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Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região

Ação Trabalhista - Rito Ordinário


0000228-63.2022.5.11.0101

Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 16/06/2022


Valor da causa: R$ 100.000,00

Partes:
RECLAMANTE: JOAO CARLOS REBOUCAS PRESTES
ADVOGADO: DANIEL FELIX DA SILVA
RECLAMADO: AMAZONAS ENERGIA S.A
ADVOGADO: AUDREY MARTINS MAGALHAES FORTES
ADVOGADO: FRANCISCO SOBRINHO DE SOUSA
PAGINA_CAPA_PROCESSO_PJE
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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO
1ª VARA DO TRABALHO DE PARINTINS
ATOrd 0000228-63.2022.5.11.0101
RECLAMANTE: JOAO CARLOS REBOUCAS PRESTES
RECLAMADO: AMAZONAS DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S/A

SENTENÇA

RELATÓRIO

Trata-se de demanda ajuizada por JOAO CARLOS REBOUCAS


PRESTES em face de AMAZONAS DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S/A,  na qual o
reclamante afirmou que trabalhou para reclamada no período de 1/9/1988 a 19/5
/2020, na função de Eletricista/Motorista, exposto a calor excessivo, fazendo jus, assim
ao pagamento do intervalo por pausa térmica, nos moldes da NR-15, o qual não era
concedido, além de reflexos em parcelas acessórias. Atribuiu à causa o valor de R$
100.000,00. 

Contestação da Reclamada (ID. 4b8567f). Arguiu a inépcia da


petição inicial por falta de liquidação, bem como a prescrição dos pedidos iniciais. No
mérito, pugnou pela total improcedência.

Considerando a juntada de prova documental, submetida ao


devido processo legal, o juízo dispensou o depoimento de partes.

As partes não arrolaram testemunhas.

Alegações finais remissivas pelas partes.

Vieram-me os autos conclusos para julgamento.

É o relatório.

FUNDAMENTAÇÃO 

INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL. AUSÊNCIA DE LIQUIDAÇÃO

Há permissão legal que pedidos sejam genéricos, quando a


determinação do objeto decorrer de atos que devam ser práticos pelo réu, vide art.
324, §1º, III do CPC. No caso posto, a estimação, por exemplo, do valor de auxílio-
alimentação e de seus reflexos depende da comprovação da reclamada principal de
quanto era o valor pago, documentos que sabidamente pertencem a ela, a qual possui
dever de guarda de recibos de quitação.

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Logo, não há que se falar em inépcia da inicial no presente


processo, estando todos os pedidos aptos à contestação, podendo ser precisados
posteriormente na fase de liquidação oportuna.

PRESCRIÇÃO BIENAL E QUINQUENAL

Considerando o protesto interruptivo de prescrição feito


ajuizado pelo SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS URBANAS DO
ESTADO DO AMAZONAS – SITUAM em 13/12/2021, foram interrompidos todos os
prazos prescricionais contra os trabalhadores da reclamada acerca da matéria de
pausa térmica.

Portanto, inicia-se o marco inicial de dois e cinco anos, nos


moldes do art. 7º, XXXIX da Constituição Federal nesta data – 13/12/2021. Soma-se a
isso suspensão realizada pela Lei 14.010/2020 no período de 10/06/2020 a 30/10/2020,
a qual afeta diretamente o prazo bienal. 

Ante o exposto, exigíveis, logo, a favor do reclamante o período


de 13/12/2016 a 19/5/2020, o qual deverá ser atentado caso de eventual condenação.

PAUSA TÉRMICA

Requer o autor o pagamento de 45 minutos a cada 15 minutos


de trabalho em jornadas expostas a calor acima dos limites tolerados, conforme
disposição do Anexo 3 da NR-15 do Ministério do Trabalho e Emprego. Pugna pela
concessão indenizada como horas extraordinárias e reflexos pela não-obediência da
pausa térmica estipulada.

Em defesa, a reclamada aduz que o autor trabalhava em campo,


e os serviços por ele realizados eram de reparação e manutenção  de redes de
distribuição, não lhe sendo devida aplicação do Anexo 3, da NR-15. Além disso,
salientou que o reclamante não laborava de forma ininterrupta exposto a sol, pois
tinha que se deslocar por meio de veículo a cada serviço.

De início, rejeito qualquer alegação de cerceamento de direito


de defesa pelo acolhimento da prova pericial produzida, sob o crivo do contraditório
em outra demanda manejada pelo autor contra a mesma empresa em que se
avaliaram as circunstâncias de realização do trabalho do autor (0000910-
91.2017.5.11.0101), não sendo sequer configurável como prova emprestada, já que por
economicidade de atos processuais, este Juízo determinaria a realização da mesma
perícia.

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Portanto, acolho a prova em que houve avaliação do meio


ambiente de trabalho do autor e conclusão que havia exposição ao agente físico calor,
nos moldes do Anexo 3 da Portaria 3.214/1978, caracterizando insalubridade em grau
médio (ID. 33b2fbb - Pág. 15).

No próprio ato, o expert  discorreu que a atividade do


trabalhador em exposição a calor era considerada contínua e moderada, constatando
que não havia intervalo para o descanso definido e encontrando índice de IBUTG de
32,7ºC, no local de descanso, quando o limite definido era de 26,7ºC.

Nas perguntas do reclamante oportunizadas naquele processo,


discorreu-se que o autor tinha dois locais de trabalho, sendo o escritório e as
atividades externas e que havia risco de esgotamento térmico.

Logo, independentemente de o autor receber adicional de


periculosidade durante o contrato, o que legalmente exclui a percepção de adicional de
insalubridade (art. 193, §2º, da CLT), não se pode dar interpretação contra a proteção
do trabalhador, sob pena de ferir toda a principiologia do Direito do Trabalho. 

A Norma Regulamentar deve ser cumprida como proteção do


trabalho no meio ambiente de trabalho, corolário dos arts. 190 e 200 da CLT,
estipulando limites de tolerância para agente nocivos e as formas de proteção da
saúde do trabalhador, independente da monetização dos riscos potenciais.  

Assim, se o obreiro era alvo de exposição acima dos limites de


calor em sua jornada diária, merecia o intervalo respectivo como pausa térmica que se
constitui como de higiene, saúde e segurança do trabalhador.

Nesse sentido pela aplicação analógica do arts. 71, §4º e 253 da


CLT à pausa térmica por exposição a calor em sobrecarga é a jurisprudência do C. TST:

RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO NA


VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/14. INTERVALO DE RECUPERAÇÃO
TÉRMICA. NÃO OBSERVÂNCIA. HORAS EXTRAS. A
jurisprudência deste Tribunal Superior é firme no sentido de
que é devido o pagamento de horas extras quando não
concedidos os intervalos para recuperação térmica, previstos
no anexo 3 da NR-15 da Portaria n° 3.215/78 do Ministério do
Trabalho, independente do pagamento de adicional de
insalubridade em decorrência de trabalho em atividade de
natureza pesada exposto a agente físico de calor, uma vez
que possuem natureza jurídica distinta. Precedentes. Recurso
de revista conhecido e provido. (RR-10622-90.2016.5.15.0146,

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1ª Turma, Relator Ministro Walmir Oliveira da Costa, DEJT 24


/08/2018)

RECURSO DE REVISTA DO
RECLAMANTE REGIDO PELA LEI 13.015/2014. INTERVALO
PARA RECUPERAÇÃO TÉRMICA. CALOR EXCESSIVO. ANEXO 3
DA NR-15. HORAS EXTRAS. A controvérsia diz respeito ao
direito ao pagamento de horas extras decorrentes da
supressão do intervalo para recuperação térmica (Anexo 3 da
NR-15), em razão da exposição a calor acima dos limites de
tolerância. A concessão do intervalo para recuperação
térmica constitui medida de higiene, saúde e segurança do
trabalhador, que não se confunde com o direito ao adicional
de insalubridade. Assim, a supressão do intervalo previsto na
norma regulamentadora enseja o seu pagamento como horas
extras, conforme a disposição contida nos artigos 71, § 4º, e
253 da CLT. Recurso de revista conhecido e provido." (ARR-
11361-63.2016.5.15.0146, Redator Ministro Douglas Alencar
Rodrigues, 5ª Turma, DEJT 18/5/2018.

De arremate, na mesma linha é a jurisprudência do E. TRT da 11ª


Região, veja-se:

INTERVALO PARA RECUPERAÇÃO


TÉRMICA. INOBSERVÂNCIA DA PAUSA PREVISTA NO ANEXO 3
DA NR-15 DA PORTARIA Nº 3.214/78 DO MTE. A concessão do
intervalo para recuperação térmica estabelecida no Anexo 3
da NR-15, do Ministério do Trabalho e Emprego, revela-se
imprescindível para a recuperação térmica do empregado em
razão da exposição ao calor, no trabalho de campo,
objetivando a norma regulamentadora preservar a
integridade física e a saúde do empregado, devendo ser
integrado à jornada de trabalho. In casu, verifica-se que o
reclamante não usufruía do referido descanso, o que enseja o
respectivo pagamento como horas extras, segundo exegese
aplicada em relação às pausas dos arts. 71, § 4º e 253 da CLT.
Processo: 0000878-31.2020.5.11.0053; Data Disponibilização:
03/08/2022; Órgão Julgador Colegiado: 1ª Turma; Relator(a):
FRANCISCA RITA ALENCAR ALBUQUERQUE.

RECURSO ORDINÁRIO DA RECLAMADA.


INTERVALO PARA RECUPERAÇÃO TÉRMICA.
DESCUMPRIMENTO. PAGAMENTO DE HORAS EXTRAS.

Assinado eletronicamente por: IGO ZANY NUNES CORREA - Juntado em: 28/08/2022 20:02:26 - 94a5c76
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EXPOSIÇÃO A CALOR EXCESSIVO. INOBSERVÂNCIA DA PAUSA


PREVISTA NO ANEXO 3 DA NR 15 DA PORTARIA 3.214/78 DO
MTE. Restando demonstrado que o reclamante laborava
exposto ao calor excessivo acima dos limites de tolerância,
não tendo usufruído do intervalo para recuperação térmica
estabelecido no Anexo 3 da NR-15, faz jus, portanto, ao
pagamento de horas extraordinárias pelo período
correspondente. O C. TST já firmou entendimento de que a
não concessão do intervalo previsto na NR-15, Anexo 3,
Quadro I, da Portaria n.º 3.214/78 do MTE, para os
trabalhadores que laboram expostos ao calor excessivo,
suscita o pagamento do referido período suprimido como
hora extraordinária, independentemente da concessão do
adicional de insalubridade. Contudo considerando o laudo
pericial, reformo a sentença primária apenas para reduzir de
4,5 para 3 horas extras por dia. Processo: 0000918-
16.2020.5.11.0052; Data Disponibilização: 26/07/2022; Órgão
Julgador Colegiado: 2ª Turma; Relator(a): LAIRTO JOSE VELOSO

Ante o exposto, julgo parcialmente procedente o pedido de


indenização de pausa térmica, razão pela qual condeno a reclamada a pagar
indenização de 45 minutos a cada hora trabalhada com adicional de 50%, no período
exigível que teve capítulo próprio acima, sem reflexos desde 11/11/2017, conforme
alteração da natureza jurídica do art. 71, §4º da CLT. 

Quanto ao período anterior à Reforma Trabalhista, cabe


incidência acessória sobre 13º salário, férias + 75%, FGTS 8% e 40%. Improcedentes os
demais reflexos, pois integram base de cálculo, não sendo repercussão de pedidos
como intervalo suprimido.

Para fins de liquidação, limitar-se-ão os cálculos até 10/12/2019,


quando houve alteração da norma regulamentar com a supressão do referido intervalo
(Anexo 3 da NR-15). Ainda, dever-se-ão utilizar os parâmetros: contracheques e fichas
financeiras nos autos, cartões de ponto como efetivo labor e divisor 200.

JUSTIÇA GRATUITA

Decido deferir os benefícios da justiça gratuita à parte


reclamante, como requeridos, na forma do art. 790, § 3º da CLT, vez que o vínculo de
emprego com a reclamada se dissolveu, não havendo notícias de novo trabalho nos
autos, o que presume o desemprego do autor.

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

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Condeno a reclamada ao pagamento de honorários advocatícios


de sucumbência, na ordem de 5% sobre o valor da condenação, por força do disposto
no atual art. 791-A, da CLT, e OJ nº 348, da SDI-1, do Colendo TST.

Considerando o atual entendimento E. STF (ADIN 5.766), não há


honorários advocatícios a serem pagos por aqueles beneficiários da gratuidade de
justiça. 

JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA

Aos valores vencidos que serão pagos retroativamente,


apliquem-se os juros e a correção monetária, conforme posicionamento adotado pelo
Supremo Tribunal Federal - STF, na ADC 58:

a) A correção monetária e os juros moratórios a serem


considerados para a atualização dos débitos trabalhistas deverão observar os mesmos
critérios adotados para as condenações cíveis: IPCA-E na fase pré-processual e SELIC a
partir da notificação inaugural válida, conforme Súmula 16 do C. TST, presumindo-se
48h, após a postagem;

b) Houve modulação para os processos em andamento:

b.1) São reputados válidos todos os pagamentos já realizados a


tempo e modo regulares, independentemente do índice ou da taxa de juros utilizada.

b.2) Deverão ser mantidas e executadas as sentenças


transitadas em julgado que expressamente tenham previsto qualquer índice e os juros
de 1%.

c) Processos ainda na fase de conhecimento, com ou sem


sentença, deve ser utilizada a nova sistemática: IPCA-E na fase pré-processual e SELIC
sem juros após o ajuizamento.

Ante a decisão proferida pelo C. STF nas ADCs acima citadas,


que possui efeito vinculante imediato e erga omnes, não há se falar em incidência de
juros de 1% ao mês, ficando afastada a aplicação da Súmula 200/TST, bem como
aplique-se como índice de correção monetária a partir do vencimento de cada
obrigação, aplicando-se o entendimento do art. 459, § 1º, da CLT (Súmula n. 381 do C.
TST).       

CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS E FISCAIS

Conforme entendimento da Súmula 368 do C.TST, é


responsabilidade do empregador o recolhimento das contribuições fiscais e

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previdenciárias devidas em decorrência de reclamação trabalhista, devendo ser


descontado do empregado a sua quota-parte, pelo que julgo improcedente o pedido
de transferência de encargo fiscal à reclamada no tocante ao imposto de renda.

São devidas as contribuições previdenciárias sobre as verbas de


natureza salarial deferidas na presente.

Em cumprimento ao previsto no artigo 832, § 3º, da CLT, observe-


se o quanto disposto no artigo 28, § 9°, da Lei n° 8.212/91.

Os recolhimentos previdenciários deverão ser calculados nos


termos da Súmula 368 do C.TST e fica estabelecido que: a) a reclamada será a
responsável pelo recolhimento das contribuições sociais que lhe digam respeito e
também daquelas devidas pela reclamante, devendo reter do crédito do obreiro as
importâncias relativas aos recolhimentos que lhe couberem, observando-se o limite
máximo do salário de contribuição; b) as contribuições previdenciárias serão calculadas
nos termos do art. 43 da Lei 8.212/91.

Comprove a reclamada os recolhimentos previdenciários


cabíveis. Na falta dos respectivos recolhimentos, executem-se, nos termos do art. 880
da CLT.

O Imposto de Renda incidirá sobre os valores sujeitos à


tributação na fonte, procedendo-se os descontos cabíveis sobre as verbas tributáveis
incidentes nos termos da Instrução Normativa RFB 1.127 de 07 de fevereiro de 2011 e
normativas posteriores.

Os recolhimentos fiscais devem ser arcados exclusivamente pela


parte autora, única beneficiária dos créditos deferidos, mas com a responsabilidade da
reclamada pela retenção dos valores por ventura devidos ao fisco, devendo comprovar
o recolhimento, nos autos, em 15 dias após a retenção, sob pena de imediata
comunicação da dívida fiscal para o órgão competente.

CONCLUSÃO

Isto posto, na Reclamatória Trabalhista ajuizada por JOAO


CARLOS REBOUCAS PRESTES em face de AMAZONAS DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S/A 
resolvo rejeitar as preliminares arguidas pela reclamada. E no mérito, JULGAR
PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos iniciais a fim de condenar a reclamada a
pagar ao reclamante:

- indenização de pausa térmica, razão pela qual condeno a


reclamada a pagar indenização de 45 minutos a cada hora trabalhada com adicional de
50%, no período exigível que teve capítulo próprio acima, sem reflexos desde 11/11

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/2017, conforme alteração da natureza jurídica do art. 71, §4º da CLT. Quanto ao
período anterior à Reforma Trabalhista, cabe incidência acessória sobre 13º salário,
férias + 75%, FGTS 8% e 40%. Improcedentes os demais reflexos, pois integram base de
cálculo, não sendo repercussão de pedidos como intervalo suprimido. Para fins de
liquidação, limitar-se-ão os cálculos até 10/12/2019, quando houve alteração da norma
regulamentar com a supressão do referido intervalo (Anexo 3 da NR-15). Ainda, dever-
se-ão utilizar os parâmetros: contracheques e fichas financeiras nos autos, cartões de
ponto como efetivo labor e divisor 200.

Deferidos os benefícios da justiça gratuita à parte reclamante.

Tudo nos termos da fundamentação, a que faço integrar o


presente dispositivo, inclusive parâmetros de liquidação, juros, correção monetária,
contribuições previdenciárias e fiscais, além de honorários advocatícios. 

Custas pelo reclamante, na razão de R$ 600,00, calculadas sobre


o arbitrado à condenação de R$ 30.000,00.

Notifiquem-se as partes.

Publique-se. 

Cumpra-se após o trânsito em julgado.

Nada mais.

PARINTINS/AM, 28 de agosto de 2022.

IGO ZANY NUNES CORREA


Juiz(a) do Trabalho Substituto

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Certificado por TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 11 REGIAO:01671187000118
https://pje.trt11.jus.br/pjekz/validacao/22072913262232800000024461745?instancia=1
Número do processo: 0000228-63.2022.5.11.0101
Número do documento: 22072913262232800000024461745

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