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PODER JUDICIÁRIO

JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 10ª REGIÃO
13ª Vara do Trabalho de Brasília - DF
RTOrd 0000104-90.2016.5.10.0013
RECLAMANTE: PAULO ANDRE BEZERRA DE MOURA
RECLAMADO: SUCESSO SOLUCOES TECNICAS EM INSTALACOES
LIMITADA - ME, ITA BRASIL CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA -
ME, AMBIENT AIR AR CONDICIONADO LTDA, VIA ENGENHARIA S. A.

13ª Vara do Trabalho de Brasília-DF

Processo nº 0000104-90.2016.5.10.0013

Reclamante: PAULO ANDRÉ BEZERRA DE MOURA

Reclamados: SUCESSO SOLUÇÕES TÉCNICAS EM INSTALAÇÕES LIMITADA - ME, ITA


BRASIL CONSTRUTORA E INCORPORADORA, AMBIENT AIR AR CONDICIONADO LTDA
e VIA ENGENHARIA S/A

SENTENÇA

PAULO ANDRÉ BEZERRA DE MOURA propõe reclamação


trabalhista em face de SUCESSO SOLUÇÕES TÉCNICAS EM INSTALAÇÕES LIMITADA - ME,
ITA BRASIL CONSTRUTORA E INCORPORADORA, AMBIENT AIR AR CONDICIONADO
LTDA e VIA ENGENHARIA S/A. Alega, em síntese, que foi admitido pelo 1º Reclamado em
1º/4/2013, para exercer a função de Oficial de eletricista, prestando serviços perante o 2º e 3º Reclamados,
nos canteiros de obra do 4º Reclamado. Afirma que foi dispensado, sem justa causa, em 22/12/2015, sem
receber qualquer valor a título de verbas rescisórias e sem a anotação da baixa na CTPS. Sustenta que
cumpria jornada extraordinária, sem a devida contraprestação pecuniária. Diz que recebia pagamento a
título de ajuda de custo, parcela que detém natureza salarial, contudo, não recebia reflexos desta verba em
repouso semanal remunerado. Pretende, então, o pagamento das horas extras, reflexos da ajuda de custo
em RSR, verbas rescisórias, multas dos artigos 467 e 477 da CLT e indenização por danos morais, fls.
3/9.

Deu à causa o valor de R$ 37.000,00.

Anexou documentos, fls. 10/64.


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Defesa escrita pelo 1º Reclamado, pugnando pela improcedência do
pedido, fls. 94/97. Juntou documentos, fls. 98/184.

Contestação escrita pelo 2º reclamado, fls. 313/344. Juntou documentos,


fls. 307/312.

Contestação escrita pelo 3º Reclamado, fls. 367/371 e documentos fls.


359/365.

Defesa escrita apresentada pelo 4º Reclamado, suscitando, em preliminar,


a ilegitimidade passiva e, no mérito, pretende afastar a responsabilidade subsidiária, fls. 185/208, com
documentos, fls. 209/304.

Manifestação sobre as defesas, fls. 459/463.

A instrução foi encerrada, após o depoimento pessoal do reclamante e do


1º Reclamado, fls. 478/479.

Razões finais orais remissivas.

Conciliação final rejeitada.

É, em síntese, o relatório.

FUNDAMENTOS:

1. ILEGITIMIDADE PASSIVA

A Ita Brasil e a Via Engenharia, 2º e 4º Reclamados, suscitam preliminar


de ilegitimidade passiva, argumentando que jamais mantiveram contrato de trabalho com o Reclamante,
nem terceirização da atividade-fim, não havendo que se falar em responsabilidade subjetiva, no caso.

Pela teoria da asserção, as condições da ação são examinadas em abstrato,


a partir da narrativa dos fatos constantes da petição de ingresso. Assim, considera-se legitimado a figurar
no polo passivo aquele contra quem é formulada uma pretensão. É a denominada pertinência subjetiva da

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ação.

Na hipótese dos autos, o Reclamante pretende a condenação dos


respectivos reclamados de forma subsidiária, alegando que as empresas usufruíram dos serviços
prestados.

Diante dos argumentos lançados pelo reclamante para justificar o pedido


de responsabilização das empresas rés, entendo presente a pertinência subjetiva, portanto, legitimados os
Reclamados a figurarem no polo passivo da demanda.

Sabe-se, todavia, que a questão relativa a existência ou não da


caracterização da responsabilidade subjetiva é matéria atinente ao mérito da causa, oportunidade em que o
tema será enfrentado.

Rejeita-se a preliminar.

2. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA

O reclamante pleiteou a responsabilidade subsidiária do segundo, terceiro


e quarto reclamados ao argumento de que prestou serviços ao segundo, de 10/7/2013 a 31/3/2015, bem
como ao terceiro, durante o restante do contrato de trabalho e ao quarto no período compreendido entre a
admissão e o dia 9/7/2013 e, a partir de 1º/4/2015 até a data de demissão.

Insurgem-se os Reclamados em relação ao pedido de declaração de


responsabilidade subsidiária, sustentando a inexistência de vínculo empregatício entre as partes e o caráter
meramente comercial que detém os contratos firmados com o 1º Reclamado.

Ao ser interrogado, o preposto do primeiro réu reconheceu que o autor:


"durante o ano de 2013 prestou serviços para o Consórcio Nacional Brasil na obra do estádio Mané
Garrincha; que do início de 2014 até abril/2015 a prestação de serviços do reclamante ocorreu em obra
da segunda reclamada, relativa à construção do Hotel The Sun; que de abril/2015 a dezembro/2015 o
reclamante prestou serviços para a AMBIENT AIR no canteiro de obras da VIA ENGENHARIA," fl. 479.

Embora a ITA tenha negado em defesa a prestação de serviços pelo autor,


os cartões de ponto juntados registram o "LOCAL DE TRABALHO" do empregado, fazendo constar, em
diversos meses, que o autor trabalhou na obra do Hotel THE SUN entre, pelo menos, fevereiro de 2014 e
abril de 2015 (fls. 107/172).

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Os mesmos cartões de ponto também confirmam a prestação de serviços
na obra do edifício Green Tower, pertencente a empresa Via Engenharia.

No que tange à empresa Ambient Air, não obstante os termos da defesa,


foi juntado aos autos contrato de prestação de serviços (fls. 215/223), em que se demonstra a terceirização
do quadro de empregados do primeiro reclamado.

Assim, considerando as alegações da inicial, a declaração do preposto do


1º Reclamado, os locais de trabalho registrado nos cartões de ponto e demais documentos existentes nos
autos, evidente que os réus, a partir do segundo, foram tomadores do serviço do Reclamante, de modo que
aplicável os termos da Súmula/TST 331, cujo teor do item IV, conforme redação dada pela Resolução
121/2003, é o seguinte: "IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador,
implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços, quanto àquelas obrigações, inclusive
quanto aos órgãos da administração direta, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas
e das sociedades de economia mista, desde que hajam participado da relação processual e constem
também do título executivo judicial (artigo 71 da Lei nº 8.666/93, de 21.06.1993)".

Assim, tenho por verídico os depoimentos do reclamante e do preposto do


primeiro reclamado em audiência inaugural, com relação as obras em que o autor trabalhou e os
respectivos períodos, uma vez que se as informações prestadas harmonizam com os locais de trabalho
constantes nos cartões de ponto.

Desse modo, reconheço a responsabilidade subsidiária do 4º


Reclamado, VIA ENGENHARIA, por todas as parcelas deferidas a partir da admissão até janeiro
de 2014, bem como do 2º Reclamado, ITA, do período de fevereiro de 2014 até abril de 2015.

Reconhece-se, ainda, a responsabilidade subsidiária do 3º e 4º


Reclamados a partir de abril de 2015 até o fim do contrato de trabalho.

A responsabilidade subsidiária será proporcional ao tempo em que foram


beneficiárias do trabalho do autor.

3. VERBAS RESCISÓRIAS

Alega o reclamante que foi admitido pelo 1º Reclamado em 1º/4/2013,


para exercer a função de Oficial de eletricista, prestando serviços perante os demais Reclamados. Afirma
que foi dispensado, sem justa causa, em 22/12/2015, sem receber qualquer valor a título de verbas

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rescisórias e sem a anotação da baixa na CTPS. Pretende, portanto, seja anotada a baixa na CTPS, além de
receber as verbas rescisórias e multas dos artigos 467 e 477 da CLT.

Em defesa, o 1º Reclamado afirma que não houve solicitação para cumprir


o aviso-prévio em casa e que após a notificação da dispensa, o autor não mais compareceu ao trabalho,
nem ao Sindicato, sendo o único responsável pelo atraso no pagamento das verbas rescisórias.

É ônus do empregador a prova da regularidade do pagamento das verbas


rescisórias, de acordo com o princípio da aptidão para prova, segundo o qual a prova deve ser produzida
pela parte que a detém ou que possui fácil acesso.

Aos autos não vieram recibos que comprovassem as alegações patronais,


uma vez que não foi juntado o TRCT ou qualquer outro comprovante de pagamento das verbas
requeridas.

No mais, o réu não demonstrou, por qualquer elemento de prova, que o


autor tenha dado causa ao atraso no pagamento do acerto rescisório, deixando de se desincumbir de seu
ônus processual.

Assim, defere-se ao reclamante o pagamento das seguintes verbas:

a) salário de novembro e saldo de salário de dezembro (22 dias);

b) aviso prévio indenizado (6 dias);

c) 13º salário integral de 2015;

d) férias integrais e proporcionais (5/12), todas acrescidas do terço


constitucional;

e) FGTS, garantida a integralidade dos depósitos, com multa de 40%;

f) multas dos artigos 467 e 477 da CLT.

Não há que se falar em pagamento de multa pela retenção da CTPS ou em


determinação de anotação da baixa, uma vez que a baixa na CTPS foi procedida em audiência inaugural
realizada em abril de 2016, sendo devolvido o documento ao reclamante na mesma assentada, fls.
345/346.

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Indefere-se o pedido de pagamento em dobro das férias concedidas em
3/11/2014 e pagas em atraso, uma vez que não houve prova da mora alegada.

No mais, foram liberados alvarás para levantamento do FGTS e


habilitação no seguro desemprego em audiência.

4. HORAS EXTRAS

Afirma o Reclamante que cumpria jornada das 7h às 19h, de segunda a


sexta e, aos sábados, laborava das 7 às 16h, sempre usufruindo de uma hora de intervalo intrajornada.
Pretende, portanto, receber pelo labor extraordinário durante o período do pacto laboral.

Em defesa, o Reclamado aponta outra jornada de trabalho, das 7h às 17h,


de segunda a quinta e das 7h às 16h na sexta, ressaltando que o eventual labor extraordinário era
registrado nos cartões de ponto e adimplido. Apresenta as folhas de ponto do reclamante às fls. 107/172.

Os registros de ponto demonstram os horários elencados em defesa e os


contracheques, por sua vez, demonstram o seu pagamento em algumas oportunidades, corroborando com
a tese patronal.

Cabe registrar que os cartões de ponto gozam de presunção relativa de


veracidade, que pode ser elidida por prova em sentido contrário, nesse passo, é ônus do empregado, nos
termos do art. 818 da CLT c/c art. 373, inc. I, do CPC, diante da apresentação dos cartões de ponto pela
Ré (Súmula 338, inc. I, do TST), demonstrar não só a manipulação dos registros neles contidos, como
também a sobrejornada e horários declinados na exordial, o que não restou evidenciado, no caso em
análise.

O reclamante não foi capaz de desconstituir a presunção de veracidade que


desfruta o controle de ponto apresentado, mormente porque não trouxe prova capaz de ilidir os
documentos, sequer apresentou prova testemunhal nesse sentido.

Improcedência dos pedidos.

5. INTEGRALIZAÇÃO DO PAGAMENTO DE AJUDA DE CUSTO

Afirma o Reclamante que, durante todo o período do contrato de trabalho,

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recebeu com habitualidade parcela salarial registrada em contracheque sob a rubrica "ajuda de custo",
porém nunca integrou o salário obreiro para nenhum fim.

O 1º Reclamada, em sua defesa, afirma que a parcela "ajuda de custo" foi


paga eventualmente, quando havia tarefa a realizar.

O próprio empregador reconheceu que, não obstante a denominação


conferida, o objetivo da parcela era remunerar a tarefa desempenhada, assim, a ajuda de custo paga pelo
trabalho, e não para o trabalho, consiste em contraprestação pelo trabalho prestado, portanto, mesmo que
tenha sido impropriamente denominada, possui natureza retributiva e integra o salário para todos os fins.

Assim, por tratar-se de típica remuneração variável, esta parcela deve


integrar a remuneração para todos os efeitos, razão pela qual se defere os reflexos da "ajuda de custo"
em RSR, FGTS + 40%, e a repercussão, pela média, para pagamento das férias + 1/3 e 13º salários
de todo o pacto.

6. DANOS MORAIS

A pretensão de recebimento das indenizações em questão encontra


justificativa nas dificuldades financeiras que disse o Reclamante ter ficado sujeito, em razão da ausência
de pagamento dos últimos salários, férias, 13º salário e verbas rescisórias.

A ausência e/ou atraso no pagamento das verbas rescisórias, por si só, não
ensejam a indenização por danos morais.

Por outro lado, não comprovada a existência de prejuízo material a ser


reparado, não há falar na condenação da Reclamada ao pagamento desta reparação.

Improcedentes os pedidos.

7. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

A Súmula nº 219 do C.TST possui, atualmente, a seguinte


redação:"HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CABIMENTO (alterada a redação do item I e acrescidos os
itens IV a VI na sessão do Tribunal Pleno realizada em 15.03.2016) - Res. 204/2016, DEJT divulgado em
17, 18 e 21.03.2016)

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I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários
advocatícios não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte, concomitantemente: a)
estar assistida por sindicato da categoria profissional; b) comprovar a percepção de salário inferior ao
dobro do salário-mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem
prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família.

II - É cabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em


ação rescisória no processo trabalhista.

III - São devidos os honorários advocatícios nas causas em que o ente


sindical figure como substituto processual e nas lides que não derivem da relação de emprego.

IV - Na ação rescisória e nas lides que não derivem de relação de emprego,


a responsabilidade pelo pagamento dos honorários advocatícios da sucumbência submete-se à disciplina
do Código de Processo Civil (arts. 85, 86, 87 e 90).

V - Em caso de assistência judiciária sindical, revogado o art. 11 da Lei nº


1060/50 (CPC de 2015, art. 1072, inc. III), os honorários advocatícios assistenciais são devidos entre o
mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido
ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa (CPC de 2015, art. 85, § 2º).

VI - Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, aplicar-se-ão os


percentuais específicos de honorários advocatícios contemplados no Código de Processo Civil.

Assim, não preenchidos os requisitos legais, indeferem-se os


honorários advocatícios.

No mais, o entendimento deste juízo coaduna-se com o do enunciado nº 98


da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho - ANAMATRA, no sentido de afastar a
incidência dos honorários advocatícios de sucumbência previstos na Lei nº 13.467/2017 em relação aos
processos em curso à época da entrada em vigor da referida Lei.

Dessa forma, entendo que não são devidos os honorários advocatícios


de sucumbência.

8. JUSTIÇA GRATUITA

Considerando que a miserabilidade a que se refere a Lei nº 1.060/50 é a


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jurídica e não a financeira ou econômica e, tendo em vista os ditames do § 3º, do artigo 790, da CLT dada
pela redação da Lei nº 10.537/2002, que vigorava ao tempo do ajuizamento da ação, deferem-se ao
Reclamante os benefícios da justiça gratuita, em face dos termos da declaração de pobreza,
constante da inicial.

Dispositivo

Isto posto, resolve a Egrégia 13ª Vara do Trabalho de Brasília - DF julgar


PROCEDENTES, EM PARTE, os pedidos constantes nos autos da presente reclamatória movida por
PAULO ANDRÉ BEZERRA DE MOURA em face de SUCESSO SOLUÇÕES TÉCNICAS EM
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AMBIENT AIR AR CONDICIONADO LTDA e VIA ENGENHARIA S/A, sendo os reclamados, a
partir do segundo, responsáveis subsidiários, consoante os fundamentos que ficam integrando este
dispositivo.

Incidem juros e correção monetária, observados os artigos 883 da CLT e


39 da Lei 8.177/91 e o disposto nas Súmulas 200 e 381 do TST.

Custas, pelos Reclamados, de R$ 100,00 (cem reais), calculadas sobre R$


5.000,00 (cinco mil reais), valor provisoriamente arbitrado à condenação e ora utilizado para os devidos
fins.

Os recolhimentos previdenciários e fiscais deverão dar-se nos moldes dos


Provimentos 01/96 e 03/05 do C.TST, ficando autorizada a dedução das parcelas devidas pelo empregado
e o imposto de renda incidirá sobre as parcelas tributáveis (artigo 46 da Lei 8.541/92) do valor total da
condenação.

Em atendimento aos termos do artigo 832, § 3º, da CLT, registra-se que


possuem natureza salarial as seguintes verbas: salário, saldo de salário, 13º salários proporcionais,
reflexos da ajuda de custo em RSR, férias e 13º salário.

Intimem-se as partes, por seus procuradores, via DEJT.

Brasília, 6 de fevereiro de 2018.

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BRASILIA, 6 de Fevereiro de 2018

ANA BEATRIZ DO AMARAL CID ORNELAS


Juiz do Trabalho Titular

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