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1. Relatório
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08/11/2020 Acórdão do Tribunal da Relação de Guimarães
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serviços.
LXXXI. Pelo que, a 2ª R. não era, sequer, proprietária das instalações
nem dos meios de produção sendo que, até os próprios contentores do
ecocentro eram colocados pela AMAVE, conforme resultou da prova
feita em audiência de discussão e julgamento.
LXXXII. Assim, a 2ª R. foi contratada pela SUMA/SERURB para
“Receber nos quatro Ecocentros os resíduos constantes no artigo 1º,
do Regulamento de Descarga de Resíduos nos Ecocentros do SIRVA;
Receber nos quatro ecocentros, os resíduos constantes nas futuras
atualizações, do Regulamento citado na alínea a); Transportar os
resíduos recebidos nos quatro Ecocentros para a Estação de Triagem,
para a Estação de Compostagem, ambas da AMAVE, ou para o locais
autorizados para a recepção dos resíduos em causa” (Cfr. Contrato de
prestação de serviços celebrado entre a SERURB e a 2ª R., junto aos
autos).
LXXXIII. Jamais se poderá considerar que a concreta prestação de
serviços da 2ª R. constitui uma unidade económica.
LXXXIV. As tarefas desenvolvidas pela 2ª R. no ecocentro de Aldão (e
nos restantes), não eram autónomas e independentes. A 2ª R.
necessitava sempre das ordens e dos meios fornecidos pela AMAVE e
SUMA.
LXXXV. Nunca a 2ª R. poderia explorar o Ecocentro de forma
autónoma na medida em que, as atividades que desenvolvia não eram
sequer autonomizáveis, sendo meramente instrumentais de outras
porque se referiam apenas à logística de recepção de resíduos aquando
da sua chegada ao ecocentro e transporte dos resíduos para os locais
onde os mesmos seriam tratados.
LXXXVI. A existência de uma unidade económica averigua-se,
portanto, através do conceito de estrutura organizativa, sendo aferido
pela existência, ou não, de uma estrutura organizativa destinada à
prossecução de um determinado fim.
LXXXVII. Ora, para além da 2ª R. não deter uma estrutura
organizativa no que concerne às tarefas pelas quais foi contratada
pelos ecocentros, esta nem sequer desenvolvia uma atividade
autonomizável e completa visto que, a 2ª R. só integrava uma parte do
processo não independente das restantes tarefas desenvolvidas no
ecocentro.
LXXXVIII. As tarefas desenvolvidas pela 2ª R. nos ecocentros
propriedade da AMAVE não visavam um fim mas, apenas um meio na
medida em que esta apenas recebia resíduos, não desenvolvendo
qualquer outra atividade com estes.
LXXXIX. Os restantes prestadores de serviços que prosseguiam as
restantes finalidades do ecocentro não eram, sequer, contratados pela
2.ª R. mas sim, pela SERURB/SUMA, porque era esta quem geria os
ecocentros e que detinha aquela atividade, ao contrário da 2.ª R. E se a
SERURB/SUMA não tivesse renovado o contrato de prestação de
serviços com a 2ª R.? Esta também deixaria de prestar serviços no
ecocentro.
XC. A propriedade dos ecocentros nunca foi transferida para esta
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CVIII. Pelo que, para que seja celebrada a referida cessão da posição
contratual é necessária a convergência de três declarações de vontade
ou seja, a proposta e a aceitação do cedente e do cessionário e o
assentimento do trabalhador.
CIX. Assim, no caso concreto, o acordo de cessão da posição
contratual não produziu os devidos efeitos visto que, o A./Recorrido
nunca assinou o acordo de transmissão da posição contratual, nem
nunca se comportou como trabalhador da Recorrente.
CX. Na verdade, o A. não poderá reclamar a produção de efeitos
inerentes a uma relação jurídica que não se consumou.
CXI. De facto, no caso em apreço, não pode ser atribuído valor
declarativo ao silêncio, nos termos do artigo 218º do Código Civil
visto que, seria necessário um consentimento expresso do A.,
consentimento, esse, que não foi prestado.
CXII. Com todo o respeito, tal parece-nos bastante claro, devendo a
BB, S.A. ser absolvida de todos os pedidos, porquanto, o A. nunca foi
ou sequer se comportou como trabalhador desta empresa, pois que
sempre justificou as suas faltas por doença à Ré CC e só quando esta
ficou com dificuldades económicas e o A. viu que ficaria sem posto de
trabalho, foi montada uma falsa tese de transmissão de
estabelecimento, que nunca existiu pelas razões supra-expostas.»
O autor e a co-ré apresentaram respostas ao recurso, pugnando pela sua
improcedência.
O recurso foi admitido como apelação, com efeito meramente
devolutivo.
Recebidos os autos neste Tribunal da Relação, e colhidos os vistos dos
Exmos. Adjuntos, cumpre decidir.
2. Objecto do recurso
3. Fundamentação de facto
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4. Apreciação do recurso
legal.
Os pontos da matéria de facto que a Recorrente considera
incorrectamente julgados são os que o tribunal a quo deu como
provados sob os n.ºs 3, 6, 13, 14, 15 e 19.
Vejamos cada um deles:
A)
3 – Na sequência desta sociedade, a exploração e gestão do sistema
multimunicipal de triagem, recolha, valorização e tratamento de
resíduos sólidos urbanos do Norte Central, onde se inclui o concelho de
Guimarães, inicialmente da responsabilidade da 2.ª ré, foi
concessionada à 1.ª ré que, efectivamente, passou a realizá-la e
englobando os ecocentros de Guimarães, Fafe, Famalicão e Santo
Tirso, conforme o organigrama constante de fls. 12 e cujo teor aqui se
dá por reproduzido.
A Apelante sustenta que, tendo em conta o que resulta do DL n.º
235/2009, de 15/09, dos documentos juntos pela 2.ª ré que se referem
às cartas tendo por assunto “Cessação de Contrato de Prestação de
Serviços”, “Prorrogação de Contrato” e “Cessação Contratual”, do
contrato de prestação de serviços celebrado em 16/05/2005 com a 2.ª
ré, junto pela SUMA, bem como dos depoimentos do legal
representante da 1.ª ré e das testemunhas Célia …, José … e Vítor …,
nas passagens indicadas, aquele ponto deve ser alterado no sentido de
passar a constar como provado o seguinte: «Na sequência desta
sociedade, a exploração e gestão do sistema multimunicipal de
triagem, recolha, valorização e tratamento de resíduos sólidos urbanos
do Norte Central, onde se inclui o concelho de Guimarães -
inicialmente da responsabilidade da AMAVE – ASSOCIAÇÃO DE
MUNICÍPIOS DO VALE DO AVE que, por sua vez, transmitiu a
concessão à SERURB – SERVIÇOS URBANOS, LIMITADA
(posteriormente, SUMA – SERVIÇOS URBANOS E MEIO AMBIENTE,
S.A.) -, foi concessionada à 1ª Ré que, efectivamente, passou a realizá-
la e englobando os ecocentros de Guimarães, Fafe, Famalicão e Santo
Tirso.»
Em primeiro lugar, constata-se que a decisão recorrida fundamentou
este ponto apenas de forma genérica. Em segundo lugar, verifica-se que
os documentos invocados pela Apelante comprovam realidade algo
diversa da dada como provada, mas que, por outro lado, vai além da
contemplada pela redacção proposta por aquela, com relevância
fundamental para a decisão da causa. Tendo em conta o que
inequivocamente resulta de tais documentos (e considerando ainda o
diploma legal indicado), os depoimentos testemunhais são irrelevantes
no que os contradizem ou deturpam.
Assim, com base na aludida prova documental constante de fls. 185 a
194, no que respeita ao ponto da matéria de facto em apreço, considera-
se provado o seguinte (alteração introduzida no local próprio):
3 – Na sequência desta sociedade, a exploração e gestão do sistema
multimunicipal de triagem, recolha, valorização e tratamento de
resíduos sólidos urbanos do Norte Central, onde se inclui o concelho de
Guimarães – que anteriormente a AMAVE – ASSOCIAÇÃO DE
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tal actividade.
A Recorrente sustenta que, por razões semelhantes às atinentes ao
ponto 6, a redacção deste ponto deve ser a seguinte: «Na sequência do
descrito no item 3, aceitaram integrar os quadros da 1ª R., em Março
de 2010, os outros oito trabalhadores que prestavam serviços no
ecocentro, tendo todos continuado a prestar as suas funções doravante
para esta empregadora que passara a levar a cabo tal actividade.»
Todavia, o ponto 6 refere-se ao que previamente foi comunicado ao
autor, sendo que os pontos seguintes o completam, enquanto o ponto 14
se refere simplesmente à situação em que ficaram os outros oito
trabalhadores a partir de Março de 2010, em termos que
inequivocamente são reais. A testemunha Fernando …, inclusive,
afirmou que não aceitou a transição para a 1.ª ré e por isso propôs uma
acção contra a 2.ª ré, que perdeu, não havendo elementos que permitam
concretizar melhor as situações de cada um dos oito colegas do autor.
Assim, improcede a pretensão da Apelante nesta parte.
D)
13 – Através da 2.ª ré, a 1.ª ré teve conhecimento da situação de
ausência do autor por estado de doença, desde antes de operar a aludida
transmissão e, subsequentemente, teve conhecimento dessa sua
situação de incapacidade temporária para o trabalho por baixa médica
prolongada e, também, teve conhecimento da data em que essa situação
iria cessar por alta médica do autor.
A Apelante sustenta que, tendo em conta o que resulta dos depoimentos
das testemunhas José …, Célia … e Julieta …, aquele ponto deve ser
alterado no sentido de passar a constar como provado o seguinte:
«Através de contacto directo do A. aquando da cessação da sua baixa
médica, a 1ª Ré teve conhecimento da existência e cessação da baixa
médica do autor.»
Não obstante, tendo em conta que ambas as rés tinham já assinado o
“Acordo de Transmissão de Posição Contratual” referente ao autor,
entende-se que aqueles depoimentos não são convencedores de que a
situação do mesmo não foi devidamente averiguada e esclarecida pelas
rés, pela inverosimilhança que teria tal desinteresse, pelo que inexiste
fundamento para alterar a decisão do tribunal recorrido baseada no
depoimento firme e verosímil da legal representante da 2.ª ré e ainda no
do autor.
E)
15 – E também transitaram da 2.ª ré para a 1.ª ré as respectivas
instalações e equipamentos e maquinismo daquela afectos a tal
actividade, salvo a frota envelhecida.
A Apelante sustenta que a factualidade em apreço deve ser dada como
não provada, por falta de prova, sublinhando a passagem do
depoimento da legal representante da 2.ª ré em que a mesma afirma que
não transitou para a Recorrente a frota envelhecida e a passagem do
depoimento da testemunha Vítor Pereira em que o mesmo afirma que
era a AMAVE que fornecia os contentores à 2.ª ré.
Não obstante, dos depoimentos em apreço resulta efectivamente que a
1.ª ré passou a utilizar na sua actividade as instalações, equipamentos e
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logo se saber que o impedimento ia durar mais de 30 dias – cfr. fls. 36),
por doença do mesmo em termos que eram do conhecimento de ambas
as rés, o que é certo é que logo após a cessação da suspensão o mesmo
assumiu inequivocamente a intenção de aceitar a transmissão, ao
apresentar-se para trabalhar junto da 1.ª ré.
Só assim não seria de entender se antes, expressa ou tacitamente,
tivesse manifestado não a aceitar, o que não pode deduzir-se da mera
entrega das baixas médicas junto da 2.ª ré, tendo em conta que o
contrato de trabalho estava suspenso desde data anterior à transmissão.
Acresce que, sabendo a 1.ª ré que tinha celebrado com a 2.ª ré um
acordo de cessão da posição contratual de empregador no contrato de
trabalho com o autor, e que este estava impedido de trabalhar desde
data anterior à da transmissão, em termos que determinavam a
suspensão do contrato de trabalho, seria até abusivo nos termos do art.
334.º do Código Civil invocar a não assinatura do aludido acordo pelo
mesmo, se tal formalidade fosse necessária, para o rejeitar como seu
trabalhador.
Em face do exposto, entende-se que o contrato de trabalho com o autor
se transmitiu da 2.ª ré para a 1.ª ré por força da vontade destas, com o
consentimento do autor, ou seja, em virtude de cessão da posição
contratual do empregador nos termos dos arts. 424.º e 425.º do Código
Civil.
Ainda que assim não se entendesse, sempre a transmissão se teria
verificado ope legis, como entendeu o tribunal recorrido.
Com efeito, estabelece o Código do Trabalho de 2009:
Artigo 285.º
Efeitos de transmissão de empresa ou estabelecimento
1 — Em caso de transmissão, por qualquer título, da titularidade de
empresa, ou estabelecimento ou ainda de parte de empresa ou
estabelecimento que constitua uma unidade económica, transmitem-se
para o adquirente a posição do empregador nos contratos de trabalho
dos respectivos trabalhadores, bem como a responsabilidade pelo
pagamento de coima aplicada pela prática de contra-ordenação laboral.
2 — O transmitente responde solidariamente pelas obrigações vencidas
até à data da transmissão, durante o ano subsequente a esta.
3 — O disposto nos números anteriores é igualmente aplicável à
transmissão, cessão ou reversão da exploração de empresa,
estabelecimento ou unidade económica, sendo solidariamente
responsável, em caso de cessão ou reversão, quem imediatamente antes
tenha exercido a exploração.
4 — O disposto nos números anteriores não é aplicável em caso de
trabalhador que o transmitente, antes da transmissão, transfira para
outro estabelecimento ou unidade económica, nos termos do disposto
no artigo 194.º, mantendo-o ao seu serviço, excepto no que respeita à
responsabilidade do adquirente pelo pagamento de coima aplicada pela
prática de contra-ordenação laboral.
5 — Considera-se unidade económica o conjunto de meios organizados
com o objectivo de exercer uma actividade económica, principal ou
acessória.
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5. Decisão
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