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Livro Eletrônico

Aula 01

Direito Processual do Trabalho p/ TRT 15 Interior de SP (AJAJ e Oficial)

Professores: Bruno Klippel, Adriana Lima


Direito Processual do Trabalho Teoria e Questões
Prof. Bruno Klippel / Profa. Adriana Lima Aula 01

DIREITO CONSTITUCIO

AULA 01 – COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO.

Nome do curso/concurso: TRT/CAMPINAS – 15ª REGIÃO


2018

(atualizado com a Reforma Trabalhista – Lei 13.467/17)

Prof. Bruno Klippel / Profa. Adriana Lima

Sumário
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO ................................... 2
Diferença entre jurisdição e competência........................................................................................................... 2
Critérios de competência; ....................................................................................................................................... 4
Critérios Absolutos ................................................................................................................................................ 12
Material, pessoal e funcional ........................................................................................................................................... 12
Relação de emprego x relação de trabalho .................................................................................................................. 12
Ações envolvendo acidentes de trabalho ..................................................................................................................... 14
Competência criminal ........................................................................................................................................................ 17
Ações envolvendo o exercício do direito de greve ................................................................................................... 18
Ações sobre representação sindical ............................................................................................................................... 20
Mandado de segurança, habeas corpus e habeas data .............................................................................................. 21
Conflitos de competência .................................................................................................................................................. 24
Ações de indenização por dano moral ou patrimonial ............................................................................................. 27
Ações relativas às penalidades impostas pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho ............... 28
Dissídios coletivos .............................................................................................................................................................. 29
Ações sobre descumprimento de normas relativas à segurança, higiene e saúde no trabalho .................... 31
Execução das contribuições sociais ............................................................................................................................... 32
Outras competências previstas na CLT – Art. 652 ................................................................................................... 34
REFORMA TRABALHISTA – Lei 13.467/17 – homologação de acordo extrajudicial ............................. 35
Critério Relativo - Competência Territorial .................................................................................................... 37
Perpetuação da competência ............................................................................................................................... 41
Modificação de competência ................................................................................................................................ 42

DICAS ................................................................................ 45
QUESTÕES RELACIONADAS À MATÉRIA DA AULA ........................ 50
RELAÇÃO DAS QUESTÕES ESTUDADAS NA AULA ......................... 97
GABARITO DAS QUESTÕES DA AULA ........................................124
FECHAMENTO ..................................................................... 124

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COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO


Diferença entre jurisdição e competência

É bastante comum confundir os institutos da jurisdição e competência,


afirmando que em determinada situação a demanda será da jurisdição da justiça do
trabalho. Em verdade, não há motivos para o equívoco, já que os conceitos são fáceis
e denotam situações totalmente diferentes.
Em primeiro lugar, analisam-se os conceitos: jurisdição, na acepção do
termo, significa dizer o direito, que é um poder-dever-função do Estado. Poder, pois
decorre de sua soberania. Dever, pois sendo vedada a autotutela, o Estado deve
analisar as questões conflituosas. Por fim, função, pois o Estado deve criar normas
(Poder Legislativo), administrar os interesses dele mesmo e dos cidadãos (Poder
Executivo) e dirimir os conflitos (Poder Judiciário).

! Jurisdição é o poder-dever-função do Estado de dizer o direito no


caso concreto, quando provocado.

Para o exercício do poder jurisdicional, o Estado atribuiu a determinadas


pessoas (juízes) o poder de atuar no caso concreto, organizando os órgãos judiciários
de maneira a que tal mister seja desenvolvido da maneira mais eficiente possível.
Assim, todos os juízos, ou seja, órgãos jurisdicionais possuem jurisdição,
isto é, podem atuar nas demandas instauradas perante o Poder Judiciário, dizendo o
direito, o que representa dizer que, no caso concreto o Estado aplicará a norma geral
e abstrata criada pelo Poder Legislativo. Pode-se afirmar que todo órgão judiciário
possui jurisdição, por ser órgão estatal.
Em uma analogia simples com uma empresa que possui centenas de
funcionários, todos estão ali para trabalhar e assim devem agir. Contudo, será que
todos os trabalhadores daquela empresa podem vender, comprar, atuar no setor de
marketing ou no jurídico? A resposta é negativa, pois apenas os empregados com
atribuição para comprar é que comprarão. Apenas os vendedores, que são aqueles
que têm atribuição para vender, é que atuarão nesse setor. No jurídico, apenas os
Advogados contratados com aquela finalidade.
Vejam que no Estado todos os órgãos judiciários podem atuar, julgar, assim
como todos os empregados podem trabalhar. Porém, nas duas situações há uma

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“divisão de tarefas”, de ofícios. Há uma organização tendente a fazer com que o labor
seja melhor executado.
Essa “divisão de tarefas” é realizada também no Poder Judiciário por meio
das normas de competência, pois são essas que conferem atribuição ao órgão para
atuar em determinado tipo de conflito, tais como cíveis, criminais, consumidor, etc.
Assim, competência é tida como a medida da jurisdição, pois demonstra em
que situações pode o Magistrado, representante do Estado, exercer a sua jurisdição.

! Todo juízo possui jurisdição, mas nem todo juízo possui


competência, pois esta restringe aquela, já que determina em que
situações pode o julgador atuar.

Voltando à nossa analogia com a empresa, essa “divisão de tarefas” é


realizada, possivelmente, com base na especialização e aptidão do empregado. Se é
bom de vendas, atuará naquele departamento. Se é Advogado, trabalhará no setor
jurídico. No Poder Judiciário as normas de competência também levam em
consideração determinados critérios, tais como o tipo de conflito, os entes que estão
envolvidos, dentre outros a serem estudados nos tópicos seguintes.

Exemplo: Moro em uma cidade em que há o Fórum da Justiça


Comum Estadual e Vara do Trabalho. Sei que lá estão trabalhando
Juízes (Estadual e Trabalhista). Os dois foram aprovados em
concurso público e exercem suas atividades em nome do Estado.
A função exercida pelos dois é decidir os conflitos que são levados
ao Poder Judiciário. Diversas vezes ao dia o Juiz Estadual se
depara com processos de família, assim como o Juiz do Trabalho
lida com ações pedindo o reconhecimento do vínculo de emprego.
Os dois dizem o direito no caso concreto, ou seja, afirmam por
meio de suas decisões qual das partes possui razão no conflito
que gerou a ação judicial. Os dois, portanto, possuem jurisdição,
mas cada um possui uma competência, isto é, está apto a julgar
determinado tipo de pedido. Não possui competência o Juiz do
Trabalho para decidir questões relacionadas à família, assim como
não possui competência do Juiz Estadual para julgar pedido de

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reconhecimento de vínculo de emprego.

Critérios de competência;

Os critérios utilizados pelo legislador para definir a competência dos órgãos


judiciários são de dois tipos: absolutos e relativos. Existem importantes e
fundamentais diferenças entre os dois critérios, abaixo analisadas:

ABSOLUTOS RELATIVOS
INTERESSE Estado Partes
CRITÉRIOS Material, pessoal e Territorial e valor da
funcional causa
LEGITIMIDADE Juiz de ofício ou partes Somente as partes
a requerimento
MOMENTO A qualquer momento e Prazo de defesa
grau de jurisdição
FORMA Simples petição Exceção
CONSEQUÊNCIAS Remessa dos autos Remessa dos autos ao
para o juízo juízo considerado
competente, com competente, que no
substituição das processo do trabalho é
decisões pelo novo o local da prestação
juízo. dos serviços.
PRECLUSÃO Não há preclusão, por Preclusão pela não
tratar-se de norma de apresentação da
ordem pública exceção de
incompetência,
acarretando
prorrogação da
competência.
AÇÃO RESCISÓRIA Cabe ação rescisória se Não cabe ação
a decisão que transitou rescisória, por ter

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em julgado tiver sido havido preclusão ante a


proferida por juízo não apresentação de
absolutamente alegação de
incompetente. incompetência.

 Interesse:

o Critérios absolutos: Ao criar tais critérios, o Estado organizou as


atribuições do Poder Judiciário tendo em vista o seu interesse em melhor
julgar, isto é, os critérios absolutos refletem o interesse público, razão
pela qual as partes não podem alterá-los. Apenas a lei pode determinar
eventual mudança nesses critérios.
o Critérios relativos: Em relação a esses critérios, o legislador levou em
consideração o interesse das partes conflitantes, ou seja, teve por ideal a
ser seguido a comodidade das partes, já que para o Estado tanto faz
analisar o dissídio em Vitória/ES ou Salvador/BA.

 Critérios:

o Critérios absolutos: São critérios absolutos: 1. MATERIAL, que define a


atribuição do órgão judiciário levando em consideração o tipo de conflito
instaurado entre as partes, isto é, a matéria que será analisada pelo
julgador. Um exemplo desse tipo de critério encontra-se no art. 114, I da
CRFB/88, que afirma ser da competência da Justiça do Trabalho as
demandas relacionadas à relação de trabalho; 2. PESSOAL, que
determina a competência tendo em vista as partes na demanda; 3.
FUNCIONAL, que destaca a competência do órgão jurisdicional com
base de exercício de uma função, isto é, pela relação existente entre dois
ou mais processos. A competência do TRT/ES para analisar recurso
ordinário interposto de sentença proferida por Vara do Trabalho de
Vitória/ES é funcional, pois deixa clara a ideia de continuação no
exercício do poder jurisdicional. Há nítida relação entre as funções
exercidas (proferir sentença e analisar recurso). No CPC/15, tal critério
encontra-se no artigo 61, abaixo transcrito:

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Art. 114 da CF: Compete à Justiça do Trabalho


processar e julgar: I as ações oriundas da relação
de trabalho, abrangidos os entes de direito público
externo e da administração pública direta e indireta
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.

Art. 61. A ação acessória será proposta no juízo


competente para a ação principal.

o Critérios relativos: Dois são os critérios relativos: 1. TERRITORIAL, que


define o local em que será ajuizada a demanda trabalhista. Seguem-se
as regras previstas no art. 651 da CLT que, em regra, destaca que o local
de trabalho será competente para o ajuizamento da ação trabalhista; 2.
VALOR DA CAUSA, que é utilizado para determinar a competência do
órgão jurisdicional conforme o valor atribuído à causa, sendo que tal
valor é determinante para a escolha do procedimento (ordinário,
sumaríssimo e sumário). Na Justiça do Trabalho tal critério não é
relevante, pois o mesmo juízo possui atribuição para processar e julgar
demandas em todos os ritos descritos, isto é, não existem juizados
especiais trabalhistas ou Vara do Trabalho que julguem apenas ações
ajuizadas em determinado procedimento.

Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação


e Julgamento é determinada pela localidade onde o
empregado, reclamante ou reclamado, prestar
serviços ao empregador, ainda que tenha sido
contratado noutro local ou no estrangeiro.
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou
viajante comercial, a competência será da Junta da
localidade em que a empresa tenha agência ou filial
e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta,
será competente a Junta da localização em que o
empregado tenha domicílio ou a localidade mais

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próxima.
§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e
Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se
aos dissídios ocorridos em agência ou filial no
estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro
e não haja convenção internacional dispondo em
contrário.
§ 3º - Em se tratando de empregador que promova
realização de atividades fora do lugar do contrato
de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar
reclamação no foro da celebração do contrato ou no
da prestação dos respectivos serviços.

 Legitimidade:

o Critérios absolutos: O ferimento às normas de competência absoluta deve


ser declarado de ofício pelo Magistrado, conforme art. 64, §1º do
CPC/15. Assim, verificando o Juiz do Trabalho que a demanda não é de
sua competência, e sim, da Justiça Comum, determinará a remessa dos
autos àquela justiça, reconhecendo a sua incompetência de ofício, ou
seja, sem requerimento. Tal fato decorre do interesse público na criação
de tais critérios.
o Critérios relativos: Diferentemente do que ocorre nos critérios absolutos,
em relação aos critérios relativos o juiz não pode conhecê-los de ofício,
nos termos da Súmula 33 do STJ. Nessa situação, somente as partes
podem alegar, já que o interesse na sua criação é privado.

Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será


alegada como questão preliminar de contestação. §
1o A incompetência absoluta pode ser alegada em
qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser
declarada de ofício. § 2o Após manifestação da
parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a
alegação de incompetência. § 3o Caso a alegação de

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incompetência seja acolhida, os autos serão


remetidos ao juízo competente. § 4o Salvo decisão
judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os
efeitos de decisão proferida pelo juízo
incompetente até que outra seja proferida, se for o
caso, pelo juízo competente.

Súmula nº 33 do STJ: A incompetência relativa não


pode ser declarada de ofício.

 Momento:

o Critérios absolutos: Não há um momento limite para que seja


reconhecida a incompetência absoluta de um juízo, já que o art. 64, §1º
do CPC/15 afirma que a regra deve ser reconhecida de ofício pelo juiz ou
alegada pela parte a qualquer tempo e grau de jurisdição. Caso o réu não
a alegue na contestação (art. 337 do CPC/15 – preliminares de mérito),
poderá alegá-la posteriormente, enquanto o processo estiver em trâmite.
o Critérios relativos: por tratar-se de interesse privado, das partes, o
legislador impôs que a alegação de incompetência relativa fosse
apresentada em até 5 dias após a notificação, antes da audiência (art.
800, da CLT, pós reforma trabalhista)

 Forma:

o Critérios absolutos: Tratando-se de critério no qual há nítido interesse


público, em que o Juiz deve conhecer de ofício eventual vício, não há que
se impor à parte que sua alegação seja apresentada por meio formal,
como uma petição específica. Assim, a alegação de incompetência
absoluta pode ser feita por simples petição, sendo que tal expressão
denota a total ausência de formalidade, permitindo que seja alegado o
vício inclusive oralmente.

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o Critérios relativos: A forma adequada para demonstrar a incompetência


relativa é por meio da exceção de incompetência, disciplinada no art.
800, da CLT, que prevê:

Art. 800. Apresentada exceção de


incompetência territorial no prazo de cinco
dias a contar da notificação, antes da audiência
e em peça que sinalize a existência desta
exceção, seguir-se-á o procedimento
estabelecido neste artigo.

§ 1o Protocolada a petição, será suspenso o


processo e não se realizará a audiência a que
se refere o art. 843 desta Consolidação até que
se decida a exceção.

§ 2o Os autos serão imediatamente conclusos


ao juiz, que intimará o reclamante e, se
existentes, os litisconsortes, para manifestação
no prazo comum de cinco dias.

§ 3o Se entender necessária a produção de


prova oral, o juízo designará audiência,
garantindo o direito de o excipiente e de suas
testemunhas serem ouvidos, por carta
precatória, no juízo que este houver indicado
como competente.

§ 4o Decidida a exceção de incompetência


territorial, o processo retomará seu curso, com
a designação de audiência, a apresentação de
defesa e a instrução processual perante o juízo

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competente.

 Consequências:

o Critérios absolutos: Acaso reconhecida a incompetência absoluta, nos


termos do art. 64, §2º do CPC, os autos serão remetidos para o juízo
competente, seja para outra Vara do Trabalho, no caso de incompetência
relativa ou para outra justiça, caso seja incompetência absoluta.

Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será


alegada como questão preliminar de contestação. §
1o A incompetência absoluta pode ser alegada em
qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser
declarada de ofício. § 2o Após manifestação da
parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a
alegação de incompetência.

o Critérios relativos: protocolada a petição de exceção o processo será


suspenso, e não será realizada audiência até que se decida a exceção.

 Preclusão:

o Critérios absolutos: Não há preclusão em relação aos critérios absolutos,


para as partes ou juiz, já que o art. 64, §1º do CPC/15 destaca que a
qualquer tempo e grau de jurisdição poderá ser alegado o vício. O fato de
o Juiz ter recebido a petição inicial não o impede de reconhecer a sua
incompetência absoluta posteriormente.
o Critérios relativos: No que concerne aos critérios relativos, há preclusão,
pois a não apresentação da exceção de incompetência no prazo previsto
no art. 800, da CLT, ocorrerá a denominada prorrogação de competência,
que significa dizer que o juízo que era incompetente passará a ser
competente diante da inércia da parte, nos moldes do art. 65 do CPC/15.

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Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o


réu não alegar a incompetência em preliminar de
contestação. Parágrafo único. A incompetência
relativa pode ser alegada pelo Ministério Público
nas causas em que atuar.

 Ação Rescisória:

o Critérios absolutos: Caso a violação às normas de competência absoluta


seja verificada no curso da ação, ou seja, enquanto tramitando o
processo, poderá ser alegada por simples petição ou reconhecida de
ofício pelo Magistrado, conforme já estudado. Caso se verifique tal erro
apenas após o trânsito em julgado, poderá a parte ajuizar ação
rescisória, no prazo máximo de 2 (dois) anos (art. 975 do CPC/15),
calcado no art. 966, II do CPC/15.

Art. 966. A decisão de mérito, transitada em


julgado, pode ser rescindida quando: II - for
proferida por juiz impedido ou por juízo
absolutamente incompetente;

Art. 975. O direito à rescisão se extingue em 2


(dois) anos contados do trânsito em julgado da
última decisão proferida no processo.

o Critérios relativos: No tópico anterior afirmou-se que há preclusão, com a


perda da possibilidade de alegar a incompetência relativa, se não houver
a apresentação de alegação de incompetência. Assim, por óbvio, por ser
um vício sanável no curso do processo, não ensejará o ajuizamento de
ação rescisória, já que o art. 966, II do CPC/15 aduz apenas à
incompetência absoluta e a interpretação deve ser restritiva.

Exemplo: Li o art. 114, I da CF/88 e vi que todas as ações

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relacionadas ao vínculo de trabalho devem ser ajuizadas perante a


Justiça do Trabalho. Por erro, ajuizei uma reclamação trabalhista
em face do meu ex-empregador na Vara Cível, ou seja, na Justiça
Comum Estadual. Quando o Juiz leu a petição inicial e verificou
que se tratava de ação sobre o vínculo de emprego que tive com a
empresa ré, ele chegou a conclusão que a competência era da
Vara do Trabalho da cidade. Por se tratar de competência
material, pois vinculado ao problema da ação, o Juiz remeteu a
ação para uma das Varas do Trabalho da cidade, reconhecendo-se
incompetente para analisar o meu pedido. Isso foi possível porque
a incompetência era absoluta, conforme art. 64, §1º do CPC/15.
Em outra ação trabalhista, deveria ter formulado meu pedido em
uma das Varas do Trabalho de Vitória/ES, pois foi o local em que
prestei serviços. Mas como estava residindo em São Paulo/SP, ali
ajuizei a ação. O Juiz do Trabalho de SP leu a minha petição
inicial, viu que tinha trabalhado em Vitória/ES e que, portanto, lá
deveria ter ajuizado a ação, mas não remeteu para o local
competente, por tratar-se de incompetência territorial. Aguardou
o reclamado apresentar a exceção de incompetência para julgá-la
procedente, determinando a remessa dos autos a uma das Varas
do Trabalho da capital do Espírito Santo.

Critérios Absolutos

Material, pessoal e funcional

A competência material da justiça do trabalho sofreu importantes alterações


com o advento da Emenda Constitucional nº 45/2004, pois diversos incisos do art.
114 da CRFB/88 foram modificados/incluídos.

Relação de emprego x relação de trabalho

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A primeira situação a ser analisada está descrita no inciso I do art. 114 da


CRFB/88: “as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de
direito público externo e da administração pública direta e indireta da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”.
Antes da mencionada emenda constitucional, o dispositivo constitucional em
análise fazia menção à relação de emprego, que é aquela firmada entre empregado e
empregador, com a presença dos requisitos do art. 3º da CLT, quais sejam, pessoa
física, pessoalidade, habitualidade, subordinação e onerosidade. Somente a discussão
em torno de direitos oriundos desse tipo de relação jurídica podia ser levada ao
conhecimento da Justiça do Trabalho, o que excluía os autônomos, eventuais,
prestadores de serviços, dentre outros. Naquela época, a Justiça do Trabalho era tida
como Justiça do Empregado, pois somente esse tipo de trabalhadores tinha acesso ao
ramo especializado do Poder Judiciário. A substituição do termo relação de emprego
por relação de trabalho ampliou significativamente a competência daquela justiça,
pois todas as relações de trabalho, tais como aquela firmada pelo autônomo, eventual
ou pelo mero prestador de serviços, passou a ser da competência da justiça laboral.

! Relação de trabalho é gênero, no qual encontramos, dentre outras,


a relação de emprego.

Assim, desde que afirmada na petição inicial a existência de vínculo jurídico


entre autor e réu e a prestação de labor, será competente aquela justiça para análise
do conflito. Assim, retirou-se o foco existente no empregado, passando-o para a
relação de trabalho, que é um gênero no qual se inclui a relação de emprego.
Destaca-se na doutrina acerca da competência da Justiça do Trabalho para
julgamento de ações fundadas em relação de consumo. O entendimento majoritário é
no sentido de que a Justiça Laboral não possui competência para tais ações, devendo
ser propostas perante a Justiça Comum.

! A Justiça do Trabalho não detém competência para análise de


relação de consumo.

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No tocante à ação para cobrança de honorários, o STJ editou a


Súmula nº 363, afirmando que “compete à Justiça estadual processar e julgar a ação
de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente”. O TST vem entendendo
que a Justiça do Trabalho se mostra incompetente para analisar tais pedidos, por
mostrar-se como verdadeira relação de consumo.

Súmula nº 363 do STJ: Compete à Justiça estadual


processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por
profissional liberal contra cliente.

Exemplo: Se fui empregado com carteira assinada ou se buscarei


o reconhecimento do vínculo de emprego (assinatura da CTPS), a
competência será da Justiça do Trabalho, por tratar-se de relação
de emprego. Se na qualidade de professor prestei serviços a uma
faculdade (palestra, por exemplo), a competência para cobrança
do valor também é da Justiça do Trabalho, por tratar-se de
relação de trabalho. Mas se, na qualidade de Advogado, fui
contratado e não recebi o valor acordado, a competência para a
ação de cobrança não é da Justiça do Trabalho, e sim, da Justiça
Comum estadual, pois a Súmula nº 363 do STJ diz que a ação
para cobrança de honorários de profissional liberal contra cliente
não compete à Justiça do Trabalho, e sim, à Justiça Estadual.

Ações envolvendo acidentes de trabalho

Trata-se de importante tema, que sofreu alterações com o EC nº 45/04, e


pode ser dividido em 2 (duas) situações:

 1ª: ação movida pelo empregado em face do empregador, buscando


indenização em virtude do acidente de trabalho: nessa hipótese, a competência
é da Justiça do Trabalho.

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 2ª: ação movida em face do INSS, para que a autarquia previdenciária


reconheça a existência de acidente de trabalho e a incapacidade dele advinda,
de forma a que efetue o pagamento das verbas devidas. Nessa hipótese, a
competência é da Justiça Comum Estadual. Nesse mesmo sentido são as
Súmulas 15 do STJ e 235 e 501 do STF. Nessa situação, a ação será distribuída
à Vara de Acidentes de Trabalho, caso exista.

! Apesar do INSS ser uma autarquia federal, a competência não é da


Justiça Comum Federal, e sim, da Justiça Comum Estadual,
conforme art. 109, I, parte final, da CRFB/88.

Súmula nº 15 do STJ: Compete à Justiça Estadual


processar e julgar os litígios decorrentes de
acidente do trabalho.

Súmula nº 235 do STF: É competente para a ação


de acidente do trabalho a justiça cível comum,
inclusive em segunda instância, ainda que seja
parte autarquia seguradora.

Súmula nº 501 do STF: Compete a justiça


ordinária estadual o processo e o julgamento, em
ambas as instâncias, das causas de acidente do
trabalho, ainda que promovidas contra a união,
suas autarquias, empresas públicas ou sociedades
de economia mista.

Se o empregado vier a falecer em decorrência do acidente de trabalho,


poderão viúva e filhos ajuizar a demanda indenizatória? Claro, pois se vislumbra o
chamado dano em ricochete, reflexo ou indireto. Nessa hipótese, qual órgão será
competente? A Súmula nº 366 do STJ previa a competência da Justiça Comum
Estadual, mas foi cancelada pelo Tribunal, fazendo com que o entendimento

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majoritário atualmente seja no sentido de reconhecer-se competente a


Justiça Laboral.

Muito se está discutindo acerca do dano em ricochete, pós


reforma trabalhista, tendo em vista a inclusão do art. 223- B, da CLT que dispõe que
“causa dano de natureza extrapatrimonial a ação ou omissão que ofenda a esfera
moral ou existencial da pessoa física ou jurídica, as quais são as titulares exclusivas
do direito à reparação”. Há quem defenda que ao inserir esse dispositivo o legislador
estaria então excluindo o dano em ricochete ao falar em “titulares exclusivos do
direito à reparação”. Todavia, para uma outra parcela da doutrina o dano em
ricochete seria o dano do próprio familiar do empregado, por exemplo, que sofreu
dano causado pela perda do ente. Em todo caso, teremos que aguardar o
posicionamento da jurisprudência a respeito do tema.

Outro ponto relevante, que mereceu atenção do STF por meio da edição de
súmula vinculante, é o momento de incidência das alterações que a EC 45/04
empreendeu em matéria de competência material (absoluta).
Dúvidas surgiram acerca da incidência ou não das novas normas nos
processos já sentenciados e naqueles que estavam em curso.
O STJ editou a Súmula nº 367, afirmando que as alterações trazidas pela
referida emenda constitucional não alcançam processos já sentenciados. Por sua vez,
o STF editou a súmula vinculante nº 22, cuja redação segue abaixo transcrita:

“A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as


ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes
de acidente de trabalho propostas por empregado contra
empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de
mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda
Constitucional nº 45/04”.

Súmula nº 367 do STJ: A competência estabelecida


pela EC n. 45/2004 não alcança os processos já
sentenciados.

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Por tratar-se de norma de caráter público, já que o critério de competência


material é absoluto, as demandas deveriam ser remetidas para o órgão competente
após a EC nº 45/04, independentemente do momento processual. Ocorre que o STJ e
o STF, no tocante ao tema em estudo, entenderam por criar um “meio-termo”, que
fez com que os processos já sentenciados permanecessem no órgão que os decidiu,
enquanto que as demais demandas seriam remetidas para novo órgão jurisdicional.

Exemplo 1: Ao fim de um dia de trabalho, estava em um


andaime, no 5ª andar da obra, quando cai por estar sem cinto de
segurança (equipamento de proteção individual). Tive vários
machucados, quebrei perna, braço, ficando afastado por 6 meses,
até total recuperação. O culpa do meu acidente foi da empresa
que não forneceu os equipamentos de proteção individual. Se vier
a ajuizar ação trabalhista em face da empresa, para pedir danos
materiais e morais, por exemplo, terei que ajuizar perante a
Justiça do Trabalho, pois dele é a competência, já que a discussão
gira em torno da relação de emprego existente entre as partes (eu
e a empresa).

Exemplo 2: Digamos que, em virtude do acidente acima narrado,


eu precise de um afastamento superior a 15 dias, hipótese de
recebimento de auxílio-doença acidentário, pago pelo INSS.
Digamos ainda que a autarquia não reconheça o meu acidente
como de trabalho e negue o benefício. Se vier a ajuizar ação em
face do INSS para que ele seja condenado ao pagamento do
auxílio-doença, a competência será da Justiça Estadual, mesmo o
INSS sendo autarquia federal, pois o tema do processo é acidente
de trabalho, hipótese excepcional do art. 109, I da CF/88.

Competência criminal

Conforme decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal, a justiça do


trabalho não possui competência criminal, mesmo após a ampliação da competência

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daquele ramo do Poder Judiciário, implementada pela EC nº 45/2004. Assim decidiu o


STF:

EMENTA: COMPETÊNCIA CRIMINAL. Justiça do Trabalho. Ações penais.


Processo e julgamento. Jurisdição penal genérica. Inexistência.
Interpretação conforme dada ao art. 114, incs. I, IV e IX, da CF,
acrescidos pela EC nº 45/2004. Ação direta de
inconstitucionalidade. Liminar deferida com efeito ex tunc. O
disposto no art. 114, incs. I, IV e IX, da Constituição da República,
acrescidos pela Emenda Constitucional nº 45, não atribui à Justiça
do Trabalho competência para processar e julgar ações penais. (ADI
3684 MC, Relator(a): Min. CEZAR PELUSO, Tribunal Pleno, julgado em
01/02/2007, DJe-072 DIVULG 02-08-2007 PUBLIC 03-08-2007 DJ 03-08-
2007 PP-00030 EMENT VOL-02283-03 PP-00495 RTJ VOL-00202-02 PP-
00609 LEXSTF v. 29, n. 344, 2007, p. 69-86 RMP n. 33, 2009, p. 173-184)

Atualmente, havendo crime contra a organização do trabalho ou


nos autos de processo trabalhista, a competência para o processo criminal será da
Justiça Comum Federal, nos termos do art. 109, VI da CRFB/88.

Exemplo: Nos autos de um processo trabalhista, que tramitava


perante a 10ª Vara do Trabalho de Porto Alegre/RS, uma
testemunha, João da Silva, mentiu deslavadamente, incorrendo
no crime de falso testemunho. Apesar do crime ter ocorrido em
processo que tramitava perante a Justiça do Trabalho, a
competência não será dessa Justiça, pois a Justiça do Trabalho
não possui qualquer competência criminal.

Ações envolvendo o exercício do direito de greve

O art. 114, II da CRFB/88, incluído pela EC nº 45/04, destaca,


genericamente, que as ações envolvendo o exercício do direito de greve são da

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competência da Justiça do Trabalho. O fato do texto constitucional ser genérico foi


proposital, de forma a retirar qualquer conflito sobre o tema da justiça comum, uma
vez que greve é um tema eminentemente trabalhista.

! A competência da Justiça do Trabalho para o tema greve


independe desta ser legal ou ilegal.

Assim, em decorrência do exercício do direito de greve podem ser ajuizadas


demandas individuais e coletivas. No primeiro grupo, podem-se destacar as ações
cautelares, visando a manutenção do mínimo para atendimento à população, ações de
indenização por atos realizados durante o movimento paredista. No segundo grupo,
8
destacam-se os dissídios coletivos, que segundo dispõe o art. 114, §3º da CRFB/88,
pode ser ajuizado pelo MPT, quando a greve se der em serviço essencial, ou pelas
empresas e sindicatos.

Art. 114, §3º da CF: Em caso de greve em atividade


essencial, com possibilidade de lesão do interesse
público, o Ministério Público do Trabalho poderá
ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do
Trabalho decidir o conflito.

Sobre o tema, indispensável a leitura da Súmula Vinculante nº 23 do STF,


assim redigida: “A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar
ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve
pelos trabalhadores da iniciativa privada”.

Exemplo: é muito comum, durante as paralisações oriundas de


greves, a invasão de empresas, a formação de barricadas na
frente das empresas, para que os outros empregados não possam
entrar para trabalhar. Esses instrumentos de pressão são ilícitos,
pois fogem das regras previstas na Lei nº 7783/89, que
regulamenta o exercício do direito de greve. Digamos que tenha
havido a invasão da empresa. Essa poderá ajuizar uma ação

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possessória (de reintegração de posse) para retirar os


empregados daquela localidade, sendo a competência da Justiça
do Trabalho, já que relacionado à greve. Da mesma forma, será
da competência da Justiça do Trabalho eventual ação de
indenização movida pela empresa contra o sindicato ou
empregados que invadiram e lhe geraram danos, materiais ou
morais.

Cumpre aqui registrar que o STF entende que será da


competência da Justiça Comum o julgamento
2 de greve de servidor público
estatutário e celetista. Assim decidiu o STF:

A justiça comum, federal ou estadual, é competente para julgar a


abusividade de greve de servidores públicos celetistas da Administração
pública direta, autarquias e fundações públicas.
STF. Plenário. RE 846854/SP, rel. orig. Min. Luiz Fux, red. p/ o ac.
Min. Alexandre de Moraes, julgado em 1º/8/2017 (repercussão
geral) (Info 871).

Ações sobre representação sindical

Dispõe o art. 114, III da CRFB/88, também incluído pela EC nº 45/2004,


que todas as ações envolvendo representação sindical, sejam entre sindicatos,
sindicatos e empregados e sindicatos e empregadores, serão da competência da
Justiça do Trabalho, o que fez com que diversas situações que antes eram julgadas
pela Justiça Comum Estadual passassem à Justiça Laboral.
Situação bastante comum, atualmente julgada perante a Justiça Laboral, é
a disputa por base territorial, em decorrência do denominado princípio da unicidade,
que regula o direito coletivo do trabalho. Antes da EC 45/04, se dois sindicatos
estivessem discutindo a legitimidade para representar certa categoria, tal litígio seria
levado à Justiça Comum Estadual, o que trazia uma série de inconvenientes, já que os
Juízes de Direito, por não atuarem cotidianamente com tal tipo de demanda, não
possuem conhecimentos profundos sobre o tema.

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Assim, como exemplos de ações que passaram à competência da Justiça


Laboral, têm-se:

 Ações visando a discussão sobre direito de filiação e desfiliação ao


sindicato;
 Ações visando a discussão sobre unicidade sindical;
 Ações cujo objeto seja eleição de representante sindical e todas as
questões daí advindas, tais como discussão acerca de estabilidade,
convocação de assembleia, etc.
 Ações envolvendo contribuições devidas ao sindicato, federação e
confederação, bem como ações de consignação e execução das mesmas;
a

Exemplo: Sabe-se, pela análise do art. 8º da CF/88, que existe o


princípio da unicidade sindical, que impede a existência de mais
de um sindicato, na mesma base territorial, para representar a
mesma categoria. Para controlar tal hipótese, é feito o pedido de
registro perante o MTE. Digamos que existam dois sindicatos
afirmando serem legítimos para representar determinada
categoria no Estado do Espírito Santo. Essa discussão, se
desaguar no Poder Judiciário, será julgada pela Justiça do
Trabalho, pois os sindicatos estão discutindo o tema
“representação sindical”. Se uma empresa, cobrada por um
sindicato, quiser discutir judicialmente que não deve a
contribuição para aquele ente, e sim, para outro, deverá ajuizar
ação na Justiça do Trabalho, pois novamente o tema é
“representação sindical”.

Mandado de segurança, habeas corpus e habeas data

Outro importante dispositivo incluído pela EC n 45/04 foi o inciso IV do art.


114 da CRFB/88, que atribui competência à Justiça do Trabalho para processar e
julgar os mandado de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato
questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição.

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Em relação ao mandado de segurança, este passou a ser impetrado perante


o 1º grau de jurisdição trabalhista, isto é, a Vara do Trabalho, quando for impetrado
em face de ato de auditor fiscal do trabalho ou delegado do trabalho, quando o ato
estiver relacionado à fiscalização das relações de trabalho. Além disso, também será
impetrado MS de competência da Vara do Trabalho quando o ato questionado for
realizado por Membro do Ministério Público do Trabalho, em inquéritos civis públicos
ou outros procedimentos administrativos.
A competência funcional para o mandado de segurança, além da Vara do
Trabalho, também poderá ser do Tribunal Regional do Trabalho e Tribunal Superior do
Trabalho, nas seguintes situações:

b
 Tribunal Regional do Trabalho: contra ato de Juiz do Trabalho, Juiz de
Direito atuando com competência trabalhista e atos do próprio TRT, em órgãos
monocráticos ou colegiados.

 Tribunal Superior do Trabalho: contra ato do Presidente do TST ou de


qualquer dos Ministros.

! Se o ato questionado for de membro do TRT, a competência para o


mandado de segurança é do próprio TRT, com recurso ordinário
(art. 895, II CLT) para o TST.
! Se o ato questionado for de membro do TST, a competência para o
mandado de segurança é do próprio TST.

Em relação ao habeas corpus, este será da competência da Justiça do


Trabalho quando a matéria nele discutida envolver matéria sujeita à sua jurisdição.
Antes da EC nº 45/04, entendia-se que do ato de Juiz do Trabalho que restringisse a
liberdade ou a locomoção, caberia habeas corpus de competência da Justiça Comum
Federal (TRF).
O exemplo mais utilizado para o cabimento do remédio constitucional em
estudo era a prisão do depositário infiel. Contudo, sobre o tema foi editada a Súmula
Vinculante nº 25 do STF, assim redigida: “É ilícita a prisão civil de depositário
infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito”. Ocorre que outras situações

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podem gerar a utilização do habeas corpus, como, por exemplo: prisão decretada pelo
Juiz à testemunha, por ferir o dever de dizer a verdade, restrição de liberdade do
empregado pelo empregador, em situações de greve, de empregado em situação
análoga à de escravo, por haver clara restrição à liberdade de locomoção, dentre
outros.

! Não é mais cabível a decretação de prisão do depositário infiel,


qualquer que seja o motivo, ante o disposto na Súmula Vinculante
nº 25 do STF.

Nessas situações, a competência poderá ser, em tese, de qualquer órgão da


f
Justiça Trabalhista, a saber:

 Vara do Trabalho: quando o ato ilegal que viola o direito de locomoção for
realizado por particular (empregador, por exemplo).
 Tribunal Regional do Trabalho: quando o ato ilegal for realizado por Juiz do
Trabalho.
 Tribunal Superior do Trabalho: quando o ato ilegal for realizado por Juiz do
Tribunal Regional do Trabalho.

Por fim, o habeas data, que também pode ser utilizado em sede trabalhista,
nunca em face do empregador, e sim, em face de ato de autoridade pública. Em sede
trabalhista, será utilizado nas seguintes hipóteses:

 Servidor celetista em face do Estado, para ter acesso às informações constantes


em seu prontuário.
 Terceiro em relação à Vara do Trabalho ou outro órgão do Poder Judiciário
Trabalhista, para ter acesso aos autos de processo em que há testemunho
fazendo menção à intimidade do impetrante.

Exemplo: é muito comum a impetração de mandado de


segurança contra ato de Juiz do Trabalho, quando esse profere
decisão interlocutória ilegal, como aquela que determina penhora
em salário ou que indefere a reintegração de empregada que foi

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demitida grávida. Diante dessa decisão judicial ilegal, impetra-se


mandado de segurança. A competência para esse MS será do TRT,
pois o ato ilegal é da Vara do Trabalho, órgão de 1º grau de
Justiça do Trabalho. Essa ação (mandado de segurança) terá início
no TRT, por ser uma ação de competência originária daquele
tribunal. Da decisão proferida no MS (acórdão do TRT), caberá
recurso ordinário (art. 895, II da CLT) para o TST.

Conflitos de competência

O art. 114, V da CRFB/88, estabelece a competência da Justiça do Trabalho


para julgar os conflitos de competência apenas entre os órgãos que possuem
competência trabalhista. Situação excepcional decorre do art. 102, I, “o” da CRFB/88,
que afirma a competência do STF para os conflitos de competência envolvendo os
tribunais superiores, isto é, STF, STJ e TST.
Segundo dispõe o art. 66 do CPC/15, existem 3 (três) espécies de conflitos
de competência:

 Conflito positivo, que decorre da declaração de competência entre dois ou


mais juízos;
 Conflito negativo, que decorre da declaração de incompetência entre dois ou
mais juízos;
 Conflito na reunião ou separação de processos, quando surge controvérsia
entre dois ou mais juízos em decorrência daqueles fatos.

Sobre a legitimidade para iniciar o conflito, tem-se a aplicação dos artigos


953 do CPC/15 e 805 da CLT, que destacam que o procedimento pode ser iniciado
pelo juiz, de ofício, pelas partes e pelo Ministério Público, sendo que os artigos 952 do
CPC/15 e 806 da CLT destacam a impossibilidade da parte que apresentou alegação
de incompetência, suscitar o conflito de competência.

Art. 952. Não pode suscitar conflito a parte que,


no processo, arguiu incompetência relativa.

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Parágrafo único. O conflito de competência não


obsta, porém, a que a parte que não o arguiu
suscite a incompetência.

Art. 953. O conflito será suscitado ao tribunal: I -


pelo juiz, por ofício; II - pela parte e pelo
Ministério Público, por petição. Parágrafo único. O
ofício e a petição serão instruídos com os
documentos necessários à prova do conflito.

Art. 805 da CLT: Os conflitos de jurisdição podem


ser suscitados: a) pelos Juízes e Tribunais do
Trabalho; b) pelo procurador-geral e pelos
procuradores regionais da Justiça do Trabalho; c)
pela parte interessada, ou o seu representante.

Art. 806 da CLT: É vedado à parte interessada


suscitar conflitos de jurisdição quando já houver
oposto na causa exceção de incompetência.

Sobre a competência para julgamento dos conflitos, devem ser seguidas as


regras abaixo destacadas, afirmando-se desde logo que as Varas do Trabalho não
possuem competência para o julgamento destes procedimentos.

 TRT: quando os juízos em conflito forem Varas do Trabalho da mesma região


ou quando o conflito se instalar entre Juízes de Direito investidos na
competência trabalhista na mesma região ou entre Varas do Trabalho e Juízes
de Direito investidos na competência trabalhista da mesma região. Assim, se
Vara do Trabalho de Vitória estiver em conflito com Vara do Trabalho de São
Mateus, por estarem ambas vinculadas ao TRT/ES, a competência será daquele
órgão.

! Atentar que aos Juízes de Direito, conforme já estudado, pode ser


atribuída competência trabalhista.

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! O TRT terá competência para processar e julgar o conflito de


competência quando as varas em conflito foram da mesma região.
Se estiverem vinculadas à TRTs de regiões distintas, a competência
será do TST.

 TST: quando o conflito for instaurado entre Tribunais Regionais do Trabalho,


entre Tribunais Regionais do Trabalho e Varas de Trabalho (ou juízes de direito)
de regiões diferentes e entre Varas do Trabalho ou Juízes de Direito investidos
na competência trabalhista, em regiões diferentes. Nesta hipótese, se Vara do
Trabalho de Vitória estiver em conflito com Vara do Trabalho do Rio de Janeiro,
por estarem vinculadas à TRTs de regiões diferentes, a competência será do
TST.

 STJ: quando o conflito for instaurado entre Vara do Trabalho ou TRT e Juízo de
Direito não investido na competência trabalhista.

 STF: quando o TST estiver em conflito com qualquer outro órgão do Poder
Judiciário como, por exemplo, TJ, TRF, STJ, STF.

Por fim, vale a pena destacar a Súmula nº 420 do TST, que menciona a
inexistência de conflito de competência entre Vara do Trabalho e Tribunal Regional do
Trabalho, a que está vinculado.

Súmula nº 420 do TST: Não se configura conflito


de competência entre Tribunal Regional do
Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada.

Exemplo: Muitos conflitos de competência surgiram a partir de


2004, ano em que entrou em vigor a Emenda Constitucional nº
45, que trouxe várias ações que antes eram ajuizadas na Justiça
Comum, para a Justiça do Trabalho. Imaginem a seguinte
situação: Juiz do trabalho que recebe uma ação em que o autor é
um profissional liberal cobrando os seus honorários de um cliente.
O Juiz do Trabalho, conforme Súmula nº 363 do STJ, determina a

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remessa dos autos para a Justiça Comum. Essa ação chegando a


uma Vara Cível, encontra um Juiz Estadual que diz que a
competência não é dele, e sim, da Justiça do Trabalho. Como ele
não pode devolver a ação, será iniciado um conflito negativo de
competência, porque os dois se dizem incompetentes para
analisar e julgar o pedido. Como temos uma Vara do Trabalho e
uma Vara Cível, a competência para julgamento do conflito será
do STJ.

Ações de indenização por dano moral ou patrimonial

Talvez um dos temas mais estudados sobre competência da Justiça do


Trabalho seja o dano moral decorrente da relação de trabalho, em virtude da inclusão
do inciso VI do art. 114 da CRFB/88, por meio da Emenda Constitucional nº 45/2004.
Contudo, o TST já se inclinava por reconhecer a competência daquela justiça
especializada, para processar e julgar as demandas envolvendo dano moral, quando
decorrente da relação de trabalho, mesmo que a ação seja proposta por sucessor ou
dependentes, conforme alteração realizada em 2015. Tal tendência firmou-se com a
edição da Súmula nº 392.

Súmula nº 392 do TST: Nos termos do art. 114,


inc. VI, da Constituição da República, a Justiça
do Trabalho é competente para processar e julgar
ações de indenização por dano moral e material,
decorrentes da relação de trabalho, inclusive as
oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele
equiparadas, ainda que propostas pelos
dependentes ou sucessores do trabalhador
falecido.

Assim, o que o Legislador Constituinte fez foi incluir no art. 114 da CRFB/88
um tema já pacificado na Justiça do Trabalho, dando-lhe relevo constitucional.

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Contudo, alguns temas devem ser estudados, principalmente no que


concerne ao dano moral que surge em decorrência de acidente de trabalho.
Já foram estudadas as normas sobre competência em caso de acidente de
trabalho, ficando claro que:

 Se a ação for ajuizada em face do INSS (lide previdenciária), a


competência será da Justiça Comum Estadual.

 Se a ação for ajuizada em face do empregador, a competência será da


Justiça do Trabalho.

Exemplo: Eu e João somos velhos conhecidos. Ano passado


comecei a trabalhar na empresa de João. Ocorre que em um final
de semana prolongado, viajamos com nossas famílias para uma
praia e, naqueles dias, alguns desentendimentos surgiram entre
nós dois. Numa dessas discussões, João me agrediu e eu saí da
briga com um olho roxo, bem como um braço quebrado. Essa
situação poderia gerar o pedido de condenação de João ao
pagamento de danos morais e materiais. Como não há qualquer
vínculo entre a briga e o trabalho, a competência é da Justiça
Comum Estadual. Diferente seria se eu fosse agredido no
trabalho, em virtude dele. Se em uma discussão envolvendo o
trabalho que exerço na empresa de João, tivéssemos dano moral
e material, a competência seria da Justiça do Trabalho, haja vista
que o dano decorre do vínculo de emprego que existe entre nós.

Ações relativas às penalidades impostas pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho

Trata-se de uma das competências mais importantes da Justiça do


Trabalho, se verificarmos as provas de concursos, uma vez que as bancas incluem em
suas questões a afirmação de que cabe à justiça especializada a discussão acerca das
penalidades impostas pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho, conforme

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consta expressamente no art. 114, VII da CF/88, incluído pela Emenda Constitucional
nº 45/04.
O principal órgão de fiscalização das relações de trabalho é o Ministério do
Trabalho, através dos Auditores Fiscais do Trabalho. Digamos que uma determinada
empresa tenha recebido a fiscalização daquele órgão e por supostamente estar
descumprindo alguma norma de proteção ao trabalhador, tenha sido autuada e
multada. Querendo anular a autuação, deverá ajuizar ação perante a Justiça do
Trabalho, conforme afirma o inciso VII do art. 114 da CF, uma vez que se trata de
ação sobre penalidades impostas pelos órgãos de fiscalização das relações de
trabalho.

VII as ações relativas às penalidades


administrativas impostas aos empregadores pelos
órgãos de fiscalização das relações de trabalho;

Dissídios coletivos

A competência atribuída à Justiça do Trabalho para dirimir os conflitos


coletivos, isto é, entre categorias, encontra sustentação no art. 114, §2º da CRFB/88,
que afirma, em síntese, que se as partes não chegarem ao término do conflito de
maneira conciliatória, bem como não for estabelecida a arbitragem, o conflito coletivo
será decidido pelo Poder Judiciário, que fixará as normas jurídicas a serem aplicadas
para aquelas categorias em conflito, por determinado período de tempo.

! Atentar que o TST editou em maio de 2011, o Procedente


Normativo nº 120, afirmando que a sentença normativa produzirá
efeitos por até quatro anos se não for substituída por acordo
coletivo, convenção coletiva ou outra sentença normativa.

Art. 114, §2º da CF: Recusando-se qualquer das


partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é
facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar
dissídio coletivo de natureza econômica, podendo
a Justiça do Trabalho decidir o conflito,

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respeitadas as disposições mínimas legais de


proteção ao trabalho, bem como as
convencionadas anteriormente.

Em tópico próprio serão analisados todos os aspectos relacionados aos


dissídios coletivos, mas algumas notas sobre o tema serão tecidas:

 Classificação: segundo o Regimento Interno do TST, os dissídios podem ser


classificados em econômicos, jurídicos e de greve.

 Natureza Jurídica da sentença normativa: será constitutiva ou declaratória,


a depender da espécie de dissídio coletivo. Porém, nunca será condenatória.

! A sentença normativa não possui carga condenatória, pois apenas


cria a norma jurídica (direito) ou interpreta norma preexistente.

 Prazo máximo: a sentença normativa terá vigência máxima de 4 (quatro)


anos, sendo que após 1 (um) ano poderá ser revista, através de dissídio
econômico revisional.

! Atentar para o Precedente Normativo nº 120 do TST.

PN nº 120 do TST: A sentença normativa vigora,


desde seu termo inicial até que sentença normativa,
convenção coletiva de trabalho ou acordo coletivo de
trabalho superveniente produza sua revogação,
expressa ou tácita, respeitado, porém, o prazo
máximo legal de quatro anos de vigência.

 Competência: Os dissídios coletivos nunca são julgados pela Vara do Trabalho,


e sim, apenas pelos Tribunais Regionais do Trabalho e Tribunal Superior do
Trabalho, pois possuem competência originária para tais dissídios, a depender
da amplitude das categorias em conflito.

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 Ação de cumprimento: havendo o descumprimento de alguma norma


constante da sentença normativa, não é cabível a ação de execução, já que a
natureza jurídica daquele ato judicial é constitutivo ou declaratório, e nunca
condenatório. Nessas situações, caberá o ajuizamento de ação de cumprimento,
de competência da Vara do Trabalho.

! A ação de cumprimento é da competência da Vara do Trabalho,


enquanto o dissídio coletivo é da competência do TRT ou TST.

Exemplo: É muito comum, em algumas cidades, as greves de


determinadas categorias, como os rodoviários, ou seja, motoristas
e trocadores do serviço público de transporte. Quando os
sindicatos dos empregados e empregadores não chegam a um
consenso sobre salários e outros benefícios, temos a greve. Para
por fim a greve, as categorias podem continuar discutindo ou
podem ajuizar a ação de dissídio coletivo de trabalho, que será
julgada pelo Poder Judiciário Trabalhista, de forma a que venham
a ser criadas as regras que serão aplicadas naquele caso concreto,
como reajuste salarial, jornada de trabalho, dentre outros.
Quando a Justiça do Trabalho decide o dissídio coletivo, ela
profere uma sentença normativa, que cria os direitos e deveres.
Caso alguma norma ali contida não seja respeitada, o titular do
direito terá que ajuizar outra ação para demonstrar o desrespeito
(não concessão do reajuste salarial, por exemplo), sendo que essa
ação recebe o nome de “ação de cumprimento”.

Ações sobre descumprimento de normas relativas à segurança, higiene e saúde no trabalho

A questão mostra-se totalmente pacificada por meio da Súmula nº 736 do


STF, que afirma ser da competência da Justiça do Trabalho as demandas que
contenham pedidos baseados no descumprimento das normas relativas à segurança,

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higiene e saúde no trabalho, já que se trata de obrigação do empregador cumpri-las,


em especial, no que toca à entrega e fiscalização da utilização dos Equipamentos de
Proteção Individual (EPIs).

Súmula 736 do STF: Compete à Justiça do


Trabalho julgar as ações que tenham como causa
de pedir o descumprimento de normas
trabalhistas relativas à segurança, higiene e saúde
dos trabalhadores.

Exemplo: pode ser que o Sindicato da categoria ou o Ministério


Público do Trabalho verifique que uma determinada empresa não
esteja cumprindo as normas de segurança, higiene e saúde no
trabalho, por não estar fornecendo os EPIs ou concedendo os
intervalos para descanso e alimentação. Qualquer ação que tenha
por finalidade impor o respeito às regras ou que visem a
condenação por danos decorrentes do descumprimento, será da
competência da Justiça do Trabalho.

Execução das contribuições sociais

A EC nº 45/04 incluiu o inciso VIII ao art. 114 da CRFB/88, afirmando a


competência da Justiça do Trabalho para executar as contribuições sociais decorrentes
das sentenças que proferir.
Assim, sendo proferida uma sentença condenatória ou homologado acordo,
sobre as parcelas de cunho salarial incidirá a contribuição social prevista no art. 195,
I, a e II da CRFB/88, devidas à União. Tais valores, que antes eram executados pelo
INSS, passaram a ser devidos à União, devido à criação da Receita Federal do Brasil,
por meio da Lei nº 11.457/2007.
Ponto importante a ser destacado é a alteração do parágrafo único do art.
876 da CLT, assim redigido:

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“A Justiça do Trabalho executará, de ofício, as contribuições sociais


previstas na alínea a do inciso I e no inciso II do caput do art. 195
da Constituição Federal, e seus acréscimos legais, relativas ao
objeto da condenação constante das sentenças que proferir e dos
acordos que homologar”.

Com a reforma trabalhista, foi excluída a expressão “inclusive


sobre os salários pagos durante o período contratual reconhecido”, reafirmando o
entendimento do TST, que por meio de sua Súmula nº 368, I, afirmou não ter
competência para executar as contribuições devidas no curso do contrato de trabalho,
e sim, apenas aquelas incidentes sobre o valor que compõe a condenação, ou
seja, apenas incidentes sobre sentenças condenatórias.

O mesmo entendimento foi firmado na Súmula Vinculante nº 53 do STF,


que será analisada na aula sobre execução trabalhista.

Outro ponto bastante controverso é a realização de acordo após o trânsito


em julgado. Caso a sentença tenha condenado o reclamado ao pagamento de
R$10.000,00 (dez mil reais) em parcelas de natureza salarial, sobre as quais incide a
aludida contribuição, e após o trânsito em julgado for realizado acordo no importe de
R$5.000,00 (cinco mil reais), sobre qual valor será devida a contribuição?
R$10.000,00 ou R$5.000,00?
A OJ 376 da SBDI-1 do TST firmou entendimento que a contribuição
incidirá tendo por base o valor do acordo homologado, mesmo que formulado
após o trânsito em julgado da decisão.

OJ nº 376 da SDI-1 do TST: É devida a contribuição


previdenciária sobre o valor do acordo celebrado e
homologado após o trânsito em julgado de decisão
judicial, respeitada a proporcionalidade de valores
entre as parcelas de natureza salarial e indenizatória
deferidas na decisão condenatória e as parcelas
objeto do acordo.

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Exemplo: Um determinado empregado trabalhou sem receber o


adicional de periculosidade, que é uma verba com natureza
salarial e, portanto, incide contribuição previdenciária (INSS).
Como o empregador não efetuou o pagamento do adicional,
também não fez o recolhimento mensal do INSS incidente. Como
o empregado ajuizou ação trabalhista, o empregador foi
condenado ao pagamento de R$10.000,00, além das contribuições
previdenciárias devidas à União. Como não houve o pagamento
das quantias, foram iniciadas as execuções do valor devido ao
empregado e à União, no mesmo processo. O Juiz determinou a
penhora de bens da empresa para o pagamento das duas verbas
– adicional de periculosidade e contribuição previdenciária.

Outras competências previstas na CLT Art. 652

Em algumas questões, a FCC se vale do art. 652 da CLT, principalmente


para dizer que a Justiça do Trabalho possui competência para as ações entre
trabalhadores portuários (avulsos) e o Órgão Gestor de Mão de Obra – OGMO,
conforme inciso V do dispositivo, destacado a seguir:

“Art. 652 - Compete às Juntas de Conciliação e Julgamento:


a) conciliar e julgar:
I - os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da estabilidade
de empregado;
II - os dissídios concernentes a remuneração, férias e indenizações por
motivo de rescisão do contrato individual de trabalho;
III - os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que o
empreiteiro seja operário ou artífice;
IV - os demais dissídios concernentes ao contrato individual de
trabalho; b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta
grave; c) julgar os embargos opostos às suas próprias decisões; d)
impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua
competência;

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e) (Suprimida pelo Decreto-lei nº 6.353, de 20.3.1944)


V - as ações entre trabalhadores portuários e os operadores
portuários ou o Órgão Gestor de Mão-de-Obra - OGMO
decorrentes da relação de trabalho;
Parágrafo único - Terão preferência para julgamento os dissídios sobre
pagamento de salário e aqueles que derivarem da falência do
empregador, podendo o Presidente da Junta, a pedido do interessado,
constituir processo em separado, sempre que a reclamação também
versar sobre outros assuntos”.

 Súmula nº 454 do TST (Maio de 2014) – Seguro de Acidente de


Trabalho (SAT):

SÚMULA Nº 454. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO.


EXECUÇÃO DE OFÍCIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL REFERENTE AO
SEGURO DE ACIDENTE DE TRABALHO (SAT). ARTS. 114, VIII, E 195, I,
“A”, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. (conversão da Orientação
Jurisprudencial nº 414 da SBDI-1)

Compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, da contribuição


referente ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), que tem natureza de
contribuição para a seguridade social (arts. 114, VIII, e 195, I, “a”, da CF),
pois se destina ao financiamento de benefícios relativos à incapacidade do
empregado decorrente de infortúnio no trabalho (arts. 11 e 22 da Lei nº
8.212/1991)

REFORMA TRABALHISTA Lei 13.467/17 homologação de acordo extrajudicial

A reforma trabalhista incluiu mais uma competência material para a Justiça


do Trabalho, no seu art. 652, “f” da CLT, que é a possibilidade do Juiz do Trabalho
homologar acordo extrajudicial.
Assim, as partes podem formular acordo extrajudicialmente, levando o
mesmo para homologação do Juiz, que proferirá sentença aceitando o mesmo, para

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que produza todos os efeitos legais e a situação nele verificada não pode mais ser
discutida.

Art. 652. Compete às Varas do Trabalho: f) decidir


quanto à homologação de acordo extrajudicial em
matéria de competência da Justiça do Trabalho.

O procedimento para a homologação judicial encontra-se disciplinado no


art. 855-B da CLT, sendo que podem ser destacados os seguintes pontos:

o O acordo deve ser apresentado por petição conjunta;


o As partes devem estar representadas por Advogado, ou seja, não
se aplica o jus postulandi na hipótese;
o Os Advogados das partes devem ser diferentes, ou seja, não pode
ser Advogado comum;
o O trabalhador pode ser representado por Advogado do Sindicato;

O fato das partes terem celebrado o acordo e levado à apreciação judicial


não afasta a incidência do art. 477, §6º da CLT, que trata do prazo para pagamento
das verbas rescisórias, incidindo a multa do §8º do mesmo artigo caso não haja o
pagamento no prazo.
Acerca do procedimento, destaca-se o que segue:

o Apresentada a petição requerendo a homologação do acordo, o


Magistrado terá 15 dias para analisa-lo, podendo:
 Marcar audiência, caso entenda necessário (para ouvir o
empregado, por exemplo);
 Proferir sentença:
 Homologando o acordo e extinguindo o feito com
resolução do mérito;
 Negando a homologação do acordo, já que a Súmula
418 do TST afirma ser faculdade do Magistrado a
homologação do mesmo;

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Durante o procedimento, o prazo de prescrição ficará suspenso para que


não haja qualquer prejuízo para o trabalhador, principalmente na hipótese de negativa
na homologação do acordo. Assim, havendo a negativa de homologação por sentença,
poderão as partes recorrer, mas em um determinado momento haverá o trânsito em
julgado da sentença e o prazo de prescrição voltará a fluir no dia útil seguinte.

Critério Relativo - Competência Territorial

O critério de competência territorial define o local do ajuizamento da ação.


No direito processual do trabalho não se segue a regra geral do CPC, que versa que a
ação sobre direito pessoal ou real sobre móveis será ajuizado no foro do domicílio do
réu.
Visando a proteção do empregado, hipossuficiente na relação jurídica
firmada com o empregador, bem como na colheita de provas e facilitação da busca
pela verdade real, o legislador criou normas diversas, previstas no art. 651 da CLT,
que afirmam ser o local da prestação dos serviços, o competente para processar e
julgar a reclamação trabalhista. Mesmo que o empregado tenha sido contratado em
outro local, a competência será da comarca em que efetivamente trabalhou e, se
houve transferência(s), o local em que se deu o encerramento do liame jurídico, isto
é, no último local da prestação dos serviços.

! O acesso ao Poder Judiciário é a principal razão que levou o


legislador a definir como competente o local da efetiva prestação
dos serviços.

Art. 651 da CLT: A competência das Juntas de


Conciliação e Julgamento é determinada pela
localidade onde o empregado, reclamante ou
reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda
que tenha sido contratado noutro local ou no
estrangeiro.
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou
viajante comercial, a competência será da Junta da
localidade em que a empresa tenha agência ou filial e

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a esta o empregado esteja subordinado e, na falta,


será competente a Junta da localização em que o
empregado tenha domicílio ou a localidade mais
próxima.
§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e
Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se
aos dissídios ocorridos em agência ou filial no
estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e
não haja convenção internacional dispondo em
contrário.
§ 3º - Em se tratando de empregador que promova
realização de atividades fora do lugar do contrato de
trabalho, é assegurado ao empregado apresentar
reclamação no foro da celebração do contrato ou no
da prestação dos respectivos serviços.

Assim, se for contratado em Vitória/ES para trabalhar no Rio de Janeiro/RJ,


a competência territorial será desta última cidade. Se for contratado em Vitória/ES,
transferido para São Paulo/SP e posteriormente para o Rio de Janeiro/RJ, sendo neste
último local dispensado, a competência será da última cidade em que laborou, ou
seja, Rio de Janeiro/RJ.
Lembre-se que a competência territorial é relativa, não podendo ser
reconhecida de ofício pelo Magistrado (Súmula nº 33 STJ), razão pela qual a parte
interessada deve apresentar alegação de incompetência.
O art. 651 da CLT possui uma regra geral, já analisada, e algumas
exceções, a seguir analisadas:

 Agente ou viajante comercial - §1º do art. 651 CLT: A análise do dispositivo


deve ser realizada com bastante cuidado, pois muitos são os detalhes. As
regras de competência territorial, nessa hipótese, devem observar a seguinte
ordem:

o Local da agência ou filial a que o empregado está subordinado.


o Caso não haja agência ou filial ou o empregado não esteja
subordinado àquela, o local competente será o domicílio do

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empregado ou a localidade mais próxima, à escolha do


empregado-reclamante.

 Dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro - §2º do art. 651 CLT: Se


o empregado for brasileiro e sendo contratado no Brasil para trabalhar no
exterior, poderá ajuizar a demanda trabalhista em nosso país. Ponto importante
é a necessidade da empresa reclamada possuir sede ou filial no Brasil para o
ajuizamento da reclamação trabalhista. Há entendimentos contrários, de que
não há tal necessidade, já que a citação poderia ser realizada por meio de carta
rogatória, para o país estrangeiro no qual a empresa possui sede ou filial.

 Empregador que promova a realização de atividades fora do lugar do contrato


de trabalho - §3º do art. 651 CLT: nessa hipótese, o viajante é o empregador,
ou seja, o mesmo contrata o empregado em um local, mas promove a sua
atividade em locais diversos, tais como os circos. Nessa situação, poderá o
empregado escolher o ajuizamento de sua reclamação no local da celebração do
contrato ou no local da prestação dos serviços. Não há ordem preestabelecida,
e sim, possibilidade de escolha pelo autor.

Exemplo 1: João, que reside em Vitória/ES, foi contratado nessa


localidade para trabalhar para uma empresa em Salvador/BA. Na
cidade baiana trabalhou durante 2 anos e foi demitido. Apesar de
sempre ter residido em Vitória e de ter retornado para essa
cidade, a ação deve ser ajuizada em Salvador, por ter sido o local
da prestação dos serviços.

Exemplo 2: João foi contratado e trabalhou para a filial de uma


grande empresa em Vitória/ES, sendo transferido para Maceió/AL
e, por último, para Belém/PA, local em que trabalhou por 3 anos
antes de ser demitido. Apesar de ter trabalhado em vários locais,
deverá ajuizar ação em Belém/PA, por ser o último local da
prestação dos serviços.

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Foro de eleição em contratos de trabalho

O foro de eleição significa a escolha do local do ajuizamento da ação pelas


partes em determinado negócio jurídico, tal como um contrato. João e Maria, em
contrato firmado entre ambos, podem estabelecer como foro competente para as
ações oriundas daquele contrato, qualquer local dentro do território brasileiro.
Previsto no art. 63 do CPC/15, não é aplicável ao processo do trabalho,
ante a possibilidade de ser ferido o princípio da proteção, uma vez que o empregador
poderia impor situação desfavorável ao empregado, “elegendo” local distante para o
ajuizamento das ações, por saber que o empregado não teria condições de deslocar-
se até o local. Se aplicável, poderia ser imposta a seguinte situação: João, contratado
para trabalhar para a empresa Alfa S/A, em Vitória/ES, teria em seu contrato cláusula
prevendo que eventual reclamação trabalhista seria ajuizada na cidade de São
Luis/MA ou Rio Branco/AC. Certamente o obreiro não teria condições econômicas para
deslocar-se para local tão distante.

Art. 63. As partes podem modificar a competência


em razão do valor e do território, elegendo foro
onde será proposta ação oriunda de direitos e
obrigações. § 1o A eleição de foro só produz efeito
quando constar de instrumento escrito e aludir
expressamente a determinado negócio jurídico. §
2o O foro contratual obriga os herdeiros e
sucessores das partes. § 3o Antes da citação, a
cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser
reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que
determinará a remessa dos autos ao juízo do foro
de domicílio do réu. § 4o Citado, incumbe ao réu
alegar a abusividade da cláusula de eleição de
foro na contestação, sob pena de preclusão.

Além disso, tal fato prejudicaria certamente a produção de provas, já que


em São Luis/MA ou Rio Branco/AC não estariam as provas da relação de trabalho ou
as testemunhas que poderiam depor sobre os fatos narrados na inicial.

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Perpetuação da competência

O tema também é conhecido como perpetuação da jurisdição e está


previsto no art. 43 do CPC/15, sendo indispensável na análise do tema competência.
A regra prevista no Código de Processo civil afirma que a competência é fixada no
momento do ajuizamento da ação, sendo irrelevantes determinadas alterações, o que
significa dizer que uma vez ajuizada a ação, alguns fatos não modificam a
competência que foi fixada no órgão judicial. Caso seja ajuizada reclamação
trabalhista e distribuída para a 5ª Vara do Trabalho de Vitória/ES, a alteração do
domicílio do autor não interfere na competência daquele órgão jurisdicional, que se
mantém, em regra, até o término da demanda. O Código de Processo Civil afirma que
“as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas” são irrelevantes, tais como
a mudança de endereço, emprego, interdição, dentre outras.

Art. 43. Determina-se a competência no momento


do registro ou da distribuição da petição inicial,
sendo irrelevantes as modificações do estado de
fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo
quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem
a competência absoluta.

Porém, há exceções, que são as alterações em critérios de competência


absoluta (material, pessoal e funcional) ou a supressão do órgão jurisdicional.
Assim, se um mandado de segurança tramita perante o TRT/ES em virtude
de norma de competência material e essa vem a ser alterada, determinando a
tramitação perante Vara do Trabalho (1º grau de jurisdição), aquela demanda será
remetida de imediato para uma das varas do trabalho da localidade, já que o critério
alterado é absoluto, isto é, de interesse do Estado.

! A alteração deve ser em critério absoluto, isto é, critérios absoluto,


funcional ou pessoal ou na hipótese de supressão do órgão
jurisdicional.

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Tal fato ocorreu com a entrada em vigor da Emenda Constitucional nº


45/04, pois essa norma alterou a competência material da Justiça do Trabalho,
trazendo as lides sobre acidente de trabalho (com exceção daquelas movidas em face
do INSS) da Justiça Comum para a especializada. As lides acidentárias que
tramitavam nas Varas de Acidente de Trabalho foram encaminhadas à Justiça do
Trabalho, salvo aquelas nas quais já havia sentença proferida, de acordo com a
Súmula Vinculante nº 22 do STF.

Súmula Vinculante nº 22 do STF: A Justiça do


Trabalho é competente para processar e julgar as
ações de indenização por danos morais e
patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho
propostas por empregado contra empregador,
inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença
de mérito em primeiro grau quando da promulgação
da Emenda Constitucional nº 45/04.

Modificação de competência

A modificação de competência está descrita no art. 54 do CPC/15 e está


relacionada apenas aos critérios relativos, isto é, territorial e valor da causa. Como já
estudado, o valor da causa no direito processual do trabalho não é relevante para a
definição da competência, e sim, para a determinação do procedimento. Assim, o que
será visto a partir de agora são as situações em que a competência territorial sofrerá
modificações.

Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se


pela conexão ou pela continência, observado o
disposto nesta Seção.

São três as hipóteses de modificação de competência:

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 Inércia do réu: a inércia do réu consiste na falta de apresentação da exceção


de incompetência territorial, que segundo será estudado compõe a defesa do
réu, que deve ser apresentada antes da audiência. O fato do réu se mostrar
inerte na apresentação de tal peça de defesa, à luz do art. 65 do CPC/15,
importa na prorrogação da competência, isto é, o juízo que era incompetente
passa a ser competência por não se arguir o vício.

! A exceção de incompetência devera ser apresentada nos termos do


art. 800 da CLT, antes da audiência.

Art. 800. Apresentada exceção de incompetência


territorial no prazo de cinco dias a contar da
notificação, antes da audiência e em peça que sinalize
a existência desta exceção, seguir-se-á o
procedimento estabelecido neste artigo.
(Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 1o Protocolada a petição, será suspenso o processo
e não se realizará a audiência a que se refere o art.
843 desta Consolidação até que se decida a exceção.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 2o Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz,
que intimará o reclamante e, se existentes, os
litisconsortes, para manifestação no prazo comum de
cinco dias. (Incluído pela Lei nº 13.467,
de 2017)
§ 3o Se entender necessária a produção de prova
oral, o juízo designará audiência, garantindo o direito
de o excipiente e de suas testemunhas serem ouvidos,
por carta precatória, no juízo que este houver indicado
como competente. (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)
§ 4o Decidida a exceção de incompetência territorial,
o processo retomará seu curso, com a designação de
audiência, a apresentação de defesa e a instrução

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processual perante o juízo competente.

 Conexão: Dispõe o art. 55 do CPC/15 que duas ou mais ações são conexas
quando tiverem a mesma causa de pedir ou o mesmo pedido. Nessas situações,
as ações serão reunidas de acordo com o art. 58 do CPC, o que significa dizer
que a competência poderá alterar-se após o ajuizamento da demanda, se
verificar-se que em outro juízo há uma demanda conexa. A reunião das ações
tem por finalidade evitar o proferimento de sentenças contraditórias.

Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais


ações quando lhes for comum o pedido ou a causa
de pedir.§ 1o Os processos de ações conexas serão
reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles
já houver sido sentenciado.

Art. 58. A reunião das ações propostas em


separado far-se-á no juízo prevento, onde serão
decididas simultaneamente.

 Continência: A mesma ideia serve para a continência. A diferença existe na


conceituação do instituto. Segundo o art. 56 do CPC/15, “Dá-se a continência
entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à
causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das
demais”. Se duas ou mais ações forem continentes, poderão ser reunidas pelo
juiz, evitando-se, como já dito, decisões contraditórias. Importante frisar os
efeitos da continência, que são diversos a depender da ordem de ajuizamento
das ações continente (maior) e contida (menor). Vejamos:
 Se a ação continente tiver sido ajuizada antes da contida, a
última será extinta.
 Na hipótese oposta, haverá a reunião das ações.

Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou


mais ações quando houver identidade quanto às

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partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma,


por ser mais amplo, abrange o das demais.

Exemplo 1: João trabalhou em Vitória/ES para determinada


empresa, mas ajuizou ação no Rio de Janeiro/RJ, seu novo
domicílio, apesar do correto ser o ajuizamento em Vitória/ES, local
da prestação dos serviços, conforme art. 651 da CLT. Como a
incompetência é territorial, o Juiz nada pode fazer a não ser
aguardar eventual defesa da empresa com alegação de
incompetência da cidade do Rio de Janeiro/RJ. Ocorre que não foi
apresentada, pela empresa, a alegação de incompetência, razão
pela qual a Vara do Trabalho do Rio de Janeiro que não era
competente para a ação, passou a ser, já que houve a
prorrogação da competência. Ninguém mais poderá alegar a
incompetência e esse processo tramitará até o seu final no RJ.

Exemplo 2: João sofreu um acidente de trabalho quando


trabalhava para a empresa “A” na cidade de Vitória/ES. Ajuizou a
ação “1” pedindo danos materiais, tendo sido distribuída para a 2ª
Vara do Trabalho de Vitória. Depois, ajuizou a ação “2”, pedindo
danos morais pelo mesmo acidente, tendo sido distribuída a ação
para a 10ª Vara do Trabalho de Vitória/ES. As duas ações tratam
do mesmo acidente de trabalho, mesmo tendo pedidos diferentes.
As duas ações são conexas. Assim, deverá ser verificado quem
recebeu a primeira ação (no nosso exemplo a 2ª VT de Vitória),
determinando-se a remessa da ação “2” que está na 10ª VT para
a 2ª VT.

DICAS
Competência material

1. Primeiro temos que lembrar que os critérios de competência são classificados


em absolutos e relativos, a depender do interesse que está relacionado aos
mesmos. Quando o legislador cria um critério de competência levando-se em

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consideração o interesse do Estado, classifica-se o mesmo como absoluto, a


exemplo do critério material. Quando o interesse é das partes, classifica-se o
mesmo como relativo, a exemplo do critério territorial.

2. Várias são as diferenças entre os critérios: nos critérios absolutos, o Juiz pode
reconhecer de ofício eventual equívoco, não havendo preclusão, podendo o
reconhecimento ocorrer em qualquer tempo e grau de jurisdição. Já nos
critérios relativos, somente a parte pode alegar o equívoco em relação ao
critério, devendo a alegação ocorrer em um determinado momento do
processo, que é o prazo de defesa, sob pena de preclusão, não cabendo a
possibilidade de alegação posterior.

3. Analisando-se o art. 114 da CF/88, que trata da competência material da


Justiça do Trabalho, surge a ideia de explicitar a intenção do legislador de
alargar a competência trabalhista para todas as ações que envolvessem relação
de trabalho. Contudo, apesar de ter sido essa a intenção do legislador, o STF
excluiu da apreciação dos Juízes Trabalhistas as demandas envolvendo
servidores estatutários, conforme decisão proferida na ADI n. 3.395-6.

4. Caso o servidor estatutário esteja vinculado à União, deverá ajuizar a ação na


Justiça Comum Federal. Sendo servidor estatutário de Estado ou Município, a
justiça competente será a comum estadual (Vara da Fazenda Pública Estadual
ou Municipal, a depender da organização judiciária).

5. Além disso, também decidiu a jurisprudência que a ação em que profissional


liberal cobra honorários de cliente é da competência da Justiça Comum,
conforme a Súmula n. 363 do STJ.

6. Também não possui competência criminal a Justiça do Trabalho, conforme


decisão na ADI n. 3.684 do STF.

7. É muito importante destacar ainda as duas Súmulas Vinculantes do STF em


matéria de competência da Justiça do Trabalho. A Súmula Vinculante n. 22 do
STF trata da competência para análise das demandas envolvendo acidentes de
trabalho nas ações movidas pelo empregado em face do empregador. Essas

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ações, que antes eram da competência da Justiça Comum e com a EC n.


45/2004 passaram à Justiça do Trabalho, foram remetidas para a Justiça
Especializada, de acordo com o entendimento da Súmula Vinculante n. 22 do
STF: as que já tinham sentença continuaram na Justiça Comum; as que ainda
não estavam sentenciadas foram remetidas para a Justiça do Trabalho.

8. Já a Súmula Vinculante n. 23 do STF diz que as ações possessórias, quando


relacionadas ao vínculo de emprego, também são da competência da Justiça do
Trabalho. Assim, uma ação de reintegração de posse em decorrência do
exercício do direito de greve será analisada pela Justiça Especializada.

9. Sobre os conflitos de competência, vale a pena destacar a Súmula n. 420 do


TST, que diz inexistir conflito entre Vara do Trabalho e Tribunal Regional do
Trabalho a ele vinculado. Assim, não há conflito entre Vara do Trabalho de
Vitória/ES e Tribunal Regional do Trabalho do Espírito Santo.

10.As demandas envolvendo o respeito às normas de saúde e medicina do


trabalho cabem à Justiça do Trabalho, conforme a Súmula n. 736 do STF.

11.As contribuições previdenciárias incidentes sobre a condenação da Justiça do


Trabalho também cabem à Especializada, conforme o art. 114, VIII, da CF/88,
bem como o art. 876 da CLT. Ocorre que a Súmula Vinculante nº 53 do STF e a
Súmula nº 368 do TST afirmam que as contribuições incidentes sobre o período
de trabalho reconhecido em Juízo, não são da competência da Justiça do
Trabalho, ou seja, se o trabalhador laborou sem CTPS assinada e conseguiu o
reconhecimento do vínculo em juízo, as contribuições que deveriam ter sido
pagas naquele período não serão executadas na justiça especializada.

12.A Súmula nº 454 do TST, criada em maio de 2014, diz ser da competência
material da Justiça do Trabalho a execução, de ofício, da contribuição referente
ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), por ter natureza de contribuição para
a seguridade social, destinando-se ao financiamento de benefícios relativos à
incapacidade do empregado decorrente de infortúnio no trabalho.

13.O inciso III do art. 114 da CF/88 diz que as ações sobre representação sindical

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são da competência da justiça do trabalho, independentemente de serem


ajuizadas por sindicatos, empregados, empregadores, etc. Em suma, não
importa quem ajuizou a ação e quem é o réu. O que importa aqui é a matéria,
o que está sendo discutido nos autos, que deve ser relacionado à representação
sindical. Não caia na pegadinha que afirma que “as ações ajuizadas entre
sindicatos são da competência da Justiça do Trabalho”, pois tal afirmação é
genérica demais e está errada.

14.Uma das alterações realizadas na jurisprudência do TST em 2015, sobre o tema


competência material, pode ser vislumbrada na Súmula nº 392 do TST, que
trata das ações em que se pedem danos morais e materiais vinculadas à
relação de trabalho. A alteração promovida pelo TST foi no sentido de deixar
claro que a competência persiste mesmo que a ação seja ajuizada por
sucessores e dependentes. Infelizmente, caso ocorra o óbito do empregado, os
sucessores e dependentes poderão ajuizar ação pedindo danos morais e
materiais na Justiça do Trabalho.

15.Outro ponto importante sobre competência material, muito cobrado nas provas
de concursos, é o inciso VII do art. 114 da CF/88, que trata das ações sobre
penalidades impostas pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho. Se,
por exemplo, o MTE – Ministério do Trabalho e Emprego – fiscaliza ou autua a
sua empresa ilegalmente, eventual ação ajuizada para discutir e desconstruir a
autuação será da competência da Justiça do Trabalho.

16.Por fim, duas súmulas importantes sobre competência material: Súmula nº 300
do TST, diz que compete à justiça do trabalho as ações sobre indenização
decorrente da não inscrição no PIS, e a Súmula nº 389 do TST que trata da
indenização decorrente da não concessão do seguro desemprego por culpa do
empregador, que também deverá ser pleiteada na justiça especializada.

Competência territorial

17. A primeira informação a ser lembrada é a regra geral do art. 651 da CLT
acerca do lugar para o ajuizamento da ação trabalhista. A regra é o local da
prestação dos serviços, independentemente do local da contratação.

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Diferentemente do CPC, não há relevância o local da contratação ou domicílio,


em um primeiro momento.

18. Se houve transferência, a regra passa a ser o último local da prestação


dos serviços. Assim, se trabalhei em Vitória, São Paulo, Rio de Janeiro e, por
fim, fui transferido para Belo Horizonte, nesta última cidade é que deverei
ajuizar a ação trabalhista.

19.Por tratar-se de competência territorial, portanto relativa, não pode o


Magistrado reconhecer a incompetência de ofício, conforme a Súmula n. 33 do
STJ. Assim, por mais errado que esteja o local do ajuizamento da ação, não
poderá o Juiz reconhecer o erro e remeter o processo para o local correto. Para
isso, dependerá obrigatoriamente de provocação da parte.

20.Somente se o réu alegar a incompetência, no prazo previsto no art. 800, da


CLT, é que tal vício poderá ser reconhecido. Logo, se ajuizei a ação em
Vitória/ES quando deveria ajuizar em São Paulo/SP, o Juiz de Vitória não
poderá remeter a ação para São Paulo. Deverá aguardar a defesa do reclamado
e a alegação de incompetência territorial.

21.Caso não haja a exceção de incompetência pelo reclamado, o local que era
incompetente passará a ser competente, pois ocorrerá a prorrogação da
competência. A partir deste momento, não poderá mais ser alegada a
incompetência, permanecendo o processo naquela Vara até o seu final.

22. Outra regra importante sobre competência territorial consta no §1º do art. 651
da CLT. Se o empregado for agente ou viajante comercial, a ação será ajuizada
no local em que há sede ou filial e a esta está subordinado o empregado. Se
não houver subordinação, poderá ser ajuizada no domicílio do empregado ou na
localidade mais próxima.

23.As regras do art. 651 da CLT também se aplicam se o empregado, brasileiro,


prestar serviços no exterior, conforme o § 2º desse dispositivo legal.

24.Por fim, nos termos do § 3º do art. 651 da CLT, se forem vários os locais de

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prestação dos serviços, por ser o empregador móvel, como ocorre no circo,
poderá o empregado mover ação no local da contratação ou da prestação dos
serviços, à sua livre-escolha.

25.Não se admite no processo do trabalho o foro de eleição, isto é, a escolha no


contrato – Art. 63 do NCPC - do local do ajuizamento da ação. Assim, se em
um contrato for incluída a cláusula prevendo o local do ajuizamento da ação,
sendo diverso do local da prestação dos serviços, tal cláusula será nula, já que
criada para dificultar ou impedir o ajuizamento da ação, ou seja, dificultar o
acesso à justiça. A Instrução Normativa nº 39/16 do TST confirma o
entendimento acima, estando de acordo com o princípio da proteção.

QUESTÕES RELACIONADAS À MATÉRIA DA AULA


1. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TST Prova: Analista Judiciário - Área
Administrativa
O órgão federal de fiscalização das relações de trabalho impôs penalidade
administrativa contra certa empresa, por violação a determinadas normas de proteção
à saúde e à segurança do trabalhador. A empresa pretende propor ação para
impugnar o ato administrativo que lhe impôs a multa, por entendê-lo ilegal. Nesse
caso, a ação deverá ser proposta perante o
a) juiz estadual competente, sendo vedado pela Constituição Federal o ajuizamento
perante o juizado especial estadual.
b) juiz estadual competente, não sendo vedado pela Constituição Federal o
ajuizamento perante o juizado especial estadual.
c) Tribunal de Justiça competente originariamente para o feito.
d) órgão da justiça do trabalho competente.
e) órgão da justiça federal competente.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. A situação é bastante explorada nos
concursos públicos, estando prevista no art. 114, VII da CF, que trata da competência
material da Justiça do Trabalho, para as ações contra penalidades impostas pelos
órgãos de fiscalização das relações de trabalho. Qualquer ação que tenha por
finalidade discutir penalidades impostas por tais órgãos, como o que ocorre na

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hipótese em tela. As alternativas “a”, “b” e “c” trazem órgãos da justiça estadual, que
não possuem competência, assim como a justiça comum federal. Atenção sempre
para o art. 114 da CF/88, pois os concursos trabalhistas sempre cobram as
informações sobre a competência material.

2. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TST Prova: Juiz do trabalho


Em relação à competência da Justiça do Trabalho, em conformidade com a Emenda
Constitucional n° 45 de 2004, considere:
I. Compete-lhe a execução, de ofício, da contribuição referente ao Seguro de Acidente
de Trabalho, pois se destina ao financiamento de benefícios relativos à incapacidade
do empregado decorrente de infortúnio no trabalho.
II. Não lhe compete apreciar pedido de complementação de pensão postulada por
viúva de ex-empregado, ainda que se trate de pedido que deriva do contrato de
trabalho.
III. Compete-lhe processar e julgar ação de interdito proibitório proposta por
instituição financeira privada contra o Sindicato dos Trabalhadores da respectiva
categoria, por meio da qual se busca garantir o livre acesso de empregados e de
clientes à sua agência bancária em decorrência de movimento grevista.
IV. Não lhe compete processar e julgar ação ajuizada contra o ex-empregador, pela
esposa de empregado que faleceu em decorrência de acidente do trabalho, postulando
dano moral ocasionado pela morte do trabalhador.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II e IV.
b) I e III.
c) I, II e IV.
d) II, III e IV.
e) III.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. Apenas as assertivas I e III estão corretas,
conforme análise a seguir realizada:
I. Correta, pois a Súmula nº 454 do TST afirma ser da competência da Justiça do
Trabalho a execução do SAT – Seguro de Acidente de Trabalho.

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II. Errada, pois a OJ 26 da SDI-1 do TST também afirma ser da competência da


Justiça do Trabalho o pedido de complementação de pensão, já que deriva
do contrato de trabalho.
III. Correta, pois em conformidade com a Súmula Vinculante nº 23 do STF que
diz ser da competência da Justiça do Trabalho as ações possessórias em
hipóteses de greve.
IV. Errada, pois a competência é da Justiça do Trabalho, conforme Súmula nº 392
do TST.

3. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TST Prova: Juiz do trabalho


Sobre a competência da Justiça do Trabalho, a Consolidação das Leis do Trabalho e as
Súmulas do Tribunal Superior do Trabalho estabelecem:
a) A competência territorial das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde
o empregado prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro
local ou no estrangeiro, desde que seja o autor da ação.
b) Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da
Vara da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado
esteja subordinado e, na falta, será competente a Vara do domicílio do empregado ou
a da localidade mais próxima.
c) Se o empregado for brasileiro, a Justiça do Trabalho brasileira têm competência
para processar e julgar os dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro,
ainda que haja convenção internacional dispondo em contrário.
d) A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das
contribuições previdenciárias, em relação às sentenças condenatórias em pecúnia que
proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integram o salário de
contribuição, inclusive, no caso de reconhecimento de vínculo empregatício, quanto
aos salários pagos durante a contratualidade.
e) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de
indenização por danos morais e materiais decorrentes da relação de trabalho,
inclusive as oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparados, ainda que
propostas pelos dependentes, desde que habilitados no Instituto Nacional do Seguro
Social ou sucessores do trabalhador falecido.

COMENTÁRIOS:

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A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. A informação que consta na letra “B” está
totalmente de acordo com o §1º do art. 651 da CLT, que prescreve as regras de
competência territorial na hipótese de agente ou viajante comercial. Em primeiro
lugar, a ação deverá ser ajuizada no local em que está a sede ou filial a que está
subordinado o empregado. Na falta, será competente a vara do trabalho do domicílio
ou localidade mais próxima. As demais assertivas estão erradas. Vejamos:
A) errada, pois o caput do art. 651 da CLT fala que a competência será do local da
prestação dos serviços, sendo o empregado reclamante ou reclamado.
C) errada, pois a §2º do art. 651 da CLT exclui a competência caso haja convenção
em sentido contrário.
D) errada, pois não possui competência a Justiça do Trabalho para recolher as
contribuições incidentes sobre período contratual reconhecido, nos termos da Súmula
nº 368 do TST.
E) errada, pois não há necessidade de habilitação perante o INSS, sendo que o tema
se encontra na Súmula 392 do TST.

4. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRT - 24ª REGIÃO (MS) Prova: Técnico
Judiciário - Área Administrativa
A Constituição Federal de 1988 dispõe expressamente sobre a competência material
da Justiça do Trabalho e, entre essas disposições, NÃO prevê a competência da
Justiça do Trabalho para processar e julgar
a) as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e
trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores.
b) os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato
questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição.
c) as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de
trabalho.
d) as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos
órgãos de fiscalização das relações de trabalho.
e) os crimes contra a organização do trabalho e as causas acidentárias em face do
Instituto Nacional do Seguro Social.

COMENTÁRIOS:

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A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A Justiça do Trabalho não possui


competência criminal, em qualquer situação, como já decidiu o STF, assim como não
cabe à justiça especializada o julgamento de ações contra o INSS para discussão
acerca de acidente de trabalho. As demais situações são de hipóteses de competência
material da Justiça do Trabalho, conforme art. 114 da CF, conforme análise a seguir:
A) de acordo com o inciso III do art. 114 da CF/88.
B) em conformidade com o inciso IV do art. 114 da CF/88.
C) de acordo com o inciso VI do art. 114 da CF e Súmula 392 do TST.
D) em conformidade com o inciso VII do art. 114 da CF/88.

5. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRT - 24ª REGIÃO (MS) Prova: Analista
Judiciário - Área Judiciária
Asclépio, residente e domiciliado em Manaus, participou de processo seletivo e foi
contratado na cidade de Brasília, onde se localiza a sede da empresa Orfheu
Informática S/A, para trabalhar como programador, na filial da empresa no Município
de Campo Grande. No contrato de trabalho as partes convencionaram como foro de
eleição a comarca de São Paulo. Após dois anos de contrato, Asclépio foi dispensado
por justa causa sem receber nenhuma verba rescisória, retornando para Manaus. Não
concordando com o motivo da sua rescisão, o trabalhador resolveu ajuizar reclamação
trabalhista em face da sua ex-empregadora. Conforme a regra de competência
territorial prevista na lei trabalhista a ação deverá ser proposta na Vara do Trabalho
de
a) Brasília, por ser a sede da empresa reclamada.
b) Brasília, por ser o local da contratação.
c) Manaus, local de seu domicílio.
d) Campo Grande, local da prestação dos serviços.
e) São Paulo, foro de eleição contratual.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. Aplica-se a regra geral do caput do art. 651
da CLT, que diz que as ações trabalhistas devem ser ajuizadas no local da prestação
dos serviços, que na hipótese é Campo Grande. Num primeiro momento não é
importante o domicílio do empregado, a sede da empresa, o local da contratação,
assim como não é possível no processo do trabalho o foro de eleição, previsto e
aplicável apenas no processo civil (art. 63 do CPC).

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6. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRT - 24ª REGIÃO (MS) Prova: Analista
Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador
A Constituição Federal do Brasil e a Consolidação das Leis do Trabalho instituíram
regras sobre organização e competência da Justiça do Trabalho e dos órgãos que a
compõem. Em observância a tais normas,
a) é competência da Justiça do Trabalho a apreciação de ação proposta por empresa
para anulação de penalidade imposta em auto de infração lavrado por auditor fiscal do
trabalho, por inobservância da cota de contratação de pessoas com deficiência.
b) o Supremo Tribunal Federal, em sede de ação direta de inconstitucionalidade,
interpretou ser da competência da Justiça do Trabalho a apreciação de demandas
entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem
estatutária ou de caráter jurídico-administrativo.
c) o Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de dezessete Ministros, escolhidos
dentre brasileiros com mais de trinta anos e menos de sessenta e cinco anos, de
notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República
após aprovação pela maioria simples do Senado Federal.
d) os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, nove juízes,
recrutados exclusivamente na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da
República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos.
e) a Justiça do Trabalho passou a ser competente para julgar as ações de indenização
por dano moral decorrentes da relação de emprego somente a partir da Emenda
Constitucional n° 45/2004, visto que o texto original da Constituição Federal de 1988
e a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho não admitiam o processamento de
tais ações na Justiça Especializada.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A situação mais comum em concursos
trabalhistas que cobram a matéria “competência da justiça do trabalho”, que consta
principalmente no art. 114 da CF, é aquela descrita no inciso VII do dispositivo
constitucional. Diz o inciso que será da competência trabalhista as ações que visam
discutir penalidades administrativas impostas pelos órgãos de fiscalização
das relações de trabalho, sendo que o principal órgão é o Ministério do Trabalho
através dos seus Auditores Fiscais do Trabalho. Assim, está correta a letra “a”. As
demais estão totalmente erradas, conforme será visto a seguir:

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B) O STF decidiu o contrário, ou seja, que a Justiça do Trabalho não possui


competência para a análise de lides envolvendo os estatutários.
C) o TST é formado por 27 minutos, com pelo menos 35 anos e máximo de 65 anos,
após aprovação por maioria absoluta do Senado Federal, conforme art. 111 da CF.
D) os TRTs compõem-se de pelo menos 7 juízes, recrutados preferencialmente na
mesma região, tendo pelo menos 30 anos e no máximo 65 anos, conforme art. 115
da CF.
E) A Justiça do Trabalho já possuía competência, tanto que a Súmula 392 do TST foi
criada em 2003, tratando do assunto.

7. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRT - 24ª REGIÃO (MS) Prova: Analista
Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador
A empresa Olimpos Construções S/A, com sede em Brasília, contratou empregado
brasileiro através de sua sucursal em São Paulo, para gerenciar as obras existentes na
Turquia, lugar onde prestou serviços durante dois anos. Rescindido o contrato o
empregado retorna ao Brasil, pretendendo acionar o seu empregador em razão de
créditos trabalhistas que entende devidos. Nessa situação, conforme regra prevista na
Consolidação das Leis do Trabalho,
a) é incompetente a autoridade judiciária brasileira, para conhecer da reclamação
trabalhista, que deveria ser ajuizada na Turquia, local da prestação dos serviços.
b) se houver foro de eleição expressamente previsto no contrato, será este o
competente para conhecer da reclamação trabalhista.
c) será competente para conhecer da ação trabalhista o foro de opção contratual do
empregado, podendo ser o da contratação, da prestação de serviços ou o da
demissão.
d) a autoridade judiciária brasileira é incompetente, devendo a ação ser proposta no
País em que o empregado foi contratado.
e) a autoridade judiciária trabalhista brasileira é competente para conhecer da
reclamação trabalhista, salvo se houver Convenção Internacional dispondo em
contrário.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A situação consta expressamente no art.
651, §2º da CLT, que trata do ajuizamento da ação no Brasil pelo brasileiro que
trabalhou no exterior, desde que não haja convenção internacional em sentido

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contrário. O mais importante é verificar a existência ou não de convenção


internacional sobre o assunto. Este é o detalhe mais importante para as questões nos
concursos trabalhistas. Além disso, lembre-se que não cabe a eleição de foro no
processo do trabalho, isto é, a cláusula em contrato sobre o local do ajuizamento da
ação não é válida, não produz efeitos.

8. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova: Analista
Judiciário -Oficial de Justiça

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes de Brasília e demais


cidades-satélite do Distrito Federal resolve interpor dissídio coletivo de greve, sendo
que a competência para conhecê-lo será

(A) da Vara do Trabalho situada na área do dissídio coletivo.


(B) da Seção de Dissídios Coletivos do Tribunal Superior do Trabalho.
(C) do Ministério Público do Trabalho, junto à Procuradoria Geral do Trabalho.
(D) da Comissão de Conciliação Prévia intersindical da categoria no Distrito Federal.
(E) do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, Distrito Federal, com sede em
Brasília.

GABARITO: E
COMENTÁRIOS: A competência será do TRT da 10ª região, Distrito Federal, com
sede em Brasília, uma vez que o dissídio coletivo está concentrado na área de
abrangência daquele Tribunal, uma vez que se trata de um Sindicato de empresas do
Distrito Federal.

9. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova: Analista
Judiciário -Oficial de Justiça

Zeus é estivador inscrito e atuando como trabalhador avulso no Porto do Rio de


Janeiro. Há alguns meses ele não tem concordado com os repasses que estão sendo
efetuados pelos trabalhos realizados, entendendo ser credor de diferenças. Consultou

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um Advogado para ajuizar ação em face do Órgão Gestor de Mão de Obra e o


operador portuário, demanda esta que deverá ser proposta perante a

(A) Justiça Comum Estadual, porque o trabalhador avulso é considerado autônomo


sem vínculo de emprego com o órgão de mão de obra.
(B) Justiça do Trabalho, ainda que o pedido seja somente de diferenças de repasses.
(C) Justiça do Trabalho, desde que formule pedido principal de reconhecimento de
vínculo de emprego e, acessoriamente de diferenças de repasses.
(D) Justiça Federal, porque a matéria portuária é de segurança do Estado Federativo
e, portanto, de ordem nacional.
(E) Justiça Comum Estadual ou Justiça do Trabalho, visto que se tratando de matéria
de relação de trabalho em sentido amplo, cabe ao trabalhador a opção.

GABARITO: B
COMENTÁRIOS: A competência é da Justiça do Trabalho em virtude do art. 652, V
da CLT, que trata das ações entre trabalhadores e OGMO – órgão Gestor de Mão de
Obra, mesmo que entre eles não exista vínculo de emprego. Vejamos:

Art. 652 - Compete às Juntas de Conciliação e Julgamento: V - as ações


entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão
Gestor de Mão-de-Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho;

10. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova:
Técnico Judiciário

Péricles pretende ingressar com reclamação trabalhista para receber indenização por
danos morais em face do Banco Horizonte S/A em razão da alegação de assédio
moral. Conforme previsão legal contida na Consolidação das Leis do Trabalho, a ação
deverá ser proposta na Vara do Trabalho do local

(A) da sua contratação.


(B) do seu domicílio.
(C) da matriz do Banco empregador.
(D) da prestação dos serviços.

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(E) escolhido pelas partes na celebração do contrato.

GABARITO: D
COMENTÁRIOS: Trata-se de uma questão bem simples sobre a competência
territorial no processo do trabalho, isto é, sobre o local do ajuizamento da ação
trabalhista. Conforme previsto no art. 651 da CLT, a ação deverá ser ajuizada no local
da prestação dos serviços.

11. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova:
Técnico Judiciário

Poseidon prestou concurso público e foi aprovado tomando posse como agente de
fiscalização sanitária no combate ao “mosquito da dengue”, vinculado à Secretaria de
Saúde do Estado de Sergipe, pelo regime jurídico estatutário. Decorridos dezoito
meses de serviço, houve atraso no pagamento de salários e a inadimplência da verba
denominada adicional de insalubridade. Inconformado com a situação, Poseidon
pretende ajuizar ação cobrando seus direitos, sendo competente para processar e
julgar a

(A) Justiça Federal, porque embora o servidor seja estadual, a matéria envolve
questão de natureza sanitária de repercussão nacional, relacionada à epidemia do
“mosquito da dengue”.
(B) Justiça Comum Estadual, porque envolve todo servidor público estadual,
independente do seu regime jurídico de contratação.
(C) Justiça do Trabalho, porque se trata de ação oriunda da relação de trabalho,
abrangido ente de direito público da Administração pública direta estadual.
(D) Justiça do Trabalho, porque independente do ente envolvido, a matéria discutida
relaciona-se com salários e adicional de insalubridade, portanto direitos de natureza
trabalhista.
(E) Justiça Comum Estadual, porque a relação de trabalho prevista no artigo 114, I da
CF, não abrange as causas entre o Poder Público e servidor regido por relação jurídica
estatutária.

GABARITO: E

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COMENTÁRIOS: A situação decorre da decisão do STF na ADI 3395-6, que decidiu


por excluir os estatutários da competência da Justiça do Trabalho. Assim, a ação deve
ser ajuizada na Justiça Comum, sendo a Estadual competente na hipótese pois o
servidor é estadual (Estado de Sergipe). Se o servidor fosse celetista, a competência
seria da Justiça do Trabalho. Mas sendo estatutário, está excluída a competência
trabalhista.

12. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova:
Analista Judiciário

Hera participou de processo seletivo e foi contratada como música instrumentista da


Orquestra do Banco Ultra S/A, no Município de Itabaiana/SE, onde tem o seu
domicílio. No contrato de trabalho foi estipulado como foro de eleição para propositura
de demanda trabalhista o Município de Aracaju/SE. O banco possui agências em todos
estados do Brasil e a sua sede está localizada em Brasília/DF. Durante os oito meses
em que foi empregada do Banco, Hera exerceu suas funções apenas no Município de
Aracaju/SE. Caso decida ajuizar reclamação trabalhista em face de seu ex-
empregador, deverá propor em

(A) Aracaju, porque foi o local da prestação dos serviços.


(B) Aracaju, por ser o foro de eleição previsto em contrato de trabalho.
(C) Itabaiana, porque é o foro do seu domicílio.
(D) Brasília, por estar situada a sede do Banco reclamado.
(E) Aracaju, Itabaiana ou Brasília, dependendo da sua própria conveniência como
reclamante.

GABARITO: A
COMENTÁRIOS: A questão trata da competência territorial para o ajuizamento da
ação trabalhista, o que está previsto no art. 651 da CLT. Apesar de inúmeras
informações sobre local da contratação, foro de eleição, existência de filiais e sede, a
questão é mais simples do que se imagina: como o empregado trabalhou apenas em
Aracaju/SE, este foi o local da prestação dos serviços, devendo a ação ser ajuizada
naquele local, conforme regra geral do art. 651 da CLT.

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13. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova:
Analista Judiciário

Apolo, auditor empregado da empresa de auditoria externa Fenix S/A, foi dispensado
por justa causa diante da alegação de desídia no desempenho das suas funções. O
trabalhador pretende ajuizar reclamatória trabalhista questionando o motivo da
rescisão e postulando o pagamento de verbas rescisórias e horas extraordinárias não
remuneradas. No caso, trata-se de empregador que promove realização de atividades
fora do lugar do contrato de trabalho. De acordo com as regras de competência
territorial Apolo deverá ingressar com a ação:
a) Somente no local da prestação de serviços.
==82abf==

b) No foro de celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.


c) Não havendo regras na Consolidação das Leis do Trabalho sobre a matéria, poderá
escolher qualquer comarca do Estado em que tem seu domicílio.
d) No foro de eleição previsto no contrato de trabalho firmado entre as partes.
e) Na sede da empresa ou na capital do Estado em que ocorreu a contratação.

GABARITO: LETRA “B“. a situação em que o empregador promove a realização dos


serviços fora do local do contrato de trabalho é especial, previsto no §3º do art. 651
da CLT, dispositivo celetista que trata da competência territorial no processo do
trabalho. Na hipótese, a ação poderá ser ajuizada no local da contratação ou no local
da prestação dos serviços.

14. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova:
Técnico Judiciário - Área Administrativa

Os órgãos do Poder Judiciário possuem competência própria fixada na lei, seja em


relação à matéria ou quanto às pessoas. Assim, a Justiça do Trabalho é competente
para apreciar e julgar
a) ações que envolvam direito de greve.
b) execuções de contribuições de Imposto de Renda dos trabalhadores que não
declararam seus rendimentos salariais durante o contrato de trabalho.
c) ações de natureza previdenciária relativas ao benefício da aposentadoria por
invalidez.

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d) as causas em face da União relativas a direitos humanos cuja violação decorre de


descumprimento de tratado internacional.
e) crimes contra organização do trabalho, contra o sistema financeiro e a ordem
econômico-financeira.

GABARITO: LETRA “A“. As ações relacionadas ao exercício do direito de greve


constam no inciso II do art. 114 da CF/88, como da competência da Justiça do
Trabalho. As demais situações não se enquadram naquele dispositivo legal, não
possuindo a Justiça do Trabalho competência criminal ou para discussão sobre
benefícios previdenciários.

15. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: ELETROBRAS-ELETROSUL Prova:


Direito

Em relação à competência da Justiça do Trabalho, conforme normas previstas na


Consolidação das Leis do Trabalho aplicáveis a matéria,
a) a regra da competência das Varas do trabalho é determinada pela localidade onde
o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que
tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.
b) a competência da Vara do Trabalho se dá pelo local em que o empregado tenha
domicílio, como regra, em razão do princípio da proteção ao trabalhador.
c) quando for parte na ação agente ou viajante comercial, a competência da Vara do
Trabalho será determinada pelo local onde está sediada a matriz da empresa.
d) não compete à Vara do Trabalho o julgamento dos dissídios resultantes de
contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice.
e) as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o órgão
Gestor de Mão de Obra – OGMO decorrentes da relação de trabalho não estão
abrangidas na competência da Justiça do Trabalho, mas sim da Justiça Comum
Federal.

GABARITO: LETRA “A“. A informação sobre a competência territorial no processo do


trabalho está em conformidade com o art. 651 da CLT, que prevê o local da prestação
dos serviços como o competente para julgar as ações trabalhistas, mesmo que a
contratação tenha sido realizada em outro lugar, até mesmo no estrangeiro.

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16. TRT/MT – 2016: Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 23ª REGIÃO
(MT) Prova: Analista Judiciário
A competência é considerada como medida da jurisdição. Em se tratando de
competência territorial das Varas do Trabalho, a regra geral prevista na Consolidação
das Leis do Trabalho é fixada
a) pelo local onde foi realizada a contratação.
b) pelo domicílio eleitoral do empregado.
c) pelo domicílio civil do empregador, quando esse for pessoa física.
d) pela matriz da empresa pública, na capital do Estado onde é a sede do Tribunal
Regional.
e) pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao
empregador.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A regra sobre o local do ajuizamento da
ação, ou seja, da competência territorial, encontra-se prevista no art. 651 da CLT,
sendo o local da prestação dos serviços, o que está previsto expressamente na letra
“E”. Vejamos:

“Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é


determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado,
prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro
local ou no estrangeiro”.

17. TRT/MT – 2016: Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 23ª REGIÃO
(MT) Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária. Os normativos
constitucionais NÃO atribuem competência material à Justiça do
Trabalho para processar e julgar
a) as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos
órgãos de fiscalização das relações de trabalho.
b) o dissídio coletivo ajuizado pelo Ministério Público do Trabalho no caso de greve em
atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público.
c) as ações que apuram os crimes contra a organização do trabalho e envolvendo
retenção dolosa de salários e contribuições previdenciárias.

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d) as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público


externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios.
e) as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e
trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. O STF já decidiu, após a EC 45/04, que o
TST não possui competência criminal, em sede da ADI nº 3684, cuja ementa segue
abaixo:

EMENTA: COMPETÊNCIA CRIMINAL. Justiça do Trabalho. Ações penais. Processo


e julgamento. Jurisdição penal genérica. Inexistência. Interpretação
conforme dada ao art. 114, incs. I, IV e IX, da CF, acrescidos pela EC nº
45/2004. Ação direta de inconstitucionalidade. Liminar deferida com efeito
ex tunc. O disposto no art. 114, incs. I, IV e IX, da Constituição da República,
acrescidos pela Emenda Constitucional nº 45, não atribui à Justiça do
Trabalho competência para processar e julgar ações penais. (ADI 3684 MC,
Relator(a): Min. CEZAR PELUSO, Tribunal Pleno, julgado em 01/02/2007, DJe-072
DIVULG 02-08-2007 PUBLIC 03-08-2007 DJ 03-08-2007 PP-00030 EMENT VOL-
02283-03 PP-00495 RTJ VOL-00202-02 PP-00609 LEXSTF v. 29, n. 344, 2007, p. 69-
86 RMP n. 33, 2009, p. 173-184)

18. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova:
Analista Judiciário

Há previsão legal atribuindo aos órgãos judiciais as questões que devem estar afetas
ao seu julgamento, assim como os órgãos judiciais trabalhistas têm traçados em lei os
seus poderes para conhecer e solucionar as lides. Sobre o tema, conforme
ordenamento jurídico é INCORRETO afirmar:
a) Como regra, a competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade
onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda
que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.
b) Compete às Varas Cíveis da Justiça Federal julgar as ações envolvendo
trabalhadores portuários e os operadores portuários ou Órgão Gestor de Mão de Obra

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− OGMO, decorrentes da relação de trabalho, por envolver questão estratégica


nacional.
c) A Justiça do Trabalho tem competência para analisar e decidir sobre as ações
relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de
fiscalização das relações de trabalho.
d) Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações de indenização por dano
moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho.
e) É da competência das Varas do Trabalho conhecer e julgar os dissídios resultantes
de contratos de empreitada em que o empreiteiro seja operário ou artífice.

GABARITO: LETRA “B“. A letra “B” traz uma informação incorreta sobre a
competência da Justiça do Trabalho, ao afirmar que as ações envolvendo o OGMO
seriam da Justiça Comum, o que contraria o art. 652 da CLT. Tais ações são da
competência da Justiça do Trabalho, mesmo que os trabalhadores são sejam
empregados do OGMO – órgão gestor de mão de obra.

19. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova:
Analista Judiciário

Conforme norma constitucional é competência da Justiça do Trabalho processar e


julgar
a) ação de reparação por dano material em face do órgão previdenciário em razão de
não concessão de aposentadoria por invalidez.
b) demanda possessória envolvendo um sindicato de categoria profissional que alega
ser proprietário do prédio onde está estabelecido o Sindicato da respectiva categoria
econômica.
c) ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos
órgãos de fiscalização das relações de trabalho.
d) execuções, de ofício, de imposto de renda dos diretores não empregados de
sociedades anônimas que mantém relação de trabalho com essas empresas.
e) ação ordinária de trabalhador em face da Caixa Econômica Federal em razão de
não ter sido autorizada movimentação de sua conta vinculada do FGTS.

GABARITO: LETRA “C“. A hipótese prevista no inciso VII do art. 114 da CF/88 é a
mais cobradas em concursos. Trata-se da competência da Justiça do Trabalho para

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processar e julgar as ações que visam impugnar as penalidades administrativas


impostas pela fiscalização do trabalho, como o Ministério do Trabalho.

20. TRT/PR – 2015: Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 9ª REGIÃO
(PR) Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária Conforme previsão
legal, uma ação de indenização por danos materiais e morais em razão
de acidente de trabalho sofrido pelo empregado, por negligência do
empregador, que tenha lhe ocasionado sequelas, deve ser proposta na
Vara
a) Acidentária da Justiça Estadual da comarca em que o autor tem o seu domicílio.
b) Acidentária da Justiça Federal da comarca em que a empresa tem a sua sede.
c) do Trabalho da comarca em que foi celebrado o contrato de trabalho.
d) do Trabalho da comarca onde houve a prestação dos serviços.
e) Acidentária da Justiça Estadual ou do Trabalho da comarca em que se situa a sede
da empresa, a critério do autor interessado.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. A competência material é da Justiça do
Trabalho, tendo em vista que a ação é movida por empregado em face de
empregador, sendo que o art. 114, VI da CF/88 prevê a Justiça do Trabalho como
competente. Além disso, a ação será movida na Vara do Trabalho do local da
prestação dos serviços, conforme regra prevista no art. 651 da CLT, que trata da
competência territorial.

21. TRT/PR – 2015: Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 9ª REGIÃO
(PR) Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária. O viajante comercial
Odin pretende mover ação trabalhista em face da sua empregadora
Empresa Pública Delta S/A, por entender que o seu gerente cometeu
ato ilícito que lhe feriu a honra e boa fama, postulando indenização por
danos morais no valor de R$ 100.000,00, cumulada com pedido de
pagamento de diferenças de comissões ajustadas no valor de R$
5.000,00. Segundo regras contidas em legislação própria quanto à
competência territorial, a ação deve ser proposta na Vara
a) do local onde foi celebrada a sua contratação.

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b) da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado


esteja subordinado.
c) do foro de eleição previsto no contrato de trabalho firmado entre as partes.
d) da Justiça Federal da Capital do Estado onde a ré tenha sede, por se tratar de
empresa pública.
e) do foro de celebração do contrato ou no foro de domicílio do gerente que lhe
ofendeu, em razão de ser esse o principal pedido do autor.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. Na qualidade de viajante comercial, aplica-
se o §1º do art. 651 da CLT, que é o local da agência ou filial a que está subordinado
o empregado. Vejam que a resposta não é “local da prestação dos serviços”, porque
não estamos na regra geral, mas em uma exceção que é o viajante comercial. Vamos
ao dispositivo legal:

“§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a


competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou
filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a
Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade
mais próxima”.

22. TRT/PR – 2015: Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 9ª REGIÃO
(PR) Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária. Conforme normas
contidas na Constituição Federal brasileira, a competência da Justiça do
Trabalho abrange
a) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União,
ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro, ou do
Distrito Federal, ou entre as deste e da União.
b) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas
rogatórias.
c) as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos
órgãos de fiscalização das relações de trabalho.
d) os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei,
contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira que possam interferir nas
relações de trabalho.

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e) as ações que visam dirimir conflitos fundiários, por meio de Varas especializadas
com competência exclusiva que serão criadas pelo Tribunal competente.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. Talvez um dos pontos mais cobrados em
concursos da FCC sobre a competência da Justiça do Trabalho, que está contida no
art. 114, VII da CF, incluído pela EC 45/04, que trata das ações em se discutem as
penalidades impostas pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho, como o
MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). Vejamos:

“VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos


empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho”;

23. TRT/SP – 2013: Mateus, residente na cidade de São Bernardo do


Campo, foi contratado em Diadema para trabalhar como Auxiliar
Administrativo da Empresa Tudo Azul Ltda., cuja matriz está sediada
em São Caetano do Sul. Após dois anos de contrato prestado na filial da
empresa em São Paulo, foi dispensado, mesmo tendo informado ao
empregador que está em vias de se aposentar. Mateus decidiu ajuizar
reclamação trabalhista requerendo sua reintegração ao em- prego por
estabilidade pré aposentadoria. No presente caso, a Vara do Trabalho
competente para processar e julgar a demanda é a do município de
(A) São Paulo, por ser o local da prestação de serviços.
(B) São Caetano do Sul, em razão de ser a matriz da empresa empregadora.
(C) São Paulo, porque, neste caso, a comarca competente é a Capital do Estado.
(D) São Bernardo do Campo, por ser o local da residência do trabalhador.
(E) Diadema, porque foi o local da contratação do trabalhador.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A questão é bem simples. Geralmente a FCC
traz diversas informações que não servem para nada, tais como: domicílio do
trabalhador, sede da empresa, local da contratação, etc. O que interessa mesmo,
conforme dicção do art. 651 da CLT, é o local da prestação dos serviços, que na
situação posta foi São Paulo. Vejam a parte que interessa da questão:

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“Após dois anos de contrato prestado na filial da empresa em São Paulo”;

Se o trabalho foi prestado em São Paulo, nos termos do art. 651 da CLT, a ação deve
ser proposta naquele local, assim como consta na letra “A”.

24. TRT/SP – 2013: Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar


I. as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e
trabalhadores e entre sindicatos e empregadores.
II. a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente
interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem
estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados.
III. os conflitos e atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União,
ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do
Distrito Federal, ou entre as deste e da União.
IV. as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores
pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho.
Está correto o que consta em
(A) I e III, apenas.
(B) I, apenas.
(C) II e IV, apenas.
(D) I e IV, apenas.
(E) I, II, III e IV.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. As questões sobre competência material da
Justiça do Trabalho, nos termos do art. 114 da CF, antes mais comuns, ainda
continuam a ser exigidas nas provas, como a que agora se analise. Pelo gabarito da
FCC, estão corretas as assertivas I e IV. Vejamos abaixo a análise individual:
I. Correta, pois a ação é da competência da Justiça do Trabalho, conforme inciso
III do art. 114 da CF/88.
II. Errada, pois nesse caso a competência será do STF, conforme art. 102, I, “n”,
da CF.
III. Errada, pois os conflitos entre órgãos administrativos não são da competência
da Justiça do Trabalho, que se encarrega apenas dos conflitos entre órgãos judiciários.
IV. Correta, pois de acordo com o art. 114, VII da CF/88.

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25. TRT/GO – 2013: Lucas, residente em Brasília, foi contratado pela


empresa Thor Industrial, em sua filial da cidade de Catalão, para
trabalhar como viajante comercial. Durante o contrato de trabalho
prestou serviços em várias cidades do Estado de Goiás e no Distrito
Federal, sempre subordinado à diretoria comercial regional de Catalão.
A sede da empresa está localizada na cidade de Goiânia. Após quatro
anos, foi dispensado sem receber saldo salarial, férias vencidas e
verbas rescisórias. A competência territorial para o ajuizamento da
reclamação trabalhista é de
(A) Catalão, por ser a cidade da filial em que ele esteve subordinado.
(B) qualquer cidade onde ele tenha trabalhado, exceto Brasília por pertencer ao
Distrito Federal.
(C) Brasília, por ser a Capital Federal do Brasil.
(D) Goiânia, por ser a sede da empresa empregadora.
(E) Goiânia, Catalão ou Brasília, sendo que a escolha será da empresa empregadora.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A regra sobre competência territorial no
processo do trabalho encontra-se no art. 651 da CLT. Em relação ao agente ou
viajante comercial, há norma explícita no §1º do mencionado artigo, dispondo que a
demanda trabalhista será ajuizada no local em que houver agência ou filial e a ela
estiver subordinado o empregado. No exemplo, a subordinação existia com a
diretoria de Catalão, razão pela qual ali deve ser ajuizada a ação trabalhista.
Transcreve-se o §1º do art. 651 da CLT:

“Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência


será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta
o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da
localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais
próxima”.

26. (Prova: FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário -
Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Competência; )
Segundo normas legais contidas na Consolidação das Leis do Trabalho

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sobre competência das Varas e dos Tribunais do Trabalho é INCORRETO


afirmar:
a) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações entre
trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de
Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho.
b) O empregado poderá apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou
no da prestação dos respectivos serviços quando o empregador promover a realização
de atividades fora do lugar do contrato de trabalho.
c) A competência dos Tribunais Regionais nos casos de dissídio coletivo determina-se
pelo local onde este ocorrer ou pela sede da empresa envolvida no conflito, cabendo a
escolha ao sindicato da categoria econômica.
d) A jurisdição de cada Vara do Trabalho abrange todo o território da Comarca em
que tem sede, só podendo ser estendida ou restringida por lei federal.
e) As Varas do Trabalho são competentes para processar e julgar os dissídios
resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou
artífice.

COMENTÁRIOS:
A alternativa INCORRETA É A LETRA “C”. A competência para o julgamento de
dissídio coletivo, que poderá ser do TRT ou do TST, é definida pela extensão do
mesmo, ou seja, se as categorias em dissídios abrangem área relativa a um TRT ou
superior. Quando se tem, por exemplo, greve nacional dos Correios, o dissídio coletivo
é da competência do TST, pois superior à competência dos TRTs. Não há que se falar
em definição de competência em dissídio coletivo pela sede da empresa envolvida,
pois essa informação é irrelevante para a definição do tribunal competente.

27. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário -
Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Competência; ) A
empresa Delta Participações sofreu fiscalização de natureza
trabalhista, ocasião em que o agente fiscal da Delegacia Regional do
Trabalho verificou irregularidade e lavrou auto de infração com
aplicação de multa administrativa. A empresa resolveu questionar
judicialmente essa penalidade administrativa, sendo da competência
material da Justiça

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a) Comum Estadual, por cuidar de questionamento de ato de Delegacia Regional do


Trabalho.
b) Federal, por se tratar de discussão sobre ato de autoridade federal, vinculada ao
Ministério do Trabalho.
c) do Trabalho, por força de Emenda Constitucional que lhe atribuiu novas
competências e criou dispositivo específico prevendo essa matéria.
d) Federal, porque não se discute relação de emprego entre empregador e
empregado.
e) Estadual em Vara Especializada da Fazenda Pública, por se tratar de discussão de
ato de agente público.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. A questão vivenciada aqui se encontra
disposta no art. 114, VII da CF/88, que trata da competência material da Justiça do
Trabalho para “as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos
empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho”. Na
hipótese afirmada pela FCC, a empresa sofreu autuação da Delegacia Regional do
Trabalho, que é o órgão incumbido da fiscalização das relações de trabalho. As ações
que busquem a discussão acerca da autuação, se correta ou não, são da competência
da Justiça do Trabalho, já que a Emenda Constitucional nº 45/04, criou o dispositivo
acima mencionado, tudo em conformidade com a letra “C” da questão.

28. TRT/BA – 2013: Joana foi contratada em Salvador (BA) pela


empresa Moça Bonita Indústria de Confecções Ltda., para prestar
serviços em Juazeiro (BA). Considerando que Joana reside em Petrolina
(PE), eventual reclamação trabalhista que Joana pretenda ajuizar
deverá ser distribuída para uma das Varas do Trabalho de
(A) Salvador, que é o local da contratação.
(B) Juazeiro, que é o local da prestação dos serviços.
(C) Petrolina ou Juazeiro, indiferentemente, ou seja, no local do domicílio do
empregado ou no da prestação dos serviços.
(D) Salvador ou Juazeiro, indiferentemente, ou seja, no local da contratação ou no da
prestação dos serviços.
(E) Petrolina, que é o local do domicílio da trabalhadora.

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COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. Segue a regra do art. 651 da CLT, de que a
ação trabalhista é ajuizada no local da prestação dos serviços,
independentemente do local da contratação ou domicílio do reclamante. No
caso em tela, o trabalho foi desenvolvido em Juazeiro/BA, que é o único local
competente, conforme letra “B”. Geralmente nessas questões são inseridos dados
como local da contratação e domicílio apenas para confundir o candidato. Mantenha-
se firme e marque o local da prestação dos serviços.

29. TRT/BA – 2013: A competência da Justiça do Trabalho foi


ampliada pela Emenda Constitucional 45/2004, tendo sido definidas
pelo legislador constituinte hipóteses que, até então, geravam diversas
discussões. NÃO se inserem, porém, nesse contexto de ampliação da
competência material da Justiça do Trabalho as ações
(A) envolvendo o exercício do direito de greve.
(B) que visam discutir penalidades administrativas impostas aos empregadores pelo
INSS, em relação às contribuições previdenciárias incidentes sobre a folha de
pagamento.
(C) em que se pleiteia indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da
relação de trabalho.
(D) que versem sobre questões relativas a representação sindical, entre sindicatos,
entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores.
(E) decorrentes da relação de trabalho mantidas com entes de direito público externo.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. Um dos temas mais cobrados em concursos
da FCC sobre competência material da Justiça do trabalho é o inciso VII do art. 114 da
CF/88, assim redigido:

“as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos


empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho”.

Percebam que a Justiça do Trabalho possui competência para as ações em que se


discuta eventual penalidade administrativa imposta por órgão de fiscalização das
relações de trabalho, como o MTE. A questão diz que a competência seria para ações

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em que se discuta penalidade imposta pelo INSS em relação às contribuições


previdenciárias devidas. A Justiça do Trabalho não possui competência para tanto.
Trata-se de uma “boa pegadinha”.

30. TRT/BA – 2013: Fernando, residente em Camaçari, foi contratado


em Salvador para trabalhar na filial da empresa Ao Homem Elegante
Comércio de Roupas Ltda. que fica em Feira de Santana. Considerando
que a sede da empresa fica em São Paulo, de acordo com as regras
sobre competência territorial previstas em lei, a competência para o
ajuizamento de reclamação trabalhista por Fernando em face do ex-
empregador é de uma das Varas do Trabalho de
(A) São Paulo.
(B) Feira de Santana.
(C) qualquer uma das localidades, à escolha de Fernando.
(D) Camaçari.
(E) Salvador.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. A resposta aqui era simples: bastava
lembrar que a ação trabalhista é proposta no local da prestação dos serviços,
independentemente do local da contratação. No exemplo, o trabalho ocorreu em
Feira de Santana, razão pela qual esse é o local competente, conforme letra “B”. A
regra encontra-se no art. 651 da CLT, que precisa ser lido e relido para as provas.

31. TRT/AL – 2013: Ricardo foi contratado pela empresa “Fazenda


Ltda.”, para exercer a função de montador de estande em feiras
agropecuárias. Considerando que Ricardo reside em Marechal Deodoro
e que a sede da empresa é em Maceió, local da celebração do contrato,
bem como que as feiras agropecuárias não ocorrem na referida capital
e sim em diversas cidades interioranas, segundo a Consolidação das
Leis do Trabalho, eventual reclamação trabalhista, no tocante à
competência territorial deverá ser ajuizada
(A) obrigatoriamente em Marechal Deodoro.
(B) obrigatoriamente em Maceió.
(C) obrigatoriamente no local em que prestou serviços em último lugar.

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(D) em Maceió ou Marechal Deodoro.


(E) em Maceió ou no local da prestação dos respectivos serviços.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A regra acerca da competência territorial,
neste caso específico, será a que consta no art. 651, §3º da CLT, haja vista que a
empresa desenvolve as atividades em diversos lugares, ou seja, fora do local da
contratação. Vejamos o dispositivo legal:

“Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora


do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar
reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos
respectivos serviços”.

O contrato foi celebrado em Maceió e os serviços prestados em vários locais. Assim,


poderá a ação ser ajuizada em Maceió ou no local da prestação dos respectivos
serviços, conforme letra “E” da questão.

32. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário -


Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Competência; )
Athenas, residente na cidade de Apucarana, foi contratada em Londrina
para trabalhar como secretária da Diretoria Comercial da Empresa de
Turismo Semideuses Ltda., cuja matriz está sediada em Cascavel. Após
dois anos de contrato prestado na filial da empresa em Curitiba, foi
dispensada, embora tenha avisado o seu empregador que estava
grávida. Athenas decidiu ajuizar ação reclamatória trabalhista
postulando a sua reintegração por estabilidade de gestante. No
presente caso, a Vara do Trabalho competente para processar e julgar a
demanda é a do município de
a) Londrina, porque foi o local da contratação da trabalhadora.
b) Cascavel, em razão de ser a matriz da empresa empregadora que é ré na ação.
c) Curitiba, porque nesse caso a comarca competente é a Capital do Estado.
d) Apucarana, por ser o local da residência da trabalhadora.
e) Curitiba, por ser o local da prestação dos serviços.

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COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A regra acerca da competência territorial no
processo do trabalho encontra-se no art. 651 da CLT, que prevê ser competente a
Vara do Trabalho do local da prestação dos serviços. Pouco importa o local da
contratação, da sede da empresa ou do domicílio do empregado, pois a regra geral
leva em consideração o local da prestação dos serviços, apenas. Na hipótese, a ação
deverá ser ajuizada em Curitiba, pois a questão afirma que a obreira trabalhou dois
anos naquela cidade, antes de ser demitida injustamente. Transcreve-se o dispositivo
da CLT, pois sempre é cobrado nas provas da FCC.

“Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é


determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado,
prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro
local ou no estrangeiro. (Vide Constituição Federal de 1988)
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a
competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou
filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a
Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade
mais próxima. (Redação dada pela Lei nº 9.851, de 27.10.1999) (Vide
Constituição Federal de 1988)
§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida
neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no
estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção
internacional dispondo em contrário. (Vide Constituição Federal de 1988) §
3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades
fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado
apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação
dos respectivos serviços”.

As demais assertivas, como tratam do mesmo assunto, não precisam ser


analisadas em separado.

33. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário -


Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Competência; )

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Conforme normas legais que regulam a matéria, a competência da


Justiça do Trabalho EXCLUI a análise e julgamento de ações
a) sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e
entre sindicatos e empregadores.
b) oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e
da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios.
c) relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores por órgãos de
fiscalização das relações de trabalho.
d) de indenizações por danos morais e também danos materiais ou patrimoniais,
decorrentes da relação de trabalho.
e) penais para apuração de crimes contra a organização do trabalho, incluindo
trabalho escravo e trabalho infantil irregular.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A Justiça do Trabalho não possui
competência criminal, mesmo paras os crimes contra a organização do trabalho,
trabalho escravo e trabalho infantil. O STF decidiu na ADI nº 3684 que a Justiça do
Trabalho não possui competência criminal, de forma alguma, para nenhum
crime.

Letra “A”: correto, nos termos do art. 114, III da CF/88.


Letra “B”: correto, nos termos do art. 114, I da CF/88.
Letra “C”: correto, nos termos do art. 114, VII da CF/88.
Letra “D”: correto, nos termos do art. 114, VI da CF/88.

34. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário -


Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Competência; )
Quanto à organização e competência da Justiça do Trabalho, conforme
previsões contidas na Constituição Federal e na Consolidação das Leis
do Trabalho, é correto afirmar que
a) compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e julgar originalmente o
pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade.

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b) os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes,


nomeados pelo Presidente da República, após aprovação pela maioria absoluta do
Senado Federal.
c) não compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações relativas às
penalidades administrativas impostas às empresas pelos órgãos de fiscalização das
relações de trabalho.
d) não compete à Vara do Trabalho processar e julgar os conflitos resultantes de
contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice e não discuta
verbas da relação de emprego.
e) em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar
do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro
de celebração do contrato ou naquela da prestação dos respectivos serviços.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A regra geral acerca da competência
territorial encontra-se prevista no art. 651 da CLT, que trata do local da prestação dos
serviços. Contudo, o §3º daquele dispositivo versa que:

“Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora


do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar
reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos
respectivos serviços”.

Percebe-se que se trata da redação da letra “E”, considerada correta. Nessa hipótese,
em que se encaixa o Circo como empregador, o empregado poderá optar pelo local da
contratação ou prestação dos serviços para ajuizamento da reclamação trabalhista, já
que a empresa se desloca como um todo enquanto há a prestação dos serviços.

Letra “A”: incorreto, pois se cabe ao STF o julgamento da Ação Direta de


Inconstitucionalidade, também cabe àquele Tribunal o julgamento da ação cautelar,
pois ser acessória àquela primeira.
Letra “B”: incorreto, pois o art. 115 da CF/88 não fala em aprovação pelo Senado
Federal.
Letra “C”: incorreto, pois essa competência está inserida no art. 114, VII da CF/88.

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Letra “D”: incorreto, pois o art. 652, III da CLT confere tal competência para a Justiça
do Trabalho.

35. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário -


Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Competência; )
Minerva, domiciliada no município de Duque de Caxias, foi contratada
no município de Resende para trabalhar na empresa Olimpo
Empreendimentos. Durante todo o contrato de trabalho trabalhou no
município de Friburgo, sede da sua empregadora. Após três anos de
labor, Minerva foi dispensada. Para receber as verbas rescisórias que
não foram pagas, a comarca competente para o ajuizamento de
reclamação trabalhista é a do município de
a) Resende, porque é o local onde foi firmado o contrato de trabalho.
b) Friburgo, porque é o local da prestação dos serviços da trabalhadora.
c) Duque de Caxias, porque é o local do domicílio da reclamante.
d) Rio de Janeiro, porque, além de ser a Capital do Estado, é a sede do Tribunal
Regional do Trabalho da 1a Região.
e) Duque de Caxias, Resende ou Friburgo, pois não há regra na CLT - Consolidação
das Leis do Trabalho regulando a competência territorial.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. Mais uma questão que leva em consideração
a regra do art. 651 da CLT, que trata do local da prestação dos serviços como o
competente para o ajuizamento da reclamação trabalhista. Pouco importa o local da
contratação ou o domicílio do empregado, e sim, o local da prestação dos
serviços, que na hipótese é Friburgo. As demais alternativas não precisam ser
analisadas, pois tratam do mesmo assunto.

36. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário -


Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Organização
da Justiça do Trabalho; Competência; ) Sobre a organização,
jurisdição e competência da Justiça do Trabalho, nos termos da
legislação vigente, é correto afirmar que
a) a Justiça do Trabalho não é competente para processar e julgar as ações entre
trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de

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Obra decorrentes da relação de trabalho, visto que por envolver trabalho marítimo a
competência é da Justiça Federal.
b) a competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde o
empregado, reclamante ou reclamado, foi contratado, independentemente do local
onde prestou seus serviços ao empregador.
c) a lei criará Varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas
por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo
Tribunal Regional do Trabalho.
d) o Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos
dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos,
nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria simples do
Congresso Nacional.
e) a Justiça do Trabalho tem competência para processar e julgar a execução, de
ofício, das contribuições sociais previdenciárias e de imposto de renda, decorrentes
das sentenças que proferir.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. A resposta correta da FCC encontra-se no
art. 112 da CF/88, sendo esse um dos artigos mais cobrados em provas de concursos
trabalhistas, quando o assunto é organização/competência da Justiça do Trabalho.
Transcreve-se o mesmo, que deve ser decorado:

“A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não


abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso
para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho”.

Percebe-se que, apesar do Juízo que proferiu a decisão ser da justiça comum
estadual, o recurso será dirigido ao TRT.

Letra “A”: incorreto, pois tal competência está expressa no art. 652, V da CLT.
Letra “B”: incorreto, pois o art. 651 da CLT diz que a competência é da Vara do
Trabalho do local da prestação dos serviços.
Letra “D”: incorreto, pois o art. 111-A da CF fala em maioria absoluta do Senado
Federal.

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Letra “E”: incorreto, pois o art. 114, VIII da CF/88 não inclui a execução do imposto
de renda.

37. ( Prova: FCC – 2013 – TRT – 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário -


Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Competência; )
A Constituição Federal e a Consolidação das Leis do Trabalho NÃO
inserem na competência das Varas do Trabalho a apreciação e
julgamento dos dissídios e ações
a) em que se pretenda estabilidade no emprego.
b) coletivas de natureza econômica e jurídica, originalmente.
c) resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou
artífice.
d) sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores.
e) para a execução de contribuições previdenciárias decorrentes de suas sentenças
condenatórias.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. As ações coletivas de natureza econômica e
jurídica a que se refere a FCC, são os dissídios coletivos. Tais ações realmente não
são da competência das Varas do Trabalho, e sim, dos Tribunais, podendo ser de
competência originária dos TRTs ou do TST, a depender da extensão das categorias
em conflito.

Letra “A”: errada, pois o art. 652, I da CLT prevê tal competência.
Letra “C”: errada, pois o art. 652, III da CLT prevê tal competência.
Letra “D”: errada, pois o art. 114, III da CF traz tal competência.
Letra “E”: errada, pois o art. 114, VIII da CF e a Súmula nº 368, I do TST narram tal
competência.

38. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário -


Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Competência; )
Hércules, morador de Nova Iguaçu, foi contratado em Angra dos Reis
para trabalhar na empresa Beta & Gama Produções, localizada no
município do Rio de Janeiro. Após oito meses de trabalho foi
dispensado sem justa causa. Na presente situação, a competência

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territorial para ajuizar reclamação trabalhista questionando o motivo


da rescisão contratual e postular indenização por danos morais é do
município
a) do Rio de Janeiro, porque é a Capital do Estado e há pedido de indenização por
danos morais.
b) de Nova Iguaçu, porque é o local do domicílio do reclamante.
c) de Angra dos Reis, porque é o local onde o trabalhador foi contratado.
d) do Rio de Janeiro, porque é o local da prestação dos serviços do empregado.
e) de Nova Iguaçu ou Angra dos Reis, sendo opção do reclamante por atender a sua
conveniência.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. Uma vez mais a questão se refere ao local
do ajuizamento da ação trabalhista, qual seja, o da prestação dos serviços, conforme
art. 651 da CLT. Na questão, o local da prestação dos serviços foi o Rio de Janeiro,
razão pela qual ali deverá ser ajuizada a demanda, independentemente do local da
contratação ou do domicílio do empregado. As demais alternativas tratam do
mesmo assunto, razão pela qual não precisam ser analisadas
individualmente.

39. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário -


Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Competência; )
Nos termos das previsões da Constituição Federal e da Consolidação
das Leis do Trabalho, compete à Justiça do Trabalho processar e julgar
a) as demandas que envolvam as questões relativas aos benefícios da Previdência
Social, sendo partes o trabalhador e o INSS.
b) as contas prestadas anualmente pelo Ministro do Trabalho e Emprego, mediante
parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu
recebimento.
c) originalmente, a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo
federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato
normativo federal.
d) os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei,
contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira.

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e) as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão


Gestor de Mão de Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A competência para julgar as demandas
envolvendo trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o OGMO está
descrita no art. 652, V da CLT, nos seguintes termos:

“Art. 652 - Compete às Juntas de Conciliação e Julgamento: (Vide


Constituição Federal de 1988) a) conciliar e julgar: (...)
V - as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o
Órgão Gestor de Mão-de-Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho;
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)”.

Letra “A”: tais demandas estão inseridas na competência da Justiça Comum Federal,
conforme art. 109, I da CF/88.
Letra “B”: a prestação de contas do Ministro do Trabalho não se insere na
competência da Justiça do Trabalho (art. 114 da CF/88 e Art. 652 da CLT)
Letra “C”: a Justiça do Trabalho não possui competência para as ações do controle
concentrado de constitucionalidade.
Letra “D”: nos termos da ADI 3684 do STF, a Justiça do Trabalho não possui
competência criminal.

40. ( Prova: FCC - 2012 - PGE-SP - Procurador / Direito Processual do


Trabalho / Competência; ) É da competência da Justiça do Trabalho:
a) Habeas corpus e habeas data quando o ato questionado envolver matéria sujeita à
sua jurisdição.
b) Demanda envolvendo servidor público estatutário e exercício do direito de greve.
c) Mandado de segurança quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua
jurisdição e conflito de competência com o Superior Tribunal de Justiça em matéria
trabalhista.
d) Mandado de injunção quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua
jurisdição e ações de indenização por dano moral ou patrimonial decorrentes da
relação de trabalho.

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e) Ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e


trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores e ações relativas às penalidades
tributárias e administrativas impostas aos empregadores por órgãos de fiscalização.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A competência para o habeas corpus e
habeas data estão insertas no art. 114, IV da CF/88, assim redigido:

“os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato


questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição”;

Letra “B”: as demandas envolvendo estatutários não são da competência da Justiça


do Trabalho, conforme ADI 3395-6 do STF.
Letra “C”: o conflito com o STJ será julgado pelo STF.
Letra “D”: o mandado de injunção não se encontra na competência estabelecida no
art. 114 da CF/88.
Letra “E”: as penalidades tributárias não são da competência da Justiça do Trabalho.

41. Prova: FCC - 2012 - TST - Técnico Judiciário - Área Administrativa


/ Direito Processual do Trabalho / Competência; ) Carmem Lúcia,
moradora da cidade satélite Gama, foi contratada pela Sede da empresa
especializada em cerimônia matrimonial “Casar Ltda.”, em Brasília,
para exercer a função de costureira. Após a sua contratação, Carmem
Lúcia exerceu primeiramente suas atividades na filial da empresa na
cidade de Vitória - Espírito Santo. Após 1 ano, foi transferida para a
cidade satélite Palmas e, há 5 anos, foi novamente transferida para
outra filial da empresa na cidade satélite Taguatinga, local em que
exerce suas funções. Porém, Carmem Lúcia vem sofrendo assédio
moral praticado pelo seu superior hierárquico no ambiente de trabalho.
Tal assédio está tornando insustentável a manutenção do contrato de
trabalho. Assim, Carmem Lúcia pretende ajuizar Reclamação
Trabalhista visando à rescisão indireta do seu contrato de trabalho. De
acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, Carmem Lúcia deverá
ajuizar tal ação

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a) em Brasília ou na cidade satélite Taguatinga.


b) em Brasília.
c) na cidade satélite Gama ou em Brasília.
d) tanto em Vitória, como nas cidades satélites de Palmas ou Taguatinga.
e) na cidade satélite Taguatinga.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. Como vocês já sabem, a regra do art. 651
da CLT prescreve que a ação trabalhista será ajuizada no local da prestação dos
serviços. Na hipótese da questão, a empregada prestou serviços em mais de uma
localidade, sendo transferida por diversas vezes. O último local de prestação dos
serviços foi Taguatinga, razão pela qual ali deverá ser ajuizada a demanda. Esse é o
entendimento majoritário: havendo transferências, a ação será ajuizada no
último local da prestação dos serviços.
Não há necessidade de analisar as demais alternativas, pois tratam do mesmo
assunto.

42. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Juiz do Trabalho -
Tipo 1 / Direito Processual do Trabalho / Competência; ) Compete à
Justiça do Trabalho processar e julgar
a) as ações que envolvam exercício do direito de greve.
b) as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores
pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho (Ministério do Trabalho e
Emprego e Ministério da Previdência Social).
c) a execução de ofício das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, CF, e
seus acréscimos legais decorrentes das sentenças que proferir e relativas ao período
de vínculo empregatício reconhecido por sentença.
d) as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público
externo e da administração pública direta da União, dos Estados e do Distrito Federal.
e) as ações sobre questões sindicais envolvendo sindicatos e trabalhadores e
sindicatos e empregadores.

COMENTÁRIOS:

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A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. As ações que decorrem do exercício do


direito de greve são da competência da Justiça do Trabalho, nos termos do art. 114, II
da CF/88. Além disso, temos também a Súmula Vinculante nº 23 do STF, que possui a
seguinte redação:

“A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação


possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos
trabalhadores da iniciativa privada”.

Letra “B”: não se incluem as penalidades impostas pelo Ministério da Previdência


Social, e sim, apenas do Ministério do Trabalho e Emprego, pois esse é o órgão de
fiscalização das relações de trabalho.
Letra “C”: o período do vínculo empregatício reconhecido por sentença não compete à
Justiça do Trabalho, nos termos da Súmula nº 368, I do TST.
Letra “D”: está incompleta, pois é omissa em relação aos Municípios, conforme art.
114, I da CF/88.
Letra “E”: a única “questão sindical” que é da competência da Justiça do Trabalho é
sobre “representação sindical”, ou seja, mais restrito.

43. ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico Judiciário -
Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Competência; )
As exceções de impedimento ou suspeição do juiz de Vara do Trabalho
serão julgadas pelo
a) juiz do trabalho especialmente indicado pela Corregedoria Geral do respectivo
Tribunal Regional do Trabalho.
b) Conselho Nacional de Justiça.
c) respectivo Tribunal Regional do Trabalho.
d) Tribunal Superior do Trabalho.
e) Corregedor Geral do respectivo Tribunal Regional do Trabalho.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. As exceções de suspeição e impedimento
opostos em face de Juiz do Trabalho serão julgadas pelo Tribunal a que ele se vincula,
ou seja, o respectivo Tribunal Regional do Trabalho, conforme art. 146, §1º do
CPC/15, assim redigido:

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§ 1o Se reconhecer o impedimento ou a suspeição ao receber a petição, o juiz


ordenará imediatamente a remessa dos autos a seu substituto legal, caso
contrário, determinará a autuação em apartado da petição e, no prazo de 15
(quinze) dias, apresentará suas razões, acompanhadas de documentos e de
rol de testemunhas, se houver, ordenando a remessa do incidente ao
tribunal.

As demais alternativas, por tratarem do mesmo tema, não precisam ser analisadas
em separado.

44. ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico Judiciário -
Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Competência; )
Márcio laborava para a empresa XWZ na função de auxiliar
administrativo, tendo sido dispensado sem justa causa. A empresa
empregadora não efetuou corretamente o pagamento das verbas
rescisórias, Márcio pretende ingressar com a respectiva reclamação
trabalhista. Dessa forma, considerando que Márcio foi dispensado
quando laborava em União dos Palmares; que a matriz da
empresa XWZ fica na cidade de Maceió; que Márcio foi contratado na
filial da empresa em Atalaia e que exerceu suas atividades em
Arapiraca nos 2 primeiros anos de sua contratação, de acordo com
a CLT, Márcio deverá ingressar com a reclamatória em
a) Atalaia ou Maceió.
b) União dos Palmares.
c) Maceió.
d) Atalaia.
e) União dos Palmares, Maceió ou Arapiraca.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. O último local da prestação dos serviços por
Márcio foi União dos Palmares, razão pela qual ali deve ser ajuizada a demanda
trabalhista. Nos termos do art. 651 da CLT, cabe o ajuizamento da ação trabalhista no
local da prestação dos serviços. Se houve transferência, será o último local da
prestação dos serviços, como já dito.

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As demais assertivas não precisam ser analisadas, pois tratam do mesmo


assunto.

45. ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Técnico Judiciário -


Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Competência; )
As competências em razão da pessoa, da função e da matéria são de
natureza
a) absoluta, absoluta e relativa, respectivamente.
b) relativa.
c) relativa, absoluta e absoluta, respectivamente.
d) absoluta, relativa e absoluta, respectivamente.
e) absoluta.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. Os três critérios de competência narrados –
pessoal, funcional e material – são absolutos, ou seja, criados no interesse do Estado,
podem ser reconhecidos de ofício pelo Magistrado. Insere-se quadro abaixo
diferenciando os critérios absolutos e relativos de competência:

INTERESSE Estado Partes


CRITÉRIOS Material, pessoal e Territorial e valor da
funcional causa
LEGITIMIDADE Juiz de ofício ou partes Somente as partes
a requerimento
MOMENTO A qualquer momento e Prazo de defesa
grau de jurisdição
FORMA Simples petição Exceção de
incompetência
CONSEQUÊNCIAS Remessa dos autos Suspensão do processo
para o juízo pela apresentação da
competente, com exceção de
anulação dos atos incompetência e
decisórios remessa dos autos ao
juízo competente.

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PRECLUSÃO Não há preclusão, por Preclusão pela não


tratar-se de norma de apresentação da
ordem pública exceção de
incompetência,
acarretando
prorrogação da
competência.
AÇÃO RESCISÓRIA Cabe ação rescisória se Não cabe ação
a decisão que transitou rescisória, por ter
em julgado tiver sido havido preclusão ante a
proferida por juízo não apresentação de
absolutamente exceção de
incompetente. incompetência.

As demais assertivas não precisam ser analisadas em separado.

46. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário -


Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho /
Competência; ) Quanto às regras aplicáveis a jurisdição e competência,
é INCORRETO afirmar:
a) Para efeito de jurisdição dos Tribunais Regionais do Trabalho, o território nacional é
dividido em 24 (vinte e quatro) regiões.
b) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações entre
trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de
Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho.
c) Compete às Varas do Trabalho conciliar e julgar os dissídios resultantes de
contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice.
d) Compete aos Tribunais Regionais do Trabalho determinar às Varas do Trabalho a
realização dos atos processuais e diligências necessárias ao julgamento dos feitos sob
sua apreciação.
e) A competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade da contratação
do empregado, reclamante ou reclamado, independente do local da prestação dos
serviços ao empregador.

COMENTÁRIOS:

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A alternativa INCORRETA É A LETRA “E”. Sabe-se que a regra do art. 651 da CLT é
de que a competência das Varas do Trabalho é determinada pelo local da prestação
dos serviços e não da contratação ou domicílio do empregado. Transcreve-se o art.
651, caput da CLT:

“A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela


localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao
empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no
estrangeiro”.

Letra “A”: correto, de acordo com o art. 674 da CLT.


Letra “B”: correto, em conformidade com o art. 652, V da CLT.
Letra “C”: correto, de acordo com o art. 652, III da CLT.
Letra “D”: correto, pois em conformidade com o art. 680 da CLT.

47. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Técnico Judiciário -
Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Organização da
Justiça do Trabalho; Competência; ) Quanto à organização, jurisdição
e competência da Justiça do Trabalho, é INCORRETO afirmar que
a) a Justiça do Trabalho é competente, para processar e julgar as ações entre
trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de
Obra decorrentes da relação de trabalho.
b) a competência das Varas do Trabalho, em regra, é determinada pelo local da
contratação ou domicílio do empregado, ainda que tenha sido diversa a localidade
onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador.
c) conforme previsão constitucional compete à Justiça do Trabalho processar e julgar
as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e
trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores.
d) os Tribunais Regionais do Trabalho serão compostos de, no mínimo, sete juízes,
sendo um quinto dentre advogados e membros do Ministério Público do Trabalho e os
demais mediante promoção de Juízes do Trabalho por antiguidade e merecimento,
alternadamente.
e) nas localidades em que existir mais de uma Vara do Trabalho haverá um
distribuidor, cuja principal competência é a distribuição, pela ordem rigorosa de

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entrada, e sucessivamente a cada Vara, dos feitos que, para esse fim, lhe forem
apresentados pelos interessados.

COMENTÁRIOS:
A alternativa INCORRETA É A LETRA “B”. Provando ser uma das informações mais
cobradas pela FCC nos concursos mais recentes, o art. 651 da CLT, acerca da
competência territorial, aparece mais uma vez. A assertiva “B” está incorreta, pois
independe o lugar da contratação ou domicílio do empregado, e sim, tão somente o
local da prestação dos serviços. As demais assertivas estão corretas pelos
seguintes motivos:

Letra “A”: correto, pois em conformidade com o art. 652, V da CLT.


Letra “C”: correto, pois de acordo com o art. 114, III da CF/88.
Letra “D”: correto, de acordo com os artigos 94 e 115 da CF/88.
Letra “E”: perfeito, pois de acordo com os artigos 713, 714 e 715 da CLT.

48. ( Prova: FCC - 2011 - PGE-MT - Procurador / Direito Processual do


Trabalho / Competência; ) Em relação à competência territorial da
Justiça do Trabalho, é correto afirmar:
a) A competência é determinada pela localidade onde o empregado prestar serviços
ou pela cláusula do foro de eleição.
b) Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da
Vara do Trabalho da localidade em que a empresa tenha sede.
c) Quando for parte de dissídio trabalhador avulso, a competência será da Vara do
Trabalho da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado
esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o
empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima.
d) A competência das Varas do Trabalho estende-se aos dissídios ocorridos em
agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja
convenção internacional dispondo em contrário.
e) Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar
do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro
da extinção do contrato de trabalho.

COMENTÁRIOS:

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A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. A afirmação contida na assertiva “B” está


em conformidade com o §2º do art. 651 da CLT, que trata dos trabalhadores
brasileiros no exterior. Nos termos do dispositivo, temos:

“A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste


artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro,
desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional
dispondo em contrário”.

Letra “A”: não se admite a cláusula de eleição de foro no direito do trabalho, não
produzindo efeitos se inserida no contrato.
Letra “B”: errado, pois o §1º do art. 651 da CLT diz o seguinte: “Quando for parte de
dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em
que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na
falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou
a localidade mais próxima”.
Letra “C”: para o avulso, a competência também é do local da prestação dos serviços,
conforme art. 651 da CLT.
Letra “E”: errado, pois o §3º do art. 651 da CLT diz em local da contratação ou
prestação dos serviços, e não da extinção do contrato.

49. ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Analista Judiciário -
Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Competência; ) De
acordo com a CLT, com relação à competência em razão do lugar, não
estando o empregado viajante comercial subordinado a agência ou
filial, mas à matriz da empresa empregadora será competente para
apreciar reclamação trabalhista a Vara
a) onde está localizada a matriz ou qualquer uma das agências ou filiais da empresa.
b) do local da última prestação de serviços realizada pelo reclamante.
c) do domicílio do reclamante, apenas.
d) do local da primeira prestação de serviços realizada pelo reclamante.
e) do domicílio do empregado ou a localidade mais próxima.

COMENTÁRIOS:

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A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. Essa é a hipótese descrita no §1º do art. 651
da CLT, assim redigido:

“Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência


será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta
o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da
localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais
próxima”.

Como não há subordinação à agência ou filial, ou inexistindo aquelas, a competência


será da Vara do Trabalho do domicílio do empregado ou a localidade mais próxima.
As demais não precisam ser analisadas em separado, pois tratam do mesmo
assunto.

50. ( Prova: FCC - 2010 - PGE-AM - Procurador / Direito Processual do


Trabalho / Competência; ) Compete à Justiça do Trabalho processar e
julgar
a) ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos
órgãos de fiscalização das relações de trabalho.
b) ações postulando cobrança de honorários advocatícios.
c) ações penais decorrentes das relações de trabalho, a partir do advento da Emenda
Constitucional no 45, de 2004.
d) os mandados de segurança, individuais ou coletivos, habeas corpus, habeas data,
quando o ato questionado envolver matéria relacionada às relações de trabalho,
inclusive de servidores públicos estatutários.
e) ações de indenização por dano moral ou patrimonial, ainda que não decorrentes
diretamente das relações de trabalho.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A competência material da Justiça do
Trabalho encontra-se no art. 114 da CF, sendo que o inciso VII afirma:
“as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos
empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho”.

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Perceba que é exatamente a situação descrita na letra “A”, que pode ser ilustrada com
uma ação visando a desconstituição de uma multa aplicada pelo Fiscal do Trabalho.

Letra “B”: os honorários advocatícios, desde que não sejam de sucumbência, são
cobrados na Justiça Comum, conforme Súmula nº 363 do STJ.
Letra “C”: a Justiça do Trabalho não possui competência criminal, conforme decidiu o
STF na SDI 3684.
Letra “D”: Os servidores estatutários não são da competência da Justiça do Trabalho,
conforme decidiu o STF na ADI 3395-6.
Letra “E”: o art. 114, VI da CF/88 diz que os danos devem decorrer de relação de
trabalho.

51. ( Prova: FCC - 2009 - DPE-MA - Defensor Público / Direito


Processual do Trabalho / Competência; ) O conflito positivo de
jurisdição entre um Juiz do Trabalho e um Juiz de Direito, este no
exercício da jurisdição trabalhista, na forma do artigo 668 da
Consolidação das Leis do Trabalho, deverá ser julgado pelo
a) Tribunal Superior do Trabalho, em qualquer hipótese.
b) Superior Tribunal de Justiça, em qualquer hipótese.
c) Tribunal Regional do Trabalho, se a competência geográfica de ambos estiver afeta
a um mesmo Tribunal Regional do Trabalho.
d) Tribunal de Justiça do Estado em que se situar a Vara Cível.
e) Tribunal Regional Federal em que se situarem as unidades judiciárias conflitantes.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. O art. 112 da CF/88 diz que a lei pode
atribuir competência trabalhista aos Juízes de Direito, que atuarão como se fossem
Juízes do Trabalho. Assim, se surge um conflito de competência entre Vara do
Trabalho e Juízo de Direito investido de jurisdição trabalhista, é o mesmo que dizer
que o conflito está ocorrendo entre duas Varas do Trabalho. Se esses juízos estiverem
vinculados ao mesmo Tribunal Regional do Trabalho, caberá à ele o julgamento do
conflito. Se estiverem vinculados a TRTs distintos, caberá ao TST. As demais
alternativas não precisam ser analisadas em separado, pois tratam do
mesmo assunto.

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52. ( Prova: FCC - 2006 - BACEN - Procurador - Prova 2 / Direito


Processual do Trabalho / Competência; ) Após o advento da Emenda
Constitucional nº 45/04, ocorrendo violação a direito líquido e certo do
empregador, por ato do Delegado Regional do Trabalho, em matéria de
disciplina de horário de trabalho, o mandado de segurança e eventual
recurso cabível de decisão desfavorável, serão da competência do
a) juiz federal comum e do Tribunal Regional Federal.
b) Tribunal Regional Federal e do Superior Tribunal de Justiça.
c) juiz do trabalho e do Tribunal Regional do Trabalho.
d) Tribunal Regional do Trabalho e do Tribunal Superior do Trabalho.
e) juiz federal comum e do Tribunal Regional do Trabalho.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. Nos termos do art. 114, IV da CF, o
mandado de segurança nessa hipótese será da Justiça do Trabalho. Como não há
qualquer prerrogativa do tribunal, o MS será impetrado perante a Vara do Trabalho.
Da sentença proferida nesse mandado de segurança, será interposto o recurso
ordinário, conforme art. 895 da CLT, sendo da competência do Tribunal Regional do
Trabalho. As demais assertivas tratam do mesmo assunto, razão pela qual não
precisam ser analisadas separadamente.

53. ( Prova: FCC - 2006 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário -


Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Execução;
Competência; ) Detém a competência para a execução de título
executivo extrajudicial:
a) o juiz que teria competência para conhecer do litígio.
b) o Presidente do Tribunal.
c) as Turmas do Tribunal.
d) a Seção Especializada em Dissídios Individuais.
e) o juiz auxiliar das execuções.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A competência para a execução de título
executivo extrajudicial encontra-se prevista no art. 877-A da CLT, assim redigido:

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“É competente para a execução de título executivo extrajudicial o juiz que


teria competência para o processo de conhecimento relativo à matéria”.

Em outras palavras, a competência é do Juízo que teria competência para conhecer do


litígio.

54. ( Prova: FCC - 2009 - PGE-RJ - Técnico Superior de Procuradoria /


Direito Processual do Trabalho / Competência; ) Após a vigência da
Emenda Constitucional nº 45, definiu-se a competência da Justiça do
Trabalho para as ações
a) movidas por servidores públicos contra a entidade estatal a que serviram, mesmo
se sujeitos a regime estatutário, quando a lide versar sobre seus vencimentos ou
proventos de aposentadoria.
b) de indenização decorrentes de acidente do trabalho movidas pelos segurados
contra o INSS - Instituto Nacional do Seguro Social.
c) de cobrança decorrentes de qualquer contrato de prestação de serviços.
d) de cobrança de qualquer benefício previdenciário.
e) de indenização decorrente de acidente do trabalho movidas pelo empregado contra
o empregador.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A EC nº 45/04 em muito alterou o art. 114
da CF/88, trazendo em seu inciso VI a competência da Justiça do Trabalho para
processar e julgar “as ações de indenização por dano moral ou patrimonial,
decorrentes da relação de trabalho”. Assim, mostra-se correta a letra “E”. Além disso,
A Súmula Vinculante nº 22 do STF e a Súmula nº 367 do STJ também tratam do
tema. Transcreve-se a Súmula Vinculante para conhecimento:

“A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de


indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de
trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que
ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da
promulgação da Emenda Constitucional nº 45/04”.

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Letra “A”: O STF decidiu na ADI 3395-6, que a competência da Justiça do Trabalho
não alcança os servidores públicos estatutários. Apenas os celetistas.
Letra “B”: As demandas ajuizadas pelos segurados em face do INSS por acidente de
trabalho são da competência da Justiça Comum, nos termos do art. 109, I da CF.
Letra “C”: As cobranças decorrentes de contratos de prestação de serviços são da
competência da Justiça Comum Estadual, conforme Súmula nº 363 do STJ.
Letra “D”: cobrança de benefício previdenciário, em regra, cabe à Justiça Comum
Federal, por ser parte o INSS.

RELAÇÃO DAS QUESTÕES ESTUDADAS NA AULA


1. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TST Prova: Analista Judiciário - Área
Administrativa
O órgão federal de fiscalização das relações de trabalho impôs penalidade
administrativa contra certa empresa, por violação a determinadas normas de proteção
à saúde e à segurança do trabalhador. A empresa pretende propor ação para
impugnar o ato administrativo que lhe impôs a multa, por entendê-lo ilegal. Nesse
caso, a ação deverá ser proposta perante o
a) juiz estadual competente, sendo vedado pela Constituição Federal o ajuizamento
perante o juizado especial estadual.
b) juiz estadual competente, não sendo vedado pela Constituição Federal o
ajuizamento perante o juizado especial estadual.
c) Tribunal de Justiça competente originariamente para o feito.
d) órgão da justiça do trabalho competente.
e) órgão da justiça federal competente.

2. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TST Prova: Juiz do trabalho


Em relação à competência da Justiça do Trabalho, em conformidade com a Emenda
Constitucional n° 45 de 2004, considere:
I. Compete-lhe a execução, de ofício, da contribuição referente ao Seguro de Acidente
de Trabalho, pois se destina ao financiamento de benefícios relativos à incapacidade
do empregado decorrente de infortúnio no trabalho.

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II. Não lhe compete apreciar pedido de complementação de pensão postulada por
viúva de ex-empregado, ainda que se trate de pedido que deriva do contrato de
trabalho.
III. Compete-lhe processar e julgar ação de interdito proibitório proposta por
instituição financeira privada contra o Sindicato dos Trabalhadores da respectiva
categoria, por meio da qual se busca garantir o livre acesso de empregados e de
clientes à sua agência bancária em decorrência de movimento grevista.
IV. Não lhe compete processar e julgar ação ajuizada contra o ex-empregador, pela
esposa de empregado que faleceu em decorrência de acidente do trabalho, postulando
dano moral ocasionado pela morte do trabalhador.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II e IV.
b) I e III.
c) I, II e IV.
d) II, III e IV.
e) III.

3. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TST Prova: Juiz do trabalho


Sobre a competência da Justiça do Trabalho, a Consolidação das Leis do Trabalho e as
Súmulas do Tribunal Superior do Trabalho estabelecem:
a) A competência territorial das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde
o empregado prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro
local ou no estrangeiro, desde que seja o autor da ação.
b) Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da
Vara da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado
esteja subordinado e, na falta, será competente a Vara do domicílio do empregado ou
a da localidade mais próxima.
c) Se o empregado for brasileiro, a Justiça do Trabalho brasileira têm competência
para processar e julgar os dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro,
ainda que haja convenção internacional dispondo em contrário.
d) A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das
contribuições previdenciárias, em relação às sentenças condenatórias em pecúnia que
proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integram o salário de
contribuição, inclusive, no caso de reconhecimento de vínculo empregatício, quanto
aos salários pagos durante a contratualidade.

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e) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de


indenização por danos morais e materiais decorrentes da relação de trabalho,
inclusive as oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparados, ainda que
propostas pelos dependentes, desde que habilitados no Instituto Nacional do Seguro
Social ou sucessores do trabalhador falecido.

4. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRT - 24ª REGIÃO (MS) Prova: Técnico
Judiciário - Área Administrativa
A Constituição Federal de 1988 dispõe expressamente sobre a competência material
da Justiça do Trabalho e, entre essas disposições, NÃO prevê a competência da
Justiça do Trabalho para processar e julgar
a) as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e
trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores.
b) os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato
questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição.
c) as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de
trabalho.
d) as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos
órgãos de fiscalização das relações de trabalho.
e) os crimes contra a organização do trabalho e as causas acidentárias em face do
Instituto Nacional do Seguro Social.

5. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRT - 24ª REGIÃO (MS) Prova: Analista
Judiciário - Área Judiciária
Asclépio, residente e domiciliado em Manaus, participou de processo seletivo e foi
contratado na cidade de Brasília, onde se localiza a sede da empresa Orfheu
Informática S/A, para trabalhar como programador, na filial da empresa no Município
de Campo Grande. No contrato de trabalho as partes convencionaram como foro de
eleição a comarca de São Paulo. Após dois anos de contrato, Asclépio foi dispensado
por justa causa sem receber nenhuma verba rescisória, retornando para Manaus. Não
concordando com o motivo da sua rescisão, o trabalhador resolveu ajuizar reclamação
trabalhista em face da sua ex-empregadora. Conforme a regra de competência

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territorial prevista na lei trabalhista a ação deverá ser proposta na Vara do Trabalho
de
a) Brasília, por ser a sede da empresa reclamada.
b) Brasília, por ser o local da contratação.
c) Manaus, local de seu domicílio.
d) Campo Grande, local da prestação dos serviços.
e) São Paulo, foro de eleição contratual.

6. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRT - 24ª REGIÃO (MS) Prova: Analista
Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador
A Constituição Federal do Brasil e a Consolidação das Leis do Trabalho instituíram
regras sobre organização e competência da Justiça do Trabalho e dos órgãos que a
compõem. Em observância a tais normas,
a) é competência da Justiça do Trabalho a apreciação de ação proposta por empresa
para anulação de penalidade imposta em auto de infração lavrado por auditor fiscal do
trabalho, por inobservância da cota de contratação de pessoas com deficiência.
b) o Supremo Tribunal Federal, em sede de ação direta de inconstitucionalidade,
interpretou ser da competência da Justiça do Trabalho a apreciação de demandas
entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem
estatutária ou de caráter jurídico-administrativo.
c) o Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de dezessete Ministros, escolhidos
dentre brasileiros com mais de trinta anos e menos de sessenta e cinco anos, de
notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República
após aprovação pela maioria simples do Senado Federal.
d) os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, nove juízes,
recrutados exclusivamente na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da
República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos.
e) a Justiça do Trabalho passou a ser competente para julgar as ações de indenização
por dano moral decorrentes da relação de emprego somente a partir da Emenda
Constitucional n° 45/2004, visto que o texto original da Constituição Federal de 1988
e a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho não admitiam o processamento de
tais ações na Justiça Especializada.

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7. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRT - 24ª REGIÃO (MS) Prova: Analista
Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador
A empresa Olimpos Construções S/A, com sede em Brasília, contratou empregado
brasileiro através de sua sucursal em São Paulo, para gerenciar as obras existentes na
Turquia, lugar onde prestou serviços durante dois anos. Rescindido o contrato o
empregado retorna ao Brasil, pretendendo acionar o seu empregador em razão de
créditos trabalhistas que entende devidos. Nessa situação, conforme regra prevista na
Consolidação das Leis do Trabalho,
a) é incompetente a autoridade judiciária brasileira, para conhecer da reclamação
trabalhista, que deveria ser ajuizada na Turquia, local da prestação dos serviços.
b) se houver foro de eleição expressamente previsto no contrato, será este o
competente para conhecer da reclamação trabalhista.
c) será competente para conhecer da ação trabalhista o foro de opção contratual do
empregado, podendo ser o da contratação, da prestação de serviços ou o da
demissão.
d) a autoridade judiciária brasileira é incompetente, devendo a ação ser proposta no
País em que o empregado foi contratado.
e) a autoridade judiciária trabalhista brasileira é competente para conhecer da
reclamação trabalhista, salvo se houver Convenção Internacional dispondo em
contrário.

8. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova: Analista
Judiciário -Oficial de Justiça

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes de Brasília e demais


cidades-satélite do Distrito Federal resolve interpor dissídio coletivo de greve, sendo
que a competência para conhecê-lo será

(A) da Vara do Trabalho situada na área do dissídio coletivo.


(B) da Seção de Dissídios Coletivos do Tribunal Superior do Trabalho.
(C) do Ministério Público do Trabalho, junto à Procuradoria Geral do Trabalho.
(D) da Comissão de Conciliação Prévia intersindical da categoria no Distrito Federal.
(E) do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, Distrito Federal, com sede em
Brasília.

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9. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova: Analista
Judiciário -Oficial de Justiça

Zeus é estivador inscrito e atuando como trabalhador avulso no Porto do Rio de


Janeiro. Há alguns meses ele não tem concordado com os repasses que estão sendo
efetuados pelos trabalhos realizados, entendendo ser credor de diferenças. Consultou
um Advogado para ajuizar ação em face do Órgão Gestor de Mão de Obra e o
operador portuário, demanda esta que deverá ser proposta perante a

(A) Justiça Comum Estadual, porque o trabalhador avulso é considerado autônomo


sem vínculo de emprego com o órgão de mão de obra.
(B) Justiça do Trabalho, ainda que o pedido seja somente de diferenças de repasses.
(C) Justiça do Trabalho, desde que formule pedido principal de reconhecimento de
vínculo de emprego e, acessoriamente de diferenças de repasses.
(D) Justiça Federal, porque a matéria portuária é de segurança do Estado Federativo
e, portanto, de ordem nacional.
(E) Justiça Comum Estadual ou Justiça do Trabalho, visto que se tratando de matéria
de relação de trabalho em sentido amplo, cabe ao trabalhador a opção.

10. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova:
Técnico Judiciário

Péricles pretende ingressar com reclamação trabalhista para receber indenização por
danos morais em face do Banco Horizonte S/A em razão da alegação de assédio
moral. Conforme previsão legal contida na Consolidação das Leis do Trabalho, a ação
deverá ser proposta na Vara do Trabalho do local

(A) da sua contratação.


(B) do seu domicílio.
(C) da matriz do Banco empregador.
(D) da prestação dos serviços.
(E) escolhido pelas partes na celebração do contrato.

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11. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova:
Técnico Judiciário

Poseidon prestou concurso público e foi aprovado tomando posse como agente de
fiscalização sanitária no combate ao “mosquito da dengue”, vinculado à Secretaria de
Saúde do Estado de Sergipe, pelo regime jurídico estatutário. Decorridos dezoito
meses de serviço, houve atraso no pagamento de salários e a inadimplência da verba
denominada adicional de insalubridade. Inconformado com a situação, Poseidon
pretende ajuizar ação cobrando seus direitos, sendo competente para processar e
julgar a

(A) Justiça Federal, porque embora o servidor seja estadual, a matéria envolve
questão de natureza sanitária de repercussão nacional, relacionada à epidemia do
“mosquito da dengue”.
(B) Justiça Comum Estadual, porque envolve todo servidor público estadual,
independente do seu regime jurídico de contratação.
(C) Justiça do Trabalho, porque se trata de ação oriunda da relação de trabalho,
abrangido ente de direito público da Administração pública direta estadual.
(D) Justiça do Trabalho, porque independente do ente envolvido, a matéria discutida
relaciona-se com salários e adicional de insalubridade, portanto direitos de natureza
trabalhista.
(E) Justiça Comum Estadual, porque a relação de trabalho prevista no artigo 114, I da
CF, não abrange as causas entre o Poder Público e servidor regido por relação jurídica
estatutária.

12. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova:
Analista Judiciário

Hera participou de processo seletivo e foi contratada como música instrumentista da


Orquestra do Banco Ultra S/A, no Município de Itabaiana/SE, onde tem o seu
domicílio. No contrato de trabalho foi estipulado como foro de eleição para propositura
de demanda trabalhista o Município de Aracaju/SE. O banco possui agências em todos
estados do Brasil e a sua sede está localizada em Brasília/DF. Durante os oito meses
em que foi empregada do Banco, Hera exerceu suas funções apenas no Município de

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Aracaju/SE. Caso decida ajuizar reclamação trabalhista em face de seu ex-


empregador, deverá propor em

(A) Aracaju, porque foi o local da prestação dos serviços.


(B) Aracaju, por ser o foro de eleição previsto em contrato de trabalho.
(C) Itabaiana, porque é o foro do seu domicílio.
(D) Brasília, por estar situada a sede do Banco reclamado.
(E) Aracaju, Itabaiana ou Brasília, dependendo da sua própria conveniência como
reclamante.

13. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova:
Analista Judiciário

Apolo, auditor empregado da empresa de auditoria externa Fenix S/A, foi dispensado
por justa causa diante da alegação de desídia no desempenho das suas funções. O
trabalhador pretende ajuizar reclamatória trabalhista questionando o motivo da
rescisão e postulando o pagamento de verbas rescisórias e horas extraordinárias não
remuneradas. No caso, trata-se de empregador que promove realização de atividades
fora do lugar do contrato de trabalho. De acordo com as regras de competência
territorial Apolo deverá ingressar com a ação:
a) Somente no local da prestação de serviços.
b) No foro de celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.
c) Não havendo regras na Consolidação das Leis do Trabalho sobre a matéria, poderá
escolher qualquer comarca do Estado em que tem seu domicílio.
d) No foro de eleição previsto no contrato de trabalho firmado entre as partes.
e) Na sede da empresa ou na capital do Estado em que ocorreu a contratação.

14. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova:
Técnico Judiciário - Área Administrativa

Os órgãos do Poder Judiciário possuem competência própria fixada na lei, seja em


relação à matéria ou quanto às pessoas. Assim, a Justiça do Trabalho é competente
para apreciar e julgar
a) ações que envolvam direito de greve.

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b) execuções de contribuições de Imposto de Renda dos trabalhadores que não


declararam seus rendimentos salariais durante o contrato de trabalho.
c) ações de natureza previdenciária relativas ao benefício da aposentadoria por
invalidez.
d) as causas em face da União relativas a direitos humanos cuja violação decorre de
descumprimento de tratado internacional.
e) crimes contra organização do trabalho, contra o sistema financeiro e a ordem
econômico-financeira.

15. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: ELETROBRAS-ELETROSUL Prova:


Direito

Em relação à competência da Justiça do Trabalho, conforme normas previstas na


Consolidação das Leis do Trabalho aplicáveis a matéria,
a) a regra da competência das Varas do trabalho é determinada pela localidade onde
o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que
tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.
b) a competência da Vara do Trabalho se dá pelo local em que o empregado tenha
domicílio, como regra, em razão do princípio da proteção ao trabalhador.
c) quando for parte na ação agente ou viajante comercial, a competência da Vara do
Trabalho será determinada pelo local onde está sediada a matriz da empresa.
d) não compete à Vara do Trabalho o julgamento dos dissídios resultantes de
contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice.
e) as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o órgão
Gestor de Mão de Obra – OGMO decorrentes da relação de trabalho não estão
abrangidas na competência da Justiça do Trabalho, mas sim da Justiça Comum
Federal.

16. TRT/MT – 2016: Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 23ª REGIÃO
(MT) Prova: Analista Judiciário
A competência é considerada como medida da jurisdição. Em se tratando de
competência territorial das Varas do Trabalho, a regra geral prevista na Consolidação
das Leis do Trabalho é fixada
a) pelo local onde foi realizada a contratação.
b) pelo domicílio eleitoral do empregado.

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c) pelo domicílio civil do empregador, quando esse for pessoa física.


d) pela matriz da empresa pública, na capital do Estado onde é a sede do Tribunal
Regional.
e) pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao
empregador.

17. TRT/MT – 2016: Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 23ª REGIÃO
(MT) Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária
Os normativos constitucionais NÃO atribuem competência material à Justiça do
Trabalho para processar e julgar
a) as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos
órgãos de fiscalização das relações de trabalho.
b) o dissídio coletivo ajuizado pelo Ministério Público do Trabalho no caso de greve em
atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público.
c) as ações que apuram os crimes contra a organização do trabalho e envolvendo
retenção dolosa de salários e contribuições previdenciárias.
d) as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público
externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios.
e) as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e
trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores.

18. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova:
Analista Judiciário

Há previsão legal atribuindo aos órgãos judicias as questões que devem estar afetas
ao seu julgamento, assim como os órgãos judiciais trabalhistas têm traçados em lei os
seus poderes para conhecer e solucionar as lides. Sobre o tema, conforme
ordenamento jurídico é INCORRETO afirmar:
a) Como regra, a competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade
onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda
que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.
b) Compete às Varas Cíveis da Justiça Federal julgar as ações envolvendo
trabalhadores portuários e os operadores portuários ou Órgão Gestor de Mão de Obra

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− OGMO, decorrentes da relação de trabalho, por envolver questão estratégica


nacional.
c) A Justiça do Trabalho tem competência para analisar e decidir sobre as ações
relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de
fiscalização das relações de trabalho.
d) Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações de indenização por dano
moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho.
e) É da competência das Varas do Trabalho conhecer e julgar os dissídios resultantes
de contratos de empreitada em que o empreiteiro seja operário ou artífice.

19. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova:
Analista Judiciário

Conforme norma constitucional é competência da Justiça do Trabalho processar e


julgar
a) ação de reparação por dano material em face do órgão previdenciário em razão de
não concessão de aposentadoria por invalidez.
b) demanda possessória envolvendo um sindicato de categoria profissional que alega
ser proprietário do prédio onde está estabelecido o Sindicato da respectiva categoria
econômica.
c) ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos
órgãos de fiscalização das relações de trabalho.
d) execuções, de ofício, de imposto de renda dos diretores não empregados de
sociedades anônimas que mantém relação de trabalho com essas empresas.
e) ação ordinária de trabalhador em face da Caixa Econômica Federal em razão de
não ter sido autorizada movimentação de sua conta vinculada do FGTS.

20. TRT/PR – 2015: Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 9ª REGIÃO
(PR) Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária Conforme previsão
legal, uma ação de indenização por danos materiais e morais em razão
de acidente de trabalho sofrido pelo empregado, por negligência do
empregador, que tenha lhe ocasionado sequelas, deve ser proposta na
Vara
a) Acidentária da Justiça Estadual da comarca em que o autor tem o seu domicílio.
b) Acidentária da Justiça Federal da comarca em que a empresa tem a sua sede.

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c) do Trabalho da comarca em que foi celebrado o contrato de trabalho.


d) do Trabalho da comarca onde houve a prestação dos serviços.
e) Acidentária da Justiça Estadual ou do Trabalho da comarca em que se situa a sede
da empresa, a critério do autor interessado.

21. TRT/PR – 2015: Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 9ª REGIÃO
(PR) Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária. O viajante comercial
Odin pretende mover ação trabalhista em face da sua empregadora
Empresa Pública Delta S/A, por entender que o seu gerente cometeu
ato ilícito que lhe feriu a honra e boa fama, postulando indenização por
danos morais no valor de R$ 100.000,00, cumulada com pedido de
pagamento de diferenças de comissões ajustadas no valor de R$
5.000,00. Segundo regras contidas em legislação própria quanto à
competência territorial, a ação deve ser proposta na Vara
a) do local onde foi celebrada a sua contratação.
b) da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado
esteja subordinado.
c) do foro de eleição previsto no contrato de trabalho firmado entre as partes.
d) da Justiça Federal da Capital do Estado onde a ré tenha sede, por se tratar de
empresa pública.
e) do foro de celebração do contrato ou no foro de domicílio do gerente que lhe
ofendeu, em razão de ser esse o principal pedido do autor.

22. TRT/PR – 2015: Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 9ª REGIÃO
(PR) Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária. Conforme normas
contidas na Constituição Federal brasileira, a competência da Justiça do
Trabalho abrange
a) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União,
ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro, ou do
Distrito Federal, ou entre as deste e da União.
b) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas
rogatórias.
c) as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos
órgãos de fiscalização das relações de trabalho.

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d) os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei,


contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira que possam interferir nas
relações de trabalho.
e) as ações que visam dirimir conflitos fundiários, por meio de Varas especializadas
com competência exclusiva que serão criadas pelo Tribunal competente.

23. TRT/SP – 2013: Mateus, residente na cidade de São Bernardo do


Campo, foi contratado em Diadema para trabalhar como Auxiliar
Administrativo da Empresa Tudo Azul Ltda., cuja matriz está sediada
em São Caetano do Sul. Após dois anos de contrato prestado na filial da
empresa em São Paulo, foi dispensado, mesmo tendo informado ao
empregador que está em vias de se aposentar. Mateus decidiu ajuizar
reclamação trabalhista requerendo sua reintegração ao em- prego por
estabilidade pré aposentadoria. No presente caso, a Vara do Trabalho
competente para processar e julgar a demanda é a do município de
(A) São Paulo, por ser o local da prestação de serviços.
(B) São Caetano do Sul, em razão de ser a matriz da empresa empregadora.
(C) São Paulo, porque, neste caso, a comarca competente é a Capital do Estado.
(D) São Bernardo do Campo, por ser o local da residência do trabalhador.
(E) Diadema, porque foi o local da contratação do trabalhador.

24. TRT/SP – 2013: Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar


I. as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e
trabalhadores e entre sindicatos e empregadores.
II. a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente
interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem
estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados.
III. os conflitos e atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União,
ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do
Distrito Federal, ou entre as deste e da União.
IV. as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores
pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho.
Está correto o que consta em
(A) I e III, apenas.
(B) I, apenas.

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(C) II e IV, apenas.


(D) I e IV, apenas.
(E) I, II, III e IV.

25. TRT/GO – 2013: Lucas, residente em Brasília, foi contratado pela


empresa Thor Industrial, em sua filial da cidade de Catalão, para
trabalhar como viajante comercial. Durante o contrato de trabalho
prestou serviços em várias cidades do Estado de Goiás e no Distrito
Federal, sempre subordinado à diretoria comercial regional de Catalão.
A sede da empresa está localizada na cidade de Goiânia. Após quatro
anos, foi dispensado sem receber saldo salarial, férias vencidas e
verbas rescisórias. A competência territorial para o ajuizamento da
reclamação trabalhista é de
(A) Catalão, por ser a cidade da filial em que ele esteve subordinado.
(B) qualquer cidade onde ele tenha trabalhado, exceto Brasília por pertencer ao
Distrito Federal.
(C) Brasília, por ser a Capital Federal do Brasil.
(D) Goiânia, por ser a sede da empresa empregadora.
(E) Goiânia, Catalão ou Brasília, sendo que a escolha será da empresa empregadora.

26. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário -
Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Competência; )
Segundo normas legais contidas na Consolidação das Leis do Trabalho
sobre competência das Varas e dos Tribunais do Trabalho é INCORRETO
afirmar:
a) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações entre
trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de
Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho.
b) O empregado poderá apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou
no da prestação dos respectivos serviços quando o empregador promover a realização
de atividades fora do lugar do contrato de trabalho.
c) A competência dos Tribunais Regionais nos casos de dissídio coletivo determina-se
pelo local onde este ocorrer ou pela sede da empresa envolvida no conflito, cabendo a
escolha ao sindicato da categoria econômica.

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d) A jurisdição de cada Vara do Trabalho abrange todo o território da Comarca em


que tem sede, só podendo ser estendida ou restringida por lei federal.
e) As Varas do Trabalho são competentes para processar e julgar os dissídios
resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou
artífice.

27. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário -
Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Competência; ) A
empresa Delta Participações sofreu fiscalização de natureza
trabalhista, ocasião em que o agente fiscal da Delegacia Regional do
Trabalho verificou irregularidade e lavrou auto de infração com
aplicação de multa administrativa. A empresa resolveu questionar
judicialmente essa penalidade administrativa, sendo da competência
material da Justiça
a) Comum Estadual, por cuidar de questionamento de ato de Delegacia Regional do
Trabalho.
b) Federal, por se tratar de discussão sobre ato de autoridade federal, vinculada ao
Ministério do Trabalho.
c) do Trabalho, por força de Emenda Constitucional que lhe atribuiu novas
competências e criou dispositivo específico prevendo essa matéria.
d) Federal, porque não se discute relação de emprego entre empregador e
empregado.
e) Estadual em Vara Especializada da Fazenda Pública, por se tratar de discussão de
ato de agente público.

28. TRT/BA – 2013: Joana foi contratada em Salvador (BA) pela


empresa Moça Bonita Indústria de Confecções Ltda., para prestar
serviços em Juazeiro (BA). Considerando que Joana reside em Petrolina
(PE), eventual reclamação trabalhista que Joana pretenda ajuizar
deverá ser distribuída para uma das Varas do Trabalho de
(A) Salvador, que é o local da contratação.
(B) Juazeiro, que é o local da prestação dos serviços.
(C) Petrolina ou Juazeiro, indiferentemente, ou seja, no local do domicílio do
empregado ou no da prestação dos serviços.

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(D) Salvador ou Juazeiro, indiferentemente, ou seja, no local da contratação ou no da


prestação dos serviços.
(E) Petrolina, que é o local do domicílio da trabalhadora.

29. TRT/BA – 2013: A competência da Justiça do Trabalho foi


ampliada pela Emenda Constitucional 45/2004, tendo sido definidas
pelo legislador constituinte hipóteses que, até então, geravam diversas
discussões. NÃO se inserem, porém, nesse contexto de ampliação da
competência material da Justiça do Trabalho as ações
(A) envolvendo o exercício do direito de greve.
(B) que visam discutir penalidades administrativas impostas aos empregadores pelo
INSS, em relação às contribuições previdenciárias incidentes sobre a folha de
pagamento.
(C) em que se pleiteia indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da
relação de trabalho.
(D) que versem sobre questões relativas a representação sindical, entre sindicatos,
entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores.
(E) decorrentes da relação de trabalho mantidas com entes de direito público externo.

30. TRT/BA – 2013: Fernando, residente em Camaçari, foi contratado


em Salvador para trabalhar na filial da empresa Ao Homem Elegante
Comércio de Roupas Ltda. que fica em Feira de Santana. Considerando
que a sede da empresa fica em São Paulo, de acordo com as regras
sobre competência territorial previstas em lei, a competência para o
ajuizamento de reclamação trabalhista por Fernando em face do ex-
empregador é de uma das Varas do Trabalho de
(A) São Paulo.
(B) Feira de Santana.
(C) qualquer uma das localidades, à escolha de Fernando.
(D) Camaçari.
(E) Salvador.

31. TRT/AL – 2013: Ricardo foi contratado pela empresa “Fazenda


Ltda.”, para exercer a função de montador de estande em feiras
agropecuárias. Considerando que Ricardo reside em Marechal Deodoro

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e que a sede da empresa é em Maceió, local da celebração do contrato,


bem como que as feiras agropecuárias não ocorrem na referida capital
e sim em diversas cidades interioranas, segundo a Consolidação das
Leis do Trabalho, eventual reclamação trabalhista, no tocante à
competência territorial deverá ser ajuizada
(A) obrigatoriamente em Marechal Deodoro.
(B) obrigatoriamente em Maceió.
(C) obrigatoriamente no local em que prestou serviços em último lugar.
(D) em Maceió ou Marechal Deodoro.
(E) em Maceió ou no local da prestação dos respectivos serviços.

32. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário -


Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Competência; )
Athenas, residente na cidade de Apucarana, foi contratada em Londrina
para trabalhar como secretária da Diretoria Comercial da Empresa de
Turismo Semideuses Ltda., cuja matriz está sediada em Cascavel. Após
dois anos de contrato prestado na filial da empresa em Curitiba, foi
dispensada, embora tenha avisado o seu empregador que estava
grávida. Athenas decidiu ajuizar ação reclamatória trabalhista
postulando a sua reintegração por estabilidade de gestante. No
presente caso, a Vara do Trabalho competente para processar e julgar a
demanda é a do município de
a) Londrina, porque foi o local da contratação da trabalhadora.
b) Cascavel, em razão de ser a matriz da empresa empregadora que é ré na ação.
c) Curitiba, porque nesse caso a comarca competente é a Capital do Estado.
d) Apucarana, por ser o local da residência da trabalhadora.
e) Curitiba, por ser o local da prestação dos serviços.

33. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário -


Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Competência; )
Conforme normas legais que regulam a matéria, a competência da
Justiça do Trabalho EXCLUI a análise e julgamento de ações
a) sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e
entre sindicatos e empregadores.

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b) oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e


da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios.
c) relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores por órgãos de
fiscalização das relações de trabalho.
d) de indenizações por danos morais e também danos materiais ou patrimoniais,
decorrentes da relação de trabalho.
e) penais para apuração de crimes contra a organização do trabalho, incluindo
trabalho escravo e trabalho infantil irregular.

34. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário -


Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Competência; )
Quanto à organização e competência da Justiça do Trabalho, conforme
previsões contidas na Constituição Federal e na Consolidação das Leis
do Trabalho, é correto afirmar que
a) compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e julgar originalmente o
pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade.
b) os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes,
nomeados pelo Presidente da República, após aprovação pela maioria absoluta do
Senado Federal.
c) não compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações relativas às
penalidades administrativas impostas às empresas pelos órgãos de fiscalização das
relações de trabalho.
d) não compete à Vara do Trabalho processar e julgar os conflitos resultantes de
contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice e não discuta
verbas da relação de emprego.
e) em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar
do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro
de celebração do contrato ou naquela da prestação dos respectivos serviços.

35. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário -


Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Competência; )
Minerva, domiciliada no município de Duque de Caxias, foi contratada
no município de Resende para trabalhar na empresa Olimpo
Empreendimentos. Durante todo o contrato de trabalho trabalhou no

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município de Friburgo, sede da sua empregadora. Após três anos de


labor, Minerva foi dispensada. Para receber as verbas rescisórias que
não foram pagas, a comarca competente para o ajuizamento de
reclamação trabalhista é a do município de
a) Resende, porque é o local onde foi firmado o contrato de trabalho.
b) Friburgo, porque é o local da prestação dos serviços da trabalhadora.
c) Duque de Caxias, porque é o local do domicílio da reclamante.
d) Rio de Janeiro, porque, além de ser a Capital do Estado, é a sede do Tribunal
Regional do Trabalho da 1ª Região.
e) Duque de Caxias, Resende ou Friburgo, pois não há regra na CLT - Consolidação
das Leis do Trabalho regulando a competência territorial.

36. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário -


Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Organização
da Justiça do Trabalho; Competência; ) Sobre a organização,
jurisdição e competência da Justiça do Trabalho, nos termos da
legislação vigente, é correto afirmar que
a) a Justiça do Trabalho não é competente para processar e julgar as ações entre
trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de
Obra decorrentes da relação de trabalho, visto que por envolver trabalho marítimo a
competência é da Justiça Federal.
b) a competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde o
empregado, reclamante ou reclamado, foi contratado, independentemente do local
onde prestou seus serviços ao empregador.
c) a lei criará Varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas
por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo
Tribunal Regional do Trabalho.
d) o Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos
dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos,
nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria simples do
Congresso Nacional.
e) a Justiça do Trabalho tem competência para processar e julgar a execução, de
ofício, das contribuições sociais previdenciárias e de imposto de renda, decorrentes
das sentenças que proferir.

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37. ( Prova: FCC – 2013 – TRT – 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário -


Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Competência; )
A Constituição Federal e a Consolidação das Leis do Trabalho NÃO
inserem na competência das Varas do Trabalho a apreciação e
julgamento dos dissídios e ações
a) em que se pretenda estabilidade no emprego.
b) coletivas de natureza econômica e jurídica, originalmente.
c) resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou
artífice.
d) sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores.
e) para a execução de contribuições previdenciárias decorrentes de suas sentenças
condenatórias.

38. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário -


Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Competência; )
Hércules, morador de Nova Iguaçu, foi contratado em Angra dos Reis
para trabalhar na empresa Beta & Gama Produções, localizada no
município do Rio de Janeiro. Após oito meses de trabalho foi
dispensado sem justa causa. Na presente situação, a competência
territorial para ajuizar reclamação trabalhista questionando o motivo
da rescisão contratual e postular indenização por danos morais é do
município
a) do Rio de Janeiro, porque é a Capital do Estado e há pedido de indenização por
danos morais.
b) de Nova Iguaçu, porque é o local do domicílio do reclamante.
c) de Angra dos Reis, porque é o local onde o trabalhador foi contratado.
d) do Rio de Janeiro, porque é o local da prestação dos serviços do empregado.
e) de Nova Iguaçu ou Angra dos Reis, sendo opção do reclamante por atender a sua
conveniência.

39. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário -


Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Competência; )
Nos termos das previsões da Constituição Federal e da Consolidação
das Leis do Trabalho, compete à Justiça do Trabalho processar e julgar

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a) as demandas que envolvam as questões relativas aos benefícios da Previdência


Social, sendo partes o trabalhador e o INSS.
b) as contas prestadas anualmente pelo Ministro do Trabalho e Emprego, mediante
parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu
recebimento.
c) originalmente, a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo
federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato
normativo federal.
d) os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei,
contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira.
e) as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão
Gestor de Mão de Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho.

40. ( Prova: FCC - 2012 - PGE-SP - Procurador / Direito Processual do


Trabalho / Competência; ) É da competência da Justiça do Trabalho:
a) Habeas corpus e habeas data quando o ato questionado envolver matéria sujeita à
sua jurisdição.
b) Demanda envolvendo servidor público estatutário e exercício do direito de greve.
c) Mandado de segurança quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua
jurisdição e conflito de competência com o Superior Tribunal de Justiça em matéria
trabalhista.
d) Mandado de injunção quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua
jurisdição e ações de indenização por dano moral ou patrimonial decorrentes da
relação de trabalho.
e) Ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e
trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores e ações relativas às penalidades
tributárias e administrativas impostas aos empregadores por órgãos de fiscalização.

41. ( Prova: FCC - 2012 - TST - Técnico Judiciário - Área


Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Competência; )
Carmem Lúcia, moradora da cidade satélite Gama, foi contratada pela
Sede da empresa especializada em cerimônia matrimonial “Casar
Ltda.”, em Brasília, para exercer a função de costureira. Após a sua
contratação, Carmem Lúcia exerceu primeiramente suas atividades na
filial da empresa na cidade de Vitória - Espírito Santo. Após 1 ano, foi

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transferida para a cidade satélite Palmas e, há 5 anos, foi novamente


transferida para outra filial da empresa na cidade satélite Taguatinga,
local em que exerce suas funções. Porém, Carmem Lúcia vem sofrendo
assédio moral praticado pelo seu superior hierárquico no ambiente de
trabalho. Tal assédio está tornando insustentável a manutenção do
contrato de trabalho. Assim, Carmem Lúcia pretende ajuizar
Reclamação Trabalhista visando à rescisão indireta do seu contrato de
trabalho. De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, Carmem
Lúcia deverá ajuizar tal ação
a) em Brasília ou na cidade satélite Taguatinga.
b) em Brasília.
c) na cidade satélite Gama ou em Brasília.
d) tanto em Vitória, como nas cidades satélites de Palmas ou Taguatinga.
e) na cidade satélite Taguatinga.

42. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Juiz do Trabalho -
Tipo 1 / Direito Processual do Trabalho / Competência; ) Compete à
Justiça do Trabalho processar e julgar
a) as ações que envolvam exercício do direito de greve.
b) as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores
pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho (Ministério do Trabalho e
Emprego e Ministério da Previdência Social).
c) a execução de ofício das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, CF, e
seus acréscimos legais decorrentes das sentenças que proferir e relativas ao período
de vínculo empregatício reconhecido por sentença.
d) as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público
externo e da administração pública direta da União, dos Estados e do Distrito Federal.
e) as ações sobre questões sindicais envolvendo sindicatos e trabalhadores e
sindicatos e empregadores.

43. ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico Judiciário -
Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Competência; )
As exceções de impedimento ou suspeição do juiz de Vara do Trabalho
serão julgadas pelo

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a) juiz do trabalho especialmente indicado pela Corregedoria Geral do respectivo


Tribunal Regional do Trabalho.
b) Conselho Nacional de Justiça.
c) respectivo Tribunal Regional do Trabalho.
d) Tribunal Superior do Trabalho.
e) Corregedor Geral do respectivo Tribunal Regional do Trabalho.

44. ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico Judiciário -
Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Competência; )
Márcio laborava para a empresa XWZ na função de auxiliar
administrativo, tendo sido dispensado sem justa causa. A empresa
empregadora não efetuou corretamente o pagamento das verbas
rescisórias, Márcio pretende ingressar com a respectiva reclamação
trabalhista. Dessa forma, considerando que Márcio foi dispensado
quando laborava em União dos Palmares; que a matriz da
empresa XWZ fica na cidade de Maceió; que Márcio foi contratado na
filial da empresa em Atalaia e que exerceu suas atividades em
Arapiraca nos 2 primeiros anos de sua contratação, de acordo com
a CLT, Márcio deverá ingressar com a reclamatória em
a) Atalaia ou Maceió.
b) União dos Palmares.
c) Maceió.
d) Atalaia.
e) União dos Palmares, Maceió ou Arapiraca.

45. ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Técnico Judiciário -


Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Competência; )
As competências em razão da pessoa, da função e da matéria são de
natureza
a) absoluta, absoluta e relativa, respectivamente.
b) relativa.
c) relativa, absoluta e absoluta, respectivamente.
d) absoluta, relativa e absoluta, respectivamente.
e) absoluta.

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46. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário -


Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho /
Competência; ) Quanto às regras aplicáveis a jurisdição e competência,
é INCORRETO afirmar:
a) Para efeito de jurisdição dos Tribunais Regionais do Trabalho, o território nacional é
dividido em 24 (vinte e quatro) regiões.
b) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações entre
trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de
Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho.
c) Compete às Varas do Trabalho conciliar e julgar os dissídios resultantes de
contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice.
d) Compete aos Tribunais Regionais do Trabalho determinar às Varas do Trabalho a
realização dos atos processuais e diligências necessárias ao julgamento dos feitos sob
sua apreciação.
e) A competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade da contratação
do empregado, reclamante ou reclamado, independente do local da prestação dos
serviços ao empregador.

47. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Técnico Judiciário -
Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Organização da
Justiça do Trabalho; Competência; ) Quanto à organização, jurisdição
e competência da Justiça do Trabalho, é INCORRETO afirmar que
a) a Justiça do Trabalho é competente, para processar e julgar as ações entre
trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de
Obra decorrentes da relação de trabalho.
b) a competência das Varas do Trabalho, em regra, é determinada pelo local da
contratação ou domicílio do empregado, ainda que tenha sido diversa a localidade
onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador.
c) conforme previsão constitucional compete à Justiça do Trabalho processar e julgar
as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e
trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores.
d) os Tribunais Regionais do Trabalho serão compostos de, no mínimo, sete juízes,
sendo um quinto dentre advogados e membros do Ministério Público do Trabalho e os
demais mediante promoção de Juízes do Trabalho por antiguidade e merecimento,
alternadamente.

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e) nas localidades em que existir mais de uma Vara do Trabalho haverá um


distribuidor, cuja principal competência é a distribuição, pela ordem rigorosa de
entrada, e sucessivamente a cada Vara, dos feitos que, para esse fim, lhe forem
apresentados pelos interessados.

48. ( Prova: FCC - 2011 - PGE-MT - Procurador / Direito Processual do


Trabalho / Competência; ) Em relação à competência territorial da
Justiça do Trabalho, é correto afirmar:
a) A competência é determinada pela localidade onde o empregado prestar serviços
ou pela cláusula do foro de eleição.
b) Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da
Vara do Trabalho da localidade em que a empresa tenha sede.
c) Quando for parte de dissídio trabalhador avulso, a competência será da Vara do
Trabalho da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado
esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o
empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima.
d) A competência das Varas do Trabalho estende-se aos dissídios ocorridos em
agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja
convenção internacional dispondo em contrário.
e) Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar
do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro
da extinção do contrato de trabalho.

49. ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Analista Judiciário -
Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Competência; ) De
acordo com a CLT, com relação à competência em razão do lugar, não
estando o empregado viajante comercial subordinado a agência ou
filial, mas à matriz da empresa empregadora será competente para
apreciar reclamação trabalhista a Vara
a) onde está localizada a matriz ou qualquer uma das agências ou filiais da empresa.
b) do local da última prestação de serviços realizada pelo reclamante.
c) do domicílio do reclamante, apenas.
d) do local da primeira prestação de serviços realizada pelo reclamante.
e) do domicílio do empregado ou a localidade mais próxima.

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50. ( Prova: FCC - 2010 - PGE-AM - Procurador / Direito Processual do


Trabalho / Competência; ) Compete à Justiça do Trabalho processar e
julgar
a) ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos
órgãos de fiscalização das relações de trabalho.
b) ações postulando cobrança de honorários advocatícios.
c) ações penais decorrentes das relações de trabalho, a partir do advento da Emenda
Constitucional nº 45, de 2004.
d) os mandados de segurança, individuais ou coletivos, habeas corpus, habeas data,
quando o ato questionado envolver matéria relacionada às relações de trabalho,
inclusive de servidores públicos estatutários.
e) ações de indenização por dano moral ou patrimonial, ainda que não decorrentes
diretamente das relações de trabalho.

51. ( Prova: FCC - 2009 - DPE-MA - Defensor Público / Direito


Processual do Trabalho / Competência; ) O conflito positivo de
jurisdição entre um Juiz do Trabalho e um Juiz de Direito, este no
exercício da jurisdição trabalhista, na forma do artigo 668 da
Consolidação das Leis do Trabalho, deverá ser julgado pelo
a) Tribunal Superior do Trabalho, em qualquer hipótese.
b) Superior Tribunal de Justiça, em qualquer hipótese.
c) Tribunal Regional do Trabalho, se a competência geográfica de ambos estiver afeta
a um mesmo Tribunal Regional do Trabalho.
d) Tribunal de Justiça do Estado em que se situar a Vara Cível.
e) Tribunal Regional Federal em que se situarem as unidades judiciárias conflitantes.

52. ( Prova: FCC - 2006 - BACEN - Procurador - Prova 2 / Direito


Processual do Trabalho / Competência; ) Após o advento da Emenda
Constitucional nº 45/04, ocorrendo violação a direito líquido e certo do
empregador, por ato do Delegado Regional do Trabalho, em matéria de
disciplina de horário de trabalho, o mandado de segurança e eventual
recurso cabível de decisão desfavorável, serão da competência do
a) juiz federal comum e do Tribunal Regional Federal.
b) Tribunal Regional Federal e do Superior Tribunal de Justiça.
c) juiz do trabalho e do Tribunal Regional do Trabalho.

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d) Tribunal Regional do Trabalho e do Tribunal Superior do Trabalho.


e) juiz federal comum e do Tribunal Regional do Trabalho.

53. ( Prova: FCC - 2006 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário -


Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Execução;
Competência; ) Detém a competência para a execução de título
executivo extrajudicial:
a) o juiz que teria competência para conhecer do litígio.
b) o Presidente do Tribunal.
c) as Turmas do Tribunal.
d) a Seção Especializada em Dissídios Individuais.
e) o juiz auxiliar das execuções.

54. ( Prova: FCC - 2009 - PGE-RJ - Técnico Superior de Procuradoria /


Direito Processual do Trabalho / Competência; ) Após a vigência da
Emenda Constitucional nº 45, definiu-se a competência da Justiça do
Trabalho para as ações
a) movidas por servidores públicos contra a entidade estatal a que serviram, mesmo
se sujeitos a regime estatutário, quando a lide versar sobre seus vencimentos ou
proventos de aposentadoria.
b) de indenização decorrentes de acidente do trabalho movidas pelos segurados
contra o INSS - Instituto Nacional do Seguro Social.
c) de cobrança decorrentes de qualquer contrato de prestação de serviços.
d) de cobrança de qualquer benefício previdenciário.
e) de indenização decorrente de acidente do trabalho movidas pelo empregado contra
o empregador.

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GABARITO DAS QUESTÕES DA AULA


1. D 19.C 37.B
2. B 20.D 38.D
3. B 21.B 39.E
4. E 22.C 40.A
5. D 23.A 41.E
6. A 24.D 42.A
7. E 25.A 43.C
8. E 26.C 44.B
9. B 27.C 45.E
10.D 28.B 46.E
11.E 29.B 47.B
12.A 30.B 48.D
13.B 31.E 49.E
14.A 32.E 50.A
15.A 33.E 51.C
16.E 34.E 52.C
17.C 35.B 53.A
18.B 36.C 54. E

FECHAMENTO

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