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Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região

Ação Trabalhista - Rito Sumaríssimo


0100316-15.2020.5.01.0051

Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 17/04/2020


Valor da causa: R$ 18.355,10

Partes:
RECLAMANTE: EDUARDO FRIGOLETTO NASCIMENTO SA
ADVOGADO: ANTONIO CARLOS MEDRADO DOS SANTOS
RECLAMADO: RIO RF TECNICA E PRECISAO LTDA - ME
ADVOGADO: RICARDO HOLANDA VERGARA DE OLIVEIRA
RECLAMADO: WINNER ST DO BRASIL LTDA - EPP
ADVOGADO: RICARDO HOLANDA VERGARA DE OLIVEIRA
RECLAMADO: CONDOMINIO DO EDIFICIO SINFONIA RESIDENCIAL CLUB
ADVOGADO: ALLAN MARCOS MACHADO FERREIRA
ADVOGADO: MARCELY DE AZEVEDO LEONEL
RECLAMADO: CONDOMINIO LA FONTAINE
ADVOGADO: RICARDO HOLANDA VERGARA DE OLIVEIRA
TERCEIRO INTERESSADO: JACKSON MEDEIROS DE SOUZA
TERCEIRO INTERESSADO: MARIA CRISTINA GOMES DE OLIVEIRA
TERCEIRO INTERESSADO: NANCY DE MEDEIROS SOUZA
TERCEIRO INTERESSADO: ROSANGELA MEDEIROS SOUZA DE OLIVEIRA
TERCEIRO INTERESSADO: CARLOS DURAES LEAL
TERCEIRO INTERESSADO: MARCOS CASSIO DA GAMA FARIAS
PAGINA_CAPA_PROCESSO_PJE
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ADVOGADOS ASSOCIADOS

EXMO. SR. DR. JUIZ DA 51ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DA


CAPITAL/RJ

PROCESSO N.º 0100316-15.2020.5.01.0051

RIO RF TÉCNICA E PRECISÃO LTDA., pessoa


jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n.º
05.145.068/0001-82, já devidamente qualificada nos autos da
“RECLAMAÇÃO TRABALHISTA” proposta por EDUARDO FRIGOLETTO
NASCIMENTO SÁ, vem, por intermédio de seus patronos,
devidamente constituídos (Cf. Instrumento de Mandato em
anexo), os quais receberão intimações e notificações no seu
escritório profissional situado na Avenida Ernani Cardoso,
n.º 72, Sala 307, Cascadura, Rio de Janeiro/RJ, CEP.:
21.310-310, com fundamento no art. 847 da CLT, apresentar
sua

CONTESTAÇÃO

Pelos motivos de fato e de direito adiante descritos:

I - PRELIMINARMENTE

I.1 - DAS PUBLICAÇÕES E NOTIFICAÇÕES

Invocando o artigo 272 do Código de Ritos,


requer desde já que nas futuras publicações, bem como na
capa dos Autos conste, exclusivamente, o nome e a OAB do
Dr. RICARDO HOLANDA VERGARA DE OLIVEIRA, OAB/RJ N.º
132.292, com escritório situado na Avenida Ernani Cardoso,
n.º 72, sala 307, Cascadura, Rio de Janeiro/RJ, SOB PENA DE
NULIDADE.

I.2 - DA AUTENTICIDADE DAS FOTOCÓPIAS E DA DISPONIBILIZAÇÃO


DOS CONTROLES DE FREQUÊNCIA

Com fulcro no art. 830 da CLT, o patrono da


Reclamada declara autênticas as fotocópias acostadas aos
autos juntamente com a defesa.

Outrossim, informa a reclamada que os


controles de frequência originais se encontram a disposição

Avenida Ernani Cardoso, n.º 72, Grupo 307, Cascadura, Rio de Janeiro/RJ – CEP.: 21.310-310
E-mail: holanda.vergara@gmail.com / 99119-3229

Assinado eletronicamente por: RICARDO HOLANDA VERGARA DE OLIVEIRA - 09/11/2020 00:45:42 - eb0fcf9
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desse Douto Juízo para acautelamento na secretaria, caso


V.Exa. entenda necessário.

I.3 – DA PRIMEIRA RECLAMAÇÃO AJUIZADA

Cumpre informar, que o Reclamante ajuizou em


02/03/2017 a RT n.º 0100287-42.2017.5.01.0027 enquanto
ainda era funcionário da primeira reclamada, sendo a
demanda julgada parcialmente procedente, fixando como data
de terminação do contrato de trabalho em 30/06/2017, tendo
o autor requerido que fosse decretada a rescisão indireta
do contrato de trabalho, pedido este julgado improcedente,
e foi reconhecida a terminação contratual por iniciativa do
reclamante.

Insta esclarecer, que não foi interposto


recurso, tendo o reclamante permanecido em silêncio quanto
à continuidade da prestação de serviços até o dia
19/04/2018, data de prolação da sentença, ocasião em que
não mais retornou para laborar, sendo inverídica a alegação
de que teria sido dispensado na referida data.

Ademais, como não houve nova admissão, mas


sim a continuidade da prestação de serviços, não há que se
falar em pagamento das verbas rescisórias, sendo certo que
deveria o reclamante ter noticiado tempestivamente nos
autos da primeira reclamação, que teria permanecido
laborando até o dia 19/04/2018 para que a data de
terminação do contrato de trabalho fosse retificada.

Verifica-se pois, que o reclamante com o


escopo único de ajuizar nova reclamação trabalhista,
permaneceu silente quanto à continuidade da prestação de
serviços, tendo criado narrativa com o escopo de obter
reconhecimento de um suposto “novo” vínculo empregatício,
pretensão esta que se mostra absurda!

Em suma, há que observar que o reclamante não


foi admitido para laborar nas Winner e na Rio RF Técnica,
sendo imperioso destacar que tal narrativa não foi inserida
na primeira reclamação ajuizada, ou seja, se o autor alega
que o vínculo teve continuidade, como teria sido contratado
por empresa estranha à relação empregatícia havida com a
primeira reclamada? Trata-se de mera aventura jurídica, na
qual por meio do presente processo o reclamante acredita
que pode ludibriar o entendimento deste Nobre Juízo, os
reclamados e seus advogados mediante alegações fantasiosas.

Assim, visando apresentar veracidade aos


fatos apresentados, a reclamada junta aos autos cópia da

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sentença prolatada nos autos de n.º 0100287-


42.2017.5.01.0027.

I.4 – DA COISA JULGADA EM RELAÇÃO AO PEDIDO DE PAGAMENTO DE


INDENIZAÇÃO POR SUPOSTO ACÚMULO DE FUNÇÃO

Nobre Juízo, a sentença prolatada nos autos


da RT n.º 0100287-42.2017.5.01.0027 julgou improcedente o
pedido de pagamento de indenização por suposto acúmulo de
função, conforme se destaca (vide sentença anexa):

“(....) Os requisitos para a configuração para


o serviço de "vigilância" estão descritos na
Lei 7.102/83, sendo exigida a participação do
profissional em curso de formação, além de ser
garantido o uso de uniforme especial e o porte
de arma, durante a execução do serviço. Na
hipótese dos autos, o reclamante não produziu
provas quanto à verificação dessas
características, durante sua rotina de
trabalho.

Ademais, a realização de eventuais rondas pelo


reclamante é compatível com a atribuição de
controle do acesso ao seu local de trabalho, de
modo a impedir o ingresso de pessoas não
autorizadas nas dependências do condomínio,
conforme destacado na defesa da primeira ré.
Neste passo, as atividades descritas pelo autor
estão em conformidade com as atribuições
típicas de sua função de "agente de portaria",
sem que isto configure o serviço de
"vigilância", ante a inexistência de formação
técnica do autor para esta profissão, além da
ausência de verificação do porte de arma.

Assim, julgo improcedente o pedido de


reconhecimento do suposto acúmulo de função e
de pagamento do adicional de 40% (quarenta por
cento) sobre o salário-base e seus reflexos
sobre as demais verbas contratuais e
rescisórias. (....)”

Desse modo, o ajuizamento de reclamação


trabalhista com pedido idêntico já inserido nos autos da
primeira reclamação, e que foi julgado improcedente, trata-
se de postura maliciosa, buscando novo posicionamento
jurisdicional mais favorável, gera prejuízos tanto para a
empresa quanto para o próprio Poder Judiciário, que já se
encontra abarrotado de processos, sendo imperioso destacar,
que o Reclamante não delimitou tal pedido o período
reclamado no segundo processo, tendo destacado que “(....)
Desde o início do contrato de trabalho até o final, o
reclamante passou a acumular o cargo de agende de portaria
ao cargo de vigilante (....)”, não restando qualquer dúvida

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de que o autor apresenta a mesma narrativa abrangendo todo


o período de vigência do contrato de trabalho.

Assim, requer deverá ser reconhecida a coisa


julgada, julgando extinto o pedido referente ao alegado
acúmulo de função na forma do artigo 485, V do CPC, e
ainda, tendo em vista o proceder temerário do Reclamante,
requer que seja aplicada multa a título de litigância de má
fé com fundamento no artigo 793-A c/c art. 793-B, Inciso V
da CLT, uma vez que o autor renovou pedido julgado
improcedente em outra reclamação, devendo ser aplicada
multa consoante os parâmetros dispostos pelo artigo 793-C
da CLT.

I.5 – DOS DOCUMENTOS GRAVADOS COM SIGILO – IMPOSSIBILIDADE


DE VISUALIZAÇÃO/IMPUGNAÇÃO

Nobre Juízo, conforme se verifica, nos IDs


663c9ee; 1de76bb; 3c43a9b foram coligidos aos autos com
marcação de sigilo, tendo sido juntados antes de expedidas
as notificações para citação das reclamadas, o que importa
dizer, que certamente são de autoria da secretaria do
Juízo, ou mesmo do Reclamante, sendo certo que tal fato
inviabiliza a visualização e eventual impugnação.

Assim, requer que seja retirado o sigilo da


documentação destacada, bem como conferido prazo às
Reclamadas para que possam se manifestar e juntar novos
documentos.

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II – BREVE SÍNTESE DOS FATOS

O Reclamante ajuizou a presente Reclamação


trabalhista alegando ter sido admitido em 05/04/2014, para
exercer a função de agente de portaria, percebendo como
último salário o valor de R$ 1.274,46, permanecendo no
desempenho de suas funções.

Prossegue aduzindo, inicialmente, que a sua


jornada de trabalho seria das 19:00 às 07:00 horas, na
escala 12 x 36, com 01 (uma) hora para refeição e descanso,
supostamente sem usufruir do intervalo intrajornada em sua
integralidade, aduzindo ainda que as supostas horas extras,
que narrou, não teriam sido pagas em sua integralidade.

Aduz quer teria acumulado a função de agente


de portaria com a função de vigilante.

Em decorrência dos supostos fatos narrados,


requereu o reconhecimento de vínculo empregatício, o
pagamento das verbas rescisórias, o pagamento de horas
extras em razão da suposta supressão do intervalo
intrajornada, indenização por acúmulo de função, multas dos
artigos 467 e 477 da CLT, entrega de guias para habilitação
no seguro desemprego, expedição de alvará para saque do
FGTS, e honorários de sucumbência.

Contudo, conforme restará provado, nenhum


direito assiste ao Reclamante, merecendo a presente
reclamação trabalhista ser julgada improcedente em sua
totalidade.

III – NO MÉRITO

Passa a Reclamada a contestar item por item


as verbas pedidas pelo Reclamante em sua exordial, a saber:

III.1 – DA INEXISTÊNCIA DE GRUPO ECONÔMICO – MÁ FÉ DO


RECLAMANTE

Nobre Juízo, analisando as alegações


apresentadas pelo Reclamante, no sentido de que a primeira
reclamada seria integrante de um suposto mesmo grupo
econômico com a segunda reclamada, constata-se que os
argumentos utilizados são absolutamente equivocados e
demonstram irresponsabilidade e falta de negligência na
formulação aleatória do absurdo requerimento.

Vale destacar, que na primeira reclamação


trabalhista ajuizada sob o n.º 0100287-42.2017.5.01.0027,

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não foi apresentada qualquer alegação nesse sentido, sendo


certo que o reclamante inova ao alegar que teria sido
admitido para trabalhar nas duas primeiras reclamadas, ao
aduzir que teria utilizado os uniformes da Rio RF e da
Winner ST, bem com que teria recebido ordens de preposto ou
sócio da reclamada para que os serviços fossem prestados
para as duas empresas. Tais alegações são absurdas e
desprovidas de qualquer elemento probatório.

Ademais, hipoteticamente, se em algum momento


o reclamante vestiu uniforme que não o da Rio RF Técnica
durante o horário de trabalho, o fez de forma equivocada e
desautorizada, haja vista que durante o período de vigência
do pacto laborativo a prestação de serviços se dava de
forma exclusiva para a Rio RF Técnica e seus tomadores de
serviços, uma vez que se trata de empresa do ramo do asseio
e conservação.

Há que se esclarecer, que a RIO RF TÉCNICA


não integra, tampouco nunca formou grupo econômico com a
Winner ou qualquer outra empresa, cumprindo ressaltar, que
trata-se de pessoa jurídica independente e com objetivo
singular voltado exclusivamente para a administração de seu
negócio, sem a participação de qualquer outra empresa,
sendo certo que seus objetivos empresariais e econômicos
estão voltados unicamente para a sua sociedade empresária.

Nessa esteira, há que se destacar, que para a


caracterização do grupo econômico é necessário que duas ou
mais empresas, cada uma com personalidade jurídica própria
estejam envolvidas sob a mesma direção, controle e
administração de outra, ou, mesmo com individual autonomia,
integrem grupo econômico, sendo necessária a demonstração
(prova inequívoca) de interesse integrado, efetiva comunhão
de interesses, e a atuação conjunta das empresas
integrantes, conforme disposição do artigo 2º, §3º da CLT.

Desse modo, não se fazem presentes os


requisitos indicados no artigo 2º, § 2º da CLT, isto é,
empresas sob a mesma direção, controle ou administração de
outras, ou integrantes do mesmo grupo econômico.

Assim, deverá ser julgado improcedente o


pedido de declaração de grupo econômico, é o que desde já
se requer.

III.2 – DA VIGÊNCIA DO CONTRATO DE TRABALHO ATÉ A PROLAÇÃO


DA SENTENÇA NA PRIMEIRA RT – INEXISTÊNCIA DE UM NOVO

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VÍNCULO OU SEGUNDO PERÍODO LABORADO – IMPROCEDÊNCIA DO


PEDIDO DE RECONHECIMENTO DE VÍNCULO E ANOTAÇÕES CTPS

Com o escopo de esclarecer os fatos, tendo em


vista que a inicial do reclamante foi apresentada de forma
confusa e acompanhada de alegações inverídicas, contendo
vários pontos contraditórios, cumpre informar, que o
Reclamante ajuizou o processo n.º 0100287-
42.2017.5.01.0027, porém permaneceu laborando normalmente
como funcionário da Reclamada até o dia 19/04/2018, data de
prolação e disponibilização da sentença naqueles autos,
deixando de comparecer após a referida data.

Há que se observar, que no primeiro processo, o


reclamante tentou obter a decretação da rescisão indireta
do contrato de trabalho em desfavor da primeira reclamada,
sob a alegação de que a relação empregatícia teria se
tornado insuportável, bem como que teria sido suspenso por
01 (uma) semana em razão de ter dormido em serviço (vide
inicial anexa).

Na presente reclamação, o autor busca inovar em


suas alegações, pois além de suscitar a suposta existência
de grupo econômico, aduziu que teria laborado sem vínculo
empregatício a partir do dia 01/07/2017 até o dia
19/04/2018, o que não corresponde à verdade, pois até a
data de prolação da sentença (último dia trabalhado), o
vínculo empregatício do reclamante encontrava-se vigente.

Ocorre que, a sentença prolatada no processo


n.º 0100287-42.2017.5.01.0027, através da análise de
parâmetro ou premissa desconhecidos (ou até mesmo erro
material), fixou como data de rescisão do contrato de
trabalho o dia 30/06/2017, data esta que não possui
qualquer vinculação lógica razoável com os fatos narrados
nos autos, tampouco há justificativa na fundamentação,
sendo certo que o reclamante aproveitou-se de tal situação
para requerer o reconhecimento de um suposto novo vínculo
empregatício, o que data máxima vênia não se pode admitir.

Data vênia, o que se verifica, é que o


reclamante deveria ter interposto recurso para sanar o erro
material ou equívoco existente na sentença para que
constasse a data de seu último dia trabalhado, contudo
quedou-se silente, certamente com o escopo de ajuizar uma
segunda reclamação trabalhista.

Desse modo, não houve uma nova admissão do


reclamante, e ainda, há que se registrar que a dispensa
nunca ocorreu, tendo o reclamante deixado de comparecer ao

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serviço após a prolação da sentença, conforme se destaca a


seguir:

Acredita a primeira reclamada que o reclamante


tenha sido orientado a laborar até a data de prolação da
sentença, muito embora tenha formulado pedido de rescisão
indireta naquela reclamação.

Desse modo, os pedidos de reconhecimento de


vínculo empregatício e de anotações na CTPS deverão ser
julgados improcedentes.

Destarte, inverídicas são as alegações do


Reclamante, razão pela qual deverão ser rejeitadas
integralmente, restando absolutamente impugnadas pela
Reclamada.

III.3 - DA ALEGADA SUPRESSÃO DO INTERVALO INTRAJORNADA –


RECLAMANTE APROVEITAVA JORNADA NOTURNA PARA DORMIR

A jornada de trabalho do reclamante era das


19:00 h às 07:00 h em regime de revezamento na escala 12 x
36, com direito a 01 (uma) hora para refeição e descanso,
com uma folga semanal, sendo o controle de frequência
efetuado por meio de livros de portaria.

Há que esclarecer, que o reclamante JAMAIS


praticou horas extras, posto que pelo menos mais 01 (um)

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funcionário laborava no mesmo turno do reclamante, e ainda,


que ao final de cada turno outros funcionários os
substituíam, caracterizando-se, dessa forma, a escala de
revezamento 12 x 36, não havendo que se falar em horas
extras.

No que se refere ao intervalo intrajornada,


não há coerência lógica na narrativa fática apresentada,
posto que a função desempenhada pelo reclamante, e,
sobretudo, na companhia de outro funcionário dentro do
mesmo turno, não impedia que o demandante usufruísse
integralmente do intervalo intrajornada pelo período de 01
(hora), não havendo razão para o acolhimento do pedido de
pagamento de 01 hora diária a título de hora extra.

Há que destacar, que o Reclamante permanecia


prestando serviços à época do ajuizamento da primeira
reclamação, sendo certo que na data de sua contratação foi
designado para desempenhar suas funções no Condomínio
Midas, onde trabalhava com mais outros três funcionários,
sendo certo que posteriormente foi transferido de posto,
passando a prestar serviços nas dependências do terceiro
reclamado, que também contava com pelo menos mais uma
agente de portaria durante o turno de trabalho do
reclamante, ou seja, contava com pelo menos 02 (dois)
agentes por turno de trabalho.

Desse modo, a alegação de que não teria


usufruído do intervalo intrajornada de forma integral não
se sustenta, sendo certo que o reclamante inclusive,
aproveitava a escala noturna para dormir durante o horário
de expediente, motivo pelo qual também foi suspenso,
conforme ele próprio relatou na inicial apresentada na
primeira RT, senão vejamos:

Veja Exa., o reclamante tinha tempo para


dormir durante o serviço, mas não podia usufruir de 01 hora
para realizar suas refeições e descansar? Tal alegação não
se sustenta, e, muito embora a reclamada tenha sido
condenada a pagar horas extras na primeira reclamação,
juntou na ocasião a maior parte dos controles de frequência
anotados por meio de livros de portaria.

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Destarte, requer desde logo que seja julgado


improcedente o pedido de pagamento das horas extras,
integração e reflexos das mesmas em razão da alegada
supressão do intervalo intrajornada, não havendo que se
falar em reflexo nas verbas contratuais e rescisórias.

III.4 – DO PEDIDO DE REFLEXO DO RSR EM DECORRÊNCIA DAS


SUPOSTAS HORAS EXTRAS

Conforme destacado, o reclamante JAMAIS


praticou horas extras, restando subentendido de que as
horas extras que o autor informa em sua confusa e
deficiente narrativa fática, seriam decorrentes da alegada
supressão do intervalo intrajornada, sendo certo que não há
sequer fundamentação relacionada com as supostas horas
extras, mas tão somente em relação ao intervalo
intrajornada.

Portanto, não há que se falar em reflexo do


RSR “em decorrência das horas extras nas férias,
gratificação de 1/3, FGTS, multa de 40% do FGTS, 13º
salários, adicional noturno e aviso prévio”.

Data vênia, que seja julgado improcedente tal


pedido.

III.5 – DA IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO DE PAGAMENTO DAS VERBAS


RESCISÓRIAS E DE EXPEDIÇÃO DE ALVARÁ PARA LEVANTAMENTO DO
FGTS E DE OFÍCIO PARA HABILITAÇÃO NO SEGURO DESEMPREGO –
TERMINAÇÃO CONTRATUAL POR INICIATIVA DO RECLAMANTE

Conforme esclarecido, a terminação do


contrato de trabalho se deu por iniciativa do reclamante,
conforme declarado na sentença prolatada nos autos nº
0100287-42.2017.5.01.0027, sendo certo que o reclamante não
foi readmitido pela primeira reclamada, tampouco
dispensado, tendo deixado de comparecer após o dia
19/04/2018, data de prolação da sentença, sendo certo que o
reclamante tentou forçar sua dispensa visando o recebimento
integral das verbas rescisórias, bem como a habilitação
indevida no seguro desemprego, e o recebimento do Fundo de
Garantia, o que não se pode admitir.

Desse modo, não é devido o pagamento de


“saldo de salário, aviso prévio, férias proporcionais,
gratificação de 1/3, FGTS, multa de 40% do FGTS, 13º
salários, horas extras do intervalo intrajornada, repouso
semanal remunerado, adicional noturno, férias proporcionais
+ 1/3, expedição de alvará para levantamento do FGTS, e
expedição de ofício para habilitação no seguro desemprego”.

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Outrossim, não há que se falar em pagamento


da multa de 40% sobre o saldo do FGTS, uma vez que a
primeira reclamação trabalhista foi ajuizada por iniciativa
do reclamante, que pretendia se desligar da primeira
reclamada, o que foi reconhecido que o autor deu causa à
terminação do contrato de trabalho.

Quanto aos depósitos fundiários, há que se


esclarecer, que a primeira reclamada deu continuidade aos
créditos, uma vez que ainda não havia sido prolatada
sentença nos autos da primeira RT, sendo certo que apenas
cumpriu seu dever enquanto empregadora.

Destarte, o que se verifica é o erro por


parte do reclamante ao não informar corretamente naqueles
autos sobre a continuidade da prestação de serviços (fato
informado na defesa apresentada), e ainda, ao deixar de
apresentar recurso para sanar o equívoco relacionado com a
data de terminação do contrato de trabalho, que nunca
deveria ter sido fixada com data de 30/06/2017.

Assim, tendo em vista que o reclamante a


fundamentação apresentada, deverão ser julgados todos os
pedidos relativos a pagamento de verbas rescisórias, FGTS,
multas e reflexos de horas extras em verbas rescisórias.

III.6 - DA INEXISTÊNCIA DE ACÚMULO DE FUNÇÃO

Conforme destacado na preliminar de coisa


julgada, o pedido de indenização por acúmulo de função foi
julgado improcedente nos autos n.º 0100287-
42.2017.5.01.0027, cumprindo destacar, somente por
argumentar, que o reclamante foi contratado para
desempenhar a função de agente de portaria, sendo certo que
sempre desempenhou somente a referida função, não havendo
que se falar acúmulo de função, uma vez que o agente de
portaria é responsável por controlar o acesso e pessoas ao
condomínio, devendo impedir o ingresso de pessoas não
autorizadas nas dependências do condomínio.

Desse modo, não há como comparar com a função


de vigilante, pois se trata de profissão regulamentada que
exige formação específica, enquanto, por seu turno, o
agente de portaria cuida do trato direto com os condôminos
e visitantes.

Nesse sentido, não procedem as alegações


autorais no sentido de que teria acumulado função de
vigilante, posto que a reclamada sequer possui tal função
em seus quadros de empregados, e sobretudo, pelo fato do

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reclamante JAMAIS ter desempenhado funções inerentes ao


cargo de vigilante.

Sobre o tema já foi decidido o seguinte:

TRT-13 - Recurso Ordinário RO 116738 PB


00029.2010.023.13.00-4 (TRT-13) Data de
publicação: 23/08/2010 Ementa: VIGIA E PORTEIRO –
EQUIPARAÇAO COM VIGILANTE. IMPOSSIBILIDADE. As
funções de porteiro e vigia não podem ser
confundidas com as de vigilante. O vigia tem
atuação menos arriscada, já que sua atribuição é
de fiscalizar para que o local de seus serviços
não seja danificado, assim como o porteiro, que
cuida em organizar a entrada e saída de pessoas e
veículos, além de pequenos serviços, como de
abertura de água, ligação de energia elétrica e
outros. O vigilante tem como atividade a guarda
ostensiva, similar aquela desenvolvida pela
polícia, só que em ambientes internos, cuidando
não só do patrimônio da empresa, mas também da
vida dos que ali estão vinculados e encontram-se
sob sua guarda, podendo, para tanto, usar arma de
fogo. De logo, verificamos que há uma grande
diferença nas atribuições e responsabilidade,
tendo o vigilante função imensamente mais
arriscada, não havendo como se falar em
equiparação. (Grifou-se)

TRT-3 - RECURSO ORDINARIO TRABALHISTA RO 2297109


00161-2009-071-03-00-0 (TRT-3)
Data de publicação: 08/10/2009
Ementa: ATIVIDADES EFETIVAS EXERCIDAS
(VIGIA E PORTEIRO). ENQUADRAMENTO COMO VIGILANTE.
ônus da prova. A função de vigilante não se
confunde com a de vigia e a de porteiro, conforme
a especificação dada pela Lei 7.102/83.
O vigilante dedica-se a resguardar a vida e o
patrimônio das pessoas, exigindo porte de arma,
requisitos e treinamentos específicos, como
decorre da regulamentação contida na Lei 7102/83.
Diferentemente do vigilante, o vigia é aquele que
exerce meramente as funções de observação e
fiscalização do local. O vigia é o responsável
pela segurança de bens em um determinado local,
fazendo rondas. E o porteiro é aquele que toma
conta de portaria, controlando a entrada de
pessoas e recebendo correspondências. Por sinal, a
própria Classificação Brasileira de Ocupações -
CBO define porteiro como atendente de portaria
e vigia como guarda patrimonial.
O vigia ou porteiro se destina à guarda do
patrimônio ou controle de ingresso das pessoas.
Esse é o caso do autor, conclusão esta não
desmentida pelo conjunto da prova produzida nos
autos, cujo ônus processual era do autor.
Inadmissível é o seu enquadramento
como vigilante e o deferimento das vantagens

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objeto das coletivas de trabalho firmadas pelos


sindicatos que representam a categoria
profissional dos vigilantes. (Grifou-se)

Convém frisar, que o reclamante litiga de má


fé, pois tenta obter sentença favorável sobre tema já
decidido em outro processo, cumprindo observar, que sequer
houve delimitação quanto à incidência temporal do pedido,
uma vez que alega de forma idêntica à primeira reclamação,
que teria acumulado funções desde o início do contrato,
sendo evidente sua má fé.

Destarte, caso não seja acolhida a


preliminar, o que não acredita a reclamada, não restando
configurado o alegado acúmulo de funções, tendo em vista
que o autor não comprovou minimamente os fatos alegados,
deverá ser julgado improcedente o pedido de indenização no
percentual de 40% em decorrência do alegado acúmulo de
função, bem como de integração nas verbas contratuais.

Requer ainda, a aplicação de multa a título


de litigância de má fé com fundamento no artigo 793-A c/c
art. 793-B, Inciso V da CLT, pois o reclamante renovou
pedido julgado improcedente em outra reclamação, devendo
ser aplicada multa consoante os parâmetros dispostos pelo
artigo 793-C da CLT, bem como julgado improcedente o pedido
de pagamento de indenização por acúmulo de função e seus
consectários.

IV – IMPUGNAÇÃO DA CONVENÇÃO COLETIVA


QUE INSTRUI A INICIAL

Impugna a primeira reclamada a convenção


coletiva coligida com a inicial, haja vista que a CCT
correta é aquela elaborada pelo Sindicado Do Asseio e
Conservação do Município de Rio Bonito, ao qual a Rio RF
Técnica e Precisão está vinculada, conforme convenções
coletivas anexas.

V - DA MULTA DO ART. 477 DA CLT - DESCABIMENTO

Data Vênia, considerando que o reclamante não


comprovou que teria sido dispensado, e a tese da Reclamada,
sendo os pedidos formulados pelo Reclamante, absolutamente
controversos, não há que se falar em aplicação da multa
prevista no art. 477, da CLT, não havendo que se falar em
pagamento de multa do art. 477, § 8º da CLT.

Vale destacar, que a Reclamação trabalhista


n.º 0100287-42.2017.5.01.0027 fixou como data de terminação

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do contrato de trabalho o dia 30/06/2017, sendo certo que o


reclamante não comunicou ao Juízo que permanecia
trabalhando, uma vez que era seu dever apresentar recurso
nesse sentido, para que fosse retificada a data de saída.

Há que se observar, que a sentença foi


prolatada naqueles autos em 19/04/2018, data em que o
reclamante alega ter sido dispensado, sendo possível que o
reclamante tenha deixado de comparecer ao trabalho após a
referida data após tomar conhecimento da sentença que julgo
parcialmente procedentes os pedidos, bem como afastou o
pedido de rescisão indireta do contrato de trabalho, tendo
declarado que a terminação do contrato de trabalho se deu
por iniciativa do reclamante, não havendo que se falar em
pagamento de multa.

Nesse sentido, importante se faz ressaltar,


que o entendimento doutrinário e jurisprudencial dominante
é no sentido de ser indevida qualquer multa do art. 477, §
8º da CLT, na hipótese de haver controvérsia quanto à
finalização do contrato de trabalho, razão pela qual requer
desde logo que seja julgado improcedente o pedido.

VI - DESCABIMENTO DA APLICAÇÃO DA MULTA DISPOSTA


PELO ART. 467 DA CLT

A priori, cumpre observar, que o pedido de


pagamento da multa prevista no artigo 467 da CLT é
descabido.

Conforme exposto, o primeiro reclamado


contesta todos os pedidos pleiteados na exordial, existindo
dúvidas acerca da legitimidade dos pedidos articulados pela
parte Autora. Vê-se que há polêmica, discussão, enfim,
controvérsia. Logo as razões apresentadas são suficientes
para configurar pela improcedência do pleiteado.

O Reclamante não trouxe aos autos qualquer


prova documental para comprovar a veracidade de suas
alegações, sendo controversa a questão suscitada.

Existente controvérsia, inaplicável a dobra


salarial, prevista no artigo 467 da CLT.

Ademais, cumpre ressaltar que a dobra


salarial de que trata o artigo 467, da CLT, só é aplicável
aos salários em sentido estrito. Além de que o pedido da
parcela não é líquido e certo, logo inaplicável a dobra do
artigo 467, da CLT.

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Aliás, nesse sentido, temos o seguinte


entendimento jurisprudencial, in verbis:

"A dobra salarial prevista no artigo 467, da CLT,


refere-se unicamente a salários 'strictu senso',
nela não se compreendendo o aviso prévio, 13º
salários e férias, ou mesmo horas extras. A
aplicação do dispositivo legal pressupõe ainda, a
natureza incontroversa da verba salarial.
Qualquer controversia razoável, afasta a dobra
salarial." (TRT-PR-RO 3670/89 - Ac. 3ª T.
5402/90, Rel. Juiz Euclides Alcides Rocha).

Em face da controvérsia estabelecida, descabe


a aplicação da dobra requerida conjuntamente no pedido
formulado na inicial, merecendo tais pedidos serem julgados
improcedentes.

VII – DO PEDIDO HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DE SUCUMBÊNCIA –


DESCABIMENTO – IMPROCEDÊNCIA

Merecem ser julgados improcedentes os pedidos


condenação da reclamada ao pagamento de honorários de
sucumbência, considerando que o Demandante NÃO propôs a
presente demanda por meio de sindicato que representa sua
categoria profissional, conforme ressaltado anteriormente.

Ademais, a contratação de advogado


“particular” se deu, exclusivamente, por vontade do
Reclamante, sendo certo que esta poderia ter buscado a
representação do sindicato que representa sua categoria
profissional, isto é, Sindicado de Asseio e Conservação.

Nesse passo, não sendo a presente demanda


patrocinada por advogado particular, não há que se falar em
condenação ao pagamento dos honorários de sucumbência,
descabendo a aplicação desse último nesta especializada,
devendo ser julgados improcedentes tal pedido.

Por fim, requer a condenação do Reclamante ao


pagamento das custas processuais, em razão da manifesta
improcedência da presente reclamação.

VIII – DA COMPENSAÇÃO

"Ad cautelam", advindo condenação ao


pagamento de quaisquer das verbas pleiteadas, o que se

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admite apenas por argumentar, requer-se a compensação de


todos os valores comprovadamente pagos a qualquer título,
durante o período laborativo conforme o artigo 767 da CLT.

IX – DO REQUERIMENTO FINAL

Ex Positis, requer incialmente que seja


acolhida a preliminar de coisa julgada, bem como que seja
aplicada multa a título de litigância de má fé em desfavor
do Reclamante.

Requer que sejam julgados improcedentes todos


os pedidos formulados pelo Reclamante e impugnados pela
primeira Reclamada, em face de toda a fundamentação supra,
requerendo, por cautela, em caso de eventual condenação, a
compensação das verbas pagas pelos mesmos títulos no
decorrer do contrato, evitando-se assim, o enriquecimento
sem causa do autor.

REQUER A IMPROCEDÊNCIA DE TODOS OS PEDIDOS


FORMULADOS NA INICIAL, CONDENANDO O RECLAMANTE AO PAGAMENTO
DAS CUSTAS PROCESSUAIS E HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA NO
PERCENTUAL DE 15%.

Por fim, requer que seja retirado o sigilo


dos documentos indicados na fundamentação, bem como
deferido prazo para manifestação, bem como para juntada de
novos documentos.

Protesta por todos os meios de prova em


direito admitidos, em especial prova documental,
testemunhal (rol anexo) e depoimento pessoal da Reclamante.

Termos em que,
Pede deferimento.

Rio de Janeiro, 06 de novembro de 2020.

RICARDO HOLANDA VERGARA DE OLIVEIRA


OAB/RJ 132.292

ROL DE TESTEMUNHAS:

1. ANDRE LUIZ MARIANO TORRES;

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2. JORGE LUIZ MARTINS PEREIRA;


3. GUILHERME MILITAO.

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