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: 1
Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região
Partes:
RECLAMANTE: RAIMUNDA MOUSINHO DE ARAUJO
ADVOGADO: MARCO ANTONIO ALVES DE OLIVEIRA
ADVOGADO: JOSE EVANDRO PEREIRA DA SILVA
RECLAMADO: TORO IMPORTADOS EIRELI
RECLAMADO: AXB PINTURAS EIRELI
ADVOGADO: GLEYSON ARAUJO TEIXEIRA
RECLAMADO: DIRECIONAL ENGENHARIA S/A
ADVOGADO: MARCUS VINICIUS AMARAL JUNIOR
ADVOGADO: MARCOS MENEZES CAMPOLINA DINIZ
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I – DAS NOTIFICAÇÕES
II – DOS FATOS
Alega o reclamante ter sido admitido em 01/09/0221 pela 01ª reclamada, recebendo
remuneração mensal de R$ 1.870,00, na função de pintor. Aduz que laborou até a data de 08
de fevereiro de 2022, quando foi dispensada sem aviso prévio. Afirma que as verbas
rescisórias não foram quitadas, tampouco recebeu a guia de FGTS e habilitação para o
Seguro Desemprego. Aduz que as horas extras não eram devidamente pagas. Afirma que o
adicional de insalubridade não era devidamente pago.
Aduz ainda que teve sua audição prejudicada diante do “barulho da obra”.
Assim, requer: o pagamento das verbas rescisórias; horas extras e reflexos; adicional
de insalubridade e seus reflexos; indenização por danos morais e “lucros cessantes” diante
das sequelas do suposto “acidente de trabalho” que culminou em enfermidades auditivas e,
por fim, FGTS e multa do art. 467 e 477.
Ocorre que todas as alegações autorais são inverídicas, motivo pelo qual serão
impugnadas em todos os seus termos, bem como pelos fatos e fundamentos que passa
a expor.
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Ademais, o próprio Reclamante em sua exordial confirma que foi contratado pela 1ª
Reclamada, bem como, afirma conhecer que a 3ª Reclamada não apresenta objetos sociais
semelhantes.
Ressaltamos ainda, que em sua inicial, o Reclamante demonstra quem era seu
real Empregador e responsável por qualquer crédito trabalhista.
O Enunciado 331, do Tribunal Superior do Trabalho, em seu inciso IV, alterado pela
Resolução 96/2000, estabelece que:
Entretanto, MM. Juiz, não se ateve o Reclamante, ao devido cuidado em rever o inciso
III, do mesmo Enunciado que estabelece:
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Ora, MM. Juiz, se não houve relação empregatícia entre a obreira e a Segunda
Reclamada, identicamente, falta qualquer causa para gerar a sugerida responsabilidade
subsidiária intentada por aquela, já que somente haveria responsabilização se houvesse
vínculo laboral.
Além do mais, resta claro que o RECLAMANTE prestou serviços que não
guardam relação com os serviços de construção civil, prestado pela SEGUNDA
RECLAMADA, porque são serviços de vigilância, que necessitam de mão de obra
específica.
É claro que não, porque seria inviável a existência de um processo, contra uma
determinada parte, que, sabidamente, não redundará em nenhuma forma de atendimento da
pretensão de direito material. Esqueceu, portanto, o Reclamante, que, o instituto processo é
um meio e não um fim em si mesmo, ou seja, se ele não tem o que atender, inexistirá a sua
razão de ser.
Demais disso, MM. Juiz, uma cláusula dos Contratos de Prestação de Serviços, cujas
cópias ora se junta, titulada "DAS OBRIGAÇÕES DA CONTRATADA", deixa claro que a
responsabilidade de vínculos laborais e encargos trabalhistas é exclusiva da PRIMEIRA
RECLAMADA.
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De pronto, insurge-se contra a extensão pretendida pelo Reclamante, haja vista que a
nova redação dos aludidos artigos citados (790, caput e § 4º, bem como do artigo 791, § 4º
da CLT) não restringe qualquer direito ao Reclamante, mas sim, em sintonia ao artigo 139 do
CPC, demonstrando tratamento igualitário das partes, já que impõe “à parte” o direito da
concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, quando comprovada a “insuficiência de
recursos para o pagamento das custas do processo” (§ 4º do artigo 790).
Logo, não há qualquer limitação ao direito de ação do Reclamante, mas sim, previsão
de TRATAMENTO IGUALITÁRIO DE TODOS PERANTE A LEI (artigo 5º caput da CF/88),
não havendo, assim, qualquer restrição de direitos.
Fala-se isso porque, cediço é que o artigo 5º, XXXV garante à parte o direito
constitucional de acesso ao Poder Judiciário. Neste espeque, a determinação de
sucumbência à parte destituída de razão assegura justamente que a parte vencedora seja
recompensada pela necessidade de valer-se do seu direito de ação – o que apresenta como
mecanismo facilitador do acesso à Justiça (exatamente na mão contrária alegada pelo
Reclamante).
Artigo 791-A – Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos
honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento)
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e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação
da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-
lo, sobre o valor atualizado da causa.
Perceba, Excelência, que a Lei impõe condição para que o beneficiário da Justiça
Gratuita arque com os custos sucumbenciais (desde que não tenha obtido em juízo, ainda
que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa). Logo, caso o
Reclamante tenha obtido êxito em juízo, ainda que em outro processo, sua condição estará
alterada daquela ditada pela Lei nº 1.060/50, razão pela qual, não estaria diante de qualquer
óbice ao acesso à justiça, mas sim, de garantia de tratamento igualitário da das partes (em
sintonia com o artigo 139 do CPC/2015 c/c artigo 5º, caput da CF/88 – já que todos são iguais
perante a Lei).
Ademais, se o crédito trabalhista detém natureza de verba alimentar, por certo a verba
honorária (advocatícia ou pericial também detém a referida natureza), sob pena de tratamento
desigual de cidadãos, regularmente assistidos pela proteção do artigo 5º, caput da CF/88 – já
que todos são iguais perante a Lei.
Logo, tem-se como equivocada a tese autoral de óbice de acesso à justiça, vez que a
Lei 13.467/17 apenas pontuou a questão com a finalidade de não permitir o descaso obreiro
com os autos, o que consequentemente onera o Estado e à parte adversa, que por sua vez
tem a obrigatoriedade de comparecer em audiência.
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Registra-se, ainda, que para a entrada em vigor, a Lei 13.467/2017 tramitou por
todo seu processo legislativo, não havendo supressão de qualquer instância, tendo
percorrido seu devido processo legal.
IV – DO MÉRITO
Não obstante todo o já exposto cumpre reiterar, no mérito, que tendo em vista o
INCONTROVERSO fato do Reclamante NÃO ser empregado da, ora Contestante, torna-se
indevido por esta o pagamento direto de qualquer verba trabalhista ou previdenciária atinente
ao referido contrato de trabalho.
Logo, é APLICÁVEL no caso em apreço, a súmula nº. 331 do C. TST, em seu inciso
III, eis que os serviços de conservação prestados pelo Reclamante foram TOTALMENTE
impessoais e sem subordinação, já que toda a orientação e coordenação dos serviços eram
realizadas EXCLUSIVAMENTE pelos gerentes da 1ª Reclamada, razão pela qual esta
contratação NÃO é ILÍCITA.
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Não obstante, ressalte-se que o objeto social da Contestante, isto é, a construção civil,
NÃO coincide ou se instrumenta por serviços fornecimento de mão de obra para prestação
de serviços de vigilância patrimonial, razão pela qual, por qualquer ponto de vista, NÃO
HÁ RESPONSABILIDADE da Contestante por eventuais débitos do contrato de trabalho
firmado EXCLUSIVAMENTE entre o Reclamante e a 1ª Reclamada.
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Neste sentido, a Súmula nº. 331 do Tribunal Superior do Trabalho, a qual possui força
vinculativa sobre os demais Tribunais e Instâncias Inferiores, aduz que “não forma vínculo
de emprego com o tomador a contratação de serviços (...) ligados a atividade-meio do
tomador, desde que inexistentes a pessoalidade e a subordinação direta” (inciso II).
Isto porque, conforme determinado no artigo 9º da CLT, “serão nulos de pleno direito
os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos”
contidos na CLT.
Logo, o que a súmula nº. 331 do TST faz é, tão somente, reiterar a vigência do artigo
9º da CLT, vez que, por interpretação reversa, declara de forma genérica como ilícita a
terceirização da “atividade-fim” do tomador de serviços.
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Ainda nesta seara, o Ilustre Juiz do Trabalho, Dr. Sérgio Pinto Martins, vê a questão
sob o seguinte prisma:
Desta forma, inicialmente, NÃO há que se falar em qualquer obrigação solidária e/ou
direta da 3ª Reclamada, pois o caso dos autos NÃO se trata de ato jurídico nulo e/ou anulável,
isto é, a terceirização ocorrida é lícita e operou-se de forma correta, sem nenhuma
subordinação ou relação direta entre Reclamante e a ora 4ª Reclamada.
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Pelo exposto, em juízo de eventualidade, caso se perpasse por todo o exposto, o que
se admite apenas por argumentar, certo é que, ao menos, o direito de regresso deve ser
expressamente declarado nos autos, resguardando-se, ainda, a delimitação temporal da
responsabilidade, atrelada à validade do contrato e/ou a efetiva prestação de serviços do
Obreiro para a 3ª Reclamada, para todos os fins e efeitos de direito.
MÉRITO
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Não obstante, mesmo que Vossa Exa. entenda que houve minimamente a
demonstração do suposto acidente, imprescindível a prova pericial médica para aferir sua
ocorrência e, ainda, o real “prejuízo sofrido pela Reclamante”, notadamente a “perda auditiva”,
momento em que, inclusive, será comprovada a suposta incapacidade laboral.
Em que pese ser despiciendo, a teor dos artigos 818 da CLT e 373, I do NCPC,
cabe o RECLAMANTE fazer prova inequívoca do suposto direito que alega possuir, não
podendo presumir-se como verdades absolutas, quaisquer informações por ele
trazidas e não comprovadas.
Não devendo recair sobre si, qualquer ônus empregatício que tenha a 1ª Reclamada
para com o Reclamante.
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Nesse ínterim, tem-se que a 1ª Reclamada sempre esteve em dia com suas
obrigações e encargos tributários, fiscais, previdenciários e trabalhistas, veja-se pelo próprio
extrato anexado pelo Reclamante em sua inicial em que demostra a existência de depósitos
de FGTS durante o período, não estando pendente pagamento de data anterior como
informado em inicial.
Quanto à indenização por danos morais, temos que a Reclamante alega diversos
supostos atos ilícitos praticados pela PRIMEIRA RECLAMADA EXCLISIVAMENTE, são elas,
a suposta dispensa discriminatória, ausência de pagamento das verbas rescisórias e, ainda,
pelo suposto “acidente de trabalho”.
Quanto ao acidente de trabalho, importa reiterar ainda que sequer ocorreu, sendo certo
que a função exercida pela Reclamante, qual seja, pintora, sequer comporta a utilização de
máquinas capazes de ensejar na “perda auditiva” alegada.
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Não obstante, mesmo que Vossa Exa. entenda que houve minimamente a
demonstração do suposto acidente, imprescindível a prova pericial médica para aferir sua
ocorrência e, ainda, o real “prejuízo sofrido pela Reclamante”, notadamente a “perda auditiva”.
Mesmo que Vossa Exa. entenda que a ora Contestante é responsável por responder
pelos supostos “danos morais” sofridos pela Reclamante, importa salientar que a Reclamante
não faz jus a indenização a qualquer indenização.
Segundo ensina Beatriz Della Giustina, em seu artigo “Dano Moral: Reparação e
Competência Trabalhista”, in “Revista Jurídica Trimestral Trabalho e Doutrina - processo
jurisprudência, Diretor: Valentin Carrion, editora Saraiva, 1996, nº 10:
Por outro lado, tem-se que é o dolo, e não a culpa, que enseja a indenização por
dano moral, ou seja, sem dolo não há que se falar em dano moral. Aqui não pode constatar
qualquer POTENCIALIDADE LESIVA por parte da Reclamada em seu âmbito intimo ou de
sua honra. Portanto, à antijuridicidade deve-se juntar a subjetividade, cumprindo perquirir-se
a vontade do agente, o que certamente não ocorreu no caso em tela.
Cabe destacar ainda, que no direito privado a Responsabilidade Civil, que é o dever
de indenizar danos causados a outrem, surge com a ocorrência do ato ilícito. De acordo com
os ensinamentos de Silvio de Salvo Venosa compreende-se que “Ato Ilícito é aquele que
promana direita ou indiretamente da vontade e ocasiona efeitos jurídicos” (Curso de Direito
Civil, terceira ed., pág. 22).
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Portanto, no presente caso, o Reclamante não sofreu nenhum dano por parte da
empresa reclamada, uma vez que o suposto abalo psíquico, se uma vez comprovado, não
pode ser imputado à Reclamada.
Desta forma, deve ser julgado improcedente o pedido de indenização por danos
morais, uma vez que não estão presentes os elementos essenciais para sua caracterização,
dentre eles o DANO REAL e o POTENCIAL LESIVO ficando ainda impugnado o exorbitante
pleito de indenização no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), que comprova a pretensão de
enriquecimento do Reclamante.
Segundo já exposto, inexistiu entre as partes vínculo empregatício, haja vista que o
reclamante sempre foi empregado da 1ª Reclamada, conforme admitido pelo próprio
Reclamante na exordial. Desta feita, afastado o reconhecimento de relação de emprego, por
consequência, restam fulminadas as pretensões que decorram diretamente do mencionado
liame.
Noutros termos, caberia ao Reclamante comprovar suas absurdas alegações, uma vez
que, a ora Contestante junta à presente peça defensiva os cartões de ponto.
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Por tais razões, INEXISTE o suposto débito de horas extras indicado na inicial, pelas
sintéticas razões:
Por fim, requer esta Reclamada que Vossa Excelência determine a compensação dos
valores eventualmente já pagos ao Reclamante à título de horas extras, sob pena de
enriquecimento ilícito.
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a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza, da
intensidade do agente e o tempo de exposição aos seus efeitos.
Isto, pois, é imperativo legal, já que para apuração do suposto e eventual adicional,
indispensável é a realização de perícia, nos termos do artigo 195, caput, da CLT, bem como
pelo texto do Decreto 93412/86.
De certo é que, caso não seja designada a perícia de insalubridade, o pedido autoral
resta desde já impugnado, pois era obrigação do Reclamante comprovar a sua suposta
situação de trabalho em condições de risco à vida, o que NÃO ocorreu, em franca divergência
ao determinado pelo artigo 818 da CLT.
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Não há que se falar ainda, em pagamento da multa prevista no art. 477 da CLT, posto
que se trata de pagamento de supostas verbas rescisórias de obrigação da primeira
reclamada, real empregadora do autor.
Desta forma, não havendo qualquer relação de emprego entre a ora contestante e o
autor, não há que se falar em aplicação A ELA, das referidas multas, eis que o mesmo
repita-se, não pertencia ao quadro de funcionários da DIRECIONAL.
A aplicação da multa do artigo 467 da CLT tem cabimento tão somente em se tratando
de pagamento das verbas rescisórias incontroversas. As parcelas discutidas nos presentes
autos são totalmente controversas, conforme toda a fundamentação exposta.
Logo, pugnam as peticionárias pelo indeferimento da multa dos artigos 467 e 477 da
CLT e, em caso de eventual condenação, tem-se que o pagamento deverá ser feito pela real
empregador do reclamante.
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Sendo certo que não houve trânsito em julgado da referida decisão, faz-se necessário
continuar utilizando a tabela vigente que, conforme amplamente exposto, considera apenas a
TR como índice de atualização, não prevalecendo o novo índice IPCA-E até o trânsito em
julgado da decisão que determinou a sua aplicação.
IV.XI- DA COMPENSAÇÃO
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V– DOS PEDIDOS
Desta forma Exa., não existe amparo legal e nem contratual no pleito da exordial a fim
de amparar atitude da reclamante, assim espera e requer a estas reclamadas que sejam,
sejam os pedidos julgados IMPROCEDENTES.
Requer, ainda, provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos,
notadamente pericial, documental, testemunhal e depoimento pessoal da reclamante,
devendo a testemunha ser intimada, caso não compareça espontaneamente, nos termos do
artigo 852-h, parágrafo terceiro.
Nesses Termos,
Pede deferimento,
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https://pje.trt10.jus.br/pjekz/validacao/22112908471836200000033210484?instancia=1
Número do processo: 0000494-74.2022.5.10.0102
Número do documento: 22112908471836200000033210484