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DIREITO PROCESSUAL CIVIL

DA AÇÃO, COMPETÊNCIA

Livro Eletrônico
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Da Ação, Competência
Anderson Ferreira

Sumário
Da Ação, Competência. . ..................................................................................................................................................3
Da Ação...................................................................................................................................................................................3
Elementos da Ação..........................................................................................................................................................6
Condições da Ação.. ..........................................................................................................................................................8
Classificação das Ações.. .............................................................................................................................................11
Da Competência...............................................................................................................................................................13
Fixação de Competência.............................................................................................................................................14
Classificação da Competência. . ...............................................................................................................................15
Da Conexão........................................................................................................................................................................26
Continência........................................................................................................................................................................27
Conflito de Competência.. ..........................................................................................................................................32
Da Cooperação Nacional.. ..........................................................................................................................................35
Questões de Concurso................................................................................................................................................37
Gabarito...............................................................................................................................................................................48
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................49

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Da Ação, Competência
Anderson Ferreira

DA AÇÃO, COMPETÊNCIA
Olá, querido aluno(a)! É com grande satisfação e enorme alegria que inicio mais um encon-
tro do nosso curso direcionado ao exame da OAB. Hoje, trataremos acerca da ação, da compe-
tência e da cooperação nacional, então, vamos lá! Vamos começar!

Da Ação
Amigo(a), falarei, doravante, de uma das “vigas” de sustentação do Processo Civil, mais
um elemento da Teoria Estrutural do processo, um instituto fundamental para o Processo Civil,
qual seja: a ação. Alerto a você que esse tema sofreu grandes alterações quando se compara
o Código de 1973 com o de 2015, fato que me fará comentar a temática com base naquilo que
é cobrado nos certames, dado ser esse nosso objetivo.
Bem, a noção de ação foi objeto de diversas teorias e, nesse momento, vou discorrer, de
modo breve, sobre elas.
• Teoria Imanentista: entende que a ação só será exercitada se vinculada ao direito ma-
terial lesado por alguém. Essa teorização foi proposta por Savigny (que tratava também
acerca da teoria subjetiva em direitos reais, visto com mais vagar em Direito Civil). Nes-
sa linha de raciocínio, o direito de ação é direito material em reação a uma agressão.
• Teoria da ação como direito concreto e autônomo: consigna que a ação possui autono-
mia, porém só ocorre quando a sentença é favorável (ideia defendida por Wach, Bülow
e Hellwing). Dito de outro modo, somente será possível o direito de ação quando houver
o direito material.
• Teoria da ação como direito abstrato e dotado de autonomia: pela qual a ação indepen-
de do direito material discutido. Tem-se a premissa de que há direito de ação sem que
haja direito material.
• Teoria eclética: preconizada por Enrico Túlio Liebman (jurista italiano, que foi professor
da Universidade de São Paulo), adotada pelo Código de Buzaid (1973), a qual consigna
que o direito de ação não depende de provimento favorável e não é dependente da exis-
tência do direito material. Essa é a teoria aceita pelo Código de Processo Civil de 2015.
Veja, o autor possui direito a ter sua demanda analisada, mesmo que seja sucumbente
tem direito de ação.

De acordo com a teoria eclética, para a propositura da ação, é necessário o preenchimento


de algumas condições (nos tempos atuais, legitimidade e interesse). Na contemporaneidade,
vale ressaltar que as condições mencionadas são vistas como requisitos para propositura da
ação, essa é a teorização aceita pelo Código de Processo Civil de 2015.
Impende mencionar que existe uma teoria italiana que tem sido defendida por juristas pá-
trios, qual seja: a teoria da asserção ou afirmação (também conhecida por della prospettazio-

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ne). Para essa teoria, o juiz analisará a existência das condições da ação em abstrato, por
meio do relato fático, a ele apresentado, logo no início da marcha processual, na petição
inicial, e verificará se o processo terá andamento. Esse pensamento possui grande expressão
no ordenamento jurídico pátrio e é o posicionamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Ademais, para aqueles que defendem a aludida teoria, as condições da ação serão analisa-
das com estribo naquilo que o autor alega na peça inicial e se for necessário o aprofundamen-
to no conhecimento das condições da ação, o mérito será analisado. Para além do exposto,
ausência de legitimidade/interesse conduzirá à improcedência da ação. Destaco que, quando
faltar ao autor legitimidade e/ou interesse, ocorrerá a denominada “carência da ação”.

Tanto o Código de 1973 como a Codificação de 2015 adotam a teoria Eclética. Já o Superior
Tribunal de Justiça (STJ) adota a teoria da Asserção.

Veja como o assunto foi cobrado!

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001. (FGV/TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO – NOTIFICAÇÕES E ATOS INTIMATÓRIOS/


MPE-RJ/2016) No que se refere à aferição da presença, ou não, das condições para o regular
exercício da ação, a teoria aplicável é:
a) a asserção;
b) a substanciação;
c) a individuação;
d) a causa madura;
e) a concreta do direito de ação.

Amigo(a), veja que a FGV, examinadora responsável por elaborar a prova do exame da ordem,
cobrou o conhecimento acerca da Teoria da Asserção, por meio da qual há aferição das con-
dições da ação no momento da análise de admissibilidade da petição inicial para o regular
exercício da ação.
Letra a.

Bem, de volta ao assunto, o fato é que o direito de ação está encartado na Constituição e é
um direito fundamental, consoante o artigo 5º, inciso XXXV, da Carta Fundante.

Art. 5º [...]
XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;

Então, uma vez que a Carta Política franqueou ao cidadão o direito de ação, todas as vezes
que um indivíduo se sentir lesado em seu direito, poderá acionar o Judiciário, por meio de uma
ação a qual iniciará um processo (instrumento) que provocará esse Poder a dizer o direito, ou
seja, por meio da ação provoca-se a jurisdição.
Esquematicamente, tem-se:

Agora, cumpre destacar que, embora o direito de ação seja incondicionado, é preciso que
algumas condições da ação sejam preenchidas para que haja uma resposta de mérito. Sendo

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assim, caso não haja legitimidade ad causam e o interesse de agir (assunto que será tratado
logo mais), o pedido não será examinado pelo Juiz, porquanto a ação será carente.

Elementos da Ação
Bem, quando uma demanda é proposta, é necessário que três elementos (indispensáveis)
estejam presentes, quais sejam:
Partes: autor (aquele que alega ter sofrido ou estar na iminência de sofrer um dano, o de-
mandante); réu (aquele contra quem a demanda é proposta, quem, supostamente, em tese, em
abstrato, lesou o direito do autor, o demandado). Ambos são parciais, pois têm interesse em
não sucumbir diante da demanda. Então, temos:

Causa de pedir: se caracteriza pela conjugação dos fatos (o que ocorreu) com os funda-
mentos jurídicos (o direito lesado). A título ilustrativo, seria o caso de um abalroamento entre
veículos causado por um motorista descuidado (fato), que gera uma responsabilidade civil
extracontratual de reparação de danos, lastreada no artigo 927 combinado com o 186, ambos
do Código Civil (fundamentos jurídicos).
Pedido: Caracterizado pelo motivo da demanda, pelo bem jurídico desejado. Como, por
exemplo, o conserto do automóvel em uma colisão advinda de um motorista descuidado, ou o
pagamento de alimentos gravídicos. Esse pedido pode ser classificado como imediato (é aqui-
lo que o autor intenta com a petição inicial, o que deseja, como o reconhecimento e declaração
da paternidade) e mediato (bem da vida pretendido, a inclusão do nome do pai nos registros
civis, por exemplo). Ressalto que o pedido deve ser certo e determinado, isto é, preciso na
quantidade, na individualização. Entretanto, admite-se pedido genérico (sem a aludida preci-
são) quando não for possível precisá-lo na inicial, como no caso de um acidente de trânsito

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em que a parte sabe que houve o dano, mas ainda não conhece a extensão pecuniária dele,
porquanto haverá gastos com cirurgia futura, fisioterapia, entre outras medidas terapêuticas.
Os elementos mencionados são de extrema importância para constituição do processo e
a ausência do pedido, da causa de pedir ou pedido indeterminado (ressalvada a possibilidade
de pedido genérico) conduzem à inépcia – falta de aptidão – da inicial, a qual será extinta sem
julgamento de mérito, consoante o artigo 485, I, da Lei de Ritos.

Art. 330. A petição inicial será indeferida quando:


I – for inepta;
[...]
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
I – indeferir a petição inicial.

Ok, então, para organizar o que foi exposto, temos o seguinte:

Então, os elementos da ação (PCP) são:


• Partes;
• Causa de Pedir;
• Pedido.

Segundo o artigo 337, § 2º, do Novo Código de Processo Civil, uma ação será idêntica a outra
quando possuir as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido, isto é, possuir
os mesmos elementos da ação.

002. (FGV/OFICIAL DA INFÂNCIA E JUVENTUDE/TJ-SC/2018) São elementos da ação:


a) partes, juiz e demanda;
b) juiz, processo e demanda;
c) jurisdição, processo e pedido;
d) partes, pedido e causa de pedir;
e) jurisdição, causa de pedir e partes.

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Como vimos acima, são elementos da ação as partes, a causa de pedir e o pedido.
Letra d.

003. (FGV/TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO – NOTIFICAÇÕES E ATOS INTIMATÓRIOS/


MPE-RJ/2016) São elementos identificadores da ação:
a) juízo, partes e pedido;
b) juízo competente, causa de pedir e demanda;
c) partes, causa de pedir e pedido;
d) partes, interesse processual e pedido;
e) causa de pedir, legitimidade e demanda.

Pode-se dizer que são elementos identificadores da ação as partes, a causa de pedir e o pedido.
Letra c.

Condições da Ação
Bem, amigo(a), quando a parte peticiona ao Poder Judiciário, ou seja, postula em juízo, é
necessário que ela demonstre que tem legitimidade e interesse em peticionar. Esse binômio
encontra sustentação no artigo 17 do NCPC.

Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.

É preciso verificar a legitimidade e o interesse de agir em qualquer postulação, inclusive no


recurso, na reconvenção, na alegação de impedimento, em uma impugnação do perito etc.

A legitimação, legitimatio ad causam, significa ser parte legítima para propor uma ação, e
ela se divide em legitimação ordinária e extraordinária. Inclusive, pela Teoria Eclética, as con-
dições da ação é que permitem o julgamento de mérito e, na via reversa de pensamento, caso
não estejam presentes, o mérito não será analisado.
Legitimação ordinária: ocorre quando o litigante atua em nome próprio, titularizando direi-
to próprio. É o caso do dono de um veículo cujo patrimônio foi danificado por colisão, o qual
resolve ingressar como autor em ação de reparação de danos.
Legitimação extraordinária: ocorre quando se defende direito alheio em nome próprio, por
exemplo, quando um condômino resolve defender sua fração em juízo, mas acaba por prote-
ger, também, a fração dos demais condôminos em razão de buscar preservar o objeto como
um todo. Nesse caso, haverá substituição processual.

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Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo or-

denamento jurídico.

Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substituído poderá intervir como assistente

litisconsorcial.

O parágrafo único estabelece que aquele que foi substituído poderá intervir na relação
como assistente litisconsorcial, pois possui interesse jurídico na demanda, porquanto será
afetado com a decisão judicial proferida.
Além da legitimação, é necessário demonstrar o interesse de agir, ou seja, a demanda deve
ser útil, necessária e adequada, ou seja, isso deve ser evidenciado ao Poder Judiciário. Então,
esquematicamente, o interesse de agir é demostrado quando houver:
• Utilidade (há, na doutrina, entendimento de que a utilidade é absorvida pela adequação);
• Necessidade;
• Adequação.

Chamo sua atenção de para o fato de que a LEGITIMIDADE e INTERESSE não podem estar
ausentes, pois, caso não estejam presentes, o processo será extinto SEM JULGAMENTO DE
MÉRITO, porquanto a petição inicial será INDEFERIDA.

Art. 330. A petição inicial será indeferida quando:

[...]

II – a parte for manifestamente ilegítima;

III – o autor carecer de interesse processual;

[...]

Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:

[...]

VI – verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual.

O Código de 1973 trazia como condição da ação um terceiro elemento, a possibilidade jurí-
dica do pedido, por meio da qual o juiz avaliava a compatibilidade do pleito com o ordenamen-
to jurídico. Porém, ao examinar essa compatibilidade, o Magistrado, forçosamente, analisava
o mérito da demanda e não um requisito para propositura, motivo pelo qual esse elemento foi
deslocado para a análise do mérito, uma vez que esse é um primado do Novo Código. Sendo
assim, as condições da ação são: LEGITIMIDADE E INTERESSE DE AGIR.

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O PULO DO GATO

Elementos identificadores
Condições genéricas da ação
da ação

Legitimidade ad causam Partes

Interesse Causa de pedir

------------------------------------------------ Pedido

Quanto à possibilidade jurídica do pedido, o Novo Código nem trata mais dela. A possibilidade
jurídica do pedido é um problema de mérito e quando o juiz entende que o pedido é juridica-
mente impossível, está rejeitando o pedido.

004. (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/TRF – 1ª REGIÃO/2017) A


respeito de aspectos relativos à ação, julgue o item a seguir.
Integram as condições da ação o interesse de agir e a legitimidade ad causam.

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O questionamento acima se alinha com o que estatui a artigo 17 do NCPC, ao consignar que,
para postular em juízo, é necessário o interesse e a legitimidade. Sendo assim, a legitimidade
ad causam e o interesse de agir são condições da ação.
Certo.

005. (FGV/TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO – NOTIFICAÇÕES E ATOS INTIMATÓRIOS/


MPE-RJ/2016) São condições para o regular exercício da ação:
a) legitimidade ad causam e demanda regularmente formulada;
b) interesse de agir e competência do juízo;
c) legitimidade ad processum e possibilidade jurídica do pedido;
d) possibilidade jurídica do pedido e competência do juízo;
e) legitimidade ad causam e interesse de agir.

Segundo o artigo 17 do Código de Processo Civil de 2015: “Para postular em juízo é necessário
ter interesse e legitimidade”.
Letra e.

Classificação das Ações


Em arremate a esse tema, tratarei acerca da classificação das ações no que se refere ao
tipo de atividade que o juiz exerce quando provocado. Veja, em nossa sociedade, há diversos
tipos de problemas. Sendo assim, se alguém objetiva que o magistrado profira uma sentença
em virtude de uma colisão entre veículos porque o condutor culpado pelo acidente não pagou
pelos danos causados, poderá ajuizar uma ação de conhecimento (cognitiva), a fim de que o
juiz examine os fatos e decida se o autor tem ou não razão. Em outra situação, caso alguém
possua um título executivo extrajudicial (como um cheque, por exemplo) que não foi pago, po-
derá se valer da ação de execução, por meio da qual vai pleitear providências, a fim de que haja
o adimplemento, o pagamento da dívida. Diante do exposto, pode-se dizer que, quanto ao tipo
de atividade exercida pelo juiz, tem-se as ações de conhecimento e de execução.
Para além do exposto, pode-se classificar as ações de conhecimento com base no tipo de
tutela cognitiva pretendida. Nesse sentido, as ações podem ser:
• Declaratórias: o Código consigna que o autor poderá, na ação, limitar-se à declaração
de existência ou inexistência de uma relação jurídica, como, por exemplo, o caso de um
filho que deseja ser reconhecido pelo pai. Perceba que, por meio da ação declaratória,
busca-se espancar incertezas acerca da situação jurídica.

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Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração:
I – da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica;
II – da autenticidade ou da falsidade de documento.
Art. 20. É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha ocorrido a violação do direito.
• Constitutiva: a tutela constitutiva objetiva criar, modificar ou extinguir uma determinada
relação jurídica, como no caso da ação de divórcio em que se busca extinguir o vínculo
conjugal.
• Condenatória: busca-se a formação de um título executivo judicial, por meio do qual é
possível que se utilize de meios executivos, a fim de que a obrigação seja cumprida. À
guisa de exemplo, tem-se a ação de indenização por perdas e danos.

Além do exposto, cumpre destacar que há entendimento no sentido que existem, também,
a tutela mandamental (em que o juiz ordena medidas para que haja a satisfação do direito)
e executiva lato sensu, na qual a sentença é cumprida sem a necessidade da fase executiva,
como em uma ação possessória. No entanto, essa classificação é criticada, pois existe posi-
ção de que as tutelas mencionadas são subtipos de ações condenatórias.
Ainda no que se refere à classificação das ações, pode-se classificar a ação: em real (quan-
do a demanda está estribada em direito real, por exemplo, propriedade) e pessoal (com estribo
em direito pessoal, como no caso de uma ação de cobrança).

006. (IADES/FUNDAÇÃO HEMOCENTRO DE BRASÍLIA – DF/2017) Em relação a jurisdição e


ação, assinale a alternativa correta.
a) A ação meramente declaratória é admissível, salvo na ocorrência de violação do direito.
b) Para postular em juízo, é necessário ter interesse, legitimidade e possibilidade jurídica do
pedido, sob pena de não apreciação do mérito da causa pelo órgão jurisdicional.
c) O cancelamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a maioridade não está sujeito a
decisão judicial, ainda que nos próprios autos.
d) O interesse do autor pode limitar-se à declaração da existência, da inexistência ou do modo
de ser de uma relação jurídica, assim como da autenticidade ou da falsidade de documento.
e) Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, mesmo quando autorizado pelo
ordenamento jurídico.

Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração:


I – da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica;
II – da autenticidade ou da falsidade de documento.
Art. 20. É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha ocorrido a violação do direito.
Letra d.

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Da Competência
Amigo(a), em linhas gerais, ser competente significa ser capaz de apreciar algo, decidir
acerca de algum fato e, em nossa análise jurídica, podermos conceituar competência como o
poder conferido ao magistrado para aplicar o direito ao caso concreto.
Comentei que a jurisdição é o poder dever do Estado de dizer, aplicar o direito ao caso con-
creto. Sabe-se que a jurisdição é uma só, isto é, o poder de dizer o direito é exclusivo do Estado,
uno, indivisível.
Ocorre que esse poder jurisdicional é “fatiado” entre diversos juízes e tribunais, os quais
se tornam competentes para proferir uma determinada decisão relativa à matéria controverti-
da, à determinada pessoa, a uma determinada porção territorial. Nesse conduto de raciocínio,
suponhamos que um casal – em uma discussão – esteja em um restaurante um deles emita
um grito alto perguntando se há um juiz naquele local para desfazer o relacionamento de anos.
Imagine que, nesse cenário, um magistrado se levante e diga que conquanto atue na área cri-
minal, desfará o enlace... Calma! Por mais que a insigne autoridade tenha jurisdição, não po-
derá atuar na situação transcrita por faltar-lhe competência relativa à aludida relação familiar.

Art. 42. As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua competência,
ressalvado às partes o direito de instituir juízo arbitral, na forma da lei.

Por isso, diz-se que a competência é a medida da jurisdição, ou seja, a parcela de poder de-
cisório conferido ao magistrado pelo Estado (conceito tradicional). Agora, nos tempos atuais,
conceitua-se a competência como a limitação ao exercício legítimo da jurisdição.
Prezado(a), você já ouviu falar no princípio da KompetenzKompetenz?
Eita, professor! Lá vem você com esses termos! Rs. Veja, pelo princípio da KompetenzKom-
petenz, o juízo terá competência para se declarar incompetente.
Segundo o grande professor Elpídio Donizetti, com a clareza que lhe é peculiar: “De origem
alemã, é o princípio segundo o qual todo juiz tem competência para apreciar pelo menos a
própria (in)competência do órgão jurisdicional o qual ele integra. Isto é, por mais incompetente
que seja, terá competência para se dizer incompetente” (Curso Didático de Direito Processual
Civil, Elpídio Donizetti. 22. ed. São Paulo: Atlas, 2019. p. 188).
Tá bom! Mas onde estão reguladas essas regras de competência? Bem, querido(a), as
fontes legislativas acerca da competência estão encartadas de forma pulverizada em nosso
ordenamento e são encontradas na Constituição da República (artigo 92); no nosso glorioso
Código de Processo Civil; nas leis de organização judiciárias dos Estados da Federação, legis-
lações específicas e nos regimentos internos dos tribunais.

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Art. 44. Obedecidos os limites estabelecidos pela Constituição Federal, a competência é determi-
nada pelas normas previstas neste Código ou em legislação especial, pelas normas de organização
judiciária e, ainda, no que couber, pelas constituições dos Estados.

Fixação de Competência
Quando alguém resolve propor uma ação perante o Judiciário, em regra, o faz por uma
petição escrita, a qual será registrada (quando há apenas um juiz na localidade e chamo sua
atenção para o fato de que todos os processos estão sujeitos a registro) ou distribuída, por
sorteio ou distribuição eletrônica (quando há mais juízes competentes para atuar no local), de
forma alternada aleatória e igualitária.
Após o registro ou distribuição, será estabelecida a competência, ou seja, define-se o ór-
gão que cuidará da demanda e ocorrerá a chamada perpetuatio jurisdictionis, em verdade
perpetuação de competência, porquanto ela será exercida no local onde foi fixada e não será
modificada, por estado de fato (por exemplo, quando o litigante muda de domicílio, mesmo as-
sim a demanda continuará no local onde fora proposta) ou de direito ocorridas posteriormente
(regras jurídicas).

Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial,


sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo
quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.

Ok, a regra é a não alteração de competência. Porém, tenhamos cuidado com os conceitos
absolutos! Pois há exceções à regra da perpetuatio jurisdictionis.
Veja bem, ocorrerá modificação da competência quando órgão jurisdicional for extinto.
Isso ocorreu quando os Tribunais Federais de Alçada (TFA) foram extintos e, por conseguinte,
as ações existentes por lá se deslocaram para outras cortes.
Também haverá modificação de competência quando ocorrer mudança de competên-
cia absoluta, em matéria de ordem pública. Isso ocorreu quando a Emenda Constitucional n.
45/2004 deslocou a competência para homologar sentença estrangeira do Supremo Tribunal
Federal (STF) para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), ou seja, houve deslocamento dos pro-
cessos em curso.

Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial,


sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo
quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.

Critérios para Determinação ou Fixação de Competência

Estimado(a) leitor(a), pode-se dizer que a competência será fixada em razão:


• da matéria;

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• da função ou hierarquia;
• das pessoas envolvidas;
• do território;
• do valor da causa.

Classificação da Competência
A competência se divide em:
ABSOLUTA – Competência afeta a matérias de ordem pública, o que significa dizer que o
juiz poderá reconhecê-las de ofício, ou seja, sem provocação das partes, a qualquer tempo e
em qualquer grau de jurisdição (1º e 2º graus). São causas que transpassam o interesse das
partes, isto é, são de interesse público, uma vez verificada a incompetência absoluta do juiz ou
do tribunal. O réu deve alegá-la em preliminar de contestação (peça destinada a contestar as
alegações constantes na petição inicial do autor).
São matérias de competência absoluta:
• em razão da matéria;
• em razão da hierarquia/competência funcional;
• em razão das pessoas.

RELATIVA – Aqui, as matérias possuem relação com interesses privados, ou seja, se a


parte não suscitar a incompetência, esta será prorrogada, de modo que, mesmo diante da
incompetência relativa, o juiz continuará a apreciar a demanda, com o objetivo de julgar a
ação. Em regra, são relativas as competências territoriais e em razão do valor da causa, mas
há exceções. Havendo interesse público as competências definidas pelos critérios territorial
e valorativo podem ser absolutas, por exemplo: possessória imobiliária e juizados especiais
federais (causas até 60 salários-mínimos).
O momento oportuno para alegar a incompetência do magistrado será em preliminar da
contestação, pois, caso não seja alegada, opera-se a preclusão (ou seja, perde-se a possibi-
lidade por não ter se manifestado em momento oportuno, porquanto o Direito não beneficia
quem dorme).
Chamo sua atenção para o fato de que a prorrogação de competência ocorrerá, apenas e
tão somente, no que se refere à competência relativa, pois na absoluta o Juiz será incompe-
tente para o julgamento da ação e não há de se falar em prorrogação.

Competência em Razão da Matéria (Ratione Materiae)

Quando se fala em competência em razão da matéria, está-se diante de uma fixação re-
lativa à causa de pedir (fatos e fundamentos jurídicos), ou seja, o tema da contenda, a trama

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Da Ação, Competência
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discutida. Ora, se Maria resolve se separar de Pepe Nouglas não vai propor a ação na Justiça
Eleitoral! Não, não! Vai ajuizar a demanda na vara de família.
Então, pode-se dizer que a competência em razão da matéria se relaciona com a problemá-
tica levada ao Estado-Juiz e depende do assunto a ser tratado e, com base nele, propõe-se a
ação na Justiça Comum, Trabalhista, Eleitoral ou Militar, enfim, leva-se em conta a história das
partes. A título de exemplo, seria o caso de um contrato celebrado entre a União e um organis-
mo internacional. Esse critério é de competência absoluta.

Competência em Razão da Hierarquia ou Funcional

Estimado(a) leitor(a), os órgãos do Poder Judiciário possuem uma cadeia escalar, muito
estudada no famoso organograma do Poder Judiciário. O fato é que os órgãos são escalona-
dos no que se refere ao critério hierárquico.

Bem, amigo(a) do Gran Cursos Online, o primeiro grau de jurisdição tem, em regra, compe-
tência originária, o que significa dizer que normalmente as demandas (a esmagadora maioria)
são levadas aos que lá atuam.
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Da Ação, Competência
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Todavia, pelo princípio implícito da Carta fundante todos os jurisdicionados têm direito ao
duplo grau de jurisdição e, em regra, as revisões e recursos são levados ao segundo grau, tribu-
nais, tribunais superiores e Supremo Tribunal Federal.
Professor, lá vem você com essa história de regra... então, temos exceção, não é? A res-
posta é sim, prezado(a), existem ações que devem, originariamente, ser julgadas em segundo
grau, como ações de competência originária. Saliento que essa é uma competência absoluta.

Competência em Razão da Pessoa (Intuito Personae)

Esse é um critério que fixa a competência para o julgamento da causa com base na função
exercida por quem estará no polo passivo ou ativo da demanda.
O Código de Processo Civil estabelece que, quando houver uma demanda relacionada ao
artigo 109 da Constituição, ou seja, figurarem no processo a União, empresas públicas fede-
rais, fundações públicas federais, autarquias federais, o processamento dessa ação será pe-
rante a Justiça Federal, a qual declinará da competência, caso o ente político ou as instituições
mencionadas não façam mais parte da demanda.

Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:


I – as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas
na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de
trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;

Veja o que estabelece o Novo CPC:

Art. 45. Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal com-
petente se nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações, ou
conselho de fiscalização de atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro intervenien-
te, exceto as ações:

Agora, chamo sua atenção para o fato de que, mesmo em situações de demanda envol-
vendo União, empresas públicas Federais, fundações públicas federais, autarquias federais,
conselhos profissionais, o Código de Processo Civil estabelece casos os quais não serão da
alçada da justiça federal, ou seja, serão remetidos à vara competente a qual atuará por força
de ressalva feita pela lei, como nos casos de recuperação judicial e falência (que correm no
juízo que trate a matéria por via atrativa), insolvência civil, acidente de trabalho e sujeitas à
justiça do trabalho e eleitoral, consoante consigna a Lei de Ritos.

Art. 45. Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal com-
petente se nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações, ou
conselho de fiscalização de atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro intervenien-
te, exceto as ações:

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Da Ação, Competência
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I – de recuperação judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho;
II – sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho.
§ 1º Os autos não serão remetidos se houver pedido cuja apreciação seja de competência do juízo
perante o qual foi proposta a ação.

Veja, o juiz deve julgar os pedidos para os quais é competente, não aqueles para os quais
é incompetente.

§ 2º Na hipótese do § 1º, o juiz, ao não admitir a cumulação de pedidos em razão da incompetência


para apreciar qualquer deles, não examinará o mérito daquele em que exista interesse da União, de
suas entidades autárquicas ou de suas empresas públicas.
§ 3º O juízo federal restituirá os autos ao juízo estadual sem suscitar conflito se o ente federal cuja
presença ensejou a remessa for excluído do processo.

Veja que interessante!


Consoante a Súmula 224 do STJ: “Excluído do feito o ente federal, cuja presença levara o
Juiz Estadual a declinar da competência, deve o Juiz Federal restituir os autos e não suscitar
conflito”.
Essa competência também é absoluta, amigo(a), e a partir de agora comentarei acerca das
competências que, em regra, são relativas. Vamos às duas hipóteses.

Critério Relativo ao Valor da Causa

Amigo(a), quando o estudante de Direito começa a aprender a fazer as petições iniciais


na academia com todas as formalidades inerentes à peça vestibular, deve calcular o valor da
causa e aprende, mesmo diante do cuidado com conceitos absolutos, que toda causa deve ter
um valor. Por exemplo: se Pepe Nouglas for demandado na Justiça em uma ação de alimen-
tos para seu filho, a petição deve indicar a quantia a ser desembolsada por Pepe no valor total
parcelado em doze meses.
Ora, quando se fala do valor da causa, estabelece-se um critério de fixação de competên-
cia. Lembra-se de que comentei, linhas acima, sobre as legislações que regulam a fixação de
competência? Disse a você que incidem sobre o tema ora tratado dispositivos legais dispostos
na Constituição Federal, Código de Processo Civil, Leis de Organização Judiciárias, enfim, em
legislações espraiadas pelo ordenamento jurídico.
Nesse momento chamo sua atenção para causas que fixam competência em razão do
valor pedido. É o caso de demandas no valor de até 40 (quarenta salários-mínimos). Bem, até
essa quantia o autor poderá propor a ação nos Juizados Especiais Cíveis dos Estados (com a
aplicação da Lei n. 9.099/1995) e ter o processo regulado pelas características a ele inerentes,
tais como: celeridade, eficiência, simplicidade, informalismo e oralidade.

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Da Ação, Competência
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Porém, embora o jurisdicionado possa utilizar-se dos Juizados Especiais Cíveis dos Esta-
dos, poderá valer-se de uma ação com procedimento comum, proposta na Justiça Comum,
para pleitear a reparação de um direito lesionado, ou seja, não é obrigado a ingressar na justiça
regulada pela Lei n. 9.099/1995.
Agora, vale ressaltar que o autor da ação pode ajuizá-la em causas cujo valor esteja acima
do teto admitido pelos Juizados Especiais. Porém, só poderá pleitear os 40 (quarenta salários-
-mínimos) e, com isso, abrir mão do valor acima do limite estabelecido.
Diante do exposto, temos que o critério relativo ao valor da causa é de competência relati-
va. Contudo, estimado(a) leitor(a), essa regra comporta exceções.
Além dos juizados especiais dos estados, temos os Juizados Especiais Federais (regula-
dos pela Lei n. 10.259/2001, aplicável às causas no âmbito da Justiça Federal) e os Juizados
Especiais de Fazenda Pública (os quais julgam demandas contra Estados, Distrito Federal,
Territórios e Municípios, regulados pela Lei n. 12.153/2009). Para ingressar nos dois juizados
citados nesse parágrafo, a causa deve ser de no máximo 60 (sessenta salários-mínimos) e a
fixação de competência será absoluta. Perceba que, nos casos acima, há uma especificidade
em relação à matéria tratada.

Critério de Fixação de Competência Territorial

Analisaremos o último critério de fixação de competência, a territorial. Quando se fala de


competência territorial, está-se diante do local adequado para demandar. Nesse assunto, o Có-
digo estabelece uma série de regras de fixação territorial onde o processo cumprirá sua marcha.
O artigo 46 do Código traz a regra para propositura das ações em casos fundados em di-
reito pessoal e real sobre bens móveis (aqueles bens que podem ser separados sem alteração
do conteúdo) a ação será proposta, em regra, no domicílio do réu (que advém de uma ideia
clássica mundial no sentido de que o réu se defende em casa).
Ressalto que, quando o réu tiver vários domicílios, o autor poderá escolher qualquer um
deles. Se o demandado não tiver domicílio certo ou este for ignorado, pode ser acionado no
local onde se encontrar ou no domicílio do autor. Se o réu não for domiciliado ou residente no
Brasil, a ação será proposta no domicílio do autor (que acaso resida fora do território nacio-
nal, poderá a ação em qualquer foro) e quando ocorrer litisconsórcio (mais de um réu no polo
passivo da demanda), o autor poderá escolher o domicílio de qualquer deles na propositura
da ação. Além do exposto, a execução fiscal será proposta no foro do domicílio do réu, no da
residência dele ou no do lugar onde for encontrado, com base no § 5º do artigo 46.

Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em
regra, no foro de domicílio do réu.
§ 1º Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles.

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Da Ação, Competência
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§ 2º Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for encon-
trado ou no foro de domicílio do autor.
§ 3º Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domi-
cílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro.
§ 4º Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qual-
quer deles, à escolha do autor.
§ 5º A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar
onde for encontrado.

A competência citada é relativa, pois pode ser prorrogada, ou seja, o autor pode propor
uma ação em local diverso do domicílio do réu e se este não se manifestar em preliminar de
contestação no sentido de que o juiz atuante é relativamente incompetente, a ação vai ser pro-
cessada e julgada sem nenhuma nulidade ou alteração de localidade, haja vista ter ocorrido a
preclusão e, com efeito, haverá prorrogação de competência.
Bem, conforme comentado anteriormente, essas são as regras referentes à competência
relativa. Contudo, assim como no valor da causa, há exceções previstas na Lei de Ritos, va-
mos a elas.
Prezado(a), nas ações fundadas em direito real sobre imóveis a competência se dará no
local da situação da coisa (onde o imóvel está situado). Além disso, quando o litígio versar so-
bre direito de propriedade, vizinhança, servidão divisão, demarcação de terras e de nunciação
de obra nova, competente será do juízo de onde o imóvel se situa. Essas regras são absolutas.
Vejamos o que a legislação estatui:

Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da
coisa.
§ 1º O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair
sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação
de obra nova.
§ 2º A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem com-
petência absoluta.

Cumpre destacar que, quando a ação for relativa a inventário, partilha, ações sucessórias,
deverão ser ajuizadas no último domicílio do de cujus, termo utilizado para aquele que faleceu
e transmitiu bens aos herdeiros.

Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a parti-
lha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de
partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido
no estrangeiro.
Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente:
I – o foro de situação dos bens imóveis;
II – havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes;
III – não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.

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007. (FGV/ADVOGADO/FUNSAÚDE – CE/2021) O Código de Processo Civil possui diversas


regras sobre a delimitação da competência. A respeito das regras sobre competência, assinale
a alternativa correta (adaptada).
O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, ainda que
o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.

Segundo o artigo 48 do CPC de 2015: “O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o


competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de últi-
ma vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que
o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro”.
Certo.

Prezado(a) leitor(a), quando houver morte presumida, hipóteses em que a pessoa desa-
parece sem deixar notícia não retorna e não constitui procurador, será competente o juízo do
último domicílio do ausente.

Art. 49. A ação em que o ausente for réu será proposta no foro de seu último domicílio, também
competente para a arrecadação, o inventário, a partilha e o cumprimento de disposições testamen-
tárias.

Outro ponto digno de nota, refere-se ao incapaz, porquanto a ação deverá ser proposta no
foro do assistente ou representante legal de quem apresente essa condição.

Art. 50. A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio de seu representante
ou assistente.

Em causas nas quais a União seja autora, fixar-se-á a competência pelo domicílio do réu ou
se o ente político for demandado, competente será foro do domicílio do autor ou do local do
ato ou fato originador da demanda, bem como no da situação da coisa ou no Distrito Federal.

Art. 51. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autora a União.
Parágrafo único. Se a União for a demandada, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do
autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou no Distrito
Federal.
Art. 52. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autor Estado ou o
Distrito Federal.

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Da Ação, Competência
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Parágrafo único. Se Estado ou o Distrito Federal for o demandado, a ação poderá ser proposta no
foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação
da coisa ou na capital do respectivo ente federado.

Quando o assunto se refere a divórcio, união estável, anulação de casamento, a compe-


tência para conhecer dos fatos será feita da seguinte forma: será do domicílio do guardião
do filho incapaz. Se não houver filho incapaz, leva-se em consideração o último domicílio do
casal. Por fim, domicílio do réu caso nenhuma das partes resida no antigo domicílio do casal.

Art. 53. É competente o foro:


I – para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de
união estável:
a) de domicílio do guardião de filho incapaz;

Veja que interessante!


Caso a guarda seja compartilhada, a regra é no domicílio do réu, porque ambos são
guardiães.

b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz;


c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal;
II – de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos;
d) de domicílio da vítima de violência doméstica e familiar, nos termos da Lei n. 11.340, de 7 de
agosto de 2006 (Lei Maria da Penha); (Incluída pela Lei n. 13.894, de 2019)

#Acompanhe comigo o raciocínio abaixo:


• Investigação de paternidade – regra geral: domicílio do réu.
• Investigação de paternidade + alimentos – domicílio do alimentando.

Nesse sentido, observe o teor da Súmula 1 do STJ: “O foro do domicílio ou da residência


do alimentando é o competente para a ação de investigação de paternidade, quando cumula-
da com a de alimentos”.
Apenas a título de conhecimento, o Código de 1973 estabelecia que, nas situações do
inciso I do artigo 53, seria competente o juízo do domicílio da mulher. Contudo, a nova proces-
sualística que se arvora na Constituição, a qual trata as partes de forma isonômica na contem-
poraneidade e só flexibiliza o local nos casos mencionados.
Bem, gostaria de fazer mais alguns comentários importantes com você, o primeiro versa
sobre as ações fundadas em direito obrigacional, a qual tramitará onde se encontre a agência
ou sucursal da pessoa jurídica a qual contraiu a obrigação. Com relação às pessoas idosas, a
ação será aforada no lugar da residência do idoso quando a causa versar sobre direito previsto
no estatuto a ele aplicável (estatuto do idoso). Em casos de ação de reparação de danos, deve-
rá ser proposta a ação no local do fato. Porém, cuidado com as ações relativas a acidentes de

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Da Ação, Competência
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veículos e aeronaves, porquanto essas ações podem ser propostas tanto no local do sinistro
quanto no domicílio do autor da demanda. Vejamos o que a legislação consigna quanto ao
lugar da fixação da competência.

III – do lugar:
a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa jurídica;
b) onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que a pessoa jurídica contraiu;
c) onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré sociedade ou associação sem personali-
dade jurídica;
d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o cumprimento;
e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo estatuto;
f) da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação de dano por ato praticado
em razão do ofício;
IV – do lugar do ato ou fato para a ação:
a) de reparação de dano;
b) em que for réu administrador ou gestor de negócios alheios;
V – de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de
delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves.

Feitas as considerações acima, vamos esquematizar o que foi visto até esse ponto da aula,
veja comigo:

Ação Competência

Fundadas em direito pessoal e real


Domicílio do réu (em regra)
sobre bens móveis.

Do foro da situação da coisa (Art. 47). A


Fundadas em direito real sobre imóveis
COMPETÊNCIA É ABSOLUTA! (fique
e possessórias imobiliária
atento(a)!)

Foro do domicílio do autor da herança, no


Brasil. Se o autor da herança não possuía
Inventário, partilha, arrecadação de
domicílio certo, é competente: I – o foro
bens, disposições de última vontade,
de situação dos bens imóveis; II – havendo
impugnação ou anulação de partilha
bens imóveis em foros diferentes, qualquer
extrajudicial e para ações em que o
destes; III – não havendo bens imóveis,
espólio for réu, ainda que o óbito tenha
o foro do local de qualquer dos bens do
ocorrido no estrangeiro.
espólio. (art. 48).

Domicílio do réu (investigação de


Alimentos paternidade) e domicílio do alimentando
(investigação de paternidade + alimentos).

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Da Ação, Competência
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Ação Competência

a) Domicílio do guardião de filho incapaz;


b) do último domicílio do casal, caso não
haja filho incapaz; c) de domicílio do réu,
Separação, divórcio, anulação de se nenhuma das partes residir no antigo
casamento e relativas à União Estável domicílio do casal; d) de domicílio da vítima
(reconhecimento ou dissolução). de violência doméstica e familiar, nos termos
da Lei n. 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei
Maria da Penha); (Incluída pela Lei n. 13.894,
de 2019) (Art. 53, a, b, c e d).

Verse sobre direito previsto no


Da residência da pessoa idosa (art. 53, III, e).
Estatuto do idoso

Reparação de dano sofrido em razão de


Domicílio do autor ou do local do fato (art.
delito ou acidente de veículo, inclusive
53, IV).
aeronaves.

Ausente for réu Foro do seu último domicílio (art. 49)

Foro do domicílio do seu representante ou


Incapaz for réu
assistente (art. 50).

Domicílio do réu (se a União for autora).


Porém, se a União for demanda (ré), poderá
Causas em que figurar com autora ou ré ser no foro do domicílio do autor, no de
a União. ocorrência do ato ou fato que originou a
demanda, no de situação da coisa ou no
Distrito Federal. (Art. 51, parágrafo único).

Domicílio do réu (autor Estado ou DF).


Porém, se forem demandados, poderá ser no
Causas em que figurar como autor ou foro do domicílio do autor, no de ocorrência
réu Estado ou Distrito Federal. do ato ou fato que originou a demanda, no de
situação da coisa ou na capital do respectivo
ente federado (art. 52, parágrafo único).

Art. 53. É competente o foro [...]


IV – do lugar do ato ou fato para a ação:
a) de reparação de dano;
Reparação do dano
b) em que for réu administrador ou gestor de
negócios alheios;

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Da Ação, Competência
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Consoante comentário acima, a Lei n. 13.894, publicada em 29/10/2019, trouxe a seguinte no-
vidade: nos tempos atuais, se for o caso de violência doméstica e familiar, a competência é do
foro de domicílio da vítima nas ações de divórcio separação judicial, anulação de casamento
e reconhecimento da união estável a ser dissolvida. Além disso, há previsão da participação
do Ministério Público, como fiscal da ordem jurídica, nas ações de família, o que altera o artigo
698 da Lei de Ritos. Por fim, a legislação supracitada também altera o artigo 1.048 do NCPC,
porquanto prevê prioridade de tramitação quando figure como parte a vítima de violência do-
méstica e familiar. Essa alteração legislativa repercute tanto no NCPC quanto na 11.340/2006
(Lei Maria da Penha).

Art. 2º A Lei n. 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), passa a vigorar com as
seguintes alterações:
“Art. 53...................................................................................................................
I – d) de domicílio da vítima de violência doméstica e familiar, nos termos da Lei n. 11.340, de 7 de
agosto de 2006 (Lei Maria da Penha);
.................................................................................................................................” (NR)
“Art. 698..................................................................................................................
Parágrafo único. O Ministério Público intervirá, quando não for parte, nas ações de família em que
figure como parte vítima de violência doméstica e familiar, nos termos da Lei n. 11.340, de 7 de
agosto de 2006 (Lei Maria da Penha).” (NR)
[...]
“Art. 1.048..................................................................................................................
...........................................................................................................................................
III – em que figure como parte a vítima de violência doméstica e familiar, nos termos da Lei n.
11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha).

008. (FGV/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA/TRT – 12ª REGIÃO (SC)/2017) Jo-


aquim, que reside em Minas Gerais, pretende ajuizar uma ação postulando a reparação de
danos causados por uma empresa construtora, com sede localizada na cidade de São Paulo.
Considerando que o ato causador do dano ocorreu na cidade de Florianópolis, para a proposi-
tura dessa ação o foro competente é o:
a) do domicílio do autor;
b) do lugar da sede da empresa;
c) do lugar do fato ou ato;
d) do domicílio do autor ou do lugar da sede da empresa;
e) do domicílio do autor, do lugar da sede da empresa, ou do lugar do fato ou ato.

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Veja que o artigo 53, IV, a, estabelece a competência do foro nos seguintes termos:

Art. 53. É competente o foro:


[...]
IV – do lugar do ato ou fato para a ação:
de reparação de dano;
Letra c.

Causas Modificativas de Competência

Vamos analisar dois institutos jurídicos que alteram a competência RELATIVA, a qual se
modificará caso ocorra conexão ou continência.

Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, observado o
disposto nesta Seção.

Da Conexão
Conexão significa ligação, relação de dependência. Então, diz-se que uma causa é conexa
quando 2 (duas) ou mais ações tiverem em comum a mesma causa de pedir (fatos e funda-
mentos jurídicos) OU o mesmo pedido (imediato, obrigação de dar, fazer e não fazer e mediato,
o motivo da contenda, o bem pretendido).

Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa
de pedir.
§ 1º Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já
houver sido sentenciado.

Nesse conduto de raciocínio, veja o que estabelece a Súmula 235 do STJ: “A conexão não
determina a reunião de processos, se um deles já foi julgado”.

§ 2º Aplica-se o disposto no caput:


I – à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico;
II – às execuções fundadas no mesmo título executivo.

Veja que os processos serão reunidos em um mesmo juízo por manterem uma identidade
relativa aos elementos citados.
Então:

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Da Ação, Competência
Anderson Ferreira

Ok, professor! Mas qual juízo será responsável para julgar as causas, uma vez que duas
ações foram distribuídas a órgãos judicantes diferentes?
Nesse caso, estimado(a), será competente o juiz para quem primeiro tiver sido distribuída
ou registrada a petição inicial, ou seja, será ele o magistrado PREVENTO, porquanto prevenção
define o juízo da causa.

Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, onde serão decidi-
das simultaneamente.
Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.

O PULO DO GATO
Segundo o artigo 59 da Lei de Ritos, o registro ou a distribuição da petição inicial torna preven-
to o juízo.

Essa reunião de processos é muito recomendada, pois traz ao jurisdicionado segurança


jurídica. Imagine uma mesma controvérsia ser julgada de forma diferente... difícil, né? Tanto é
complicado que o próprio parágrafo 3º do artigo 55 permite a reunião de processos para evitar
decisões conflitantes, o que não depende de conexão ou continência, vejamos:

§ 3º Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de
decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre
eles.

Veja que interessante!


O parágrafo acima trata da nova hipótese de conexão, chamada de conexão por preju-
dicialidade.
Chamo sua atenção para o fato de que, em casos de conexão, não será necessária a exis-
tência das mesmas partes.

Continência
A continência ocorrerá quando em 2 (duas) ou mais ações houver as mesmas partes E mes-
ma causa de pedir, de modo que o pedido de uma das ações seja mais amplo que o da outra.

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Da Ação, Competência
Anderson Ferreira
Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às par-
tes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.

A título ilustrativo, imagine uma ação de paternidade cumulada com a prestação de ali-
mentos em um juízo em desfavor de Pepe Nouglas (ora réu). No entanto, suponha que Pepe
já tenha ingressado com uma ação, que verse sobre a paternidade de Pepinho. Perceba que
temos as mesmas partes e causa de pedir, mas como o pedido da primeira (paternidade +
prestação de alimentos) é mais amplo do que o da segunda (paternidade), haverá continência
e o juiz responsável pela ação com pedidos cumulados deverá reunir os processos a fim de
proferir a sentença.
Então:

Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no pro-
cesso relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as
ações serão necessariamente reunidas.

Nem sempre a continência vai gerar reunião dos processos. A continência só gerará a reunião
dos processos, se a causa maior for ajuizada depois.

Distinto(a) estudante, o Código traz alguns casos relativos à modificação de competência


como em situações de imóveis situados em mais de um estado, comarca e seção ou subseção
judiciária, os quais serão dirimidos pela prevenção. O Código consigna, outrossim, que a ação
acessória será proposta no juízo da principal e estabelece a regra da eleição de foro, caso em
que as partes elegem o local para dirimirem contendas havidas de direitos e obrigações.

Art. 60. Se o imóvel se achar situado em mais de um Estado, comarca, seção ou subseção judiciária,
a competência territorial do juízo prevento estender-se-á sobre a totalidade do imóvel.
Art. 61. A ação acessória será proposta no juízo competente para a ação principal.
Art. 62. A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é inderrogável
por convenção das partes.

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Da Ação, Competência
Anderson Ferreira
Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro
onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
§ 1º A eleição de foro só produz efeito quando constar de instrumento escrito e aludir expressamen-
te a determinado negócio jurídico.
§ 2º O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes.

O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes, consoante o § 2º do artigo 63


da Lei n. 13.105 de 2015.

§ 3º Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício
pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.

Em linhas acima, dissemos que a competência relativa deverá ser alegada pelo réu, em preli-
minar de contestação, e o Juiz não poderá declará-la de ofício. Nesse sentido, veja o que esta-
belece a Súmula 33 do Superior Tribunal de Justiça: “A incompetência relativa não poderá ser
declarada de ofício pelo Juiz”. Porém, o artigo 63 do Código de Processo Civil de 2015 estabe-
lece que, antes da citação, a cláusula de eleição de foro, caso seja abusiva, pode ser reputada
ineficaz de ofício pelo Juiz, o que arrefece o teor da súmula supracitada do Tribunal de Cidada-
nia, porquanto estamos diante de situação singular por meio da qual a incompetência relativa
pode ser reconhecida de ofício pelo juízo, quando houver o reconhecimento da ineficácia de
foro de eleição em razão de ser abusiva. Agora, chamo sua atenção para o fato de que deverá
ser declarada pelo Juiz antes da citação do réu, pois, do contrário, ocorrerá preclusão temporal.

Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro
onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
[...]
§ 3º Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício
pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.

Ademais, em complemento ao raciocínio acostado nos parágrafos acima, uma vez citado
o réu, a ele incumbe alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na contestação, sob
pena de preclusão (artigo 63, § 4º).

§ 4º Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na contestação, sob
pena de preclusão.

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Da Ação, Competência
Anderson Ferreira

009. (FGV/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO – ÁREA JURÍDICA/MPE-AL/2018) Sobre a


competência no Código de Processo Civil, assinale a afirmativa correta.
a) A reunião de ações conexas pode se dar a qualquer tempo, independentemente da prolação
de sentença em algum dos processos.
b) As decisões do juízo absolutamente incompetente são nulas.
c) A cláusula de eleição de foro abusiva pode ser decretada ineficaz de ofício pelo juiz a qual-
quer tempo.
d) Quando houver continência, as ações serão necessariamente reunidas.
e) Serão reunidos, para julgamento conjunto, os processos que possam gerar risco de prolação
de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem cone-
xão entre eles.

a) Errada. Segundo o artigo 55, § 1º, do CPC de 2015: “Os processos de ações conexas serão
reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado”.
b) Errada. Segundo o artigo 64, § 4º, do CPC de 2015: “Salvo decisão judicial em sentido con-
trário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra
seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente”.
c) Errada. Segundo o artigo 63, § 3º, do CPC de 2015: “Antes da citação, a cláusula de eleição
de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa
dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu”.
d) Errada. Segundo o artigo 57 do CPC de 2015: “Quando houver continência e a ação conti-
nente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida
sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas”.
e) Certa. Segundo o artigo 55, § 3º, do CPC de 2015: “Serão reunidos para julgamento conjunto
os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias
caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles”.
Letra e.

010. (IADES/ADVOGADO/BRB/2019) Considere hipoteticamente que o réu tenha assinado


um contrato que contém uma cláusula abusiva de eleição de foro. As partes escolheram a ci-
dade de Brasília (DF) como competente. Dessa forma, diante do inadimplemento da obrigação
por parte do réu, o autor ajuizou a demanda cobrança, pedindo a condenação do réu, mais juros
e correção monetária. Nesse caso, o juiz

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Da Ação, Competência
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a) pode, depois da citação, de ofício, reputar ineficaz a cláusula de eleição de foro.


b) pode, antes da citação, de ofício, reputar ineficaz a cláusula de eleição de foro.
c) deve aguardar inexoravelmente a manifestação do autor para reputar ineficaz a cláusula de
eleição de foro.
d) deve aguardar inexoravelmente a manifestação do réu para reputar ineficaz a cláusula de
eleição de foro.
e) deve aguardar a manifestação do Ministério Público para, somente depois, reputar ineficaz
a cláusula de eleição de foro.

Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro
onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
[...]
§ 3º Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício
pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.
Letra b.

011. (FGV/ANALISTA DE GESTÃO – ADVOGADO/COMPESA/2016) A respeito das disposi-


ções sobre Função Jurisdicional, assinale a afirmativa incorreta.
a) A continência entre duas ou mais ações ocorre quando há identidade quanto às partes e à
causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
b) Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles
já houver sido sentenciado.
c) A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é inderrogável
por convenção das partes.
d) As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro
onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações, mas a cláusula de eleição de foro
não vincula os herdeiros e sucessores.
e) A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.

a) Certa. A assertiva está alinhada ao que estabelece o artigo 56 do CPC de 2015.


b) Certa. A assertiva se alinha ao que estabelece o artigo 55, § 1º, do CPC de 2015.
c) Certa. A assertiva está alinhada ao que estabelece o artigo 62 do CPC de 2015.
d) Errada. Segundo o artigo 63, § 2º, do CPC de 2015: “O foro contratual obriga os herdeiros e
sucessores das partes”.
e) Certa. A assertiva se alinha ao que estabelece o artigo 64 do CPC de 2015.
Letra d.

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Da Ação, Competência
Anderson Ferreira

Conflito de Competência
Amigo(a), fala-se em conflito de competência quando dois ou mais juízes se consideram
competentes para julgar determinada demanda (denominado de conflito positivo), ou quando,
ao contrário, dois ou mais juízes entendem que não têm competência para julgar a demanda
(e mesmo assim possuem competência para se autodeclararem incompetentes), denominado
de conflito negativo.
Há casos em que há dúvida acerca da reunião ou separação dos processos, o que também
é um conflito a ser dirimido.

Art. 66. Há conflito de competência quando:


I – 2 (dois) ou mais juízes se declaram competentes;
II – 2 (dois) ou mais juízes se consideram incompetentes, atribuindo um ao outro a competência;
III – entre 2 (dois) ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de processos.
Parágrafo único. O juiz que não acolher a competência declinada deverá suscitar o conflito, salvo se
a atribuir a outro juízo.

Até agora comentei situações nas quais o Juiz se declara incompetente para julgar a de-
manda. Contudo, há casos em que as partes entendem que o Magistrado não possui com-
petência para o julgamento do litígio e se manifestam com o escopo de retirá-lo da relação
processual.
Bem, caso as partes entendam pela incompetência do magistrado, poderão alegá-la em
preliminar de contestação, sendo ela absoluta ou relativa. Nos tempos atuais, não é necessá-
rio arguir exceção de incompetência por meio de ação autônoma, porque é possível discutir a
matéria por meio de preliminar de contestação.

Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contesta-
ção.

A incompetência relativa e absoluta será alegada em preliminar de contestação, consoante o


Novo Código de Processo Civil.

Agora, chamo a atenção no sentido de que, quando a incompetência for absoluta, poderá
ser alegada em qualquer tempo ou grau de jurisdição.

§ 1º A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser
declarada de ofício.
§ 2º Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de incompe-
tência.
§ 3º Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competen-
te.

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Da Ação, Competência
Anderson Ferreira

§ 4º Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida


pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.

Então, pela leitura do § 4º, percebe-se uma conservação dos atos até então praticados
pelo juízo incompetente para que o juízo competente possa avaliar ao compulsar o feito e
avaliar os autos.
Veja que interessante!
Segundo a Súmula 59 do Tribunal de Cidadania: “não há conflito de competência se já exis-
te sentença com trânsito em julgado, proferida por um dos juízos conflitantes”.

A incompetência absoluta não implica nulidade automática do ato decisório. Preserva-se a


decisão do juiz absolutamente incompetente e cabe ao juiz que assumir o processo decidir o
que fazer com a decisão proferida.

012. (IADES/ADVOGADO/CRN – 3ª REGIÃO (SP E MS)/2019) Considerando as regras de


competência estabelecidas no Código de Processo Civil, assinale a alternativa correta.
a) A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em
regra, no foro de domicílio do autor.
b) Os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente deverão ser conservados até que
outra seja proferida pelo juízo competente, se for o caso, salvo decisão judicial em sentido
contrário.
c) A incompetência relativa deverá ser alegada incidentalmente, por meio de exceção de in-
competência, por instrumento apartado à contestação.
d) Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal com-
petente se nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações,
ou conselho de fiscalização de atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro
interveniente, incluindo as ações de falência e recuperação judicial, acidente de trabalho, insol-
vência civil, bem como as sujeitas à justiça eleitoral e justiça do trabalho.
e) Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial,
sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente,
ainda quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.

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Da Ação, Competência
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a) Errada. Segundo o artigo 46 do NCPC: “A ação fundada em direito pessoal ou em direito real
sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu”.
b) Certa. Segundo o artigo 64, § 4º, do NCPC: “Salvo decisão judicial em sentido contrário,
conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja
proferida, se for o caso, pelo juízo competente”.
c) Errada. Conforme o NCPC, a incompetência será alegada em preliminar de contestação.
d) Errada. Opa! Segundo o artigo 45 do NCPC: “Tramitando o processo perante outro juízo, os
autos serão remetidos ao juízo federal competente se nele intervier a União, suas empresas
públicas, entidades autárquicas e fundações, ou conselho de fiscalização de atividade profis-
sional, na qualidade de parte ou de terceiro interveniente, exceto as ações: I – de recuperação
judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho; II – sujeitas à justiça eleitoral e à jus-
tiça do trabalho”.
e) Errada. Segundo o artigo 43 da Lei n. 13.105, de 2015: “Determina-se a competência no mo-
mento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do
estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciá-
rio ou alterarem a competência absoluta”.
Letra b.

013. (FGV/ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR/TJ-AL/2018) Car-


los, domiciliado na Comarca A, intentou, ali, ação de cobrança de uma obrigação contratual em
face de Pedro, domiciliado na Comarca B.
Por entender que a demanda deveria tramitar no foro onde tem domicílio, Pedro deverá susci-
tar a matéria através de:
a) exceção de incompetência relativa;
b) exceção de incompetência absoluta;
c) preliminar em contestação;
d) reconvenção;
e) nenhuma via, devendo aguardar a apreciação judicial ex officio do tema.

Segundo o artigo 64 da Lei n. 13.105, de 2015: “A incompetência, absoluta ou relativa, será


alegada como questão preliminar de contestação”.
Vale mencionar que o artigo 65 do Código de Processo Civil de 2015 estabelece que a com-
petência relativa será prorrogada caso o réu não a alegue em preliminar de contestação. Para
além do exposto, o parágrafo único do dispositivo supracitado enuncia que a incompetência
relativa pode ser alegada pelo Ministério Público nas causas em que o órgão ministerial atuar.
Letra c.
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014. (FGV/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA/TJ-CE/2019) Menor absolutamente


incapaz, regularmente representado por sua mãe, ajuizou ação em foro relativamente incom-
petente, o que, todavia, deixou de ser arguido pelo réu na primeira oportunidade de que dis-
punha. Todavia, ao ser intimado para atuar no feito, o Ministério Público suscitou o vício de
incompetência, no prazo legal.
Nesse cenário:
a) a incompetência relativa se prorrogará, pois o Ministério Público não pode suscitá-la;
b) a incompetência relativa pode ser arguida pelo réu a qualquer tempo e grau de jurisdição;
c) caso a arguição de incompetência relativa seja acolhida, o processo deverá ser extinto sem
resolução do mérito;
d) o juiz da causa pode pronunciar de ofício a incompetência relativa, remetendo os autos ao
juízo competente;
e) a incompetência relativa pode ser arguida pelo Ministério Público, nas causas em que atuar.

Segundo o artigo 65 do CPC de 2015: “Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não ale-
gar a incompetência em preliminar de contestação. Parágrafo único. A incompetência relativa
pode ser alegada pelo Ministério Público nas causas em que atuar”.
Letra a.

Da Cooperação Nacional
Bem, estamos encerrando nosso conteúdo de hoje, mas, para isso, preciso comentar acerca
da cooperação nacional. Veja, a cooperação é uma norma fundamental do sistema processual
no qual estamos inseridos. Se é assim, todos os tribunais, independente da esfera (federal ou
estadual) e instância (1ª, 2ª e tribunais superiores) devem cooperar, por meio de Juízes e ser-
vidores e, com efeito, por meio de auxílio mútuo, tornarem o processo mais eficiente e eficaz.

Art. 67. Aos órgãos do Poder Judiciário, estadual ou federal, especializado ou comum, em todas as
instâncias e graus de jurisdição, inclusive aos tribunais superiores, incumbe o dever de recíproca
cooperação, por meio de seus magistrados e servidores.
Art. 68. Os juízos poderão formular entre si pedido de cooperação para prática de qualquer ato
processual.

Com base no exposto, a cooperação será de extrema importância quando, por exemplo,
uma testemunha essencial para um processo precisa ser ouvida em localidade diversa de
onde ocorre a tramitação processual. Nesse caso, por meio de auxílio do tribunal de outra
comarca, em atenção a uma carta precatória, será possível cumprir a diligência mencionada
e instruir os autos (materialização do processo). Essa cooperação não depende de forma,
ou seja, prescinde de formalidade, haja vista a nova processualística não se enclausurar no

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Da Ação, Competência
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formalismo, ao largo disso, percebe-se que o processo contemporâneo não pode ser um fim
em si mesmo. Com base no entendimento supracitado, as solicitações de um juízo devem ser
atendidas pelos outros órgãos jurisdicionais.
Veja, são objeto de cooperação: o auxílio direto, cartas de ordem, cartas precatórias, atos
concentrados entre juízes cooperantes no sentido de realizar citações, intimações, notifica-
ções e cartas arbitrais, obtenção e colheita de provas e depoimentos, efetivação de tutelas
provisórias.

Art. 69. O pedido de cooperação jurisdicional deve ser prontamente atendido, prescinde de forma
específica e pode ser executado como:
I – auxílio direto;
II – reunião ou apensamento de processos;
III – prestação de informações;
IV – atos concertados entre os juízes cooperantes.
§ 1º As cartas de ordem, precatória e arbitral seguirão o regime previsto neste Código.
§ 2º Os atos concertados entre os juízes cooperantes poderão consistir, além de outros, no estabe-
lecimento de procedimento para:
I – a prática de citação, intimação ou notificação de ato;
II – a obtenção e apresentação de provas e a coleta de depoimentos;
III – a efetivação de tutela provisória;
IV – a efetivação de medidas e providências para recuperação e preservação de empresas;
V – a facilitação de habilitação de créditos na falência e na recuperação judicial;
VI – a centralização de processos repetitivos;
VII – a execução de decisão jurisdicional.
§ 3º O pedido de cooperação judiciária pode ser realizado entre órgãos jurisdicionais de diferentes
ramos do Poder Judiciário.

Bem, estimado(a), após as considerações acima, vamos à resolução dos exercícios de


fixação, fundamentais na preparação. Venha comigo!

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/AUDITOR ESTADUAL DE CONTROLE EXTERNO/TCM-BA/2018) No que con-
cerne ao mandado de injunção, a ação de improbidade administrativa e a ação civil pública,
julgue os seguintes itens.
I – Ao tratar das chamadas condições da ação, o atual CPC expressamente se refere a três
espécies distintas denominadas de legitimidade, interesse em agir e possibilidade jurídica
do pedido.
II – Pode ser utilizada a denominada ação declaratória para interpretação de tese ou ques-
tão de direito em abstrato, ou ainda para confirmar a ocorrência de qualquer fato ocorrido na
vida do autor.
III – Denomina-se de sucessor processual o terceiro que assume o lugar da parte que vier a
falecer no curso de processo que tenha como objeto direito patrimonial transmissível.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item III está certo.
c) Apenas os itens I e II estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.

002. (CS-UFG/ADVOGADO/SANEAGO – GO/2018) São elementos da “Ação” no Direito Pro-


cessual Civil:
a) possibilidade jurídica do pedido, legitimidade processual e interesse de agir.
b) legitimidade processual, causa de pedir (remota e próxima) e pedidos.
c) partes, causa de pedir (remota e próxima) e pedidos.
d) partes, causa de pedir (remota e próxima) e possibilidade jurídica do pedido.

003. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA/TRF – 1ª REGIÃO/2017) Confor-


me o Código de Processo Civil vigente, julgue o item seguinte, a respeito da função jurisdicio-
nal, dos deveres das partes e de procuradores, do litisconsórcio e da assistência.
O modo de ser de uma relação jurídica pode ser objeto de ação declaratória.

004. (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/TRF – 1ª REGIÃO/2017) A


respeito de aspectos relativos à ação, julgue o item a seguir.
Ninguém poderá pleitear, em seu próprio nome, direito alheio, salvo quando autorizado por lei.

005. (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/TRF – 1ª REGIÃO/2017) A


respeito de aspectos relativos à ação, julgue o item a seguir.
O interesse processual deverá estar presente tanto para propor quanto para contestar a ação.

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Da Ação, Competência
Anderson Ferreira

006. (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/TRF – 1ª REGIÃO/2017) A


respeito de aspectos relativos à ação, julgue o item a seguir.
Integram as condições da ação o interesse de agir e a legitimidade ad causam.

007. (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA/STJ/2018) Julgue o item a seguir,


a respeito das ações no processo civil.
A teoria eclética da ação, adotada pelo ordenamento jurídico brasileiro, define ação como um
direito autônomo e abstrato, independente do direito subjetivo material, condicionada a requi-
sitos para que se possa analisar o seu mérito.

008. (IBEG/PROCURADOR PREVIDENCIÁRIO/IPREV/2017) Sobre a Jurisdição e a Ação, as-


sinale a alternativa incorreta.
a) A jurisdição civil é exercida pelos juízes e tribunais em todo o território nacional.
b) Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.
c) Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo orde-
namento jurídico.
d) Não é admitida ação meramente declaratória nos casos em que tenha ocorrido a violação
do direito.
e) O interesse do autor pode limitar-se à declaração de autenticidade de um documento.

009. (CONSULPLAN/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS – REMOÇÃO/TJ-


-MG/2017) Com relação à função jurisdicional (jurisdição e ação), as assertivas abaixo estão
corretas, EXCETO:
a) A impossibilidade jurídica é uma das condições da ação.
b) A jurisdição civil é exercida pelos juízes e tribunais em todo o território nacional.
c) Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.
d) Ninguém poderá pleitear em nome próprio direito alheio, salvo quando autorizado pelo orde-
namento jurídico.

010. (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – ÁREA FISCALIZAÇÃO – DIREITO/


TCE-PA/2016) A respeito da jurisdição, da ação e dos sujeitos do processo, julgue o item
subsecutivo.
Na hipótese de substituição processual, é vedada pela legislação processual civil a interven-
ção do substituído como assistente litisconsorcial.

011. (CESPE/PROCURADOR MUNICIPAL/PGM – CAMPO GRANDE – MS/2019) Consideran-


do as disposições da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o item a seguir.
Autoridade judiciária brasileira tem competência concorrente para julgar ações relativas a imó-
veis que, situados no Brasil, sejam de propriedade de estrangeiros.

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Da Ação, Competência
Anderson Ferreira

012. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO DE PROCURADORIA/PGE-PE/2019) Por ter sofrido su-


cessivos erros em cirurgias feitas em hospital público de determinado estado, João ficou com
uma deformidade no corpo, razão pela qual ajuizou ação de reparação de danos em desfavor
do referido estado.
Tendo como referência essa situação hipotética e os dispositivos do Código de Processo Civil,
julgue o item subsecutivo.
O foro competente para o ajuizamento da referida ação será o da ocorrência do fato, não po-
dendo ser escolhido o foro do domicílio de João.

013. (CESPE/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-PR/2019) De acordo com o Código de Processo Civil, no


que concerne ao julgamento de ação reivindicatória da propriedade de bem imóvel localizado
em território nacional, a competência internacional da justiça brasileira e a competência terri-
torial do foro do local do imóvel são consideradas, respectivamente, como
a) exclusiva e absoluta.
b) exclusiva e relativa.
c) concorrente e absoluta.
d) concorrente e relativa.

014. (CESPE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/PGM – JOÃO PESSOA – PB/2018) Gabriel e


Mateus envolveram-se em uma colisão no trânsito com seus respectivos veículos. Como eles
não chegaram a um acordo, Mateus decidiu ingressar com ação judicial contra Gabriel.
Conforme o Código de Processo Civil, o foro competente para processar e julgar a referida
demanda é o do
a) domicílio de Gabriel.
b) domicílio de Gabriel ou do local do fato.
c) domicílio de Gabriel ou de Mateus.
d) domicílio de Mateus ou do local do fato.
e) local de registro do veículo de Mateus.

015. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-TO/2017) Após ter sido ci-


tado em demanda que tramita pelo procedimento comum, Celso, além de se defender quanto
ao mérito das alegações, deseja alegar incompetência relativa e incorreção quanto ao valor da
causa, bem como apresentar reconvenção.
Nessa situação hipotética, de acordo com o CPC, devem ser apresentadas
a) a defesa de mérito, a incompetência relativa e a incorreção do valor da causa, na contesta-
ção; e a reconvenção, em peça distinta.
b) a defesa de mérito, a alegação de incompetência relativa e a reconvenção, na peça de con-
testação; e a alegação de incorreção do valor da causa, em peça distinta.

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Da Ação, Competência
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c) a defesa de mérito, a alegação de incompetência relativa, a alegação de incorreção do valor


da causa e a reconvenção, em uma única peça processual de contestação.
d) a defesa de mérito, na contestação; a alegação de incompetência relativa, por meio de exce-
ção; a alegação de incorreção do valor da causa e a reconvenção, em peças distintas.
e) a defesa de mérito e a incompetência relativa, na contestação; a alegação de incorreção do
valor da causa e a reconvenção, em peças distintas.

016. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL/TRT – 6ª


REGIÃO (PE)/2018) Analise os enunciados a seguir, relativos à competência:
I – Argui-se exclusivamente, por meio de exceção, a incompetência relativa.
II – Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial,
sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente,
salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
III – Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de do-
micílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro.
IV – Acolhida a alegação de incompetência absoluta, que se refere à matéria, à função e à pes-
soa, o processo será extinto sem resolução do mérito, interrompida porém a prescrição.
V – O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II, III e V.
b) I, III, IV e V.
c) I, II e IV.
d) II, IV e V.
e) II, III, IV e V.

017. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL/TRF – 5ª


REGIÃO/2017) Atenção: Considere o novo Código de Processo Civil para responder a questão.
A ação de falência tramitando na Justiça Estadual
a) será remetida à Justiça Federal se a União for credora do falido, mas desde que tenha habi-
litado o seu crédito na falência.
b) será remetida à Justiça Federal se a União for credora do falido, independentemente de ter
ou não habilitado o seu crédito na falência.
c) será remetida à Justiça Federal sempre que houver interesse jurídico da União, ainda que
não seja credora do falido.
d) não deve ser remetida à Justiça Federal, salvo se a União expressamente o requerer, e hou-
ver a concordância do administrador judicial e do Ministério Público com o pedido.
e) não deve ser remetida à Justiça Federal, nem mesmo se nela intervier a União.

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Da Ação, Competência
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018. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA/TRT – 21ª REGIÃO (RN)/2017)


Reinaldo move em face de Fernanda ação de execução fundada em título extrajudicial que é
objeto de ação anulatória contra ele ajuizada por Fernanda. Distribuídos a juízos distintos da
mesma comarca e ainda não sentenciados, esses processos
a) deverão ser reunidos perante o juízo prevento, assim considerado aquele para o qual tiver
sido distribuída em primeiro lugar a petição inicial de qualquer uma das ações.
b) deverão ser reunidos perante o juízo prevento, assim considerado aquele que houver despa-
chado em primeiro lugar qualquer uma das ações.
c) não deverão ser reunidos, pois entre eles não existe conexão.
d) somente serão reunidos se forem ajuizados embargos à execução, em relação aos quais se
estabelece conexão com a ação anulatória.
e) deverão ser reunidos perante o juízo prevento, assim considerado aquele perante o qual tiver
sido aperfeiçoada a primeira citação válida.

019. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA/TRT – 24ª REGIÃO (MS)/2017) So-


bre a competência interna, de acordo com o Código de Processo Civil, é correto afirmar:
a) Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de
contestação.
b) A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, podendo o autor,
contudo, optar pelo foro do domicílio do réu ou de eleição.
c) Tramitando processo de recuperação judicial na Justiça Estadual, os autos serão remeti-
dos ao juízo federal competente no caso de intervenção de uma determinada empresa públi-
ca federal.
d) O foro da Capital do Estado é competente para as causas em que seja autora a União.
e) A citação válida torna prevento o juízo e, ainda quando ordenada por juiz incompetente,
constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição.

020. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA: JUDICIÁRIA/TRT – 20ª REGIÃO (SE)/2016) Jo-


ana ajuizou ação de reintegração de posse contra Pietra. A ação tem como objeto um imóvel.
Tal ação deverá ser proposta no foro
a) do domicílio dos réus, cujo juízo tem competência absoluta.
b) do domicílio dos réus, cujo juízo tem competência relativa.
c) da situação do imóvel, cujo juízo tem competência absoluta.
d) do domicílio dos autores, cujo juízo tem competência relativa.
e) da situação do imóvel, cujo juízo tem competência relativa.

021. (FCC/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-ES/2016) A respeito da competência, o novo Código


de Processo Civil dispõe que

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Da Ação, Competência
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a) a ação em que se pleiteia somente o reconhecimento da paternidade, deve ser proposta no


foro do domicílio do autor.
b) a incompetência relativa do juízo deve ser alegada em exceção de competência, no prazo
para a resposta.
c) o inventário deve ser proposto, em regra, ao foro de situação dos bens imóveis do autor
da herança.
d) como regra, nas ações de divórcio, é competente o foro do guardião do filho incapaz e, caso
não haja filho incapaz, o foro do último domicílio do casal.
e) a ação possessória imobiliária deve ser proposta no foro de situação da coisa, mas por
se tratar de competência territorial, se prorroga caso não venha a ser alegada no momen-
to oportuno.

022. (FCC/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-BA/2016) Sobre a competência,


a) a ação fundada em direito real sobre bem móvel será proposta, em regra, no foro da situa-
ção da coisa.
b) a ação possessória imobiliária será proposta no foro da situação da coisa, cujo juízo tem
competência absoluta.
c) são irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente
ao registro ou à distribuição da petição inicial, ainda que alterem competência absoluta.
d) serão remetidos à Justiça Federal os processos nos quais intervier a União, incluindo as
ações de recuperação judicial e falência.
e) uma vez remetidos os autos à Justiça Federal, em razão de intervenção da União, o juízo
federal suscitará conflito de competência se, posteriormente, esta for excluída do processo.

023. (FCC/PROCURADOR/PREFEITURA DE CAMPINAS – SP/2016) No que tange à incom-


petência absoluta e à incompetência relativa, é correto afirmar:
a) A competência determinada em razão de matéria, da pessoa ou da função é derrogável por
convenção das partes.
b) Prorrogar-se-ão as competências relativa e absoluta se o réu não alegar a incompetência em
preliminar de contestação.
c) A incompetência absoluta será alegada como preliminar de contestação, enquanto a relativa
será arguida por meio de exceção.
d) Caso a alegação de incompetência seja acolhida, o processo será extinto, sem resolução
de mérito.
e) A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve
ser declarada de ofício.

024. (CESPE/PROCURADOR DO ESTADO/PGE-AM/2016) A respeito das normas processu-


ais civis pertinentes a jurisdição e ação, julgue o item seguinte.

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Da Ação, Competência
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O novo CPC reconhece a competência concorrente da jurisdição internacional para processar


ação de inventário de bens situados no Brasil, desde que a decisão seja submetida à homolo-
gação do STJ.

025. (IADES/FUNDAÇÃO HEMOCENTRO DE BRASÍLIA – DF/2017) Em relação a jurisdição e


ação, assinale a alternativa correta.
a) A ação meramente declaratória é admissível, salvo na ocorrência de violação do direito.
b) Para postular em juízo, é necessário ter interesse, legitimidade e possibilidade jurídica do
pedido, sob pena de não apreciação do mérito da causa pelo órgão jurisdicional.
c) O cancelamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a maioridade não está sujeito a
decisão judicial, ainda que nos próprios autos.
d) O interesse do autor pode limitar-se à declaração da existência, da inexistência ou do modo
de ser de uma relação jurídica, assim como da autenticidade ou da falsidade de documento.
e) Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, mesmo quando autorizado pelo
ordenamento jurídico.

026. (IADES/ADVOGADO/CAU-BR/2013/ADAPTADA) Julgue as assertivas A e B.


Jurisdição é o poder que toca ao Estado, entre as suas atividades soberanas, de formular e
fazer atuar praticamente a regra jurídica concreta que, por força do direito vigente, disciplina
determinada situação jurídica. Considerando essa informação sobre jurisdição e a ação, assi-
nale a alternativa correta (julgue os itens).
a) O interesse do autor não pode limitar-se à declaração da existência ou inexistência de rela-
ção jurídica.
b) O interesse do autor não pode limitar-se à declaração da autenticidade ou falsidade de
documento.

027. (NC-UFPR/ADVOGADO/PREFEITURA DE MATINHOS – PR/2019) Quanto aos dispositi-


vos do Código de Processo Civil sobre jurisdição e ação, assinale a alternativa correta.
a) O Código de Processo Civil não mais exige que o postulante em juízo tenha interesse e le-
gitimidade.
b) Em regra, ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio.
c) É inadmissível a ação meramente declaratória quando haja ocorrido a violação de direito.
d) Não se admite que o substituído, no caso de substituição processual, intervenha como as-
sistente litisconsorcial.
e) Não é possível que o interesse do autor limite-se à declaração da autenticidade ou da falsi-
dade de documento.

028. (FCC/PROCURADOR LEGISLATIVO/CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDE-


RAL/2018) Em relação à função jurisdicional, é correto afirmar:

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Da Ação, Competência
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a) Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, em nenhuma hipótese.


b) A possibilidade jurídica da ação é uma das condições preliminares a serem observadas no
atual CPC por ocasião da prestação jurisdicional, até mesmo de ofício.
c) É admissível a ação meramente declaratória, salvo se houver ocorrido a violação do direito.
d) A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta a que a
autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressal-
vadas as disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor
no Brasil.
e) Compete à autoridade judiciária brasileira, em qualquer hipótese, o processamento e o jul-
gamento da ação quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato
internacional, por sua ineficácia.

029. (IADES/PROCURADOR/AL-GO/2019) Uma ação é idêntica à outra, de acordo com o Có-


digo de Processo Civil, quando
a) os fatos jurídicos forem os mesmos em ambas as ações.
b) os autores e os réus dos processos forem os mesmos em ambas as ações.
c) o pedido de uma ação for mais amplo que o da outra.
d) as partes, a causa de pedir e os pedidos forem os mesmos em ambas as ações.
e) os fundamentos jurídicos forem os mesmos em ambas as ações.

030. (CESPE/CEBRASPE/CONCILIADOR/TJ-BA/2019) Acerca das normas fundamentais do


processo civil, da jurisdição e do direito de ação, julgue os itens a seguir.
I – Sob pena de nulidade processual, o magistrado deve obedecer, obrigatoriamente, à ordem
cronológica de conclusão dos processos aptos a julgamento para proferir decisão interlocutó-
ria ou sentença.
II – O autor está autorizado a ajuizar ação meramente declaratória para declaração da falsida-
de ou da autenticidade de documento e também para certificar a existência, a inexistência ou
o modo de ser de uma relação jurídica.
III – Haverá conexão caso sejam identificadas duas ações que contenham, simultaneamente,
as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas os itens I e III estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.

031. (CESPE/PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS/TCE-RO/2019) A res-


peito de jurisdição e ação, assinale a opção correta.

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Da Ação, Competência
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a) A jurisdição civil é exercida pelos juízes e tribunais nacionais e internacionais.


b) Em regra, não é competência da jurisdição nacional ação cuja obrigação deva ser cumprida
no Brasil.
c) Para postular em juízo, é necessário haver interesse, legitimidade e possibilidade jurídica
do pedido.
d) É permitida a postulação de direito alheio em nome próprio, desde que autorizada pelo or-
denamento jurídico.
e) A cooperação jurídica internacional somente é possível sob a vigência de tratado assinado
pelo Brasil.

032. (FGV/EXAME DE ORDEM UNIFICADO – XXVIII – PRIMEIRA FASE/OAB/2019) João


Paulo faleceu em Atibaia (SP), vítima de um ataque cardíaco fulminante. Empresário de su-
cesso, domiciliado na cidade de São Paulo (SP), João Paulo possuía inúmeros bens, dentre os
quais se incluem uma casa de praia em Búzios (RJ), uma fazenda em Lucas do Rio Verde (GO)
e alguns veículos de luxo, atualmente estacionados em uma garagem em Salvador (BA).
Neste cenário, assinale a opção que indica o foro competente para o inventário e a partilha dos
bens deixados por João Paulo.
a) Os foros de Búzios (RJ) e de Lucas do Rio Verde (GO), concorrentemente.
b) O foro de São Paulo (SP).
c) O foro de Salvador (BA).
d) O foro de Atibaia (SP).

033. (FGV/TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO/MPE-RJ/2016) Pedro, proprietário de um


bem imóvel situado na Comarca de Niterói, ao saber que o mesmo foi ocupado, sem a sua
autorização, por Luiz, intentou ação reivindicatória na Comarca do Rio de Janeiro, onde é domi-
ciliado. De acordo com a sistemática processual vigente, o réu:
a) deve alegar o vício de incompetência como preliminar de sua contestação, sem que o juiz
possa conhecer ex officio da matéria;
b) deve alegar o vício de incompetência como preliminar de sua contestação, embora o juiz
possa conhecer ex officio da matéria;
c) deve alegar o vício de incompetência pela via da exceção, sem que o juiz possa conhecer ex
officio da matéria;
d) deve alegar o vício de incompetência pela via da exceção, embora o juiz possa conhecer ex
officio da matéria;
e) não pode alegar o vício de incompetência, já que a possibilidade de o autor intentar a ação
na comarca de seu domicílio compatibiliza-se com a garantia constitucional do pleno acesso
à jurisdição.

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Da Ação, Competência
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034. (FGV/TÉCNICO JUDICIÁRIO AUXILIAR/TJ-SC/2018) Define-se a prevenção do juízo para


processar e julgar duas ações conexas, propostas perante órgãos jurisdicionais distintos, pela:
a) distribuição da petição inicial;
b) prolação do despacho liminar positivo;
c) prolação de qualquer despacho, ainda que se limite a determinar a emenda da petição inicial;
d) citação válida;
e) citação, ainda que inválida.

035. (FGV/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA/TJ-CE/2019) Helena, domiciliada em


Fortaleza, recebeu a informação de que um imóvel de sua propriedade, situado em Sobral, ha-
via sido invadido pelo ex-namorado, Menelau. Apurada a veracidade da notícia, Helena propôs
ação de reintegração de posse em face do invasor, tendo distribuído a sua petição inicial na
Comarca de Fortaleza.
Nesse cenário, é correto afirmar que a demanda foi proposta no:
a) foro competente;
b) foro relativamente incompetente, podendo a sua competência ser prorrogada caso a parte
ré não suscite o vício;
c) foro relativamente incompetente, devendo tal vício ser reconhecido de ofício pelo juiz;
d) foro absolutamente incompetente, podendo a sua competência ser prorrogada caso a parte
ré não suscite o vício;
e) foro absolutamente incompetente, devendo tal vício ser reconhecido de ofício pelo juiz.

036. (FGV/OFICIAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO/MPE-RJ/2019) No que se refere às regras de


competência adotadas pelo CPC/15, é correto afirmar que:
a) a decisão sobre a alegação de incompetência independe da manifestação prévia da parte
contrária;
b) a incompetência absoluta gera a automática invalidação dos atos decisórios praticados;
c) a arguição de incompetência deve ser manejada via exceção de incompetência;
d) a competência territorial pode ser modificada por foro de eleição;
e) determina-se a competência no momento de citação do réu.

037. (FGV/OFICIAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO/MPE-RJ/2019) Sobre o instituto da conexão,


é correto afirmar que:
a) reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando as partes e os pedidos forem comuns;
b) a prevenção dos processos de ações conexas será do juízo em que houver a primeira cita-
ção válida;
c) os processos de ações conexas devem ser reunidos para decisão conjunta, mesmo quando
um deles já tiver sido sentenciado;

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Da Ação, Competência
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d) reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à
causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais;
e) serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação
de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem cone-
xão entre eles.

038. (FGV/RESIDÊNCIA JURÍDICA/DPE-RJ/2021) Sobre as regras de competência é correto


afirmar que:
a) Prorroga-se a competência relativa se o réu não alegar a incompetência até a sentença.
b) Dá-se a continência quando houver identidade de causa de pedir, mas o pedido de uma por
ser mais amplo, abrange os demais, ainda que entre partes diversas.
c) É competente o foro de domicílio ou residência do alimentante, para a ação em que se pede
alimentos.
d) A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é inderrogável
por convenção das partes.
e) A abusividade da cláusula de eleição de foro no âmbito do processo civil comum pode ser
alegada a qualquer tempo, até o trânsito em julgado da sentença.

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Da Ação, Competência
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GABARITO
1. b 37. e
2. c 38. d
3. C
4. C
5. C
6. C
7. C
8. d
9. a
10. E
11. E
12. E
13. a
14. d
15. c
16. a
17. e
18. a
19. a
20. c
21. d
22. b
23. e
24. E
25. d
26. E, E
27. b
28. d
29. d
30. b
31. d
32. b
33. b
34. a
35. e
36. d

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Da Ação, Competência
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GABARITO COMENTADO
001. (CESPE/AUDITOR ESTADUAL DE CONTROLE EXTERNO/TCM-BA/2018) No que con-
cerne ao mandado de injunção, a ação de improbidade administrativa e a ação civil pública,
julgue os seguintes itens.
I – Ao tratar das chamadas condições da ação, o atual CPC expressamente se refere a três
espécies distintas denominadas de legitimidade, interesse em agir e possibilidade jurídica
do pedido.
II – Pode ser utilizada a denominada ação declaratória para interpretação de tese ou ques-
tão de direito em abstrato, ou ainda para confirmar a ocorrência de qualquer fato ocorrido na
vida do autor.
III – Denomina-se de sucessor processual o terceiro que assume o lugar da parte que vier a
falecer no curso de processo que tenha como objeto direito patrimonial transmissível.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item III está certo.
c) Apenas os itens I e II estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.

Item I ERRADO. Vimos que as condições da ação são: a LEGITIMIDADE e INTERESSE DE AGIR.
Entretanto, não há de se falar em possibilidade jurídica do pedido nos tempos atuais, haja vista
que ela passa a integrar o mérito da demanda.

Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade


[...]
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
VI – verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual.
Art. 330. A petição inicial será indeferida quando:
II – a parte for manifestamente ilegítima;
III – o autor carecer de interesse processual;
Item II ERRADO. A ação declaratória se presta a declarar um fato ou situação jurídica, não para
discutir teses jurídicas ou métodos hermenêuticos durante o processo.

Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração:


I – da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica;
II – da autenticidade ou da falsidade de documento.
Art. 20. É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha ocorrido a violação do direito.

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Da Ação, Competência
Anderson Ferreira

Item III correto. De fato, o terceiro que assume o lugar da parte que vier a falecer no curso de
processo que tenha como objeto direito patrimonial transmissível é denominado sucessor pro-
cessual, o que não se confunde com substituto processual, o qual defende direito alheio em
nome próprio.

Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo or-
denamento jurídico.
Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substituído poderá intervir como assistente
litisconsorcial.
Letra b.

002. (CS-UFG/ADVOGADO/SANEAGO – GO/2018) São elementos da “Ação” no Direito Pro-


cessual Civil:
a) possibilidade jurídica do pedido, legitimidade processual e interesse de agir.
b) legitimidade processual, causa de pedir (remota e próxima) e pedidos.
c) partes, causa de pedir (remota e próxima) e pedidos.
d) partes, causa de pedir (remota e próxima) e possibilidade jurídica do pedido.

a) ERRADA. De saída a questão traz a possibilidade jurídica do pedido que, como visto integra
o mérito. Legitimidade e Interesse são condições da ação.
b) ERRADA. Legitimidade não integra os elementos da ação, conforme vimos durante a aula,
mas sim condição da ação.
c) Certa. Bem, consoante vimos no decorrer da aula, os elementos da ação são:
Partes
Causa de pedir, e a questão se refere à remota (referente aos fatos ocorridos) e próxima (rela-
tiva ao direito violado, fundamentos jurídicos do pedido). Bem, os conceitos de causa de pedir
próxima e remota não são pacíficos de modo que alguns autores invertem a conceituação.
Pedido: o bem pretendido, aquilo sobre o que as partes controvertem.
d) Errada. O erro está na possibilidade jurídica do pedido, que deveria ser substituída pelo pe-
dido na questão para torná-la correta.
Letra c.

003. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA/TRF – 1ª REGIÃO/2017) Confor-


me o Código de Processo Civil vigente, julgue o item seguinte, a respeito da função jurisdicio-
nal, dos deveres das partes e de procuradores, do litisconsórcio e da assistência.
O modo de ser de uma relação jurídica pode ser objeto de ação declaratória.

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Sim, vimos que uma ação pode ser declaratória, consoante o artigo 20 da Lei de Ritos.

Art. 20. É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha ocorrido a violação do direito.
Certo.

004. (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/TRF – 1ª REGIÃO/2017) A


respeito de aspectos relativos à ação, julgue o item a seguir.
Ninguém poderá pleitear, em seu próprio nome, direito alheio, salvo quando autorizado por lei.

Vimos, no decorrer da aula, que existe a figura do substituto processual, o qual poderá pleitear
direito alheio em nome próprio.

Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo or-
denamento jurídico.
Certo.

005. (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/TRF – 1ª REGIÃO/2017) A


respeito de aspectos relativos à ação, julgue o item a seguir.
O interesse processual deverá estar presente tanto para propor quanto para contestar a ação.

Sim, o interesse, um dos requisitos da ação, deve estar presente tanto na propositura da ação
quanto na contestação.

Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.


Certo.

006. (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/TRF – 1ª REGIÃO/2017) A


respeito de aspectos relativos à ação, julgue o item a seguir.
Integram as condições da ação o interesse de agir e a legitimidade ad causam.

É exatamente o que estatui a artigo 17 do NCPC, ao consignar que, para postular em juízo, é
necessário o interesse e legitimidade.
Certo.

007. (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA/STJ/2018) Julgue o item a seguir,


a respeito das ações no processo civil.

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A teoria eclética da ação, adotada pelo ordenamento jurídico brasileiro, define ação como um
direito autônomo e abstrato, independente do direito subjetivo material, condicionada a requi-
sitos para que se possa analisar o seu mérito.

Amigo(a), conforme comentei, colacionei a questão acima para que você observe qual é o
entendimento da banca examinadora que será responsável pelo seu concurso. Veja, o assunto
causa discussões, o objetivo desse trabalho e a preparação para prova. Posto isso, a Teoria
Eclética foi adotada pelo código de Buzaid (1973) e albergada pelo Novo CPC.
Certo.

008. (IBEG/PROCURADOR PREVIDENCIÁRIO/IPREV/2017) Sobre a Jurisdição e a Ação, as-


sinale a alternativa incorreta.
a) A jurisdição civil é exercida pelos juízes e tribunais em todo o território nacional.
b) Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.
c) Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo orde-
namento jurídico.
d) Não é admitida ação meramente declaratória nos casos em que tenha ocorrido a violação
do direito.
e) O interesse do autor pode limitar-se à declaração de autenticidade de um documento.

A questão pergunta qual a alternativa incorreta, então, vamos analisá-las:


a) CERTA. O item está alinhado com o que estabelece o artigo da Lei de Ritos.

Art. 16. A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional, con-
forme as disposições deste Código.
b) CERTA. O item está em consonância com o artigo 17 da Novo Código.

Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.


c) CERTA. Sim. O artigo 18 do novo Código prevê a possibilidade de substituição processual.

Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo or-
denamento jurídico.
d) ERRADA. Aí não! Veja, é admitida ação meramente declaratória nos casos em que tenha
ocorrido a violação do direito, conforme o artigo 20 do NCPC.

Art. 20. É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha ocorrido a violação do direito.
e) CERTA. O item está correto, pois se harmoniza com o que dispõe o artigo 19, II, da Lei de Ritos.

Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração:

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I – da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica;
II – da autenticidade ou da falsidade de documento.
Letra d.

009. (CONSULPLAN/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS – REMOÇÃO/TJ-


-MG/2017) Com relação à função jurisdicional (jurisdição e ação), as assertivas abaixo estão
corretas, EXCETO:
a) A impossibilidade jurídica é uma das condições da ação.
b) A jurisdição civil é exercida pelos juízes e tribunais em todo o território nacional.
c) Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.
d) Ninguém poderá pleitear em nome próprio direito alheio, salvo quando autorizado pelo orde-
namento jurídico.

a) ERRADA. Impossibilidade jurídica... Aí, ficamos impossibilitados de julgar a alternativa como


certa e assinalamos ela como a resposta da questão, a qual solicita a errada mesmo. Aliás,
nem se fosse possibilidade jurídica poderíamos assinalar o item como correto, visto que, nos
tempos atuais, ela deslocou-se para o mérito.
b) CERTA. A assertiva se alinha ao artigo 16 do Código.
c) CERTA. A assertiva está em harmonia com o que consigna o artigo 17 da Lei de Ritos.
d) CERTA. A assertiva está em consonância com o artigo 18 do NCPC.
Letra a.

010. (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – ÁREA FISCALIZAÇÃO – DIREITO/


TCE-PA/2016) A respeito da jurisdição, da ação e dos sujeitos do processo, julgue o item
subsecutivo.
Na hipótese de substituição processual, é vedada pela legislação processual civil a interven-
ção do substituído como assistente litisconsorcial.

Não, muito pelo contrário, é admitida a intervenção do substituído como assistente litisconsor-
cial, conforme o artigo 18, parágrafo único, do Código de Processo Civil de 2015.

Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo or-
denamento jurídico.
Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substituído poderá intervir como assistente
litisconsorcial.

Errado.

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011. (CESPE/PROCURADOR MUNICIPAL/PGM – CAMPO GRANDE – MS/2019) Consideran-


do as disposições da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o item a seguir.
Autoridade judiciária brasileira tem competência concorrente para julgar ações relativas a imó-
veis que, situados no Brasil, sejam de propriedade de estrangeiros.

Segundo o artigo 23 da Lei n. 13.105 de 2015: “Compete à autoridade judiciária brasileira, com
exclusão de qualquer outra: I – conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil”.
Errado.

012. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO DE PROCURADORIA/PGE-PE/2019) Por ter sofrido su-


cessivos erros em cirurgias feitas em hospital público de determinado estado, João ficou com
uma deformidade no corpo, razão pela qual ajuizou ação de reparação de danos em desfavor
do referido estado.
Tendo como referência essa situação hipotética e os dispositivos do Código de Processo Civil,
julgue o item subsecutivo.
O foro competente para o ajuizamento da referida ação será o da ocorrência do fato, não po-
dendo ser escolhido o foro do domicílio de João.

Consoante o parágrafo único do artigo 52 do NCPC: “Se Estado ou o Distrito Federal for o
demandado, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do
ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou na capital do respectivo ente
federado”.
Errado.

013. (CESPE/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-PR/2019) De acordo com o Código de Processo Civil, no


que concerne ao julgamento de ação reivindicatória da propriedade de bem imóvel localizado
em território nacional, a competência internacional da justiça brasileira e a competência terri-
torial do foro do local do imóvel são consideradas, respectivamente, como
a) exclusiva e absoluta.
b) exclusiva e relativa.
c) concorrente e absoluta.
d) concorrente e relativa.

Amigo(a), a questão tem como resposta a alternativa “a”, a qual está estribada nos artigos 23
e 47 da Lei de Ritos, veja os dispositivos em comento:

Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:

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I – conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;
[...]
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da
coisa.
§ 1º O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair
sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação
de obra nova.
§ 2º A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem com-
petência absoluta.
Letra a.

014. (CESPE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/PGM – JOÃO PESSOA – PB/2018) Gabriel e


Mateus envolveram-se em uma colisão no trânsito com seus respectivos veículos. Como eles
não chegaram a um acordo, Mateus decidiu ingressar com ação judicial contra Gabriel.
Conforme o Código de Processo Civil, o foro competente para processar e julgar a referida
demanda é o do
a) domicílio de Gabriel.
b) domicílio de Gabriel ou do local do fato.
c) domicílio de Gabriel ou de Mateus.
d) domicílio de Mateus ou do local do fato.
e) local de registro do veículo de Mateus.

Segundo o artigo 53, V:

Art. 53. É competente o foro:


[...]
V – de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de
delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves.
Letra d.

015. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-TO/2017) Após ter sido ci-


tado em demanda que tramita pelo procedimento comum, Celso, além de se defender quanto
ao mérito das alegações, deseja alegar incompetência relativa e incorreção quanto ao valor da
causa, bem como apresentar reconvenção.
Nessa situação hipotética, de acordo com o CPC, devem ser apresentadas
a) a defesa de mérito, a incompetência relativa e a incorreção do valor da causa, na contesta-
ção; e a reconvenção, em peça distinta.
b) a defesa de mérito, a alegação de incompetência relativa e a reconvenção, na peça de con-
testação; e a alegação de incorreção do valor da causa, em peça distinta.

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c) a defesa de mérito, a alegação de incompetência relativa, a alegação de incorreção do valor


da causa e a reconvenção, em uma única peça processual de contestação.
d) a defesa de mérito, na contestação; a alegação de incompetência relativa, por meio de exce-
ção; a alegação de incorreção do valor da causa e a reconvenção, em peças distintas.
e) a defesa de mérito e a incompetência relativa, na contestação; a alegação de incorreção do
valor da causa e a reconvenção, em peças distintas.

Veja, nos tempos atuais, as alegações podem ser acostadas à contestação (veja artigos 337
e 343 do NCPC).
Letra c.

016. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL/TRT – 6ª


REGIÃO (PE)/2018) Analise os enunciados a seguir, relativos à competência:
I – Argui-se exclusivamente, por meio de exceção, a incompetência relativa.
II – Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial,
sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente,
salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
III – Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de do-
micílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro.
IV – Acolhida a alegação de incompetência absoluta, que se refere à matéria, à função e à pes-
soa, o processo será extinto sem resolução do mérito, interrompida porém a prescrição.
V – O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II, III e V.
b) I, III, IV e V.
c) I, II e IV.
d) II, IV e V.
e) II, III, IV e V.

Item I. ERRADO. Prezado(a), vimos que o novo Código prevê a possibilidade de alegação de
incompetência em preliminar de contestação e não exclusivamente por exceção de incompe-
tência como o item consigna. Veja o que apregoa o artigo 64 da Lei de Ritos:

Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contesta-
ção.
Item II. CERTO. O item está em harmonia com aquilo que estatui o artigo 43 e da Lei de Ritos.

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Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial,
sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo
quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
Item III. CERTO. O item está correto, porquanto é a literalidade do § 3º do artigo 43 do Código...
É por isso, estimado(a), que colaciono a lei no material, as bancas utilizam a legislação nas
provas de forma literal!

Art. 43 [...]
§ 3º Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domi-
cílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro.
Item IV ERRADO. Não, não! Vimos durante a aula que os autos serão remetidos ao Juiz com-
petente e ele avaliará os atos produzidos, não extinguir o processo sem julgamento de mérito.

§ 3º Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competen-
te, consoante o artigo 63, § 3º.
Item V CERTO. É isso! O item simplesmente transcreve o artigo 59 do NCPC.

Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.


Letra a.

017. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL/TRF – 5ª


REGIÃO/2017) Atenção: Considere o novo Código de Processo Civil para responder a questão.
A ação de falência tramitando na Justiça Estadual
a) será remetida à Justiça Federal se a União for credora do falido, mas desde que tenha habi-
litado o seu crédito na falência.
b) será remetida à Justiça Federal se a União for credora do falido, independentemente de ter
ou não habilitado o seu crédito na falência.
c) será remetida à Justiça Federal sempre que houver interesse jurídico da União, ainda que
não seja credora do falido.
d) não deve ser remetida à Justiça Federal, salvo se a União expressamente o requerer, e hou-
ver a concordância do administrador judicial e do Ministério Público com o pedido.
e) não deve ser remetida à Justiça Federal, nem mesmo se nela intervier a União.

Estimado leitor(a), vimos, no decorrer da aula, que os autos devem ser remetidos à justiça fe-
deral competente caso nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas
e fundações, e conselhos de fiscalização de atividade profissional, inclusive na qualidade de
parte ou terceiro interveniente. Bem, esse é o teor do artigo 45 do NCPC. Entretanto, o mesmo
artigo traz como exceção os casos de recuperação judicial, falência, insolvência civil e aciden-
te de trabalho em seu inciso I. Sendo assim, existirá uma via atrativa relativa à recuperação

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judicial e falência, de modo que a ação não será remetida à Justiça Federal, mesmo se nela
intervier a União, conforme consigna a alternativa “e”.

Art. 45. Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal com-
petente se nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações, ou
conselho de fiscalização de atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro intervenien-
te, exceto as ações:
I – de recuperação judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho;
Letra e.

018. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA/TRT – 21ª REGIÃO (RN)/2017)


Reinaldo move em face de Fernanda ação de execução fundada em título extrajudicial que é
objeto de ação anulatória contra ele ajuizada por Fernanda. Distribuídos a juízos distintos da
mesma comarca e ainda não sentenciados, esses processos
a) deverão ser reunidos perante o juízo prevento, assim considerado aquele para o qual tiver
sido distribuída em primeiro lugar a petição inicial de qualquer uma das ações.
b) deverão ser reunidos perante o juízo prevento, assim considerado aquele que houver despa-
chado em primeiro lugar qualquer uma das ações.
c) não deverão ser reunidos, pois entre eles não existe conexão.
d) somente serão reunidos se forem ajuizados embargos à execução, em relação aos quais se
estabelece conexão com a ação anulatória.
e) deverão ser reunidos perante o juízo prevento, assim considerado aquele perante o qual tiver
sido aperfeiçoada a primeira citação válida.

Amigo(a), o comando da questão versa sobre ação de execução fundada em título extraju-
dicial que é objeto de ação anulatória, portanto, encartada na hipótese do artigo 55, § 2º, II,
do Código.

Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa
de pedir.
§ 1º Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já
houver sido sentenciado.
§ 2º Aplica-se o disposto no caput:
I – à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico;
II – às execuções fundadas no mesmo título executivo.
Diante do exposto, com base no artigo 59, será prevento o juiz de onde a ação fora distribuída.

Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.


b) Errada. Vimos acima que a prevenção se dá no momento do registro ou distribuição, no caso
a assertiva consigna distribuição, e não no momento do despacho.

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c) Errada. Vimos linhas acima que consoante o § 2º, II, do artigo 55 da Codificação, a assertiva
traz um caso de conexão, por isso, o item está incorreto.
d) Errada. Não, conforme estudamos o caso acima, poderá ser entabulado na hipótese do arti-
go 55, § 2º, II, e não somente na situação narrada na proposição da assertiva.
e) Errada. Negativo. Vimos que a prevenção é definida pela distribuição e não pela citação válida.
Letra a.

019. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA/TRT – 24ª REGIÃO (MS)/2017) So-


bre a competência interna, de acordo com o Código de Processo Civil, é correto afirmar:
a) Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de
contestação.
b) A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, podendo o autor,
contudo, optar pelo foro do domicílio do réu ou de eleição.
c) Tramitando processo de recuperação judicial na Justiça Estadual, os autos serão remeti-
dos ao juízo federal competente no caso de intervenção de uma determinada empresa públi-
ca federal.
d) O foro da Capital do Estado é competente para as causas em que seja autora a União.
e) A citação válida torna prevento o juízo e, ainda quando ordenada por juiz incompetente,
constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição.

a) Essa é a nossa! Amigo(a), comentei, durante a aula, que, se o réu não alegar a incompetência
em preliminar de contestação, a competência será prorrogada. Assim sendo, a questão está
em consonância com o que apregoa o artigo 65 do Código.

Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de
contestação.
b) Errada. Não, consoante o artigo 47, a ação possessória será proposta na situação da coisa
e ponto! Não é possível optar pelo domicílio do réu ou eleger foro, esse é um caso de compe-
tência absoluta. Lembro a você que a opção pelo foro é possível, salvo se o litígio recair sobre
o direito de propriedade, vizinhança, servidão e demarcação de terras e de nunciação de obra
nova, mas não sobre ação possessória imobiliária.

Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da
coisa.
§ 1º O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair
sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação
de obra nova.
§ 2º A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem com-
petência absoluta.

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c) Errada. Não, consoante o artigo 45, I, da Lei de Ritos, a recuperação judicial possui uma via
atrativa, de modo a não ser remetido à Justiça Federal.
d) Errada. A legislação fala da Justiça Federal ser competente, não o foro da capital do Estado.
e) Errada. O artigo 59 da Lei de Ritos consigna ser competente o juiz para quem a ação tem o
registro ou distribuição levada a efeito, não a citação válida como apregoa a questão.
Letra a.

020. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA: JUDICIÁRIA/TRT – 20ª REGIÃO (SE)/2016) Jo-


ana ajuizou ação de reintegração de posse contra Pietra. A ação tem como objeto um imóvel.
Tal ação deverá ser proposta no foro
a) do domicílio dos réus, cujo juízo tem competência absoluta.
b) do domicílio dos réus, cujo juízo tem competência relativa.
c) da situação do imóvel, cujo juízo tem competência absoluta.
d) do domicílio dos autores, cujo juízo tem competência relativa.
e) da situação do imóvel, cujo juízo tem competência relativa.

A questão “c” está correta, pois versa sobre uma ação fundada em direito real sobre imóvel,
a qual, segundo o artigo 47, § 2º, é um caso de competência absoluta e deve ser proposta no
foro da situação da coisa. Dessa forma, a assertiva “c” sagra-se correta e as demais incorretas
por não se encaixarem naquilo que estabelece o Código de Processo.

Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da
coisa.
§ 1º O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair
sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação
de obra nova.
§ 2º A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem com-
petência absoluta.
Letra c.

021. (FCC/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-ES/2016) A respeito da competência, o novo Código


de Processo Civil dispõe que
a) a ação em que se pleiteia somente o reconhecimento da paternidade, deve ser proposta no
foro do domicílio do autor.
b) a incompetência relativa do juízo deve ser alegada em exceção de competência, no prazo
para a resposta.
c) o inventário deve ser proposto, em regra, ao foro de situação dos bens imóveis do autor
da herança.

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Da Ação, Competência
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d) como regra, nas ações de divórcio, é competente o foro do guardião do filho incapaz e, caso
não haja filho incapaz, o foro do último domicílio do casal.
e) a ação possessória imobiliária deve ser proposta no foro de situação da coisa, mas por
se tratar de competência territorial, se prorroga caso não venha a ser alegada no momen-
to oportuno.

a) ERRADA. Negativo, vimos que a regra é o domicílio do réu.


b) ERRADA. Não há exceção de incompetência no novo Código. Consoante o artigo 64 da Lei
de Ritos, as incompetências devem ser alegadas em preliminar de contestação.

Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contesta-
ção.
c) ERRADA. O artigo 48 do NCPC estabelece que a ação de inventário deve ser proposta no
domicílio do autor da herança.

Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a parti-
lha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de
partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido
no estrangeiro.
d) Certa. Aí, sim! Esse é o teor do artigo 53, I, da Lei de Ritos, estimado(a).
e) ERRADA. Querido(a), esse é um caso de competência absoluta e, assim sendo, não admite
prorrogação conforme o artigo 47, § 2º, do Código.
Letra d.

022. (FCC/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-BA/2016) Sobre a competência,


a) a ação fundada em direito real sobre bem móvel será proposta, em regra, no foro da situa-
ção da coisa.
b) a ação possessória imobiliária será proposta no foro da situação da coisa, cujo juízo tem
competência absoluta.
c) são irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente
ao registro ou à distribuição da petição inicial, ainda que alterem competência absoluta.
d) serão remetidos à Justiça Federal os processos nos quais intervier a União, incluindo as
ações de recuperação judicial e falência.
e) uma vez remetidos os autos à Justiça Federal, em razão de intervenção da União, o juízo
federal suscitará conflito de competência se, posteriormente, esta for excluída do processo.

a) ERRADA. Bem, a assertiva fala sobre bem móvel, o qual possui sua ação processada com
base no artigo 46 na da Lei n. 13.105/2015, a qual será proposta no domicílio do réu.

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Da Ação, Competência
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b) CERTA. Certinho! O texto se harmoniza com o artigo 47, § 2º, da Lei de Ritos.
c) ERRADA. Amigo(a), de fato as alterações no estado de fato e direito ocorridas após o re-
gistro e distribuição são irrelevantes, salvo se suprimirem órgão do judiciário ou alterarem a
competência absoluta, consoante o artigo 43 do NCPC.
d) ERRADA. Amigo leitor(a), veja o que estabelece o artigo 45 do Novo Código:

Art. 45. Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal com-
petente se nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações, ou
conselho de fiscalização de atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro intervenien-
te, exceto as ações:
I – de recuperação judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho;
II – sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho.
§ 1º Os autos não serão remetidos se houver pedido cuja apreciação seja de competência do juízo
perante o qual foi proposta a ação.
§ 2º Na hipótese do § 1º, o juiz, ao não admitir a cumulação de pedidos em razão da incompetência
para apreciar qualquer deles, não examinará o mérito daquele em que exista interesse da União, de
suas entidades autárquicas ou de suas empresas públicas.
§ 3º O juízo federal restituirá os autos ao juízo estadual sem suscitar conflito se o ente federal cuja
presença ensejou a remessa for excluído do processo.
e) ERRADA. Amigo(a), negritei o item acima (§ 3º do artigo 45), pois ele responde a assertiva.
Veja, não há de se falar em suscitar incompetência do Juiz Federal, ele restituirá os autos ao
juízo estadual.
Letra b.

023. (FCC/PROCURADOR/PREFEITURA DE CAMPINAS – SP/2016) No que tange à incom-


petência absoluta e à incompetência relativa, é correto afirmar:
a) A competência determinada em razão de matéria, da pessoa ou da função é derrogável por
convenção das partes.
b) Prorrogar-se-ão as competências relativa e absoluta se o réu não alegar a incompetência em
preliminar de contestação.
c) A incompetência absoluta será alegada como preliminar de contestação, enquanto a relativa
será arguida por meio de exceção.
d) Caso a alegação de incompetência seja acolhida, o processo será extinto, sem resolução
de mérito.
e) A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve
ser declarada de ofício.

a) ERRADA. Não, a competência em razão da matéria, pessoa ou função são absolutas e, com
efeito, não são derrogadas por convenção das partes, porquanto são de ordem pública.

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Da Ação, Competência
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b) ERRADA. Vimos que a competência absoluta não pode ser prorrogada, a relativa sim.
c) ERRADA. Não, a questão estava certa até o momento em que consigna que a competência
relativa será arguida por meio de exceção. Ambas poderão ser alegadas em preliminar de con-
testação, mas lembro-te que a incompetência absoluta poderá ser alegada a qualquer tempo
e grau de jurisdição.
d) ERRADA. Não. Se a incompetência for acolhida, o processo será remetido ao juízo competente.
e) CERTA. A questão se harmoniza com o que estatui o artigo 64, § 1º, da Lei de Ritos.
Letra e.

024. (CESPE/PROCURADOR DO ESTADO/PGE-AM/2016) A respeito das normas processu-


ais civis pertinentes a jurisdição e ação, julgue o item seguinte.
O novo CPC reconhece a competência concorrente da jurisdição internacional para processar
ação de inventário de bens situados no Brasil, desde que a decisão seja submetida à homolo-
gação do STJ.

Vimos que esse é um caso de competência exclusiva da justiça brasileira consoante o artigo
23, II, da Lei de Ritos.
Errado.

025. (IADES/FUNDAÇÃO HEMOCENTRO DE BRASÍLIA – DF/2017) Em relação a jurisdição e


ação, assinale a alternativa correta.
a) A ação meramente declaratória é admissível, salvo na ocorrência de violação do direito.
b) Para postular em juízo, é necessário ter interesse, legitimidade e possibilidade jurídica do
pedido, sob pena de não apreciação do mérito da causa pelo órgão jurisdicional.
c) O cancelamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a maioridade não está sujeito a
decisão judicial, ainda que nos próprios autos.
d) O interesse do autor pode limitar-se à declaração da existência, da inexistência ou do modo
de ser de uma relação jurídica, assim como da autenticidade ou da falsidade de documento.
e) Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, mesmo quando autorizado pelo
ordenamento jurídico.

a) Errada. Segundo o artigo 20 do Código de 2015: “É admissível a ação meramente declarató-


ria, ainda que tenha ocorrido a violação do direito”.
b) Errada. Nos tempos atuais, não há mais de se falar na possibilidade jurídica do pedido como
condição da ação. Segundo o artigo 17 do Código de 2015: “Para postular em juízo é necessá-
rio ter interesse e legitimidade”.

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c) Errada. Segundo a Súmula 358 do Superior Tribunal de Justiça: “O cancelamento de pensão


alimentícia de filho que atingiu a maioridade está sujeito à decisão judicial, mediante contradi-
tório, ainda que nos próprios autos”.
d) Certa. Aí sim!!! A assertiva está em harmonia com o que estabelece o artigo 19 da Lei n.
13.105 de 2015, cujo teor é o seguinte: “O interesse do autor pode limitar-se à declaração: I –
da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica; II – da autenticidade
ou da falsidade de documento”.
e) Errada. Aí não!!! A assertiva contraria a segunda parte do artigo 18 do NCPC, cujo teor con-
signa o seguinte: “Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando auto-
rizado pelo ordenamento jurídico”.
Letra d.

026. (IADES/ADVOGADO/CAU-BR/2013/ADAPTADA) Julgue as assertivas A e B.


Jurisdição é o poder que toca ao Estado, entre as suas atividades soberanas, de formular e
fazer atuar praticamente a regra jurídica concreta que, por força do direito vigente, disciplina
determinada situação jurídica. Considerando essa informação sobre jurisdição e a ação, assi-
nale a alternativa correta (julgue os itens).
a) O interesse do autor não pode limitar-se à declaração da existência ou inexistência de rela-
ção jurídica.
b) O interesse do autor não pode limitar-se à declaração da autenticidade ou falsidade de
documento.

a) Errada. A assertiva contraria o que estabelece o artigo 19 do NCPC.


b) Errada. A assertiva contraria o que estabelece o artigo 19 do NCPC.

Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração:


I – da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica;
II – da autenticidade ou da falsidade de documento.
Errado, Errado.

027. (NC-UFPR/ADVOGADO/PREFEITURA DE MATINHOS – PR/2019) Quanto aos dispositi-


vos do Código de Processo Civil sobre jurisdição e ação, assinale a alternativa correta.
a) O Código de Processo Civil não mais exige que o postulante em juízo tenha interesse e le-
gitimidade.
b) Em regra, ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio.
c) É inadmissível a ação meramente declaratória quando haja ocorrido a violação de direito.
d) Não se admite que o substituído, no caso de substituição processual, intervenha como as-
sistente litisconsorcial.

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e) Não é possível que o interesse do autor limite-se à declaração da autenticidade ou da falsi-


dade de documento.

a) ERRADA. Segundo o artigo 17 do NCPC: “Para postular em juízo é necessário ter interesse
e legitimidade”.
b) CERTA. A regra estabelecida no Código dispõe que ninguém poderá pleitear direito alheio
em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico (art. 18, NCPC).
c) ERRADA. Segundo o artigo 20 do NCPC: “É admissível a ação meramente declaratória, ainda
que tenha ocorrido a violação do direito”.
d) Errada. Segundo o parágrafo único do artigo 18 da Lei n. 13.105 de 2015: “Havendo substi-
tuição processual, o substituído poderá intervir como assistente litisconsorcial”.
e) Errada. A assertiva contraria o que estabelece o artigo 19, II, do NCPC.
Letra b.

028. (FCC/PROCURADOR LEGISLATIVO/CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDE-


RAL/2018) Em relação à função jurisdicional, é correto afirmar:
a) Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, em nenhuma hipótese.
b) A possibilidade jurídica da ação é uma das condições preliminares a serem observadas no
atual CPC por ocasião da prestação jurisdicional, até mesmo de ofício.
c) É admissível a ação meramente declaratória, salvo se houver ocorrido a violação do direito.
d) A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta a que a
autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressal-
vadas as disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor
no Brasil.
e) Compete à autoridade judiciária brasileira, em qualquer hipótese, o processamento e o jul-
gamento da ação quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato
internacional, por sua ineficácia.

a) Errada. Segundo o artigo 18 do NCPC: “Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome pró-
prio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico”.
b) Errada. Segundo o artigo 17 do NCPC: “Para postular em juízo é necessário ter interesse e
legitimidade”.
c) Errada. Segundo o artigo 18 do NCPC: “É admissível a ação meramente declaratória, ainda
que tenha ocorrido a violação do direito”.
d) Certa. Aí sim! A assertiva se alinha com o que estabelece o artigo 24 do NCPC, cujo teor
estabelece o seguinte: “A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência
e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe

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são conexas, ressalvadas as disposições em contrário de tratados internacionais e acordos


bilaterais em vigor no Brasil”.
e) Errada. Segundo o artigo 25 do NCPC: “Não compete à autoridade judiciária brasileira o
processamento e o julgamento da ação quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo
estrangeiro em contrato internacional, arguida pelo réu na contestação”.
Letra d.

029. (IADES/PROCURADOR/AL-GO/2019) Uma ação é idêntica à outra, de acordo com o Có-


digo de Processo Civil, quando
a) os fatos jurídicos forem os mesmos em ambas as ações.
b) os autores e os réus dos processos forem os mesmos em ambas as ações.
c) o pedido de uma ação for mais amplo que o da outra.
d) as partes, a causa de pedir e os pedidos forem os mesmos em ambas as ações.
e) os fundamentos jurídicos forem os mesmos em ambas as ações.

Segundo o artigo 337, § 2º, do NCPC: “§ 2º Uma ação é idêntica a outra quando possui as mes-
mas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido”.
Letra d.

030. (CESPE/CEBRASPE/CONCILIADOR/TJ-BA/2019) Acerca das normas fundamentais do


processo civil, da jurisdição e do direito de ação, julgue os itens a seguir.
I – Sob pena de nulidade processual, o magistrado deve obedecer, obrigatoriamente, à ordem
cronológica de conclusão dos processos aptos a julgamento para proferir decisão interlocutó-
ria ou sentença.
II – O autor está autorizado a ajuizar ação meramente declaratória para declaração da falsida-
de ou da autenticidade de documento e também para certificar a existência, a inexistência ou
o modo de ser de uma relação jurídica.
III – Haverá conexão caso sejam identificadas duas ações que contenham, simultaneamente,
as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas os itens I e III estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.

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Da Ação, Competência
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Item I. Errado. A assertiva contraria o artigo 12 do NCPC.


Item II. Certo. A assertiva se alinha com o que estabelece o artigo 19 do NCPC.
Item III. Errado. Segundo o artigo 55 do NCPC: “Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações
quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir”.
Letra b.

031. (CESPE/PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS/TCE-RO/2019) A res-


peito de jurisdição e ação, assinale a opção correta.
a) A jurisdição civil é exercida pelos juízes e tribunais nacionais e internacionais.
b) Em regra, não é competência da jurisdição nacional ação cuja obrigação deva ser cumprida
no Brasil.
c) Para postular em juízo, é necessário haver interesse, legitimidade e possibilidade jurídica
do pedido.
d) É permitida a postulação de direito alheio em nome próprio, desde que autorizada pelo or-
denamento jurídico.
e) A cooperação jurídica internacional somente é possível sob a vigência de tratado assinado
pelo Brasil.

a) Errada. Segundo o artigo 16 da Lei n. 13.105 de 2015: “A jurisdição civil é exercida pelos
juízes e pelos tribunais em todo o território nacional, conforme as disposições deste Código”.
b) Errada. Conforme o artigo 21, II:

Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que:


[...]
II – no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;
c) Errada. Negativo, segundo o artigo 17 da Lei de Ritos, é necessário legitimidade e interesse
(assunto que será verticalizado em aula própria).
d) Certo. A assertiva se harmoniza com o artigo 18 do Novo Código (objeto de estudo em
aula própria).
e) Errada. Consoante o § 1º do artigo 26: “Na ausência de tratado, a cooperação jurídica inter-
nacional poderá realizar-se com base em reciprocidade, manifestada por via diplomática”.
Letra d.

032. (FGV/EXAME DE ORDEM UNIFICADO – XXVIII – PRIMEIRA FASE/OAB/2019) João


Paulo faleceu em Atibaia (SP), vítima de um ataque cardíaco fulminante. Empresário de su-
cesso, domiciliado na cidade de São Paulo (SP), João Paulo possuía inúmeros bens, dentre os

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Da Ação, Competência
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quais se incluem uma casa de praia em Búzios (RJ), uma fazenda em Lucas do Rio Verde (GO)
e alguns veículos de luxo, atualmente estacionados em uma garagem em Salvador (BA).
Neste cenário, assinale a opção que indica o foro competente para o inventário e a partilha dos
bens deixados por João Paulo.
a) Os foros de Búzios (RJ) e de Lucas do Rio Verde (GO), concorrentemente.
b) O foro de São Paulo (SP).
c) O foro de Salvador (BA).
d) O foro de Atibaia (SP).

Amigo(a), veja que segundo o artigo 48 da Lei de Ritos, “o foro de domicílio do autor da he-
rança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento
de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para
todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro”.
Nesse conduto de raciocínio, o foro competente será o do domicílio do autor da herança (João
Paulo), o qual era domiciliado em São Paulo.
Letra b.

033. (FGV/TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO/MPE-RJ/2016) Pedro, proprietário de um


bem imóvel situado na Comarca de Niterói, ao saber que o mesmo foi ocupado, sem a sua
autorização, por Luiz, intentou ação reivindicatória na Comarca do Rio de Janeiro, onde é domi-
ciliado. De acordo com a sistemática processual vigente, o réu:
a) deve alegar o vício de incompetência como preliminar de sua contestação, sem que o juiz
possa conhecer ex officio da matéria;
b) deve alegar o vício de incompetência como preliminar de sua contestação, embora o juiz
possa conhecer ex officio da matéria;
c) deve alegar o vício de incompetência pela via da exceção, sem que o juiz possa conhecer ex
officio da matéria;
d) deve alegar o vício de incompetência pela via da exceção, embora o juiz possa conhecer ex
officio da matéria;
e) não pode alegar o vício de incompetência, já que a possibilidade de o autor intentar a ação
na comarca de seu domicílio compatibiliza-se com a garantia constitucional do pleno acesso
à jurisdição.

Segundo o artigo 47 do CPC de 2015: “para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é
competente o foro de situação da coisa. § 1º O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu
ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão,

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divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova. § 2º A ação possessória imobili-


ária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta”.
Letra b.

034. (FGV/TÉCNICO JUDICIÁRIO AUXILIAR/TJ-SC/2018) Define-se a prevenção do juízo para


processar e julgar duas ações conexas, propostas perante órgãos jurisdicionais distintos, pela:
a) distribuição da petição inicial;
b) prolação do despacho liminar positivo;
c) prolação de qualquer despacho, ainda que se limite a determinar a emenda da petição inicial;
d) citação válida;
e) citação, ainda que inválida.

A questão pode ser respondida com base nos artigos 58 e 59 do CPC de 2015. Vejamos o que
estabelecem os dispositivos mencionados:

Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, onde serão decidi-
das simultaneamente.
Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.
Letra a.

035. (FGV/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA/TJ-CE/2019) Helena, domiciliada em


Fortaleza, recebeu a informação de que um imóvel de sua propriedade, situado em Sobral, ha-
via sido invadido pelo ex-namorado, Menelau. Apurada a veracidade da notícia, Helena propôs
ação de reintegração de posse em face do invasor, tendo distribuído a sua petição inicial na
Comarca de Fortaleza.
Nesse cenário, é correto afirmar que a demanda foi proposta no:
a) foro competente;
b) foro relativamente incompetente, podendo a sua competência ser prorrogada caso a parte
ré não suscite o vício;
c) foro relativamente incompetente, devendo tal vício ser reconhecido de ofício pelo juiz;
d) foro absolutamente incompetente, podendo a sua competência ser prorrogada caso a parte
ré não suscite o vício;
e) foro absolutamente incompetente, devendo tal vício ser reconhecido de ofício pelo juiz.

Veja, segundo o artigo 47, § 2º, do CPC de 2015: “A ação possessória imobiliária será proposta
no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta”. Ademais, dispõe o artigo
64, § 1º, do CPC que: “a incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau
de jurisdição e deve ser declarada de ofício”.
Letra e.

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036. (FGV/OFICIAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO/MPE-RJ/2019) No que se refere às regras de


competência adotadas pelo CPC/15, é correto afirmar que:
a) a decisão sobre a alegação de incompetência independe da manifestação prévia da parte
contrária;
b) a incompetência absoluta gera a automática invalidação dos atos decisórios praticados;
c) a arguição de incompetência deve ser manejada via exceção de incompetência;
d) a competência territorial pode ser modificada por foro de eleição;
e) determina-se a competência no momento de citação do réu.

a) Errada. Segundo o artigo 64, § 2º, do CPC de 2015: “Após manifestação da parte contrária,
o juiz decidirá imediatamente a alegação de incompetência”.
b) Errada. Segundo o artigo 64, § 4º, do CPC de 2015: “Salvo decisão judicial em sentido con-
trário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra
seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente”.
c) Errada. Segundo o artigo 64 do CPC de 2015: “A incompetência, absoluta ou relativa, será
alegada como questão preliminar de contestação”.
d) Certa. Segundo o artigo 63 do CPC de 2015: “As partes podem modificar a competência
em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e
obrigações”.
e) Errada. Segundo o artigo 43 do CPC de 2015: “Determina-se a competência no momento do
registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado
de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou
alterarem a competência absoluta”.
Letra d.

037. (FGV/OFICIAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO/MPE-RJ/2019) Sobre o instituto da conexão,


é correto afirmar que:
a) reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando as partes e os pedidos forem comuns;
b) a prevenção dos processos de ações conexas será do juízo em que houver a primeira cita-
ção válida;
c) os processos de ações conexas devem ser reunidos para decisão conjunta, mesmo quando
um deles já tiver sido sentenciado;
d) reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à
causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais;
e) serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação
de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem cone-
xão entre eles.

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Da Ação, Competência
Anderson Ferreira

a) ERRADA. Segundo o artigo 55 do CPC de 2015: “Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais


ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir”.
b) ERRADA. Segundo o artigo 59 do CPC de 2015: “O registro ou a distribuição da petição inicial
torna prevento o juiz”.
c) ERRADA. Segundo o artigo 55, § 1º, do CPC de 2015: “Os processos de ações conexas serão
reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado”.
d) ERRADA. Segundo o artigo 56 do CPC de 2015: “dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais
ações quando houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma,
por ser mais amplo, abrange o das demais”.
e) Certa. Dispõe o artigo 55, § 3º, do CPC de 2015 que: “Serão reunidos para julgamento con-
junto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contradi-
tórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles”.
Letra e.

038. (FGV/RESIDÊNCIA JURÍDICA/DPE-RJ/2021) Sobre as regras de competência é correto


afirmar que:
a) Prorroga-se a competência relativa se o réu não alegar a incompetência até a sentença.
b) Dá-se a continência quando houver identidade de causa de pedir, mas o pedido de uma por
ser mais amplo, abrange os demais, ainda que entre partes diversas.
c) É competente o foro de domicílio ou residência do alimentante, para a ação em que se pede
alimentos.
d) A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é inderrogável
por convenção das partes.
e) A abusividade da cláusula de eleição de foro no âmbito do processo civil comum pode ser
alegada a qualquer tempo, até o trânsito em julgado da sentença.

a) Errada. Segundo o artigo 65 do CPC de 2015: “Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu


não alegar a incompetência em preliminar de contestação”.
b) Errada. Segundo o artigo 56 do CPC de 2015: “Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais
ações quando houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma,
por ser mais amplo, abrange o das demais”.
c) Errada. Segundo o artigo 53 do CPC de 2015: “É competente o foro: [...] II – de domicílio ou
residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos”.
d) Certa. Segundo o artigo 62 do CPC de 2015: “A competência determinada em razão da ma-
téria, da pessoa ou da função é inderrogável por convenção das partes”.

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Da Ação, Competência
Anderson Ferreira

e) Errada. Segundo o artigo 63, §§ 3º e 4º, do CPC de 2015: “§ 3º Antes da citação, a cláusula
de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a
remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu. § 4º. Citado, incumbe ao réu alegar a
abusividade da cláusula de eleição de foro na contestação, sob pena de preclusão”.
Letra d.

Bem, ilustre companheiro(a) virtual, após essa bateria de exercícios, despeço-me de você
por meio dos mais sinceros agradecimentos pela companhia e confiança! Se você gostou des-
ta aula, deixe seu like, a fim de que avaliemos nosso trabalho. Fique com Deus e até o nosso
próximo encontro. Até lá!
“A vida é uma pedra de amolar: desgasta-nos ou afia-nos, conforme o metal de que so-
mos feitos.”
George Bernard Shaw

Anderson Ferreira
Servidor Público desde 2007, aprovado em diversos concursos públicos, dentre os quais: Professor da
Secretaria de Educação do Distrito Federal; Analista do Tribunal Regional do Trabalho 10ª Região; Agente
de Polícia Civil do Distrito Federal e Escrivão de Polícia Civil do Distrito Federal (cargo ocupado nos tempos
atuais)

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