Você está na página 1de 133

0

SUMÁRIO

EDITAL 40º EXAME OAB/FGV ............................................................................................ 03

1. DA PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA E DA COMPETÊNCIA MATERIAL E TERRITORIAL NA JUSTIÇA DO


TRABALHO ...................................................................................................................... 06

2. SÍNTESE DOS RITOS E DO PROCESSO DO TRABALHO ....................................................... 07

3. AÇÃO TRABALHISTA ..................................................................................................... 12

4. DEFESA TRABALHISTA .................................................................................................. 18

5. RECURSOS NO PROCESSO DO TRABALHO ........................................................................ 22

5.1 RECURSO ORDINÁRIO .............................................................................................. 24

5.2 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO .................................................................................... 27

5.3 AGRAVO DE INSTRUMENTO ....................................................................................... 28

5.4 AGRAVO DE PETIÇÃO ............................................................................................... 30

5.4.1 Embargos à Execução e Embargos de Terceiro ..................................................... 31

5.5 RECURSO DE REVISTA .............................................................................................. 33

5.6 EMBARGOS NO TST .................................................................................................. 38

5.7 RECURSO ADESIVO X CONTRARRAZÕES ...................................................................... 41

5.8 RECURSO EXTRAORDINÁRIO EM MATÉRIA TRABALHISTA ............................................... 41

6. AÇÃO RESCISÓRIA ....................................................................................................... 43

7. MANDADO DE SEGURANÇA ............................................................................................ 45

8. CORREIÇÃO PARCIAL ................................................................................................. 46

9. RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL ................................................................................... 48

10. DISSÍDIO COLETIVO ................................................................................................... 48

11. AÇÃO DE CUMPRIMENTO ............................................................................................. 50

12. INQUÉRITO JUDICIAL PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE ................................................. 52

13. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO ...................................................................... 53

14. TUTELAS PROVISÓRIAS ............................................................................................... 55

14.1 AÇÃO DE EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS E PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVAS .................. 58

15. HABEAS CORPUS ........................................................................................................ 59

16. HABEAS DATA ........................................................................................................... 61

17. AÇÃO MONITÓRIA ...................................................................................................... 63

18. AÇÕES POSSESSÓRIAS .............................................................................................. 63

19. AÇÃO DE EXIGIR CONTAS, ANULATORIA E AÇÃO CIVIL PÚBLICA ...................................... 64

20. PROCURAÇÃO E SUBSTABELECIMENTO/ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA E PJE ........................... 65

21. FLUXOGRAMAS E TABELAS.......................................................................................... 67

22. PEÇAS PROCESSUAIS - CASOS PRÁTICOS PARA RESOLUÇÃO............................................ 71

1
2
EDITAL 40º EXAME OAB/FGV

DIREITO DO TRABALHO: 1 Direito do Trabalho: conceito, características, divisão, natureza,


funções, autonomia. 2 Fundamentos e formação histórica do Direito do Trabalho. 3. Flexibilização e
desregulamentação. 4 Fontes formais do Direito do Trabalho. Conceito, classificação e hierarquia.
4.1 Conflitos de normas e suas soluções. 5 Hermenêutica: interpretação, integração e aplicação do
Direito do Trabalho. 5.1 Eficácia das normas trabalhistas no tempo e no espaço. 5.2 Revogação.
5.3 Irretroatividade. 5.4 Direito adquirido. 6 Princípios do Direito do Trabalho. 7 Renúncia e
transação no Direito do Trabalho. 7.1 Comissão de Conciliação Prévia. 8 Relação de trabalho e
relação de emprego. 8.1 Estrutura da relação empregatícia. 9 Relações de trabalho lato sensu:
trabalho autônomo, eventual, temporário e avulso. 9.1 Estágio. Cooperativas de mão-de-obra.
Trabalho voluntário 9.2 Contratos de trabalho por equipe. 10 Empregado: conceito e requisitos.
10.1 Altos empregados, trabalhadores intelectuais, exercentes de cargos de confiança e
trabalhador hiperssuficiente. 10.2 Os diretores e os sócios. 10.3 Mãe social. 10.4 Aprendizagem.
10.5 Lei Geral do Desporto 11 Empregado doméstico: conceito, caracterização. Direitos. Emenda
Constitucional 72/13 e Lei Complementar 150/15. 12 Empregador: conceito, caracterização. 12.1
Os poderes do empregador no contrato de emprego: diretivo, regulamentar, fiscalizatório e
disciplinar. 12.2 Grupo econômico. 12.3 Sucessão de empresas e de empregadores. 12.4 Consórcio
de empregadores. 12.5 Situações de responsabilização empresarial solidária e subsidiária. 13
Trabalho rural: empregador, empregado e trabalhador rural. 13.1 Normas de proteção ao
trabalhador rural. 14 Terceirização no Direito do Trabalho (pessoas jurídicas de direito público e
privado). 14.1 Terceirização lícita e ilícita. Consequências jurídicas. 15 Contrato de emprego:
morfologia, conceito, classificação. 15.1 Elementos essenciais, naturais e acidentais. 15.2
Contratos especiais de trabalho. 16 Modalidades de contratos de emprego. 16.1 Espécies de
contratos a termo. 16.2 Contrato de experiência. 16.3 Contrato de emprego e contratos afins.
Contratação de pessoa jurídica (Pejotização). 16.4 Diferenças entre contratos de trabalho e locação
de serviços, empreitada, representação comercial, mandato, sociedade e parceria. 16.5 Pré-
contratações: requisitos para configuração, efeitos, direitos decorrentes, hipótese de perdas e
danos pré e póscontratuais. 17. Trabalho ilícito e trabalho proibido: conceitos e diferenças. 17.1
Efeitos da declaração de nulidade. 17.2 Fraudes na Relação de Emprego. 18 Trabalho infantil e
trabalho do menor. 18.1 Conceito e normas legais aplicáveis. 18.2 Penalidades. 18.3 Efeitos da
contratação. 18.4 Doutrina da proteção integral da criança e do adolescente. 19. Efeitos conexos
do contrato: direitos intelectuais; invenções do empregado; direitos autorais e propriedade
intelectual; indenizações por danos material e extrapatrimonial. 20 Duração do trabalho. 20.1
Fundamentos e objetivos. 20.2 Jornada de trabalho. Trabalho extraordinário e trabalho noturno.
20.3 Acordo de prorrogação e acordo de compensação de horas. 20.4 Banco de horas. 20.5 Tempo
à disposição 20.6 Empregados excluídos do limite de jornada. 20.7 Jornadas especiais - CLT e
legislação extravagante. Bancário. 20.8 Trabalho em turno ininterrupto de revezamento, em
escala, em regime de tempo parcial e trabalho intermitente. 20.9 Trabalho em domicílio e
teletrabalho 21 Repousos. 21.1 Intervalos intrajornada e interjornada. Intervalos especiais 21.2
Repouso semanal e feriados. 21.3 Férias – conceito e regras. Abono pecuniário. Férias individuais e
coletivas. 22 Remuneração e salário: conceito, distinções. 22.1 Gorjetas. 22.2 Características e
classificação do salário. 22.3 Composição do salário. 22.4 Modalidades de salário. 22.5 Adicionais.
22.6 Gratificação. 22.7 Comissões. 22.8 13º salário – dinâmica e forma de pagamento. 22.9
Parcelas não-salariais. 22.10 Salário in natura e utilidades não salariais. 23 Formas e meios de
pagamento e comprovação do salário. 23.1 Proteção ao salário. 23.2 Natureza jurídica das
parcelas. 23.3 Desconto salarial – espécies, condições e limites. 24 Equiparação salarial – conceito
e requisitos. 24.1 O princípio da igualdade de salário. 24.2 Desvio e acúmulo de função. Distinção e
consequências. Reenquadramento. 25 Alteração do contrato de emprego. 25.1 Alteração unilateral
e bilateral. 25.2 Transferência de local de trabalho. 25.3 Remoção. 25.4 Reversão. 25.5 Promoção
e rebaixamento. 25.6 Alteração de horário de trabalho. 25.7 Redução de remuneração. 26.
Acidente do trabalho: conceito, classificação, espécies de danos indenizáveis. 27 Interrupção e
suspensão do contrato de trabalho: conceito, caracterização e distinções. 28 Cessação do contrato
de emprego: hipóteses, causas e classificação. 28.1 Resilição unilateral e bilateral, Resolução e
Rescisão. 28.2 Aposentadoria, morte, força maior, factum principis e adesão a programa de
desligamento voluntário. 29 Dispensas individual, plúrima e coletiva. 29.1 Obrigações decorrentes
da cessação do contrato de emprego. 29.2 Aviso prévio. 29.3 Multa dos arts. 477 e 467 da CLT.
29.4 Quitação anual das obrigações trabalhistas. 30 Estabilidade e garantias provisórias de
emprego: conceito, hipóteses e caracterização. 30.1 Formas de estabilidade. 30.2 Renúncia à
estabilidade. 30.3 Despedida de empregado estável. 30.4 Readmissão e reintegração. 31 O Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço. 32 Prescrição e decadência no Direito do Trabalho. 32.1
Prescrição intercorrente. 33 Segurança e higiene do trabalho. 33.1 Periculosidade e insalubridade –
conceitos, diferenças, percentuais e bases de cálculo. 33.2. Normas Regulamentadoras. 33.3 EPI e

3
EPC. 34 Direito Coletivo do Trabalho: definição, denominação, conteúdo, função. 34.1 Os conflitos
coletivos de trabalho e mecanismos para sua solução. 34.2 Representação dos empregados
trabalhistas. 35 Liberdade sindical. 35.1 Organização sindical brasileira. 35.2 Conceito de categoria.
35.3 Categoria profissional diferenciada. 35.4 Dissociação de categorias. 35.5 Membros da
categoria e sócios do sindicato. 36 Entidades sindicais: conceito, natureza jurídica, estrutura,
funções, requisitos de existência, atuação, prerrogativas e limitações. 36.1 Garantias sindicais. 37
Negociação coletiva e receitas sindicais. 38 Instrumentos normativos negociados: acordo coletivo e
convenção coletiva de trabalho. 38.1 Cláusulas obrigacionais e cláusulas normativas. 38.2
Incorporação das cláusulas nos contratos de emprego. 38.3 A prevalência do negociado sobre o
legislado – regras. 39 Mediação e arbitragem no Direito do Trabalho. 39.1 Poder normativo da
Justiça do Trabalho. 40 Condutas antissindicais: espécies e consequências. 41 A greve no direito
brasileiro: dinâmica, critérios e responsabilidade. 42 Direitos e interesses difusos, coletivos e
individuais homogêneos na esfera trabalhista. 43 Fiscalização e Multas aplicadas pelos órgãos da
fiscalização do Trabalho. 44. Lei 13.467/17 (reforma da CLT) e 13.874/19 (declaração de direitos
de liberdade econômica); 13.709/18 (Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD); 14.010/20 (Regime
Jurídico Emergencial e Transitório das relações jurídicas de Direito Privado (RJET) no período da
pandemia do coronavírus -Covid-19); 14.020/20 (Institui o Programa Emergencial de Manutenção
do Emprego e da Renda; dispõe sobre medidas complementares para enfrentamento do estado de
calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, e da
emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus, de que trata
a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020). Lei 14.457/22 (Institui o Programa Emprega +
Mulheres e altera a CLT); Lei 14.442/22 (Dispõe sobre o pagamento de auxílio-alimentação ao
empregado e altera a Lei nº 6.321, de 14 de abril de 1976, e a CLT). Lei no 14.597/2023 (Lei Geral
do Esporte). Alterações no Estatuto da OAB no tocante ao contrato do advogado empregado.

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO: 1 Direito Processual do Trabalho. 1.1 Princípios. 1.2


Fontes. 1.3 Autonomia. 1.4 Interpretação. 1.5 Integração. 1.6 Eficácia. 2 Organização da Justiça do
Trabalho. 2.1 Composição, funcionamento, jurisdição e competência de seus órgãos. 3 O Ministério
Público do Trabalho. 3.1 Organização. 3.2 Competência. 3.3 Atribuições. 3.4 Inquérito civil. 4
Competência da Justiça do Trabalho: em razão da matéria, das pessoas, funcional e do lugar. 4.1
Conflitos de Competência e órgão competente para sua decisão. 5 Partes, procuradores,
representação, substituição processual, litisconsórcio e intervenção de terceiros. 5.1 Assistência
Judiciária. 5.2 Justiça Gratuita. 5.3 Jus Postulandi. 5.4 Mandato tácito. 6 Atos, termos e prazos
processuais. 6.1 Despesas processuais. 6.2 Custas e emolumentos. 6.3 Comunicação dos atos
processuais. 6.4 Aplicação do Direito Processual Comum na esfera trabalhista. 6.5 Instrução
Normativa 39/16 do TST. 7. Nulidades no processo do trabalho: espécies, extensão, princípios e
arguição. 7.1 Preclusão: conceito e espécies. 8 Dissídio individual e dissídio coletivo. 8.1 Dissídio
individual: procedimentos comum, sumário (Lei 5.584/70) e sumaríssimo. 8.2 Petição inicial:
requisitos, emenda, aditamento, desistência e indeferimento. 8.3 Pedido. 9 Audiência. 9.1
“Arquivamento” e revelia. 9.2 Conciliação. Homologação de acordo extrajudicial. 9.3 Resposta –
contestação, exceção e reconvenção. 10 Provas: princípios, ônus e espécies. 10.1 Documentos:
oportunidade de juntada. 10.2 Incidente de falsidade. 10.3 Perícia: dinâmica e responsabilidade
pelos honorários. 10.4 Testemunhas: quantidade, contradita, compromisso, acareação e multa. A
figura do informante. 11 Sentença nos dissídios individuais. 11.1 Honorários advocatícios. 11.2 Da
Responsabilidade por Dano Processual. 12 Sistema recursal trabalhista. 12.1 Princípios,
procedimentos e efeitos dos recursos. 12.2 Recurso ordinário, agravo de petição, agravo de
instrumento, embargos de declaração, recurso de revista, recurso adesivo, recurso extraordinário
em matéria trabalhista. Recurso de Embargos no TST (CLT, artigo 894). Reclamação Constitucional
e Correição Parcial. 12.3 Pressupostos intrínsecos e extrínsecos dos recursos. 12.4 Juízos de
admissibilidade e de mérito do recurso. 13 Execução Trabalhista. 13.1 Execução provisória e
execução definitiva. 13.2 Aplicação subsidiária da Lei de Execuções Fiscais. 13.3 Execução de
títulos judiciais e extrajudiciais. 13.4 Execução contra a massa falida e a empresa em recuperação
judicial. 14. Liquidação da Sentença. 14.1 Mandado de Citação. 14.2 Penhora. 14.3 Incidente de
desconsideração da personalidade jurídica. 14.4 Responsabilidade do sócio retirante. 14.5 Garantia
do juízo. 15 Embargos à Execução. 15.1 Exceção de pré-executividade. 15.2 Impugnação à
sentença de liquidação. 15.3 Embargos de Terceiro. Fraude à execução. 16 Arrematação,
Adjudicação e Remição. 16.1 Execução contra a Fazenda Pública: precatório e requisição de
pequeno valor. 17 Execução das contribuições previdenciárias. 18 Inquérito para apuração de falta
grave. 18.1 Cabimento e prazo. 18.2 Julgamento do inquérito. 18.3 Natureza e efeitos da
sentença. 19 Procedimentos especiais: ação de consignação em pagamento, ação de prestação de
contas, mandado de segurança, ação monitória, Habeas Corpus e Habeas Data. Ação de exibição
de documentos. Produção antecipada de provas. 19.1 Ação anulatória. Limites de atuação do
judiciário no exame de cláusula coletivas. Nulidade e anulação de normas coletivas por
inobservância dos elementos essenciais do negócio jurídico 19.2 Mediação, arbitragem e modos

4
alternativos de solução de conflitos. 20 Ação civil pública. 20.1 Ação civil coletiva. 20.2
Legitimados, condenação genérica e liquidação individual. 20.3 Coisa julgada e litispendência. 21
Dissídio Coletivo. 21.1 Conceito. 21.2 Classificação. 21.3 Competência. 21.4 Instauração:
prazo, legitimação e procedimento. 21.5 Sentença normativa. 21.6 Efeitos e vigência. 21.7
Extensão das decisões e revisão. 21.8 Ação de Cumprimento. 22 Ação rescisória no processo do
trabalho. 22.1 Cabimento. 22.2 Competência. 22.3 Fundamentos de admissibilidade. 22.4 Juízo
rescindente e juízo rescisório. 22.5 Prazo para propositura. 22.6 Início da contagem do prazo. 23
Tutelas de urgência, evidência, antecedente e cautelar no Direito Processual do Trabalho. 24.
Processo Judicial eletrônico. 25. Lei 13.467/17 (reforma da CLT) e Instrução Normativa 41/18 do
TST. 26. Leis 13.709/18 (Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD); 14.010/20 -
Regime Jurídico Emergencial e Transitório das relações jurídicas de Direito Privado (RJET) no
período da pandemia do coronavírus -Covid-19.

DICAS: Tenha sempre materiais atualizados para consulta durante a prova. O TST tem
até a súmula 463 do TST, até a OJ 421 da SDI-1, até a OJ 158 da SDI-II do TST e até a OJ
38 da SDC . Ainda, esteja atento para as legislações que foram publicadas sobre direito e
processo do trabalho até o edital (29/12/2023), algumas delas serão comentadas em
sala. ESTEJA SEMPRE ATUALIZADO. LEMBRE-SE QUE O CURSO NÃO VISA ESGOTAR TODO
O CONTEÚDO DO EDITAL, O QUE SERIA IMPOSSÍVEL, E SIM MINISTRAR A MAIOR PARTE
DAS MATÉRIAS NELE PREVISTAS DANDO UM NORTE AO ALUNO. TRATA-SE DE ATIVIDADE
MEIO E NÃO FIM, POIS O SUCESSO ESTÁ NA DEDICAÇÃO E NO ESTUDO DO ALUNO.
ASSIM, FIQUE ATENTO COM AS MATÉRIAS DO EDITAL NÃO MINISTRADAS EM SALA, POIS
ELAS DEVERÃO SER ESTUDADAS A PARTE, POIS PODERÃO SER OBJETO DE PROVA. A
PRESENÇA EM TODAS AS AULAS É INDISPENSPÁVEL PARA UM BOM DESEMPENHO NA
PROVA, POIS AS DÚVIDAS SERÃO SANADAS E QUALQUER INFORMAÇÃO OU
RETIFICAÇÃO SERÁ FEITA EM SALA.

5
1. DA PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA E DA COMPETÊNCIA MATERIAL E TERRITORIAL NA
JUSTIÇA DO TRABALHO.

Bienal (ou nuclear) – dois anos após a Rescisão (extinção do contrato)


Prescrição
Quinquenal – além de observar a bienal deve estar atento ao fato de que somente
podem ser reclamadas as verbas dos últimos cinco anos da data do ajuizamento da ação. (art. 7º,
XXIX, da CF, art. 11, da CLT e súmula 308, I, do TST). Prescrição Intercorrente na Execução,
como funciona? ART. 11-A, §§1º e 2º da CLT. Quando há suspensão ou interrupção da
prescrição? E a prescrição do menor? A emancipação civil vale para o menor no direito do
trabalho? E o dano moral, qual a prescrição a ser aplicada? Qual a diferença entre dano
moral e assédio moral?Ação criminal interrompe prescrição trabalhista? ART. 11, §§1ºe
2º da CLT. Súmula 268 do TST. Súmula 294 do TST e OJ 175 da SDI-1 do TST. Súmula
362 do TST e 153 do TST.

Inquérito Para Apuração de Falta Grave – Súmula 403, STF.


Decadência Até 30 dias da suspensão do empregado.

Ação Rescisória – Súmula 100, I, do TST.

PEREMPÇÃO NO PROCESSO DO TRABALHO – ARTIGOS 731 E 732 DA CLT.

PRECLUSÃO: TEMPORAL/LÓGICA/CONSUMATIVA

COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA – ARTS. 625-A a 625-H DA CLT.

COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO

MATERIAL - Art. 114, CF.

Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:


I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito
público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
II as ações que envolvam exercício do direito de greve;
III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre
sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;
IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o
ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;
V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista,
ressalvado o disposto no art. 102, I, o;
VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes
da relação de trabalho;
VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos
empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;
VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195,
I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que
proferir; VIDE SÚMULA 454 DO TST E SÚMULA 53
VINCULANTE DO STF. ART. 876, PARÁGRAFO ÚNICO, CLT.
IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da
lei.
§ 1º - Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à
arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio

6
coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o
conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao
trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão
do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar
dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito.

TERRITORIAL - Art. 651 da CLT.

A regra de competência territorial na Justiça do Trabalho é o local da prestação de serviço


do empregado e não sua residência, ou seja, a CLT é expressa ao trazer que a Vara do Trabalho
competente para as lides trabalhistas é a do local da prestação de serviço do empregado. Observe:

Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é


determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou
reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido
contratado noutro local ou no estrangeiro.

Todavia, existem exceções a regra geral, isto é, o parágrafo primeiro permite, no caso de
viajante comercial, que a ação poderá ser ajuizada na localidade em que a empresa tenha agência
ou filial se o empregado estiver a ela subordinado, na falta será competente seu domicílio ou a
localidade mais próxima.

§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a


competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha
agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta,
será competente a Junta da localização em que o empregado tenha
domicílio ou a localidade mais próxima.

O parágrafo segundo orienta que para trabalhadores brasileiros em agências ou filiais no


estrangeiro a ação será ajuizada no Brasil, desde que não haja Convenção internacional vigente.

§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento,


estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência
ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja
convenção internacional dispondo em contrário.

Ainda, o parágrafo terceiro determina que quando o empregador prestar serviços fora do
local de trabalho, o local competente será o da contratação do serviço, ou o local em que estiver
prestando serviço.

§ 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de


atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao
empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou
no da prestação dos respectivos serviços.

2. SÍNTESE DOS RITOS E DO PROCESSO DO TRABALHO.

RITOS DO PROCESSO TRABALHISTA:

a) Sumário ou de alçada: até 2 SM - Lei 5.584/70, art. 2º.


Número de testemunhas: 3
A sentença de 1º grau é irrecorrível, salvo se violar matéria constitucional, podendo ser
interposto Recurso Extraordinário direto para o STF no prazo se 15 dias (Súmula 640, STF).

b) Sumaríssimo: De 02 SM até 40 SM (art. 852-A e seguintes da CLT)


Número de testemunhas: 2
A audiência é obrigatoriamente una no rito sumaríssimo, por determinação legal. A lei
exige que o pedido seja certo ou determinado com apresentação de cálculos.

c) Ordinário: acima de 40 SM (é o rito trazido na CLT como regra) – ART. 840,§1º DA CLT.
Número de testemunhas: 3

7
Art. 852-A, CLT: quando a demanda envolver a Administração Pública direta, autárquica e
fundação, independentemente do valor da causa será sempre rito ordinário.

SÍNTESE DO PROCESSO DO TRABALHO NO RITO ORDINÁRIO

Dissídio individual - ANTES DE TUDO DEVEMOS ABORDAR OS ARTS. 855-B AO 855-E DA CLT.

Rito ordinário – ATENTAR-SE AO CANCELAMENTO DA SÚMULA 136 DO TST(AGORA


EXIGE IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ NA JUSTIÇA DO TRABALHO)

Vara do Trabalho – Atos Processuais (art. 770 e SS da CLT e art. 813 e 815 da CLT e OJ 245 da
SDI-1 do TST.) VIDE SÚMULAS 16 E SÚMULA 262 DO TST SOBRE PRAZOS. ARTS.775 E 775-A
DA CLT (NOVA REDAÇÃO).
Petição inicial
art. 840, parágrafo 1º, CLT e art. 319, CPC

Exceção (arts.799 e 800,CLT e súmula 214,“c”,TST)


1ª audiência (pregão, tolerância, art. 815, §§§ 1º,2º e 3º da CLT e OJ 245 da SDI-1 do
TST, e conciliação, 846, CLT – vide art. 832, §3º-A e §3º-B da CLT inseridos pela Lei 13.876/2019)
revelia e confissão(súm. 09 TST e art. 844, CLT).Preposto,art. 843,§3º,CLT.

apresentação contestação (art. 847, CLT – 20 minutos)


de resposta
reconvenção (art. 343 e seguintes, CPC)

2ª audiência (instrução)
depoimento pessoal (súmula 74, TST )
testemunhas
alegações finais (10 minutos, cf. art. 850, CLT)

sentença (processo sumaríssimo não tem relatório, art. 852-I, CLT)

embargos de declaração
art. 897-A, CLT, prazo de 5 dias úteis e art. 1022 e ss do CPC).

recurso ordinário
art. 895, CLT, cabe também de decisões terminativas do feito
súmula 214, “c”, TST
prazo 8 dias úteis – custas art. 790 da CLT, art. 790-A da CLT. Depósito (súmula
128 do TST e art. 899, §§§4º, 9º, 10 e 11 da CLT)
Obs. Se o recurso ordinário for denegado seguimento, quando do juízo de
admissibilidade feito pela Vara do Trabalho, caberá agravo de instrumento no prazo de 8 dias úteis
(art. 897, “b”, CLT).

TRT
Subindo o recurso ordinário com as contrarrazões (art. 900, CLT) e com o recurso
ordinário adesivo (art. 997, CPC e súmula 283, TST), o Juiz relator da Turma do TRT pode negar
seguimento ao recurso ordinário, nesse caso, caberá agravo para a própria turma (agravo interno
– art. 1021 do CPC) ou agravo regimental em 8 dias para o pleno do TRT.
O recurso ordinário sendo processado sem vícios faz com que o TRT prolate um
acórdão e desse acórdão deverá ser observado primeiramente o pré-questionamento (súmula 297,
TST), através dos embargos de declaração, e após poderá ser interposto o recurso de revista no
prazo de 8 dias úteis, desde que esteja de acordo com os permissivos do art. 896, CLT.
O Juiz presidente do TRT fará a admissibilidade no recurso de revista e se esse for
negado caberá agravo de instrumento ao TST, todavia, se não denegado o Juiz presidente do TRT
intimará a parte contrária para contra arrazoar o recurso de revista e fazer o recurso adesivo (se
for o caso) no prazo legal (art. 900, CLT e súmula 283, TST).

8
O recurso de revista sobe ao TST.

TST

8 Turmas
27 Ministros (art. 111-A da CF)
Seções Especializadas SDI I editam as
II OJ's do TST
SDC

Tribunal Pleno - edita as súmulas do TST

Órgão Especial (art.93, XI da CF)


Comissões Permanentes (art. 111-A, §2º da CF)

O recurso de revista será analisado por uma das turmas do TST e se denegado seu
seguimento pelo Ministro Relator, caberá agravo interno (art.1021 do CPC) para a própria turma.
Seguindo o revista, sem necessitar do agravo, a Turma do TST prolatará um
acórdão, desse acórdão caberá o recurso de embargos no TST (art. 894, CLT e Lei n 7.701/88, art.
3º), no prazo de 8 dias úteis, para as matérias que envolvam comprovada divergência
jurisprudencial, porém, se houver violação direta da CF caberá o recurso extraordinário ao STF.
Contudo, antes de interpor os embargos no TST (que será julgado pela SDI do
TST) ou o recurso extraordinário (que será julgado pelo STF) a parte deverá pré-questionar a
matéria (embargos de declaração - súmula 297, TST). Os embargos no TST que serão
encaminhados pela a SDI são denominados de embargos do TST por divergência.
Da decisão que denegar seguimento aos embargos do TST, seja pela Turma, seja
pela SDI, caberá agravo interno (8 dias úteis). Por certo, da decisão que denega os embargos no
TST nunca caberá agravo de instrumento (art. 3º, Lei n 7.701/88).
A SDI do TST julgando os embargos no TST prolatará um acórdão, e desse acórdão
não caberá mais recurso algum, salvo afronta a CF, caberá o extraordinário.
Em contrapartida, se o recurso extraordinário interposto da Turma para o STF for
trancado na turma, caberá agravo de instrumento ao STF com prazo de 15 dias úteis e não 8 dias
como os demais agravos.
Recursos que exigem depósito recursal pelo reclamado:
recurso ordinário,
recurso de revista,
embargos no TST,
recurso extraordinário e
recurso ordinário em ação rescisória.

Prazos: CUIDADO – VIDE REDAÇÃO DA SÚMULA 385 DO TST(PRAZOS-


FERIADOS) ATUALIZADA EM SETEMBRO DE 2017 EM RAZÃO DO NOVO CPC.
recurso ordinário
recurso de revista
agravo interno e de instrumento 8 dias úteis
agravo de petição
embargos no TST

recurso extraordinário 15 dias úteis

pedido de revisão 48 horas

alegações finais 10 minutos

9
defesa oral 1ª audiência em 20 minutos (ou escrita no
PJE)

Dissídio individual

TRT

Se a ação for de competência originária do TRT caberá recurso ordinário (art. 895,
“II”, CLT) ao TST, e quem julgará é a SDI (art. 3º, Lei n 7.701/88).

Recurso ordinário

TST

SDI

* se o recurso ordinário for denegado seguimento no TRT, caberá agravo de instrumento ao TST.

* se o recurso ordinário for denegado seguimento no TST, caberá agravo interno para a Turma do
TST.

Dissídio coletivo

TRT TST

Dissídio coletivo decisão do dissídio coletivo


sentença normativa

cabe
TST recurso ordinário ao TST
art. 895, “II”, CLT

SDC

*SDC
único recurso que pode ter quem vai julgar o R.O em
efeito suspensivo (Lei n° 7.701//88), dissídio coletivo é a SDC
quem o dá é o presidente do TST, o (Lei n° 7.701/88, art. 2º).
período é de no máximo 120 dias. Dessa decisão só caberá
Recurso Extraordinário se
houver violação da CF/88

* se o dissídio coletivo começar no TST, ele será endereçado ao Presidente do TST para tentativa
única de acordo, se essa for frustrada, quem julga o dissídio coletivo é a SDC e da decisão da SDC
no dissídio coletivo caberá embargos no TST por infringência, para a própria SDC (art. 894, CLT e
art. 2º, Lei n 7.701-88).

Execução trabalhista (art. 876 e ss da CLT)

Vara do Trabalho (art. 878 da CLT)

Liquidação da sentença:
(art. 879, CLT)

As partes são intimadas para apresentar cálculo (art. 879, parágrafo 1º-B, CLT)

exeqüente (apresenta cálculo)


executado (apresenta cálculo)
perito (apresenta cálculo)

10
Juiz homologa o cálculo que entender correto (art. 879, parágrafo 2º, CLT), essa decisão é
também chamada de sentença de liquidação de sentença, e não cabe recurso algum (obs. Poderá
caber mandado de segurança se ferir direito líquido e certo).
Da decisão que homologar os cálculos o Juiz intima as partes para se manifestarem em 8
dias úteis, sob pena de preclusão. Assim, após a homologação do cálculo e manifestação das
partes, o Juiz manda expedir mandado de citação, penhora e avaliação para o executado pagar a
dívida em 48 horas ou nomear bens à penhora. O executado não o fazendo fará com que o oficial
de justiça penhore os bens suficientes a garantir a dívida (vide art. 882 da CLT).
Penhora: Após a penhora (art. 884, CLT e art. 884, §6º da CLT) as partes serão intimadas
para se manifestar sobre a execução, ou seja, poderão se manifestar sobre o cálculo homologado
(se não houve preclusão) e sobre a penhora realizada. Assim, terão 5 dias úteis para impugnar a
sentença de liquidação (se for o exequente) e 5 dias úteis para embargar a execução (se for o
executado), sendo que cada parte poderá se manifestar sobre a ação incidental apresentada pelo
outro.
Essas ações incidentais (impugnação e embargos) correrão juntas e julgadas por uma
mesma sentença (art. 884, parágrafo 4º, CLT). Da sentença que julgar a impugnação e os
embargos caberá o agravo de petição, no prazo de 8 dias úteis (art. 897, “a”, parágrafo 1º, CLT).

Obs. De toda decisão na execução trabalhista, pela Vara do Trabalho, que couber recurso
ao TRT, o recurso será sempre o agravo de petição.

Todavia, se o agravo de petição for negado seguimento, pelo Juiz da Vara do Trabalho,
para destrancá-lo caberá agravo de instrumento (art. 897, parágrafo 2º, CLT).

TRT:
Se o agravo de petição for trancado no TRT caberá agravo interno para o próprio do TRT.
Se correr normalmente, sem necessitar de agravo, da decisão da turma do TRT, ou do acórdão
prolatado pelo TRT não caberá mais recurso, salvo se violar a CF caberá o recurso de revista no
prazo de 8 dias úteis (art. 896, parágrafo 2º, CLT) ou se for em execução fiscal (art. 896,§10 da
CLT), após a matéria devidamente pré-questionada no TRT (súmula 297, TST).

ATENTAR-SE AO ART. 642-A DA CLT, POIS O MESMO TRAZ A CERTIDÃO


NEGATIVA DE DÉBITOS TRABALHISTAS (CNDT). ISSO FOI CRIADO PARA
IMPEDIR QUE DEVEDORES TRABALHISTAS CONTINUASSEM A SE BENEFICIAR
DE PRIVILÉGIOS, COMO PARTICIPAR DE LICITAÇÕES, SEM ANTES QUITAREM
SEUS DÉBITOS COM OS TRABALHADORES. VER ART. 883-A DA CLT.

CUIDADO: ART. 855-A DA CLT, QUE TRATA DA DESCONSIDERAÇÃO DA PESSOA


JURÍDICA.

11
3. AÇÃO TRABALHISTA

 Natureza Jurídica – Direito Público Subjetivo, pois se trata de faculdade de agir e não
obrigação legal de ajuizar a ação.
 Elementos da Ação:
a) Sujeitos quem pode ingressar com a ação, titular do direito;
b) Objeto pedido de obtenção de pronunciamento judicial;
c) Causa de Pedir é a base do pedido, pressupõe existência de direito material.
 Classificação das Ações:

Condenatória
a) Conhecimento Constitutiva
Declaratória
b) Execução Via de regra somente pode se dar de títulos executivos judiciais
ou acordos judiciais. Entretanto, os acordos realizados nas CCP’s, o acordo feito pelo
MP do Trabalho, a certidão de dívida ativa lavrada pelo M.T.E, o cheque e a nota
promissória também poderão ser executados em Juízo, isto é, são as modalidades de
titulo executivo extrajudiciais no processo do trabalho, mas nem todas previstas na CLT
(art. 876 da CLT).
c) Cautelares Tutelas Provisórias (Urgência e Evidência)

 Condições da Ação: (Art. 17 CPC)


a) Interesse de Agir;
b) Legitimidade da parte.

 Pressupostos Para Existência do Processo:


a) Jurisdição;
b) Pedido;
c) Partes.

 Pressupostos de Validade do Processo:


a) Competência;
b) Insuspeição;
c) Inexistência de coisa julgada;
d) Inexistência de litispendência;
e) Capacidade processual dos litigantes (idade das partes – arts. 792 e 793, CLT);
f) Regularidade da petição Inicial e Inépcia;
g) Regularidade da citação (citação deve ser válida, sob pena de nulidade absoluta).

Obs: A ausência de uma das condições da ação ou de um dos pressupostos processuais gera
matéria a ser alegada em preliminar, na contestação.

12
PETIÇÃO INICIAL

As partes são detentoras do ius postulandi (art. 791, CLT), não necessitando de
advogado para ingressar com reclamação na Justiça do Trabalho, MAS SE TIVEREM ADVOGADO
(ART. 791-A DA CLT) terá honorários. Pode, ainda, a reclamação ser apresentada pelos
representantes das partes, pelo sindicato de classe ou pela Procuradoria do Trabalho (art. 839 da
CLT). Com ressalva do disposto na súmula 425 do TST.

Escrita (art.840, §1o, da CLT)


Forma
Verbal (art.840, §2o, da CLT)
Todavia, existem duas exceções onde a petição inicial deverá ser sempre escrita,
quais sejam: Inquérito para Apuração de Falta Grave (art. 853, CLT) e no dissídio coletivo (art.
856, CLT).
A petição inicial deverá conter a designação do juízo, qualificação das partes,
uma breve exposição dos fatos de que resulta o dissídio (causa de pedir), o pedido, que deverá ser
certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu
representante. (arts. 840, §1o CLT e 319, CPC). O não atendimento as estes requisitos gera a
extinção do pedido ou dos pedidos sem resolução de mérito (art. 840,§3º da CLT).

A qualificação do reclamante corresponde a nome completo, nacionalidade,


estado civil, profissão, número do CPF, RG, CTPS, PIS, nome da mãe e data de nascimento
(Provimento 6 do TST). Deve ser indicado também o endereço completo, de preferência com CEP,
para agilizar eventual notificação. Aconselha-se que coloque sempre o no da CTPS do trabalhador,
para eventual anotação no referido documento.

Quanto à qualificação do Reclamado obedecerá aos mesmos padrões atribuídos


ao reclamante, caso seja pessoa física, contudo, se pessoa jurídica deverá indicar o nome completo
do estabelecimento e o endereço para notificação, bem como o CNPJ, se o empregado tiver. Nunca
se pode deixar de mencionar a data de admissão e demissão, a função do trabalhador, valor do
seu último salário, quanto tempo trabalhou, sua jornada e intervalo.

A petição inicial, se ainda em papel e não PJE, deverá conter no mínimo duas
vias, uma para o juízo e outra para parte, o correto é que contenha o número de vias de acordo
com o número de reclamados, mais a do juízo.

Valor da Causa

Na justiça do trabalho o valor da causa deve corresponder ao somatório dos


pedidos que realmente se pretende receber do reclamado, incluindo-se correção e juros, por força
do princípio da lealdade e boa-fé. Porém, não é o que se vê na prática. Os juros e correção não
precisam ser calculados na inicial, pois são pedidos implícitos, nos termos da súmula 211
do TST.

13
Com a reforma trabalhista o pedido, tanto no rito sumaríssimo como no
ordinário, precisa ser certo, determinado e indicar o valor correspondente, exigindo que o autor
apresente os cálculos desde a inicial (art. 840,§1º da CLT), sob pena de extinção do mesmo sem
resolução de mérito (art. 840,§3º da CLT).
No mandado de segurança, o valor da causa corresponde ao valor pecuniário do
direito.
No dissídio coletivo, deve haver valor da causa, embora não tenha grande
utilidade, em razão da criação de condições de trabalho não ser traduzida de imediato em valores
pecuniários.

Na Reclamação Trabalhista individual Plúrima (art.


842 da CLT), o valor da causa deve corresponder à pretensão dos
autores, tomando-se cada pedido individualmente e depois
fazendo-se a soma. É um exemplo de litisconsórcio ativo facultativo.

Pedido

 Alternativo – quando o devedor puder cumprir a prestação de mais de um modo (art. 325,
CPC). EX: Comprova que recolheu FGTS ou pague o valor que deveria ter recolhido.
 Subsidiário – se o juiz não conhecer do pedido anterior, possa analisar o posterior (art.
326, CPC). Reintegração ao trabalho ou pagamento da indenização.
 Cumulação de Pedidos – só pode ser se for contra o mesmo réu, devendo ainda ser pedidos
compatíveis entre si e o juiz competente para julgá-los (art. 327 do CPC). Se o juiz não for
competente, extingue sem julgamento do mérito, art. 485, IV, CPC.

Acumulação de Ações – Reclamação Plúrima

É possível, art. 842, CLT, desde que cumpra os seguintes requisitos:


 Identidade de matéria;
 Empregados da mesma empresa ou mesmo estabelecimento.

Indeferimento da Petição Inicial

Segundo Sérgio Pinto Martins, alguns Juízes entendem que a petição inicial no
processo do trabalho não pode ser indeferida, pois o empregado é o hipossuficiente. Entretanto, se
o empregado está acompanhado de advogado, este tem obrigação de saber redigir uma petição.
Logo, é perfeitamente possível a inépcia da inicial.
Assim, se estiver faltando alguns dos requisitos do art. 840, §1o, da CLT ou do
art. 330, CPC, ou ainda, estiver presente umas das hipóteses do art. 337 do CPC, o juiz poderá
liminarmente indeferir a inicial. Porém, é notório o fato de que vários juízes tomam conhecimento
da inicial somente na audiência, em razão disso torna-se difícil indeferir uma inicial de plano.

14
Contudo, nada impede o juiz de analisar a inicial antes da audiência e se for o
caso mandar a parte emendar, ou aditar, em quinze dias, conforme arts, 765, CLT, 321, CPC e
Súmula 263, TST. Se o juiz constatar erro a ser reparado na inicial no dia da audiência, pode
mandar a parte aditar e redesignar data para nova audiência, sem prejuízo do réu. Findo o prazo
de quinze dias sem nenhuma providência tomada, será indeferida inicial, desde que a parte possua
advogado e a falha seja cometida com assistência do mesmo. Por fim, mesmo havendo revelia, o
juiz pode mandar a parte autora aditar a inicial para corrigir as irregularidades que a ele couber
retificar.
Dessa forma, sendo indeferida a inicial o reclamante poderá recorrer (recurso
ordinário), facultando ao juiz, em 5 dias, reformar sua decisão ou retratar-se (art. 331, “caput”,
CPC). Mantida a decisão os autos serão encaminhados ao tribunal competente, sem necessidade de
citar o réu.

Inépcia da Inicial

A petição inicial será inepta caso preencha uma das condições dispostas no § 1º,
do art. 330, CPC.
Sobre a matéria em questão deve-se atentar a diferença existente entre inépcia
da inicial e irregularidade da inicial, pois na primeira o juiz não é obrigado a mandar a parte
emendar ou aditar a inicial, frente à gravidade do erro, contudo, na segunda, via de regra, o juiz
deve mandar aditar a inicial em quinze dias. Muitos juízes indeferem de plano a inicial com a
justificativa de que se mandam emendar a emenda fica pior do que já estava, complicando ainda
mais, portanto, preferem extinguir sem resolução do mérito e a parte explica melhor em outra
ação.
Sérgio Pinto Martins chama a atenção para o seguinte problema, comum nas
iniciais: a falta de logicidade. “Da narração dos fatos deve decorrer logicamente a conclusão. Por
exemplo: o autor trabalhava extraordinariamente todos os dias após certo horário. Pedido:
pagamento de horas extras. A decorrência dos fatos narrados é o pedido de alguma coisa
necessariamente ligada a eles”.
Destarte, havendo inépcia da inicial, deve o juiz extinguir o feito sem resolução
do mérito, em razão da gravidade do erro, mesmo porque não haverá prejuízo para parte que
poderá intentar nova ação, e as custas poderão ser dispensadas se o mesmo requereu o benefício
da assistência judiciária gratuita.

Modificação do Pedido
Regra geral não se pode modificar o pedido, porém, existem algumas exceções,
assim, três hipótese podem ser relacionadas:
 Autor omitiu pedido que poderia ter feito, desejando ampliar a postulação
da inicial, modificando a causa de pedir;
 Existem erros manifestos na exordial, que precisam ser retificados;
 É preciso acrescentar um pedido, cancelando-se outro já feito, porém
mantendo a mesma causa de pedir.

15
Antes de ser oferecida a contestação, é possível o aditamento à inicial a qualquer
momento, depois de oferecida/apresentada a contestação é inadmissível a modificação do pedido
ou da causa de pedir (ART. 841,§3º DA CLT) sem a anuência do réu.
Caso seja feito requerimento de alteração do pedido em audiência, antes da
apresentação da defesa, o juiz pode autorizar desde que redesigne nova data de audiência para
que o Réu possa exercer seu direito de ampla defesa e contraditório.

Ônus da prova

Art. 818, CLT. (CLT aplica a teoria do ônus da prova


tarifado – limitação ao poder instrutório do juiz –art. 765 da CLT).
Ao Autor cabe provar fatos constitutivos de seu direito como: existência de
relação de emprego, hora extra, equiparação salarial, etc.
Ao Réu cabe:
 Prova de fato extintivo do direito do autor – paguei as horas extras;
 Prova de fato modificativo – Autor pede pagamento em dobro do feriado
trabalhado e o réu alega que concedeu um dia de descanso para compensar o feriado;
 Prova de fato impeditivo – autor alega ter sido demitido sem justa causa e
réu prova que foi demitido por justa causa, por isso não tem direito às verbas rescisórias.
Súmulas que tratam a matéria: 16, 6, VIII, 212, 254 e 338, todas do TST.
Os meios de prova são: depoimento pessoal das partes, confissão, testemunhas,
documentos, perícias, inspeção judicial e prova emprestada. Cuidado com a Súmula 74 do TST
que trazem a possibilidade do princípio da aptidão e da verdade real para as provas (art.
818, §1º do CLT).

ESTRUTURA DA PETIÇÃO INICIAL

Peça: Cespe 2007-2 (peça 42)

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz do Trabalho da... Vara do Trabalho da Cidade de ..., Estado do
...

(10 linhas)

(3 cm de parágrafo) Antenor Silva, nacionalidade, estado civil, auxiliar de serviços


gerais, CTPS nº, série nº, PIS nº, RG nº, CPF nº, nome da mãe, data de nascimento, endereço
completo e CEP, vem, por intermédio de seu procurador infra-assinado, conforme mandato incluso,
com endereço profissional na Rua e CEP, onde recebe avisos e intimações, perante Vossa
Excelência, propor a presente RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, com fulcro no artigo 840, § 1º, da CLT
e artigo 319, do CPC c/c art. 769 da CLT e art. 15 do CPC, em face de Mar Azul Ltda., pessoa
jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ nº., endereço e CEP, e subsidiariamente, Estrela Branca
S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ nº, endereço e CEP, conforme os fatos a
seguir aduzidos:

I - Da Comissão de Conciliação Prévia


Não foi possível o Reclamante cumprir o disposto no artigo 625-D, da CLT, uma vez que
não existe Comissão de Conciliação Prévia no âmbito da localidade da prestação de serviço do
mesmo. (OBS: RECENTE JULGADO DO STF E DO TST (MAIO/2009) RECONHECERAM NÃO
SER OBRIGATÓRIO O INGRESSO JUNTO ÀS COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA)
Dessa forma, em respeito ao disposto no § 3º do referido artigo, o Reclamante ingressa
com a presente ação diretamente perante esse Juízo.

16
II – Do Contrato de Trabalho
(Deve constar no mínimo a data admissão, data de demissão, remuneração, função e
jornada de trabalho.)
O Reclamante foi contratado pela Primeira Reclamada no dia 2 de março de 2006 para
prestar serviços como auxiliar de serviços gerais devendo laborar das 8 h às 17 h, com uma hora
de intervalo, de segunda a sexta-feira, e das 8 h às 12 h aos sábados, com uma remuneração de
R$ 700,00 (setecentos reais) mensais.
Todavia, o Reclamante trabalhava de fato das 8 h às 19 h, com uma hora de intervalo, de
segunda a sexta-feira, e das 8 h às 13 h aos sábados, sem intervalo. O mesmo foi demitido em 5
de abril de 2007, tendo recebido, na oportunidade, as suas verbas rescisórias, sem, contudo,
nunca receber horas-extras.

III – Da Responsabilidade Subsidiária


Demonstrar a terceirização entre a Primeira e a Segunda Reclamada, com base na Súmula
331, do TST (responsabilidade subsidiária).

IV – Da Jornada de Trabalho
(Confrontar a jornada contratada e a jornada efetivamente realizada).
O Reclamante foi contratado para trabalhar das 8h às 17h, com uma hora de intervalo, de
segunda a sexta-feira, e das 8 h às 12 h aos sábados.
Porém, em que pese assinar na sua folha ponto a referida jornada, o mesmo laborava de
fato das 8 h às 19 h, com uma hora de intervalo de segunda a sexta-feira, e das 8 h às 13 horas
aos sábados, sem usufruir do seu intervalo intra-jornada de 15 minutos nos termos do artigo 71, §
1º, da CLT.
Dessa forma, o Reclamante realizava horas extraordinárias nos termos do artigo 7º, XIII e
XVI, da CF e artigo 58 da CLT, bem como o intervalo intra-jornada de 15 minutos não usufruídos
aos sábados nos termos do artigo 71, § 4º, da CLT.
Assim, requer a condenação das Reclamadas ao pagamento das horas-extras excedentes a
8ª h diária e a 44ª h semanal e do intervalo intra-jornada, com adicional de 50% (cinqüenta por
cento), bem como os seus reflexos em DSR’s, aviso prévio, férias acrescidas de 1/3 constitucional,
gratificação natalina e depósito fundiário e a multa de 40%.

V – Das Verbas Rescisórias Não Pagas

(Saldo de salário e 1/12 de férias acrescidas de 1/3 constitucional).

VI – Do Pedido
Mediante todo o exposto requer se digne Vossa Excelência em julgar totalmente
procedentes os pedidos, condenando as Reclamadas nos pagamentos em todas as verbas
pleiteadas, quais sejam:
a) Requer a condenação da Segunda Reclamada de forma subsidiária conforme a Súmula 331,
IV, do TST, nos termos do item III;
b) Requer a condenação das Reclamadas nos pagamentos das horas extras e de intervalo
intra-jornada excedentes a 8ª diária e 44ª semanal com adicional de 50% e seus reflexos
em DSR’s (OJ 394 SDI-1 TST), aviso prévio, 13º salário, férias com 1/3 constitucional e
FGTS com multa de 40%, nos termos do item IV;
c) Requer o pagamento das verbas rescisórias (...) nos termos do item V.

Requerimentos Finais.
Requer a notificação das Reclamadas nos endereços mencionados no preâmbulo dessa
exordial para querendo apresentar defesa sob pena de revelia.
Requer a concessão dos benefícios da justiça gratuita nos termos da Lei 1060/50
e art. 790,§4º da CLT.
Requer a concessão de honorários advocatícios sucumbenciais, de no mínimo 5%
e no máximo 15%, nos termos do art. 791-A da CLT.
Provará o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas especialmente
depoimento pessoal dos representantes legais das Reclamadas, sob pena de confesso (Súmula 74,
TST), oitiva de testemunhas, perícia, juntada de novos e oportunos documentos e outras mais que
se fizerem necessárias desde já requeridas.

Dá-se a causa o valor de R$ (para o prosseguimento no rito ordinário o valor deve ser
acima de 40 salários-mínimos, mas se for rito sumaríssimo deve ser até 40 salários mínimos, em
ambos devem constar os cálculos de cada pedido).

17
Nestes termos,
Pede deferimento.

Local... e data...

Nome do advogado...
Número da OAB...

4. DEFESA TRABALHISTA

Art. 847 da CLT e art. 335 e seguintes, CPC (com adaptações):

 Contestação
 Exceção
 Reconvenção (natureza de ação)

EXCEÇÃO Ataca defeitos, irregularidades ou vício do processo que impedem seu


desenvolvimento normal, não se discutindo o mérito da questão – defesa indireta do processo.
Autor (Excipiente), Réu (excepto/exceto).

O art. 799 e seguintes da CLT prevê apenas as exceções de suspeição e


incompetência, pois no CPC antigo somente havia previsão dessas duas modalidades. Contudo,
como o CPC atual trouxe mais uma modalidade de exceção, a de impedimento, entende-se que o
art. 799, da CLT também diz respeito à de impedimento, aplicando o CPC subsidiariamente.
As demais exceções que porventura existissem somente poderiam ser alegadas
como preliminar defesa ou de mérito.
A exceção de incompetência territorial deve ser apresentada no prazo de 5 dias
úteis da notificação (art. 800 da CLT), já a de suspeição poderia ser até na audiência, onde o Juiz
deverá julgar primeiro a exceção para depois analisar a defesa. A boa técnica manda que as peças
sejam feitas separadamente, contudo, caso seja apresentada a contestação e exceção numa
mesma peça, onde a exceção figuraria como preliminar, não está de todo errado, ou melhor, não
haverá prejuízo para a parte, entretanto, tecnicamente estaria incorreta.
Incompetência Relativa sempre através de exceção.
Incompetência Absoluta deverá ser alegada em sede de preliminar, não é necessário
apresentar exceção. Ainda, a incompetência absoluta pode ser alegada a qualquer tempo, inclusive
de ofício, diferente da relativa, que se não alegada no prazo da defesa prorroga-se, ou seja, ocorre
preclusão.
O art. 795, da CLT, trata-se da preclusão, do momento adequado que se deve
manifestar nos autos sobre o ponto que teve ciência, ou seja, a manifestação da parte sobre algum
ato do processo deverá se dar imediatamente na oportunidade seguinte à ciência daquele ato.

A exceção é processada nos próprios autos principais e somente será lançada


mão dela novamente quando da elaboração do recurso da decisão final da causa, para fundamento
do R.O. Caso a exceção seja julgada procedente as medidas cabíveis serão tomadas e o erro será
corrigido, porém, se julgada improcedente o processo continua e a mesma será utilizada ao final
quando do recurso ordinário.

18
CUIDADO: NUNCA ESQUECER DA EXCEÇÃO À REGRA NA EXCEÇÃO, SÚMULA 214, “c”, DO TST.

Destaques:
 O poder público terá o prazo em dobro para apresentar exceção, ou seja, dez dias da
notificação postal (art. 183, caput, do CPC).
 Pode haver apresentação de mais de uma exceção – sendo que a suspeição sempre deverá
ser julgada primeiro.
 A exceção suspenderá o feito e prosseguirá nos termos do art. 800 e seus parágrafos da
CLT. Hipóteses:
Impedimento art. 144, CPC
Suspeição art. 145, CPC E ART. 801 DA CLT
Incompetência art. 337, II, CPC.
Após apresentada a exceção de suspeição (que em tese deveria sem em 5 dias
da notificação) em 48h será designada audiência de instrução e julgamento para provar a
suspeição ou impedimento.
A aplicação subsidiária do CPC está fundada no art. 769, da CLT e no art. 15 do
CPC/15.

CONTESTAÇÃO:
 Pode ser oral, em audiência, por 20 minutos, ou escrita em audiência pelo PJE, art. 847, caput
e parágrafo único, da CLT.
 Pode ser escrita, sendo apresentada em audiência e não em Cartório (art. 847 p.único da CLT).
 O prazo é o dia da primeira audiência, não é igual ao cível, 15 dias.

Preliminares discutem algo antes do mérito. Ex: inépcia, litispendência, coisa julgada,
defeito de representação, etc. Matérias exclusivamente de direito que acolhidas extinguem o feito
sem resolução do mérito (art. 337 e 485, CPC)
Preliminares de Mérito vêm após as preliminares.
 Ou prejudiciais de mérito
 Exemplo: prescrição e decadência.
 Compensação – Súmulas 18 e 48, do TST e art. 767, CLT
 Retenção – art. 767, CLT
 Obs: Se o crédito a ser compensado pelo empregador for superior ao crédito do
empregado, deve alegar em reconvenção e não em defesa.
 Matérias que se acolhidas extinguem o feito com resolução do mérito (art. 487, CPC)
Defesa de Mérito:
 Art. 336, CPC.
 Reclamante pode desistir da ação após apresentada a contestação? Após a contestação
apresentada somente o Reclamante poderá desistir com a anuência do Reclamado.(art.
841,§3º da CLT)
 Após a contestação apresentada o Reclamante somente poderá deduzir novas alegações
quando: a) relativas a direito superveniente; b) competir ao juiz conhecer delas de ofício,
decadência; e c) quando a lei permitir. Art. 342, CPC.

19
RECONVENÇÃO ( artigo 343 do CPC c/c 769 da CLT e art. 15 do CPC ): Deve ser feita dentro
da contestação.
 Pretensão do Réu em face do Autor;
 A matéria deve ser atinente a relação de emprego ou de trabalho discutida na ação
principal;
 Pressupostos:
a) Rito Ordinário;
b) Mesmas Partes;
c) O prazo para a reconvenção é o da primeira audiência, junto com a contestação;
d) Não é permitida reconvenção da reconvenção, prazo para contestá-la corre em
cartório ou secretaria.
e) A ação e a reconvenção serão julgadas numa mesma sentença, sob pena de
nulidade
f) O recurso cabível é o Recurso Ordinário;
g) Na execução trabalhista não cabe reconvenção.

ESTRUTURA DE UMA EXCEÇÃO TRABALHISTA

Peça – OAB São Paulo (peça 16)

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz do Trabalho da...Vara do Trabalho da Cidade de ..., Estado de...

(10 linhas)
Processo nº ...

(3 cm de parágrafo) ONIX LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ nº,
endereço com CEP, vem, por intermédio de seu procurador infra-assinado, conforme mandato
incluso, com endereço profissional na Rua e CEP, onde recebe avisos e intimações, nos autos em
epígrafe, onde litiga com CARLOS EDUARDO, já qualificado, perante Vossa Excelência, com fulcro
no artigo 799, “caput”, da CLT, apresentar EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA EM RAZÃO DO
LUGAR/TERRITORIAL, de acordo com os fatos e fundamentos a seguir aduzidos:

I – DOS FATOS E DA TEMPESTIVIDADE

Narrativa dos fatos trazidos no exercício, demonstrando o cabimento da exceção.


Demonstrar que apresentou dentro do prazo de 5 dias da notificação – art. 800 da CLT.

II – DO CABIMENTO DA EXCEÇÃO.

Arts. 799 e 651 da CLT.

Demonstrar que a exceção está prevista na CLT e que o foro em que a ação foi proposta está
errado, pois a CLT determina como regra as hipóteses do art. 651.

III – DA INCOMPETÊNCIA EM RAZÃO DO LUGAR.

ART. 651, § 1º da CLT.

IV – DO PEDIDO.
Mediante do exposto, requer se digne Vossa Excelência em acolher a presente exceção,
julgando-a totalmente procedente, determinando assim a remessa dos autos à vara do Trabalho de
--- (local correto), para que o feito seja processado sem qualquer vício formal.
Requer a suspensão do feito nos termos do art. 800,§1º da CLT e intimação da parte
contrária, ou seja, do exceto, para que em 5 dias se manifeste, caso queira, nos termos do art.
800, §2º, da CLT.

20
Requer a concessão de honorários advocatícios sucumbenciais, de no mínimo 5%
e no máximo 15%, nos termos do art. 791-A da CLT.
Provará o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas especialmente
depoimento pessoal do Exceto, sob pena de confesso (Súmula 74, TST), oitiva de testemunhas,
perícia, juntada de novos e oportunos documentos e outras mais que se fizerem necessárias desde
já requeridas, nos termos do art. 800,§3º da CLT.

Nestes termos,
Pede deferimento.

Local e data.

Nome do Advogado
Número da OAB

ESTRUTURA DE UMA CONTESTAÇÃO TRABALHISTA

Peça – Cespe RJ (peça 39)

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz do Trabalho da...Vara do Trabalho da Cidade de..., Estado de...

(10 linhas)
Processo nº 04099.2007.080.01.00.9

(3 cm de parágrafo) Chico J. Comercio de Tecidos Ltda., pessoa jurídica de direito privado,


inscrita no CNPJ nº, endereço com CEP, vem, por intermédio de seu procurador infra-assinado,
conforme mandato incluso, com endereço profissional na Rua e CEP, onde recebe avisos e
intimações, nos autos em epígrafe, onde litiga com Ednyldo Augusto C. Donato, já qualificado,
perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 847, da CLT, apresentar CONTESTAÇÃO, de acordo
com os fatos e fundamentos a seguir aduzidos:
I – Preliminarmente

1.1 Da não Submissão à Comissão de Conciliação Prévia


Art. 625-D, § 3º, CLT – com pedido de arquivamento.
(OBS: RECENTE JULGADO DO STF E DO TST ADMITIU NÃO SER MAIS OBRIGATÓRIA A
PASSAGEM PELA CCP)

1.2 Da Inadequação do Rito


Rito é sumaríssimo – art. 852-B, I, § 1º, CLT – arquivamento e condenação do reclamante nas
custas processuais.

1.3 Da Inépcia do Pedido de Insalubridade


Art. 330, § 1º, I, CPC – faltou causa de pedir.

Caso Vossa Excelência não acolha nenhuma das preliminares argüidas, passa-se a prejudicial
de mérito (esse é um exemplo do princípio da eventualidade).

II – Prejudicial de Mérito.

2.1 Da Prescrição Qüinqüenal – art. 7º, XXIX, CF e Súmula 308, I.

Rejeitada a prejudicial de mérito argüida, passa-se a contestar o mérito.

III – Da Equiparação Salarial


Maior produtividade do paradigma – art. 461, CLT e Súmula 6, TST.

IV – Da Inexistência de Horas-Extras e Reflexos


Art. 62, I, CLT - vendedor externo e havia registro na CTPS.
Impugnar o horário da jornada de trabalho da exordial.
Impugnar os reflexos - “acessório segue o principal”.
Intervalo intra-jornada (não comparecia na empresa ...)

21
V- Do Adicional de Insalubridade
Caso Vossa Excelência não entenda que o pedido de insalubridade seja inepto, pelo
princípio da eventualidade, passa a ...
Atividade não é insalubre e o adicional pedido pelo empregado não está na lei – art. 192, CLT e a
base legal é o salário mínimo (atualmente o STF entende que a base de cálculo é o salário mínimo,
apesar da redação da sumula vinculante nº 4 do mesmo dispor em contrário).

VI – Da Média Salarial e do Aviso Prévio


A média não é R$ 900,00 e sim R$ 700,00 e o aviso prévio foi concedido – art. 488, CLT.

VII – Da Multa do Artigo 477, § 8º, CLT


A multa é pelo atraso e não pelo pagamento a menor.

VIII – Do Pedido
Mediante do exposto, requer se digne Vossa Excelência em acolher as preliminares de
inadequação do rito e inépcia do pedido de insalubridade, determinando o arquivamento do feito ou
do pedido nos termos retro mencionados, entretanto, caso Vossa Excelência não acolha nenhuma
das preliminares argüidas requer, ainda, o acolhimento da prejudicial de mérito de prescrição
qüinqüenal, declarando prescritos todos os créditos anteriores aos últimos cinco anos da data do
ajuizamento da ação.
Rejeitadas todas as preliminares e prejudiciais, requer por fim a total improcedência dos
pedidos do reclamante.
Requer a concessão de honorários advocatícios sucumbenciais, de no mínimo 5%
e no máximo 15%, nos termos do art. 791-A da CLT.
Provará o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas especialmente
depoimento pessoal do Reclamante, sob pena de confesso (Súmula 74, TST), oitiva de
testemunhas, perícia, juntada de novos e oportunos documentos e outras mais que se fizerem
necessárias desde já requeridas (não há notificação da parte contrária nem valor da causa).

Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e data.

José K. Barbosa
OAB/RJ 250.999

OBS: JAMAIS INVENTAR DADOS PARA COLOCAR EM SUA PEÇA. SOMENTE INFORMAR O
QUE FOI FORNECIDO NA PROVA.

5. RECURSOS NO PROCESSO DO TRABALHO

Recursos – Arts. 893 e seguintes, da CLT.


Princípios:
 Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias – at. 893, §1o, da CLT e Súmula 214,
TST.
 Inexigibilidade da fundamentação – art. 899, CLT. Somente para o Recurso Ordinário não é
necessário fundamentação, mas só na hipótese de a parte estiver desprovida de advogado.
Entretanto, para os recursos técnicos como o de Revista deve sempre haver fundamentação,
sob pena de não ser conhecido.
 Princípio da Fungibilidade ou Instrumentalidade das Formas – OJ 69 da SDI-2 do TST e Súmula
421 do TST. (requisitos: inexistência de erro grosseiro (Ex: OJ 152 SDI-2 do TST) ou de má-fé
+ existência de dúvida objetiva(doutrina e jurisprudência) + respeito ao prazo do recurso
correto).
 Instância Única – Nas causas até dois salários mínimos não cabe recurso, somente caberá
recurso se a matéria discutida nos autos for de natureza constitucional (Art. 2º, Lei 5584/70).

22
 Efeito Devolutivo (em profundidade ou vertical – relação com os fundamentos e em extensão
ou horizontal – relação com os pedidos. Vide súmula 393 do TST e art. 1013 do CPC) – É a
regra (art. 899, CLT). Exceção a regra: Recurso Ordinário em dissídio coletivo. Nessa hipótese
o Presidente do TST pode dar efeito suspensivo ao recurso.

 Efeito Suspensivo, via de regra, é admissível a obtenção de efeito suspensivo ao


recurso ordinário mediante requerimento dirigido ao tribunal, ao relator ou ao
presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, por aplicação subsidiária
ao processo do trabalho do artigo 1.029, § 5º, do CPC de 2015.– Súmula 414,
I, parte final, do TST;;
 Outros efeitos: Translativo (análise de objeção processual), regressivo (juízo de retratação, em
5 dias, art. 331 CPC), extensivo (estende-se a outros sujeitos que não recorreram) e
substitutivo(a decisão do Tribunal substitui a decisão do juízo a quo). Devem ser estudados.
 Uniformidade de prazos recursais - O art. 6o, da Lei 5584/70 uniformizou os prazos dos
Recursos para 8 (oito) dias úteis – R.O., R.R, Embargos no TST, Agravo de Petição e, Agravo
de Instrumento. O Recurso Extraordinário é a exceção, pois o prazo para sua interposição é de
15 (quinze) dias úteis, de acordo com a Lei 8038/90, em seu art. 26. Vide também CPC.
 Juízo de Admissibilidade – esse Juízo é feito tanto pelo Juízo ‘a quo’ quanto pelo Juízo ‘ad
quem’, sendo que a decisão do primeiro não vincula a decisão do segundo. No Juízo de
Admissibilidade é observado tanto pressupostos objetivos quanto pressupostos subjetivos,
condições essenciais para que o recurso suba ao tribunal superior (TRT ou TST).

Pressupostos Extrínsecos previsão legal; adequação ou cabimento; tempestividade e


preparo (custas e depósito recursal – o empregado nunca paga depósito e somente pagará custas
se perder tudo e não for beneficiário da justiça gratuita (ART. 790, CAPUT, §§3º e §4º DA CLT); já
o empregador paga sempre depósito, salvo Administração Pública, MPT, massa falida e os previstos
no art. 899, §§§9º, 10 e 11 da CLT e quanto às custas a massa falida (súmula 86 do TST),
algumas empresas como micro ou pequeno empresários e empregadores domésticos têm

conseguido isenção. ATENÇÃO COM SUMULA 426 DO TST; regularidade de representação (OJ

120 SDI-1 do TST e Súm. 383 e 425, TST).

ATENÇÃO AO ART. 1007, §2º DO NOVO CPC: SE AS CUSTAS FOREM RECOLHIDAS A MENOR A
PARTE TERÁ PRAZO DE 5 DIAS PARA SUPRIR A FALHA, SOB PENA DE DESERÇÃO. ISTO TAMBÉM
VALE PARA O DEPÓSITO RECURSAL. VIDE NOVA REDAÇÃO DA OJ 140 DA SDI-1 DO TST. O VALOR
DAS CUSTAS, NOS TERMOS DO ART. 789 DA CLT, SERÁ DE NO MÍNIMO R$ 10,64 E NO MÁXIMO 4
VEZES O LIMITE DO BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO.

Pressupostos Intrínsecos legitimidade, capacidade e interesse processual.

Regra Geral aos Recursos:


 Aplicação subsidiária do CPC (art. 769, CLT);

23
 O Recorrente pode a qualquer momento desistir do recurso, mesmo sem a anuência da parte
contrária (art. 998, CPC).
 O.J. 120, SBDI-1, TST (REDAÇÃO ATUALIZADA EM 2016)
I - Verificada a total ausência de assinatura no recurso, o juiz ou o relator concederá prazo de 5
(cinco) dias para que seja sanado o vício. Descumprida a determinação, o recurso será reputado
inadmissível (art. 932, parágrafo único, do CPC de 2015).
II - É válido o recurso assinado, ao menos, na petição de apresentação ou nas razões recursais.

5.1. RECURSO ORDINÁRIO

O Recurso ordinário tem semelhanças com apelação no processo civil.


Está previsto o recurso ordinário no art. 895, I e II da CLT:

O recurso ordinário é interponível das decisões definitivas ou terminativas das Varas e


Juízos, conforme art. 895, I da CLT. Assim, cabe recurso ordinário das decisões definitivas
(sentença) e terminativas em que se extingue o processo sem resolução de mérito, como:

a) Das decisões interlocutórias, de caráter terminativo do feito, como a que acolhe a


exceção de incompetência em razão do lugar e extingue o feito (§ 2º do art. 799 da
CLT);
b) Do indeferimento da petição inicial, seja por inépcia ou qualquer outro vício (art. 485, I,
do CPC);
c) Do arquivamento dos autos em razão do não-comparecimento do reclamante à
audiência;
d) Da paralisação do processo por mais de um ano, em razão da negligência das partes
(art. 485, II, do CPC);
e) Do não-atendimento, pelo autor, do despacho que determinou que se promovessem os
atos e diligências que lhe competir, pelo abandono da causa por mais de 30 dias (art.
485, III, do CPC);
f) Verificando o juiz a ausência dos pressupostos de constituição e de desenvolvimento
válido e regular do processo (art. 485, IV, do CPC);
g) Se o juiz acolher a alegação de litispendência ou coisa julgada (art. 485, V, do CPC);
h) Se o processo for extinto por carência da ação, por não estarem presentes o interesse
de agir, ou a legitimidade da parte (art. 485, VI, do CPC);
i) Pela desistência da ação (art. 485, VIII, do CPC);
j) Da decisão que aplica pena ao empregado de não poder reclamar por seis meses
PEREMPÇÃO (art. 731 e 732 da CLT).
Das decisões definitivas da Vara que caberá o recurso ordinário são, em suma, as
seguintes:
a) Quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor (art. 487, I, do CPC), ainda que
parcialmente;
b) Quando o juiz acolher a decadência ou prescrição (art. 487, II, do CPC).

Cabe também recurso ordinário das decisões de processos de competência originária do


TRT, (art. 895, II da CLT) como:
a) Dissídios coletivos;
b) Ação rescisória;
c) Mandado de segurança;
d) Habeas corpus;
e) Decisões que aplicam penalidades a servidores da Justiça do Trabalho.

Não caberá recurso ordinário da decisão que homologa acordo entre as partes,
pois tal decisão é irrecorrível (parágrafo único do art. 831, da CLT e súmula 418 do TST).

24
A exceção diz respeito ao INSS, o único que pode recorrer do acordo judicial, no prazo
em dobro de 16 dias. CUIDADO: O ART. 855-E, parágrafo único da CLT, leva a interpretação que
da decisão que nega a homologação de acordo extrajudicial cabe Recurso Ordinário.

ALGUNS DESTAQUES:
O prazo do recurso ordinário é de 8 dias ÚTEIS.

Recolhimento das custas (art. 789, CLT) e depósito recursal. O depósito recursal
somente é devido pelo Reclamado (ART. 899 e parágrafos da CLT e SÚMULAS 99, 128,
161, 170, 217 e 426 do TST). O Reclamante somente irá recolher as custas quando a ação for
totalmente improcedente e não for beneficiário da assistência gratuita judiciária. Custas: súmulas,
25, 36, 53 do TST.

Súmula nº 245. DEPÓSITO RECURSAL. PRAZO


O depósito recursal deve ser feito e comprovado no prazo alusivo ao
recurso. A interposição antecipada deste não prejudica a dilação legal.

A peça de interposição será endereçada ao juízo “a quo”, e as razões ao juízo “ad quem”.
 Interposição – art. 899, CLT. Pode até ser oral, registrado em ata, porém, somente
quando a parte não possuir advogado.
 Recurso Ordinário – somente possui efeito devolutivo, com exceção do R.O. em dissídio
coletivo que poderá ter efeito suspensivo, nos termos do art. 9º da Lei 7701/88.
 Os pressupostos objetivos e subjetivos devem ser preenchidos, pois há Juízo de
admissibilidade.
 Retratação – somente quando há o indeferimento da inicial que poderá haver o Juízo de
retratação pelo Juízo ‘a quo’ (no prazo de 5 dias úteis), e não o fazendo os autos com o
Recurso sobem ao Tribunal.

Procedimento no Tribunal:

Interposição de Recurso Ordinário Passa pelo Juízo de Admissibilidade, se negar a


subida do R.O. caberá Agravo de Instrumento dessa decisão que negou o processamento do
recurso antes do Juízo de Admissibilidade do Juízo ‘ad quem’ ser feito o Juízo ‘a quo’, se
preenchidos os requisitos, deve intimar a parte contrária para contra-arrazoar o apelo
sobe ao TRT Autos são remetidos a Procuradoria do Trabalho que tem oito dias para
se manifestar Após os Autos irão concluso ao relator passa-se ao
revisor posto em pauta para julgamento Acórdão com ementa.

O procedimento do Recurso Ordinário no processo sumaríssimo segue o


disposto no art. 895, §1o, CLT, é mais célere.

ESTRUTURA DE UM RECURSO ORDINÁRIO

Peça de interposição: Cespe. 2006.3 (peça 41)

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz do Trabalho da ...Vara do Trabalho da Cidade de..., Estado do...

(10 linhas)
Processo nº...

25
(3 cm de parágrafo) Rogério, já qualificado, vem, por intermédio de seu procurador infra-assinado,
conforme mandato incluso, com escritório profissional na Rua e CEP, onde recebe avisos e
intimações, nos autos em epígrafe, em que litiga com Delta, também já qualificada, perante Vossa
Excelência, com fulcro no artigo 895, “I”, da CLT, interpor, tempestivamente, o presente RECURSO
ORDINÁRIO, conforme as razões anexas.
Requer o conhecimento do presente recurso com a remessa do mesmo ao Egrégio Tribunal
Regional do Trabalho da...ª Região, (juntando nessa oportunidade os comprovantes de custas e do
depósito recursal – se fosse empresa) junta o comprovante de custas processuais e deixa de juntar
o depósito recursal por não necessitar garantir o juízo (se for empregado e beneficiário, se não for
beneficiário deve comprovar as custas).
Requer a intimação da parte contrária para oferecer contrarrazões, nos termos do art. 900
da CLT.

Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e data.

Nome do advogado
Número da OAB

Peça Recursal

Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da ...ª Região, Estado do.

Recorrente: Rogério
Recorrido: Delta
Origem:... Vara do Trabalho da Cidade de, Estado do.
Processo nº...

RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO


Em que pese à boa lavra da sentença prolatada pelo Juízo de primeiro grau, a mesma
merece ser reformada, senão vejamos:

I – Preliminarmente (se houver)


1.1 Da Nulidade da Citação (exemplo)

II – Prejudicial de mérito (se houver)


Ex: Prescrição - a parte argüiu a prescrição e o juiz de 1º grau concedeu prescrição aos 5
anos anteriores data da demissão do empregado e não do ajuizamento da ação. Citar a Súmula
153, TST.
III – Da Existência da Equiparação Salarial
Base legal: art. 461, CLT e Súmula 6, TST.
Fazer um resumo do que foi dado demonstrando, ou seja, que entre o paragonado e o
paradigma existem os requisitos necessários para a equiparação.
Portanto, requer a reforma da sentença condenando a Recorrida no pagamento das
diferenças salariais por equiparação e seus reflexos em todas as verbas, tais como: DSR’s, aviso
prévio, 13º salário, férias acrescidas de 1/3 constitucional e FGTS.

II – Do Pedido

Mediante todo o exposto, requer se dignem Vossas Excelências em conhecerem do


presente Recurso Ordinário, dando-lhe total provimento para o fim de reformarem a sentença
prolatada no primeiro grau de jurisdição, condenando a Recorrida no pagamento da diferença
salarial por equiparação e seus reflexos, bem como nas custas processuais.

Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e data.

Nome do advogado
Número da OAB

26
5.2 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

Embargos de Declaração – art. 897-A, da CLT e art. 1022, e seguintes do CPC.

Para a CLT só cabe da sentença ou acórdão, mas o novo CPC permite de qualquer decisão
judicial, o que se aplica subsidiariamente.
O prazo é de 5 dias úteis (razões e contrarrazões), e é endereçado ao juízo que proferiu a
decisão (art. 1023 do CPC). Art. 1022, III, CPC versus art. 897-A, §1º da CLT.
A oposição de embargos interrompe o prazo para outros recursos: da intimação decisão
dos embargos começa novo prazo para o recurso principal – VIDE ART. 897-A, §3º DA CLT. Por
isso às vezes é utilizado para ganhar tempo, como por exemplo, aumentar o prazo para conseguir
levantar o depósito recursal do R.O e do RR, principalmente.
Não tem preparo (custas e depósito recursal), Art. 1023 do CPC.
Não é possível sustentação oral no TRT - Art. 937, CPC.
Art. 1026, §§§ 2º, 3º e 4º, do CPC – má-fé: a lei traz um limite para oposição de embargos
de declaração protelatórios, e prevê multa no caso de má-fé da parte que o usar para protelar o
feito. Se reiterar na má-fé a multa eleva e fica condicionada a interposição do recurso o pagamento
da multa, como se fosse mais um pressuposto recursal.
Há intimação da parte contrária, EM CASO DE EFEITO MODIFICATIVO – ART. 897-A,
§2º, CLT, mesmos os embargos sendo opostos diretamente para o juiz. VIDE OJ 142 da SDI-1 do
TST. CUIDADO COM A SÚMULA 421 TST.
OBS: se na peça estiver escrito que a matéria está pré-questionada, não caberá embargos de
declaração.
HIPÓTESE MAIS COMUM: VICIOS NO JULGADO, ESPECIALMENTE EM CASO DE OMISSÃO.
Modalidades:
a) Omissão – SÚMULA 278 DO TST
b) Contradição
c) Obscuridade (não está previsto no art. 897-A, mas é aplicado devido a aplicação
subsidiária do CPC)
Efeito Modificativo: Art. 897-A da CLT.
Pré-questionamento (Súmula 297, TST).
d) Manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso.

Endereçamentos:
1) Vara: Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz do Trabalho da ...Vara do Trabalho da Cidade
de..., Estado do...
2) TRT: Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Relator da...Turma do Egrégio Tribunal Regional do
Trabalho da ...Região. (Desembargador Relator: é previsto somente em alguns regimentos
internos)
3) TST: Excelentíssimo Senhor Doutor Ministro Relator da...Turma ou SDI do Colendo Tribunal
Superior do Trabalho.

QUESTÃO QUE JÁ CAIU: Reginaldo trabalha como operador de telemarketing atendendo no número
de telefone do Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) de seu empregador, tendo sido admitido
em 22/03/2018. Uma vez que Reginaldo trabalha apenas com recepção de ligação telefônica, o
empregador determinou, desde o início do contrato, que Reginaldo trabalhasse em seu próprio
domicílio, local onde o empregador instalou uma pequena central para a recepção dos telefonemas,
bem como um computador para que Reginaldo pudesse registrar, no sistema da empresa, as
reclamações e sugestões dos clientes. Em janeiro de 2020, Reginaldo pediu demissão. Diante da
narrativa apresentada e dos termos da CLT, responda às indagações a seguir.
B) Caso você fosse contratado como advogado(a) por Reginaldo e o pedido de horas extras tivesse
sido julgado totalmente improcedente, com imposição de custas e honorários advocatícios, sem
que o juiz tivesse apreciado o pedido de gratuidade de justiça formulado na inicial, que medida
você adotaria para sanar a omissão? Justifique. (Valor: 0,60) Obs.: o(a) examinando(a) deve
fundamentar suas respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação. (QUESTÃO
3 – XXXI EXAME)

ESTRUTURA DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Relator da ...Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da
...Região, Estado de São Paulo.

27
(10 linhas)
Processo nº...

(3 cm de parágrafo)Embargante, já qualificado, vem, por intermédio de seu procurador infra-


assinado, conforme mandato incluso, com escritório profissional na Rua e CEP, onde recebe avisos
e intimações, nos autos em epígrafe, em que litiga com Embargado, também já qualificado,
perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 897-A, da CLT, opor, tempestivamente, EMBARGOS
DE DECLARAÇÃO, nos termos a seguir exposto:

I – Do Cabimento dos Embargos de Declaração: Justificar o manifesto equívoco quanto à


tempestividade (art. 897-A, CLT, parte final).

II – Da Contagem dos Prazos: Art. 775, “caput”, CLT e Súmula 1, TST.

III – Do Efeito Modificativo: Art. 897-A, CLT. Requer o conhecimento do agravo de instrumento
face ao efeito modificativo.

IV – Do Pedido.

Isto posto, requer a Vossa Excelência que acolha os presentes Embargos de Declaração,
conhecendo o mesmo e dando-lhe total provimento para o fim de reformar a decisão prolatada em
sede de Agravo de Instrumento, permitindo o imediato conhecimento do mesmo.
Nos termos da OJ 142 da SDI-1 do TST e art. 897-A, §2º da CLT requer a intimação da
parte contrária para responder aos presentes embargos de declaração.
Local e data...
Nome do advogado... e número da OAB...

5.3. AGRAVO DE INSTRUMENTO.

Art. 897, “b”, CLT.


O prazo é de 8 dias úteis, mas será de 15 dias úteis quando for para destrancar Recurso
Extraordinário.
Custas: no processo de conhecimento não há custas, mas na execução as custas são de R$
44,26 – art. 789-A, III, CLT. CUIDADO! TEMOS QUE OBSERVAR O ART. 899, §§7º e 8º da
CLT, que trata do depósito recursal. RECOLHER EM CONTA VINCULADA AO JUIZO (ART.
899,§4º DA CLT)
Cabimento: destrancar o recurso negado pelo juízo “a quo” por falta de algum dos
pressupostos extrínsecos do recurso, durante a análise do primeiro juízo de admissibilidade. O
agravo de instrumento é interposto para fazer o recurso ser conhecido. Cabe quando for negado
seguimento ao Recurso ordinário, Recurso de Revista, Agravo de Petição ou Recurso
Extraordinário.
O juízo “ad quem” faz um segundo juízo de admissibilidade do recurso, se ele constatar
que o juízo de admissibilidade realizado pelo juízo “a quo” foi falho, ele pode negar seguimento ao
recurso, e ai, da decisão do juízo “ad quem”, que denegou seguimento ao recurso, caberá agravo
(art. 557, §1º do CPC) para a turma ou agravo regimental para a turma ou pleno do TRT.
Destaca-se que o recurso principal será julgado após o provimento do agravo de
instrumento, por isso são necessárias cópias de vários documentos exigidos no art. 897, § 5º, CLT
+ cópia do recurso denegado.
OBS: Súmula 353 do TST.

Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias:


b) de instrumento, dos despachos que denegarem a interposição de
recursos.
§ 2º - O agravo de instrumento interposto contra o despacho que não
receber agravo de petição não suspende a execução da sentença.
§ 4º - Na hipótese da alínea b deste artigo, o agravo será julgado pelo
Tribunal que seria competente para conhecer o recurso cuja interposição
foi denegada.
§ 5o Sob pena de não conhecimento, as partes promoverão a formação
do instrumento do agravo de modo a possibilitar, caso provido, o
imediato julgamento do recurso denegado, instruindo a petição de
interposição:
I - obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão
da respectiva intimação, das procurações outorgadas aos

28
advogados do agravante e do agravado, da petição inicial, da
contestação, da decisão originária, da comprovação do depósito
recursal e do recolhimento das custas + CÓPIA DO RECURSO
DENEGADO. Redação foi alterada pela lei 12.275/2010.
II - facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis ao
deslinde da matéria de mérito controvertida.
§ 6o O agravado será intimado para oferecer resposta ao agravo e ao
recurso principal, instruindo-a com as peças que considerar necessárias
ao julgamento de ambos os recursos.
§ 7o Provido o agravo, a Turma deliberará sobre o julgamento do recurso
principal, observando-se, se for o caso, daí em diante, o procedimento
relativo a esse recurso.

CUIDADO: SUMULA 435 DO TST, EDITADA EM SETEMBRO


DE 2012, PERMITE EXPRESSAMENTE A APLICAÇÃO
SUBSIDIÁRIA DO AGRAVO DO ART. 932 DO CPC AO
PROCESSO DO TRABALHO.

ESTRUTURA DO AGRAVO DE INSTRUMENTO

Peça de interposição: (peça 06)


Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz do Trabalho da...Vara do Trabalho da Cidade de..., Estado do...

(10 linhas)
Processo nº...

(3 cm de parágrafo)“A”, já qualificado, vem, por intermédio de seu procurador infra-assinado,


conforme mandato incluso, com endereço profissional na Rua e CEP, onde recebe avisos e
intimações, nos autos em epígrafe, em que litiga com “B”, também já qualificado, perante Vossa
Excelência, com fulcro no artigo 897, “b”, CLT, interpor, tempestivamente, o presente AGRAVO DE
INSTRUMENTO, conforme minuta anexa.
Requer o conhecimento do presente recurso com a remessa do mesmo ao Egrégio Tribunal
Regional do Trabalho da _ Região, juntando nessa oportunidade as cópias das peças obrigatórias
previstas no artigo 897, § 5º, I, da CLT, quais sejam: cópia da decisão agravada, da certidão da
respectiva intimação, das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado, da
petição inicial, da contestação, da decisão originária ou sentença, (da comprovação dos depósitos
recursais e do recolhimento das custas) e cópia do recurso denegado.
OBS: se fosse na execução as custas seriam no valor de R$ 44,26 – art. 789-A, III, CLT, e
poderiam ser recolhidas ao final.

Nestes termos,
Pede deferimento.

Local e data.

Nome do advogado
Número da OAB

OBS: em todos os outros recursos são Razões, somente no Agravo de Instrumento e no Agravo de
Petição é MINUTA.

Peça Recursal

Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da ...Região, Estado do...

Agravante: “A”
Agravado: “B”
Origem: ...Vara do Trabalho da Cidade de, Estado do.
Processo nº:...
MINUTA DE AGRAVO DE INSTRUMENTO

29
Colenda Turma,
Eméritos Julgadores.

Em que pese a boa lavra da decisão prolatada pelo juízo de primeiro grau, a mesma
merece ser reformada, senão vejamos:

I – Do Cabimento do Agravo de Instrumento


A decisão que denegou o recurso ordinário foi prolatada pelo juízo “a quo” em sua
admissibilidade, e dessas decisões cabem agravo de instrumento – art. 897, “b”, CLT.
Falar sobre a tempestividade, demonstrando que o recurso foi interposto dentro do prazo
legal.

II – Da Assistência Judiciária Gratuita.


Lei 7.115/83, art. 1º
Lei 1.060/50, art. 4º
Art. 790, §§ 3º e 4º, CLT
OJ 304, SDI-1, TST

III – Do Pedido.
Mediante todo o exposto, requer se dignem Vossas Excelências em conhecerem do
presente agravo, dando-lhe total provimento, para o fim de reformarem a decisão prolatada pelo
juízo “a quo”, afastando a deserção declarada, permitindo o imediato conhecimento do recurso
ordinário interposto.

Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e data.

Nome do advogado
Número da OAB

5.4 - AGRAVO DE PETIÇÃO.

Art. 897, “a”, CLT. O prazo é de 8 dias úteis.


Custas: art. 789-A, IV, CLT no valor de R$ 44,26, pode ser pago no final, mas deve ser
informado na peça.
Cabe das decisões definitivas proferidas na execução. Interposto no juízo “a quo” (Vara do
Trabalho), mas quem julga é o “ad quem” (TRT).

Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias:


a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas execuções;
§ 1º - O agravo de petição só será recebido quando o agravante
delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados,
permitida a execução imediata da parte remanescente até o final, nos
próprios autos ou por carta de sentença.
§ 3o Na hipótese da alínea a deste artigo, o agravo será julgado pelo
próprio tribunal, presidido pela autoridade recorrida, salvo se se tratar de
decisão de Juiz do Trabalho de 1ª Instância ou de Juiz de Direito, quando
o julgamento competirá a uma das Turmas do Tribunal Regional a que
estiver subordinado o prolator da sentença, observado o disposto no art.
679, a quem este remeterá as peças necessárias para o exame da
matéria controvertida, em autos apartados, ou nos próprios autos, se
tiver sido determinada a extração de carta de sentença.

Decisões passíveis de Agravo de Petição:


a) Da decisão da impugnação da sentença de liquidação;
b) Da decisão dos embargos à execução;
c) Da decisão dos embargos de terceiro;
d) Da decisão de ação anulatória de vício na adjudicação ou na arrematação;
e) Na defesa incidental (Pontes de Miranda): exceção de pré-executividade (prescrição
intercorrente na execução – art. 11-A da CLT) apresentada na Vara do trabalho. Somente da
decisão que acolhe a exceção de pré-executividade caberá Agravo de petição.
f) DA DECISÃO INTERLOCUTÓRIA QUE ACOLHE OU REJEITA O INCIDENTE DE
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA.

30
É necessário delimitar a matéria e o valor na peça de interposição – art. 897, § 1º, CLT.
Quando a matéria for exclusivamente de direito, não é possível determinar a matéria e o valor,
mas isso também deve constar na peça de interposição.
CUIDADO COM A SÚMULA 439 DO TST, EDITADA EM SETEMBRO DE 2012,
TRATA DE JUROS E CORREÇÃO DOS DANOS MORAIS. A SÚMULA 368 DO TST FOI
RECENTEMENTE ALTERADA E TAMBÉM JÁ FOI OBJETO DE PROVA.

5.4.1 EMBARGOS À EXECUÇÃO E EMBARGOS DE TERCEIRO

A peça de embargos à execução é sempre apresentada em sede de execução definitiva,


momento em que as parte já tiveram a oportunidade de apresentar os cálculos na fase de
liquidação, para dar início à execução e que, certamente não concordaram com o cálculo uma da
outra e nem com o do perito. Assim, sem a concordância dos cálculos das partes, nesse caso, pelo
executado, e tendo um bem seu penhorado, o art. 884 da CLT permite que em cinco dias úteis,
contados da penhora do bem ou da garantia integral da execução, o executado poderá embargar a
execução. CUIDADO: ART. 884,§6º DACLT.
Destaca-se que são duas as matérias principais objetos dos embargos à execução, quais
sejam: excesso na execução, onde se discute o cálculo homologado pelo juízo requerendo nova
perícia contábil; e vícios graves da execução que podem gerar sua nulidade total, como nulidade de
citação, dentre outros.
Normalmente o que se discute em sede de embargos à execução são cálculos, matérias
que envolvam juros, correção monetária, base de cálculos, etc. E, lembre-se, somente pode se dar
na execução definitiva e dentro de cinco dias úteis após a penhora, sendo, portanto, essencial a
penhora de bem do executado para que o mesmo possa embargar a execução, com atenção ao art.
882 da CLT alterado com a Reforma Trabalhista.

Já os EMBARGOS DE TERCEIRO é uma petição inicial que segue os requisitos dos artigos
840, 1º da CLT e 319 do CPC. Tem valor da causa, pedido de honorários, exatamente como uma
inicial. As regras estão no CPC, não existe regra na CLT. Os artigos 674 a 681 do CPC trazem as
regras sobre a medida.
Assim, toda vez que o meu cliente for uma pessoa física, que nada tem a ver com a relação
jurídica processual, ou seja, a esposa de um dos sócios, um parente de um dos sócios, um terceiro
que comprou um bem da empresa ou de um dos sócios antes da ação ser ajuizada e que não foi
objeto de fraude, nos termos do art. 674 do CPC, caberá embargos de terceiro para requerer o
desfazimento da penhora ou bloqueio.
CASO QUE JÁ CAIU NA PROVA – ATENÇÃO: Você foi procurado, como advogado(a), por
Hernani Gomes, que afirmou, em resumo, ter adquirido um imóvel da sociedade empresária X, em
2000, onde reside com sua família, e que, em setembro de 2021, recebeu a visita de um oficial de
justiça informando a penhora do imóvel, avaliado no ato em R$ 200.000,00, para pagamento de
uma dívida trabalhista de R$ 12.000,00. Hernani, que nunca foi proprietário ou sócio de empresa,
e sequer sabia da existência de qualquer processo, procurou, pela Internet, informação pelo
número do processo que estava no mandado e constatou que a penhora foi feita no bojo da
execução trabalhista de uma empregada que se ativou na sociedade empresária X de 2019 a 2020.
Pelo fato de o imóvel ter sido anteriormente da sociedade empresária X, o juiz deferiu a penhora
sobre ele. Sobre a hipótese apresentada, e considerando que Hernani jamais integrou o quadro
societário da executada, responda aos itens a seguir. A) Que medida judicial você, agora
contratado(a) por Hernani, adotaria para tentar levantar a penhora sobre o bem imóvel? (Valor:
0,65) B) Caso a medida judicial por você adotada fosse indeferida, que recurso você interporia para
tentar reverter a situação? (Valor: 0,60) Obs.: o(a) examinando(a) deve fundamentar suas
respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação. (QUESTÃO 3 – XXXV)

OBS: SABER A DIFERENÇA ENTRE EMABERGOS À EXECUÇÃO (ADVOGADO DO


EXECUTADO) E IMPUGNAÇÃO À SENTEÇA DE LIQUIDAÇÃO (ADVOGADO DO EXEQUENTE)

ESTRUTURA DE EMBARGOS À EXECUÇÃO


Peça – OAB São Paulo (peça 34)
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz do Trabalho da ...Vara do Trabalho da Cidade de..., Estado de...
(10 linhas)
Processo nº...
(3 cm de parágrafo) Banco XYZ S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ nº,
endereço com CEP, vem, por intermédio de seu procurador infra-assinado, conforme mandato
incluso, com endereço profissional na Rua e CEP, onde recebe avisos e intimações, nos autos em

31
epígrafe, onde litiga com Jezebel de Cervante, já qualificada, perante Vossa Excelência, com fulcro
no artigo 884, da CLT, opor EMBARGOS À EXECUÇÃO, de acordo com os fatos e fundamentos a
seguir aduzidos:
I – PRELIMINARMENTE.
1.1 DO CERCEAMENTO DE DEFESA (se há nulidade de citação ou algum outro vício formal grave a
ser alegado para justificar a extinção da execução).

II – DO EQUÍVOCO NO CÁLCULO HOMOLOGADO PELO JUÍZO.

2.1 DA CORREÇÃO MONETÁRIA.

2.2 IMPOSTO DE RENDA.

2.3 DO VALOR DEVIDO À PREVIDÊNCIA SOCIAL.

III – DO PEDIDO.
Mediante todo o exposto, requer se digne Vossa Excelência em acolher as preliminares
argüidas nos itens...., determinando o arquivamento da presente execução, nos termos já
mencionados, entretanto, caso Vossa Excelência não acolha a preliminar de cerceamento de defesa
arguida, requer seja julgado totalmente procedente os presentes embargos à execução,
determinando o refazimento dos cálculos da execução para que se corrija os erros apontados na
presente petição, por ser questão de justiça!
Requer a intimação do exeqüente para que, querendo, apresente impugnação aos
embargos, sob pena de revelia e confissão ficta.
Requer a concessão de honorários advocatícios sucumbenciais, de no mínimo 5%
e no máximo 15%, nos termos do art. 791-A da CLT.
Provará o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas especialmente
depoimento pessoal do exeqüente, sob pena de confesso (Súmula 74, TST), oitiva de testemunhas,
perícia, juntada de novos e oportunos documentos e outras mais que se fizerem necessárias desde
já requeridas.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e data.
Nome do advogado
Numero da OAB.

ESTRUTURA DE UM AGRAVO DE PETIÇÃO

Peça de Interposição. (peça 30)


Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz do Trabalho da 21ª Vara do Trabalho da Cidade de Curitiba,
Estado do Paraná.
(10 linhas)
Processo de E.T. 1.554/2006
(3 cm) Jupira de Andrade, (qualificação dada na prova ou já qualificada), vem, por intermédio de
seu procurador infra-assinado, conforme mandato incluso, com escritório profissional na Rua
Constantinopla, nº 1.500, CEP 80.800-800, onde recebe avisos e intimações, nos autos de
Embargos de Terceiro em epígrafe, em que litiga com Pedro Paulo Pereira (qualificação dada) e
CCC Viagens e Turismo Ltda. (qualificação dada), perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo
897, “a”, CLT, interpor, tempestivamente, o presente AGRAVO DE PETIÇÃO, conforme minuta
anexa.
Requer o conhecimento do presente recurso com a remessa do mesmo ao Egrégio Tribunal
Regional do Trabalho da 9ª Região, deixando de juntar nessa oportunidade o comprovante das
custas processuais para recolhê-las ao final, nos termos do artigo 789-A, caput e IV, da CLT. E
quanto ao depósito recursal o mesmo é desnecessário visto que o juízo já está garantido com a
penhora realizada sobre o bem imóvel (dados do bem).
No que tange ao requisito previsto no artigo 897, § 1º, da CLT, não é necessária a
delimitação da matéria e valor, posto que o presente recurso trata-se de matéria exclusivamente
de direito.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Curitiba, 22 de janeiro de 2007. (HOJE SERIA OUTRA DATA SE CONTARMOS DIAS ÚTEIS)
Justiniano Bizantino
OAB/PR 111.111

32
Peça Recursal
Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, Estado do Paraná

Agravante: Jupira de Andrade


Agravado: Pedro Paulo Pereira e CCC Viagens e Turismo Ltda.
Origem: 21ª Vara do Trabalho da Cidade de Curitiba, Estado do Paraná.
Processo de ET nº 1.554/2006

MINUTA DE AGRAVO DE PETIÇÃO

(Colenda Turma,
Eméritos Julgadores.)
Em que pese a boa lavra da sentença prolatada pelo juízo da 21ª Vara do Trabalho de
Curitiba, a mesma merece ser reformada, senão vejamos:

I – Do Direito a Meação.
Art. 1666, CC e Art. 674, § 2º, I, CPC

II – Da Inexistência da Litigância de Má-Fé.


Súmula 134, STJ (não houve má-fé)
Art. 18, § 2º, CPC (se tivesse má-fé, o máximo seria de 20% e não de 25%). HOJE, NO NOVO CPC
É O ART. 81 E O MÁXIMO É 10%. COM A REFORMA A CLT TRATA DO TEMA NO ART. 793-C.

III – Da Inexistência dos Honorários Advocatícios.


Súmulas 219, I e 329, do TST. Não há honorários, mas se houvesse seria de no máximo 15%.
(HOJE NÃO DARIA MAIS PARA RECORRER, APENAS DO LIMITE DE 15% - ART. 791-A DA CLT)

IV – Das Custas dos Embargos de Terceiro.


Art. 789-A, V, CLT (o valor é de R$ 44,26 e não R$ 1.200,00).
V – Do Pedido
Mediante todo o exposto, requer se dignem Vossas Excelências em conhecerem do
presente agravo de petição, dando-lhe total provimento para o fim de reformarem a sentença
prolatada em sede de Embargos de Terceiro, pela 21ª Vara do Trabalho de Curitiba, Paraná,
condenando os agravados nas custas em reversão (Súmula 25, TST).

Nestes termos,
Pede deferimento.
Curitiba, 22 de janeiro de 2007. (HOJE SERIA OUTRA DATA SE CONTARMOS DIAS ÚTEIS)
Justiniano Bizantino
OAB/PR 111.111

5.5 RECURSO DE REVISTA.

Art. 896, CLT.


O prazo é de 8 dias úteis.
Transcendência – art. 896-A, §1º CLT (alterado com a reforma trabalhista).
Há preparo (custas e depósito recursal) e há pré-questionamento (Súmula 297, TST e ART.
896, §1º-A DA CLT).
Regra geral: o RR só cabe quando a ação começar na Vara do Trabalho e o TRT julgar o
RO. Do RO cabe RR para o TST, quem julga é uma das turmas do TST.

Permissivos legais (Súmula 126, TST):


a) rito ordinário: art. 896, “a”, “b” e “c”, CLT. CUIDADO: VIDE REDAÇÃO DA SÚMULA
221 DO TST.
b) procedimento sumaríssimo: art. 896, § 9º, CLT. Acórdão contraria CF ou Súmula do TST.
VIDE SÚMULA DO TST 442.
c) processo de execução: art. 896, § 2º e §10º, CLT. Regra, não cabe RR em execução
trabalhista, salvo quando o acórdão ofender direta e literalmente a CF. Ainda, caberá RR
das decisões em execução fiscal. Súmula 266 do TST.

33
Art. 896 - Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do
Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em
dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando:

Alínea “a”: há divergência jurisprudencial (são diferentes interpretações), entre:


a) TRT e TRT.
b) TRT e SDI.
c) TRT e Súmula do TST ou súmula vinculante do STF.
Essa divergência exige que o assunto tratado seja lei federal.

a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da


que lhe houver dado outro Tribunal Regional, no seu Pleno ou Turma, ou
a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou a
Súmula de Jurisprudência Uniforme dessa Corte ou súmula vinculante do
Supremo Tribunal Federal;

Alínea “b”: há divergência jurisprudencial, entre:


a) TRT e TRT
b) TRT e SDI
c) TRT e Súmula do TST ou súmula vinculante do STF.
Essa divergência trata de Lei Estadual, CCT, ACT, sentença normativa ou regulamento
empresarial.

b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de


Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento
empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a
jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida,
interpretação divergente, na forma da alínea a;

Alínea “c”: há contrariedade de lei federal ou afronta direta e literal à CF.

c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta


direta e literal à Constituição Federal.

Regra no processo do trabalho (art. 896, § 1º, CLT): o RR é dotado apenas de efeito
devolutivo.

§ 1o O recurso de revista, dotado de efeito apenas devolutivo, será interposto perante o Presidente
do Tribunal Regional do Trabalho, que, por decisão fundamentada, poderá recebê-lo ou denegá-lo.

PRÉ-QUESTIONAMENTO:

§ 1o-A. Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte:

I - indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da controvérsia


objeto do recurso de revista;

II - indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a dispositivo de lei, súmula ou


orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho que conflite com a decisão regional;

III - expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os fundamentos jurídicos da decisão
recorrida, inclusive mediante demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição Federal, de
súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade aponte.

IV - transcrever na peça recursal, no caso de suscitar preliminar de nulidade de julgado por negativa
de prestação jurisdicional, o trecho dos embargos declaratórios em que foi pedido o pronunciamento do
tribunal sobre questão veiculada no recurso ordinário e o trecho da decisão regional que rejeitou os
embargos quanto ao pedido, para cotejo e verificação, de plano, da ocorrência da omissão. (Incluído pela
Lei nº 13.467, de 13.7.2017)

.............................................................................................

§ 2º Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou por suas Turmas,
em execução de sentença, inclusive em processo incidente de embargos de terceiro, não caberá
Recurso de Revista, salvo na hipótese de ofensa direta e literal de norma da Constituição
Federal. (Redação dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)

34
.............................................................................................

§ 7o A divergência apta a ensejar o recurso de revista deve ser atual, não se considerando como tal a
ultrapassada por súmula do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou superada por
iterativa e notória jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho. (CUIDADO COM A SÚMULA 337 DO
TST, SEU ITEM V FOI INCLUÍDO EM 18 DE SETEMBRO DE 2017).

§ 8o Quando o recurso fundar-se em dissenso de julgados, incumbe ao recorrente o ônus de produzir


prova da divergência jurisprudencial, mediante certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência,
oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicada a decisão divergente, ou
ainda pela reprodução de julgado disponível na internet, com indicação da respectiva fonte, mencionando,
em qualquer caso, as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados.

Nas causas sujeitas ao rito sumaríssimo: o acórdão que julgou o RO deve ter violado Súmula do TST
ou súmula vinculante do STF ou a CF.

§ 9o Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será admitido recurso de


revista por contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho
ou a súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal e por violação direta da Constituição
Federal.

§ 10. Cabe recurso de revista por violação a lei federal, por divergência jurisprudencial e
por ofensa à Constituição Federal nas execuções fiscais e nas controvérsias da fase de execução
que envolvam a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT), criada pela Lei no 12.440, de
7 de julho de 2011.

§ 11. Quando o recurso tempestivo contiver defeito formal que não se repute grave, o Tribunal
Superior do Trabalho poderá desconsiderar o vício ou mandar saná-lo, julgando o mérito.

§ 12. Da decisão denegatória caberá agravo, no prazo de 8 (oito) dias.

§ 13. Dada a relevância da matéria, por iniciativa de um dos membros da Seção Especializada em
Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, aprovada pela maioria dos integrantes da Seção, o
julgamento a que se refere o § 3o poderá ser afeto ao Tribunal Pleno.” (NR)

§ 14. O relator do recurso de revista poderá denegar-lhe seguimento, em decisão monocrática, nas
hipóteses de intempestividade, deserção, irregularidade de representação ou de ausência de qualquer outro
pressuposto extrínseco ou intrínseco de admissibilidade. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 13.7.2017)

Transcendência: a matéria a ser discutida deve ser relevante (muito parecido com a
repercussão geral do recurso extraordinário).

Art.896-A - O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista, examinará


previamente se a causa oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de
natureza econômica, política, social ou jurídica.

§ 1º São indicadores de transcendência, entre outros: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 13.7.2017)
I - econômica, o elevado valor da causa; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 13.7.2017)
II - política, o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do
Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 13.7.2017)
III - social, a postulação, por reclamante-recorrente, de direito social constitucionalmente
assegurado; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 13.7.2017)
IV - jurídica, a existência de questão nova em torno da interpretação da legislação trabalhista. (Incluído
pela Lei nº 13.467, de 13.7.2017)
§ 2º Poderá o relator, monocraticamente, denegar seguimento ao recurso de revista que não demonstrar
transcendência, cabendo agravo desta decisão para o colegiado. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 13.7.2017)

§ 3º Em relação ao recurso que o relator considerou não ter transcendência, o recorrente poderá realizar
sustentação oral sobre a questão da transcendência, durante cinco minutos em sessão. (Incluído pela Lei nº
13.467, de 13.7.2017)

35
§ 4º Mantido o voto do relator quanto à não transcendência do recurso, será lavrado acórdão com
fundamentação sucinta, que constituirá decisão irrecorrível no âmbito do tribunal. (Incluído pela Lei nº 13.467,
de 13.7.2017)

§ 5º É irrecorrível a decisão monocrática do relator que, em agravo de instrumento em recurso de revista,


considerar ausente a transcendência da matéria. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 13.7.2017)

§ 6º O juízo de admissibilidade do recurso de revista exercido pela Presidência dos Tribunais Regionais do
Trabalho limita-se à análise dos pressupostos intrínsecos e extrínsecos do apelo, não abrangendo o critério da
transcendência das questões nele veiculadas. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 13.7.2017)
Recursos Repetitivos:

“Art. 896-B. Aplicam-se ao recurso de revista, no que couber, as normas da Lei no 5.869, de 11 de
janeiro de 1973 (Código de Processo Civil), relativas ao julgamento dos recursos extraordinário e especial
repetitivos.”

“Art. 896-C. Quando houver multiplicidade de recursos de revista fundados em idêntica questão de
direito, a questão poderá ser afetada à Seção Especializada em Dissídios Individuais ou ao Tribunal Pleno,
por decisão da maioria simples de seus membros, mediante requerimento de um dos Ministros que
compõem a Seção Especializada, considerando a relevância da matéria ou a existência de entendimentos
divergentes entre os Ministros dessa Seção ou das Turmas do Tribunal.

§ 1o O Presidente da Turma ou da Seção Especializada, por indicação dos relatores, afetará um ou


mais recursos representativos da controvérsia para julgamento pela Seção Especializada em Dissídios
Individuais ou pelo Tribunal Pleno, sob o rito dos recursos repetitivos.

§ 2o O Presidente da Turma ou da Seção Especializada que afetar processo para julgamento sob o
rito dos recursos repetitivos deverá expedir comunicação aos demais Presidentes de Turma ou de Seção
Especializada, que poderão afetar outros processos sobre a questão para julgamento conjunto, a fim de
conferir ao órgão julgador visão global da questão.

§ 3o O Presidente do Tribunal Superior do Trabalho oficiará os Presidentes dos Tribunais Regionais do


Trabalho para que suspendam os recursos interpostos em casos idênticos aos afetados como recursos
repetitivos, até o pronunciamento definitivo do Tribunal Superior do Trabalho.

§ 4o Caberá ao Presidente do Tribunal de origem admitir um ou mais recursos representativos da


controvérsia, os quais serão encaminhados ao Tribunal Superior do Trabalho, ficando suspensos os demais
recursos de revista até o pronunciamento definitivo do Tribunal Superior do Trabalho.

§ 5o O relator no Tribunal Superior do Trabalho poderá determinar a suspensão dos recursos de


revista ou de embargos que tenham como objeto controvérsia idêntica à do recurso afetado como
repetitivo.

§ 6o O recurso repetitivo será distribuído a um dos Ministros membros da Seção Especializada ou do


Tribunal Pleno e a um Ministro revisor.

§ 7o O relator poderá solicitar, aos Tribunais Regionais do Trabalho, informações a respeito da


controvérsia, a serem prestadas no prazo de 15 (quinze) dias.

§ 8o O relator poderá admitir manifestação de pessoa, órgão ou entidade com interesse na


controvérsia, inclusive como assistente simples, na forma da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código
de Processo Civil).

§ 9o Recebidas as informações e, se for o caso, após cumprido o disposto no § 7o deste artigo, terá
vista o Ministério Público pelo prazo de 15 (quinze) dias.

§ 10. Transcorrido o prazo para o Ministério Público e remetida cópia do relatório aos demais
Ministros, o processo será incluído em pauta na Seção Especializada ou no Tribunal Pleno, devendo ser
julgado com preferência sobre os demais feitos.

§ 11. Publicado o acórdão do Tribunal Superior do Trabalho, os recursos de revista sobrestados na


origem:

I - terão seguimento denegado na hipótese de o acórdão recorrido coincidir com a orientação a


respeito da matéria no Tribunal Superior do Trabalho; ou

36
II - serão novamente examinados pelo Tribunal de origem na hipótese de o acórdão recorrido
divergir da orientação do Tribunal Superior do Trabalho a respeito da matéria.

§ 12. Na hipótese prevista no inciso II do § 11 deste artigo, mantida a decisão divergente pelo
Tribunal de origem, far-se-á o exame de admissibilidade do recurso de revista.

§ 13. Caso a questão afetada e julgada sob o rito dos recursos repetitivos também contenha
questão constitucional, a decisão proferida pelo Tribunal Pleno não obstará o conhecimento de eventuais
recursos extraordinários sobre a questão constitucional.

§ 14. Aos recursos extraordinários interpostos perante o Tribunal Superior do Trabalho será aplicado
o procedimento previsto no art. 543-B da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil),
cabendo ao Presidente do Tribunal Superior do Trabalho selecionar um ou mais recursos representativos da
controvérsia e encaminhá-los ao Supremo Tribunal Federal, sobrestando os demais até o pronunciamento
definitivo da Corte, na forma do § 1o do art. 543-B da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de
Processo Civil).

§ 15. O Presidente do Tribunal Superior do Trabalho poderá oficiar os Tribunais Regionais do


Trabalho e os Presidentes das Turmas e da Seção Especializada do Tribunal para que suspendam os
processos idênticos aos selecionados como recursos representativos da controvérsia e encaminhados ao
Supremo Tribunal Federal, até o seu pronunciamento definitivo.

§ 16. A decisão firmada em recurso repetitivo não será aplicada aos casos em que se demonstrar
que a situação de fato ou de direito é distinta das presentes no processo julgado sob o rito dos recursos
repetitivos.

§ 17. Caberá revisão da decisão firmada em julgamento de recursos repetitivos quando se alterar a
situação econômica, social ou jurídica, caso em que será respeitada a segurança jurídica das relações
firmadas sob a égide da decisão anterior, podendo o Tribunal Superior do Trabalho modular os efeitos da
decisão que a tenha alterado.”

Observações:
a) Súmula 640, STF
Nos ritos de alçada (rito sumário) cabe recurso extraordinário no prazo de 15 dias para o
STF, quando a decisão ferir a CF – vai direto da Vara para o STF.
b) art. 9º, Lei 7.701/88
Recurso ordinário em dissídio coletivo pode ter efeito suspensivo, o prazo é de no máximo
120 dias e é improrrogável.

ESTRUTURA DO RECURSO DE REVISTA.

Peça de interposição (peça 29)


Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Presidente do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 9ª
Região, Estado do Paraná.

(10 linhas)
Processo nº 5.666/2006

(3 cm) Primus Unidos Ltda., (qualificação dada), vem, por intermédio de seu procurador infra-
assinado, conforme mandato incluso, com endereço profissional na Rua da Luz, n° 500, CEP
80.001-002, Curitiba, onde recebe avisos e intimações, nos autos em epígrafe, em que litiga com
José da Silva (qualificação dada), perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 896, § 9º, da
CLT, interpor, tempestivamente, RECURSO DE REVISTA, conforme razões anexas.
Requer o conhecimento do presente recurso com a remessa do mesmo ao Colendo Tribunal
Superior do Trabalho, juntando nessa oportunidade as guias dos comprovantes de custas
processuais e complemento do depósito recursal no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais).

Nestes termos,
Pede deferimento.
Curitiba, 05 de setembro de 2006. (HOJE SERIA OUTRA DATA SE CONTARMOS DIAS
ÚTEIS)

Amando Direito Filho


OAB/PR 50.000

37
Peça Recursal

Colendo Tribunal Superior do Trabalho.


Recorrente: Primus Unidos Ltda.
Recorrido: José da Silva
Origem: 29ª Vara do Trabalho de Curitiba/PR
Processo nº: 5.666/2006

RAZÕES DE RECURSO DE REVISTA

Colenda Turma,
Eméritos Julgadores.

Em que pese à boa lavra do acórdão prolatado pela 6ª Turma do Tribunal Regional do
Trabalho da 9ª Região, o mesmo merece ser reformado, senão vejamos:
I – Histórico Processual (se houver tempo).
(resumo dos fatos narrados).

II – Do Pré-questionamento
A matéria objeto do presente recurso foi devidamente pré-questionada junto ao Tribunal
Regional do Trabalho da 9ª Região, nos exatos termos dispostos na Súmula 297, do TST e art.
896, §1º-A, I, II e III, IV da CLT.

III – Dos Pressupostos de Admissibilidade.


O presente recurso de revista merece ser conhecido uma vez que foi interposto dentro do
prazo legal de 8 dias úteis, bem como o seu preparo foi devidamente realizado conforme as guias
do recolhimento das custas processuais e do complemento do depósito recursal no valor de R$
5.000,00 (cinco mil reais), em anexo.
Ainda, os advogados estão devidamente representados conforme os mandatos em anexo
(instrução normativa 23/2003 do TST).

IV – Da Transcendência.
O presente recurso de revista oferece transcendência política de acordo com o artigo 896-
A, §1º, II da CLT.

V – Das hipóteses de cabimento

5.1 – Da Prescrição Qüinqüenal.


Art. 7º, XXIX, CF e Súmula 308, I, TST.

5.2 – Dos Descontos Devidos


Súmula 342, TST.

5.3 – Dos Honorários Advocatícios


Não são devidos, mas se fossem o máximo seria de 15% (Súmula 219, I e 329, do TST).
(HOJE NÃO DARIA MAIS PARA RECORRER, APENAS DO LIMITE DE 15% - ART. 791-A DA CLT).
VI – Do Pedido
Mediante todo o exposto, requer se dignem Vossas Excelências em conhecerem do
presente recurso, dando-lhe total provimento para o fim de reformarem o acórdão prolatado pela
6ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, condenando o recorrido nas custas em
reversão (Súmula 25, TST).
Nestes termos,
Pede deferimento.
Curitiba, 05 de setembro de 2006. (HOJE SERIA OUTRA DATA SE CONTARMOS DIAS
ÚTEIS)
Amando Direito Filho
OAB/PR 50.000

5.6 EMBARGOS NO TST.

Art. 894, CLT e Lei 7.701/88.


O prazo é de 8 dias ÚTEIS.
Pré-questionamento – Súmula 297, TST.

38
Há preparo nos embargos no TST. Nos Embargos no TST à SDI (custas e depósito
recursal), já nos Embargos no TST à SDC (somente custas).

Hipóteses de cabimento:
a) divergentes (SDI)
Dissídio individual: VT – RO para o TRT – RR para o TST – Turma profere acórdão. Dessa
decisão cabe embargos no TST para a SDI.
Para caber o recurso de embargos o acórdão que julgou o recurso de revista deve estar
divergente do entendimento de outra turma ou da SDI, ou contrário a súmula do TST, OJ do TST
ou súmula vinculante do STF. Das decisões que denegarem os embargos no TST cabe agravo no
prazo de 8 dias úteis para a SDI.
Da decisão definitiva do RR cabe embargos no TST para a SDI.
b) infringentes (SDC)
Dissídio coletivo: TRT – RO para o TST – SDC julga o RO em última instância (art. 2º, II, a,
da Lei 7701/88).
Da decisão da SDC em sede de dissídio coletivo caberá embargos no TST por infringência
para a própria SDC (art. 894, I da CLT e art. 2º, II, c, da Lei 7701/88).
Caberá recurso de embargos quando a decisão não for unânime e a matéria não estiver em
consonância com Súmula do TST ou precedente normativo do TST.
Das decisões que denegarem seguimento aos embargos no TST por infringência cabe
agravo no prazo de 8 dias úteis para a SDC.

Art. 894. No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito)


dias:
I - de decisão não unânime de julgamento que:
a) conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que
excedam a competência territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho e
estender ou rever as sentenças normativas do Tribunal Superior do
Trabalho, nos casos previstos em lei; e
b) (VETADO)

II - das decisões das Turmas que divergirem entre si ou das decisões proferidas
pela Seção de Dissídios Individuais, ou contrárias a súmula ou orientação
jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho ou súmula vinculante do Supremo
Tribunal Federal.

Parágrafo único. (Revogado).

§ 2o A divergência apta a ensejar os embargos deve ser atual, não se considerando tal a
ultrapassada por súmula do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou
superada por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho.

§ 3o O Ministro Relator denegará seguimento aos embargos:

I - se a decisão recorrida estiver em consonância com súmula da jurisprudência do


Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou com iterativa, notória e atual
jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, cumprindo-lhe indicá-la;

II - nas hipóteses de intempestividade, deserção, irregularidade de representação ou de


ausência de qualquer outro pressuposto extrínseco de admissibilidade.

§ 4o Da decisão denegatória dos embargos caberá agravo, no prazo de 8 (oito) dias.”


(NR)

Inciso I, “a”: se a decisão da SDC não for unânime é possível recorrer.


Lei 7.701/88, art. 2º, II, “c”: embargos no TST por infringência (SDC).
OBS 1: não existe mais embargos no TST por nulidade para a SDI, de acordo com a nova
redação do artigo 894, CLT, ou seja, da decisão do recurso de revista que violar CF, caberá o
Recurso Extraordinário direto ao STF.
OBS2: OJ 378 da SDI-1 do TST, hipótese de não cabimento de embargos no TST. VIDE
SÚMULA 458 DO TST, OJ TRANSITÓRIA 78 e 79 DO TST.

39
ESTRUTURA DE EMBARGOS NO TST.

Peça (47) Excelentíssimo Senhor Doutor Ministro Presidente da...Turma do Colendo Tribunal
Superior do Trabalho.

(10 linhas)
Processo nº...

(3 cm) Embargante, (qualificação dada), vem, por intermédio de seu procurador infra-assinado,
conforme mandato incluso, com endereço profissional na Rua e CEP, onde recebe avisos e
intimações, nos autos em epígrafe, em que litiga com Embargado (qualificação dada), perante
Vossa Excelência, com fulcro no artigo 894, II, da CLT, interpor, tempestivamente, EMBARGOS NO
TST, conforme razões anexas.
Requer o conhecimento do presente recurso com a remessa do mesmo a Colenda Seção de
Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, juntando nessa oportunidade as guias dos
comprovantes de custas processuais e do depósito recursal.

Nestes termos,
Pede deferimento.

Local e data.

Nome do advogado
Número da OAB

Peça Recursal.
Colenda Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho

Embargante:...
Embargado:...
Origem: __ Vara do Trabalho de, Estado do.
Processo nº:...

RAZÕES DE EMBARGOS NO TST

Colenda Turma,
Ínclitos Ministros.

Em que pese à boa lavra do acórdão prolatado pela ...ª Turma do Tribunal Superior do
Trabalho, o mesmo merece ser reformado, senão vejamos:

I – Histórico Processual (se houver tempo).

(resumo do caso)

II – Do Pré-questionamento.
A matéria objeto do presente recurso foi devidamente pré-questionada junto a turma do
TST, nos exatos termos dispostos na Súmula 297, do TST.

III – Das Hipóteses de Cabimento.

3.1 – Da Divergência Jurisprudencial. (art. 894, §2º da CLT)

V – Do Pedido
Mediante todo o exposto, requer se dignem Vossas Excelências em conhecerem do
presente recurso de Embargos no TST, dando-lhe total provimento para o fim de reformarem o
acórdão prolatado pela __ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho, condenando o Embargado nas
custas em reversão (Súmula 25, TST).

Nestes termos,
Pede deferimento.

Local e data.

40
Nome do advogado
Número da OAB

5.7. RECURSO ADESIVO x CONTRARRAZOES (Art. 900 CLT – manutenção da sentença)

Art. 997, CPC c/c art. 769, CLT (art. 15 CPC) e Súmula 283, TST.

Requisitos para cabimento:


Sucumbência recíproca (as duas partes perderam alguma coisa), uma das partes recorre e a outra
não. A que não recorreu no tempo próprio poderá interpor o recurso adesivo no prazo das
contrarrazões.
Prazo de 8 dias úteis (art. 900, CLT) e o preparo ocorre da mesma forma que o recurso
principal.
A desistência ou não-conhecimento do recurso ao qual se adere implica a não apreciação
do recurso adesivo.
Nomenclatura (Súmula 283, TST): Recurso Ordinário Adesivo, Recurso de Revista Adesivo,
Embargos no TST Adesivo e Agravo de Petição Adesivo. É cabível também o Adesivo no Recurso
Extraordinário, neste caso o prazo será de 15 dias úteis. As contrarrazões ao Recurso
Extraordinário também será de 15 dias úteis.

Recurso Adesivo: quando for possível reformar algum ponto na sentença prolatada.

Contrarrazões: quando a parte ganhou todos os pedidos, não há o que reformar, pede a
manutenção da decisão.

CABE RECURSO ADESIVO NA REMESSA DE OFÍCIO OU NO REEXAME NECESSÁRIO? POR


QUE?

ATENÇÃO COM A NOVA REDAÇÃO DA SÚMULA 303 DO TST QUE TRATA DO DUPLO GRAU
DE JURISDIÇÃO OBRIGATÓRIO E COM O ART. 100, §3º DA CF (PAGAMENTOS DE
PEQUENO VALOR).

5.8 – RECURSO EXTRAORDINÁRIO EM MATÉRIA TRABALHISTA

O presente estudo tem como base a doutrina de Carlos Henrique Bezerra Leite, assim,
passamos a tecer os seguintes comentários:

O recurso extraordinário tem natureza recursal, e é submetido ao STF para reexaminar


decisões proferidas pelos órgãos hierarquicamente inferiores, em matéria constitucional, podendo
reformar parcialmente ou totalmente estas decisões.
A base legal do recurso extraordinário é o art. 102, III, da CF, devendo ser analisado em
conjunto com os artigos 1029 a 1035 do CPC.

Artigo 102 da CF: Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-
lhe:
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a
decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.

Desta forma, com base no inciso III acima citado, as decisões trabalhistas que podem gerar
cabimento do REx são: 1) Acórdão de turma do TST em sede de Recurso de Revista, seja na
fase de conhecimento ou na fase de execução; 2) Acórdão da SDI-1 em Embargos no
TST; 3) Acórdão da SDI-2 em Recurso Ordinário e 4) Sentença do Juiz da Vara do
Trabalho em rito de alçada ou sumário. Considerando que as decisões se enquadrem em uma
das hipóteses das alíneas do inciso III.

41
O Recurso Extraordinário deverá preencher todos os pressupostos intrínsecos e extrínsecos
dos recursos trabalhistas, como: legitimidade, interesse, capacidade, adequação, previsão legal,
preparo (igual do revista), tempestividade (15 dias úteis), pré-questionamento, não tem jus
postulandi do art. 791,da CLT, ou seja, precisa de advogado, matérias somente de direito e dentro
dos permissivos legais das alíneas do inciso III do art. 102 da CF.

Ainda, nos termos do art. 102, III, §3º, da CF, o recurso extraordinário deverá demonstrar
a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, ou seja, nos termos do art.
1035 do CPC.

Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário
quando a questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral, nos termos deste artigo.
§ 1º Para efeito de repercussão geral, será considerada a existência ou não de questões relevantes do ponto de
vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos do processo.
§ 2º O recorrente deverá demonstrar a existência de repercussão geral para apreciação exclusiva pelo Supremo
Tribunal Federal.
§ 3º Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar acórdão que:
I - contrarie súmula ou jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal;
II – ( Revogado ); (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
III - tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou de lei federal, nos termos do art. 97 da
Constituição Federal .

O prazo do recurso extraordinário é de 15 dias úteis e deverá ser interposto no juízo ‘a quo’
para que seja feita a primeira admissibilidade, e no caso de negativa de seguimento caberá agravo
de instrumento ao STF no prazo de 15 dias úteis. Sendo aprovado na primeira admissibilidade
deverá passar por uma segunda admissibilidade e caso tenha seguimento negado pelo relator
caberá agravo interno no prazo de 15 dias úteis.

Vale ainda destacar que a interposição do Recurso Extraordinário não suspende a execução
trabalhista, ou seja, não há efeito suspensivo automático neste caso, conforme prevê o art. 893,
§2º da CLT.

A elaboração do Recurso Extraordinário deve seguir as orientações do art. 1029 do CPC:


Art. 1.029. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal , serão
interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições distintas que conterão:
I - a exposição do fato e do direito;
II - a demonstração do cabimento do recurso interposto;
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida.

ESTRUTURA DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO EM MATÉRIA TRABALHISTA.

Excelentíssimo Senhor Doutor Ministro Presidente do Colendo Tribunal Superior do Trabalho.

(10 linhas)
Processo nº...

(3 cm) Recorrente, (qualificação dada), vem, por intermédio de seu procurador infra-assinado,
conforme mandato incluso, com endereço profissional na Rua e CEP, onde recebe avisos e
intimações, nos autos em epígrafe, em que litiga com Recorrido (qualificação dada), perante Vossa
Excelência, com fulcro nos artigos 102, III da CF e art. 1029 do CPC, interpor, tempestivamente,
RECURSO EXTRAORDINÁRIO EM MATÉRIA TRABALHISTA, conforme razões anexas.
Requer o conhecimento do presente recurso com a remessa do mesmo ao Supremo
Tribunal Federal, juntando nessa oportunidade as guias do complemento de custas processuais e
do depósito recursal.

Nestes termos,
Pede deferimento.

Local e data.

Nome do advogado
Número da OAB

Peça Recursal.
AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

42
Recorrente:...
Recorrido:...
Origem: __ Vara do Trabalho de, Estado do.
Processo nº:...

RAZÕES DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO

Colenda Turma,
Ínclitos Ministros.

Em que pese à boa lavra do acórdão prolatado pela ...ª Turma do Tribunal Superior do
Trabalho, o mesmo merece ser reformado, senão vejamos:

I – Histórico Processual (se houver tempo).

(resumo do caso)

II – Do Pré-questionamento.
A matéria objeto do presente recurso foi devidamente pré-questionada junto a turma do
TST, nos exatos termos dispostos nas Súmulas 282 e 284, do STF.

III – Da Repercussão Geral – Art. 1035, §§ 1º e 3º do CPC.

IV – Das Hipóteses de Cabimento.

4.1 – Violação a CF. (art. 102, III, alíneas a, b, c ou d, da CF e art. 1029 do CPC)

V – Do Pedido
Mediante todo o exposto, requer se dignem Vossas Excelências em conhecerem do
presente Recurso Extraordinário, dando-lhe total provimento para o fim de reformarem o acórdão
prolatado pela __ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho, condenando o Recorrido nas custas em
reversão (Súmula 25, TST).

Nestes termos,
Pede deferimento.

Local e data.

Nome do advogado
Número da OAB

6 - AÇÃO RESCISÓRIA.

Art. 836, CLT c/c art. 966, CPC.


Súmula 514, STF.
Súmula 425 do TST.

Tem por finalidade desconstituir sentença ou acórdão transitado em julgado há menos de 2


anos, ou seja, quando não houver mais possibilidade de recorrer (art. 975 CPC). Tem natureza de
ação, pois não visa à reforma da sentença como no recurso, mas a desconstituição da sentença.
As hipóteses para a ação rescisória encontram-se de forma taxativa no art. 966 do CPC.
Exemplo: cabe quando houver manifesta violação de norma jurídica, como numa sentença que
violou lei federal (CLT).
Dicas na prova: perdeu o prazo, deixou de recorrer, transcorreu “in albis”.
Requisitos da petição inicial – art. 319, CPC (art. 968, CPC).
Nomenclatura: requerente e requerido.
Não cabe produção de provas nos Tribunais, somente nas Varas do Trabalho. Assim, o TRT
delegará a competência para o Juiz do Trabalho de outra Vara produzir a prova – art. 972, CPC.
Competência: Para desconstituir sentença da Vara do Trabalho ou acórdão do TRT deve
ajuizar a rescisória junto ao TRT, mas se for desconstituir acórdão do TST deve ser ajuizada no
próprio TST.

43
Da decisão que julga a ação rescisória no TRT cabe RO para o TST no prazo de 8 dias.
Quem julgará o RO é a SDI (súmula 158 do TST e art. 3º, I da Lei 7701/88).
Prazo para contestar – art. 970, CPC: o relator é quem decidirá se o prazo será de 15 a 30
dias.
A revelia não induz necessariamente a procedência da ação.
A propositura da ação rescisória não impede o cumprimento da decisão rescindenda, salvo
se tiver concessão de tutela provisória (art. 969 do CPC e súmula 405 do TST)
Caução – art. 836, CLT: depósito prévio de 20% do valor da causa, salvo prova de
miserabilidade jurídica do autor.
Súmulas TST: 33, 100, 158 e 259, 397 à 413. SÚMULA 398 DO TST FOI ATUALIZADA
EM JUNHO DE 2017.
Súmula 259, TST: o termo de conciliação do art. 831, parágrafo único, CLT, só é
impugnável por ação rescisória.

ESTRUTURA DA AÇÃO RESCISÓRIA

Peça (05) Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Presidente do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho
da... Região, Estado do...
(10 linhas)

(3 cm) Requerente, nacionalidade, estado civil, menor de 18 anos, profissão, número da CTPS e
série, número do PIS, número do RG, número do CPF, nome da mãe, data de nascimento,
endereço com CEP, vem, por intermédio de seu procurador infra-assinado, conforme mandato
incluso, com escritório profissional, onde recebe avisos e intimações, perante Vossa Excelência,
com fulcro no artigo 836 da CLT c/c artigo 966, V, do CPC, propor a presente AÇÃO RESCISÓRIA,
em face de Requerido, endereço e CEP, conforme os fatos e fundamentos a seguir aduzidos:

I – Tempestividade – mencionar que o prazo decadencial de 2 anos foi respeitado (Súmula 100, I,
TST e art. 975 do CPC.

II – Dos Fatos
Relato dos fatos.

III – Do Direito
3.1 Do Cabimento da Rescisória
Art. 966, V, CPC.
3.2 Da Prescrição Contra o Menor
Art. 440, CLT.32.3 Da Caução
Art. 836, parte final, CLT – 20% sobre o valor da causa.

IV – Do Pedido
Mediante todo o exposto, requer se digne Vossa Excelência em desconstituir o venerando
acórdão, julgando procedente a presente ação, e permitindo um novo julgamento, com a
condenação do Requerido nas custas processuais.
Requer a notificação do Requerido, para querendo apresentar sua defesa sob os efeitos da
revelia, nos termos do artigo 970, do CPC.
Requer a concessão de honorários advocatícios sucumbenciais, de no mínimo 5%
e no máximo 15%, nos termos do art. 791-A da CLT.
Provará o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas, especialmente o
depoimento do representante legal do Requerido, oitiva de testemunhas, perícia, as provas
documentais em anexo e outras mais que se fizerem necessárias desde já requeridas.

Dá-se a causa o valor de R$.


Nestes termos,
Pede deferimento.

Local e data.

Nome do advogado
Número da OAB

44
7. MANDADO DE SEGURANÇA (Individual e Coletivo).

Lei 12.016/2009 c/c art. 5º, LXIX, CF e art. 114, IV, CF.

Utilizado para garantir direito líquido e certo, não amparada por outra medida judicial.
Direito líquido e certo é direito assegurado por lei ou outra norma.
Cabe contra o ato da autoridade pública ou investida na função pública e contra o órgão
público, paraestatal ou órgão investido da função pública. Ex: Superintendente Regional do
Trabalho e Superintendência Regional do Trabalho, Juiz do Trabalho e Vara do Trabalho, Presidente
da OAB e OAB, Reitor da Universidade e Universidades, Prefeito e Municípios, Governadores e
Estados,Presidente da República e União, etc. (art. 6º, “caput”, da Lei 12.016 de 2009).
Nomenclatura: impetrante e impetrado.
O impetrado é a autoridade e o órgão.
Não cabe MS contra ato de autoridade que pratica o ato como empregador, Ex: Prefeito
que demite servidor público celetista que goza de estabilidade, cabe RT com tutela de urgência
antecipada para reintegração.
Pedido de liminar – art. 7º, Lei 12.016/09 “fumus boni iuris” e “periculum in mora”.
Não cabe MS de decisão liminar em outro MS – OJ 140 da SDI-2 do TST.
Requisitos da inicial – art. 319, CPC e valor da causa. Não há honorários advocatícios
sucumbenciais. No R.O em M.S não tem depósito recursal, mas tem recolhimento de custas – OJ
148 da SDI-2 do TST.
Não há produção de provas durante o processo, só documental anexada ao MS. E o MS é
uma ação intransmissível, ou seja, se o autor legitimado falecer a ação é extinta sem resolução do
mérito.
Competência:
a) atos da Autoridade Administrativa: Vara do Trabalho
b) atos do Juiz do Trabalho ou do TRT: TRT
c) atos de Ministros do TST: TST.
A autoridade é notificada para prestar informação em 10 dias.
O prazo é decadencial de 120 dias a partir da decisão que feriu o direito líquido e certo.
Da decisão do MS pelo TRT cabe RO para a SDI ou SDC.
Da decisão do MS pelo TST caberá Embargos no TST para o próprio TST, quem julga é a
SDI ou SDC.
Há a
Súmulas 33, 201, 414 a 418, TST. ATENÇÃO, SÚMULAS 414, 417 E 418 DO TST FORAM
ALTERADAS EM 2017, ANTES DO EDITAL.

HIPÓTESES MAIS COBRADAS DE MS: SÚMULA 414, II DO TST (TUTELA ANTECIPADA


ANTES DA SENTENÇA) E EXIGÊNCIA DE DEPÓSITO PRÉVIO OU DE ANTECIPAÇÃO DE
HONORÁRIOS PERICIAIS EM AUDIÊNCIA (ART. 790-B, §3ª DA CLT E OJ 98 DA SDI-2 DO
TST).

ESTRUTURA DO MANDADO DE SEGURANÇA

Peça (52) Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Presidente do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho
da ...ª Região, Estado do ....
(10 linhas)
(3 cm) Nome do Impetrante..., (qualificação dada na prova), vem, por intermédio de seu
procurador infra-assinado, conforme mandato incluso, com escritório profissional na Rua..., n° ...,
cidade..., CEP ..., onde recebe avisos e intimações, perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo
5º, LXIX, e 114, IV, da CF e Lei 12.016/2009, impetrar o presente MANDADO DE SEGURANÇA COM
PEDIDO DE LIMINAR, contra o ato do (Impetrado) Juiz da .... Vara do Trabalho de ..., Estado do
..., situado na ...., nº ...., e da ... Vara do Trabalho de ...., endereço completo...., conforme os
fatos e fundamentos a seguir exposto:

I - Tempestividade: respeito ao prazo de Decadência de 120 dias (art. 23 da Lei 12.016/2009).

II – Dos Fatos
Resumo do caso, com destaques às informações principais de violação ao direito líquido e certo.

III – Do Direito Líquido e Certo


Citar Súmula, OJ, Artigos de Lei e da CF que comprovam a violação ao direito líquido e certo.
Informar que não há outro meio jurídico próprio para atacar a decisão respectiva.

45
IV – Do Pedido de Liminar
Lei 12.016/2009 (art.7º).
“fumus boni iuris”: a súmula, ou OJ, ou artigo de lei violados.
“periculum in mora”: justificar que quanto mais tempo permanecer a situação maior o prejuízo ao
impetrante.

V – Do Pedido
Mediante todo o exposto, requer se digne Vossa Excelência em acolher a liminar pleiteada,
“inaudita altera pars”, e ao final, julgar totalmente procedente o presente mandamus, concedendo
a segurança em definitivo, condenando o Impetrado nas custas processuais, se houver.
A notificação do impetrado para em 10 dias prestar as informações necessárias, sob pena
de revelia.
As provas dos fatos alegados encontram-se nos documentos anexados à presente, quais
sejam: ....

Dá-se a causa o valor de R$ ...


Nestes termos, Pede deferimento.
Local, data....
Advogado ... OAB/...

8. CORREIÇÃO PARCIAL OU RECLAMAÇÃO CORREICIONAL.

A correição parcial é atribuição da Corregedoria dos Tribunais, como existem 24 Tribunais


Regionais do Trabalho no Brasil, vamos enfatizar nosso estudo nas regras da correição parcial
dentro do TST, pois este é o nosso Tribunal Superior, e suas regras valem para todos.
O Regimento Interno do TST, em seus artigos 45 a 47, dispõe que as regras ou
atribuições da Corregedoria Geral do TST estão disciplinadas no Regimento Interno da Corregedoria
Geral da Justiça do Trabalho, Sistematizado de acordo com a proposta aprovada pela
Resolução Administrativa nº 1455, de 24/5/2011, do Órgão Especial do TST,
divulgada no DEJT de 3/6/2011. Grife o art. 709, II, da CLT e a OJ 5 do Tribunal Pleno do
TST.
Assim, temos as seguintes disposições:

CAPÍTULO III
CORREIÇÃO EXTRAORDINÁRIA

Art. 12 Incumbe, ainda, ao Corregedor-Geral realizar correições extraordinárias, gerais ou parciais, que se
fizerem necessárias, de ofício ou por solicitação dos Tribunais Regionais ou dos Órgãos do
Tribunal Superior do Trabalho.

CAPÍTULO IV
CORREIÇÃO PARCIAL

Art. 13 A Correição Parcial é cabível para corrigir erros, abusos e atos contrários à boa ordem
processual e que importem em atentado a fórmulas legais de processo, quando para o caso não haja
recurso ou outro meio processual específico.

Parágrafo único. Em situação extrema ou excepcional, poderá o Corregedor-Geral adotar as medidas


necessárias a impedir lesão de difícil reparação, assegurando, dessa forma, eventual resultado útil do processo,
até que ocorra o exame da matéria pelo órgão jurisdicional competente.

Art. 14 A petição inicial, dirigida ao Corregedor-Geral, deverá conter:

I - a qualificação do autor, a indicação da autoridade a que se refere a impugnação e, se for o caso, do terceiro
interessado;

II - os fatos e os fundamentos jurídicos do pedido;

III - o pedido com suas especificações;

IV - a apresentação das provas necessárias à comprovação dos fatos alegados;

V - a data e a assinatura do autor ou seu representante.

Art. 15 A petição inicial será obrigatoriamente instruída com:

46
I - certidão de inteiro teor, ou cópia reprográfica autenticada que a substitua, da decisão ou despacho
reclamado e das peças em que se apoiou;

II - outras peças que contenham elementos necessários ao exame do pedido e da sua tempestividade;

III - instrumento de mandato outorgado ao subscritor, caso houver.

§ 1º A petição inicial e os documentos que a acompanham deverão ser apresentados em tantas vias quantas
necessárias ao processamento e à instrução da Correição Parcial.

§ 2º As cópias reprográficas de peças do processo de Correição Parcial poderão ser declaradas autênticas pelo
próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal.

Art. 16 É facultado ao interessado apresentar a petição inicial da Correição Parcial mediante a utilização do
Sistema de Peticionamento Eletrônico da Justiça do Trabalho (e-DOC), observado o disciplinamento interno da
matéria no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho.

Art. 17 O prazo para a apresentação da Correição Parcial é de 5 (cinco) dias, contados da publicação do ato ou
despacho no órgão oficial, ou da ciência inequívoca pela parte dos fatos relativos à impugnação.

Parágrafo único. O prazo estabelecido no caput deste artigo será em dobro para a Fazenda Pública e o
Ministério Público do Trabalho.

Art. 18 As Secretarias dos órgãos judiciários da Justiça do Trabalho deverão fornecer às partes documentos e
certidões por elas requeridos e destinados à instrução dos processos de Correição Parcial, no prazo máximo de
48 (quarenta e oito) horas, e prestar, no mesmo prazo, as
informações determinadas pelas autoridades responsáveis pelos procedimentos
impugnados.

Art. 19 Formalmente apta a petição inicial e regularmente instruída, o Corregedor-Geral ordenará a notificação
da autoridade requerida, por ofício, mediante a remessa da cópia apresentada pelo
requerente, acompanhada dos documentos respectivos, para que se manifeste
sobre o pedido, no prazo máximo de 10 (dez) dias, prestando as informações que entender necessárias.

Art. 20 Ao despachar a petição inicial da Correição Parcial, o Corregedor-Geral poderá:

I - indeferi-la, desde logo, caso seja incabível, inepta, intempestiva, ou desacompanhada de documento
essencial;

II - deferir, liminarmente, a suspensão do ato impugnado, desde que relevantes os fundamentos do pedido ou
da eficácia do ato impugnado resultar justificado receio de dano irreparável ou de difícil reparação;

III - julgar, de plano, a Correição Parcial, desde que manifestamente improcedente o pedido.

Art. 21 Conclusos os autos, o Corregedor-Geral proferirá decisão fundamentada e conclusiva, no prazo de 10


(dez) dias.

Parágrafo único. A decisão será publicada no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho e remetida por cópia,
mediante ofício, ao requerente, à autoridade a que se refere a impugnação e, se for o caso, ao terceiro
interessado.

Art. 22 O Corregedor-Geral, se entender necessário, poderá determinar a remessa de cópia da decisão final a
outros Juízes e Tribunais, para observância uniforme.

Art. 23 A autoridade responsável pelo cumprimento da decisão oficiará à Corregedoria-Geral sobre a


observância do que determinado.

RECURSO
Art. 35 Das decisões proferidas pelo Corregedor-Geral caberá Agravo Regimental para o Órgão Especial
do Tribunal Superior do Trabalho, na conformidade do artigo 69, inciso I, letra “g”, do RITST.
Parágrafo único. O prazo para a interposição do Agravo Regimental é de 8 (oito) dias, a partir da publicação da
decisão no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho ou do conhecimento pelo interessado, se anterior à
publicação, mediante certidão lavrada nos autos.

Art. 36 Conclusos os autos, o Corregedor-Geral determinará a sua inclusão em pauta para julgamento, no prazo
de 20 (vinte) dias.
Parágrafo único. Lavrará o acórdão do Agravo Regimental o Corregedor-Geral, se mantida a decisão agravada,
ou o Ministro cuja divergência haja prevalecido.

47
O jurista Carlos Henrique Bezerra Leite, em seu Curso de Direito Processual do Trabalho
(p.1283/1284, 2018) afirma: “Para cabimento da correição parcial impõe-se o preenchimento
cumulativo dos seguintes requisitos: a) existência de uma decisão ou despacho, que contenha erro
ou abuso, capaz de tumultuar a marcha normal do processo; b) o dano ou a possibilidade de dano
para a parte; c) inexistência de recurso específico para sanar o error in procedendo.”
Exemplos: Paralisação injustificada dos feitos; dilação excessiva de prazos e excessos
durante a audiência trabalhista.
Ainda traz: “Das decisões prolatadas pelo Corregedor cabe Agravo Regimental, ex vi do
art. 709, §1º, da CLT, no prazo de 8 dias, a contar da intimação ou da publicação no órgão oficial.”

9. RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL.

Segundo Carlos Henrique Bezerra Leite “A reclamação constitucional, ou simplesmente


reclamação, é um instituto de natureza constitucional, criado pela Constituição Federal de 1988,
cujo objeto repousa na preservação das competências do STF, do STJ e do TST ou na garantia da
autoridade de suas decisões”.

A previsão deste instituto está no art. 111-A, §3º da CF: “Compete ao Tribunal
Superior do Trabalho processar e julgar, originariamente, a reclamação para a preservação de
sua competência e garantia da autoridade de suas decisões.”
Temos ainda a previsão no Regimento Interno do TST, nos artigos 210 a 217, artigos
estes que deverão ser grifados na CLT e/ou no Vade Mecum para facilitação de busca durante a
prova.

A Reclamação Constitucional não é um recurso, não é uma ação e menos ainda uma
forma de correição parcial, é um remédio processual utilizado para controle de decisões ofensivas à
competência ou à autoridade dos Tribunais.

Assim, é cabível a Reclamação Constitucional ou reclamação para: a) preservar a


competência do Tribunal; b) garantir a autoridade das decisões do Tribunal e c) garantir a
observância de acórdão proferido em incidentes de assunção de competência, de resolução de
demandas repetitivas e de julgamento de recursos repetitivos.

A reclamação deverá ser endereçada ao Presidente do Tribunal, e poderá ser proposta


pelas partes envolvidas na demanda e pelo Ministério Público do Trabalho. Em que pese não ser
uma ação ou não precisar respeitar as condições da ação, para a prova da OAB, vamos utilizar a
estrutura de uma inicial para elaborar a medida, endereçando-a ao Presidente do Tribunal,
iniciando a qualificação com o nosso cliente e seguindo os requisitos do art. 319 do CPC.

Destaca-se que não cabe reclamação constitucional: a) após o trânsito em julgado da


decisão reclamada; b) em face de decisão monocrática de Ministro ou colegiada do Tribunal, pelo
seu pleno o órgão fracionário; c) que vise desconstituir decisão da Justiça do Trabalho em sede de
Execução; d) que vise questionar súmula do STF sem efeito vinculante. Por fim, após iniciada a
reclamação constitucional é incabível o pedido de desistência da medida. Esta medida não tem a
figura preventiva, mas tem a possibilidade de pedido liminar, ou seja, reclamação constitucional
com pedido liminar. Portanto caberá reclamação constitucional ao Presidente do STF se houver
violação à súmula vinculante, ex: súmula 25 vinculante do STF.

10. DISSÍDIO COLETIVO.

Art. 114, § 2º, CF c/c art. 856, CLT.

Conceito: é um processo destinado a solução de conflitos coletivos de trabalho, por meio de


pronunciamentos normativos constitutivos de novas condições de trabalho, equivalentes a uma
regulamentação para os grupos conflitantes. Assim, dissídios coletivos são relações jurídicas
formais, geralmente da competência originária dos tribunais, destinadas a elaboração de normas
gerais. Confia-se assim, à jurisdição a função de criar direito novo como meio para resolver as
controvérsias dos grupos (Conceito do Amauri Mascaro do Nascimento, extraído do Curso de
Direito Processual do Carlos Henrique Bezerra Leite).

Classificação: art. 241 do Regimento Interno do TST.

48
De natureza econômica (melhores condições de trabalho), natureza jurídica (necessidade
de interpretar algumas cláusulas), dissídios coletivos originários (é o primeiro meio de negociação,
não há nenhum acordo anterior), os de revisão (rever cláusulas) e o de greve.

Poder normativo: art. 114, § 2º, CF.

Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:


§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à
arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio
coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o
conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao
trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.

Pressupostos de cabimento:
a) Subjetivos: competência (TRT ou TST, dependendo da abrangência do dissídio) e
capacidade processual (legitimidade processual: sindicatos e empresas, mas ainda há as
federações, as confederações, o MPT – art. 114. § 3º, CF, e os Presidentes do TRT e do
TST – art. 856, CLT);
b) Objetivos: negociação coletiva prévia, inexistência de norma coletiva em vigor, observância
de época própria para ajuizamento, petição inicial e “comum acordo entre as partes”.
Se o dissídio começar no TRT, cabe RO para o TST, se começar no TST, caberá Embargos
no TST para a SDC.

Requisitos da petição inicial: Deve ser escrita, não pode ser oral.
a) Subjetivos: designação da autoridade competente, qualificação do suscitante e suscitado,
base da conciliação e fundamentos da demanda.
b) Objetivos: edital, ata, listagem, registros da frustração da negociação coletiva, instrumento
de mandato e mútuo consentimento (a parte notifica a outra para em 15 dias se manifestar
sobre o mútuo consentimento, se a parte não se manifestar presume-se aceito o
consentimento).

Legitimados: MPT, Sindicatos e Empresas. E o art. 856, CLT? Segundo Bezerra Leite, esse
artigo não foi recepcionado pela CF. Entretanto, Valentin Carrion e Eduardo Saad defendem a
aplicabilidade.

Art. 856 - A instância será instaurada mediante representação escrita ao


Presidente do Tribunal. Poderá ser também instaurada por iniciativa do
presidente, ou, ainda, a requerimento da Procuradoria da Justiça do
Trabalho, sempre que ocorrer suspensão do trabalho.

CUIDADO: EXISTE POSSIBILIDADE DE DISSÍDIO COLETIVO EM FACE DA


PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO QUE MANTENHA EMPREGADOS? SIM,
NOS TERMOS DA NOVA REDAÇÃO DA OJ Nº 5 DA SDC DO TST, mas não de
natureza econômica, pois o reajuste é por força de lei nestes casos, apenas para
fins sociais, como meio ambiente do trabalho.

Procedimento: Presidente do Tribunal (realiza uma única tentativa de acordo e ele pode
fazer propostas, frustrada a conciliação, passa-se ao relator) – Relator – Revisor – Sessão de
Julgamento (MP se manifesta em conceder parecer escrito antes do relator ou oral na sessão de
julgamento).
Sentença normativa (art. 867, parágrafo único, CLT). Cabe qual recurso dessa decisão?
Cabe RO para o TST que poderá ter efeito suspensivo (único RO com efeito suspensivo). Se não
tiver sido concedido o efeito suspensivo pode sê-lo através de Tutela Provisória para evitar que a
Ação de Cumprimento (é como se fosse uma execução provisória) seja ajuizada na Vara do
Trabalho. É o presidente do TST quem decidirá quanto ao efeito suspensivo e em quantos dias ele
permanecerá, que poderá ser de até 120 dias, improrrogáveis (art. 9º, Lei 7.701/88).
A sentença normativa não pode ser executada na justiça, deve ser objeto de ação de
cumprimento.

Artigo 867, CLT:


Art. 867 - Da decisão do Tribunal serão notificadas as partes, ou seus
representantes, em registrado postal, com franquia, fazendo-se,

49
outrossim, a sua publicação no jornal oficial, para ciência dos demais
interessados.
Parágrafo único - A sentença normativa vigorará
a) a partir da data de sua publicação, quando ajuizado o dissídio após o
prazo do art. 616, § 3º, ou, quando não existir acordo, convenção ou
sentença normativa em vigor, da data do ajuizamento;
b) a partir do dia imediato ao termo final de vigência do acordo,
convenção ou sentença normativa, quando ajuizado o dissídio no prazo
do art. 616, § 3º.

a) se o dissídio for ajuizado após os 60 dias que antecedem o final do ACT ou CCT, a sentença
normativa vigorará a partir de sua publicação, enquanto isso vigorará a CLT. Quando não
houver CCT, ACT ou sentença normativa em vigor, a sentença normativa que for prolatada
pelos tribunais vigorará da data do ajuizamento da ação.
b) Se o dissídio for ajuizado dentro do prazo acima, entrará em vigor a partir do dia imediato
ao termo final de vigência do acordo.

ESTRUTURA DO DISSÍDIO COLETIVO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Presidente do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da... ª
Região, Estado do...

(10 linhas)

(3 cm) Suscitante, nº CNPJ, endereço e CEP, vem, por intermédio de seu procurador infra-
assinado, conforme mandato incluso, com escritório profissional na Rua e CEP, onde recebe avisos
e intimações, perante Vossa Excelência, com fundamento no artigo 114, § 2º, da CF c/c artigo 856,
da CLT, propor o presente DISSÍDIO COLETIVO, em face do ato do Suscitado (sindicato), nº CNPJ,
endereço e CEP, pelo seguintes motivos:

I – Dos Fatos: Breve resumo do caso.

II – Dos Fundamentos da Demanda


2.1 – Bases da Conciliação
2.2 – Do Reajuste Salarial
2.3 – Do Adicional de Horas Extras

III – Do Pedido
Mediante todo o exposto, requer se digne Vossa Excelência em proferir sentença
normativa, julgando procedente a presente ação.
Dessa forma, ainda requer:
a) reajuste salarial;
b) adicional de horas extras.
Requer a notificação do Suscitado para que compareça a audiência a ser designada e
querendo apresente a sua defesa sob pena de revelia e confissão ficta.
Requer a concessão de honorários advocatícios sucumbenciais, de no mínimo 5%
e no máximo 15%, nos termos do art. 791-A da CLT.
Provará o alegado por todos os meios de provas em direito admitidas, especialmente pelos
documentos ora juntados, estudos técnicos pelo setor competente desse Egrégio Tribunal e outras
mais que se fizerem necessárias desde já requeridas.
Dá-se a causa o valor de R$.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e data.
Nome do advogado
Número da OAB

11 - AÇÃO DE CUMPRIMENTO.

Art. 872, parágrafo único, CLT.

50
Enquanto o dissídio coletivo tem natureza constitutiva (cria direito novo), a ação de
cumprimento tem natureza condenatória. É uma ação de conhecimento, cabe quando não for
cumprido o ACT, CCT ou sentença normativa.

Nomenclatura: reclamante e reclamado (como na reclamação trabalhista).


Competência: Vara do Trabalho do local da prestação do serviço.
Legitimados: sindicatos e trabalhador individualmente.
Documento essencial: art. 320, CPC (ACT ou CCT ou sentença normativa).
Prescrição: Súmula 350, TST.

Nº 350 PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL. AÇÃO DE CUMPRIMENTO.


SENTENÇA NORMATIVA
O prazo de prescrição com relação à ação de cumprimento de decisão
normativa flui apenas da data de seu trânsito em julgado.

Reforma da decisão após a ação de cumprimento, através de Mandado de segurança e a


Exceção de pré-executividade – Súmula 397, TST.

ESTRUTURA DA AÇÃO DE CUMPRIMENTO.

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz do Trabalho da... ª Vara do Trabalho da Cidade de..., Estado
do...
(10 linhas)

(3 cm) Reclamante, nº CNPJ/CPF, endereço e CEP, vem, por intermédio de seu procurador infra-
assinado, conforme mandato incluso, com escritório profissional na Rua e CEP, onde recebe avisos
e intimações, perante Vossa Excelência, com fundamento no artigo 872, parágrafo único, da
CLT c/c artigos 840, § 1º, da CLT e 319, do CPC, propor a presente AÇÃO DE CUMPRIMENTO, em
face do ato da Reclamada (empresa), nº CNPJ, endereço e CEP, de acordo com o fatos a seguir
aduzidos:

I – Do Contrato de Trabalho.
Breve resumo dos Fatos (data da admissão, data da demissão, remuneração, função e
jornada).
II – Das Cláusulas Descumpridas.
2.1 – Do reajuste salarial
2.2 – Do adicional de horas extras

III – Do Pedido
Mediante todo o exposto, requer se digne Vossa Excelência em julgar totalmente
procedente a presente ação, condenando a Reclamada no pedido e nas custas processuais.
Dessa forma pleiteia a condenação nas seguintes verbas:
a) reajuste salarial;
b) adicional de horas extras.
Requer a notificação da Reclamada para que compareça a audiência a ser designada e
querendo apresente a sua defesa, sob os efeitos de revelia e confissão ficta.
Requer a concessão de honorários advocatícios sucumbenciais, de no mínimo 5%
e no máximo 15%, nos termos do art. 791-A da CLT.
Provará o alegado por todos os meios de provas em direito admitidas, especialmente
depoimento pessoal do representante legal da Reclamada, sob pena de confesso (Súmula 74, TST),
oitiva de testemunhas, perícia, e outras mais que se fizerem necessárias desde já requeridas.
Dá-se a causa o valor de R$. (deverá ser líquido – art. 840,§1º da CLT)

Nestes termos,
Pede deferimento.

Local e data.

Nome do advogado
Número da OAB

51
12 - INQUÉRITO JUDICIAL PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE.

Art. 853, CLT.

Só cabe na Justiça do Trabalho. Deve ser escrito, não pode ser oral. Destina-se à
comprovação de falta grave cometida por empregado garantido com estabilidade. Visa apurar falta
grave cometida por empregado estável e demiti-lo sem necessidade de indenização.
Dirigente sindical: art. 8º, VIII, CF c/c art. 543, § 3º, CLT e súmula 197 do STF;
Representante dos Trabalhadores no Conselho Curador do FGTS: Lei 8036/90, art.3º, §9º;
Dirigente de Cooperativas de Empregado: Lei 5.764/71, art. 55; Representante dos Trabalhadores
no Conselho Nacional de Previdência Social: Lei 8213/91, art. 3º, §7º e Representante dos
Trabalhadores nas Comissões de Conciliação Prévia: art. 625-B, §1º, da CLT).
Nomenclatura: requerente e requerido.
Local da prestação do serviço (competência territorial). O prazo é de 30 dias da suspensão
do empregado e é decadencial (Súmula 403, STF).
Deve saber as hipóteses de justa causa (art. 482, CLT e Súmula 62, TST).
O número de testemunhas é de até 6 para cada parte.
A sentença que julgar improcedente o inquérito determinará a reintegração do trabalhador,
com o pagamento dos salários do período em que permaneceu fora do emprego aguardando a
apuração ou a indenização de todo esse período. Se houver procedência, haverá os direitos
relativos à justa causa (saldo de salário e férias integrais e vencidas se houver).

OBS: Ler OJ 247 da SDI-1 do TST.

ESTRUTURA DO INQUÉRITO JUDICIAL PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz do Trabalho da... ª Vara do Trabalho da Cidade de..., Estado
do...
(10 linhas)

(3cm) Requerente (empresa), nº. CNPJ, endereço e CEP, vem, por intermédio de seu procurador
infra-assinado, conforme mandato incluso, com escritório profissional na Rua e CEP, onde recebe
avisos e intimações, perante Vossa Excelência, com fundamento no artigo 853, da CLT, propor a
presente AÇÃO DE INQUÉRITO JUDICIAL PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE, em face do Requerido
(empregado com estabilidade), (qualificação dada na prova), de acordo com o fatos a seguir
aduzidos:

I – Do Contrato de Trabalho.
Breve resumo dos fatos (data da admissão, data da demissão, remuneração, função e
jornada).
Tempestividade: prazo decadencial foi respeitado “30 dias da suspensão” (Súmula
403, STF).

II – Da Estabilidade Provisória.
Dirigente sindical. Artigo 8º, VIII, CF c/c artigo 543, § 3º, CLT.
III – Da Falta Grave Cometida.
Artigo 482, “a”, “b”, e “k”. Depredou veículo da empresa e agrediu o diretor.

IV - Do Pedido.
Mediante todo o exposto, requer se digne Vossa Excelência em julgar totalmente
procedente a presente ação, declarando a rescisão do contrato de trabalho por justa causa,
reconhecendo assim a falta grave cometida pelo Requerido, bem como a condenação nas custas
processuais.
Requer a notificação do Requerido para que compareça a audiência a ser designada e
querendo apresente a sua defesa, sob os efeitos de revelia e confissão ficta.
Requer a concessão de honorários advocatícios sucumbenciais, de no mínimo 5%
e no máximo 15%, nos termos do art. 791-A da CLT.
Provará o alegado por todos os meios de provas em direito admitidas, especialmente
depoimento pessoal do Requerido, sob pena de confesso (Súmula 74, TST), oitiva de testemunhas
(até 6, conforme o artigo 821, da CLT), perícia, e outras mais que se fizerem necessárias desde já
requeridas.

Dá-se a causa o valor de R$.

52
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e data.

Nome do advogado
Número da OAB

13. DA AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO.

Inicialmente deve-se destacar que a ação de consignação em pagamento não é uma ação
típica trabalhista, mas sim uma medida judicial prevista no Código de Processo Civil a partir do art.
539 e ss. Porém, como o referido instituto é aplicável subsidiariamente ao processo do trabalho,
nos termos do art. 769 da CLT e art. 15 do CPC, podemos afirmar que a ação de consignação em
pagamento é aplicável ao processo do trabalho.

Existem duas formas de consignação em pagamento, a judicial e a extrajudicial. A judicial é


a mais aplicável ao processo do trabalho, porém, a extrajudicial também poderá ser aplicada
quando se trata de direito do trabalho (art. 539, §§§1º, 2º e 3º do CPC).

O objetivo crucial da ação de consignação em pagamento é o depósito judicial visando a


extinção do débito (art. 540 do CPC), ou seja, o devedor ou terceiro interessado, pode requerer
judicialmente a consignação com efeito de pagamento, evitando a mora e a multa do art.
477,§8º da CLT (ideal que seja no prazo de 10 dias da rescisão). As hipóteses legais estão
previstas a partir do art. 539 do CPC e nos arts. 334 e 335 do Código Civil.

Ressalte-se que o autor da ação de consignação é o devedor de uma quantia em dinheiro


ou de uma coisa certa (que normalmente é o empregador), e o réu é o credor (normalmente o
empregado).

As hipóteses mais comuns, segundo Carlos Henrique Bezerra Leite são:

“a) dispensa, com ou sem justa causa – quando o empregador encontra resistência
do empregado em receber o valor das verbas rescisórias colocadas à sua disposição
pela empresa;
b) morte ou ausência do empregado – o empregador se vê no impasse de efetuar o
pagamento dos créditos trabalhistas de seu ex-empregado, caso este não tenha
deixado herdeiros ou houver dúvidas sobre quem deva legitimamente receber o
objeto do pagamento, como no caso da mulher ou da companheira que se
apresentam como credores;
c) o empregado se recusa a receber e dar quitação – é o que ocorre quando o
empregado se recusa a receber do empregador valores que este entende devidos a
título de comissão pactuadas no contrato, e sobre os quais recai dúvida, podendo a
falta de quitação caracterizar uma rescisão indireta”.

Nota-se que normalmente o autor da ação de consignação é o empregador, porém, o


empregado também pode ser autor da ação se, por exemplo, precisar devolver ferramentas ou
objetos da empresa e a mesma está dificultando a devolução para o empregado se tornar
inadimplente.

O objetivo crucial é, com a procedência da ação, evitar que o devedor fique em mora, ou
seja, não tenha que arcar com juros, correção, multa, dentre outros riscos (art. 540 do CPC), salvo
se a ação for julgada improcedente. Todavia, para se eximir de tais encargos o autor deverá propor
a ação e respeitar as condições de validade do pagamento, isto é, em relação às pessoas, o objeto,
o modo e o tempo.

O foro competente para ajuizamento da ação de consignação no processo do trabalho é a


regra do art. 651 da CLT, ou seja, a princípio, local da prestação de serviços.
A petição inicial deverá respeitar as condições do art. 840, §1º da CLT e art. 319 do CPC,
lembrando que no pedido não poderá faltar o requerimento de depósito do valor devido e a citação
do réu para oferecer resposta e levantar o depósito (art. 542 do CPC).

53
A contestação será entregue em audiência e poderá trazer como alegação as matérias
previstas no art. 544 do CPC.

Por fim, deve-se observar que o procedimento da ação de consignação será misto, pois
parte será utilizado o CPC e no que couber a CLT no rito ordinário.

Prova OAB/Cespe-Unb 2009.2: José, funcionário da empresa LV, admitido em


11/05/2008, ocupava o cargo de recepcionista, com salário mensal de R$ 465,00. Em
19/06/2009, José afastou-se do trabalho mediante a concessão de benefício
previdenciário de auxilio doença. Cessado o benefício em 20/07/2009 e passados dez
dias sem que José tivesse retornado ao trabalho, a empresa convocou-o por meio de
notificação, recebida por José por meio de aviso de recebimento. José não atendeu á
notificação e, completados trinta dias de falta, a empresa LV expediu edital de
convocação, publicado em jornal de grande circulação, mas, ainda assim, José não
retornou ao trabalho. Preocupada com a rescisão do contrato de trabalho, com baixa
na CTPS, com o pagamento das parcelas decorrentes e para não incorrer em mora, a
empresa procurou profissional de advocacia.

ESTRUTURA DA AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

Peça: Cespe 2009.2

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz do Trabalho da... Vara do Trabalho da Cidade de..., Estado do...

(10 linhas)

(3 cm de parágrafo) LV, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ nº, endereço e CEP,
vem, por intermédio de seu procurador infra-assinado, conforme mandato incluso, com endereço
profissional na Rua e CEP, onde recebe avisos e intimações, perante Vossa Excelência, propor a
presente AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO, com fulcro no artigo 539 do CPC c/c art. 769
da CLT e art. 15 do CPC, em face de José, nacionalidade, estado civil, recepcionista, CTPS nº, série
nº, PIS nº, RG nº, CPF nº, nome da mãe, data de nascimento, endereço completo e CEP, conforme
os fatos a seguir aduzidos:

I - Da Comissão de Conciliação Prévia


Não foi possível o Reclamante cumprir o disposto no artigo 625-D, da CLT, uma vez que
não existe Comissão de Conciliação Prévia no âmbito da localidade da prestação de serviço do
mesmo. (OBS: RECENTE JULGADO DO STF E DO TST (MAIO/2009) RECONHECERAM NÃO
SER OBRIGATÓRIO O INGRESSO JUNTO ÀS COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA)
Dessa forma, em respeito ao disposto no § 3º do referido artigo, o Reclamante ingressa
com a presente ação diretamente perante esse Juízo.

II – Dos Fatos
(resumo do caso em análise)

III – Do Direito

• Fundamentação com base no abandono de emprego citando o art. 482, “i” da CLT e súmula
32 do TST.
• Apresentar o cálculo das verbas rescisórias devidas na justa causa (saldo de salário e férias
vencidas com 1/3 CF) e justificar a exclusão da multa do art. 477, §8º, da CLT.

IV – Do Pedido

Mediante todo o exposto requer se digne Vossa Excelência em julgar totalmente procedente
o pedido de consignação em pagamento, com efeito de quitação, isentando o autor do
pagamento da multa do art. 477, §8º da CLT e demais multas, juros e correção monetária,
bem como requer seja notificado o réu empregado para comparecer em Juízo e receber os
valores consignados (valor dos direitos apurados).

Requerimentos Finais.

54
Requer a notificação do réu nos endereços mencionados no preâmbulo dessa exordial para
querendo apresentar resposta, sob os efeitos da revelia e confissão ficta.
Requer a concessão de honorários advocatícios sucumbenciais, de no mínimo 5%
e no máximo 15%, nos termos do art. 791-A da CLT.
Provará o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas especialmente
depoimento pessoal do réu, sob pena de confesso (Súmula 74, TST), oitiva de testemunhas,
perícia, juntada de novos e oportunos documentos e outras mais que se fizerem necessárias desde
já requeridas.

Dá-se a causa o valor de R$ (valor do depósito).

Nestes termos,
Pede deferimento

Local e data

Nome do advogado
Número da OAB

14. DAS TUTELAS PROVISÓRIAS.

As tutelas provisórias estão previstas nos arts. 294 a 311 do Novo CPC.

Existem dois tipos de tutelas provisórias, a de urgência e a de evidência.

Ambas são semelhantes pelo seu caráter provisório, ou seja, poderão ser concedidas antes
da sentença. Todavia possuem uma diferença essencial, ou seja, enquanto para a concessão da
tutela de urgência são necessários dois requisitos (probabilidade do direito – que seria o fumus
boni iuris, e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo que seria o periculum in mora)
para a concessão da tutela de evidência é necessário preencher a probabilidade do direito (antigo
fumus boni iuris) acrescido de uma das hipóteses do art. 311 do CPC, que serão tratadas
posteriormente.

O que se busca com a tutela de urgência é justamente sanar uma necessidade


extremamente urgente, ou seja, algo que não dá para esperar em razão do risco de perecimento
do direito, já com a tutela de evidência o que se busca é exercer ou usufruir de um direito desde
já, já que este direito é provável e evidente, isto é, mesmo que eu não tenho pressa eu quero
poder exercê-lo desde já.

Exemplificando: Uma empresa não paga os salários de um empregado há 4 meses e isto é


documentado pela própria empresa e fornecido ao empregado, se este empregado é um
trabalhador que não precisa do dinheiro agora, por ter um alto padrão de vida, ele pode ingressar
com uma tutela de evidência para apenas querer usufruir dos valores, pois é evidente seu crédito,
mas se ele está passando necessidade e precisa se manter com este dinheiro terá que pleitear uma
tutela de urgência em razão do perigo de dano que pode sofrer.

55
A tutela de urgência pode ser classificada como antecipada ou cautelar. Vejam, ambas
visam resolver uma situação que envolve probabilidade de direito e perigo de dano, mas a
antecipada tem natureza satisfativa, já a cautelar tem natureza assecuratória.

Exemplificando: Pretendo propor uma ação trabalhista e exigir meus direitos, porém,
descubro que a empresa colocou à venda o último imóvel que poderia assegurar meu crédito,
neste caso preciso bloquear este imóvel já, urgentemente, pois preciso assegurar o recebimento do
meu crédito. Neste caso deverá ser proposta uma tutela de urgência cautelar, pois o recebimento
dos meus direitos trabalhistas dependerão deste bloqueio (art. 301 do CPC). Agora, imaginemos
que o empregado da empresa possui estabilidade por acidente de trabalho e neste período
estabilitário ele é demitido e quer, além de receber seus haveres trabalhistas, ser reintegrado.
Neste caso como o pedido de reintegração satisfaz um de seus direitos ou um dos pedidos da
reclamação trabalhista ele deverá requerer uma tutela de urgência antecipada (art. 303 do CPC).
Destaca-se que ambas podem ser requeridas com pedido liminar, ou seja, podem ser concedidas
sem ouvir a outra parte, nos termos do art. 300, §2º do CPC.

Ainda, ambas as tutelas de urgência poderão ser requeridas de forma antecedente, ou


seja, inicialmente. Assim, se preciso bloquear o imóvel antes mesmo de propor a RT, ajuízo a
tutela de urgência cautelar e quando for publicada o seu deferimento, ou seja, quando o juiz
determinar o bloqueio do imóvel satisfazendo meu pedido terei 30 dias desta decisão para propor a
RT no mesmo processo (fazer o pedido principal), e o que começou de forma provisória agora se
transforma em ação de conhecimento definitiva.

Agora, se eu quero ser reintegrado ao emprego imediatamente, em razão da estabilidade


por acidente de trabalho, posso propor uma tutela de urgência antecipada e sendo deferida a tutela
terei 15 dias para aditar a petição inicial acrescentando os demais direitos, juntando documentos e
confirmando o pedido inicial.

Vejam que quando a tutela de urgência for antecedente os requisitos da inicial, do art. 319
do CPC, deverão ser preenchidos e após o deferimento das medidas deve-se apresentar a petição
inicial mais completa (o pedido principal), com os demais pedidos, dentro do próprio processo, pois
agora só existe um processo para a tutela provisória e a definitiva.

Por fim, a tutela de evidência, como já mencionado, não exige o perigo de dano apenas a
probabilidade do direito, que poderá ser exercido desde já, por ser evidente, contudo não significa
que é mais fácil de obtê-la, pois o CPC em seu art. 311 trouxe apenas quatro hipóteses em que
poderá ser concedida, são elas:

I – ficar caracterizado o abuso do direito de defesa (recorrer sem motivo, contestar


alegando coisas absurdas) ou o manifesto propósito protelatório da parte (fazer carga do processo
por anos);
II – as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver
tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;

56
III – se tratar de pedido reipersecutório (buscar, perseguir a coisa que é minha e está na
posse do réu, por meio de contrato de depósito escrito ou não, mas com prova documental do
mesmo) fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será
decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;
IV – a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos
do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.

Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir
liminarmente.(para a tutela de evidência somente nestes dois casos será possível o juiz
conceder liminar, ou seja, sem ouvir a outra parte).

Cuidado: Se o Juiz entender que há perigo de ser irreversível uma tutela de urgência
antecipada ele não a concederá (art. 300, §3º do CPC), pois quando concedida poderá ser cassada
a qualquer tempo e se prejudicar o réu este poderá ser indenizado (art. 302 do CPC).

Ambas as tutelas, de urgência e de evidência deverão ser confirmadas em sentença.

Observe a peça que foi objeto de prova no exame 127 de São Paulo:

Ponto 3: Após ser condenado no pagamento de valores a certo empregado, o empregador,


enquanto pendente de julgamento no Tribunal Regional do Trabalho o recurso que apresentou
contra a sentença, coloca à venda o imóvel em que se acha estabelecida a empresa, sem reservar
outros bens para satisfação da condenação. QUESTÃO: Apresentar, como advogado do empregado,
a medida processual adequada.

Gabarito da peça: A medida processual adequada corresponde à ação cautelar de arresto, nos
termos do art. 813, inciso III, do CPC. A petição deverá ser apresentada diretamente ao Tribunal,
como previsto no art. 801, do CPC. HOJE SERIA UMA TUTELA DE URGÊNCIA CAUTELAR, COM
BASE NO ART. 301 DO CPC.

ESTRUTURA DE UMA TUTELA DE URGÊNCIA CAUTELAR

Peça – OAB 127 São Paulo

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Presidente do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 2ª


Região, do Estado de São Paulo.

(10 linhas)

Processo nº...

(3cm de parágrafo) Nome do cliente, (qualificação completa), vem, por intermédio de seu
procurador infra-assinado, conforme mandato incluso, com endereço profissional na Rua e CEP,
onde recebe avisos e intimações, nos autos em epígrafe, onde litiga com (nome da parte
contrária), (qualificação completa), perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 294 e ss do
CPC, art. 301 do CPC c/c art. 769, da CLT e art. 15 do CPC. propor a presente TUTELA
PROVISÓRIA DE URGÊNCIA CAUTELAR COM PEDIDO LIMINAR, de acordo com os fatos e
fundamentos a seguir aduzidos:

I – DOS FATOS

Resumo do caso narrado.

57
II – DO ARRESTO.

Justificar a necessidade de penhora para garantir a execução, nos termos do art. 301 do CPC.

Requisitos (probabilidade do direito e perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo), art.
300 do CPC.

III – DO PEDIDO LIMINAR.

Art. 300, §2º do CPC.

III – DO PEDIDO.
Mediante do exposto, requer se digne Vossa Excelência em, conceder liminarmente o
arresto do bem indicado, inaudita altera pars, e ao final julgar totalmente procedente a presente
tutela de urgência cautelar, condenando o réu ao pagamento das custas processuais.
Requer a intimação do réu para, querendo, apresentar defesa sobre os fatos aqui narrados,
sob os efeitos da revelia e confissão ficta.
Requer a concessão de honorários advocatícios sucumbenciais, de no mínimo 5%
e no máximo 15%, nos termos do art. 791-A da CLT.
Provará o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas especialmente
depoimento pessoal do Réu, sob pena de confesso (Súmula 74, TST), oitiva de testemunhas,
perícia, juntada de novos e oportunos documentos e outras mais que se fizerem necessárias desde
já requeridas.
Dá-se à causa o valor de R$.

Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e data.

Nome do advogado
Numero da OAB.

14.1 AÇÃO DE EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS E PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVAS.

No processo do trabalho é admissível a utilização das medidas de produção antecipada de


provas e da exibição de documento ou coisa, especialmente para assegurar um melhor resultado
útil a uma eventual ação trabalhista futura.

Estas duas medidas são ações que seguem a estrutura de uma petição inicial cível, com os
requisitos do art. 319 do CPC. Em ambos os casos é possível e, muito comum, cumular o pedido
com o de tutela de urgência em caráter liminar, ou seja, Ação de Produção Antecipada de Provas
com pedido de Tutela de Urgência em caráter Liminar ou Ação de Exibição de Documentos com
pedido de Tutela de Urgência em caráter Liminar.

A ação de exibição de documentos está prevista nos artigos 396 a 404 do CPC e pode ser
utilizada pelo empregado em situações em que ele não tem a documentação necessária para ter
certeza de que o direito que pretende pleitear seja de fato devido, neste caso, antes de propor a
reclamação trabalhista, o empregado ingressa com esta ação para ter acesso aos documentos que
estão com o empregador e após verificar os mesmos pode tomar uma decisão mais precisa em
ajuizar a RT ou não ajuizar. Isto evitaria eventual condenação em honorários sucumbenciais e
litigância de má-fé.

Já ação de produção antecipada de provas está prevista nos artigos 381 a 383 do CPC, e é
muito utilizada pelo empregado nas hipóteses dos incisos I e III do art. 381 do CPC, ou seja, em
situações em que a testemunha principal do fato vai passar a residir no exterior ou está com
graves problemas de saúde e poderá não resistir até o dia da audiência. Nestas situações é
necessária a produção antecipada de prova com a oitiva da testemunha antes da audiência
designada ou antes mesmo de propor a ação, para que o empregado possa analisar a viabilidade
da demanda proposta ou a ser proposta.

As duas medidas são de competência do Juiz do Trabalho, da Vara do Trabalho, em que a


ação ou o pedido principal está em discussão ou será proposto.

58
15. HABEAS CORPUS

Mauro Schiavi (2019, p. 1570) ao abordar o tema habeas corpus relata:


“No nosso sentir, o habeas corpus é um remédio constitucional, exercido
por meio de uma ação mandamental que tem por objetivo a tutela da
liberdade do ser humano, assegurando-lhe o direito de ir, vir e ficar,
contra ato de ilegalidade ou abuso de poder. Pode ser preventivo, quando
há iminência da lesão do direito de liberdade, ou repressivo, quando já
tolhida a liberdade.
Quanto à natureza jurídica do habeas corpus, em que pese a opinião
majoritária da doutrina e da jurisprudência em sentido contrário, não se
trata de uma ação criminal e sim de um remédio constitucional para
tutela a liberdade de locomoção contra ato ilegal ou de abuso de
poder, não sendo exclusivamente uma ação de natureza penal”
(grifamos).
Em sentido contrário, ao qual discordo nesta parte, temos o ilustre Carlos Henrique Bezerra
Leite (2018, p. 1776) que explica, é: “uma ação constitucional de caráter penal e de procedimento
especial, isenta de custas, que visa a evitar ou cessar violência ou ameaça na liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder”.

Entendo e me filio ao posicionamento de Mauro Schiavi (que utiliza a doutrina de Estêvão


Mallet), que interpreta que o habeas corpus é um remédio constitucional, portanto, não é
um recurso, é uma ação constitucional, com procedimento especial e isenta de custas.
Desta forma, a impetração ou propositura do HC teria como base, ou pano de fundo, os
requisitos da petição inicial do art. 319 do CPC.

O Habeas Corpus (H.C) está previsto no art. 5º, LXVIII e art. 114, IV ambos da CF.

“LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer


ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua
liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data ,
quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua
jurisdição;”

No processo do trabalho sempre houve divergência a respeito da competência da Justiça do


Trabalho para processar e julgar o habeas corpus, porém tal divergência foi esclarecida com a EC
45/04 no art. 114, IV da CF que expressou legalmente o entendimento de que a Justiça do
trabalho deverá processar e julgar habeas corpus quando o ato questionado envolver matéria da
sua jurisdição.

Assim, para atos relacionados à jurisdição trabalhista e não a práticas criminosas, a


competência poderá ser da Vara do Trabalho, do TRT ou do TST, dependendo do âmbito da
discussão, porém, se estivermos diante de uma determinação de prisão por um ato criminoso
dentro do processo do trabalho, aí se a prisão foi determinada pelo Juiz do Trabalho o HC será no
TRF, se a prisão foi determinada pelo TRT o HC será no STJ e se foi determinada por um ministro
do TST o HC será no STF.

Quando a competência for do TST será a SDI-2 que julgará, nos termos do art. 78, IV, do
Regimento Interno do TST.

Neste momento vale a pena destacar um trecho da obra de Carlos Henrique Bezerra Leite
(2018, p. 1779) que nos ensina:

“Na ação de habeas corpus não é obrigatória a presença de advogado,


pois parte detém o ius postulandi para esta ação constitucional.[...]
Ao MPT é facultado impetrar HC no âmbito da Justiça do Trabalho, por
interpretação sistemática dos arts. 6º, VI, 83, I e 84 da LC 75/1993 [...]
É preciso estar atento para os procedimentos previstos nos regimentos
internos dos tribunais trabalhistas respeitantes ao HC.
[...]

59
A tramitação do HC prefere à de qualquer outro processo, sendo o mesmo
julgado na primeira sessão, permitindo-se o adiamento para a sessão
seguinte”.

A hipótese que era mais comum de cabimento do HC no processo do trabalho tratava-se da


situação do depositário infiel, que poderia ser preso e ter a possibilidade de impetrar o writ,
inclusive o TST tem editadas as OJ’s 89 e 143 da SDI-2 demonstrando em quais situações seria
possível a prisão do depositário infiel e cabimento do writ. Todavia, a prisão civil por dívida do
depositário infiel foi vedada na súmula vinculante de nº 25 do STF.

Atualmente o que tem gerado a impetração do Habeas Corpus na Justiça do Trabalho são
os casos que envolvem jogadores de futebol e seus clubes, observe:

“ANO DE 2012: TST CONCEDE HC AO JOGADOR OSCAR, QUE


PODERÁ TRABALHAR ONDE DESEJAR: O ministro do Tribunal Superior
do Trabalho Guilherme Caputo Bastos acaba de conceder habeas corpus
em favor do jogador de futebol Oscar dos Santos Emboaba Júnior, o
Oscar. Com a decisão, o atleta poderá trabalhar em qualquer lugar que
pretenda. Como é integrante da SDI-2, órgão que detém a competência
para julgar o HC, foi sorteado como relator do caso.
Na liminar, Caputo Bastos afirmou que "a obrigatoriedade da prestação de
serviços a determinado empregador nos remete aos tempos de escravidão
e servidão, épocas incompatíveis com a existência do Direito do Trabalho,
nas quais não havia a subordinação jurídica daquele que trabalhava, mas
sim a sua sujeição pessoal."
Caputo Bastos ressaltou que "a liberdade, em suas várias dimensões, é
elemento indispensável ao Direito do Trabalho, bem como a 'a existência
do trabalho livre (isto é, juridicamente livre) é pressuposto histórico-
material do surgimento do trabalho subordinado (e via de consequência,
da relação empregatícia)' ", apontou o ministro, citando o colega de TST,
ministro Maurício Godinho Delgado.
Oscar atualmente treina no Sport Club Internacional, de Porto Alegre
(RS), clube com o qual tem contrato. Mas, por determinação da Justiça do
Trabalho no estado de São Paulo, ele foi inscrito na Confederação
Brasileira de Futebol como jogador do São Paulo Futebol Clube. Disponível
em:
http://www.editoramagister.com/noticia_23247548_TST_CONCEDE_HC_A
O_JOGADOR_OSCAR_QUE_PODERA_TRABALHAR_ONDE_DESEJAR.aspx.
Acesso em 10/06/2019.

ANO 2018: Jogador Scarpa consegue Habeas Corpus


no TST para atuar no Palmeiras: O atraso no salário de jogadores
de futebol por prazo superior a três meses já caracteriza a mora
contumaz e justifica a rescisão indireta. Assim entendeu o
ministro Alexandre Agra Belmonte, do Tribunal Superior Tribunal
do Trabalho, ao conceder liminar em Habeas Corpus a Gustavo
Scarpa para autorizá-lo a jogar no clube que escolher. Disponível
em: https://www.conjur.com.br/2018-jun-25/jogador-scarpa-hc-
tst-atuar-palmeiras. Acesso em 10/06/2019.

ANO 2018: TST rejeita HC para liberação de atleta para jogar em


outro clube: Segundo a SDI-2, a medida só é cabível quando envolve a
restrição da liberdade de locomoção.
A Subseção 2 Especializada em Dissídios Individuais (SDI-2) do Tribunal
Superior do Trabalho extinguiu, sem resolução do mérito, habeas corpus
impetrado em favor do zagueiro Felipe Camargo de Souza, que pretendia
sua desvinculação do Figueirense Futebol Clube para jogar no São Paulo
Futebol Clube. De acordo com a decisão, a discussão sobre cláusula
contratual de atleta profissional com pedido de transferência imediata
para outra agremiação desportiva não envolve a restrição ou a privação
da liberdade de locomoção e, portanto, não é passível de ser examinada
por meio de habeas corpus. Disponível em:
http://www.tst.jus.br/noticias/-/asset_publisher/89Dk/content/tst-rejeita-

60
hc-para-liberacao-de-atleta-para-jogar-em-outro-
clube?inheritRedirect=false. Acesso em 10/06/2019.”

Dessa forma, apesar de inúmeras discussões quanto ao tema, ao analisarmos a melhor


doutrina, a jurisprudência atual e a redação do art. 114, IV da CF, não se tem dúvida que o HC tem
aplicabilidade na Justiça do Trabalho. E ainda, é uma medida com tramitação prioritária. E está
previsto no edital do exame da OAB/FGV.

16. HABEAS DATA

O ilustre doutrinador Mauro Schiavi (2019, p. 1606) para definir o habeas data cita a
doutrina de Alexandre de Moraes (2004, p. 154) que afirma:

“Pode-se definir o habeas data como direito que assiste a todas as


pessoas de solicitar judicialmente a exibição dos registros públicos ou
privados, nos quais estejam incluídos seus dados pessoais, para que dele
tome conhecimento e se necessário for, sejam retificados os dados
inexatos ou obsoletos ou que impliquem em discriminação”.

Por ter natureza constitucional mas de regulamentação civil tem-se que a previsão legal
desta medida está no art. 5º, LXXII da CF e na Lei 9507/97.

“LXXII - conceder-se-á habeas data:


a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do
impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades
governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo
sigiloso, judicial ou administrativo;.
Art. 7° Conceder-se-á habeas data:
I - para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do
impetrante, constantes de registro ou banco de dados de entidades
governamentais ou de caráter público;
II - para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por
processo sigiloso, judicial ou administrativo;
III - para a anotação nos assentamentos do interessado, de contestação
ou explicação sobre dado verdadeiro mas justificável e que esteja sob
pendência judicial ou amigável”.

Desta forma, a medida judicial de habeas data é cabível em três hipóteses, quais sejam: a)
assegurar à pessoa do impetrante (e não informações sobre terceiros, pois se a informação sobre
terceiros for negada aí caberá Mandado de Segurança e não habeas data) o acesso ou o
conhecimento de seus dados que constem em registro ou banco de dados, mas de entidades
governamentais ou de caráter público; b) a retificação de dados nestas entidades, ou a retificação
desses registros e c) complementação desses dados ou registros como anotações de contestação
ou explicação sobre dado verdadeiro.

Para o parágrafo único do art. 1º da Lei 9507/97 tem-se que: “Considera-se de caráter
público todo registro ou banco de dados contendo informações que sejam ou que possam
ser transmitidas a terceiros ou que não sejam de uso privativo do órgão ou entidade produtora
ou depositária das informações”.

É uma medida muito difícil de ser utilizar no processo do trabalho, não é muito comum
quanto às anteriores. Mauro Schiavi (2019, p. 1606) adverte:

“O habeas data tem raríssima utilização, pois na maioria dos casos o


mandado de segurança resolve o problema. Na esfera trabalhista, por
exemplo, podem ocorrer hipóteses de utilização como: um determinado
empregador que não tem acesso a uma lista de “maus empregadores” do
Ministério do Trabalho, ou um servidor celetista que não tem acesso ao
seu prontuário no Estado”.

61
Portanto, nota-se que a medida judicial em questão deve ser ajuizada em face de órgão
público, de entidades do governo que possuam informações a respeito do impetrante e, ou se
recusa a prestar-lhe informação, ou se recusa retificar alguma informação ou ainda, recusa em
complementar alguma informação. Assim, o empregador, seja ele pessoa física ou jurídica, não
pode ser réu nesta medida judicial.

Como deve a parte proceder para ingressar com o Habeas Data?

Inicialmente, nos termos do art. 2º da Lei 9.507/97 a parte interessada na informação


deve fazer um requerimento administrativo, somente após o indeferimento deste pedido é que
deve buscar o judiciário.

“Art. 2° O requerimento será apresentado ao órgão ou entidade


depositária do registro ou banco de dados e será deferido ou indeferido no
prazo de quarenta e oito horas.
Parágrafo único. A decisão será comunicada ao requerente em vinte e
quatro horas”.

Indeferido o pedido administrativo aí a parte terá a justificativa que precisava para


ingressar com a demanda judicialmente e nos termos do art. 8º da Lei 9507/97, sua petição inicial
deverá obedecer os mesmos requisitos da inicial do processo civil, que hoje se encontram no art.
319 do CPC.

Ainda, o próprio art. 8º, parágrafo único da Lei destaca que a petição inicial deverá ser
instruída com prova:

“I - da recusa ao acesso às informações ou do decurso de mais de dez dias sem decisão; II


- da recusa em fazer-se a retificação ou do decurso de mais de quinze dias, sem decisão; ou III -
da recusa em fazer-se a anotação a que se refere o § 2° do art. 4° ou do decurso de mais de
quinze dias sem decisão” .

Ajuizada a medida de habeas data, o juiz notificará o coator, com cópia da segunda via da
inicial, com as cópias dos documentos, para que preste informação no prazo de dez dias (art. 9º da
Lei). Após este prazo, será ouvido o Ministério Público no prazo de cinco dias (art. 12 da Lei). Após
os autos serão conclusos ao juiz para a decisão no prazo de cinco dias.

A decisão de deferimento deve seguir o art. 13 da Lei, qual seja:

“Art. 13. Na decisão, se julgar procedente o pedido, o juiz marcará data e


horário para que o coator:
I - apresente ao impetrante as informações a seu respeito, constantes de
registros ou bancos de dadas; ou
II - apresente em juízo a prova da retificação ou da anotação feita nos
assentamentos do impetrante”.

No caso de sentença conceder ou negar o habeas data no processo do trabalho caberá


recurso ordinário, no prazo legal de 8 dias, nos termos do art. 895, I da CLT (adaptando o art.15
da Lei).

A competência inicial para o habeas data no processo do trabalho seria da Vara do


Trabalho, nos termos do art. 114, I e IV da CF. Neste sentido defende Carlos Henrique Bezerra
Leite (2019, p. 1783):

“Nos domínios do processo do trabalho, parece-nos que a competência


funcional originária para processar e julgar o habeas data será, em linha
de princípio, da Vara do Trabalho, na medida em que tal demanda estará
sempre vinculada à relação de trabalho ou relação de emprego, a teor do
art. 114, I e IV, da CF, bem como na hipótese prevista no inciso VII do
mesmo artigo, salvo quando o ato de autoridade implicar, na forma da lei,
competência funcional originária dos Tribunais Regionais do Trabalho ou
do Tribunal Superior do Trabalho”.

62
Por fim, o art. 19 da Lei 9507/97 traz a prioridade de tramitação para esta medida e a
regra de competência é tratada no art. 20 da mencionada lei. Esta medida está prevista no edital
do Exame da OAB/FGV.

17. AÇÃO MONITÓRIA

A presente ação está prevista nos arts. 700 A 702 do CPC.

O art. 700 do CPC assim dispõe: “A ação monitória pode ser proposta por aquele que
afirmar, com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, ter direito de exigir do
devedor capaz: I – o pagamento de quantia em dinheiro; II – a entrega de coisa fungível ou
infungível ou de bem móvel ou imóvel; III – o adimplemento de obrigação de fazer ou de não
fazer.”.

Coisa fungível é coisa que pode ser substituída por outra de mesmo gênero, ex: café, soja,
gado, etc.

A petição inicial deverá respeitar os requisitos do art. 319 do CPC e conter o que exige o
art. 700, §§§ 2º, 3º e 4º do CPC.

O entendimento majoritário tanto na doutrina quanto na jurisprudência é de que a ação


monitória é uma ação de rito especial, o que significa que poderá ser processada na justiça do
trabalho, em razão do art. 114 da CF, quando decorrer de relação de emprego ou da relação de
trabalho, ou seja, não há dúvida para a maioria de que a justiça do trabalho, aplicando o CPC de
forma subsidiária, poderá julgar a ação monitória quando for parte no dissídio empregado e
empregador ou, trabalhador e o tomador de serviço.

18. AÇÕES POSSESSÓRIAS

As ações possessórias como o próprio nome diz estão ligadas ao direito de posse de um
determinado bem, seja móvel ou imóvel. As ações possessórias típicas previstas a partir do art.
554 e seguintes do CPC e seus efeitos a partir do artigo 1210 e seguintes do Código Civil são: a)
ação de manutenção na posse; b) ação de reintegração de posse e c) interdito proibitório.

Quando ocorrer por parte de um sujeito de direito a turbação de sua posse, tendo a mesma
sido molestada, a medida cabível é a letra a, manutenção de posse. Porém, se a posse foi
esbulhada, ou melhor, se um determinado sujeito de direito perdeu efetivamente a posse do bem,
a medida cabível será a reintegração de posse. Por fim, quando houver iminente violência ou receio
verídico de ter a posse molestada, a medida cabível será o interdito proibitório.

Deve-se observar que a justiça do trabalho somente será competente para processar e
julgar uma ação possessória se o ato de perda, manutenção ou iminente violência decorrer da
relação de trabalho, ou seja, por exemplo, um empregado que mora numa residência fornecida
pelo empregador, como parte da relação empregatícia, quando essa se rompe o empregado deve
deixar o imóvel e caso não deixe, a ação possessória será processada na justiça do trabalho.

Contudo, se a moradia se deu por um contrato de locação em separado, não sendo parte
integrante do contrato de trabalho, a discussão da posse será na justiça comum. Assim, é
perfeitamente possível um empregado ter uma reclamação trabalhista em face do empregador
sendo processada na justiça do trabalho e uma ação possessória na justiça comum, se a locação se
deu a parte do contrato de trabalho.

As ações possessórias também equivalem para bens móveis, pois o empregado, por
exemplo, pode tomar para si equipamentos de trabalho que pertencem ao empregador ou o
empregador reter em sua empresa equipamentos que pertenciam ao empregado, nesse caso a
justiça do trabalho é a competente para dirimir o conflito, tendo sempre como base legal o art.
114, I e IX da CF, além da súmula vinculante nº 23 do STF.

Por derradeiro, vale informar, que como a ação possessória é uma ação e não um recurso,
estamos diante de uma petição inicial que deve respeitar o art. 319 do CPC com as exigências dos
arts. 554 e ss também do CPC. Lembrando sempre que deve-se realizar os requerimento finais
normalmente como, intimação da parte contrária, produção de provas e atribuir um valor á causa,

63
além de requerer sempre a procedência do pedido, com liminar e multa diária se for o caso (art.
555 do CPC).

O procedimento que a ação possessória vai seguir é o procedimento comum a qualquer


reclamação trabalhista. Nessa ordem tem-se a posição de Christovão Piragibe Tostes Malta, para
quem o rito da ação possessória na Justiça do Trabalho é o da reclamação trabalhista comum
(2005:390):

“A possessória trabalhista segue o rito das reclamações comuns,


consoante a praxe, mas não há jurisprudência definitiva sobre a matéria.
O reclamado é notificado para comparecer à audiência, pode contestar, é
ouvido sobre a possibilidade de acordo, as partes produzem provas e
aduzem razões, preferindo-se finalmente sentença. Discutem os doutos
sobre o deferimento de medidas liminares na possessória. Essa
reclamatória não oferece peculiaridade em matéria de liminar. A
reintegração liminar de empregadores em imóveis ocupados por
empregados que se recusam a sair após o término do contrato de trabalho
não tem sido tolerada pela jurisprudência dominante”.

Portanto, a ação possessória processar-se-á como uma reclamação trabalhista, porém, tal
entendimento encontra divergência na jurisprudência.

Destarte, tem-se que é perfeitamente possível uma ação possessória, seja de manutenção
de posse, ou reintegração de posse ou interdito proibitório ser processada na justiça do trabalho, a
título de ilustração observe o exemplo abaixo e descubra com o professor qual seria a medida
cabível e qual o foro competente.

Em reunião no Sindicato da categoria dos trabalhadores da construção civil


da Cidade de Ponte Nova/MG, os empregados Flávio, Eduardo, Carlos,
Felipe e outros, com o apoio de toda direção do sindicato resolveram parar
com suas atividades na Fábrica de Materiais de Construção Ltda., alegando
que a empresa e o sindicato patronal não querem conceder horas extras
com adicional de 70%, reajuste salarial de 20% e cestas básicas aos
trabalhadores da construção civil. Para que a paralisação surtisse efeito
rápido os trabalhadores e alguns dirigentes do Sindicato da categoria
entraram na empresa e tomaram a posse da mesma, não permitindo a
entrada de nenhum representante da empresa, apenas dos trabalhadores
que aderissem a greve. Nessa situação hipotética, como advogado da
Fábrica de Construção Civil Ltda, qual a medida judicial a ser adotada?

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ALMEIDA, Cleber Lúcio de. Direito processual do trabalho, 2ª Ed. – Belo Horizonte: Del Rey, 2008.
GIGLIO, Wagner D. Direito Processual Trabalho, 12ª Ed. – São Paulo: Saraiva, 2002.
MALTA, Christovão Piragibe Tostes. Prática do processo trabalhista, 33ª Ed. – SP: LTR, 2005.
http://www.juslaboral.net/2009/06/acao-possessoria-trabalhista.html

19. AÇÃO DE EXIGIR CONTAS, AÇÃO ANULATÓRIA, AÇÃO CIVIL PÚBLICA E AÇÃO
COLETIVA. BREVES CONSIDERAÇÕES.

Caros alunos, como está no edital, estas medidas judicial poderão ser objetos de perguntas
ou até mesmo da peça processual, em razão disso convém dar uma atenção à mesmas.

Nesse sentido, resumidamente, temos que:

1) A ação de exigir de contas é uma medida cível prevista nos artigos 550 a 553
do CPC, podendo ser aplicada ao processo do trabalho de forma subsidiária
(art. 769 da CLT e art. 15 do CPC). Assim, quando um trabalhador ou um
tomador de serviço pretender exigir a prestação de contas da relação de
trabalho ou de emprego a justiça do trabalho será a competente (art. 114, I, da

64
CF) para julgar a respectiva ação, nos moldes do CPC, mas respeitando sempre
o procedimento ou rito trabalhista.
2) A ação anulatória é uma medida também de âmbito civil que pode ser aplicada
ao processo do trabalho, tanto para questionar a legalidade de multas aplicadas
pelo Ministério do Trabalho (no caso o legitimado seria o particular, mas
também caberia MS) ou invalidar acordo junto a CCP, quanto para questionar
cláusulas de acordo ou convenção coletiva (legitimado seria o Ministério Público
do Trabalho). Assim, as típicas ações anulatórias trabalhistas são aquelas
ajuizadas pela parte (empregado) com objetivo de anular um acordo na
comissão de conciliação prévia ou quando o MPT identifica abuso em cláusula
de acordo ou convenção coletiva e pretende anulá-la.
3) As ações civis públicas e as ações coletivas são de legitimidade
dos Sindicatos e também do Ministério Público do Trabalho
(MPT) para proteger interesse de uma determinada categoria
(OBS: arts. 81 e 82 do CDC), e deverá ser ajuizada na justiça do
trabalho, respeitando a legislação vigente e o rito processual trabalhista. Um
exemplo de ação civil pública seria a situação de uma empresa que possui
atividades insalubres e não fornece EPI’s aos seus empregados. O MPT ou o
sindicato poderiam, por meio de uma ação civil pública, ou ação coletiva, exigir
o fornecimento desses EPI’s. Ou ainda, instalação de banheiros químicos em
determinados locais de trabalho, como fazendas, para dar dignidade ao
CUIDADO COM A NOVA REDAÇÃO DA OJ 130
trabalhador.
DA SDI-II.
4) Todas essas medidas são petições iniciais que deverão cumprir os requisitos do
319 do CPC e quando discutirem relação de trabalho (salvo estatutário), em
especial a de emprego, conforme art. 114, I, da CF, serão de competência da
justiça do trabalho.

20. PROCURAÇÃO E SUBSTABELECIMENTO.

A procuração e o substabelecimento são documentos hábeis à regularização da


representação da parte dentro do processo, portanto, indispensáveis para a atuação do advogado
dentro dos autos. Súmula 383 do TST, SUMULA 427 e CUIDADO COM A 436 (de
setembro de 2012) DO TST.

Em sede de exame de ordem sempre foi objeto de prova inúmeras perguntas envolvendo
questionamentos específicos sobre procuração, procurador e substabelecimento, sendo que as
respostas sempre se encontravam em súmulas do TST e OJ’s do TST, ou no Estatuto da Advocacia.
Assim, aconselha-se ao aluno o estudo das mesmas sobre o tema em comento, em especial as OJ
374 da SDI-I do TST. E agora, em razão da alteração trazida pela Lei 12.437/2011,
atentar-se ao art. 791, §3º da CLT e OJ 286 da SDI-1 do TST, que tratam do mandato
tácito ou apud acta, que concede apenas poderes em geral ao advogado (art. 105 do
CPC), não podendo este substabelecer.
VIDE NOVAS SÚMULAS 456 e 457 DO TST. VIDE OJ 318 DA SDI-1 DO TST
(INCLUÍDO ITEM II).

ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA – SÚMULA 463 DO TST (EX-OJ 304 DA


SDI-1); OJ 269 DA SDI-1 DO TST/ART. 790, §§3º E 4º DA CLT.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – ART. 791-A, §§ 1º ao 5º DA CLT.

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO – IMPORTANTE TER A LEI QUE O REGULAMENTA NO


MATERIAL QUE SERÁ USADO NA PROVA – LEI 11.419 DE 19/12/2006, RESOLUÇÃO 1589 DE 2013
DO TST, RESOLUÇÃO 136/2014 DO CSJT E RESOLUÇÃO 185/2013 DO CNJ.

65
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
PRESIDÊNCIA

RESOLUÇÃO ADMINISTRATIVA Nº 1589, DE 4 DE FEVEREIRO DE 2013

Art. 7º O PJe-JT estará disponível 24 horas por dia, ininterruptamente, ressalvados os períodos de
manutenção do sistema.

Parágrafo único. As manutenções programadas do sistema serão sempre informadas com

antecedência e realizadas, preferencialmente, no período das 00h dos sábados às 22h do


domingo, ou no horário entre 00h e 06h nos demais dias da semana.

66
67
68
69
70
71
 PEÇA PROCESSUAL Nº 01

Branca das Neves, brasileira, casada, servente, portadora da CTPS n° 24.357/00001 PR, com
residência na Avenida das Araucárias, 1000, Araucária, PR, procurou seu escritório, onde relatou
que foi admitida pela empresa Cidade Sempre Limpa S/C Ltda., com sede na Rua do Sabão, 280,
em Araucária, no dia 01.04.2003, para prestar serviços de limpeza no pátio do edifício sede da
Prefeitura do Município, situado, na Avenida Principal, s/n°, na mesma cidade; onde eram
abastecidos os veículos da prefeitura, tendo que manter limpas inclusive as quatro bombas de
combustível existentes no local; somente em 02.072003, teve sua CTPS anotada, ocasião em que
firmou contrato de experiência pelo prazo de 90 dias (entregou-lhe uma via); foi ajustado salário
de R$ 420,00 mensais; trabalhava de segunda-feira a sábado, inclusive, sendo uma semana das
7h00min às 15h00min, na semana seguinte das 15h00min às 23h00min a na outra das 23h00min
às 7h00 do dia seguinte; não usufruía intervalo intrajornada; foi desligada da empresa em
30.09.2003, por término do contrato da experiência; no dia 11.10.2003 recebeu: 30 dias de saldo
do salário, 3/12 de férias, 1/3 da gratificação de férias e 3/12 de 13° salário, entregando-lhe neste
ato o respectivo termo da rescisão de contrato de trabalho, único documento que lhe foi fornecido
pela empresa na rescisão.
Tendo relato sua história, pergunta-lhe se tem algum haver trabalhista que não tenha sido quitado
pela empresa.
Caso entenda que a Sra. Branca possui haveres trabalhistas decorrentes do relatado contrato do
trabalho, elabore a peça processual a ser proposta.
Considere a inexistência de Comissão de Conciliação Prévia no âmbito da empresa e da categoria.
Para não identificar a prova, utilize como nome profissional Fábio Fazendo Justiça, OAB/PR n°
100.000, com escritório na Rua das Amoras, 20, Araucária, Pr.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 02

João da Silva, brasileiro, casado, auxiliar de produção, portador da CTPS n° 2384, série 0002/PR;
domiciliado na Rua dos Canários, n° 234, Bairro Sabia, Curitiba, Paraná, CEP 80123-110, foi
contratado em 04/01/1996 por Pereira e Silveira Ltda., pessoa jurídica de direito privado, inscrita
no CNPJ/MF sob n° 573.455/0001-48, com sede na Rua Comendador Macedo, n° 785, Centro, São
José dos Pinhais, Paraná, CEP 90.434-000. Foi contratado na cidade de São José dos Pinhais, no
entanto, sempre prestou serviços na cidade de Paranaguá, onde seu empregador possuía uma
filial. Sua remuneração durante todo o pacto foi de RS 1.000,00 por mês. Laborava nas mesmas
atividades e na mesma localidade que o Sr. Athena Aquitana, que, no entanto, recebia salário 50%
superior aquele recebido pelo Sr. João. Em 14 abril/03 sofreu acidente de trabalho e ficou 18 dias
afastado. Laborava das 8:00 h. as 19:00 h., com 1:00 de intervalo para alimentação e descanso, e
aos sábados das 8:00 h. as 13:00 h. Laborava em 2 domingos por mês das 8:00 as 12:00 h. Não
gozou de férias no período aquisitivo de 99/00 e 00/01. Foi dispensado em 2.6.03, com a
concessão de aviso prévio indenizado. As verbas rescisórias só foram pagas no dia 24.6.03.
Atualmente encontra-se em dificuldades financeiras, e não pode arcar com os custos do processo
sem prejuízo de seu sustento e de sua família.
Tendo o relato de sua história, verifique se o Sr. João da Silva tem algum haver trabalhista que
não tenha sido quitado pela empresa. Caso positivo, elabore a peça processual a ser proposta.
Para não identificar a prova, utilize como nome profissional: Fabio Fazendo Justiça, OAB/PR 100,
com escritório na Rua das Amoras, n° 20, Curitiba, PR, CEP 80.000-000.
Considere a inexistência de Comissão de Conciliação Prévia e que a demanda tramitará pelo rito
ordinário.

72
 PEÇA PROCESSUAL Nº 03

"A" promoveu reclamação trabalhista contra a empresa "B", pleiteando estabilidade de 12 (doze)
meses em face de ter sofrido acidente de trabalho, e ficado afastado por 14 dias. Com base no
artigo 118 da Lei no 8.213/91, requereu a nulidade da dispensa sem justa causa.
QUESTÃO: Como advogado de "B", apresente a medida judicial cabível.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 04

Agenor, empregado de Eustáquio desde 10 de dezembro de 1999, teve rescindido o contrato de


trabalho, por iniciativa da empresa, sem justa causa, em 09 de dezembro de 2001. No acerto de
contas entre as verbas rescisórias e a dívida do empregado, chegou-se à conclusão de que Agenor
ainda era devedor, em decorrência da relação de emprego, da importância de R$ 1.250,00 (um
mil, duzentos e cinqüenta reais), correspondente à indenização a que fora condenado por danos
causados à empresa por dolo. Inconformado, o empregado propôs reclamação trabalhista
pretendendo receber o aviso prévio, as últimas férias vencidas acrescidas da gratificação de 1/3, o
13° o salário proporcional, além dos depósitos do FGTS com a multa de 40% e o seguro
desemprego.
QUESTÃO: Como patrono de Eustáquio, opere em seu prol.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 05

Vara da Justiça do Trabalho julgou procedente reclamação trabalhista ajuizada por empregado
menor de 18 anos, assistido por seu responsável legal, tendo a sentença sido publicada em 13 de
dezembro de 1999 (segunda-feira). Ofertado Recurso Ordinário ao Tribunal Regional do Trabalho,
dentro do octídio, satisfeito o depósito recursal e recolhidas as custas processuais, acolheu aquele
Sodalício o apelo, sob o fundamento de ocorrência da prescrição bienal, julgando improcedente a
reclamação, e cujo acórdão veio a lume em 10 de janeiro de 2002 (quinta-feira). Inconformado, o
Reclamante, também dentro do prazo legal e recolhendo, em reversão, as custas processuais,
interpôs Recurso de Revista ao Tribunal Superior do Trabalho, cujo processamento, entretanto, foi
indeferido por despacho do presidente do Tribunal Regional do Trabalho publicado em 15 de
fevereiro de 2002 (sexta-feira), sob o argumento da falta de enquadramento nos permissivos do
artigo 896 da CLT, deixando o Reclamante transcorrer in albis o prazo para oferecimento de
qualquer medida recursal.
QUESTÃO: Como advogado, manipule o meio judicial que entender cabível em prol do Reclamante.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 06

"A" promove reclamação trabalhista contra "B", pleiteando o pagamento de verbas rescisórias não
satisfeitas, com pedido dos benefícios da justiça gratuita, instruída com a pertinente declaração,
firmada sob as penas da Lei no 7.115 de 29/08/83, de que sua situação financeira não lhe permitia
demandar sem prejuízo próprio ou da família. O pedido foi indeferido e, julgada improcedente a
reclamação, "A" foi condenado a pagar as custas processuais. Oferecendo recurso ordinário ao
Tribunal Regional do Trabalho, em que reiterou o pedido de isenção de custas, "A" não as satisfez,
pelo que teve indeferido o seu processamento, por deserto.
QUESTÃO: Como advogado de "A", exercite o meio útil aos interesses de seu cliente.

73
 PEÇA PROCESSUAL Nº 07

Versando a reclamação trabalhista, entre outros, sobre pedido de adicional de periculosidade na


base de 30% do salário auferido pelo Empregado, a sentença de mérito, transitada em julgado,
reconheceu a procedência parcial do pleito relativamente a alguns pedidos, tendo fixado o
percentual do adicional de periculosidade em 30% do salário mínimo. Ofertados os cálculos pelo
Reclamante, o fez com aplicação de 30% de seu salário. Impugnados os cálculos pela Reclamada
ao fundamento de que a decisão liquidanda determinará a aplicação do percentual de 30% do
salário mínimo, mesmo assim entendeu o Juízo da Execução fixar a aplicação do percentual sobre o
salário do Empregado, ao argumento de ocorrência de mero e evidente erro de digitação na
sentença de mérito, o que manteve na apreciação dos Embargos à Execução ofertados pela
Executada.
QUESTÃO: Como advogado, oferecer a medida judicial que entender cabível em prol da
Reclamada.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 08

ANA DOS COLCHETES, qualificada na inicial, por seu advogado, promoveu Reclamação Trabalhista
contra a empresa TRIÂNGULO COMÉRCIO DE ARMARINHOS LTDA, qualificada na defesa, também
por seu advogado.
Alegou que foi contratada pela referida empresa em 02/05/1999, trabalhando sem registro em
CTPS até 05/11/2001, quando foi injustamente despedida. Que cumpria jornada diária de segunda
a sexta-feira, das 07h00min às 20h00min horas, com intervalo de uma hora para refeição, sendo
que nos sábados o horário era das 08h00min às 12h00min horas.
Que recebia dois salários mínimos por mês, tendo a função de vendedora de roupas íntimas, de
“porta em porta”. Nunca recebeu ou gozou férias, tampouco gratificação natalina. Pediu declaração
de vínculo empregatício, com anotação em CTPS, horas extras, como tais às excedentes de oito
diárias e quarenta e quatro semanais, aviso prévio, férias integrais e proporcionais, com acréscimo
de 1/3, gratificações natalinas, FGTS com multa e liberação de guias para ingresso no programa do
seguro desemprego. Regularmente citada, a reclamada se defendeu alegando que a autora não
era sua empregada e que jamais teve com ela qualquer relação jurídica, inclusive desconhecia a
pessoa (da reclamante), mesmo porque esta nunca esteve nas dependências da empresa
demandada, que por tais razões não prestava horas normais ou extras, daí porque improcedentes
também os pedidos de aviso prévio, férias, gratificação natalina, FGTS com multa e seguro
desemprego.
Realizada a instrução processual, o Juiz tomou o depoimento das partes, tendo a autora ratificado
os termos da reclamatória e o réu a sua contestação, acrescentando que trabalham na empresa
mais de dez empregados e que todos sempre foram devidamente registrados. As partes não
ouviram testemunhas e a instrução foi encerrada, com a proposta conciliatória recusada. Foi
proferida sentença de mérito e as partes dela foram regularmente intimadas, contendo a decisão:
DO VÍNCULO DE EMPREGO: com razão a reclamante. A reclamada singelamente alegou que
desconhecia a autora, atraindo para si o ônus da prova. Assim, resta reconhecida a existência de
relação de emprego entre as partes, devendo a reclamada anotar a CTPS, bem como a pagar férias

74
com 1/3, gratificações natalinas, aviso indenizado, os consectários de sua projeção no tempo de
serviço e a pagar, diretamente os valores de FGTS com a multa legal e ainda a indenizar as
parcelas do seguro desemprego; DAS HORAS EXTRAS – PRESUNÇÃO LEGAL: quanto às horas
extraordinárias também reconheço como devidas, eis que tendo a reclamada mais de dez
empregados, deveria obrigatoriamente apresentar o controle de jornada, nos termos do parágrafo
2° do art. 74 da CLT. Assim defere-se como extras as excedentes de oito ao dia ou 44ª semanais,
com integração e reflexos em repousos, férias, décimos terceiros, aviso e FGTS; ENCARGOS
PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS: a matéria há que ser pronunciada de ofício, eis o caráter cogente
que a envolve. Entende este Juízo ser incompetente para determinar o desconto e recolhimento de
IMPOSTO DE RENDA. Com relação ao INSS, ante o teor do art. 114 da CF/88, é competente esta
Justiça para apreciar e julgar a matéria. Todavia, considerando que o empregador não procedeu
aos descontos na época própria, deve arcar com os valores incidentes da parte do empregado;
DOS HONORÁRIOS: condena-se a reclamada a pagar honorários no importe de 20% sobre o valor
dado à causa, em face do princípio da sucumbência dimanado do art. 133 a CF e das disposições
específicas do Código de Processo Civil; CORREÇÃO MONETÁRIA: a tradição legal exaurida nas
sucessivas normas que cuidaram da matéria e pelo princípio da aplicação da regra mais favorável,
as parcelas serão corrigidas pelos índices do mês da prestação do serviço. DISPOSITIVO: ANTE O
EXPOSTO, decide esta 21ª Vara do Trabalho, ACOLHER INTEGRALMENTE os pedidos formulados
por ANA DOS COLCHETES, CONDENANDO a ré TRIÂNGULO COMÉRCIO DE ARMARINHOS LTDA,
reconhecendo o vínculo de emprego: a) proceder a anotação da CTPS da autora, como pedido na
inicial; b) pagar gratificações natalinas, férias com 1/3, aviso, FGTS com multa legal e indenização
de seguro desemprego; c) horas extras e reflexos; d) não se autoriza dedução de valores a título
de previdência social como também o imposto de renda; e) correção monetária conforme a
fundamentação, devendo observar-se o índice do próprio mês da prestação do serviço. Juros, na
forma da lei; f) custas, pelo réu, sobre o valor arbitrado à causa, de R$ 10.000,00 importando
aquelas em R$ 200,00. Cumpra-se no prazo legal. Antecipada a prolação, intimem-se as partes.
Nada mais.
(assinatura)
Juiz do Trabalho
Como advogado da reclamada interponha o recurso cabível à instância superior, confirmando e
discriminando o cumprimento dos requisitos formais de admissibilidade e conhecimento utilizando,
no mérito de fundamentos recursais diretos.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 09

João Protetor, brasileiro, casado, vigilante, portador da CTPS n° 3333, Série 033, residente e
domiciliado na Rua Rui Barbosa, n° 33, Curitiba, Paraná, CEP 80.100-000, ingressou com
reclamatória trabalhista RT 100.000/2004, tramitando perante a 21ª Vara do Trabalho de Curitiba,
Paraná), ajuizada em 10/02/2004 em face de Segurança Total Ltda. (1ª reclamada), pessoa
jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n° 111.111.111/0001-11, com sede na Rua das
Flores, n° 22, Curitiba, Paraná, CEP 81.111-111 e Banco Explorando S/A, pessoa jurídica de
privado, inscrita no CNPJ sob o n° 222.222.222/0001-22, com sede na Rua das Águas, n° 221,
Curitiba, Paraná, CEP 82.222-222 (2ª reclamada). O reclamante alegava ter sido contratado pela

75
empresa reclamada em 10.04.1995, na função de vigilante, para prestar serviços no
estabelecimento da segunda reclamada. Em razão disto, pretendia o reconhecimento de vínculo
empregatício diretamente com a segunda reclamada, com as devidas anotações em CTPS.
Sucessivamente, requeria a condenação solidária do banco reclamado pelas verbas trabalhistas
supostamente suprimidas pelo real empregador, qual seja a primeira reclamada. Cumpria jornada
de trabalho de segunda a sexta-feira, das 8h00 às 17h00, com 30 minutos de intervalo
intrajornada, e aos sábados das 8h00 as 12h00. Em duas ocasiões na semana, geralmente nas
segundas e quintas-feiras, o reclamante alegava prorrogar sua jornada até as 18h00, sem nunca
ter recebido o pagamento de horas extras. Por prestar seus serviços em agência bancária, o
reclamante postulava o pagamento de horas extraordinárias a partir da 6ª diária e 30ª semanal.
Alegava ainda que até o mês de novembro de 1.998 recebia gratificação mensal adicional de R$
100,00, espontaneamente paga pelo empregador, sendo tal parcela suprimida a partir de então,
requerendo o pagamento das parcelas em atraso desde a referida supressão. Foi dispensado sem
justa causa em 12.12.2003. Atribuiu valor da causa em R$ 20.000,00.
A primeira reclamada foi notificada via postal, no endereço Rua das Flores, n° 22, Curitiba, Paraná,
CEP 81.111-111; em 20.02.2004, para comparecer em audiência una a ser realizada no dia
05.04.2004, bem como, para apresentar defesa e prestar depoimento. Sob pena de revelia e
confissão. A segunda reclamada foi igualmente notificada via postal em 20.02.2004 a respeito da
audiência una a ser realizada no dia 05.04.2004, para apresentar defesa e prestar depoimento, sob
pena de revelia e confissão, porém a referida notificação foi enviada por engano para o endereço
Rua das Águas, n° 2.221, Curitiba, Paraná, CEP 80.200-00.
No dia 05.04.2004 foi realizada audiência una, na qual compareceu apenas o reclamante, em um
depoimento pessoal informou o seguinte: "Foi contratado em 10.04.1995, como vigilante, pela
primeira reclamada, mas sempre prestou serviços no estabelecimento da segunda reclamada. Sua
jornada era fiscalizada pelo supervisor de segurança da primeira contratada, sendo por esta
empresa também remunerado. Nunca recebeu ordens de qualquer preposto da segunda
reclamada, bem como não atuava em atividades bancárias propriamente ditas, mas apenas fazia a
vigilância do banco. Cumpria jornada de trabalho de segunda a sexta-feira, das 8h00 às 17h00,
com 1h00 de intervalo, salvo em uma ocasião na semana, quando usufruía apenas 30 minutos. Aos
sábados o trabalho era das 8h00 as 12h00. Uma vez ao mês, em média, estendia seu trabalho até
as 18h00. Recebeu algumas horas extras, como constam nos contracheques juntados por ele com
a petição inicial, mas acredita que existam diferenças não pagas. Nada mais”. Em 01.10.2004 foi
prolatada sentença, declarando as duas reclamadas revéis, pois, embora notificadas via postal, não
compareceram na audiência. Assim, a decisão judicial considerou que se presumem verdadeiros os
fatos alegados pelo reclamante na peça vestibular, reconhecendo o vínculo empregatício
diretamente com a segunda reclamada, determinando a anotação da CTPS do reclamante após o
trânsito em julgado, sob pena de ser realizado pela Secretaria da Vara. Considerou também ambas
as reclamadas solidariamente responsáveis pelo pagamento dos valores acolhidos em sentença.
Reconheceu como verdadeira a jornada de trabalho alegada pelo reclamante na petição inicial,
condenando ao pagamento de horas extraordinárias, inclusive quanto ao intervalo intrajornada
diário suprimido, calculadas a partir da 6ª diária e 30ª semanal, já que o reclamante trabalhava em
agência bancária. Determinou também o pagamento da gratificação adicional de RS 100,00
mensais, devidas desde novembro até a rescisão contratual. Juros e correção monetária na forma

76
da lei. Por fim, a sentença vedou a realização de qualquer retenção referente a contribuições
previdenciárias do total devido ao reclamante, considerando a Justiça do Trabalho incompetente
para determinar as ditas retenções previdenciárias. Fixou a condenação em RS 40.000.00, e custas
de R$ 800,00.
Em 19.10.2004 (terça-feira), a segunda reclamada foi intimada pessoalmente da sentença, através
de oficial de justiça, quando então tomou conhecimento da presente ação. No mesmo dia, o Banco
Explorando S/A procura seu escritório de advocacia, informando que somente tomou conhecimento
da reclamatória trabalhista proposta por João Protetor naquele momento, sendo que não recebeu
qualquer notificação anterior. O Cliente vai ao seu escritório e leva consigo uma cópia integral dos
autos, esclarecendo que jamais controlou as atividades ou horários do reclamante, pois o mesmo
não era seu empregado, mas mero prestador de serviço terceirizado apresentando-lhe o Contrato
de Prestação de Serviços firmando com a empresa Segurança Total Ltda., em cuja cláusula
segunda consta a inexistência de responsabilidade do Contratante pelos haveres trabalhistas dos
empregados da Contratada envolvidos na execução dos serviços contratados. Seu cliente outorga-
lhe procuração ad judicia neste momento, entregando-lhe também uma cópia de seu Estatuto
Social e guias GFIP e DARF pagas, relativas ao depósito recursal e custas, respectivamente.
Diante do exposto por seu cliente, elabore a peça processual cabível.
Dados complementares:
5) A data a constar na peça processual deve corresponder ao último dia do prazo
processual respectivo à medida que deve ser adotada.
6) Informar, na petição, o pagamento de depósito recursal e custas processuais
que foram efetuados pelo seu cliente.
ATENÇÃO: não identifique a prova. Se achar necessário use o nome fictício Armando A. Justiça,
OAB/PR 2005, escritório profissional na Rua da Paz n° 20.000, Curitiba, Paraná, CEP 80.333-333.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 10

JOAQUIM MANOEL, brasileiro, solteiro, professor, portador da CTPS n° 2874, série 0001/PR,
domiciliado na Rua Vitória, n° 800, Bairro da Boemia, Curitiba, Paraná, CEP 86.500-100, vinha
prestando serviços à UNIVERSIDADE SÃO LUCAS, entidade com curso superior, estabelecida na
Rua dos Estudantes, n° 1.000, Bairro: Centro Universitário, na cidade de Curitiba. A despedida sem
justa causa operou-se no curso das férias escolares, ciente a empregadora que assalariado era
diretor do sindicato de classe, com mandato vencido exatamente no dia da dispensa. JOAQUIM
MANOEL cumprira 1 ano e cinco meses de contrato de trabalho e recusou-se a receber da empresa
as verbas rescisórias. A Universidade não lhe pagou o salário do período dos exames escolares,
apesar de admitir o débito, entregando ao obreiro um documento com tal afirmação.
QUESTÃO: Como advogado do reclamante pleiteie todos seus direitos trabalhistas, com base na
história acima relatada.
Para não identificar a prova, utilizar como nome profissional: Carlos Sabe Tudo, OAB/PR 150, com
escritório na Rua dos Missionários, n° 10, Curitiba, PR, CEP 80.000-000.
Considere a inexistência de Comissão de Conciliação Prévia e que a demanda tramitará pelo rito
ordinário.

77
 PEÇA PROCESSUAL Nº 11

MARIA JOSÉ, brasileira, solteira, telefonista, portadora da CTPS n° 18300/500, residente e


domiciliada na Av. República, n° 1.120, Bairro Aquário, na cidade de Paranaguá. A obreira foi
contratada no dia 10/01/2004, mediante salário de R$ 600,00 (seiscentos reais), por mês. Para
trabalhar na empresa ELDORADO TELECOMUNICAÇÕES LTDA, pessoa jurídica de direito privado,
inscrita no CNPJ/MF sob o n° 120.002.458/0001-50, estabelecida na Rua João Martins Coelho, n°
450, Londrina, Paraná. No início do pacto laboral fora contratada para trabalhar na cidade de
Paranaguá/PR, sendo transferida definitivamente para a cidade de Londrina, no dia 10/05/2004.
Durante todo o contrato de trabalho a reclamante trabalhava das 08h00min às 18h00min horas,
com 02 horas de intervalo para refeição e descanso, de segunda a sexta-feira, não laborando aos
sábados e domingos. A empresa há 04 meses não efetua os pagamentos dos salários da obreira,
tornando-se insustentável a manutenção do contrato de trabalho. Ademais, a reclamada jamais
efetuou qualquer depósito na conta vinculada do FGTS.
QUESTÃO: Como advogado da reclamante promova a medida judicial cabível perante o foro
competente pleiteando o que de direito para o seu cliente.
Para não identificar a prova, utilizar como nome profissional: Fábio Fazendo Justiça, OAB/PR 100,
com escritório na Rua das Amoras, n° 20, Curitiba, PR, CEP 80.000-000.
Considere a inexistência de Comissão de Conciliação Prévia e que a demanda tramitará pelo rito
ordinário.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 12

JOSÉ DA SILVA, brasileiro, casado, metalúrgico, portador da CTPS n° 20562/003, residente e


domiciliado na Rua Japão, n° 160, Bairro das Nações, Londrina, Paraná, admitido em 20/06/2003,
na empresa METALÚRGICA JODASIL LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF
sob o n° 120.698.698/0001, estabelecida na Rua Arapongas, n° 1.200, Distrito Industrial,
Londrina/PR, para exercer as funções de torneiro mecânico, percebendo como último salário a
quantia de R$ 1.830,00, por mês, sendo eleito dirigente sindical no dia 20/10/2003. Todavia, na
data de 01/12/2004, durante greve na empresa, agrediu fisicamente o diretor da empresa, bem
como depredou vários veículos desta. A greve foi considerada ilegal e abusiva pelo TRT.
QUESTÃO: Como advogado da Empresa exercite os meios à dispensa por justa causa do
empregado. Para não identificar a prova, utilizar como nome profissional: ARNALDO HORAS
EXTRAS, OAB/PR 150,0 com escritório na Rua dos Advogados, n° 555, PR, CEP 86.000-000.
Considere a inexistência de Comissão de Conciliação Prévia e que a demanda tramitará pelo rito
ordinário.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 13

O empregado JOÃO DAS NEVES, brasileiro, solteiro, portador da CTPS n° 2874, série 0001/PR;
domiciliado na Rua Pedro de Toledo, n° 500, Bairro Paraíso, Londrina, Paraná, CEP 17.500-400,
distribuiu, em 11 de agosto de 2004, Reclamação Trabalhista em face da empresa YOKI S/A,
pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o n° 678.730.120/0001-48, com sede
na Rua Sampaio Vidal, n° 600, Centro, Londrina, Paraná, CEP 70.500-200, alegando, em síntese,
que trabalhou desde novembro de 1991 até o dia 04 de fevereiro de 2004, ocasião em que sofreu
dispensa sem justa causa e recebeu as verbas rescisórias tempestivamente.
Teve como última remuneração a quantia de R$ 2.500,00. Ainda que ausente a causa de pedir,
elaborou pedido relacionado à equiparação salarial com paradigma inominado. Requer o

78
pagamento do vale transporte de todo o período contratual embora sempre se tenha deslocado em
veículo próprio.
QUESTÃO: Como advogado da reclamada apresentar a defesa apropriada ao caso. Para não
identificar a prova, utilizar como nome profissional: JOÃO CAÇAMBA, OAB/PR 100, com escritório
na Rua São Vicente, n° 200, Londrina, PR, CEP 80.000-000.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 14

JOSÉ PRAXEDES, brasileiro, solteiro, portador da CTPS n° 2874, série 0001/PR; domiciliado na Rua
Goiás, n° 150, Bairro São Miguel, Londrina, Paraná, CEP 17.500-400, foi contratado pela empresa
DLX Ltda., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o n° 678.730.120/0001-48,
com sede na Rua Vicente Ferreira, n° 600, Centro, Londrina, Paraná, CEP 70.500-200. O Sr. José
Praxedes foi admitido no dia 21/01/1990, como vendedor. Em sua CTPS constava que seu contrato
de trabalho estava enquadrado no artigo 62, I, da CLT.
Cumpria jornada de trabalho das 07h30min às 19h30min horas, com 30 minutos de intervalo para
refeição e descanso, de segunda a sábado, folgando aos domingos. Para desempenho da suas
funções, a empresa lhe forneceu BIP, carro e custeava 200 litros de combustível por mês. Em
21.01.1999, aposentou-se por tempo de serviço, mas continuou a trabalhar para a Reclamada, nas
mesmas condições. Foi dispensado sem justa causa em 14.12.2003, quando percebia remuneração
média mensal de Rs 1.500,00. Quando da homologação da rescisão, constatou que a multa de
40% do FGTS somente incidiu sobre os depósitos efetuados a partir de sua aposentadoria, e não
de todo o período trabalhado. Propôs Reclamatória Trabalhista perante o Juízo do Trabalho de
Londrina, pleiteando horas extras e reflexos ante a extrapolação da jornada diária de 8 horas;
horas de sobreaviso, em virtude do uso do BIP; integração do salário utilidade (carro e
combustível) na remuneração e reflexos nas demais verbas do contrato; diferença da multa de
40% sobre o FGTS do período anterior a aposentadoria.
QUESTÃO: Como advogado da empresa, apresente a peça processual adequada, fundamentando-
a. Para não identificar a prova, utilizar como nome profissional: Sérgio Gratão, OAB/PR 500, com
escritório na Rua das Tupã, n° 100, Londrina/PR, CEP 80.000-000.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 15

Joaquim Manoel, brasileiro, solteiro, portador CTPS 2874, série 0001/PR; domiciliado na Rua Mato
Grosso, n° 100, Bairro São Judas, Curitiba, Paraná, CEP 17.500·400, foi contratado pela empresa
TAUSTE LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob n° 678.730.120/0001-
48, com sede na Rua Vicente Ferreira, n° 600, Centro, Londrina, Paraná CEP 70.500-200, na
função de vendedor externo, trabalhando na referida empresa de 16. 02.91 até 05.10.99 quando
foi dispensado sem justa causa, com aviso prévio indenizado. Recebeu as verbas rescisórias no dia
14.10.99 enquanto a homologação ocorreu somente no dia 13.12.99. No dia 17 de dezembro de
1999, distribui sua Reclamação trabalhista perante uma das Varas do trabalho de Londrina,
pleiteando o seguinte: reintegração ao emprego com base no artigo 118 da Lei 8213/91, pois
esteve afastado 15 (quinze) dias no mês de setembro de 1999 em decorrência de acidente de
trabalho; horas extras e reflexos, já que trabalhava das 8h00min às 19h00min de segunda a
sexta-feira sem qualquer intervalo intrajornada; multa do artigo 477, parágrafo 8° da CLT.
QUESTÃO: Como advogado da empresa, apresentar a defesa cabível.
Para não identificar a prova, utilizar como nome profissional: Fabio Fazendo Justiça, OAB/PR 100,
com escritório na Rua das Amoras, n° 20, Curitiba, PR, CEP 80.000-000.

79
 PEÇA PROCESSUAL Nº 16

O empregado CARLOS EDUARDO, brasileiro, casado, portador da CTPS n° 2874, série 0001/PR;
domiciliado na Rua Rio Grande do Sul, n° 100, Bairro São Judas, na cidade de Curitiba, Paraná,
CEP 17.500-400, foi contratado como vendedor externo pela empresa ONIX LTDA., pessoa
jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob n° 678.730.120/0001-48, com sede na Rua São
Luis, n° 600, Centro, na cidade de Londrina, Paraná, CEP 70.500-200. O obreiro desenvolvia suas
atividades nas cidades de Londrina, Cornélio Procópio e Maringá, estando subordinado a matriz na
cidade de Londrina. Foi despedido, recebeu seus direitos, ingressando com uma reclamação
trabalhista na cidade de Curitiba, por ser este seu domicílio. QUESTÃO: Como advogado da
empresa elabore a peça cabível.
Para não identificar a prova, utilizar como nome profissional: FLÁVIO CORNÉLIO, OAB/PR 1001,
com escritório na Av. das Esmeraldas, n° 1120, Curitiba, PR, CEP 80.000-000.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 17

O empregado JOÃO CARLOS, brasileiro, casado, portador da CTPS n° 2874, série 0001/PR;
domiciliado na Rua São Paulo, n° 100, Bairro São Lucas, na cidade de Curitiba, Paraná, CEP
17.500-400, trabalhava na empresa JATO LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no
CNPJ/MF sob n° 678730.120/0001-48, com sede na Rua Santo Agostinho, n° 400, Centro, na
cidade de Curitiba, Paraná, CEP 70.500-200, desde 09.10.1995. Em 02.03.2004, recebeu aviso
prévio, determinando que o cumprisse trabalhando até 01.04.2004, uma vez que a filial iria fechar,
portanto, extinguir-se. Em 20.03.2004, o empregado João Carlos efetuou sua candidatura como
dirigente sindical. Quando do prazo final de seu aviso prévio, o mesmo recusou a receber as verbas
rescisórias, sob alegação que tinha estabilidade e promoveu reclamação trabalhista.
QUESTÃO: Como advogado da empresa elabore a peça adequada.
Para NÃO identificar a prova, utilizar como nome profissional Ana Paula Cicareli, OAB/PR 100, com
escritório na Rua do Amor, n° 51, Curitiba, PR, CEP 80.000-000.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 19

O Banco G.O.L. S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNP]/MF sob n°
678.730.120/0001-48, com sede na Rua Tio Patinhas, n° 500, Centro, na cidade de Londrina,
Paraná, CEP 70.500-200, em liquidação extrajudicial, demitiu, sem justa causa, após 8 anos e 3
meses de prestação de serviços, a gerente de uma de suas agências, Srta. Vitória, brasileira,
casada, portadora da CTPS n° 2874, série 0001/PR; domiciliada na Rua São João, n° 100, Bairro
São Judas, na cidade de Curitiba, Paraná, CEP 17.500-400, ocasião em que percebia o salário de
R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais), mais gratificação de função correspondente a 1/3 do
salário. Por ocasião do pagamento das verbas rescisórias, o banco não conseguiu descontar o valor
de empréstimo de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais) anteriormente concedido a ex-empregada,
uma vez que outros descontos já haviam atingido o valor de uma remuneração. Faltando um mês
para se vencer o biênio prescricional, a ex-empregada, assistida por advogado de seu sindicato de
classe, sem apresentar declaração de insuficiência financeira, ajuizou reclamação trabalhista,
pretendendo, já que sempre laborara, de segunda a sexta-feira, 8 horas diárias, a condenação do
Banco, no pagamento de 2 horas extras diárias com os acréscimos legais, bem como de sua
integração em férias, 13° salários, descansos semanais, FGTS e aviso prévio, tudo acrescido de
juros e correção monetária, além da condenação em honorários advocatícios a razão de 20°/. Deu
à causa o valor líquido de R$ 38.500,00 (trinta e oito mil e quinhentos reais), sendo R$32.500,00

80
(trinta e dois mil e quinhentos reais) pelas horas extras e R$ 6.000,00 (seis mil reais) pelas
integrações.
QUESTÃO: Como advogado do Banco, e levando em conta que a reclamante realmente trabalhava
8 horas por dia, apresente a defesa cabível.
Para não identificar a prova, utilizar como nome profissional; Jorgina Araújo, OAB/PR 17.171, com
escritório na Rua dos Estelionatários, n° 150, Curitiba, PR, CEP 80.000-000.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 20

MANOEL CARLOS promoveu reclamação trabalhista contra a empresa SALUTAR S/C LTDA
pleiteando adicional de insalubridade. Quando da realização da prova pericial, o local de trabalho
não mais existia, em razão de a empresa ter mudado de endereço. O reclamante então requereu
prova emprestada, o que foi aceito pelo juiz, apesar dos protestos da empresa “SALUTAR S/C
LTDA". Apresentando laudo feito em outra empresa, em setor semelhante aquela em que “MANOEL
CARLOS" trabalhava, foi apurado ser o serviço insalubre. Com base nesse laudo (prova
emprestada) a Vara do Trabalho condenou a empresa a pagar o referido adicional de insalubridade.
QUESTÃO: Como advogado da empresa postule a medida judicial cabível.
Para não identificar a prova, utilizar como nome profissional Napoleão Arcanjo, OAB/PR 1200, com
escritório na Rua Venâncio de Souza, n° 880, Curitiba, PR, CEP 80.000·000.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 21
"LUIS SÉRGIO" promoveu reclamação trabalhista contra a empresa "FOTOPOLIMERO LTDA"
pleiteando horas extraordinárias e as conseqüentes integrações. A reclamada contestou o pedido,
sustentando que nada era devido por horas extraordinárias uma vez que o reclamante assinou
acordo de compensação de horas. Juntou documentos inclusive os cartões de ponto e o referido
acordo. Quanto do depoimento pessoal do preposto da empresa “FOTOPOLIMERO LTDA", este
perguntado afirmou que era recente na empresa e que não tinha trabalhado junto com "LUIS
SÉRGlO". O juiz encerrou a instrução e aplicou a empresa a pena de confissão, sob a alegação de
que o preposto por não ter trabalhado com o reclamante não podia saber dos fatos, apesar dos
protestos do patrono da empresa, condenando-se em horas extras, desconsiderando inclusive a
documentação anexada. Custas no valor de R$ 20,00 calculadas sob o valor da condenação
arbitrada em R$1.000,00.
QUESTÃO: Como advogado da empresa promova a medida judicial cabível.
Para não identificar a prova, utilizar como nome profissional Andréa Jeanne Ântico, OAB/PR 1200,
com escritório na Rua Limeira, n° 620, Paranaguá, PR, CEP 80.000-000.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 22

"ZELINDA CARDOSO, empregada doméstica ajuizou em face de sua antiga empregadora MARIA DO
CARMO, reclamação trabalhista postulando pagamento de aviso prévio correspondente a 30 dias,
visto que não foi concedido quando da rescisão contratual. O pedido é julgado procedente,
condenando-se a empregadora a pagar a empregada o aviso prévio cobrado, arbitrando-se, para
condenação, o valor de R$ 800,00. Inconformada, a empregadora interpõe Recurso Ordinário, em
petição que se faz acompanhar de um único documento, correspondente ao comprovante de

81
recolhimento das custas processuais. Alega, no recurso, que a Lei n° 5.859/72 não concede a
empregada doméstica o direito a aviso prévio, não sendo aplicável o art. 487, da CLT, por conta do
artigo 7° “a” da mesma CLT".
QUESTÃO: Como advogado da empregada doméstica, sendo intimado do recebimento do recurso
ordinário da empregadora, apresentar a peça processual adequada.
Para não identificar a prova, utilizar como nome profissional Maria José, OAB/PR 1200, com
escritório na Rua das Cobras, n° 120, Paranaguá, PR, CEP 80.000-000.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 23

O empregado "TEOFRASTRO" ajuizou reclamatória contra empregador "MABEL S/A", pleiteando


equiparação e, por decorrência, apenas diferença de salário entre o que recebia e o que era pago
ao paradigma. A Vara do Trabalho, com base em revelia, julgou procedente a reclamatória,
condenando “B” a pagar diferenças de salário e reflexos nas férias, 13° salário, FGTS acrescido da
multa de 40%, nas horas extras e prêmios, tudo o que o paradigma recebia.
QUESTÃO: Como advogado da empresa MABEL S/A, "entrar com medida processual adequada, em
defesa enchente, justificando e fundamentando a solução adotada e resumindo as frases de seu
procedimento”.
Para não identificar a prova, utilizar como nome profissional NATALIA POMPEU, OAB/PR 1200, com
escritório na Rua do Amor, n° 4500, Londrina/PR, CEP 80.000-000.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 24
O empregador "COSTA E SILVA - ME" foi condenado a pagar ao empregado "ROSEMIR ANTUNES"
os direitos pretendidos por este em reclamação trabalhista. Ficou comprovado nos autos que o
empregado agredira um colega em plena jornada de trabalho, porém a sentença foi desfavorável
ao empregador nessa parte, mas em contrapartida a mesma sentença eximiu o empregador de
pagar honorários ao reclamante. O reclamado não recorreu porque seu advogado fora vítima de
mal súbito. O empregado, porém, ofereceu recurso ordinário da não condenação da empresa em
honorários advocatícios. "COSTA E SILVA - ME" foi notificado para apresentar suas "contra-razões".
QUESTÃO: Como advogado de "COSTA E SILVA - ME" ingresse com a medida processual cabível,
visando reverter à sentença, justificando e fundamentando a solução adotada.
Para não identificar a prova, usar como nome profissional: Maria José, OAB/PR 1200, com
escritório na Rua das Cobras, n 120, Paranaguá, PR, CEP 80.000-000.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 25

Em determinado processo trabalhista, ajuizado em 02.02.2004, em que o reclamante “JOÃO DA


SILVA" buscava o reconhecimento de vínculo emprego, supostamente havido entre 15/03/1990 e
01/12/2004, e pagamento de horas extras de todo o período, embora não citada, a reclamada
"EMBRAS S/C LTDA" toma o conhecimento da existência da ação apenas na véspera da audiência,
à qual comparece, para postular o seu adiamento. O pedido de adiamento é indeferido, sob
protestos, entendendo o juiz que o comparecimento da reclamada supriria a falta de citação.
Decretada a revelia e considerada a reclamada confessa, o juiz acolhe integralmente os dois
pedidos.

82
QUESTÃO: Como advogado da reclamada, apresentar a medida processual cabível, com a devida
fundamentação legal. Para não identificar a prova, utilizar como nome profissional ROSEMIR
HOMEM ARANHA, OAB/PR 1200, com escritório na Rua Paraná, n° 1050, Paranaguá, PR, CEP
80.000-000.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 26

“A” promoveu reclamação trabalhista contra empresa "B", pleiteando equiparação salarial com o
paradigma “C”.
A empresa “B” contestou o feito, alegando a existência de diferença de termo de serviço superior a
dois anos. Alegou ter sido o paradigma admitido em 25 de julho de 1990, como ajudante
mecânico, tendo sido promovido a mecânico em 10 de agosto de 1996, e o Reclamante em 19 de
outubro de 1993, como ajudante de mecânico, tendo sido promovido a mecânico em 10 de agosto
de 1996. A Vara do Trabalho julgou procedente a Reclamação. Pela reclamada foi interposto
recurso ordinário sob o mesmo fundamento da defesa, e o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho
da 9ª Região, deu-lhe provimento, julgando improcedente a reclamatória.
QUESTÃO: Como advogado de “A”, aja na forma adequada à defesa dos direitos do constituinte.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 27

Tomi Lee Gando, brasileiro, casado, técnico eletricista, portador de CTPS n° 01010, série 010,
inscrito no PIS sob n° 010.010.010-10 e no CPF/MF sob n° 11 1.111.111-11, residente e
domiciliado na Rua das Luzes, n° 20, Curitiba/PR, CEP 80.111-111, procura-o em seu escritório de
advocacia, pretendendo ingressar com Ação Judicial para receber direitos que entende sonegados
por seu empregador L&VE Choque Ltda., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF
sob n° 001001.001/0001·01, com sede na Avenida das Araucárias, n° 222, Curitiba/PR, CEP
80.222-222, narrando ter sido contratado em 01.02.2001, para trabalhar como técnico eletricista
na sede da empresa empregadora, entregando-lhe neste momento o contrato de trabalho
assinado. Recebe salário mensal atual de R$ 800,00, constantes dos recibos salariais que lhe são
entregues neste momento, Além do salário constante dos contra-cheques, Tomi recebia ainda R$
200,00 mensais, pagos extra-folha, os quais nunca foram considerados no cômputo dos demais
direitos trabalhistas.
Esclarece que cumpria jornada de trabalho variada, trabalhando seis dias da semana e usufruindo
uma folga semanal, conforme escala. Os horários de trabalho eram semanalmente alternados, de
forma que em uma semana trabalhava das 7h20min às 15h20min, na outra das 15h20min às
23h10min, e em outra das 23h10min às 6h20min, sempre com 40 minutos de intervalo
intrajornada. Saiba que nos últimos dois anos havia um acordo coletivo que autorizava a redução
do intervalo para refeição. Além destes horários, durante os cinco últimos dias de cada mês, Tomi
realizava duas horas suplementares por dia, para dar conta do excesso de serviço havido nesta
época. Permanecia ainda, uma vez por semana, em plantão de doze horas em sua residência,
aguardando a ser chamado para trabalhar, caso ocorresse alguma pane elétrica na empresa.
Apesar destes horários de trabalho, nunca recebeu horas extras ou quaisquer outros valores que
não fossem o salário fixo de R$ 800,00 e o valor extra-folha de R$ 200,00. Enquanto técnico
eletricista, Tomi efetuava a instalação, conservação e os reparos em fusíveis e condutores, armava
e desarmava chaves no quadro de força elétrica da empresa, realizando manutenção no interior da
cabine de distribuição de alta voltagem com rede energizada. Por fim, Tomi conta que desde o mês
de maio/2005 não recebe salários, bem como sabe que o FGTS não tem sido mais depositado,
apresentando-lhe o extrato de sua conta vinculada, cujo último depósito foi no mês de abril/2005.
Em razão dos atrasos nos Salários, Tomi tornou-se inadimplente no pagamento das mensalidades
escolares, vendo-se obrigado a retirar seu único filho do colégio particular em que estudava, sendo
que esta situação está lhe causando profunda humilhação perante seus familiares e colegas,
pretendendo, por isto, ser indenizado em valor a ser fixado pelo juiz. Tomi lhe informa que seu
contrato de trabalho ainda está em vigor, mas não possui mais condições de continuar

83
trabalhando. Contudo, Tomi não quer pedir demissão, pois entende injusta a situação. Ante as
dificuldades financeiras em que se encontra, Tomi esclarece que não possui condições de arcar com
quaisquer despesas nesta ação que pretende ajuizar.
Diante do exposto, elabore, na qualidade de advogado, a peça processual cabível para
salvaguardar os direitos de seu cliente, observando todos os requisitos necessários previstos no
ordenamento jurídico, indicando ainda a fundamentação legal para seus pedidos”. Para tanto,
considera inexistente Comissão de Conciliação Prévia da categoria, como comprova declaração
fornecida pelo sindicato, que lhe é entregue neste momento. A causa terá como valor R$
15.000,00. Seu cliente lhe entrega procuração ad judicia assinada neste momento e declaração de
que não se encontra em condições de arcar com as despesas da demanda sem prejuízo do seu
próprio sustento. Considera-se como advogado credenciado ao sindicato profissional da categoria
do reclamante, anexando à peça a cópia do termo de credenciamento.
Observações: 1. A apresentação de peça que não atenda aos interesses do cliente, ou seja,
processualmente inadequada, receberá nota zero (0); 2. As exigências não se limitam ao simples
deferimento da petição, ou seja, à possibilidade da peça processual ser admitida em um Juízo real.
O exercício destina-se à demonstração do tirocínio jurídico necessário ao desempenho profissional.
Não se trata de simples petição adequada aos ditames da Lei, mas de demonstração de domínio da
técnica elementar de redação forense pelo candidato e coerente com a situação proposta. 3. A
utilização de qualquer outro nome (seja do Advogado, seja dos personagens), OAB, endereço,
cidade, ou outros, e ainda o uso de qualquer outro sinal ou denominação será considerada como
identificação de prova.
ATENÇÃO: Não identifique a prova. Se achar necessário use o nome fictício Fazendo Justiça,
OAB/PR 100.000, com escritório profissional na Rua da Paz, n° 11.111, Centro, Curitiba/PR, CEP
80.000-000.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 29

José da Silva, brasileiro, casado, auxiliar de produção, portador da CTPS n° 0026, série 001,
inscrito no CPF sob n° 800.900.800-90, e no PIS sob n° 123.456.789-10, residente e domiciliado
em Curitiba/PR, na Rua Purpurina, 200, CEP 80.000-000, propôs, em 06/06/2006, perante a
Justiça do Trabalho de Curitiba/PR, reclamação trabalhista, em face de sua ex-empregadora Primus
Unidos Ltda., com sede em Curitiba/PR, na Avenida dos Pinheirais, 26, CEP 80.110-000, inscrita no
CNPJ sob n° 111222.333/0001-01.
Na peça exordial o autor informou que foi admitido em 14/08/1999 na função de auxiliar de
serviços gerais e, posteriormente, em 01/08/2002, passou a exercer a função de auxiliar de
produção. A sua dispensa ocorreu em 04/02/2005 e, na época do desligamento, seu salário era de
R$ 500,00 por mês. O reclamante apresentou pedidos líquidos, postulando equiparação salarial
com Cirano Feliz, o qual laborava na função de auxiliar de produção e que recebia remuneração no
valor de R$ 700,00. O obreiro postulou, ainda, devolução de descontos salariais referentes ao
seguro de vida, adicional de insalubridade, face ao labor realizado em exposição a agentes
prejudiciais a saúde, em grau máximo, calculado sobre o salário mensalmente recebido, e
condenação da ré em honorários advocatícios. A soma dos valores líquidos das suas pretensões
importou em R$ 10.500,00, valor que foi atribuído à causa. A reclamação trabalhista foi distribuída
para a 29ª Vara do Trabalho de Curitiba/PR e autuada sob o n° 5.666/2006. Notificada, a
reclamada compareceu na audiência una designada, na qual, após recusada a proposta inicial de
conciliação, foi apresentada defesa, com prejudicial de prescrição qüinqüenal a contar da data do
ajuizamento da ação e, no mérito, foram impugnadas, na íntegra, as pretensões formuladas na
petição inicial.
Alegou-se em defesa que o labor não era insalubre, que as diferenças salariais não eram devidas
porque o paradigma tinha maior produtividade que o reclamante, que os descontos de seguro de
vida foram expressamente autorizados pelo obreiro e, ainda, impugnou-se os valores postulados a
título de honorários advocatícios. Seguiu-se a oitiva dos litigantes e duas testemunhas de cada

84
parte. Em seguida, suspendeu-se a audiência para realização da prova técnica, que visava verificar
a existência de insalubridade no local de trabalho do obreiro.
Realizada a perícia, o laudo foi juntado aos autos pelo perito nomeado pelo juízo, que concluiu pela
existência de insalubridade em grau médio. As partes se manifestaram sobre o laudo, e foi
designada audiência para o encerramento da instrução, na qual foi realizada a última tentativa de
conciliação. Então, o Juízo da 29ª Vara do Trabalho de Curitiba/PR proferiu sentença declarando a
prescrição dos direitos anteriores a 5 (cinco) anos contados da data da dispensa do reclamante,
deferiu o pagamento das diferenças salariais perseguidas em razão da equiparação salarial, por
entender pela ausência de prova do fato impeditivo alegado pela reclamada, adicional de
insalubridade em grau médio, em razão da conclusão do laudo pericial, calculado sobre o salário
recebido pelo reclamante, devolução de descontos realizados a título de seguro de vida, pois o
juízo entendeu que a autorização do reclamante não era suficiente para legitimar o desconto, e
pagamento de 20% do valor da condenação, referente aos honorários advocatícios diante da
sucumbência da reclamada.
Determinou-se ainda, o abatimento das contribuições previdenciárias resultantes do crédito do
reclamante, sendo as primeiras realizadas mês a mês, e as segundas sobre o valor total da
condenação. O juízo fixou juros e correção monetária na forma da lei, e ainda arbitrou como valor
da condenação a quantia de R$ 9.810,00 e, como custas, a importância de R$ 196,20.
Contra a decisão proferida pelo juízo de primeiro grau, a reclamada, tempestivamente, interpôs
recurso ordinário, impugnando integralmente a condenação imposta na sentença, repetindo os
argumentos apresentados na defesa e destacando os casos de violação ao texto da lei e a
jurisprudência sumulada. Para tanto, a reclamada realizou o depósito recursal no importe de R$
4.810,00 e recolheu as custas processuais.
O referido recurso ordinário patronal foi recebido pelo juízo a quo, por despacho, no efeito
meramente devolutivo, tendo sido o reclamante notificado para oferecer suas contra-razões, que
por sua vez foram regularmente apresentadas. O processo foi distribuído ao Relator, na seqüência,
foi incluído em pauta de julgamento. Na sessão de julgamento, o representante do Ministério
Público do Trabalho, declinou quanto à realização do parecer oral e a 6ª Turma do Tribunal
Regional do Trabalho da 9ª Região entendeu por conhecer do apelo patronal e negar-lhe
provimento. Em 28/08/2006 (segunda-feira) foi publicada a certidão de julgamento contendo as
mesmas razões declinadas em sentença.
Na qualidade de advogado, formule a peça processual cabível em favor da reclamada, que não se
conforma com a decisão proferida em sede de recurso ordinário.
Dados complementares: 1) A data a constar na peça processual deve corresponder ao último dia
do prazo processual respectivo à medida que deve ser adotada; 2) Demonstrar na petição, o
correto preparo da medida.
Observações 1. A apresentação de peça que não atenda aos interesses do cliente, ou seja,
processualmente inadequada, receberá nota zero (0); 2. As exigências não se limitam ao simples
deferimento da petição, ou seja, é possibilidade da peça processual ser admitida em um Juízo real.
O exercício destina-se à demonstração do tirocínio jurídico necessário ao desempenho profissional.
Não se trata de simples petição adequada aos ditames da Lei, mas de demonstração de domínio da
técnica elementar de redação forense pelo candidato e coerente com a situação proposta. 3.
utilização de qualquer outro nome (seja do advogado, seja dos personagens), OAB, endereço,
cidade, ou outros e ainda o uso de qualquer outro sinal ou denominação será considerada como
identificação de prova, ATENÇÃO: Não identifique a prova. Se achar necessário, use o nome
Amando Direito Filho, OAB/PR 50.000, com escritório profissional em Curitiba/PR, na Rua da Luz,
n° 500, CEP 80.001-002.

85
 PEÇA PROCESSUAL Nº 30

Pedro Paulo Pereira, brasileiro, casado, contador, CTPS n° 0033, série 0103, CPF/MF n°
111.222.333-44, RG n° 888777-99, residente e domiciliado em Curitiba/PR, na Rua São Serafim,
10, CEP 80.888-100, ajuizou, perante a 21ª Vara do Trabalho de Curitiba, na Avenida Vicente
Machado, 400, CEP 80.000-000, reclamatória trabalhista em face da sua ex-empregadora, CCC
Viagens e Turismo Ltda., CNPJ/MF n° 11.111.111/0001-11 com sede em Curitiba/PR, Avenida
Costa Rica, 200, CEP 80.777-000, tendo como sócios os administradores José Carlos de Andrade e
Roberto Carlos Braga.
Na ação proposta, o autor postulou o pagamento das verbas rescisórias, por ter sido dispensado
sem justa causa, horas extras por ter cumprido jornada superior ao limite legal.
Devidamente notificada, a reclamada compareceu a audiência una designada na qual, recusada a
proposta inicial de conciliação, foi apresentada contestação impugnando a totalidade dos pedidos
formulados pelo reclamante, seguindo-se a oitiva dos litigantes e das suas respectivas
testemunhas. Depois de declarada encerrada a instrução processual e rejeitada a última tentativa
de conciliação, foi proferida sentença pelo juízo, da 21° Vara do Trabalho que, acolhendo em parte
os pedidos formulados na Reclamação Trabalhista autuada sob n° 915/2005, condenou a ex-
empregadora do autor ao pagamento de aviso prévio, 13° salário, férias acrescidas do terço
constitucional, diferenças de horas extras e multa fundiária. A parte dispositiva da sentença fixou
provisoriamente a condenação em R$ 100.000,00 e custas no valor de R$ 2.000,00. As partes não
recorreram da sentença, concordando com a decisão proferida em primeiro grau. Transitada em
julgado a decisão, foi elaborada a conta geral pelo perito do juízo no montante de R$ 110.000,00.
Os referidos cálculos de liquidação foram homologados, sem oportunizar a manifestação das
partes, conforme autoriza o artigo 879, § 2° da Consolidação das Leis do Trabalho.
Na seqüência, determinou o juízo exeqüendo à citação da executada para, no prazo de 48 horas,
cumprir a decisão condenatória ou garantir a execução, sob pena de penhora. A executada deixou
passar in albis o prazo determinado pelo juízo e não pagou o valor executado nem nomeou bens a
penhora. A executada não se manifestou em razão de não possuir bens nem numerário suficientes
para satisfazer a determinação imposta pela sentença de mérito. O juízo determinou a penhora de
bens da executada que fossem suficientes para garantir a execução, uma vez que o oficial de
justiça nada encontrou no endereço da reclamada, o que certificou nos autos. Em razão disso o
reclamante, localizou um imóvel de propriedade do sócio da reclamada Sr. José Carlos de Andrade,
casado sob o regime de comunhão universal de bens com o Sra. Jupira de Andrade, e pediu ao
juízo que a penhora recaísse sobre o bem indicado, com endereço na Rua da República Federativa,
1.889, em Curitiba/PR. O juízo da 21ª Vara do Trabalho de Curitiba acolheu o pedido do autor e
determinou a penhora do bem imóvel supra mencionado. No dia 08 de dezembro de 2006, o oficial
de justiça compareceu no endereço indicado pelo reclamante e penhorou o imóvel de propriedade
do casal. Constou do mandado de penhora, apenas o nome do Sr. José Carlos de Andrade.
Jupira, esposa de José Carlos, insurgiu-se contra o comando do juízo e para garantir a
intangibilidade de sua propriedade, procurou um advogado que, após detalhada entrevista,
concluiu que, não obstante o imóvel não se enquadre no conceito legal de bem de família, merecia
defesa face à condição de mulher do executado e ao regime de comunhão de bens, razão pela qual
formulou a peça processual de Embargos de Terceiro, que tramitou perante a 21ª Vara do Trabalho
de Curitiba sob o n° ET 1.554/2006.
Para instruir a medida judicial, a embargante juntou aos autos, além da certidão do casamento, o
pacto antenupcial, a escritura pública de compra e venda lavrada no registro de notas do 1°
Tabelionato de Curitiba/PR em 15 de abril de 2001 e devidamente averbada junto a Matrícula n°
4.246, do Cartório do Registro de Imóveis competente. O casal adquiriu da Construtora Alpes
Ltda., o apartamento n° 101, da Rua

86
da República Federativa, 1.889, Bairro Central, Curitiba/PR, CEP 80.500-000, sendo que o valor
atualizado do imóvel é de RS 120.000,00.
O juízo recebeu os embargos propostos e os julgou improcedentes, sob o argumento do que o
cônjuge virago também é responsável pelas dívidas assumidas pelo cônjuge varão. Além de
rejeitar os embargos opostos pela Sra. Jupira, o juízo ainda condenou a embargante por litigância
de má-fé no importe de 25% sobre o valor da causa além do pagamento de honorários
advocatícios no importe de 20%, também sobre o valor atribuído à causa, fixando como custas o
valor de RS 1.200,00, determinando expressamente fossem as mesmas recolhidas ao final, com
fundamento no art. 789-A da Consolidação das Leis do Trabalho e Instrução Normativa 20/2002 do
Tribunal Superior do Trabalho.
Inconformada com a decisão, que foi publicada em 12 de janeiro de 2007 (sexta-feira), a Sra.
Jupira procurou o seu escritório de advocacia, solicitando os seus préstimos profissionais a fim de
manter garantido o seu direito em relação ao imóvel objeto da penhora. A Cliente, na
oportunidade, levou consigo uma cópia autenticada da Certidão de Casamento onde consta o
regime de bens e o pacto antenupcial, fotocópia autêntica do registro de imóveis indicando o casal
como legítimos proprietários do imóvel objeto da penhora bem como o contrato social da empresa
CCC Viagens e Turismo Ltda., mostrando que os sócios da referida empresa são: José Carlos de
Andrade e Roberto Carlos Braga. Ainda, levou-lhe a cópia da sentença proferida pelo Juízo que,
adequadamente analisada, levou a conclusão de não comportar o cabimento de embargos de
declaração. Neste momento, a cliente lhe outorga procuração ad judicia, após observar os
procedimentos estabelecidos pelo Estatuto da Advocacia, com os seguintes dados; Jupira de
Andrade, brasileira, casada, do lar, residente e domiciliada em Curitiba/PR, na Rua da República
Federativa, 1.889, apartamento 101, Bairro Central, CEP 80.500000, CPF n° 777.888.999·00 e RG
n°. 444.888-0/PR.
Na qualidade de advogado da Jupira, e ciente de que toda a matéria em litígio já foi devidamente
esclarecida e pré-questionada, elabore a peça processual adequada para garantir o legítimo direito
que a lei assegura a sua constituinte em relação ao imóvel do qual é proprietária.
Dados complementares: A data a constar na peça processual deve corresponder ao último dia do
prazo processual respectivo à medida que deve ser adotada.
Observações 1. A apresentação de peça que não atenda aos interesses do cliente, ou seja,
processualmente inadequada, receberá nota zero (0); 2. As exigências não se limitam ao simples
deferimento da petição, ou seja, a possibilidade da peça processual ser admitida em um Juízo real.
O exercício destina-se a demonstração do tirocínio jurídico necessário ao desempenho profissional.
Não se trata de simples petição adequada aos ditames da Lei, mas de demonstração de domínio da
técnica elementar de redação forense pelo candidato e coerente com a situação proposta. 3. A
utilização de qualquer outro nome (seja do Advogado, seja dos personagens), OAB, endereço,
cidade, ou outros, e ainda o uso de qualquer outro sinal ou denominação será considerada como
identificação de prova.
ATENÇÃO: Não identifique a prova. Se achar necessário, use o nome fictício Justiniano Bizantino,
OAB/PR 111.111, com escritório profissional em Curitiba/PR, na Rua Constantinopla, n°1. 500 CEP
80.800-800.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 31

Você, advogado (a) recebe a visita da um cliente, a empresa Grande Capital Ltda., que lhe
apresenta a cópia da uma petição inicial, cuja audiência UNA está designada para o dia 30/05/07,
as 14h00, na 1ª Vara do Trabalho da Curitiba. Seu cliente solicita que você apresente a peça
necessária para livrar-lhe de qualquer condenação, bem como pede todas as informações
necessárias sobre a audiência a ser realizada, Com base na petição inicial abaixo, bem como pede

87
todas as informações que seguem, formula a peça necessária para salvaguardar os interesses de
seu cliente.

Dados da Notificação:
Processo: Reclamatória Trabalhista n° 100/2007
Vara: 1ª Vara do Trabalho da Curitiba — Paraná.
Distribuição da ação: 02/03/2007
Audiência: UNA em 30/05/2007, às 14h00.
Informações e documentos apresentados pelo cliente: Contrato do Trabalho prevendo jornada das
7h00 às 16h40min, de segunda a quinta-feira, a das 7h00 às 15h40min na sexta-feira, com acordo
escrito da compensação do sábado não trabalhado.
Autorização da Delegacia Regional do Trabalho e acordos coletivos de trabalho da categoria a que
pertence o Reclamante, de todo o período, para redução do intervalo intra-jornada para 40
minutos, bem como o cliente informa a existência de refeitório na empresa.
Que muito embora a empresa forneça transporte para os empregados, da sede da empresa até o
local efetivo de trabalho, em todos os locais trabalhados sempre havia transporte público regular,
conforme certidões expedidas pela Prefeitura Municipal de Curitiba. O cartão-ponto era batido
corretamente, sempre no horário contratual quando chegam ao local de prestação do serviço,
Afirma que os deslocamentos levam, efetivamente, em média 45 minutos na ida e mais 45 minutos
na volta.
Informa que efetivamente resolveu não mais pagar o abono mensal desde fevereiro de 2002. Que
este sempre foi pago por mera liberalidade da empresa e totalmente desvinculado ao salário.
Durante a consulta o cliente apresenta os seguintes documentos: contrato de trabalho (onde
consta a admissão do ex-empregado em 20/07/1983, para exercer a função de Encarregado de
Obras), recibos de pagamento (onde consta a última remuneração no valor de R$ 500,00 e
pagamento de adicional de insalubridade em grau médio calculado sobre o salário mínimo),
cartões-ponto (onde consta a jornada acima declinada) e termo de rescisão do contrato de trabalho
(onde consta como o dia 20/02/2007 como data de desligamento).
Outros documentos ainda são apresentados, tais como: autorização do Ministério do Trabalho e
acordos coletivos de trabalho contemplando o intervalo reduzido para as refeições e Certidões da
Prefeitura de Curitiba sobre o transporte público regular para os locais de prestação de serviço.
Por fim a cliente assina a procuração e o contrato de honorários, e entrega toda a documentação
referente à constituição da empresa.

Petição inicial apresentada:

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA....... VARA DO TRABALHO DE CURITIBA, PARANÁ.

José DA SILVA SAURO, brasileiro, casado, encarregado de obras, portador da CTPS 8888, Serie
005/PR, inscrito no PIS sob n. 123.458789-10, residente na Avenida dos Coqueirais, 90, Bairro do
Jatobá, Curitiba, Paraná, CEP. 80010-010, por seu procurador adiante assinado, devidamente
inscrito na OAB/PR sob n. 52.500, conforme procuração inclusa, e que recebe
intimações/notificações na Rua XV de Novembro, 100, Centro, Curitiba, Paraná, CEP 80000-001,
vem a presença de Vossa Excelência, respeitosamente, propor a presente

RECLAMATÓRIA TRABALHISTA, em face de GRANDE CAPITAL LTDA., pessoa jurídica de direito


privado, inscrita no CNPJ sob o n 222333.444/0001-01, com sede na Rua João Sabão, 02, Centro,
Curitiba, Paraná, CEP 80.020-020, pelas razões de fato a seguir expostas:

88
1. CONTRATO DE TRABALHO
O Reclamante foi admitido em 20/07/1983 pela Reclamada, para exercer a função do Encarregado
de Obras, tendo sido injustificadamente dispensado em 20/02/2007. Sua última remuneração foi
no valor da R$ 500,00 e o aviso prévio foi indenizado.

2. JORNADA DE TRABALHO
Cumpria jornada normal de trabalho das 7h00 às 16h40min, de segunda a quinta-feira, e das 7h00
às 15h40min na sexta-feira. Usufruía intervalo alimentar de 40 minutos, e repouso semanal,
remunerado aos domingos.
Outrossim, diariamente a jornada de deslocamento/percurso, na ida e na volta, entre o local de
prestação de serviço e a sede da empresa despendia em média 45 minutos em cada percurso,
sendo que estes não eram computados na jornada do empregado e conseqüentemente não lhe
foram pagos.
Com base no artigo 4° da CLT tal período deve ser considerado tempo a disposição do empregador
e computado na jornada do empregado para efeito de apuração e pagamento de horas extra-
ordinárias.
Por conseguinte, havia prorrogação da jornada diária de trabalho do Reclamante, sem qualquer
remuneração, ultrapassando o limite constitucional de oito horas diárias e quarenta e quatro horas
semanais.
Devidas, pois, as horas excedentes a oitava diária, com os adicionais de hora extra na base de
50% nos dias normais de trabalho, trazendo também diferenças em RSR.
As horas extraordinárias e diferenças em RSR, geram reflexos em férias, acrescidas do terço
constitucional, 13° salário, Aviso Prévio e FGTS e multa fundiária.

3. SOBREAVISO
Além da jornada declinada acima, o Reclamante ainda permanecia, em um fim de semana por mês
de sobreaviso, podendo ser chamado pelo empregador a qualquer momento. Assim, das 16h00 de
sexta-feira, até as 07h00 de segunda-feira, o Reclamante ficava a disposição do empregador,
mantendo telefone celular, fornecido pela empresa, ligado durante todas as horas do dia e da
noite.
Pleiteia o pagamento do período de sobreaviso na base de 1/3 da hora normal trabalhada e,
tratando-se de pagamento habitual, deverá ser integrado ao salário para todos os efeitos, gerando
diferenças em RSR, férias acrescidas do terço legal, 13° salário, aviso prévio e FGTS mais multa.

4. INSALUBRIDADE
O Reclamante sempre percebeu insalubridade, em grau médio, na base de 20% do salário-mínimo.
Todavia, entende que o adicional em questão deveria ter sido calculado sobre o salário
contratual do Reclamante, requerendo a condenação das diferenças daí decorrentes.
Ademais, tais diferenças, diante de sua natureza salarial, trazem reflexos no cômputo de horas
extras, férias e um terço constitucional, 13° salário, RSR, aviso prévio e FGTS mais multa de 40%.

5. ALTERAÇÃO CONTRATUAL
A Reclamada pagou ao Reclamante até fevereiro de 2002, um abono mensal espontâneo no valor
de R$ 50,00.
A supressão do pagamento de tal parcela implica em alteração contratual prejudicial ao
Reclamante.
Requer a condenação da Reclamada no pagamento do abono desde a data de sua supressão.

89
6. ESTABILIDADE COMO MEMBRO DA CIPA
Em 01/01/2007 o Reclamante foi indicado pelo empregador como Presidente da CIPA
(Comissão Interna de Prevenção de Acidentes).
Não obstante a estabilidade decorrente do exercício de atividades como membro da CIPA o
Reclamante foi abruptamente dispensado sem justa causa em 20/02/2007, ainda no início de sua
gestão.
Sendo assim, o Reclamante encontrava-se estável por um ano após o término da sua gestão,
requerendo sua imediata reintegração ao trabalho ou, quando menos, a indenização do período
correspondente, inclusive dos reflexos em férias mais o terço constitucional, gratificação natalina,
aviso prévio e FGTS acrescido da multa de 40%.

7. JUSTIÇA GRATUITA E HONORÁRIOS ASSISTENCIAIS


O Reclamante declara não ter condições de arcar com o ônus do processo sem prejuízo de seu
sustento e de sua família, requerendo sejam concedidos os benefícios da Justiça Gratuita.
Também merece condenação em honorários advocatícios, no importe de 20% sobre o
montante da condenação.

8. PEDIDO
Diante do exposto o Reclamante pleiteia a condenação da Reclamada ao pagamento do que se
segue;
a) horas extraordinárias excedentes da 8ª hora diária e 44ª semanal, com adicional de 50%, com
os respectivos reflexos em RSR;
b) pagamento das horas de sobreaviso na base de 1/3 da hora normal trabalhada;
c) reflexos das alíneas “a” e “b” em férias mais 1/3 constitucional, 13° salário, aviso prévio;
d) diferenças de adicional de insalubridade, gerando reflexos em horas extras, férias mais o terço
constitucional, 13° salário, aviso prévio e FGTS mais multa de 40%;
e) pagamento do abono suprimido a partir de 02/2002;
f) reintegração ao emprego, com o pagamento dos respectivos salários e demais vantagens desde
a data da rescisão do contrato de trabalho;
g) sucessivamente, indenização de todo o período de estabilidade, inclusive dos reflexos
como férias mais terço constitucional, 13° salário, aviso prévio e FGTS mais multa de 40%;
h) FGTS sobre todas as verbas pleiteadas, em 11,2%;
i) honorários advocatícios na base de 20% sobre o montante da condenação.

9. REQUERIMENTOS FINAIS
Diante do exposto, requer a notificação/citatória da Reclamada no endereço já mencionado, para
que compareça a audiência a ser designada e conteste, querendo, os termos da presente, sob pena
de revelia, e confissão, para que, afinal, seja decretada a integral procedência dos pedidos
respondendo, além de juros e correção monetária, pelas custas e despesas do processo.
Protesta pela produção de todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente
testemunhal e documental, requerendo, outrossim, seja compelida a reclamada a anexar aos autos
os recibos salariais e folhas de freqüência do empregado de todo período, sob as penas do art. 359
do Código de Processo Civil.

Dá-se a causa, para efeitos alçada, o valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais).

Nestes termos,
Pede deferimento.
Curitiba, 02 de março de 2007.

90
Justiniano Aventura
OAB/PR 52.500
Observações: 1. A apresentação de peça que não atenda aos interesses do cliente, ou seja,
processualmente inadequada, receberá nota zero (0); 2. As exigências não se limitam ao simples
indeferimento da petição, ou seja, a possibilidade da peça processual ser admitida em um Juízo
real. O exercício destina-se a demonstração do tirocínio Jurídico necessário ao desempenho
profissional. Não se trata de simples petição adequada aos ditames da Lei, mas de demonstração
de domínio da técnica elementar de redação forense pelo candidate e coerente com a situação
proposta. 3. A utilização de qualquer outro nome (seja do Advogado, seja dos personagens), OAB,
endereço, cidade, ou outros, e ainda o uso de qualquer outro sinal ou denominação será
considerada como identificação de prova.
ATENÇÃO: Não identifique a prova. Se achar necessário, use o nome fictício Salvador Patrícia,
inscrito na OAB/PR sob n° 60.000, com escritório na Rua Time, n° 150, Bairro da Justiça,
Curitiba/PR.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 32

Américo Vespúcio ajuizou reclamatória trabalhista pelo rito ordinário em face de Hotel Satélite
Ltda. A ação foi distribuída a 21ª Vara do Trabalho de Curitiba sob n° RT 5555/2005. O reclamante
postulou pagamento de horas extras assim consideradas às excedentes da 6ª diária de trabalho
prestado em turno ininterrupto de revezamento, equiparação salarial, adicional de insalubridade,
diferenças de FGTS e honorários advocatícios, atribuiu à causa o valor de R$ 20.000,00.
A reclamada apresentou defesa escrita impugnando especificamente cada um dos pedidos
formulados por Américo Vespúcio.
Em audiência de instrução foram ouvidas duas testemunhas de cada parte. O juízo de primeiro
grau (21ª Vara do Trabalho de Curitiba), em sentença, deferiu o pagamento de horas extras
decorrentes do turno ininterrupto de revezamento, determinando o pagamento das horas extras
excedentes das 6ª hora diária e 36ª hora semanal, entendendo que o salário pago, mesmo em se
tratando de trabalhador resta, remunerou somente a jornada estabelecida em lei, ou seja, 6 horas
diárias e 36 horas semanais. Também condenou a empresa ao pagamento do adicional de
insalubridade em grau máximo, deferiu ainda as diferenças de FGTS postuladas e honorários
advocatícios, os demais pedidos foram rejeitados. A sentença atribuiu como valor da causa a
quantia provisória de R$ 30.000,00 e fixou as custas em R$ 600,00.
Inconformada com a sentença de fundo, a reclamada recorreu ao TRT da 9ª Região atacando todos
os pontos da sentença que lhe foram desfavoráveis, fazendo o devido depósito recursal e
pagamento das custas. A 2ª Turma do TRT da 9ª Região negou provimento ao recurso da
reclamada. Insatisfeita ainda com a decisão de segundo grau a reclamada interpôs recurso de
revista ao TST, todavia o recurso da empresa não foi admitido, por defeito nos pressupostos
intrínsecos.
Ultrapassado o prazo recursal, sem manifestação das partes, o processo for devolvido à vara de
origem para a execução da sentença.
O juízo da execução determinou ao perito calculista que apresentasse os cálculos de liquidação de
sentença.
O perito apresentou os cálculos, no valor de R$ 16.499,00. Todavia o contador do juízo calculou as
horas extras a partir da 8ª diária e não a partir da 6ª diária e, quanto ao adicional de insalubridade
utilizou como base de cálculo o salário mínimo e não o salário contratual do reclamante. Os
cálculos foram homologados sem vista para as partes. Após, garantido o juízo sem qualquer
manifestação do executado, o exeqüente apresentou, no prazo e na forma prevista no artigo 884,

91
caput da CLT, impugnação a sentença de liquidação demonstrando as irregularidades nos cálculos
homologados. O juízo da execução julgou improcedente o pedido do exeqüente sob o argumento
de que os cálculos estavam corretos, pois no turno de revezamento não se justifica O pagamento
de horas extras a partir da 6ª diária para o trabalhador resta, determinando apenas o pagamento
do adicional de horas extras sobre a 7ª e 8ª hora trabalhada. O julgador também fundamentou que
o adicional de insalubridade é pago sobre o salário mínimo nos termos da lei.
Inconformado com a decisão do juízo a quo, o exeqüente apresentou agravo de petição ao TRT da
9ª Região, pedindo a reforma do julgado em relação à matéria em discussão. O TRT proferiu
acórdão, com base na fundamentação abaixo descrita, negando provimento ao recurso do
exeqüente.

Parte do Acórdão proferido pela E. Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região – Paraná:
Agravante: Américo Vespúcio
Agravado: Hotel Satélite Ltda.
Origem: 21ª Vara do Trabalho de Curitiba
Autos: TRT-PR 5555-2005-021-00-9-01.
“ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
Esta turma tem entendimento que o adicional de insalubridade é pago sobre o salário mínimo e
não sobre o salário contratual, como pretende o agravante. Ocorre que a base de cálculo do
referido adicional é o salário mínimo, conforme prevê a Súmula 228 do TSI c/c a OJ 02 da SDI-I do
TST. Vale destacar que no presente feito o juízo primeiro, na fase de conhecimento, ao proferir a
sentença, não fixou a base de cálculo para apuração do adicional de insalubridade, deixando tal
tema para fixação pelo juízo da execução.
Por estas razões, nego provimento."

"TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO...”


Pretende o agravante a reforma da decisão do juízo da execução, que determinou o pagamento
apenas do adicional de horas extras sobre a sétima e oitava horas, pretendendo o pagamento de
hora extra de forma integral a partir da sexta diária.
A decisão de mérito, transitada em julgado, determinou o pagamento das horas extras excedentes
da sexta hora diária e trigésima sexta hora semanal. Determinou, igualmente, o abatimento de
todas as parcelas pagas em igual título. Também reconheceu que o reclamante, ora exeqüente,
percebia salário por hora, ou seja, recebia pelo número de horas efetivamente trabalhadas. Muito
embora o juízo primeiro, em fase de conhecimento, tenha se manifestado no sentido de que o
salário pago remunerava tão somente a jornada legal reconhecida, ou seja, seis horas diárias e
trinta e seis horas semanais, esta turma entende que em se tratando de empregado horista não há
como se reconhecer tal premissa esposada na decisão transitada em julgado.
Corolário lógico de tais premissas é que as horas normais efetivamente trabalhadas pelo
empregado encontravam-se pagas. Se calcularmos as horas extras integrais e abatermos à hora
normal paga, posto que todas às horas trabalhadas foram devidamente pagas, inclusive a sétima e
oitava hora, restará devido somente o adicional de horas extras em relação a estas.
Sendo assim, esta turma entende que não merece provimento o agravo de petição do exeqüente,
posto que correto o julgado primeiro, em execução, que determinou o pagamento apenas do
adicional de horas extras."

DADOS COMPLEMENTARES:
1) Considere que as informações constantes do acórdão são suficientes para fundamentar a sua
peça processual, estando à matéria em debate devidamente pré-questionada.

92
2) A publicação da decisão ocorreu no dia 17/08/07 (sexta-feira), sendo que a data da peça
processual deverá corresponder à data final do prazo previsto em lei para tal medida.
3) A peça processual deve ser elaborada dentro dos limites previstos no ordenamento jurídico
pátrio.
QUESTÃO: Diante do exposto elabore, na condição de advogado devidamente constituído nos autos
por Américo Vespúcio, a peça processual cabível para fazer valer os direitos do seu cliente.
Observações 1. A apresentação de peça que não atenda aos interesses do cliente, ou seja,
processualmente inadequada, recebera nota zero (0); 2. As exigências não se limitam ao simples
deferimento da petição, ou seja, a possibilidade da peça processual ser admitida em um Juízo real.
O exercício destina-se a demonstração do tirocínio jurídico necessário ao desempenho profissional.
Não se trata de simples petição adequada aos ditames da Lei, mas de demonstração de domínio da
técnica elementar de redação forense pelo candidato e coerente com a situação proposta. 3. A
utilização de qualquer outro nome (seja do Advogado, seja dos personagens), OAB, endereço,
cidade, ou outros, e ainda o uso de qualquer outro sinal ou denominação será considerada como
identificação de prova.
ATENÇÃO: Não identifique a prova. Se achar necessário, use o nome fictício Patrocínio das Causas,
inscrito na OAB/PR sob n° 60.000, com escritório na Rua das Reclamatórias, n° 100, Curitiba/PR.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 34

Em Reclamação Trabalhista movida por Jezebel de Cervante, julgada parcialmente procedente, foi
o Banco XYZ S/A condenado ao pagamento de duas horas extras diárias, com adicional de 50%, e
seus reflexos, com juros e correção monetária. Determinou o Juízo que os descontos fiscais e
previdenciários seriam devidos na forma da Lei. Negado provimento ao recurso do Reclamado, e
tendo o acórdão transitado em julgado, a Reclamante apresentou cálculos de liquidação, aplicando
índices de correção monetária a partir de cada mês da prestação de serviços. Não apurou as
verbas devidas à Previdência, por entender que a Lei determina que esta seja suportada somente
pelo empregador quando decorrer de condenação judicial, e apurou os descontos fiscais por conta
do empregador. O Reclamado não foi intimado para se manifestar, e os cálculos foram
homologados pelo Juízo de primeiro grau, que determinou a citação do Reclamado para
pagamento. O Reclamado efetuou o depósito do valor apurado para garantia da execução.
QUESTÃO: Como advogado do Reclamado, avie a medida judicial cabível em defesa dos interesses
da parte prejudicada.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 35

Monteiro Lobato de Almeida trabalhou para a empresa MMM Ltda., na função de ajudante geral, no
período de 01/04/2001 a 28/12/2002, percebendo o salário último mensal de R$ 351,00. Laborava
das 08h00min às 17h00min horas de segunda a sábado, com uma hora de intervalo para refeição e
descanso. No local onde o empregado desenvolvia suas funções, os ruídos atingiam 90 dB. Em 10
de fevereiro de 2002, sofreu acidente típico do trabalho, permanecendo afastado de suas funções
por 18 dias, recebendo auxílio-doença acidentário. Retornando ao trabalho no dia 01 de março de
2002, foi dispensado sem justa causa, sem o recebimento de seus haveres rescisórios até a
presente data.
QUESTÃO: Como advogado do empregado, atue na defesa de seus interesses.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 36

93
Certo sindicato, por considerar que o mero pagamento de salários diversos a diferentes
empregados viola o princípio constitucional da isonomia, ajuíza, na cidade de São Paulo, onde se
acha localizada a sede da empresa, ação civil pública. Pede a condenação da empresa no
pagamento das diferenças dos salários já liquidados, bem como a sua condenação a pagar salários
iguais a todos os empregados, em provimento com eficácia de âmbito nacional.
QUESTÃO: Elabore, como advogado da empresa, a peça a ser apresentada por ocasião
da audiência designada.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 37

Em ação processada na cidade de São Paulo, foi indeferido o processamento do recurso ordinário
interposto pelo reclamante, o que motivou a apresentação de recurso de agravo de instrumento.
Ocorre que o último dia do prazo para a interposição do referido agravo de instrumento
correspondia a 25 de janeiro, feriado municipal na cidade de São Paulo, de modo que a petição
somente foi apresentada no dia seguinte, ou seja, 26 de janeiro. Ao julgar o agravo de
instrumento, o Tribunal Regional do Trabalho, não se recordando, por lapso, da existência do
feriado municipal no dia 25 de janeiro, considerou o agravo de instrumento intempestivo e dele
não conheceu. QUESTÃO: Elabore, como advogado do reclamante, a peça processual adequada ao
caso.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 38

Iniciada a execução de sentença condenatória transitada em julgado, o reclamado contesta os


cálculos de liquidação apresentados pelo reclamante, no importe de R$ 15.000,00, sob o
argumento de que não observaram a época própria para atualização do crédito e, ainda, de que
não contemplam os descontos fiscais e previdenciários, ressaltando que o valor correto do débito
corresponde a R$ 10.000,00. As alegações são rejeitadas pelo juízo, que homologa os cálculos do
reclamante e determina a expedição de mandado de citação, pagamento e penhora. Essa decisão
não é impugnada pelo reclamado, que se limita a depositar judicialmente o valor cobrado e a
apresentar embargos à execução, reiterando as alegações apresentadas quando da contestação
dos cálculos. Os embargos são julgados improcedentes.
QUESTÃO: Elabore, como advogado do reclamado, a peça processual adequada ao caso.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 39

No dia 11 de maio de 2007, apresentou-se, no escritório do advogado José K. Barbosa, o Sr.


Francisco José O. da Silva, empresário do ramo de tecidos, portando notificação citatória de uma
ação trabalhista ajuizada por um ex-empregado, autuada sob o número 04099-2007-080-01-00-9,
nos seguintes termos:
“Edynildo Augusto C. Donato, autor, informa ter sido contratado pela ré, empresa Chico J.
Comércio de Tecidos Ltda., em 18 de fevereiro de 2.000, para exercer a função de vendedor de
tecidos em domicílio, havendo sido dispensado em 2 de fevereiro de 2.007, ocasião em que
recebia, a título de salário mensal, o valor médio de R$ 900,00, correspondente exclusivamente ao
recebimento de comissões no montante de 1% sobre suas vendas.

94
Informa que laborava das 7h30min às 20h, de segunda-feira a sábado, sem gozar de intervalo
para repouso e alimentação e sem receber o pagamento de horas extras, utilizando o veículo
concedido pela empresa para o exercício do seu trabalho.
Alega que, muito embora exercesse as mesas funções que o Sr. Santana J. Agnoel – outro
empregado da empresa – e efetuasse suas vendas em bairros vizinhos e garantisse o mesmo
percentual de comissões, seu salário era muito inferior ao do paradigma, que recebia, em média, o
valor mensal de R$ 2.000,00.
Informa, por fim, que não recebeu o pagamento do aviso prévio no TRCT.
Assim sendo, requer o autor a condenação da ré nas seguintes parcelas:
a) Pagamento de diferenças salariais em face da equiparação salarial postulada;
b) pagamento do aviso prévio;
c) pagamento de adicional de insalubridade na base de 50% sobre o salário efetivo,
considerando o valor resultante da equiparação salarial;
d) pagamento de horas extras excedentes
e) pagamento de horas extras com base nos intervalos não gozados para repouso e
alimentação;
f) pagamento de reflexos das horas extras – itens d) e e) – nos repousos semanais
remunerados e destes dois sobre aviso prévio, férias, décimo terceiro salário, FGTS e
indenização compensatória de 40% sobre os depósitos atualizados no FGTS;
g) pagamento da multa prevista no § 8° do art. 477 da CLT, em razão das diferenças
postuladas na ação trabalhista”.
Foram requeridas regularmente a notificação da reclamada e a produção de provas, e foi dado à
causa o valor de R$ 15.000,00.
O Sr. Francisco José, sócio da empresa ré, contratou os serviços do referido advogado para
defendê-lo em juízo, informando-lhe que:
• O Sr. Edynildo fora contratado em 18 de fevereiro de 2000 e dispensando em 02 de
fevereiro de 2007, tendo sido pré-avisado de sua dispensa em 03 de janeiro de 2007 e
cumprido aviso prévio trabalhado com a redução de jornada de trabalho em duas horas no
curso do aviso prévio;
• O Sr. Edynildo exercia a função de vendedor em domicílio, com o salário médio mensal de
R$ 700,00, pago sob a modalidade de comissão em 1% sobre suas vendas mensais;
• O reclamante nunca recebeu horas extras, pois não tinha controle de horário, hipótese que
foi previamente anotada em sua CTPS;
• Era comum que o reclamante nem sequer aparecesse na empresa por alguns dias, quando
tinha material suficiente consigo para efetuar suas vendas, de forma que não havia como
saber se gozava de intervalo para repouso e alimentação;
• O reclamante e o Sr. Santana exerciam as mesmas funções, tinham a mesma experiência
no ramo, trabalhavam em bairros vizinhos e que o paradigma recebia em torno de R$
2.000,00.
• Analisando a documentação apresentada pelo Sr. Francisco José, o advogado constatou
que não havia cartões de ponto na empresa ré e que o Sr. Santana havia sido contratado
em 18 de abril de 2.002.
Supondo que o advogado José K. Barbosa esteja inscrito na OAB/RJ sob o n° 250.999, formule a
peça processual adequada para defender os interesses do Sr. Francisco José, apresentando todos
os fundamentos de fato e de direito, conforme as informações acima prestadas.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 40

95
Rogério, advogado recém-formado, foi contratado pela empresa Delta para integrar o corpo de
advogados da procuradoria jurídica da empresa. O salário inicial de Rogério foi estabelecido em R$
2.500,00. Na procuradoria, já trabalhavam Bruno, Maria e Paulo, que haviam sido contratados 1
ano e 3 meses antes de Rogério. Bruno, Maria e Paulo, que recebiam salário de R$ 4.000,00 cada
um, eram formados havia 4 anos e já possuíam experiência profissional, pois já tinham trabalhado
como advogados antes de iniciar trabalhos para a empresa Delta. Na procuradoria jurídica, não
havia distinção de trabalhos; as tarefas eram distribuídas de forma igualitária entre os advogados,
incluindo Rogério, de acordo com a necessidade e a demanda. A empresa Delta não possui plano
de cargos e salários.
Rogério ingressou com uma reclamação trabalhista contra a empresa Delta, pleiteando a
equiparação salarial com Bruno, Maria e Paulo. A testemunha Joana, secretária da procuradoria,
confirmou na instrução que Rogério desenvolvia as mesmas tarefas de Bruno, Maria e Paulo, com a
mesma qualidade técnica.
O juiz de 1° grau julgou improcedente o pedido formulado na inicial, sob o argumento de que
Rogério, por ser recém-formado, nem possuía experiência profissional e, por esse motivo, seu
trabalho não poderia ser considerado como de igual perfeição técnica ao de Bruno, Maria e Paulo.
Diante da situação hipotética redija a medida judicial cabível para defender os interesses de
Rogério e refutando os argumentos da sentença.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 41

Francisco moveu reclamação trabalhista contra a instituição filantrópica Instituto Meninos da Vila.
Na reclamação trabalhista, Francisco formulou pedido de reconhecimento de vínculo empregatício e
o pagamento de todas as verbas decorrentes do reconhecimento do vínculo, vale dizer, aviso
prévio, férias integrais e proporcionais, 13° salário fracional e integral, FGTS, multa rescisória do
FGTS e multa prevista no artigo 477 da CLT.
Os representantes legais do Instituto procuraram um escritório de advocacia e relataram ao
advogado os seguintes fatos:
"O Instituto Meninos da Vila é uma entidade filantrópica, criada em outubro de 2003, com o
objetivo de auxiliar crianças carentes.
Francisco, fundador do Instituto, foi designado como presidente da entidade no ato da fundação,
tendo permanecido na mesma função até o seu afastamento do Instituto, que ocorreu em agosto
de 2006.
Francisco administrava o Instituto, ou seja, buscava doadores na comunidade, controlava as
finanças, contratava e demitia pessoal, determinava a forma de aplicação dos recursos, estabelecia
o horário e o trabalho de todos os funcionários.
Além de Francisco, outros dois diretores compunham a diretoria do Instituto.
Todos os diretores recebiam além de uma ajuda de custo, um pró-labore por mês.
De acordo com o estatuto social do Instituto, os membros da diretoria seriam eleitos a cada dois
anos, após escolha, em assembléia, dos sócios da instituição. Ainda conforme o estatuto, a
destituição de qualquer membro da diretoria também deveria ser referendada pela assembléia.
Francisco foi afastado da presidência e excluído do rol dos sócios no Instituto em agosto de 2006,
após ter sido flagrado desviando dinheiro instituição."
Considerando a situação hipotética acima, elabore, na condição de advogado contratado pelo
Instituto Meninos da Vila, a medida judicial cabível para essa instituição, sustentando as teses de
defesa cabíveis.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 42

96
Antenor Silva foi contratado como auxiliar de serviços gerais para empresa Mar Azul Ltda. Ao se
pactuar o contrato de trabalho, ficou estabelecido que Antenor cumpriria sua jornada de trabalho
das 8h às 17h, com uma hora de intervalo, de segunda a sexta-feira, e das 8h00 às 12h00 aos
sábados, e que receberia como remuneração a quantia de R$ 700,00 mensais.
A realidade, contudo, mostrou-se completamente diferente do que havia sido combinado no pacto
do contrato de trabalho. Antenor cumpria a seguinte jornada de trabalho: das 8h00 às 19h00, com
uma hora de Intervalo, de segunda a sexta-feira, e das 8h00 às 13h00 aos sábados.
Seguindo orientações expressas da empresa, Antenor sempre marcou na folha de ponto a jornada
de trabalho acertada quando da contratação, ou seja, das 8h00 às 17h00, com uma hora de
intervalo, de segunda a sexta-feira, e das 8h00 às 12h00 aos sábados. A empresa jamais efetuou
qualquer tipo de pagamento a título de jornada extraordinária a Antenor.
A empresa Mar AzuI Ltda. é uma empresa de pequeno porte que presta serviços à multinacional
Estrela Branca S/A., fornecendo-lhe a mão-de-obra de 20 pessoas para atuar na área de serviços
gerais.
Antenor foi contratado no dia 2 de março de 2006 e demitido sem justa causa no dia 5 de abril de
2007, tendo recebido, na oportunidade, a título de verbas rescisórias, os seguintes valores:
aviso prévio - R$ 700,00;
férias integrais - R$ 700,00;
um terço de férias - R$ 233,33;
décimo terceiro salário proporcional (três doze avos) - R$ 175,00;
multa de 40% do FGTS - R$ 291,20.
Além disso, Antenor obteve a liberação das guias de FGTS e de seguro-desemprego.
Com base nos fatos apresentados na situação hipotética acima, elabore, de maneira
fundamentada, uma reclamação trabalhista, formulando pedido do que entender ser devido a
Antenor.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 43

Marcelo Santos, brasileiro, solteiro, portador da CTPS 2.222 e do CPF 001.001.001-01, residente e
domiciliado na rua X, casa 1, cidade Nova, funcionário da empresa Chuva de Prata Ltda. desde 20
de abril de 2000, exercia a função de vigia noturno, cumprindo jornada de trabalho das 19 h às 7 h
do dia seguinte, e, em razão do trabalho noturno, recebia o respectivo adicional. A partir de
20/12/2006, a empresa, unilateralmente, determinou que Marcelo trabalhasse no período diurno,
deixando de pagar ao funcionário o adicional noturno. Em setembro de 2007, Marcelo foi eleito
membro do conselho fiscal do sindicato de sua categoria profissional. Em 5 de janeiro de 2008, a
empresa Chuva de Prata Ltda. demitiu Marcelo sem justa causa e efetuou o pagamento das verbas
rescisórias devidas. Marcelo ingressou com uma reclamação trabalhista contra a empresa,
pleiteando, além de sua imediata reintegração, sob o argumento de que gozava da estabilidade
provisória prevista nos arts. 543, § 3.º, da CLT e 8.º, VIII, da Constituição Federal, o pagamento
do adicional noturno que recebera ininterruptamente por mais de cinco anos, bem como a nulidade
da alteração de sua jornada.
Na condição de advogado(a) da empresa Chuva de Prata Ltda., redija a peça processual adequada
à situação hipotética apresentada, expondo os fundamentos legais pertinentes e o entendimento da
jurisprudência do TST a respeito do fato.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 44

97
Antônio pactuou um contrato de empreitada com Armando, engenheiro civil, com o objetivo de
promover uma reforma em sua casa residencial. Nesse contrato, foram definidos o valor da
empreitada, em R$ 60.000,00, o prazo de 90 dias para a conclusão da obra, as condições de
pagamento, tendo sido estipulado uma entrada de R$ 20.000,00 e o restante em três vezes, bem
como as condições da reforma. Armando providenciou a contratação de um mestre de obras, dois
pedreiros e quatro serventes, para que a obra pudesse ser executada. Antônio sempre discutiu os
assuntos referentes à obra diretamente com Armando, e todos os acertos e pagamentos referentes
à obra eram efetuados por Armando e, também, não tinha conhecimento das condições de contrato
de trabalho que os citados empregados acertaram com o engenheiro.
Após a conclusão da obra, Armando demitiu todos os empregados contratados, e o mestre de
obras, Francisco, ingressou com uma reclamação trabalhista contra Armando e Antônio,
formulando pedido de condenação subsidiária de Antônio nas verbas pleiteadas (horas extras e
reflexos e adicional de insalubridade).
Considerando os fatos narrados nessa situação hipotética, elabore, na condição de advogado(a)
contratado(a) por Antônio, a peça adequada, abordando os fundamentos de fato e de direito
pertinentes.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 45

Sob a alegação de que os empregados estariam subtraindo produtos farmacêuticos de uma de suas
fábricas, a diretora da empresa Delta Indústria Farmacêutica Ltda. determinou a realização de
revista íntima diária em todos os empregados, inclusive mulheres. Maria, empregada na empresa
havia cinco anos, recusou-se a despir-se diante da supervisora do setor, que era, naquele
momento, responsável pela revista íntima das mulheres. Visando a não favorecer movimento
generalizado dos trabalhadores contra a deliberação da empresa, a direção resolveu como medida
educativa, demitir Maria por justa causa, argüindo ato de indisciplina e de insubordinação. Segundo
argumentou a empresa, o procedimento de revista íntima encontraria suporte no poder diretivo e
fiscalizador da empresa, além de constituir medida eficaz contra o desvio de medicamentos para o
consumo sem o devido controle sanitário.
Considerando a situação hipotética apresentada, na qualidade de advogado(a) constituído(a) por
Maria, redija a medida judicial mais apropriada para defender os interesses de sua cliente.
Fundamente a peça processual com toda a argumentação que entender cabível.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 46

Luiz ajuizou, contra a empresa A, ação reclamatória, distribuída à 1ª Vara do Trabalho de Formosa
– GO, pertencente à 18ª Região. No processo, o reclamante declarou que manteve vínculo de
emprego com a referida empresa de 3/3/2008 a 15/3/2009, tendo exercido a função de vendedor
de livros. Em seu pedido, o reclamante alegou não ter recebido as verbas rescisórias de forma
correta, pois teria sido a sua demissão por justa causa por motivo de desídia. Mesmo tendo restado
provadas, pelos cartões de ponto e pelos recibos de pagamento, as constantes faltas de Luiz ao
trabalho – mais de dez faltas em cada um dos dois últimos meses de trabalho, sempre de forma
consecutiva e sem qualquer justificativa -, o juízo condenou a reclamada a pagar todas as verbas
rescisórias, sob o argumento de que não houve prova cabal para aplicação da justa causa.
Em face dessa situação hipotética, na condição de advogado(a) contratado(a) pela empresa A,
redija a peça processual cabível para a defesa de sua cliente, expondo os argumentos legais
pertinentes para impugnar a decisão proferida, considerando incabível a hipótese de embargos de
declaratórios.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 47

98
Após ter sido aprovado em concurso público, Marcos foi contratado por uma companhia de
saneamento básico, sociedade de economia mista, para exercer o cargo de auxiliar técnico.
Quando iniciou suas atividades na empresa, Marcos passou a exercer as atribuições de cargo
hierarquicamente superior ao daquele para o qual fora contratado. Frente a tal situação, ele
ingressou com ação na justiça do trabalho, pleiteando o pagamento do salário correspondente ao
cargo exercido bem como o seu reenquadramento na função que passou a desempenhar. O juiz
julgou integralmente procedentes os pedidos formulados pelo reclamante. A reclamada recorreu ao
TRT, tendo sido o recurso improvido e mantida a decisão em seus exatos termos. Novamente a
empregadora recorreu, dessa vez ao TST, para ver reformado o acórdão regional, tendo a primeira
turma negado provimento, oportunidade em que enfrentou todos os argumentos contidos na peça
recursal.
Em face da situação hipotética apresentada, na qualidade de advogado(a) da companhia de
saneamento básico, redija a peça processual cabível, argumentando acerca do direito de o
empregado de sociedade de economia mista ser reenquadrado no cargo cujas atribuições exercia
na hipótese de desvio de função; e da existência, ou não, de direito do reclamante ao
percebimento das diferenças salariais entre a atividade exercida e aquela para a qual originalmente
havia sido contratado.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 49

João, após aposentar-se espontaneamente pelo INSS, continuou a trabalhar na empresa


Autoelétrica XZ. Passado um ano, foi demitido, oportunidade em que ingressou com uma ação na
2ª Vara do Trabalho de São Paulo, solicitando o pagamento de diferença referente à multa de 40%
sobre o FGTS de todo o contrato de trabalho, incluindo-se o período anterior à aposentadoria. A
empresa, na defesa que apresentou em juízo, afirmou que o empregado não teria direito a essa
diferença visto que, com a aposentadoria, teria ocorrido a extinção do primeiro contrato de
trabalho. Os pedidos formulados na reclamação trabalhista foram julgados improcedentes.
Considerando a situação hipotética apresentada, na qualidade de advogado(a) contratado(a) por
João, redija a peça processual cabível para a defesa dos interesses de seu cliente, expondo os
fundamentos legais pertinentes e o entendimento da jurisprudência a respeito do fato.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 50

Pedro ingressou com reclamação trabalhista contra o estado de São Paulo para ver reconhecido o
vínculo de emprego entre ambos, ainda que não tenha havido prévia aprovação em concurso
público. A ação foi julgada improcedente pelo juiz do trabalho. Foi interposto recurso ordinário
contra a sentença, repetindo-se os argumentos trazidos na petição inicial, e, sucessivamente,
solicitando-se a condenação do reclamado ao pagamento das verbas decorrentes do contrato de
trabalho havido entre as partes (aviso prévio, 13º salário proporcional, férias em dobro e simples
acrescidas de um terço, depósitos do FGTS e indenização de 40% sobre o saldo do FGTS). O
tribunal regional do trabalho (TRT) deu provimento ao recurso, por entender caracterizada a
existência de relação de emprego, na forma dos arts. 2º e 3º da CLT, mesmo diante da previsão do
art. 37, inciso II e §2º, da CF/88, pois o serviço foi prestado de forma pessoal, onerosa, e com
subordinação, cabendo ao ente público arcar com as verbas decorrentes do contrato de trabalho.
Ao reformar a sentença, o TRT reconheceu a existência de contrato nulo, mas entendeu ser ele
capaz de gerar efeitos jurídicos, pelo que determinou o retorno dos autos à Vara de origem para
exame dos demais pedidos da inicial. Dessa decisão interpôs o Estado recurso de revista, cujo

99
seguimento foi negado, sob argumento de que as decisões interlocutórias são irrecorríveis (art.
893, §1º, da CLT e súmula 214/TST).
Em face da situação hipotética acima descrita, redija a medida cabível e apresente argumentos
fundamentados, considerando que, em sua decisão, o TRT reconheceu ser devido o pagamento de
todas as verbas trabalhistas em hipótese de contrato nulo.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 51

A 10ª Vara do Trabalho de São Paulo, analisando reclamação trabalhista ajuizada por Manuel,
julgou improcedente a ação, por entender caracterizada hipótese de dispensa por justa causa,
tomando por fundamento um único depoimento, prestado por testemunha arrolada pela
reclamada. Essa testemunha, mesmo não tendo presenciado o ato de ter o empregado, Manuel,
esmurrado o gerente da empresa, disse ter ouvido falar do ocorrido pelo próprio ofendido. Ficou
evidenciado, na instrução processual, que: a) somente passados dois meses do fato, deu-se a
demissão por justa causa, sem que tenha havido sequer uma advertência ao empregado; b)
ninguém presenciou a agressão; c) a única testemunha do reclamado disse não trabalhar, nem
nunca haver trabalhado, na empresa que este dirigia.
Considerando a situação hipotética apresentada, redija a medida cabível, argumentando sobre o
fundamento da despedida de Manuel e sobre as provas produzidas em juízo. Analise a hipótese de
a justa causa vir a ser descaracterizada, descrevendo quais serão as verbas e direitos devidos ao
empregado.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 52

Maria ingressou com reclamação trabalhista contra a empresa Brasil S.A, argumentando ter
exercido função de confiança, com o conseqüente pagamento da gratificação salarial
correspondente, durante seis anos consecutivos, tendo o empregador, sem justa causa e por ato
unilateral, promovido sua reversão ao posto antes ocupado, quando, então, foi reduzida sua
remuneração. Maria pediu antecipação de tutela para que a reclamada procedesse à imediata
incorporação da gratificação, bem como o pagamento das diferenças salariais correspondentes,
desde a data da supressão da vantagem. Ao final, postulou a confirmação da medida liminar.
Juntou prova documental para comprovar suas alegações. O juiz da 1ª Vara do Trabalho de São
Paulo, argumentando estarem satisfeitos os pressupostos autorizadores da medida, deferiu o
pedido de antecipação dos efeitos da tutela.
Em face dessa situação hipotética, redija a medida cabível, argumentando a respeito da
possibilidade de redução salarial na hipótese de reversão do empregado ao cargo efetivo, antes
ocupado, quando este deixar de exercer função de confiança.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 53

Aldair procurou assistência de profissional da advocacia, relatando que fora contratado, em


1º/10/2008, para trabalhar como frentista no Posto Régis E Irmãos, em Camboriú – SC, e
imotivadamente demitido, em 26/02/2010, sem prévio aviso. Afirmou estar desempregado desde
então. Relatou que recebia remuneração mensal no valor de R$ 650,00, equivalente ao piso da
categoria, acrescido do adicional de periculosidade, legalmente previsto. Afirmou ter usufruído
férias pelo primeiro período aquisitivo e acusou recebimento de décimos terceiros salários relativos
a 2008 e 2009. Salientou o empregado que laborava de segunda a sexta-feira, das 22h00 min às
7h00 min., com uma hora de intervalo intrajornada. Informou, ainda, o trabalhador que, no dia de

100
seu desligamento, o representante legal da empresa chamara-o, aos berros, de “moleque”, sem
qualquer motivo, na presença de diversos colegas de trabalho e clientes. Relatou Aldair que tal
conduta patronal o constrangera sobremaneira, alegando que, até então, nunca havia passado por
tamanha vergonha e humilhação. Pontuou também que as verbas rescisórias não foram pagas,
apesar de a CTPS ter sido devidamente anotada no ato de sua admissão e demissão. Informou que
o posto fora fechado em 1º/3/2010, estando seus proprietários em local incerto e não sabido.
Em face dessa situação hipotética, na condição de advogado (a) constituído (a) por Aldair, redija a
peça processual cabível à defesa dos interesses de seu cliente, apresentando toda a matéria de
fato e de direito pertinente ao caso.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 54

Lauro, representante legal da empresa Rápido Distribuidora de Alimentos Ltda., procurou auxílio de
profissional de advocacia, ao qual relatou ter sido citado para manifestar-se a respeito de
reclamação trabalhista ajuizada por ex-empregado que desenvolvia a função de vendedor externo
da empresa. Disse que o vínculo empregatício em questão ocorrera entre 17/3/2000 e 15/12/2009.
A contrafé apresentada por seu interlocutor demonstra, além da data de propositura da demanda
(12/3/2010), a elaboração de pedido de pagamento de horas extraordinárias por todo o liame
empregatício, dada a alegação de prestação de serviços das 8 h às 20 h, de segunda-feira a sexta-
feira. Também estão relatados descontos efetuados no salário do empregado, relativos a multas de
trânsito a ele atribuídas quando em uso de veículo da empresa na realização de seu mister. Em
face disso, o empregado requereu a devolução dos valores deduzidos do salário, alegando que tais
penalidades são ínsitas ao risco da atividade econômica a cargo do empregador. Lauro apresentou
contrato de trabalho firmado entre as partes, no qual constam a data de contratação, a função que
deveria ser exercida, o valor salarial pactuado e a forma de responsabilização do empregado
quanto aos danos que viessem a ser praticados, por culpa ou dolo deste, no uso do veículo da
empresa. Apôs a fotocópia da CTPS e a folha de registro do empregado reclamante, na qual
constam as informações do contrato, excetuando-se a informação concernente ao uso de veículo
da empresa. Apresentou, ainda, multas de trânsito que demonstram ter sido o empregado
flagrado, por três vezes, conduzindo veículo a 100 km/h em vias em que a velocidade máxima
permitida era de 60 km/h. Considerando essa situação hipotética, redija, na condição de
advogado(a) contratado(a) pelo empregador, a peça processual adequada aos interesses de seu
cliente.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 55

Kelly Amaral, assistida por advogado particular não vinculado ao seu sindicato de classe, ajuizou
reclamação trabalhista, pelo Rito Ordinário, em face do Banco Finanças S/A (RT nº 1234/2010),
em 13.09.2010, afirmando que foi admiti da em 04.08.2002, para exercer a função de gerente
geral de agência, e que prestava serviços diariamente de segunda-feira a sexta-feira, das
09h00min às 20h00min, com intervalo para repouso e alimentação de 30 (trinta) minutos diários,
apesar de não ter se submeti do a controle de ponto. Seu contrato extinguiu-se em 15.07.2009,
em razão de dispensa imotivada, quando recebia salário no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais),
acrescido de 45% (quarenta e cinco por cento), a título de gratificação de função. Aduziu, ainda,
que desde a sua admissão, e sempre por força de normas coletivas, vinha percebendo o
pagamento de auxílio-educação, de natureza indenizatória, para custear a despesas com a
instrução de seus dependentes. O pagamento desta vantagem perdurou até o termo fi nal de
vigência da convenção coletiva de trabalho de 2006/2007, aplicável à categoria profissional dos

101
bancários, não tendo sido renovado o direito à percepção do referido auxílio nos instrumentos
normativos subseqüentes. Em face do princípio da inalterabilidade contratual sustentou a
incorporação do direito ao recebimento desta vantagem ao seu contrato de trabalho, configurando
direito adquirido, o qual não poderia ter sido suprimido pelo empregador. Nomeada, em
janeiro/2009, para exercer o cargo de delegado sindical de representação obreira, no setor de
cultura e desporto da entidade e que inobstante tal estabilidade foi dispensada imotivadamente,
por iniciativa de seu empregador. Inobstante não prestar atividades adstritas ao caixa bancário,
por isonomia, requer o recebimento da parcela quebra de caixa, com a devida integração e reflexos
legais. Alegou, também, fazer jus a isonomia salarial com o Sr. Osvaldo Maleta, readaptado
funcionalmente por causa previdenciária, e por tal desde janeiro/2008 exerce a função de Gerente
Geral de Agência, ou seja, com idêntica função ao autor da demanda, na mesma localidade e para
o mesmo empregador e cujo salário fixo superava R$ 8.000,00 (oito mil reais), acrescidos da
devida gratificação funcional de 45%. Alega a não fruição e recebimento das férias do período
2007/2008, inobstante admiti r ter se retirado em licença remunerada, por 32 (trinta e dois) dias
durante aquele período aquisitivo. Diante do exposto, postulou a reintegração ao emprego, em face
da estabilidade acima perpetrada ou indenização substitutiva e a condenação do banco empregador
ao pagamento de 02 (duas) horas extraordinárias diárias, com adicional de 50% (cinqüenta por
cento), de uma hora extra diária, pela supressão do intervalo mínimo de uma hora e dos reflexos
em aviso prévio, férias integrais e proporcionais, décimo terceiro salário integral e proporcional,
FGTS e indenização compensatória de 40% (quarenta por cento), assim como dos valores mensais
correspondentes ao auxílio educação, desde a data da sua supressão até o advento do término de
seu contrato, do recebimento da parcela denominada quebra de caixa, bem como sua integração e
reflexos nos termos da lei, diferenças salariais e reflexos em aviso prévio, férias integrais e
proporcionais, décimo terceiro salário integral e proporcional, FGTS + 40 %, face pleito
equiparatório e férias integrais 2007/2008, de forma simples e acrescidos de 1/3 pela não
concessão a tempo e modo. Pleiteou, por fi m, a condenação do reclamado ao pagamento de
indenização por danos morais e de honorários advocatícios sucumbenciais. Considerando que a
reclamação trabalhista foi ajuizada perante a 1ª Vara do Trabalho de Boa Esperança/MG, redija, na
condição de advogado contratado pelo banco empregador, a peça processual adequada, afim de
atender aos interesses de seu cliente.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 56

Em face da sentença abaixo, você, na qualidade de advogado do reclamante, deverá interpor o


recurso cabível para a instância superior, informando acerca de preparo porventura
efetuado.
VARA DO TRABALHO DE SÃO JOÃO DE PÁDUA
Processo nº 644-44.2011.5.03.0015 – procedimento sumaríssimo
AUTOR: RILDO JAIME
RÉS: 1) SOLUÇÕES EMPRESARIAIS LTDA. e 2) METALÚRGICA CRISTINA LTDA.
Aos 17 dias do mês de fevereiro de 2011, às 10 horas, na sala de audiências desta Vara do
Trabalho, o Meritíssimo Juiz proferiu, observadas as formalidades legais, a seguinte
SENTENÇA
Dispensado o relatório, a teor do disposto no artigo 852, I, in fine da CLT.
FUNDAMENTAÇÃO
DA REVELIA E CONFISSÃO – Malgrado a segunda ré (tomadora dos serviços) não ter
comparecido em juízo, mesmo citada por oficial de justiça (mandado a fls. 10), entendo que não há
espaço para revelia nem confissão quanto à matéria de fato porque a primeira reclamada,
prestadora dos serviços e ex-empregadora, contestou a demanda. Assim, utilidade alguma haveria

102
na aplicação da pena em tela, requerida pelo autor na última audiência. Rejeito.
DA INÉPCIA – O autor denuncia ter sido admitido dois meses antes de ter a CTPS assinada,
pretendendo assim a retificação no particular e pagamento dos direitos atinentes ao período
oficioso. Apesar de a ex-empregadora silenciar neste tópico, a técnica processual não foi respeitada
pelo autor. É que ele postulou apenas a retificação da CTPS e pagamento dos direitos, deixando de
requerer a declaração do vínculo empregatício desse período, fator indispensável para o sucesso da
pretensão deduzida. Extingo o feito sem resolução do mérito em face deste pedido.
DA PRESCRIÇÃO PARCIAL – Apesar de não ter sido suscitada pela primeira ré, conheço de ofício
da prescrição parcial, conforme recente alteração legislativa, declarando inexigíveis os direitos
anteriores a cinco anos do ajuizamento da ação.
DAS HORAS EXTRAS – O autor afirma que trabalhava de 2ª a 6ª feira das 8h às 16h com
intervalo de 15 minutos para refeição, postulando exclusivamente hora extra pela ausência da
pausa de 1 hora. A instrução revelou que efetivamente a pausa alimentar era de 15 minutos, não
só pelos depoimentos das testemunhas do autor, mas também porque os controles não exibem a
marcação da pausa alimentar, nem mesmo de forma pré-assinalada. Contudo, uma vez que
confessadamente houve fruição de 15 minutos, defiro 45 minutos de horas extras por dia de
trabalho, com adição de 40%, conforme previsto na convenção coletiva da categoria juntada os
autos, mas sem qualquer reflexo diante da natureza indenizatória da verba em questão.
DA INSALUBRIDADE – Este pedido fracassa porque o autor postulou o seu pagamento em grau
máximo, conforme exposto na peça inicial, mas a perícia realizada comprovou que o grau presente
na unidade em que o reclamante trabalhava era mínimo e, mais que isso, que o agente agressor
detectado (iluminação) era diverso daquele indicado na petição inicial (ruído). Estando o juiz
vinculado ao agente agressor apontado pela parte e ao grau por ela estipulado, o deferimento da
verba desejada implicaria julgamento extra petita, o que não é possível. Não procede.
DA MULTA ARTIGO 477 da CLT – O reclamante persegue a verba em exame ao argumento de
que a homologação da ruptura contratual sucedeu 25 dias após a concessão do aviso prévio
indenizado. Sem razão, todavia. A ré comprovou documentalmente que realizou o depósito das
verbas resilitórias na conta do autor oito dias após a concessão do aviso, de modo que a demora
na homologação da ruptura – fato incontestado – não causou qualquer prejuízo ao trabalhador.
Não procede.
ANOTAÇÃO DE DISPENSA NA CTPS – O acionante deseja a retificação de sua CTPS no tocante à
data da dispensa, para incluir o período do aviso prévio. O pedido está fadado ao insucesso,
porquanto no caso em exame o aviso prévio foi indenizado, ou seja, não houve prestação de
serviço no seu lapso. Logo, tal período não pode ser considerado na anotação da carteira
profissional. Não procede.
DO DANO MORAL – O pedido de dano moral tem por suporte a revista que o autor sofria. A
primeira ré explicou que a revista se limitava ao fato de os trabalhadores, na saída do expediente,
levantarem coletivamente a camisa até a altura do peito, o que não trazia qualquer
constrangimento, mesmo porque fiscalizados por pessoa do mesmo sexo. A empresa tem razão,
pois, se os homens frequentam a praia ou mesmo saem à rua sem camisa, certamente não será o
fato de a levantarem um pouco na saída do serviço que lhes ferirá a dignidade ou decoro. Ademais,
a proibição de revista aplica-se apenas às mulheres, na forma do artigo 373-A, VI, da CLT. Não
houve violação a qualquer aspecto da personalidade do autor. Não procede.
DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – São indevidos os honorários porque, em que pese o
reclamante estar assistido pelo sindicato de classe e encontrar-se atualmente desempregado, o
volume dos pedidos ora deferidos superará dois salários mínimos, pelo que não se cogita
pagamento da verba honorária almejada pelo sindicato.
DOS HONORÁRIOS PERICIAIS – Em relação à perícia realizada, cujos honorários foram
adiantados pelo autor, já constatei que, no mérito, razão não assistia ao demandante, mas, por

103
outro lado, que havia efetivamente um agente que agredia a saúde do laborista. Desse modo,
declaro que a sucumbência pericial foi recíproca e determino que cada parte arque com metade dos
honorários. A metade devida ao reclamante deverá a ele ser devolvida, sem correção, adicionando-
se seu valor na liquidação.
JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA – Na petição inicial o autor não requereu ambos os títulos,
pelo que não deverão ser adicionados aos cálculos de liquidação, já que a inicial fixa os contornos
da lide e da eventual condenação.
RESPONSABILIDADE SEGUNDA RÉ – Na condição de tomadora dos serviços do autor durante
todo o contrato de trabalho, e considerando que não houve fiscalização do cumprimento das
obrigações contratuais da prestadora, condeno a segunda ré de forma subsidiária pelas obrigações
de dar, com arrimo na Súmula 331 do TST. Contudo, fixo que a execução da segunda reclamada
somente terá início após esgotamento da tentativa de execução da devedora principal (a primeira
ré) e de seus sócios. Somente após a desconsideração da personalidade jurídica, sem êxito na
captura de patrimônio, é que a execução poderá ser direcionada contra a segunda demandada.
Diante do exposto, julgo procedentes em parte os pedidos, na forma da fundamentação, que
integra este decisum.
Custas de R$ 100,00 sobre R$ 5.000,00, pelas rés.
Intimem-se.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 57

Anderson Silva, assistido por advogado não vinculado ao seu sindicato de classe, ajuizou
reclamação trabalhista, pelo rito ordinário, em face da empresa Comércio Atacadista de Alimentos
Ltda. (RT nº 0055.2010.5.01.0085), em 10/01/2011, afirmando que foi admitido em 03/03/2002,
na função de divulgador de produtos, para exercício de trabalho externo, com registro na CTPS
dessa condição, e salário mensal fixo de R$ 3.000,00 (três mil reais). Alegou que prestava serviços
de segunda-feira a sábado, das 9h às 20h, com intervalo para alimentação de 01 (uma) hora
diária, não sendo submetido a controle de jornada de trabalho, e que foi dispensado sem justa
causa em 18/10/2010, na vigência da garantia provisória de emprego prevista no artigo 55 da Lei
5.764/71, já que ocupava o cargo de diretor suplente de cooperativa criada pelos empregados da
ré. Afirmou que não lhe foi pago o décimo terceiro salário do ano de 2009 e que não gozou as
férias referentes ao período aquisitivo 2007/2008, admitindo, porém, que se afastou, nesse mesmo
período, por 07 (sete) meses, com percepção de auxílio-doença. Aduziu, ainda, que foi contratado
pela ré, em razão da morte do Sr. Wanderley Cardoso, para exercício de função idêntica, na
mesma localidade, mas com salário inferior em R$ 1.000,00 (um mil reais) ao que era percebido
pelo paradigma, em ofensa ao artigo 461, caput, da CLT. Por fim, ressaltou que o deslocamento de
sua residência para o local de trabalho e vice-versa era realizado em transporte coletivo fretado
pela ré, não tendo recebido vale-transporte durante todo o período do contrato de trabalho.
Diante do acima exposto, postulou: a) a sua reintegração no emprego, ou pagamento de
indenização substitutiva, em face da estabilidade provisória prevista no artigo 55 da Lei 5.674/71;
b) o pagamento de 02 (duas) horas extraordinárias diárias, com adicional de 50% (cinquenta por
cento), e dos reflexos no aviso prévio, férias integrais e proporcionais, décimos terceiros salários
integrais e proporcionais, FGTS e indenização compensatória de 40% (quarenta por cento); c) o
pagamento em dobro das férias referentes ao período aquisitivo de 2007/2008, acrescidas do terço
constitucional, nos termos do artigo 137 da CLT; d) o pagamento das diferenças salariais
decorrentes da equiparação salarial com o paradigma apontado e dos reflexos no aviso prévio,
férias integrais e proporcionais, décimos terceiros salários integrais e proporcionais, FGTS e
indenização compensatória de 40% (quarenta por cento); e) o pagamento dos valores
correspondentes aos vales-transportes não fornecidos durante todo o período contratual; e f) o

104
pagamento do décimo terceiro salário do ano de 2008.
Considerando que a reclamação trabalhista foi distribuída à 85ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro
– RJ, redija, na condição de advogado contratado pela empresa, a peça processual adequada, a fim
de atender aos interesses de seu cliente.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 58

Joaquim Ferreira, assistido por advogado particular, ajuizou reclamação trabalhista, pelo rito
ordinário, em face da empresa Parque dos Brinquedos Ltda. (RT nº 0001524-15.2011.5.04.0035),
em 7/11/2011, alegando que foi admitido em 3/2/2007, para trabalhar na linha de produção de
brinquedos na sede da empresa localizada no Município de Florianópolis-SC, com salário de R$
2.000,00 (dois mil reais) mensais e horário de trabalho das 8 às 17 horas, de segunda-feira a
sábado, com 1 (uma) hora de intervalo intrajornada. Esclarece, contudo, que, logo após a sua
admissão, foi transferido, de forma definitiva, para a filial da reclamada situada no Município de
Porto Alegre-RS e que jamais recebeu qualquer pagamento a título de adicional de transferência.
Diz que, em razão da insuficiência de transporte público regular no trajeto de sua residência para o
local de trabalho e vice-versa, a empresa lhe fornecia condução, não lhe pagando as horas in
itinere, nem promovendo a integração do valor correspondente a essa utilidade no seu salário,
para todos os efeitos legais. Salienta, ainda, que não recebeu o pagamento do décimo terceiro
salário do ano de 2008 e não gozou as férias relativas ao período aquisitivo 2007/2008, apesar de
ter permanecido em licença remunerada por 33 (trinta e três) dias no curso desse mesmo período.
Afirma também que exercia função idêntica ao paradigma Marcos de Oliveira, prestando um
trabalho de igual valor, com a mesma perfeição técnica e a mesma produção, não obstante o fato
de a jornada de trabalho do modelo fosse bem inferior ao do autor. Por fim, aduz que, à época de
sua dispensa imotivada, era o Presidente da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA
instituída pela empresa, sendo beneficiário de garantia provisória de emprego. A extinção do
contrato de trabalho ocorreu em 3/10/2009. Diante do acima exposto, postula: a) o pagamento do
adicional de transferência e dos reflexos no aviso prévio, nas férias, nos décimos terceiros salários,
nos depósitos do FGTS e na indenização compensatória de 40% (quarenta por cento); b) o
pagamento das horas in itinere e dos reflexos no aviso prévio, nas férias, nos décimos terceiros
salários, nos depósitos do FGTS e na indenização compensatória de 40% (quarenta por cento); c) o
pagamento das diferenças decorrentes da integração no salário dos valores correspondentes ao
fornecimento de transporte e dos reflexos no aviso prévio, nas férias, nos décimos terceiros
salários, nos depósitos do FGTS e na indenização compensatória de 40% (quarenta por cento); d)
o pagamento, em dobro, das férias relativas ao período aquisitivo 2007/2008; e) o pagamento das
diferenças decorrentes da equiparação salarial com o paradigma apontado e dos reflexos no aviso
prévio, nas férias, nos décimos terceiros salários, nos depósitos do FGTS e na indenização
compensatória de 40% (quarenta por cento); f) a reintegração no emprego, em razão da garantia
provisória de emprego conferida ao empregado membro da Comissão Interna de Prevenção de
Acidente – CIPA, ou o pagamento de indenização substitutiva; e g) o pagamento de honorários
advocatícios.
Considerando que a reclamação trabalhista foi distribuída à 35ª Vara do Trabalho de Porto Alegre-
RS, redija, na condição de advogado(a) contratado(a) pela reclamada, a peça processual
adequada, a fim de atender aos interesses de seu cliente.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 60

105
Sentença:
83ª Vara do Trabalho de Tribobó do Oeste.
Processo no. 1200‐34‐2011‐5‐07‐0083.
Aos xx dias do mês de xxxxxxxxxx, do ano de 2012, às xx h, na sala de audiências dessa Vara do
Trabalho, na presença
do MM. Juiz Fulano de Tal, foi proferida a seguinte
Sentença:
Jurandir Macedo, qualificação, ajuizou ação trabalhista em face de Aérea Auxílio Aeroportuário
Ltda., e de Aeroportos Públicos Brasileiros, empresa pública, em 30/05/2011, aduzindo que era a
terceira ação em face das rés, pois não compareceu à primeira audiência das ações anteriormente
ajuizadas, tendo tido notícia da sentença de
extinção do feito sem resolução do mérito da primeira ação em 10/01/2009 e da segunda ação em
05/06/2009. Afirma que a ação anterior é idêntica à presente. Relata que foi contratado pela
primeira ré em 28/04/2004 para trabalhar como auxiliar de carga e descarga de aviões, tendo
como último salário o valor de R$ 1.000,00. Ao longo do contrato de trabalho, cumpria jornada das
8:00h às 20:00h, com uma hora de almoço, trabalhando em escala 12 x 36, conforme norma
coletiva, pretendendo horas extras e reflexos. Afirma que carregava as malas para os aviões
enquanto esses eram abastecidos, mas não recebia adicional de periculosidade, e adquiriu hérnia
de disco na lombar por conta do peso carregado, pelo que requer indenização por danos morais e
reintegração ou, subsidiariamente, indenização. Era descontado do vale alimentação, mas não
recebia o benefício, pretendendo a devolução do valor e a integração da utilidade. Conta que foi
dispensado por justa causa, tipificada em desídia, após faltar 14 dias seguidos sem justificativa,
além de outros dias alternados, que lhe foram descontados. Requer seja elidida a justa causa, com
pagamento de aviso prévio, férias
vencidas e proporcionais + 1/3, FGTS + 40%, seguro desemprego e anotação de dispensa na CTPS
com multa diária de R$ 500,00 pelo descumprimento, além da incidência das multas dos arts. 467
e 477 da CLT. Ao longo de todo o seu contrato, diz que sempre desempenhou sua atividade no
aeroporto internacional de Tribobó do Oeste, de administração da segunda ré, pelo que pede a
condenação subsidiária da segunda ré. Dá à causa o valor de R$20.000,00. Na audiência, a
primeira ré apresentou defesa aduzindo genericamente a prescrição; que o autor foi desidioso,
conforme as faltas apontadas, juntando documentação comprobatória das ausências não
justificadas e diversas advertências e suspensões pelo comportamento reiterado de faltas
injustificadas. Apresentou controle de ponto com jornada de 12x36h, com uma hora de intervalo,
conforme norma coletiva da categoria. Juntou TRCT do autor, cujo valor foi negativo em razão das
faltas descontadas. Afirmou que o autor não ficava em área de risco no abastecimento do avião e
que não há relação entre o trabalho do autor e sua doença. Apresentou norma coletiva,
autorizando a substituição de vale alimentação por pagamento em dinheiro, com desconto em folha
proporcional, conforme recibos juntados, comprovando os pagamentos dos valores. Afirmou que
não devia as multas dos artigos 467 e 477 da CLT por não haver verba a pagar e que procederia a
anotação de dispensa na CTPS com a data da defesa. Pugnou pela improcedência dos pedidos. A
segunda ré defendeu‐se, aduzindo ser parte ilegítima para figurar na lide, pois escolheu a primeira
ré por processo licitatório, com observância da lei, comprovando documentalmente a fiscalização
efetiva do contrato com a primeira ré e a relação dessa com os seus funcionários que lhe
prestavam serviços. Salientou a prescrição e refutou os
pedidos do autor, negando os mesmos. O autor teve vista das defesas e dos documentos, não
impugnando os mesmos. Indagadas as partes, as mesmas declararam que não tinham mais provas
a produzir e se reportavam aos elementos dos autos, permanecendo
inconciliáveis. O autor se recusou a fornecer a CTPS para que fosse anotada a dispensa.
É o Relatório. Decide‐se:

106
Não há prescrição, pois o curso desta foi interrompido.
A segunda ré foi tomadora dos serviços, logo é parte legítima.
Procede o pedido de conversão da dispensa por justa causa em dispensa imotivada. A justa causa
é o maior dos castigos ao empregado. Logo, tendo havido desconto dos dias de falta, não há
desídia, porque haveria dupla punição. Logo, procedem os pedidos de aviso prévio, férias vencidas
e proporcionais + 1/3, FGTS + 40%, seguro desemprego e anotação de dispensa na CTPS com
multa diária de R$ 500,00 pelo descumprimento, além da
incidências das multas dos artigos 467 e 477 da CLT pelo não pagamento das verbas.
Procede o pedido de indenização por danos morais, que fixo em R$ 5.000,00, pois é claro que se o
autor carregava malas,sua hérnia de disco decorre da função,sendo também reconhecida a
estabilidade pelo acidente de trabalho (doença profissional), que ora se convola em indenização
pela projeção do contrato de trabalho, o que equivale a R$ 10.000,00. Improcede a devolução de
descontos do vale alimentação, pois a ré provou a concessão do vale por substituição em dinheiro
e autorizado em norma coletiva. Logo,também não há a integração desejada. Procede o pedido de
horas extras e reflexos, pois o autor extrapolava a jornada constitucional de 8 horas por dia.
Procede o adicional de periculosidade por analogia à Súmula 39 do TST. Procede a condenação da
segunda ré, pois havendo terceirização, esta responde subsidiariamente.
Improcedentes os demais pedidos.
Custas de R$ 600,00, pelas rés, sobre o valor da condenação estimado em R$ 30.000,00.
Recolhimentos
previdenciários e fiscais, conforme a lei, assim como juros e correção monetária.
Partes cientes.
Fulano de Tal
Juiz do Trabalho
Apresente a peça respectiva para defesa dos interesses da segunda ré.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 61

Refrigeração Nacional, empresa de pequeno porte, contrata os serviços de um advogado em


virtude de uma reclamação trabalhista movida pelo ex-empregado Sérgio Feres, ajuizada em
12.04.2012 e que tramita perante a 90ª Vara do Trabalho de Campinas (número 1598-
73.2012.5.15.0090), na qual o trabalhador alega e requer, em síntese:- que desde a admissão,
ocorrida em 20.03.2006, sofria revista íntima na sua bolsa, feita separadamente e em sala
reservada, que entende ser ilegal porque violada a sua intimidade. Requer o pagamento de
indenização por dano moral de R$ 50.000,00. - que uma vez o Sr. Mário, seu antigo chefe, pessoa
meticulosa e sistemática, advertiu verbalmente o trabalhador, na frente dos demais colegas,
porque ele havia deixado a blusa para fora da calça, em desacordo com a norma interna
empresarial, conhecida por todos. Efetivamente houve esquecimento por parte de Sérgio Feres,
como reconheceu na petição inicial, mas entende que o chefe não poderia agir publicamente dessa
forma, o que caracteriza assédio moral e exige reparação. Requer o pagamento de indenização
pelo dano moral sofrido na razão de outros R$ 50.000,00. - que apesar de haver trabalhado em
turno ininterrupto de revezamento da admissão à dispensa, ocorrida em 15.05.2011, se ativava na
verdade durante 8 horas em cada plantão, violando a norma constitucional de regência, fazendo,
assim, jus a duas horas extras com adicional de 50% por dia de trabalho, o que requer. Reconhece
existir norma coletiva que estendeu a jornada para 8 horas, mas advoga que ela padece de
nulidade insanável, pois aniquila seu direito constitucional a uma jornada menor. - no período

107
aquisitivo 2008/2009 teve 18 faltas, sendo 12 delas justificadas. Pretendia transformar 10 dias das
férias em dinheiro, como entende ser seu direito, mas o empregador só permitiu a conversão de
oito dias, o que se revela abusivo por ferir a norma cogente. Por conta disso, deseja o pagamento
de dois dias não convertidos em pecúnia, com acréscimo de 1/3. - nas mesmas férias citadas no
tópico anterior, fruídas no mês de julho de 2010, tinha avisado ao empregador desde o mês de
março de 2010 que gostaria de receber a 1ª parcela do 13º salário daquele ano juntamente com as
férias, para poder custear uma viagem ao exterior, mas isso lhe foi negado. Entende que esse é
um direito potestativo seu, que restou violado, pelo que persegue o pagamento dos juros e
correção monetária da 1ª parcela do 13º salário no período compreendido entre julho de 2010
(quando aproveitou as férias) e 30.11.2010 (quando efetivamente recebeu a 1ª parcela da
gratificação natalina). - que no mês de novembro de 2007 afastou-se da empresa por 30 dias em
razão de doença, oportunidade na qual recebeu benefício do INSS (auxílio-doença previdenciário,
espécie B-31). Contudo, nesse período não recebeu ticket refeição nem vale transporte, o que
considera irregular. Persegue, assim, ambos os títulos no lapso em questão. - que a empresa
sempre pagou os salários no dia 2 do mês seguinte ao vencido, mas a partir de abril de 2009,
unilateralmente, passou a quitá-los no dia 5 do mês seguinte, em alteração reputada maléfica ao
empregado. Requer, em virtude disso, a nulidade da novação objetiva e o pagamento de juros e
correção monetária entre os dias 2 e 5 de cada mês, no interregno de abril de 2009 em diante.
Considerando que todos os fatos apontados pelo trabalhador são verdadeiros, apresente a peça
pertinente à defesa dos interesses da empresa, sem criar dados ou fatos não informados.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 62

O pedido formulado numa reclamação trabalhista foi julgado procedente em parte. O juiz condenou
a autora a 6 meses de detenção por crime contra a organização do trabalho, pois
comprovadamente ela estava recebendo seguro desemprego nos dois primeiros meses do contrato
de trabalho e por isso pediu que a empresa não assinasse sua CTPS nesse período.
O magistrado reconheceu que a autora excedia a jornada em três horas diárias, mas limitou o
pagamento da sobrejornada a duas horas por dia com adicional de 50%, em razão do Art. 59 da
CLT. Ainda, julgou aplicável a norma de complementação de aposentadoria custeada pela empresa
que estava em vigor no momento do requerimento da aposentadoria, e não a da admissão, que
era mais favorável à trabalhadora, fundamentando na inexistência de direito adquirido, mas
apenas expectativa de direito.
Além disso, reconheceu que a acionante trabalhou 10 horas em regime de prontidão no último mês
trabalhado e deferiu o pagamento de 1/3 dessas horas.
Reconheceu, também, que o local de trabalho da autora era de difícil acesso e que no
deslocamento ela gastava duas horas diárias, mas, por existir acordo coletivo fixando a média de
1:30 h, com transporte concedido pelo empregador, deferiu, com base no § 3º do Art. 58, da CLT,
1:30 h por dia como hora in itinere.
Deferiu o requerimento da empresa determinando, com sustentáculo no Art. 940 do CCB, a
devolução em dobro do 13º salário do ano de 2012, porque a autora o postulou integralmente,
sem qualquer ressalva, quando a 1ª parcela já havia sido quitada pela empresa.
As custas foram arbitradas em R$ 300,00 sobre o valor arbitrado à condenação de R$ 15.000,00.

108
Autora: Verônica Silva; Ré: Indústria Metalúrgica Ribeiro S.A., que possui 1.600 empregados;
Processo 1111-55.2012.5.03.0100, em trâmite na 100ª VT/MG.
Analisando a narrativa e considerando que a trabalhadora não se conformou com a sentença,
apresente a peça pertinente à reversão da decisão, no que couber, sem criar dados ou fatos não
informados.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 63

Zenga Modas Ltda., CNPJ 1.1.0001/00, com sede na Rua Lopes Quintas, 10 – Maceió – AL,
encontra-se na seguinte situação: Joana Firmino, brasileira, casada, costureira, residente na Rua
Lopes Andrade, 20 – Maceió – AL – CEP 10.0001-00, foi contratada pela, em 12.09.2008, para
exercer a função de costureira, na unidade de Maceió - AL, sendo dispensada sem justa causa em
11.10.2012, mediante aviso prévio indenizado. Naquele dia Joana entregou a CTPS à empresa para
efetuar as atualizações de férias, e tal documento ainda se encontra custodiado no setor de
recursos humanos.
Joana foi cientificada de que no dia 15.10.2012, às 10:00 h, seria homologada a ruptura e pagas
as verbas devidas no sindicato de classe de Joana. Contudo, na data e hora designadas, a
empregada não compareceu, recebendo a empresa certidão nesse sentido emitida pelo sindicato.
Procurado por Zenga Modas Ltda. em 17.10.2012, apresente a medida judicial adequada à defesa
dos interesses empresariais, sem criar dados ou fatos não informados, ciente de que a empregada
fruiu férias dos períodos 2008/2009 e 2009/2010 e de que, no armário dela, foi encontrado um
telefone celular de sua propriedade, que se encontra guardado no almoxarifado da empresa.
É desnecessária a indicação de valores.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 64

Contratado pela empresa Clínica das Amendoeiras, em razão de uma reclamação trabalhista
proposta em 12.12.2012 pela empregada Jussara Péclis (número 11 46-63.2012.5.18.0002, 2ª
Vara do Trabalho de Goiânia), o advogado analisa a petição inicial, que contém os seguintes dados
e pedidos: que a empregada foi admitida em 18.11.2000 e dispensada sem justa causa em
15.07.20 11 mediante aviso prévio trabalhado; que a homologação da ruptura aconteceu em
10.09.2011; que havia uma norma interna garantindo ao empregado com mais de 10 anos de
serviço o direito a receber um relógio folheado a ouro do empregador, o que não foi observado;
que a ex-empregada
cumpria jornada de 2ª a 6ª feira das 15h às 19h sem intervalo; que recebia participação nos lucros
(PL) 1 vez a cada semestre, mas ela não era integrada para fim algum.
A autora postula o pagamento do aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, já que ele foi
concedido por 30 dias; multa do Art. 477 da CLT porque a homologação ocorreu a destempo;
condenação em obrigação de fazer materializada na entrega de um relógio folheado a ouro; hora
extra pela ausência de pausa alimentar; integração da PL nas verbas salariais, FGTS e aquelas
devidas pela ruptura, com o pagamento das diferenças correlatas.
A empresa entrega ao advogado cópia do recibo de depósito das verbas resilitórias na conta da
trabalhadora, ocorrido em 14.08.2011 e cópia dos regulamentos internos vigentes ao longo do

109
tempo, em que existia a previsão de concessão do relógio folheado a ouro, mas, em fevereiro de
2000, foi substituído por um novo regulamento, que previu a entrega de uma foto do empregado
com sua equipe.
Analisando cuidadosamente a narrativa feita pela em presa e a documentação por ela fornecida,
apresente a peça pertinente à defesa, em juízo, dos interesses dela, sem criar dados ou fatos não
informados. (Valor: 5,0) A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não pontua.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 65

Síntese da entrevista feita com Bruno Silva, brasileiro, solteiro, CTPS 0010, Identidade 0011, CPF
0012 e PIS 0013, filho de Valmor Silva e Helena Silva, nascido em 20.02.1990, domiciliado na Rua
Oliveiras, 150 – Cuiabá – CEP 20000-000: que foi admitido em 05.07.2011 pela empresa Central
de Legumes Ltda., situada na Rua das Acácias, 58 – Cuiabá – CEP 20000-010, e dispensado sem
justa causa em 27.10.2013, quando recebeu corretamente as verbas da extinção contratual; que
teve a CTPS assinada e exercia a função de empacotador, recebendo por último o salário de
R$ 1.300,00 por mês; que sua tarefa consistia em empacotar congelados de legumes numa
máquina adquirida para tal fim. Em 30.11.2011 sofreu acidente do trabalho na referida máquina,
quando sua mão ficou presa no interior do equipamento, ficando afastado pelo INSS e recebendo
auxílio doença acidentário até 20.05.2012, quando retornou ao serviço. No acidente, sofreu
amputação traumática de um dedo da mão esquerda e se submeteu a tratamento médico e
psicológico, gastando com os profissionais R$ 2.500,00 entre honorários profissionais e
medicamentos, tendo levado consigo os recibos.
No retorno, tendo sido comprovada pelos peritos do INSS a perda de 20% da sua capacidade
laborativa, foi readaptado a outra função. A CIPA da empresa, convocada quando da ocorrência do
acidente, verificou que a máquina havia sido alterada pela empresa, que retirou um dos
componentes de segurança para que ela trabalhasse com maior rapidez e, assim, aumentasse a
produtividade. Bruno costumava fazer digitação de trabalhos de conclusão de curso para
universitários, ganhando em média R$200,00 por mês, mas no período em que esteve afastado
pelo INSS não teve condição física de realizar esta atividade, que voltou a fazer tão logo retornou
ao emprego.
Analisando cuidadosamente o relato feito pelo trabalhador, apresente a peça pertinente à melhor
defesa, em juízo, dos interesses dele, sem criar dados ou fatos não informados. (Valor: 5,0) A
simples menção ou transcrição do dispositivo legal não pontua.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 66

Síntese da entrevista realizada com Heitor Samuel Santos, brasileiro, solteiro, desempregado, filho
de Isaura Santos, portador da identidade 559, CPF 202, residente e domiciliado na Rua Sete de
Setembro, casa 18 – Manaus – Amazonas – CEP 999: • trabalhou na fábrica de componentes
eletrônicos Nimbus S.A. situada na Rua Leonardo Malcher, 7.070 – Manaus – Amazonas – CEP
210), de 10.10.2012 a 02.07.2014, oportunidade na qual foi dispensado sem justa causa e
recebeu, corretamente, sua indenização; • a empresa possui 220 empregados; • é portador de
deficiência e soube que, após a sua dispensa, não houve contratação de um substituto em condição

110
semelhante; • seu e-mail pessoal era monitorado pela empresa porque, na admissão, estava
ocorrendo um problema na plataforma institucional, daí porque a ex-empregadora acordou com os
empregados que o conteúdo de trabalho seria enviado ao e-mail particular de cada um, desde que
pudesse fazer o monitoramento; que, em razão disso, o empregador teve acesso a diversos
escritos e fotos particulares do depoente, inclusive conteúdo que ele não desejava expor a
terceiros; • durante o contrato sofreu descontos a título de contribuição sindical e confederativa,
mesmo não sendo sindicalizado; • teve a CTPS assinada como assistente de estoque, mas, em
parte do horário de trabalho, também realizava as tarefas de um analista de compras, pois seu
chefe determinava que ele fizesse pesquisa de preços e comparasse a sua evolução ao longo do
tempo, atividades estranhas ao seu mister de assistente de estoque; • trabalhava de 2ª a 6ª feira
das 8h às 16h45min, com intervalo de 45 minutos para refeição, e aos sábados das 8h às 12h,
sem intervalo. Você, contratado como advogado, deve apresentar a medida processual adequada à
defesa dos interesses de Heitor, sem criar dados ou fatos não informados.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 67

Tramita perante a 89ª Vara do Trabalho de Curitiba a RT nº 000153-80.2012.5.09.0089, ajuizada


em 06/05/2012 por Sérgio Camargo de Oliveira, assistido por advogado particular, contra o
Supermercado Onofre Ltda. Nela foi proferida sentença que, em síntese, assim julgou os pedidos
formulados a seguir.
(I) Foi reconhecida a ilicitude da confessada supressão das comissões, que eram pagas desde a
admissão, ocorrida em 13/10/2005, mas abruptamente ceifadas pelo empregador em 25/12/2006.
Entendeu o magistrado que a prescrição, na hipótese, era parcial, alcançando os últimos 5 anos, e
não total como advogado na peça de bloqueio, já que se tratava de rubrica assegurada por
preceito de lei, além de se tratar de alteração prejudicial ao empregado, vedada pelo Art. 468,
caput, da CLT.
(II) Foi deferido o pagamento de duas cotas mensais de salário-família para os filhos capazes do
reclamante, que, na admissão do obreiro, contavam com 15 e 17 anos, respectivamente. Enfatizou
o magistrado que não foi solicitada a documentação pertinente quando do ingresso do
demandante, gerando prejuízo financeiro para o trabalhador.
(III) Foi concedida indenização por dano moral pela humilhação sofrida pelo reclamante na saída. É
que, por determinação do empregador, ele foi comunicado de sua dispensa por intermédio de um
colega de trabalho que exercia a mesma função, que o chamou em particular numa sala, para lhe
dar a fatídica notícia.
Encampou o magistrado o entendimento do reclamante, no sentido de que somente um superior
hierárquico poderia informar acerca da ruptura contratual, e que a forma eleita pela ré seria
indigna e vexatória. Uma vez que o autor foi contratado em substituição ao Sr. Paulo, dispensado
em 05/10/2005, foi deferida a diferença salarial, porque o antecessor auferia salário 20% superior
ao do reclamante, o que, segundo a decisão, violaria os princípios constitucionais da isonomia e da
dignidade da pessoa humana. Foi deferida a reintegração ao emprego, porque na dispensa,
ocorrida em 06/04/2012, o autor não foi submetido a exame demissional, conforme previsto no
Art. 168, II, da CLT, gerando então, na ótica do reclamante e do magistrado, garantia no emprego.
Contudo, a tutela antecipada foi indeferida, pois foi constatado por perícia judicial que o autor

111
encontrava-se em perfeito estado de saúde. Foi concedida verba honorária na razão de 15% sobre
a condenação.
A sentença foi proferida de forma líquida, com valor de R$ 60.000,00 e custas de R$ 1.200,00.
Considerando que todos os fatos apontados são verdadeiros, e não cabendo Embargos de
Declaração, visto que a decisão foi clara em todos os aspectos, apresente a peça pertinente aos
interesses da empresa, sem criar dados ou fatos não informados. (Valor: 5,00) A peça deve
abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à
pretensão.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 68

A sociedade empresária Pedreira TNT Ltda. foi condenada em 1º grau na reclamação trabalhista
movida pelo ex-empregado Gilson Cardoso de Lima (Processo 009000-77.2014.5.12.0080),
oriundo da 80ª Vara do Trabalho de Florianópolis. Na sentença, depois de reconhecido que o
reclamante trabalhou na pedreira por 6 meses, o juiz deferiu adicional de periculosidade na razão
de 50% sobre o salário básico, pois a perícia realizada nos autos detectou a existência de risco à
vida (contato permanente com explosivos); determinou o depósito do FGTS no período de 2 meses
em que o empregado esteve afastado por auxílio-doença previdenciário (código B-31); deferiu a
multa do Art. 477, § 8º, da CLT, porque o pagamento das verbas devidas pela extinção do contrato
foi feito na sede da empresa, não tendo sido homologado no sindicato de classe ou autoridade do
Ministério do Trabalho e Emprego; deferiu dano moral, determinando que juros e correção
monetária fossem computados desde a data do ajuizamento da ação, e deferiu, com base no Art.
1.216 do Código Civil, indenização pelo frutos de má-fé percebidos pela sociedade empresária
porque ela permaneceu com dinheiro que pertencia ao trabalhador. Diante do que foi exposto,
elabore a medida judicial adequada para a defesa dos interesses da sociedade empresária. As
custas foram fixadas em R$ 200,00 sobre o valor arbitrado à condenação de R$ 10.000,00. (Valor:
5,00) Responda justificadamente, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a
fundamentação legal pertinente ao caso.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 69

Você foi procurado pelo Banco Dinheiro Bom S/A, em razão de ação trabalhista nº XX, distribuída
para a 99ª VT de Belém/PA, ajuizada pela ex-funcionária Paula, que foi gerente geral de agência de
pequeno porte por 4 anos, período total em que trabalhou para o banco. Sua agência atendia
apenas a clientes pessoa física. Paula era responsável por controlar o desempenho profissional e a
jornada de trabalho dos funcionários da agência, além do desempenho comercial desta. Na ação,
Paula aduziu que ganhava R$ 8.000,00 mensais, além da gratificação de função no percentual de
50% a mais que o cargo efetivo. Porém, seu salário era menor que o de João Petrônio, que
percebia R$ 10.000,00, sendo gerente de agência de grande porte atendendo contas de pessoas
físicas e jurídicas. Requer as diferenças salariais e reflexos. Paula afirma que trabalhava das 8h às
20h, de segunda a sexta-feira, com intervalo de 20 minutos. Requer horas extras e reflexos. Paula
foi transferida de São Paulo para Belém, após um ano de serviço, tendo lá fixado residência com
sua família. Por isso, ela requer o pagamento de adicional de transferência. Paula requer a

112
devolução dos descontos relativos ao plano de saúde, que assinou no ato da admissão, tendo
indicado dependentes. Requer, ainda, multa prevista no Art. 477 da CLT, pois foi notificada da
dispensa em 02/03/2015, uma segunda-feira, e a empresa só pagou as verbas rescisórias e
efetuou a homologação da dispensa em 12/03/2015, um dia após o prazo, segundo sua alegação.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 70

Nos autos da reclamação trabalhista 1234, movida por Gilson Reis em face da sociedade
empresária Transporte Rápido Ltda., em trâmite perante a 15ª Vara do Trabalho do Recife/PE, a
dinâmica dos fatos e os pedidos foram articulados da seguinte maneira: O trabalhador foi admitido
em 13/05/2009, recebeu aviso prévio em 09/11/2014, para ser trabalhado, e ajuizou a demanda
em 20/04/2015. Exercia a função de auxiliar de serviços gerais. Requereu sua reintegração porque,
em 20/11/2014, apresentou candidatura ao cargo de dirigente sindical da sua categoria,
informando o fato ao empregador por e-mail, o que lhe garante o emprego na forma do Art. 543, §
3º, da CLT, não respeitada pelo ex-empregador. Que trabalhava de segunda a sexta-feira das
5:00h às 15:00h, com intervalo de duas horas para refeição, jamais recebendo horas extras nem
adicional noturno, o que postula na demanda. Que o intervalo interjornada não era observado, daí
porque deseja que isso seja remunerado como hora extra. Contratado como advogado (a), você
deve apresentar a medida processual adequada à defesa dos interesses da sociedade empresária
Transporte Rápido Ltda., sem criar dados ou fatos não informados. (Valor: 5,00) Obs.: A peça deve
abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à
pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não pontua.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 71

Você foi contratado(a) como advogado(a) pela sociedade empresária Sandália Feliz Ltda., que lhe
exibe cópia de sentença prolatada pelo juízo da 50ª Vara do Trabalho de Vitória/ES (processo 123,
movido por Valentino Garrido, brasileiro, solteiro, auxiliar de estoque) e publicada no dia anterior,
na qual o juiz reconheceu que, após o pagamento das verbas resilitórias, houve acordo e outro
pagamento de R$ 2.000,00 perante uma Comissão de Conciliação Prévia (CCP) criada na empresa,
sem ressalva, mas rejeitou a preliminar suscitada pela ré, compreendendo que a realização do
acordo na CCP geraria como efeito único a dedução do valor pago ao trabalhador. Sobre o pedido
de duas horas extras diárias, o juiz as deferiu porque foi confessada a sobrejornada pelo preposto,
determinando, ainda, a sua integração nas demais verbas (13º salário, férias, FGTS e repouso
semanal remunerado), e, em relação ao repouso semanal majorado pelas horas extras deferidas,
sua integração no 13º salário e nas férias. O juiz deferiu outros 15 minutos de horas extras pela
violação a artigo da CLT, que garante esse intervalo antes do início de sobrejornada. O juiz deferiu
indenização por dano estético de R$ 5.000,00 porque o trabalhador caiu de uma alta escada
existente no estoque e, com o violento impacto sofrido na queda, teve a perda funcional de um dos
rins, conforme Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT) emitida. O magistrado determinou que
os juros observassem a Taxa Selic, conforme requerido na prefacial. Diante do que foi exposto,
elabore a medida judicial adequada para a defesa dos interesses da sociedade empresária. As

113
custas foram fixadas em R$ 200,00 sobre o valor arbitrado à condenação de R$ 10.000,00. (Valor:
5,00) Obs.: O examinando deve fundamentar suas respostas. A mera citação do dispositivo legal
não confere pontuação. Obs.: O examinando deve indicar todos os fundamentos e dispositivos
legais cabíveis. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação

 PEÇA PROCESSUAL Nº 72

Suzana trabalhou na residência da família Moraes de 15/06/2015 a 15/09/2015, data na qual teve
baixa em sua CTPS. A família do ex-empregador vive em Natal/RN. Suzana foi contratada a título
de experiência por 45 dias, findos os quais nada foi tratado e Suzana continuou trabalhando
normalmente. Suzana realizava todas as atividades do lar, iniciando o trabalho às 7h e saindo às
16 h, de segunda à sexta-feira, com trinta minutos de intervalo. Suzana tinha descontado do seu
salário 10% referente ao vale-transporte, além de sua cota-parte do INSS e 25% do valor da
alimentação consumida no emprego. Suzana fazia a limpeza dos 3 banheiros existentes na
residência mas não recebia qualquer adicional. Em determinada ocasião, Suzana viajou com a
família por 4 dias úteis para Gramado/RS. Nessa ocasião, trabalhou como babá das 8h às 17h,
desfrutando de uma hora de almoço. Na data da dispensa, Suzana recebeu as seguintes verbas:
férias proporcionais de 3/12 avos acrescidas de 1/3 e 13º salário proporcional de 3/12 avos. Você
foi procurado por Suzana para, na condição de advogado(a), redigir a peça prático-profissional
pertinente em defesa dos interesses da trabalhadora, sem criar dados ou fatos não informados.
(Valor: 5,00) Obs.: A peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser
utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não
pontua.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 73

Paulo foi empregado da microempresa Tudo Limpo Ltda. de 22/02/15 a 15/03/16. Trabalhava
como auxiliar de serviços gerais, atuando na limpeza de parte da pista de um aeroporto de
pequeno porte. Durante todo o contrato, prestou serviços na Aeroduto – Empresa Pública de
Gerenciamento de Aeroportos. Ao ser dispensado e receber as verbas rescisórias, ajuizou
reclamação trabalhista em face da empregadora e da tomadora dos serviços, pretendendo
adicional de insalubridade porque trabalhava em local de barulho, bem como a incidência de
correção monetária sobre o valor dos salários, vez que recebia sempre até o quinto dia útil do mês
subsequente ao vencido. Logo, tendo mudado o mês de competência, deveria haver a correção
monetária, dado o momento, na época, de inflação galopante. A ação foi distribuída para a 99ª
Vara de Trabalho de Salvador. No dia da audiência, a primeira ré, empregadora, fez-se representar
pelo seu contador, assistido por advogado. A segunda ré, por preposto empregado e advogado.
Foram entregues defesas e prova documental, sendo que, pela segunda ré, foi juntada toda a
documentação relacionada à fiscalização do contrato entre as rés, o qual ainda se encontra em
vigor, bem como exames médicos de rotina realizados nos empregados, inclusive o autor, os quais
não demonstravam nenhuma alteração de saúde ao longo de todo o contrato, além dos recibos do
autor de fornecimento de EPI para audição. Superada a possibilidade de acordo, o juiz indeferiu os
requerimentos da segunda ré para a produção de provas testemunhal e pericial, consignando em

114
ata os protestos da segunda ré, pois visava, com isso, comprovar que o EPI eliminava a
insalubridade. O processo seguiu concluso para a sentença, a qual decretou a revelia e confissão
da primeira ré por não estar representada regularmente. Julgou procedentes os pedidos de
pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, bem como de incidência de correção
monetária sobre o valor do salário mensal pago após a “virada do mês”. Outrossim, condenou a
segunda ré, subsidiariamente, em todos os pedidos, fundamentando a procedência na revelia e
confissão da 1ª ré. Diante disso, como advogado(a) da 2ª ré, redija a peça prático-profissional
pertinente ao caso. (Valor: 5,00) Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que
possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do
dispositivo legal não confere pontuação.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 74

Marina Ribeiro, brasileira, casada, desempregada, filha de Laura Santos, portadora da identidade
855, CPF 909, residente e domiciliada na Rua Coronel Saturnino, casa 28 – São Paulo-SP – CEP
4444, trabalhou para a sociedade empresária Malharia Fina Ltda., localizada na capital paulista,
como auxiliar de produção, de 20/09/2014 a 30/12/2016, quando foi dispensada sem justa causa,
recebendo as verbas da ruptura contratual. Atualmente Marina está desempregada, mas, na época
em que atuava na Malharia Fina, ganhava 1 salário mínimo mensal. Marina é presidente do seu
sindicato de classe, ao qual está filiada desde a admissão, tendo sido eleita e empossada no dia
20/06/2015 para um mandato de 2 anos, bem como cientificada a empregadora do fato por email,
exibido ao advogado. Marina recebeu uniforme e EPI da empresa, jamais sofrendo descontos no
seu salário em razão disso. Recebia, também, alimentação (almoço e lanche) gratuitamente e
trabalhava de 2ª a 6ª feira das 13.30h às 22.30h, com intervalo de 1 hora, e aos sábados, das
8.00h às 12.00h, sem intervalo. Após o horário informado, gastava 20 minutos para tirar o
uniforme, comer o lanche oferecido pela empresa e escovar os dentes. Marina recebeu a
participação proporcional nos lucros de 2014 e integral em 2015 e 2016. Marina tem três filhos
saudáveis, com idades de 12, 10 e 8 anos, conforme certidões de nascimento que apresentou. Ela,
no ano de 2015, comprovadamente, doou sangue em duas ocasiões, faltou ao emprego em ambas
e foi descontada a título de falta. Já em 2016, ela foi descontada em três dias, quando se ausentou
para viajar para o Nordeste e comparecer ao enterro de um primo, que falecera em acidente de
trânsito. Hugo, o superior imediato de Marina, era chefe do setor de produção. Duas vezes na
semana, no mínimo, dizia que ela tinha um belo sorriso. Por educação, Marina agradecia o elogio.
Em 2016, em razão de doença, Hugo ficou afastado do serviço por 90 dias e ela o substituiu até o
seu retorno. Por ocasião do exame demissional, o setor médico da empresa informou que Marina
estava apta para a dispensa. Nos seus contracheques, em todos os meses desde a admissão, havia
o lançamento de crédito de um salário mínimo e de duas cotas de salário-família, além de
descontos de INSS, do vale-transporte, da contribuição assistencial e da confederativa. Marina
ainda informou que tinha ajuizado uma ação anteriormente e que, como perdera a confiança no
antigo advogado, não compareceu à audiência para a qual fora intimada. Essa ação havia sido
distribuída à 250ª Vara do Trabalho de São Paulo e, em consulta pela Internet, foi verificado o seu
arquivamento. Com base nos dados apresentados, formule a peça (rito ordinário) de defesa dos
interesses de Marina em juízo. (Valor: 5,00) Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de

115
Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição

do dispositivo legal não confere pontuação.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 75

Em 30 de abril de 2017, Hamilton ajuizou reclamação trabalhista em face da sociedade empresária


Loteria Alfa Ltda., distribuída para a 50ª Vara de João Pessoa, sob o número 1234. Hamilton afirma
que trabalhou na empresa de 13 de janeiro de 2010 a 25 de março de 2017, quando foi
dispensado sem justa causa. Afirma, ainda, que trabalhava de 2ª a 6ª feira, das 7h às 14h, com
intervalo de uma hora para refeição. Ele relata que sempre foi cumpridor de suas tarefas e
prestativo para com os prepostos da empresa, e que, duas semanas após receber o aviso prévio,
decidiu inscrever-se numa chapa como candidato a presidente do sindicato dos empregados em
lotéricas, para lutar por melhorias para a sua categoria. Hamilton afirma que, além de processar os
jogos feitos pelos clientes, também realizava atividade bancária referente a saques de até R$
100,00 e o pagamento de contas de serviços públicos (água, luz, gás e telefone), bem como de
boletos bancários de até R$ 200,00. Ele confirma que, dentre os clientes do empregador, estava
uma companhia de energia elétrica da cidade, daí porque, uma vez por semana, tinha que ir até
essa empresa para pegar, de uma só vez, as apostas de todos os seus empregados, o que
fidelizava esses clientes; contudo, nesse dia, ele permanecia em área de risco (subestação de
energia) por 10 minutos. Hamilton relata que, durante o período em que trabalhou na Loteria Alfa,
faltou algumas vezes ao serviço e que teve essas faltas descontadas; diz, ainda, que substituiu o
gerente da loteria, quando este se afastou por auxíliodoença, pelo período de três meses, mas que
não teve qualquer alteração de salário. Ele afirma que existe o benefício de ticket-alimentação,
previsto em acordo coletivo assinado pela sociedade empresária Beta Ltda., mas que jamais
recebeu esse benefício durante todo o contrato. O empregado em questão informa que adquiriu
empréstimo bancário, consignado em folha de pagamento, e que por três meses, quando houve
sensível diminuição do movimento em razão da crise econômica, realizou serviço do seu próprio
domicílio (home office), conferindo as planilhas de jogos, mas que não recebeu vale-transporte;
ainda informa que não trabalhava nos feriados e que recebia vale-cultura do empregador no valor
de R$ 30,00 mensais. Na reclamação trabalhista, Hamilton requer adicional de periculosidade,
vantagens previstas na norma coletiva dos bancários, reintegração ao emprego, horas extras,
horas de sobreaviso, ticket previsto na norma coletiva, vale-transporte pelo período em que
trabalhou em home office e integração do vale-cultura ao seu salário. Foram juntados os
contracheques, cópia da CTPS, comprovante de residência, acordo coletivo assinado pela sociedade
empresária Loteria Beta Ltda. e norma coletiva dos bancários de 2010 a 2017. Contratado(a) pela
sociedade empresária Loteria Alfa Ltda., você deve apresentar a peça judicial adequada aos
interesses da ré. (Valor: 5,00)

 PEÇA PROCESSUAL Nº 76

Foi prolatada sentença nos autos da ação 9.876, movida por Maria das Graças em face da
sociedade empresária Editora Legal Ltda., que tramita perante a 100ª Vara do Trabalho de
Goiânia/GO. Na demanda, a reclamante informou ter sido empregada da ré de agosto de 2015 a

116
janeiro de 2017, quando pediu demissão. Houve regular contestação e instrução. Na sentença, o
juiz julgou improcedente o pedido de dano existencial pela extensa jornada alegadamente
cumprida e procedente o pedido de uma hora extra com adicional de 80% pelo intervalo
intrajornada violado, uma vez que a sociedade empresária concedia apenas 30 minutos e que, a
despeito de haver nos autos autorização do Ministério do Trabalho para a redução, isso não seria
previsto em lei. Julgou, ainda, improcedente o pedido de horas de prontidão, porque a
trabalhadora não permanecia nas instalações da empresa fora do horário de trabalho, e procedente
o pedido de reintegração, porque a empregada comprovou documentalmente que, por ocasião da
ruptura do contrato, estava grávida. O juiz julgou procedente o pedido de horas de sobreaviso,
porque a trabalhadora permanecia com celular da empresa permanentemente ligado, inclusive fora
do horário de serviço, e deferiu adicional de insalubridade em grau médio (30% sobre o salário
mínimo), porque ficou comprovado por perícia que a autora manuseava produtos químicos na
editora para realizar as impressões. O magistrado julgou procedente o pedido de recolhimento do
INSS do período trabalhado, que não foi feito pelo empregador, conforme comprovado pelo
Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) e julgou improcedente o pedido de adicional de
transferência, porque a alteração de local de trabalho não gerou mudança de domicílio da autora.
Na sentença, publicada em setembro de 2017, o juiz ainda julgou procedente em parte o pedido de
adicional noturno porque comprovado, pelo depoimento do preposto, que a autora trabalhava das
16.00h às 23.00h, motivo pelo qual condenou a ré a pagar o adicional de 25% entre 22.00h e
23.00h. O magistrado também deferiu a integração ao salário do valor do plano dental concedido
gratuitamente à reclamante, com as repercussões daí advindas, ao argumento de que isso não
poderia ser confundido com plano de saúde (este sim, que não sofreria integração). Documentos
juntados pelas partes: contracheques, cartões de ponto, TRCT, autorização do Ministério do
Trabalho para a redução do intervalo e CNIS. Como advogado(a) contratado(a) pela sociedade
empresária e considerando que a sentença não possui vícios nem omissões, elabore a peça jurídica
em defesa dos interesses dela. (Valor: 5,00)

 PEÇA PROCESSUAL Nº 77

Você foi contratado(a) pela Floricultura Flores Belas Ltda., que recebeu citação de uma reclamação
trabalhista com pedido certo, determinado e com indicação do valor, movida em 27/02/2018 pela
ex-empregada Estela, que tramita perante o juízo da 50ª Vara do Trabalho de João Pessoa/PB e
recebeu o número 98.765. Estela foi floricultora na empresa em questão de 25/10/2012 a
29/12/2017 e ganhava mensalmente o valor correspondente a dois salários mínimos. Na demanda,
requereu os seguintes itens: - a aplicação da penalidade criminal cominada no Art. 49 da CLT
contra os sócios da ré, uma vez que eles haviam cometido a infração prevista na referido diploma
legal; - o pagamento de adicional de penosidade, na razão de 30% sobre o salário-base, porque,
no exercício da sua atividade, era constantemente furada pelos espinhos das flores que
manipulava; - o pagamento de horas extras com adição de 50%, explicando que cumpria a
extensa jornada de segunda a sextafeira, das 10h às 20h, com intervalo de duas horas para
refeição, e aos sábados, das 16h às 20h, sem intervalo; - o pagamento da multa do Art. 477, § 8º,
da CLT, porque o valor das verbas resilitórias somente foi creditado na sua conta 20 dias após a
comunicação do aviso prévio, concedido na forma indenizada, extrapolando o prazo legal. Afirmou,

117
ainda, que foi obrigada a aderir ao desconto para o plano de saúde, tendo assinado na admissão,
contra a sua vontade, um documento autorizando a subtração mensal. A sociedade empresária
informou que, assim que foi cientificada do aviso prévio, Estela teve uma reação violenta, gritando
e dizendo-se injustiçada com a atitude do empregador. A situação chegou a tal ponto que a
segurança terceirizada precisou ser chamada para conter a trabalhadora e acompanhá-la até a
porta de saída. Contudo, quando deixava o portão principal, Estela começou a correr, pegou uma
pedra do chão e a arremessou violentamente contra o prédio da empresa, vindo a quebrar uma
das vidraças. A empresa informa que gastou R$ 300,00 na recolocação do vidro atingido, conforme
nota fiscal que exibiu, além de apresentar a guia da RAIS comprovando possuir 7 empregados, os
contracheques da autora e o documento assinado pela empregada autorizando o desconto de plano
de saúde. Diante dessa narrativa, apresente a peça pertinente na melhor defesa dos interesses da
reclamada. (Valor: 5,00) Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam
ser utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal
não confere pontuação.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 78 (REAPLICAÇÃO PORTO ALEGRE/RS)

Raíssa trabalhou como técnica de segurança do trabalho para a sociedade empresária Mineradora
Dinamite Ltda., de 10/09/2009 a 18/03/2017, quando foi dispensada sem justa causa e recebeu a
indenização devida pela ruptura do pacto laboral, tudo antes da reforma trabalhista (Lei nº
13.467/2017). A empregada em questão sempre recebeu salário equivalente a três mínimos
mensais. Contudo, Raíssa achava que diversos dos seus direitos haviam sido desrespeitados ao
longo do contrato, motivo pelo qual ajuizou, em 15/05/2017, reclamação trabalhista contra o ex-
empregador e a Mineradora TNT Ltda., do mesmo grupo econômico, requerendo diversas parcelas.
A demanda foi distribuída para a 90ª Vara do Trabalho de Curitiba, recebeu o número 121314, foi
devidamente contestada e instruída. Na sentença, haja vista a prejudicial de prescrição parcial, o
juiz declarou prescritos os direitos anteriores a 15/05/2013 e, no mérito, analisando os pedidos
formulados, julgou procedente o pedido de hora in itinere, deferiu adicional de periculosidade na
razão de 30% sobre o salário mínimo, indeferiu a reintegração postulada porque a autora,
confessadamente, era membro indicado da CIPA, deferiu o adicional de transferência na razão de
20% do salário no período de cinco meses, nos quais a trabalhadora foi deslocada para outra
unidade da empresa e teve de mudar seu domicílio. Julgou procedente o pedido de dobra das
férias, porque não fruídas no período concessivo, indeferiu a retificação da anotação de dispensa
para computar o aviso prévio porque ele foi indenizado e, assim, não seria considerado para este
fim específico. Reconheceu, ainda, que a trabalhadora somente fruiu de 20 minutos para refeição,
quando o correto seria uma hora diante da jornada cumprida, daí porque deferiu o pagamento de
40 minutos de horas extras com adicional de 50%, mas sem integrações, diante da sua natureza
indenizatória. Foram indeferidas, ainda, a verba quinquênio, porque não prevista na norma coletiva
da categoria da autora, a devolução do valor do EPI cobrado parcialmente da empregada no
contracheque, porque isso beneficia o obreiro e não há vedação legal desta cobrança, o pagamento
do vale transporte porque a empresa afirmou que a trabalhadora não pretendia fazer uso desse
direito e o ônus da prova que, segundo ele, convergiu para a reclamante, que dele não se
desvencilhou com sucesso. Por fim, reconheceu a existência de grupo econômico e condenou a

118
sociedade empresária Mineradora TNT Ltda. de forma subsidiária, na forma da Súmula 331 do TST.
Considerando que a sentença não possui vícios nem omissões, como advogado(a) contratado(a)
pela trabalhadora, elabore a peça jurídica em defesa dos interesses dela. (Valor: 5,00) Obs.: a
peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à
pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 79 (REAPLICAÇÃO PORTO VELHO/RO – XX EXAME)

Renato trabalhou como motorista para o Restaurante Amargo Ltda., tendo sempre recebido salário
fixo no valor de R$ 1.600,00 mensais. Diariamente dirigia o veículo com as refeições solicitadas
pelos clientes, as quais eram entregues por um ajudante. Foi dispensado imotivadamente após dois
anos de serviço. Ajuizou ação trabalhista distribuída à 99ª Vara do Trabalho de Teresina/PI
pleiteando diferenças salariais decorrentes da aplicação do piso salarial estipulado para os
funcionários em bares e restaurantes, conforme a convenção coletiva firmada pelo sindicato dos
bares e restaurantes com o sindicato dos garçons e ajudantes em bares e restaurantes, ambos do
estado do Piauí. Pleiteou o pagamento extraordinário pelo tempo de duração da viagem de ida e
volta ao trabalho, pois ficava com o carro da empresa que dirigia e que ficava sob sua guarda.
Alegou que de sua residência para o local de trabalho havia apenas três linhas diretas de ônibus
com tarifa modal em cada horário, sendo o transporte insuficiente. Pleiteou salário in natura pelo
uso de veículo do empregador, o qual ficava com Renato ao longo da semana útil, devendo deixá-
lo na garagem do empregador durante o fim de semana de folga, bem como nas férias. Pleiteou,
ainda, a integração de diárias para viagem, recebidas no valor de R$ 400,00 por cada viagem
ocorrida, relatando que ao longo do contrato viajou a serviço por três ocasiões, em três diferentes
meses. Por último pleiteou diferenças salariais decorrentes de equiparação salarial com outro
motorista, o qual inicialmente trabalhava como maitre, mas por força de decisão do INSS, por
limitação física, teve sua função alterada, quando percebia R$ 2.000,00 mensais. Na audiência,
após a apresentação de defesa com documentos, foram dispensados os depoimentos pessoais. A
parte autora declarou não ter outras provas. A parte ré requereu a oitiva de uma testemunha, a
qual foi indeferida pelo juiz, gerando o inconformismo da parte ré, registrado em ata de audiência.
Dez dias após o encerramento normal da audiência, o juiz prolatou sentença de improcedência
total dos pedidos, com custas fixadas em R$ 500,00. Inconformado, Renato, 15 dias após haver
sido notificado da decisão de improcedência dos pedidos, apresentou a medida jurídica cabível para
tentar revertê-la, em juntar qualquer documento. Você foi notificado como advogado(a) da
empresa para apresentar a peça prático-profissional em nome de seu cliente. Redija a mesma
apresentando os argumentos pertinentes. (Valor: 5,00) Obs.: o examinando deve fundamentar
suas respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 80

A sociedade empresária Ômega procura você, exibindo sentença prolatada em reclamação


trabalhista movida por Fabiano que tramita perante a 100ª Vara do Trabalho de Maceió/AL. Nela, o
magistrado, em síntese, rejeitou preliminar suscitada pela empresa e determinou o recolhimento

119
do INSS relativo ao período trabalhado mês a mês, para fins de aposentadoria, já que restou
comprovado que a empresa descontava a cota previdenciária, mas não a repassava ao INSS;
rejeitou preliminar suscitada e desconsiderou que a empresa havia feito um acordo em outro
processo movido pelo mesmo empregado, homologado em juízo, no qual pagou o prêmio de
assiduidade, condenando-a novamente ao pagamento dessa parcela; rejeitou preliminar suscitada
pela empresa e desconsiderou que em relação às diárias postuladas, o autor tinha,
comprovadamente, outra ação em curso com o mesmo tema, que se encontrava em grau de
recurso; extinguiu o feito sem resolução do mérito em relação a um pedido de devolução de
desconto, porque não havia causa de pedir; não acolheu a prescrição parcial porque ela foi
suscitada pelo advogado em razões finais, afirmando o magistrado que deveria sê-lo apenas na
contestação, tendo ocorrido preclusão; deferiu a reintegração do ex-empregado, Fabiano, porque
ele foi eleito presidente da Associação de Leitura dos empregados da empresa, entidade criada
pelos próprios empregados, sendo que a dispensa ocorreu em dezembro de 2017, no decorrer do
mandato do reclamante; indeferiu o pedido de vale-transporte, porque o reclamante se deslocava
para o trabalho e dele retornava a pé; deferiu indenização por dano moral, porque, pelo
confessado atraso no pagamento dos salários dos últimos 3 meses do contrato de trabalho, o
empregado teve seu nome inscrito em cadastro restritivo de crédito, conforme certidão do Serasa
juntada pelo reclamante demonstrando a inserção do nome do empregado no rol de maus
pagadores em novembro de 2015; deferiu a entrega de uma carta de referência para facilitar o
autor na obtenção de nova colocação, caso, no futuro, ele viesse a querer se empregar em outro
lugar; indeferiu a integração da alimentação concedida ao empregado, porque a empresa aderira
ao Programa de Alimentação do Trabalhador durante todo o contrato de trabalho; deferiu o
pagamento da participação nos lucros prevista na convenção coletiva da categoria, nos anos de
2012 e 2013, pois confessadamente não havia sido paga; indeferiu o pedido de anuênio, porque
não havia previsão legal nem no instrumento da categoria do autor; deferiu o pagamento da
diferença de férias, porque o empregado não fruiu 30 dias úteis no ano de 2016, como garante a
Lei. A sociedade empresária apresenta a ficha de registro de empregados do reclamante, na qual
se verifica que ele havia trabalhado de 08/07/2007 a 20/10/2017, sendo que, nos anos de 2012 a
2014, permaneceu afastado em benefício previdenciário de auxílio-doença comum (código B-31); a
ficha financeira mostra que o empregado ganhava 2 salários mínimos mensais e exercia a função
de auxiliar de manutenção de equipamentos, fazendo eventuais viagens para verificação de
equipamentos em filiais da empresa. Diante disso, como advogado(a) da ré, redija a peça prático-
profissional pertinente ao caso para a defesa dos interesses do seu cliente em juízo, ciente de que
a ação foi ajuizada em 30/10/2017 e que, na sentença, não havia vício ou falha estrutural que
comprometesse sua integridade. (Valor: 5,00) Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos
de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou
transcrição do dispositivo legal não confere pontuação.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 81

Nelson Aviz procura você, como advogado(a), afirmando que foi empregado da sociedade
empresária Alfa Ltda. na sede desta, localizada em Sete Lagoas/MG, de 17/12/2017 a 28/04/2018,
tendo exercido, na prática, a função de técnico de informática. Nelson informa que foi despedido

120
por justa causa, apesar de não ter feito nada de errado, não recebendo qualquer indenização, mas
apenas o saldo salarial do último mês; que a empresa não integrava, para fim algum, o salário-
família que Nelson recebia; que trabalhava de segunda-feira a sábado, das 20h às 5h, com
intervalo de 20 minutos para refeição; que o local de trabalho era de difícil acesso e não servido
por transporte público regular, pelo que a empresa fornecia o transporte para ir ao trabalho e
voltar dele, de forma que Nelson demorava uma hora no trajeto de ida e outra uma hora no de
volta; que realizou exame médico na admissão; que Nelson tem uma irmã que trabalha na mesma
sociedade empresária, exercendo a função de programadora de jogos digitais. O trabalhador exibe
cópias dos contracheques, nos quais há, na parte de crédito, salário de R$ 1.200,00 e uma cota de
salário-família; já na parte de descontos, há INSS, vale-transporte e FGTS. Nelson ainda exibiu sua
CTPS, na qual consta admissão em 17/12/2017 e saída em 28/04/2018, na função de auxiliar de
serviços gerais; na parte de anotações gerais, há anotação de que o empregado foi dispensado por
justa causa em razão de conduta inadequada. Em pesquisa pela Internet, você localiza a
convenção coletiva da categoria de Nelson, com os pisos normativos para todas as funções
desempenhadas na sociedade empresária Alfa, dentre elas os seguintes: auxiliar de serviços
gerais: R$ 1.200,00; técnico em informática: R$ 1.800,00; programador: R$ 3.500,00; e
engenheiro de computação: R$ 6.000,00. Elabore a peça prático-profissional que melhor defenda
os interesses de Nelson, sem usar dados ou informações que não estejam no enunciado. (Valor:
5,00) Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para
dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere
pontuação. Nos casos em que a lei exigir liquidação de valores, não será necessário que o
examinando a apresente, admitindo-se que o escritório possui setor próprio ou contratado
especificamente para tal fim.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 82

A sociedade empresária Tecelagem Fio de Ouro S.A. procura você, como advogado(a), afirmando
que Joana da Silva, que foi empregada da Tecelagem de 10/05/2008 a 29/09/2018, ajuizou
reclamação trabalhista em face da sociedade empresária, em 15/10/2018, com pedido certo,
determinado e com indicação de seu valor. O processo tramita na 80ª Vara do Trabalho de Cuiabá,
sob o número 1000/2018. Joana requereu da ex-empregadora o pagamento de indenização por
dano moral, alegando ser vítima de doença profissional, já que o mobiliário da empresa, segundo
diz, não respeitava as normas de ergonomia. Disse, ainda, que a empresa fornecia plano
odontológico gratuitamente, requerendo, então, a sua integração, para todos os fins, como salário
utilidade. Afirma que, nos últimos dois anos, a sociedade empresária fornecia, a todos os
empregados, uma cesta básica mensal, suprimida a partir de 1º de agosto de 2018, violando
direito adquirido, pelo que requer o seu pagamento nos meses de agosto e setembro de 2018.
Relata que, no ano de 2018, permanecia, duas vezes na semana, por mais uma hora na sede da
sociedade empresária para participar de um culto ecumênico, caracterizando tempo à disposição do
empregador, que deve ser remunerado como hora extra, o que requereu. Joana afirma que foi
coagida moralmente a pedir demissão, pois, se não o fizesse, a sociedade empresária alegaria
dispensa por justa causa, apesar de ela nada ter feito de errado. Assim, requer a anulação do
pedido de demissão e o pagamento dos direitos como sendo uma dispensa sem justa causa. Ela

121
reclama que foi contratada como cozinheira, mas que era obrigada, desde o início do contrato,
após preparar os alimentos, a colocá-los em uma bandeja e levar a refeição para os 5 empregados
do setor. Esse procedimento caracterizaria acúmulo funcional com a atividade de garçom, pelo que
ela requer o pagamento de um plus salarial de 30% sobre o valor do seu salário. Por fim, formulou
um pedido de adicional de periculosidade, mas não o fundamentou na causa de pedir. Joana
juntou, com a petição inicial, os laudos de ressonância magnética da coluna vertebral, com o
diagnóstico de doença degenerativa, e a cópia do cartão do plano odontológico, que lhe foi
entregue pela empresa na admissão. Juntou, ainda, a cópia da convenção coletiva, que vigorou de
julho de 2016 a julho de 2018, na qual consta a obrigação de os empregadores fornecerem uma
cesta básica aos seus colaboradores a cada mês, e, como não foi entabulada nova convenção
desde então, advoga que a anterior prorrogou-se automaticamente. Por fim, juntou a circular da
empresa que informava a todos os empregados que eles poderiam participar de um culto na
empresa, que ocorreria todos os dias ao fim do expediente. A ex-empregadora entregou a você o
pedido de demissão escrito de próprio punho pela autora e o documento com a quitação dos
direitos da ruptura considerando um pedido de demissão. Diante da situação, elabore a peça
processual adequada à defesa dos interesses de seu cliente. (Valor: 5,00)
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar
respaldo à pretensão.
A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação.
Nos casos em que a lei exigir liquidação de valores, não será necessário que o
examinando a apresente, admitindo-se que o escritório possui setor próprio ou
contratado especificamente para tal fim.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 83

A sociedade empresária Ômega S.A., estabelecida em Campinas, dedica-se à construção civil. Ela
contratou o empregado João da Silva, em 05/01/2018, para exercer a função de pedreiro.
Contudo, diante da necessidade de redução do seu quadro de pessoal, concedeu-lhe aviso prévio,
em 10/10/2018, na forma indenizada. João ficou muito triste com a situação e ainda tentou apelar
junto à direção da sociedade empresária para que não fosse dispensado, pois tinha esposa e dois
filhos menores para criar. Porém, não só motivado pela crise, mas também porque o trabalho de
João não se mostrava de boa qualidade, a sociedade empresária manteve a extinção, tal qual havia
manifestado originalmente. Foi marcado, então, o dia 15/10/2018 para o pagamento das verbas
rescisórias devidas e a entrega dos documentos hábeis para o requerimento de outros direitos, no
próprio local de trabalho, oportunidade na qual o trabalhador faria, também, a retirada dos seus
pertences pessoais. Ocorre que, nesse dia, a sociedade empresária não tinha em caixa o dinheiro
suficiente para realizar a quitação do devido e, por isso, pediu desculpas a João, anotou a dispensa
na sua CTPS e solicitou que ele retornasse 60 dias após, para que fossem feitos o pagamento e a
retirada dos pertences. No dia marcado, João não compareceu. A sociedade empresária tentou
contato telefônico e foram enviados dois telegramas para o endereço informado por ele na ficha de
registro de empregados, mas tudo em vão. Até mesmo os ex-colegas de trabalho enviaram

122
mensagens para o Facebook de João, na tentativa de fazê-lo ir à sociedade empresária para o
acerto de contas, mas igualmente não houve sucesso. Sabe-se, contudo, que João continua
desempregado. No vestiário da sociedade empresária, no armário anteriormente usado por João,
foram encontradas algumas fotografias dele com a esposa e uma camisa do seu time de futebol.
Diante disso, a sociedade empresária procura você para, na condição de advogado(a), adotar as
medidas judiciais cabíveis para a espécie. Observando o tempo já decorrido, elabore a peça
necessária à defesa dos interesses da sociedade empresária, considerando todos os direitos
previstos na legislação trabalhista. (Valor: 5,00) Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos
de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou
transcrição do dispositivo legal não confere pontuação. Nos casos em que a lei exigir
liquidação de valores, não será necessário que o examinando a apresente, admitindo-se
que o escritório possui setor próprio ou contratado especificamente para tal fim.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 84

Após juntar durante alguns anos suas economias e auxiliado por seus familiares, Tito comprou uma
motocicleta e começou a trabalhar em 15/12/2018 como motoboy na Pizzaria Gourmet Ltda.,
localizada no Município de Parauapebas, Estado do Pará, realizando a entrega em domicílio de
pizzas e outros tipos de massas aos clientes do empregador. A carteira de trabalho de Tito foi
devidamente assinada, com o valor de 1 salário mínimo mensal. Em razão da atividade
desempenhada, Tito poderia escolher diariamente um item do cardápio para se alimentar no
próprio estabelecimento, sem precisar pagar pelo produto. Tito fazia em média 10 entregas em seu
turno de trabalho, e normalmente recebia R$ 1,00 (um real) de bonificação espontânea de cada
cliente, gerando uma média de R$ 260,00 (duzentos e sessenta reais) mensais. Tito exercia suas
funções durante seis dias na semana, com folga na 2ª feira, sendo que, uma vez por mês, a folga
era em um domingo. A jornada cumprida ia das 18h às 3h30, com intervalo de 40 minutos para
refeição. No mês de agosto de 2019, Tito fez a entrega de uma pizza na casa de um cliente. Ocorre
que o cozinheiro da pizzaria se confundiu no preparo e assou uma pizza de calabresa, sendo que o
cliente era alérgico a esse produto (linguiça). Ao ver a pizza errada, o cliente foi tomado de fúria
incontrolável, começou a xingar e a ameaçar Tito, e terminou por soltar seus cães de guarda,
dando ordem para atacar o entregador. Tito correu desesperadamente, mas foi mordido e
arranhado pelos animais, sendo lesionado gravemente. Em razão disso, ele precisou se afastar por
30 dias para recuperação, recebendo o benefício previdenciário pertinente do INSS. Tito gastou R$
30,00 na compra de vacina antirrábica, que por recomendação médica foi obrigado a tomar,
porque não sabia se os cachorros eram vacinados. Em 20 de setembro de 2019, após obter alta do
INSS, Tito retornou à empresa e foi dispensado, recebendo as verbas rescisórias. Nos
contracheques de Tito, constam, mensalmente, o pagamento do salário mínimo nacional na coluna
de créditos e o desconto de INSS na coluna de descontos, sendo que no mês de março de 2019
houve ainda dedução de R$ 31,80 (trinta e um reais e oitenta centavos) a título de contribuição
sindical, sem que tivesse autorizado o desconto. Tito foi à CEF e solicitou seu extrato analítico,
onde consta depósito de FGTS durante todo o contrato de trabalho. Considerando que, em outubro
de 2019, Tito procurou você, como advogado(a), para pleitear os direitos lesados, informando que
continua desempregado, elabore a peça processual pertinente. (Valor: 5,00)

123
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados
para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não
confere pontuação. Nos casos em que a lei exigir liquidação de valores, não será
necessário que o examinando a apresente, admitindo-se que o escritório possui setor
próprio ou contratado especificamente para tal fim.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 85

Débora Pimenta trabalhou como auxiliar de coveiro na sociedade empresária Morada Eterna Ltda.,
de 30/03/2018 a 07/01/2019, quando foi dispensada sem justa causa, recebendo, por último, o
salário de R$ 1.250,00 mensais, conforme anotado na CTPS. Em razão disso, ela ajuizou
reclamação trabalhista em face da sociedade empresária. A ação foi distribuída ao juízo da 90ª
Vara do Trabalho de Teresina/PI, recebendo o número 0050000-80.2019.5.22.0090. Débora
formulou vários pedidos, que assim foram julgados: o juízo declarou a incompetência material da
Justiça do Trabalho para apreciar o pedido de recolhimento do INSS do período trabalhado; foi
reconhecido que a jornada se desenvolvia de 2ª a 6ª feira, das 10 às 16 horas, com intervalo de 10
minutos para refeição, conforme confessado pelo preposto em interrogatório, sendo, então,
deferido o pagamento de 15 minutos com adicional de 50%, em razão do intervalo desrespeitado,
e reflexos nas demais verbas salariais; não foi reconhecido o salário oficioso de mais R$ 2.000,00
alegado na petição inicial, já que o julgador entendeu não haver prova de qualquer pagamento
“por fora”; foi deferido o pagamento de horas extras pelos feriados, conforme requerido pela
trabalhadora na inicial, que pediu extraordinário em “todo e qualquer feriado brasileiro”, sendo
rejeitada a preliminar suscitada na defesa contra a forma desse pedido; foi deferida indenização de
R$ 6.000,00 a título de dano moral por acidente do trabalho em razão de doença degenerativa da
qual a trabalhadora foi vítima, conforme laudos médicos juntados aos autos; foi indeferido o
pagamento de adicional noturno, já que a autora não comprovou que houvesse enterro, ou
preparação para tal fim, no período compreendido entre 22 e 5 horas; foi deferido o pagamento do
vale-transporte em todo o período trabalhado, sendo que, na instrução, o magistrado indeferiu a
oitiva de duas testemunhas trazidas pela sociedade empresária, que seriam ouvidas para provar
que ela entregava o valor da passagem em espécie diariamente à trabalhadora; foi julgado
procedente o pedido de devolução em dobro, como requerido na exordial, de 5 dias de faltas
justificadas por atestados médicos, pois a preposta reconheceu que a empresa se negou a aceitar
os atestados porque não continham CID (Classificação Internacional de Doenças); foi deferido o
pagamento correspondente a 1 cesta básica mensal, porque sua entrega era prevista na convenção
coletiva que vigorou no ano anterior (de janeiro de 2017 a janeiro de 2018) e, no entendimento do
julgador, uma vez que não houve estipulação de uma nova norma coletiva, a anterior foi,
automaticamente, prorrogada no tempo; foram deferidos honorários advocatícios em favor do
advogado da autora na razão de 20% da liquidação e, em favor do advogado da ré, no importe de
10% em relação aos pedidos julgados improcedentes. Diante disso, na condição de advogado da
ré, redija a peça prático-profissional para a defesa dos interesses da sua cliente em juízo, ciente de
que, na sentença, não havia vício ou falha estrutural que comprometesse sua integridade. (Valor:
5,00).

124
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados
para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não
confere pontuação. Nos casos em que a lei exigir liquidação de valores, não será
necessário que o examinando a apresente, admitindo-se que o escritório possui setor
próprio ou contratado especificamente para tal fim.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 86

Érica Grama Verde trabalhou para a sociedade empresária Auditoria Pente Fino S.A. de 29/09/2011
a 07/01/2020, exercendo, desde a admissão, a função de gerente do setor de auditoria de médias
empresas. Na condição de gerente, Érica comandava 25 auditores, designando suas atividades
junto aos clientes do empregador, bem como fiscalizando e validando as auditorias por eles
realizadas. Érica recebia salário mensal de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), acrescido de gratificação
de função de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Érica pediu demissão, em 07/01/2020, e ajuizou
reclamação trabalhista em 30/01/2020, na qual postulou o pagamento de horas extras, alegando
que trabalhava de segunda-feira a sábado, das 8h às 20h, com intervalo de 1 hora para refeição,
sendo que não marcava folha de ponto. Érica requereu o pagamento da indenização de 40% sobre
o FGTS, que não foi depositada na sua conta vinculada, conforme extrato analítico do FGTS, que
juntou com a inicial. Ela afirmou, ainda, que a empresa não efetuou o recolhimento do INSS nos
anos de 2018 e 2019, fazendo comprovação disso por meio do seu Cadastro Nacional de
Informações Sociais (CNIS), juntado com a petição inicial, no qual se constata que, nos anos
citados, não houve recolhimento previdenciário, pelo que requereu que a empresa fosse condenada
a regularizar a situação. Érica explicou e comprovou com os contracheques que, a partir de 2018,
passou a receber prêmios em pecúnia, em valores variados, pelo que requereu a integração do
valor desses prêmios à sua remuneração, com reflexos nas demais verbas salariais e rescisórias,
inclusive FGTS, e o pagamento das diferenças daí decorrentes. Érica informou que, desde o início
de seu contrato, realizava as mesmas atividades que Silvana Céu Azul, outra gerente do setor de
auditoria de médias empresas, admitida na Auditoria Pente Fino S.A. em 15/01/2009, já na função
de gerente, mas que ganhava salário 10% superior ao da reclamante, conforme contracheques que
foram juntados com a petição inicial e evidenciam o salário superior da modelo. Uma vez que as
atividades de Érica eram desenvolvidas em prédio da sociedade empresária localizado ao lado de
uma comunidade muito violenta, tendo a empregada ouvido diversas vezes disparos de arma de
fogo e assistido, da janela de sua sala de trabalho, a várias operações policiais que combatiam o
tráfico de drogas no local, requereu o pagamento de adicional de periculosidade. Por fim, Érica
requereu o pagamento de honorários advocatícios de 20% sobre o valor da condenação, conforme
o Art. 85, § 2º, do CPC. Diante da situação, você, como advogado(a) da sociedade empresária,
deve elaborar a peça processual adequada à defesa dos interesses de seu cliente, sabendo que a
demanda foi proposta perante a 200ª Vara do Trabalho de São Paulo sob o número 0101010-
50.2020.5.02.0200. (Valor: 5,00)

125
 PEÇA PROCESSUAL Nº 87

Sheila Melodia procura você, na condição de advogado(a), em 27/08/2021, relatando que é


empregada da sociedade empresária Solução Ltda. desde 15/10/2019, recebendo 1 salário-mínimo
por mês, estando com o contrato em vigor. Sheila informa que desde o início do contrato de
trabalho atua como auxiliar de manutenção terceirizada nas dependências da sociedade empresária
Tecnologia Ltda., localizada em Campinas/SP, pois existe contrato de prestação de serviços entre
ambas as empresas. A empregada informa que jamais assinou qualquer documento ou
autorização, sendo aprovada em processo seletivo para, logo após, ter a CTPS anotada.
Diz que trabalha de 2ª a 6ª feira, das 9h às 15 horas, com intervalo de 15 minutos para refeição, e
aos sábados, das 8h às 14 horas sem intervalo, marcando corretamente os cartões de ponto.
Sheila explica que o supervisor da empregadora, alocado junto à sociedade empresária Tecnologia
Ltda. para controlar a qualidade dos serviços, foi substituído há 2 meses, e o novo supervisor, de
nome Carlos, tem o estranho e constrangedor hábito de enfileirar as empregadas no início do
expediente e exigir que cada trabalhadora lhe dê um beijo no rosto. Carlos justifica esse
procedimento dizendo que é uma forma de melhorar a relação da chefia
com as subordinadas, e afirma que quem se negar sofrerá punição. Com receio de sofrer algo,
Sheila se submete à vontade de Carlos, mesmo contrariada. Sheila lhe apresenta um extrato atual
do FGTS, no qual se verifica um único depósito referente à competência de
novembro de 2019, a certidão de nascimento do seu único filho, que tem 20 anos de idade, uma
fotografia na qual aparece com o uniforme da sociedade empresária Solução Ltda., a cópia da ata
de audiência de um processo anterior que ela ajuizou contra as empresas, com as mesmas
pretensões, e que foi extinta sem resolução do mérito (arquivada) pela ausência da trabalhadora à
1ª audiência, tendo ela pago as custas processuais, com grande sacrifício (reclamação número
0100217-58.2021.5.15.0170, que tramitou perante a 170ª Vara do Trabalho de Campinas), os
contracheques de todo o período, nos quais consta, na parte de créditos, o salário mínimo e, na
parte de descontos, a dedução de INSS, sendo que, no mês de março de 2020 consta uma
dedução da contribuição sindical de R$ 40,00, sendo que Sheila nem sabia que havia um sindicato
que a representava. A empregada afirma que, diante das irregularidades que sofre, não deseja
continuar o contrato de trabalho, mas decidiu não pedir demissão porque foi alertada por familiares
que, nesse caso, perderia vários direitos. Por fim, diz que sua situação financeira é periclitante, e
não tem recurso financeiro para ajuizar a ação, caso seja necessário adiantar alguma quantia.
Elabore, na condição de advogado(a), a peça prático-profissional que melhor defenda os interesses
de Sheila, sem usar dados ou informações que não estejam no enunciado. (Valor: 5,00)
Obs: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar
respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação.
Nos casos em que a lei exigir liquidação de valores, não será necessário que o examinando a
apresente, admitindo-se que o escritório possui setor próprio ou contratado especificamente para
tal fim.

126
 PEÇA PROCESSUAL Nº 88

Heitor Agulhas trabalhava na sociedade empresária Porcelanas Orientais Ltda. desde 26/10/2020,
exercendo a função de vendedor na unidade localizada em Linhares/ES e recebendo, em média,
quantia equivalente a 1,5 salário-mínimo por mês, a título de comissão.
Em janeiro de 2022, o dono do estabelecimento resolveu instalar mais duas prateleiras na loja para
poder expor mais produtos e, visando economizar dinheiro, fez a instalação pessoalmente. As
prateleiras foram afixadas logo acima do balcão em que trabalhavam os vendedores. Ocorre que o
dono da empresa tinha pouca habilidade manual, e, por isso, as prateleiras não foram fixadas
adequadamente. No dia seguinte à instalação malfeita, com o peso dos produtos nelas colocadas,
as prateleiras caíram com todo o material, acertando violentamente a cabeça de Heitor, que estava
logo abaixo fazendo um atendimento. Heitor desmaiou com o impacto, foi socorrido e conduzido ao
hospital público, onde recebeu atendimento e levou 50 pontos na cabeça, testa e face, resultando
em uma grande cicatriz que, segundo Heitor, passou a despertar a atenção das pessoas, que
reagiam negativamente ao vê-lo. Heitor teve o plano de saúde, que era concedido pela sociedade
empresária, cancelado após o dia do incidente e teve de usar suas reservas financeiras para arcar
com R$ 1.350,00 em medicamentos, para aliviar as dores físicas, além de R$ 2.500,00 em sessões
de terapia, pois ficou fragilizado psicologicamente depois do evento.
Heitor ficou afastado em benefício previdenciário por acidente do trabalho (auxílio por incapacidade
temporária acidentária, antigo auxílio doença acidentário, código B-91), teve alta médica após 3
meses e retornou à empresa com a capacidade laborativa preservada, mas foi dispensado, sem
justa causa, no mesmo dia.
Heitor procura você, como advogado(a), querendo propor alguma medida judicial para defesa dos
seus direitos, pois está desempregado, sem dinheiro para se manter e sentindo-se injustiçado
porque ainda precisará de tratamento médico e suas reservas financeiras acabaram. Além dos
documentos comprobatórios do atendimento hospitalar e gastos, Heitor exibe a CTPS devidamente
assinada pela sociedade empresária e o extrato do FGTS, onde não constam depósitos nos 3 meses
de afastamento pelo INSS.
Como advogado de Heitor, elabore a medida judicial em defesa dos interesses dele.
(Valor: 5,00)
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar
respaldo à pretensão.
A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação.
Nos casos em que a lei exigir liquidação de valores, o examinando deverá representá-los somente
pela expressão “R$”, admitindo-se que o escritório possui setor próprio ou contratado
especificamente para tal fim.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 89

Em sentença prolatada pela 89ª Vara do Trabalho de Floriano/PI, nos autos da reclamação
trabalhista número 0101010-50.2021.5.22.0089, movida por Benício Pérolas contra a
Transportadora Rapidinha Ltda., o pedido foi julgado procedente em parte nos seguintes termos:
(i) não foi conhecida a prejudicial de prescrição parcial porque suscitada pela sociedade empresária

127
em razões finais, e não na contestação, ocorrendo, na ótica do magistrado, preclusão; (ii) foi
indeferida a anulação do pedido de demissão feito pelo ex-empregado, em 10/02/2021, após 10
anos de trabalho, porque o autor não provou qualquer vício na sua manifestação de vontade; (iii)
foi deferido o pagamento de 1 hora extra diária, com adicional de 50% (cinquenta por cento), pelo
intervalo interjornada desrespeitado, pois o juiz se convenceu que o autor trabalhava de segunda a
sexta-feira, das 8 às 20 h, com intervalo de 1 hora para refeição; (iv) foi indeferido o pagamento
do 13º salário de 2019, porque a empresa comprovou documentalmente nos autos, a quitação
regular deste direito; (v) foi deferida a reintegração do autor ao emprego, porque ele comprovou
ser, à época, dirigente, com mandato em vigor, de uma associação desportiva criada pelos
empregados da Transportadora Rapidinha Ltda.; (vi) foi deferido o depósito do FGTS na conta
vinculada para o período de 5 meses no qual o autor ficou afastado pelo INSS em auxílio por
incapacidade temporária previdenciária (antigo auxílio-doença comum, código B-31), período em
que a empresa não recolheu o FGTS; (vii) foi indeferido o pedido de férias 2018/2019, em razão da
grande quantidade de faltas injustificadas que o trabalhador teve no período aquisitivo,
comprovada documentalmente nos autos; (viii) foi deferida a integração da ajuda de custo à
remuneração do autor, porque ela era paga mensalmente pela empresa, conforme se verificou dos
contracheques que foram juntados aos autos; (ix) foi deferida, de julho de 2020 a fevereiro de
2021, a equiparação salarial do autor com o empregado Raul Flores Raras, que exercia a mesma
função do reclamante e atuava na filial da empresa localizada em Goiás; (x) foi deferido o
pagamento de insalubridade desde a sua supressão, porque, em que pese ter havido
comprovadamente a reclassificação da atividade pelo órgão competente durante o contrato de
trabalho, o juiz entendeu que havia direito adquirido porque o trabalhador já contava com essa
verba no seu orçamento, além de ofensa ao princípio da irredutibilidade salarial; e (xi) foram
deferidos honorários advocatícios em favor do advogado do reclamante, na ordem de 30% (trinta
por cento) sobre o valor da liquidação e de 15% (quinze por cento) em favor do advogado da
empresa sobre os pedidos julgados improcedentes. Diante disso, como advogado(a) da ré, redija a
peça prático-profissional para a defesa dos interesses do seu cliente em juízo, ciente de que a ação
foi ajuizada em 28/06/2021 e que, na sentença, não havia vício ou falha estrutural que
comprometesse a sua integridade. (Valor: 5,00)
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar
respaldo à pretensão.
A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação. Nos casos em que a
lei exigir liquidação de valores, o examinando deverá representá-los somente pela expressão “R$”,
admitindo-se que o escritório possui setor próprio ou contratado especificamente para tal fim.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 90

Evelyn Calabresa ajuizou reclamação trabalhista contra a sociedade empresária Pizzaria Chapa
Quente Ltda., em 30 de janeiro de 2022, requerendo o pagamento do adicional de insalubridade
em grau máximo. Evelyn explicou, na petição inicial, que trabalhou como cozinheira da pizzaria, de
12/07/2019 a 05/10/2021, sendo submetida a calor excessivo porque preparava as pizzas em
fornos que alcançavam altas temperaturas, não recebendo qualquer equipamento de proteção
individual do ex-empregador. Devidamente citada, a sociedade empresária apresentou

128
contestação, afirmando que a temperatura alcançada na cozinha estava dentro do limite de
tolerância e que, apesar de ser uma empresa pequena e familiar, fornecia todos os equipamentos
de proteção à empregada, requerendo assim a improcedência do pedido. Em audiência não houve
acordo e então o juiz, com base no Art. 195, § 2º, da CLT, determinou de ofício a realização de
prova pericial, apresentando um único quesito do juízo, qual seja: “diga o perito se havia agente
insalubre no local de trabalho de Evelyn e, em caso positivo, em que grau”. Além disso, o
magistrado proibiu a apresentação de quesitos pelas partes, proibiu que os litigantes indicassem
assistentes técnicos, nomeou um perito da sua confiança e fixou os honorários periciais dele em R$
4.000,00, determinando que a empresa antecipasse a quantia em 10 dias, sob pena de execução
forçada, e que a prova técnica somente tivesse início após o depósito. A sociedade empresária
protestou contra a decisão, ponderando que ela violaria normas jurídicas, mas o juiz consignou o
protesto na ata e manteve intacta a decisão. Ainda na audiência, o titular da sociedade empresária
pediu a palavra e, aflito, explicou que o seu negócio ainda sofria o efeito da pandemia, e que se
precisasse dispor dos R$ 4.000,00 determinados pelo juiz, não teria como fechar a folha de
pagamento dos funcionários naquele mês. Sabe-se que a reclamação trabalhista em questão
tramita perante a 80ª Vara do Trabalho de Criciúma/SC sob o número 0000728-
84.2022.5.12.0080, e que a audiência em questão ocorreu há uma semana. Você, como
advogado(a) da sociedade empresária, de acordo com o entendimento consolidado do TST, elabore
a medida judicial adequada para tentar reverter a decisão. (Valor: 5,00) Obs.: a peça deve
abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à
pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação. Nos casos
em que a lei exigir liquidação de valores, o examinando deverá representá-los somente pela
expressão “R$”, admitindo-se que o escritório possui setor próprio ou contratado especificamente
para tal fim.

 PEÇA PROCESSUAL Nº 91

Ronaldo Lourenço, auxiliar de escritório, trabalhou nesta função para a sociedade empresária
Inventários Empresariais Ltda., no período de 20/01/2018 a 08/03/2023. A ex-empregadora
atualmente tem, na sua composição societária, dois sócios, Lúcio Gonçalves e Antônio Amarante,
cada um com 50% das cotas, conforme modificação do contrato social averbada nos órgãos
competentes, em 30/01/2018. A modificação do contrato social deu-se em virtude da retirada da
sociedade do sócio Jorge Machado, que alienou suas cotas para Antônio Amarante. Após ser
dispensado Ronaldo Lourenço ingressou com reclamação trabalhista em face de Inventários
Empresariais Ltda., Lúcio Gonçalves, Antônio Amarante e Jorge Machado, tendo juntado, com a
petição inicial, os contratos sociais da sociedade empresária Inventários Empresariais Ltda.
alegando receio de eventuais dificuldades em futura execução, já que o ramo de inventários
comerciais passa por momento de dificuldades econômico financeiras, em razão das ferramentas
tecnológicas disponíveis. A ação foi distribuída no dia 15/03/2022 para a 85ª Vara do Trabalho do
Rio de Janeiro/RJ sob o número 0123- 12.2022.5.01.0085. Na inicial Ronaldo Lourenço aduz que
trabalhava de segunda a sexta-feira das 8h às 17h, quando trabalhava na sede da empresa.
Porém, três vezes por semana, os inventários eram realizados em clientes de outros municípios.
Nestes dias, Ronaldo apresentava-se às 8h na sede da empresa, horário em que saía um ônibus

129
com vários funcionários para o destino final. O inventário era realizado em média das 10h às 14h,
sendo certo que, às 17h, o ônibus já estava de volta à sede da empresa com os funcionários. Por
conta destas situações, pretende adicional de transferência, em razão do trabalho em outros
municípios. Ronaldo residia e reside em local distante da sede da empresa, razão pela qual
necessitava de dois ônibus para chegar ao centro da cidade, onde estava localizada a sede da
empresa. Assim sendo, por residir em local de difícil acesso, requer o pagamento de horas in
itinere. O trabalho de Ronaldo consistia na coleta de dados, notadamente a quantidade de
mercadorias, o que obtinha por informação pessoal e telefônica dos funcionários dos clientes.
Munido dessas informações, Ronaldo lançava a quantidade em um programa específico, que
comparava estes dados com os de anos anteriores. Por conta disso, aduziu que tinha, em parte da
jornada, funções similares às de digitador, razão pela qual requereu intervalo de 10 minutos a cada
90 minutos trabalhados. Pelas mesmas razões Ronaldo pleiteia receber um plus salarial de 30%,
alegando acúmulo de função de auxiliar de escritório e digitador. A audiência desta reclamação
trabalhista foi designada para o dia 21/03/2022 e seu cliente recebeu a notificação citatória no dia
18/03/2022, sendo certo que na data da audiência seu cliente não poderá participar da audiência,
dado que já tem compromisso profissional assumido para a mesma data e hora, sendo certo que
em razão da proximidade da data não tem como nomear procurador ou alterar seu compromisso.
Você, como advogado(a), foi procurado por Jorge Machado para defendê-lo nessa ação trabalhista.
Elabore a peça prático-profissional pertinente, de forma fundamentada, capaz de defender os
interesses do seu cliente na demanda, ciente de que inexiste norma coletiva regente entre a
sociedade empresária e seus empregados. (Valor: 5,00)

 PEÇA PROCESSUAL Nº 92

Josefina Pires ajuizou reclamação trabalhista contra Larissa Barreto, em março de 2022,
requerendo o reconhecimento de vínculo empregatício como empregada doméstica, no período de
10/09/2010 a 15/12/2021. Afirmou que recebia, por último, o salário de R$ 2.000,00 mensais e
que jamais recebeu 13º salário ou férias (que requereu por todo o período, sendo as férias
calculadas sobre a última remuneração), FGTS e horas extras (a partir de quando tais direitos
passaram a ser devidos ao empregado doméstico), assim como honorários advocatícios. A petição
inicial indicou estimativa dos valores pretendidos e foi distribuída ao juízo da 100ª Vara do
Trabalho de Petrópolis/RJ, recebendo o número 00500- 80.2022.5.01.0100. O rito adotado foi o
ordinário, em razão do valor postulado. Devidamente citada, a reclamada não apresentou
contestação, daí porque o pedido foi julgado inteiramente procedente à revelia, sendo proferida
sentença líquida, no valor de R$ 125.000,00. Intimadas as partes, não houve interposição de
recurso, foi certificado o trânsito em julgado e a executada foi citada por oficial de justiça, em maio
de 2022, para pagamento voluntário, mas quedou-se inerte. Então, o juízo acionou o bloqueio de
ativos financeiros (penhora on-line), conseguindo reter R$ 2.000,00 da executada. As novas
tentativas de bloqueio foram infrutíferas, sendo então expedido mandado de penhora e avaliação
de bens. Foi penhorado o imóvel em que vivia a executada, avaliado pelo oficial de justiça em R$
123.000,00, sendo a penhora registrada no RGI. Garantido o juízo, a executada ajuizou embargos
à execução no 5º dia, no qual alegou que o imóvel penhorado era um bem de família, pois era

130
proprietária de 2 imóveis e residia com sua família em ambos, alternadamente; suscitou prescrição
parcial; afirmou que o valor retido de sua conta correspondia a parte do seu salário (10%),
portanto impenhorável, juntando o extrato confirmando que o valor bloqueado era de salário
depositado; requereu nova chance de defesa, porque teve pouco tempo para contestar, pois a
audiência foi marcada para 14 dias após a citação; que, no cálculo das férias, o juiz não utilizou a
evolução salarial durante o longevo contrato de trabalho, como deveria ser, mas, sim, a última
remuneração paga por ocasião da extinção do contrato. Após devidamente contestados, o juiz
julgou procedente os embargos à execução, com os seguintes fundamentos: que apesar de a ex-
empregadora possuir outro imóvel em bairro próximo, de menor valor (R$ 70.000,00) e onde
também reside com sua família porque fica mais próximo ao seu emprego, o imóvel constritado é o
de maior valor e, assim, impenhorável; acolheu a prescrição parcial para fixar os cálculos que
devem considerar os 5 anos anteriores ao ajuizamento da ação, e não todo o período trabalhado;
determinou a liberação dos R$ 2.000,00 porque salário jamais pode ser penhorado, ainda que
parcialmente; deferiu nova chance para juntar defesa porque a executada teve prazo de apenas 2
semanas, o que o magistrado entendeu ser insuficiente para a separação dos documentos e
contratação de advogado; deferiu o recálculo das férias para acompanhar o valor do salário pago
ao longo do tempo, e não da última remuneração. Publicada a decisão, e considerando que você é
advogado(a) da trabalhadora, redija a peça prático-profissional para a defesa dos interesses da sua
cliente em juízo, ciente de que na decisão não há vício ou falha estrutural que comprometa a sua
integridade. (Valor: 5,00)

 PEÇA PROCESSUAL Nº 93

Ronaldo Santos ajuizou reclamação trabalhista contra seu ex-empregador, a sociedade empresária
Bolos Caseiros Ltda., em 30/07/2022, tendo a sentença julgado procedentes, em parte, os seus
pedidos. O processo tramitou perante a 2ª Vara do Trabalho de Poços de Caldas, recebendo o
número 0101056-53.2022.5.03.0002. Nenhuma das partes recorreu e, com o trânsito em julgado,
iniciou-se a execução. A liquidação importou em R$ 10.000,00 (dez mil reais), mas a sociedade
empresária não pagou voluntariamente, a despeito de citada para tanto. Tentou-se fazer a
execução forçada com as ferramentas existentes na Vara, igualmente sem sucesso. Ronaldo,
então, instaurou um incidente de desconsideração da personalidade jurídica (IDPJ), que foi julgado
procedente, sendo incluídos, no polo passivo, os sócios Bruno Dias e César Dias. Eles foram
intimados a pagar a dívida, mas quedaram-se inertes. Em razão disso, foi expedido mandado de
penhora e avaliação para cumprimento, na forma da CLT. O oficial de justiça chegou à residência
de Bruno Dias às 22 horas e verificou que havia um veículo importado de luxo na garagem da casa,
que foi então penhorado e avaliado em R$ 200.000,00 (duzentos mil reais). O oficial retirou-se do
local e Bruno Dias recebeu depois o auto de penhora e a avaliação pelos Correios. Como a Vara em
questão é ágil, foi marcado leilão e o veículo foi arrematado por R$ 42.000,00 (quarenta e dois mil
reais), estando pendente a assinatura do juiz. Munido da documentação hábil, Everton Silva o(a)
procurou para contratá-lo(a) como advogado(a) no dia seguinte à arrematação, para informar que
o veículo penhorado era dele, e não de Bruno Dias, sócio da executada. Naquele dia, Everton
estava na casa, pois era aniversário de Bruno e havia uma festa para a qual Bruno convidou alguns
familiares e amigos. Como o veículo tinha alto valor, Bruno concordou que o amigo Everton Silva o

131
guardasse na garagem para evitar que o bem ficasse exposto. Considerando esses dados e de
acordo com a CLT e o CPC, apresente a medida destinada à defesa dos interesses de Everton Silva,
sem criar dados nem fatos inexistentes. (Valor: 5,00) Obs.: a peça deve abranger todos os
fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples
menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação. Nos casos em que a lei exigir
liquidação de valores, o examinando deverá representá-los somente pela expressão “R$”,
admitindo-se que o escritório possui setor próprio ou contratado especificamente para tal fim.

132

Você também pode gostar