações nas quais o Juiz se declara incompetente para julgar a de-
manda. Contudo, há casos em que as partes entendem que o Magistrado não possui com-
petência para o julgamento do litígio e se manifestam com o escopo de retirá-lo da relação
processual.
Bem, caso as partes entendam pela incompetência do magistrado, poderão alegá-la em
preliminar de contestação, sendo ela absoluta ou relativa. Nos tempos atuais, não é necessá-
rio arguir exceção de incompetência por meio de ação autônoma, porque é possível discutir a
matéria por meio de preliminar de contestação.
Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contesta-
ção.
Agora, chamo a atenção no sentido de que, quando a incompetência for absoluta, poderá
ser alegada em qualquer tempo ou grau de jurisdição.
§ 1º A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser
declarada de ofício.
§ 2º Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de incompe-
tência.
§ 3º Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competen-
te.
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Então, pela leitura do § 4º, percebe-se uma conservação dos atos até então praticados
pelo juízo incompetente para que o juízo competente possa avaliar ao compulsar o feito e
avaliar os autos.
Veja que interessante!
Segundo a Súmula 59 do Tribunal de Cidadania: “não há conflito de competência se já exis-
te sentença com trânsito em julgado, proferida por um dos juízos conflitantes”.
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a) Errada. Segundo o artigo 46 do NCPC: “A ação fundada em direito pessoal ou em direito real
sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu”.
b) Certa. Segundo o artigo 64, § 4º, do NCPC: “Salvo decisão judicial em sentido contrário,
conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja
proferida, se for o caso, pelo juízo competente”.
c) Errada. Conforme o NCPC, a incompetência será alegada em preliminar de contestação.
d) Errada. Opa! Segundo o artigo 45 do NCPC: “Tramitando o processo perante outro juízo, os
autos serão remetidos ao juízo federal competente se nele intervier a União, suas empresas
públicas, entidades autárquicas e fundações, ou conselho de fiscalização de atividade profis-
sional, na qualidade de parte ou de terceiro interveniente, exceto as ações: I – de recuperação
judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho; II – sujeitas à justiça eleitoral e à jus-
tiça do trabalho”.
e) Errada. Segundo o artigo 43 da Lei n. 13.105, de 2015: “Determina-se a competência no mo-
mento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do
estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciá-
rio ou alterarem a competência absoluta”.
Letra b.
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Segundo o artigo 65 do CPC de 2015: “Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não ale-
gar a incompetência em preliminar de contestação. Parágrafo único. A incompetência relativa
pode ser alegada pelo Ministério Público nas causas em que atuar”.
Letra a.
Da Cooperação Nacional
Bem, estamos encerrando nosso conteúdo de hoje, mas, para isso, preciso comentar acerca
da cooperação nacional. Veja, a cooperação é uma norma fundamental do sistema processual
no qual estamos inseridos. Se é assim, todos os tribunais, independente da esfera (federal ou
estadual) e instância (1ª, 2ª e tribunais superiores) devem cooperar, por meio de Juízes e ser-
vidores e, com efeito, por meio de auxílio mútuo, tornarem o processo mais eficiente e eficaz.
Art. 67. Aos órgãos do Poder Judiciário, estadual ou federal, especializado ou comum, em todas as
instâncias e graus de jurisdição, inclusive aos tribunais superiores, incumbe o dever de recíproca
cooperação, por meio de seus magistrados e servidores.
Art. 68. Os juízos poderão formular entre si pedido de cooperação para prática de qualquer ato
processual.
Com base no exposto, a cooperação será de extrema importância quando, por exemplo,
uma testemunha essencial para um processo precisa ser ouvida em localidade diversa de
onde ocorre a tramitação processual. Nesse caso, por meio de auxílio do tribunal de outra
comarca, em atenção a uma carta precatória, será possível cumprir a diligência mencionada
e instruir os autos (materialização do processo). Essa cooperação não depende de forma,
ou seja, prescinde de formalidade, haja vista a nova processualística não se enclausurar no
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Da Ação, Competência
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formalismo, ao largo disso, percebe-se que o processo contemporâneo não pode ser um fim
em si mesmo. Com base no entendimento supracitado, as solicitações de um juízo devem ser
atendidas pelos outros órgãos jurisdicionais.
Veja, são objeto de cooperação: o auxílio direto, cartas de ordem, cartas precatórias, atos
concentrados entre juízes cooperantes no sentido de realizar citações, intimações, notifica-
ções e cartas arbitrais, obtenção e colheita de provas e depoimentos, efetivação de tutelas
provisórias.
Art. 69. O pedido de cooperação jurisdicional deve ser prontamente atendido, prescinde de forma
específica e pode ser executado como:
I – auxílio direto;
II – reunião ou apensamento de processos;
III – prestação de informações;
IV – atos concertados entre os juízes cooperantes.
§ 1º As cartas de ordem, precatória e arbitral seguirão o regime previsto neste Código.
§ 2º Os atos concertados entre os juízes cooperantes poderão consistir, além de outros, no estabe-
lecimento de procedimento para:
I – a prática de citação, intimação ou notificação de ato;
II – a obtenção e apresentação de provas e a coleta de depoimentos;
III – a efetivação de tutela provisória;
IV – a efetivação de medidas e providências para recuperação e preservação de empresas;
V – a facilitação de habilitação de créditos na falência e na recuperação judicial;
VI – a centralização de processos repetitivos;
VII – a execução de decisão jurisdicional.
§ 3º O pedido de cooperação judiciária pode ser realizado entre órgãos jurisdicionais de diferentes
ramos do Poder Judiciário.
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/AUDITOR ESTADUAL DE CONTROLE EXTERNO/TCM-BA/2018) No que con-
cerne ao mandado de injunção, a ação de improbidade administrativa e a ação civil pública,
julgue os seguintes itens.
I – Ao tratar das chamadas condições da ação, o atual CPC expressamente se refere a três
espécies distintas denominadas de legitimidade, interesse em agir e possibilidade jurídica
do pedido.
II – Pode ser utilizada a denominada ação declaratória para interpretação de tese ou ques-
tão de direito em abstrato, ou ainda para confirmar a ocorrência de qualquer fato ocorrido na
vida do autor.
III – Denomina-se de sucessor processual o terceiro que assume o lugar da parte que vier a
falecer no curso de processo que tenha como objeto direito patrimonial transmissível.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item III está certo.
c) Apenas os itens I e II estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.
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d) reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à
causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais;
e) serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação
de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem cone-
xão entre eles.
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GABARITO
1. b 37. e
2. c 38. d
3. C
4. C
5. C
6. C
7. C
8. d
9. a
10. E
11. E
12. E
13. a
14. d
15. c
16. a
17. e
18. a
19. a
20. c
21. d
22. b
23. e
24. E
25. d
26. E, E
27. b
28. d
29. d
30. b
31. d
32. b
33. b
34. a
35. e
36. d
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GABARITO COMENTADO
001. (CESPE/AUDITOR ESTADUAL DE CONTROLE EXTERNO/TCM-BA/2018) No que con-
cerne ao mandado de injunção, a ação de improbidade administrativa e a ação civil pública,
julgue os seguintes itens.
I – Ao tratar das chamadas condições da ação, o atual CPC expressamente se refere a três
espécies distintas denominadas de legitimidade, interesse em agir e possibilidade jurídica
do pedido.
II – Pode ser utilizada a denominada ação declaratória para interpretação de tese ou ques-
tão de direito em abstrato, ou ainda para confirmar a ocorrência de qualquer fato ocorrido na
vida do autor.
III – Denomina-se de sucessor processual o terceiro que assume o lugar da parte que vier a
falecer no curso de processo que tenha como objeto direito patrimonial transmissível.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item III está certo.
c) Apenas os itens I e II estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.
Item I ERRADO. Vimos que as condições da ação são: a LEGITIMIDADE e INTERESSE DE AGIR.
Entretanto, não há de se falar em possibilidade jurídica do pedido nos tempos atuais, haja vista
que ela passa a integrar o mérito da demanda.
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Item III correto. De fato, o terceiro que assume o lugar da parte que vier a falecer no curso de
processo que tenha como objeto direito patrimonial transmissível é denominado sucessor pro-
cessual, o que não se confunde com substituto processual, o qual defende direito alheio em
nome próprio.
Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo or-
denamento jurídico.
Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substituído poderá intervir como assistente
litisconsorcial.
Letra b.
a) ERRADA. De saída a questão traz a possibilidade jurídica do pedido que, como visto integra
o mérito. Legitimidade e Interesse são condições da ação.
b) ERRADA. Legitimidade não integra os elementos da ação, conforme vimos durante a aula,
mas sim condição da ação.
c) Certa. Bem, consoante vimos no decorrer da aula, os elementos da ação são:
Partes
Causa de pedir, e a questão se refere à remota (referente aos fatos ocorridos) e próxima (rela-
tiva ao direito violado, fundamentos jurídicos do pedido). Bem, os conceitos de causa de pedir
próxima e remota não são pacíficos de modo que alguns autores invertem a conceituação.
Pedido: o bem pretendido, aquilo sobre o que as partes controvertem.
d) Errada. O erro está na possibilidade jurídica do pedido, que deveria ser substituída pelo pe-
dido na questão para torná-la correta.
Letra c.
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Sim, vimos que uma ação pode ser declaratória, consoante o artigo 20 da Lei de Ritos.
Art. 20. É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha ocorrido a violação do direito.
Certo.
Vimos, no decorrer da aula, que existe a figura do substituto processual, o qual poderá pleitear
direito alheio em nome próprio.
Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo or-
denamento jurídico.
Certo.
Sim, o interesse, um dos requisitos da ação, deve estar presente tanto na propositura da ação
quanto na contestação.
É exatamente o que estatui a artigo 17 do NCPC, ao consignar que, para postular em juízo, é
necessário o interesse e legitimidade.
Certo.
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A teoria eclética da ação, adotada pelo ordenamento jurídico brasileiro, define ação como um
direito autônomo e abstrato, independente do direito subjetivo material, condicionada a requi-
sitos para que se possa analisar o seu mérito.
Amigo(a), conforme comentei, colacionei a questão acima para que você observe qual é o
entendimento da banca examinadora que será responsável pelo seu concurso. Veja, o assunto
causa discussões, o objetivo desse trabalho e a preparação para prova. Posto isso, a Teoria
Eclética foi adotada pelo código de Buzaid (1973) e albergada pelo Novo CPC.
Certo.
Art. 16. A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional, con-
forme as disposições deste Código.
b) CERTA. O item está em consonância com o artigo 17 da Novo Código.
Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo or-
denamento jurídico.
d) ERRADA. Aí não! Veja, é admitida ação meramente declaratória nos casos em que tenha
ocorrido a violação do direito, conforme o artigo 20 do NCPC.
Art. 20. É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha ocorrido a violação do direito.
e) CERTA. O item está correto, pois se harmoniza com o que dispõe o artigo 19, II, da Lei de Ritos.
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I – da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica;
II – da autenticidade ou da falsidade de documento.
Letra d.
Não, muito pelo contrário, é admitida a intervenção do substituído como assistente litisconsor-
cial, conforme o artigo 18, parágrafo único, do Código de Processo Civil de 2015.
Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo or-
denamento jurídico.
Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substituído poderá intervir como assistente
litisconsorcial.
Errado.
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Segundo o artigo 23 da Lei n. 13.105 de 2015: “Compete à autoridade judiciária brasileira, com
exclusão de qualquer outra: I – conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil”.
Errado.
Consoante o parágrafo único do artigo 52 do NCPC: “Se Estado ou o Distrito Federal for o
demandado, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do
ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou na capital do respectivo ente
federado”.
Errado.
Amigo(a), a questão tem como resposta a alternativa “a”, a qual está estribada nos artigos 23
e 47 da Lei de Ritos, veja os dispositivos em comento:
Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:
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I – conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;
[...]
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da
coisa.
§ 1º O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair
sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação
de obra nova.
§ 2º A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem com-
petência absoluta.
Letra a.
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Veja, nos tempos atuais, as alegações podem ser acostadas à contestação (veja artigos 337
e 343 do NCPC).
Letra c.
Item I. ERRADO. Prezado(a), vimos que o novo Código prevê a possibilidade de alegação de
incompetência em preliminar de contestação e não exclusivamente por exceção de incompe-
tência como o item consigna. Veja o que apregoa o artigo 64 da Lei de Ritos:
Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contesta-
ção.
Item II. CERTO. O item está em harmonia com aquilo que estatui o artigo 43 e da Lei de Ritos.
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Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial,
sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo
quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
Item III. CERTO. O item está correto, porquanto é a literalidade do § 3º do artigo 43 do Código...
É por isso, estimado(a), que colaciono a lei no material, as bancas utilizam a legislação nas
provas de forma literal!
Art. 43 [...]
§ 3º Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domi-
cílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro.
Item IV ERRADO. Não, não! Vimos durante a aula que os autos serão remetidos ao Juiz com-
petente e ele avaliará os atos produzidos, não extinguir o processo sem julgamento de mérito.
§ 3º Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competen-
te, consoante o artigo 63, § 3º.
Item V CERTO. É isso! O item simplesmente transcreve o artigo 59 do NCPC.
Estimado leitor(a), vimos, no decorrer da aula, que os autos devem ser remetidos à justiça fe-
deral competente caso nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas
e fundações, e conselhos de fiscalização de atividade profissional, inclusive na qualidade de
parte ou terceiro interveniente. Bem, esse é o teor do artigo 45 do NCPC. Entretanto, o mesmo
artigo traz como exceção os casos de recuperação judicial, falência, insolvência civil e aciden-
te de trabalho em seu inciso I. Sendo assim, existirá uma via atrativa relativa à recuperação
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judicial e falência, de modo que a ação não será remetida à Justiça Federal, mesmo se nela
intervier a União, conforme consigna a alternativa “e”.
Art. 45. Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal com-
petente se nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações, ou
conselho de fiscalização de atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro intervenien-
te, exceto as ações:
I – de recuperação judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho;
Letra e.
Amigo(a), o comando da questão versa sobre ação de execução fundada em título extraju-
dicial que é objeto de ação anulatória, portanto, encartada na hipótese do artigo 55, § 2º, II,
do Código.
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa
de pedir.
§ 1º Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já
houver sido sentenciado.
§ 2º Aplica-se o disposto no caput:
I – à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico;
II – às execuções fundadas no mesmo título executivo.
Diante do exposto, com base no artigo 59, será prevento o juiz de onde a ação fora distribuída.
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c) Errada. Vimos linhas acima que consoante o § 2º, II, do artigo 55 da Codificação, a assertiva
traz um caso de conexão, por isso, o item está incorreto.
d) Errada. Não, conforme estudamos o caso acima, poderá ser entabulado na hipótese do arti-
go 55, § 2º, II, e não somente na situação narrada na proposição da assertiva.
e) Errada. Negativo. Vimos que a prevenção é definida pela distribuição e não pela citação válida.
Letra a.
a) Essa é a nossa! Amigo(a), comentei, durante a aula, que, se o réu não alegar a incompetência
em preliminar de contestação, a competência será prorrogada. Assim sendo, a questão está
em consonância com o que apregoa o artigo 65 do Código.
Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de
contestação.
b) Errada. Não, consoante o artigo 47, a ação possessória será proposta na situação da coisa
e ponto! Não é possível optar pelo domicílio do réu ou eleger foro, esse é um caso de compe-
tência absoluta. Lembro a você que a opção pelo foro é possível, salvo se o litígio recair sobre
o direito de propriedade, vizinhança, servidão e demarcação de terras e de nunciação de obra
nova, mas não sobre ação possessória imobiliária.
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da
coisa.
§ 1º O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair
sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação
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c) Errada. Não, consoante o artigo 45, I, da Lei de Ritos, a recuperação judicial possui uma via
atrativa, de modo a não ser remetido à Justiça Federal.
d) Errada. A legislação fala da Justiça Federal ser competente, não o foro da capital do Estado.
e) Errada. O artigo 59 da Lei de Ritos consigna ser competente o juiz para quem a ação tem o
registro ou distribuição levada a efeito, não a citação válida como apregoa a questão.
Letra a.
A questão “c” está correta, pois versa sobre uma ação fundada em direito real sobre imóvel,
a qual, segundo o artigo 47, § 2º, é um caso de competência absoluta e deve ser proposta no
foro da situação da coisa. Dessa forma, a assertiva “c” sagra-se correta e as demais incorretas
por não se encaixarem naquilo que estabelece o Código de Processo.
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da
coisa.
§ 1º O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair
sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação
de obra nova.
§ 2º A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem com-
petência absoluta.
Letra c.
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d) como regra, nas ações de divórcio, é competente o foro do guardião do filho incapaz e, caso
não haja filho incapaz, o foro do último domicílio do casal.
e) a ação possessória imobiliária deve ser proposta no foro de situação da coisa, mas por
se tratar de competência territorial, se prorroga caso não venha a ser alegada no momen-
to oportuno.
Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contesta-
ção.
c) ERRADA. O artigo 48 do NCPC estabelece que a ação de inventário deve ser proposta no
domicílio do autor da herança.
Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a parti-
lha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de
partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido
no estrangeiro.
d) Certa. Aí, sim! Esse é o teor do artigo 53, I, da Lei de Ritos, estimado(a).
e) ERRADA. Querido(a), esse é um caso de competência absoluta e, assim sendo, não admite
prorrogação conforme o artigo 47, § 2º, do Código.
Letra d.
a) ERRADA. Bem, a assertiva fala sobre bem móvel, o qual possui sua ação processada com
base no artigo 46 na da Lei n. 13.105/2015, a qual será proposta no domicílio do réu.
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b) CERTA. Certinho! O texto se harmoniza com o artigo 47, § 2º, da Lei de Ritos.
c) ERRADA. Amigo(a), de fato as alterações no estado de fato e direito ocorridas após o re-
gistro e distribuição são irrelevantes, salvo se suprimirem órgão do judiciário ou alterarem a
competência absoluta, consoante o artigo 43 do NCPC.
d) ERRADA. Amigo leitor(a), veja o que estabelece o artigo 45 do Novo Código:
Art. 45. Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal com-
petente se nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações, ou
conselho de fiscalização de atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro intervenien-
te, exceto as ações:
I – de recuperação judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho;
II – sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho.
§ 1º Os autos não serão remetidos se houver pedido cuja apreciação seja de competência do juízo
perante o qual foi proposta a ação.
§ 2º Na hipótese do § 1º, o juiz, ao não admitir a cumulação de pedidos em razão da incompetência
para apreciar qualquer deles, não examinará o mérito daquele em que exista interesse da União, de
suas entidades autárquicas ou de suas empresas públicas.
§ 3º O juízo federal restituirá os autos ao juízo estadual sem suscitar conflito se o ente federal cuja
presença ensejou a remessa for excluído do processo.
e) ERRADA. Amigo(a), negritei o item acima (§ 3º do artigo 45), pois ele responde a assertiva.
Veja, não há de se falar em suscitar incompetência do Juiz Federal, ele restituirá os autos ao
juízo estadual.
Letra b.
a) ERRADA. Não, a competência em razão da matéria, pessoa ou função são absolutas e, com
efeito, não são derrogadas por convenção das partes, porquanto são de ordem pública.
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b) ERRADA. Vimos que a competência absoluta não pode ser prorrogada, a relativa sim.
c) ERRADA. Não, a questão estava certa até o momento em que consigna que a competência
relativa será arguida por meio de exceção. Ambas poderão ser alegadas em preliminar de con-
testação, mas lembro-te que a incompetência absoluta poderá ser alegada a qualquer tempo
e grau de jurisdição.
d) ERRADA. Não. Se a incompetência for acolhida, o processo será remetido ao juízo competente.
e) CERTA. A questão se harmoniza com o que estatui o artigo 64, § 1º, da Lei de Ritos.
Letra e.
Vimos que esse é um caso de competência exclusiva da justiça brasileira consoante o artigo
23, II, da Lei de Ritos.
Errado.
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a) ERRADA. Segundo o artigo 17 do NCPC: “Para postular em juízo é necessário ter interesse
e legitimidade”.
b) CERTA. A regra estabelecida no Código dispõe que ninguém poderá pleitear direito alheio
em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico (art. 18, NCPC).
c) ERRADA. Segundo o artigo 20 do NCPC: “É admissível a ação meramente declaratória, ainda
que tenha ocorrido a violação do direito”.
d) Errada. Segundo o parágrafo único do artigo 18 da Lei n. 13.105 de 2015: “Havendo substi-
tuição processual, o substituído poderá intervir como assistente litisconsorcial”.
e) Errada. A assertiva contraria o que estabelece o artigo 19, II, do NCPC.
Letra b.
a) Errada. Segundo o artigo 18 do NCPC: “Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome pró-
prio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico”.
b) Errada. Segundo o artigo 17 do NCPC: “Para postular em juízo é necessário ter interesse e
legitimidade”.
c) Errada. Segundo o artigo 18 do NCPC: “É admissível a ação meramente declaratória, ainda
que tenha ocorrido a violação do direito”.
d) Certa. Aí sim! A assertiva se alinha com o que estabelece o artigo 24 do NCPC, cujo teor
estabelece o seguinte: “A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência
e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe
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Segundo o artigo 337, § 2º, do NCPC: “§ 2º Uma ação é idêntica a outra quando possui as mes-
mas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido”.
Letra d.
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a) Errada. Segundo o artigo 16 da Lei n. 13.105 de 2015: “A jurisdição civil é exercida pelos
juízes e pelos tribunais em todo o território nacional, conforme as disposições deste Código”.
b) Errada. Conforme o artigo 21, II:
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quais se incluem uma casa de praia em Búzios (RJ), uma fazenda em Lucas do Rio Verde (GO)
e alguns veículos de luxo, atualmente estacionados em uma garagem em Salvador (BA).
Neste cenário, assinale a opção que indica o foro competente para o inventário e a partilha dos
bens deixados por João Paulo.
a) Os foros de Búzios (RJ) e de Lucas do Rio Verde (GO), concorrentemente.
b) O foro de São Paulo (SP).
c) O foro de Salvador (BA).
d) O foro de Atibaia (SP).
Amigo(a), veja que segundo o artigo 48 da Lei de Ritos, “o foro de domicílio do autor da he-
rança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento
de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para
todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro”.
Nesse conduto de raciocínio, o foro competente será o do domicílio do autor da herança (João
Paulo), o qual era domiciliado em São Paulo.
Letra b.
Segundo o artigo 47 do CPC de 2015: “para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é
competente o foro de situação da coisa. § 1º O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu
ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão,
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A questão pode ser respondida com base nos artigos 58 e 59 do CPC de 2015. Vejamos o que
estabelecem os dispositivos mencionados:
Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, onde serão decidi-
das simultaneamente.
Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.
Letra a.
Veja, segundo o artigo 47, § 2º, do CPC de 2015: “A ação possessória imobiliária será proposta
no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta”. Ademais, dispõe o artigo
64, § 1º, do CPC que: “a incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau
de jurisdição e deve ser declarada de ofício”.
Letra e.
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a) Errada. Segundo o artigo 64, § 2º, do CPC de 2015: “Após manifestação da parte contrária,
o juiz decidirá imediatamente a alegação de incompetência”.
b) Errada. Segundo o artigo 64, § 4º, do CPC de 2015: “Salvo decisão judicial em sentido con-
trário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra
seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente”.
c) Errada. Segundo o artigo 64 do CPC de 2015: “A incompetência, absoluta ou relativa, será
alegada como questão preliminar de contestação”.
d) Certa. Segundo o artigo 63 do CPC de 2015: “As partes podem modificar a competência
em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e
obrigações”.
e) Errada. Segundo o artigo 43 do CPC de 2015: “Determina-se a competência no momento do
registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado
de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou
alterarem a competência absoluta”.
Letra d.
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e) Errada. Segundo o artigo 63, §§ 3º e 4º, do CPC de 2015: “§ 3º Antes da citação, a cláusula
de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a
remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu. § 4º. Citado, incumbe ao réu alegar a
abusividade da cláusula de eleição de foro na contestação, sob pena de preclusão”.
Letra d.
Bem, ilustre companheiro(a) virtual, após essa bateria de exercícios, despeço-me de você
por meio dos mais sinceros agradecimentos pela companhia e confiança! Se você gostou des-
ta aula, deixe seu like, a fim de que avaliemos nosso trabalho. Fique com Deus e até o nosso
próximo encontro. Até lá!
“A vida é uma pedra de amolar: desgasta-nos ou afia-nos, conforme o metal de que so-
mos feitos.”
George Bernard Shaw
Anderson Ferreira
Servidor Público desde 2007, aprovado em diversos concursos públicos, dentre os quais: Professor da
Secretaria de Educação do Distrito Federal; Analista do Tribunal Regional do Trabalho 10ª Região; Agente
de Polícia Civil do Distrito Federal e Escrivão de Polícia Civil do Distrito Federal (cargo ocupado nos tempos
atuais)
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