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PROCESSO Nº $[processo_numero_cnj]
RECURSO ORDINÁRIO
Termos em que,
P. E. Deferimento.
$[advogado_cidade], $[geral_data_extenso].
$[advogado_assinatura]
RECORRENTE: $[PARTE_AUTOR_NOME_COMPLETO]
RECORRIDOS: $[PARTE_REU_RAZAO_SOCIAL] E MUNICIPIO DE
$[PARTE_REU_RAZAO_SOCIAL]
PROCESSO Nº $[PROCESSO_NUMERO_CNJ]
ORIGEM: $[PROCESSO_VARA] VARA DO TRABALHO DE
$[PROCESSO_COMARCA]
COLENDO TRIBUNAL
ÍNCLITOS JULGADORES
DA RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA
O juízo de piso entendeu que o Município (segunda recorrida) estaria
extrapolando sua posição de tomador se tivesse que cuidar de forma precisa do
pagamento das horas extras, indeferindo assim a responsabilidade subsidiária
requerida pelo autor.
O art. 71 da Lei nº 8.666/93 foi declarado constitucional pelo STF, sendo inadmissível
a responsabilização da Administração Pública pelos encargos trabalhistas devidos pela
prestadora dos serviços, nos casos de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas
por parte da empresa prestadora de serviços. Entretanto, nos termos da jurisprudência
do próprio Supremo Tribunal Federal, a ocorrência de culpa in eligendo, in vigilando
ou, ainda, in omittendo implica a responsabilidade subsidiária da Administração
Pública pelas verbas trabalhistas devidas ao trabalhador terceirizado. Assim, quando
o ente da Administração Pública
não logra comprovar que cumpriu os deveres impostos nos arts. 58, III, e 67, §
1º, da Lei nº 8.666/93, incide a responsabilidade subsidiária. Agravo de instrumento
desprovido. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA
ADESIVO INTERPOSTO PELA PRIMEIRA-RECLAMADA. Prejudicada a
análise do agravo de instrumento em recurso de revista adesivo interposto pela
primeira-reclamada, nos termos do art. 500, III, do CPC.Processo:ARR
911001520125170132 - Relator(a): Luiz Philippe Vieira de Mello Filho -
Julgamento:18/03/2015 - Órgão Julgador: 7ª Turma - Publicação:DEJT 20/03/2015–
(Grifos nosso)
Observa-se que o contrato efetuado entre a segunda recorrida para com a
primeira, não gera efeitos “erga omnes”. Assim o recorrente, bem como os
demais empregados, não estão subordinados às cláusulas contidas no referido
documento, pois não participou do ato, como ainda não gera efeitos o documento
a terceiro.
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituídos por esta Lei
confere a Administração, em relação a eles, a prerrogativas de:
...
III – Fiscalizar-lhes a execução;
Até porque, a Lei nº 8666/93 em seu artigo 58, III, c/c artigo 67 e 68, a
mesma tem o poder e dever de fiscalizar.
Não houve violação ao artigo 71, da Lei nº 8.666/93, eis que não pode gerar
efeitos, dos contratos efetuados entre o ente público junto aos seus prestadores a
terceiros, ou seja, aos empregados. Como ainda a aplicação da Súmula 331 do
TST é interpretativa, ou seja, interpreta dispositivo legal e incluiu a fazenda como
responsável. Nesta seara, verifica-se que o reclamante não participou da relação
processual.
Jornada de trabalho:
Pleiteia o reclamante o pagamento de horas extras e reflexos decorrente do labor em
sobre jornada e da sonegação do intervalo intrajornada.
Aduz a reclamada que a jornada de trabalho era efetivamente anotada nos controles
de ponto e que o intervalo intrajornada não era fiscalizado e controlado, já que a
prestação de serviço se dava de forma externa.
Os espelhos de ponto juntados apresentam marcação variável e estão subscritos pelo
demandante.
A prova oral colhida não teve a consistência capaz para infirmar os controles de ponto
juntados com a defesa. Em audiência, o reclamante admitiu que assinava os controles
de jornada, porém, sem conferi-los. Afirma, ainda, que o ponto era biométrico e a
máquina emitia comprovante de horário. É dizer, o autor não conferia os horários e
dias anotados nos cartões de ponto e, em seguida, vem a Juízo alegar incongruência
na marcação, sem sequer juntar os referidos comprovantes. Tal postura beira a má-fé.
A testemunha indicada pelo acionante também afirmou que anotavam os controles de
jornada (ponto biométrico) e que também não os conferia (itens 5/6). Além disso, tal
testemunha declarou que, de modo não havia fiscalização do intervalo intrajornada a
impedir que fosse integralmente usufruído.
O autor, pois, não logrou êxito em afastar a validade dos registros de pontos acostados,
ou que o intervalo intrajornada fosse reduzido por determinação da reclamada.
Cabia ao demandante apontar e provar, de forma eficiente, as diferenças de horas
extras que entendia devidas. Do ônus que detinha, não se desvencilhou.
Indefiro o pedido de horas extras e reflexos. (g.n.)
Ocorre que, embora o juízo de piso entenda que o recorrente não provou
as diferenças de horas extras pleiteadas, é importante negritar que em réplica (ID.
afddc07) o autor apontou com clareza que não conseguia usufruir de 1:00 (uma)
hora de intervalo para repouso e refeição, fato corroborado por sua testemunha
em depoimento:
“que quando iam juntos para o aterro não conseguiam usufruir o intervalo no
refeitório do aterro, pois apenas esperavam o caminhão descarregar (em 15min) e já
saíram” (ID. 2e594fe).
CONCLUSÃO
$[advogado_assinatura]