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NOME DA PESSOA JURÍDICA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº
XX.XXX.XXX/0001-XX, com escritório à (endereço completo), já qualificada na exordial (evento
01), neste ato representada, nos termos do artigo 75, VIII do CPC, pela pessoa jurídica NOME
DA PESSOA JURÍDICA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº
XX.XXX.XXX/0001-XX, na Ação de Sustação/Suspensão de Protesto c/c Tutela de Urgência a
ser convolada em AÇÃO DE REVISÃO CONTRATUAL, PRESTAÇÃO DE CONTAS c/c
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA RETROATIVA c/c EXTENSÃO DA TUTELA 1
DE URGÊNCIA, em desfavor de NOME DO REQUERIDO 1, NOME DO REQUERIDO 2, e NOME
DO REQUERIDO 3 (ANUENTE), todos já qualificados, por intermédio de seus procuradores que
ao final subscrevem, vem, respeitosamente, perante a Vossa Excelência, apresentar
IMPUGNAÇÃO À SEGUNDA CONTESTAÇÃO, pelas razões de fato e de direito a seguir
expostas.
Ainda, há indicação na petição inicial acerca da tutela antecedente, de forma clara, de forma
expressa. Quanto a alegação de que o procedimento deve ser alegado de forma expressa, não
faz sentido, uma vez, que os requeridos estão representados por procurador atuante, o que
pressupõe que o mesmo saiba dos procedimentos, tratando-se de um conhecimento técnico,
bem como, não consta no artigo 319 do CPC o requisito de indicação expressa do
procedimento ao qual os requeridos persistem em mencionar.
O artigo 305 do CPC determina os requisitos para a tutela cautelar e somente mais à frente no
artigo 308 é que se fala acerca do objeto do pedido principal, sendo assim, todos os requisitos
foram cumpridos, não podendo ser considerado os argumentos apresentados acerca do
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procedimento, que já está previamente determinado no Código de Processo Civil. A alegação
de que não tinham ciência de que fosse se tratar de tal procedimento, e que isso vilipendia
também o direito ao contraditório e ampla defesa não procede, afinal, saber o objeto
principal no momento do pedido da tutela antecedente não é lógico, sendo que o próprio
legislador instituiu o procedimento no Código, de fácil acesso a todos os atuantes.
Os requeridos não foram prejudicados em seus direitos, afinal, o processo tem o seu
procedimento, e está no início, podendo, portanto, exercer os seus direitos ao contraditório e
a ampla defesa. No caso em tela, inaplicável é essa alegação de que não ocorra surpresa, a
interpretação dos dispositivos não fala acerca disso, o que deve ser descartado.
- Do item 2.1
Acerca da narrativa na qual os requeridos apresentaram de como foi a sua gestão no período
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em que eram os proprietários da REQUERENTE, trata-se de uma narrativa introdutória, que se
refere ao período anterior a gestão da requerente. Destarte, se opõe a alegação de que as
requerentes estão se colocando em uma posição ingênua, pelo contrário, por causa dessa
posição ingênua de confiarem no pacta sun servanda que regem os contratos é que foram
lesadas em seu direito, motivo que ensejou a presente.
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https://jus.com.br/artigos/53028/tutela-cautelar-antecedente-e-omissao-legislativa
Quanto aos currículos dos sócios da Requerente não há o que contradizer, por não interessar
ao mérito da ação. Quanto a carteira de elegíveis da empresa, não condiz com o valor
declarado de R$ 4.857.154,54, visto que desde a data do trespasse, o valor mensal diminuiu
consideravelmente, devido ao fato de que com o prazo extrapolado da data da entrega do
empreendimento, diversos clientes solicitaram a rescisão judicial dos contratos, portanto o
valor não condiz com a realidade, já apresentado, e pugna desde já pela colação dos outros
acordos realizados após o protocolo.
Quanto à ação que mencionam os Requeridos, veja que a renúncia foi protocolada antes de
ingresso de qualquer ação contra os Requeridos acerca da discussão contratual (acostado), e
o afastamento dessa patrona nas defesas dos interesses pessoais do Sr. Basile, em primeiro
lugar foi feito em obediência ao Estatuto da Advocacia, e em segundo lugar, para que o
próprio Sr. tivesse um procurador que cuidasse dos seus interesses de forma integral, até
mesmo para o proteger e garantir que o mesmo tivesse um contraditório e uma ampla defesa
justa. E detalhe importante: o Sr. não pagou até a presente data os honorários advocatícios do
serviço prestado acerca desse processo.
Vale mencionar que o Sr. interpelou essa patrona por diversas vezes, a pressionando a
‘escolher um lado’ (prints acostados), em mensagens trocadas pelo aplicativo de WhatsApp,
as perguntas foram:
Ainda, o Sr. apenas solicitou dessa procuradora o modelo de contrato de trespasse atualizado,
sendo que o mesmo alterou as cláusulas contratuais por si mesmo e sua esposa que possuem
conhecimentos jurídicos para fazê-lo, ele advogado e ela bacharel em direito, não participou
essa patrona de nenhuma reunião, apenas conheceu os sócios atuais na reunião de
transição, onde o Sr. deixou bem claro a continuidade da prestação dos serviços jurídicos aos
novos proprietários, sendo que essa deu continuidade ao trabalho em obediência ao contrato
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instituído previamente, e de lá para cá vem dando continuidade.
Apesar de que não interessa ao mérito dessa ação, foi necessário mencionar para fins de
defesa dessa procuradora, que atua embasada na lei e em nenhum momento descumpriu seu
juramento para com os princípios que regem a Ordem dos Advogados.
- Do item 2.2
Aqui não está se discutindo o fato de ter disponibilizado o integral acesso a empresa, e sim,
aos valores divergentes dos anexos que não condizem com a realidade, o valor real do passivo
é muito superior ao declarado nos anexos do contrato de trespasse, o que foi exposto pelo Sr.
Carlos Basile não foi a realidade da empresa, gerando, portanto, insatisfação acerca dos novos
proprietários. Tudo que foi alegado está provado documentalmente, sendo que a alegação de
que são falaciosas as alegações é uma inverdade.
O contraditório está sendo exercido pelos requeridos. Acerca do primeiro princípio do venire
contra factum proprium, ou seja, a vedação ao comportamento contraditório, não pode ser
aplicado aos requerentes, afinal, os mesmos não tiveram escolha, ignorar os inúmeros vícios
do contrato, trata-se de uma injustiça. Esse princípio foi violado pelos Requeridos quando ao
realizarem um negócio jurídico, entregaram um passivo maior que o declarado, o que de
forma objetiva, impossível deixar passar a realidade da situação. Da mesma forma que os
Requeridos alegam que estavam com uma expectativa de receber os valores instituídos no
contrato, da mesma forma os Requerentes tinham a expectativa de que o passivo estaria
fielmente atrelado aos valores declarados nos anexos, o que não ocorreu, principalmente
acerca dos apartamentos entregues que possuem uma discrepância muito grande ao que
realmente é da REQUERENTE.
Negócios jurídicos são discutidos por meses, isso é praxe no mundo dos negócios, não fazendo
sentido validar a expectativa apenas por uma via, e sim pelas duas vias das partes envolvidas.
E reafirma que o contrato será adimplido, mas na proporção do que realmente vale, após
apuração de valores em auditoria judicial, nessa presente ação, como já está sendo feito. Já o
segundo princípio, do pacta sunt servanda, o contrato é lei entre as partes, mais um motivo
para que os requeridos entendam que nada mais certo e justo é adequar o contrato com a 6
realidade. A revisão contratual, elencada no artigo 421-A se faz necessária, e está pautada na
excepcionalidade e limitada aos documentos já apresentados, daí a razão de ser desse
processo.
Reafirma-se que tudo que foi alegado está provado, e negar a existência das provas é ignorar
a verdade dos fatos. Os documentos apresentados têm validade legal, e foram conferidos
por essa patrona com os originais, conforme atesta em declaração acostada, tendo poderes
para fazê-lo, nos termos do artigo 799, § 1º, do Código de Normas Estadual, in verbis:
Os documentos foram juntados de forma resumida, para não abarroar o processo, ficando
com um volume exorbitante, por isso, atesta essa patrona que todos foram conferidos com
os originais e jungidos de forma mais suscinta, porem os principais e essências estão
anexados ao processo, o que contradiz veementemente a alegação de que os documentos
não são concretos. Caso seja necessário, requer desde já prazo para apresentar todos os
boletos em auditoria, sendo desnecessário uma vez autenticados e conferidos por essa
patrona, mas se assim Vossa Excelência achar oportuno, não faz nenhuma objeção à
apresenta-los aos requeridos.
Os requeridos não podem legislar alegando preclusão acerca dos documentos, quando os
próprios juntam documentos a qualquer tempo, ainda, o artigo 435 do CPC é claro acerca
disso:
Todos os pedidos pleiteados têm por fundamento notório, que abarca toda a mídia, redes
sociais e qualquer meio de comunicação. Os fatos notórios não precisam ser provados, basta
bom sendo. Quando os requeridos alegam que a pandemia não afetou os ganhos do
empreendimento é de uma tamanha ignorância. É a realidade do setor turístico brasileiro, in
verbis:
A recuperação turística em Caldas Novas vem sendo feita de forma gradativa, veja, Excelência,
os últimos decretos que determinam uma redução no fluxo de turistas na cidade, devido às
variantes da Covid-19 que surgiram e vem surgindo, não se trata de uma invenção por parte
da requerente, o vírus é real e afetou todos os segmentos econômicos do País. O Decreto
Municipal nº 331/2021 de 21 de janeiro de 2021 no seu artigo 2º aduz que:
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https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2021/04/22/turismo-no-pais-tem-prejuizo-de-r-656-bi-durante-pandemia-diz-
fecomerciosp.htm
Mais uma prova de que a retomada vem sendo feita de forma gradativa, se embasa no
Decreto Municipal nº 740/2021 onde as justificativas do atual prefeito desencadearam
medidas oscilantes a fim de conter o vírus:
Portanto, vê-se que a requerente está amparada pelo fato do príncipe como já tanto
fundamentado nas petições anteriores, o que por questão de bom senso, deve-se permanecer
assim até que haja uma volta integral do segmento.
- Do item 2.3
A requerente em nenhum momento afirmou que não vai pagar os requeridos, mas é direito
das mesmas discutir cláusulas contratuais não cumpridas pelos requeridos, quais sejam,
reafirma-se: o passivo é maior do que o ativo da empresa, e, portanto, o preço estipulado no
contrato está diretamente ligado ao ativo e passivo que foi declarado por escrito, então,
caso haja uma discrepância acerca desse simples item, é necessário a revisão de valores
para que a compra seja o justo e o certo, não o valor que os requeridos acham que é.
O próprio artigo 476 do Código Civil é taxativo acerca de que nos contratos bilaterais, nenhum
dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento do outro.
Nesse caso em específico, ocorreu um fato de força maior que ensejou a não continuidade
dos pagamentos, mas, em análise mais suscinta viu-se que quem descumpriu cláusula
primeiro foram os requeridos, por não entregarem o ativo e passivo discriminado.
- Do item 2.4
Assiste razão aos requeridos acerca das cláusulas de irretratabilidade e irrevogabilidade, visto
que a requerente está respeitando-as em todos os seus termos, agora, quanto aos vícios
sanáveis, esses por sua vez, devem ser solucionados, afinal, houve um descumprimento por
parte dos requeridos, porquanto devem ser responsabilizados. Trata-se de um ato jurídico
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perfeito com vícios que devem ser e podem ser sanados, pelo presente, diante do fato de que
estão provados. A própria jurisprudência apresentada pelos requeridos aduz que:
- Do item 2.5
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TJ-MG - AC: 10024140420241001 MG, Relator: José de Carvalho Barbosa, Data de Julgamento: 14/03/2019, Data de Publicação:
22/03/2019.
Art. 326. É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a
fim de que o juiz conheça do posterior, quando não acolher o
anterior. Parágrafo único. É lícito formular mais de um pedido,
alternativamente, para que o juiz acolha um deles.
Apesar da conexão notória, os pedidos estão diretamente ligados entre si, visto que o titulo
inicial que desencadeou essa ação é nada mais que acessório do contrato principal aqui
discutido, sendo perfeitamente possível a sua cumulação como feito nesse processo. Até
porque, tratar de um item conectado em apartado, não faz sentido, além de que será mais
dispendioso para ambas as partes.
- Do item 2.6
Em constante negativa, os requeridos persistem em alegar que a requerente não pagou 89%
da entrada, por certo que os comprovantes de pagamento são provas robustas para tal
desiderato. Acerca do fato de que nenhuma das parcelas semestrais e mensais foram pagas,
estas estão suspensas por força da liminar, ou seja, estão sub judice, além do mais, a caução
foi prestada no evento 09, motivo pelo qual não há que se falar em valores não pagos, pois, os
motivos são explícitos, apensar da insistência dos requeridos em não aceitar a existência da
pandemia, que vai além do controle humano.
Quanto as taxas condominiais, não há que se afirmar que a cooperativa sabia da existência
das taxas, pois o que deve ser discutido no presente momento é o valor exorbitante de taxas
condominiais que não foram incluídas no passivo dos anexos contratuais, são provas cabais e
os requeridos devem ser responsabilizados. Acerca da prescrição quinquenal alegada pelos
requeridos, depois de muitas tratativas com os advogados do condomínio, foi feito um acordo
judicial acerca das taxas condominiais, com sucesso, sendo o termo devidamente juntado
pelos requeridos, motivo pelo qual deverá ser feito o abatimento da diferença, uma vez que
esse item já foi vencido e ficado o valor a ser incluso na auditoria de valores.
Acerca do que alegam os requeridos de que pelo fato de não sub-rogaram no direito de
cobrar dos devedores originários, trata-se de uma faculdade da requerente, porém, não os
eximem de serem responsabilizados pelas dívidas não contabilizadas nos anexos do trespasse.
E reafirma que o passivo ultrapasse os R$ 2.500.000,00 (dois milhões e quinhentos mil reais),
como já provado, a diferença das taxas condominiais foi revertida em benefício aos
requeridos pela expertise da nova gestão, que leva seus méritos acerca disso, e que respingou
nos requeridos.
Acerca do requisito contratual de enviar notificação por e-mail é considerada nula de pleno
direito, uma vez que, a lide se encontra sub judice, e por esse motivo regras extrajudiciais não
são válidas. Portando, impugna esse item por ser inaplicável. Persiste a requerente acerca dos
abatimentos das frações dos respectivos apartamentos, da água termal e a estrutura metálica,
não entregou da forma acordada.
Alegam os requeridos que não é crível abater integralmente o valor do apartamento sem
devolver o bem, o que não faz sentido algum, visto que os apartamentos são de propriedade
da empresa, da REQUERENTE, não tem a quem devolver, pelo contrário, possuem vícios que
precisam ser sanados. Quanto ao cálculo estrutural, deverá ser feito perícia para emissão de 13
laudo para verificar as alegações. Reitera os pedidos de abatimento dos apartamentos, caso
seja necessário deverá ser feito perícia imobiliária a fim de apuração das frações, o que requer
desde já.
Não há que se falar em locupletamento por parte da requerente, uma vez que o acordo com o
condomínio foi realizado somente após o protocolo da petição de ação principal, que foi
protocolada no dia 20/09/2020 e somente a posteriori foi que o acordo foi efetivado após
inúmeras negociações, motivo pelo qual deve ser afastada imediatamente qualquer menção
acerca de atos ilícitos, pelos simples fatos de que não ocorreu da forma que os requeridos
alegam. Ainda, o acordo tem uma série de questões intrínsecas que precisam ser realizados
para poder ser efetivado, e somente poderá ser realizado o abatimento no valor do acordo se,
somente se for efetivado nos termos entabulados, que o lapso de tempo irá dizer. Vale frisar
que as dívidas condominiais dos apartamentos listados no termo de acordo entabulado são
da requerente, e que os requeridos utilizavam dos apartamentos confessos por eles, bem
como usavam outros apartamentos também que estavam em nome da requerente, na sua
gestão, por isso foram incluídos no termo, uma vez que o Condomínio enviava as cobranças
diretamente a requerente desses outros apartamentos.
O fato de tratar de todas as contas relacionadas aos requeridos, sabe-se que o a pessoa física
do Sr. Sócio integra o polo passivo dessa ação, e que o próprio não soube separar valores da
pessoa física com o da pessoa jurídica, havendo uma confusão patrimonial como já
demonstrado, sendo assim, nada mais oportuno e econômico para os requeridos do que
tratar de todas as questões em um único processo, a fim de dar resolução a qualquer
pendencia que haja entre as partes.
Frisando novamente, quanto aos requeridos esses possuem inúmeras pendências de negócios
mal feitos com a requerente, e conveniente se faz resolvê-los nessa oportunidade, mas se vê
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que os mesmos pretendem se abster, observando as suas alegações. No mais, persistem os
requeridos acerca dos documentos, esses por sua vez, são todos originais, diante da
insistência em afirmar que não são, caso o douto Magistrado entenda que haja necessidade,
todos os anexos dos documentos principais serão disponibilizados aos mesmos.
Os documentos parcialmente legíveis foram regularizados no evento seguinte, não sendo esse
motivo plausível para não serem aceitos, até mesmo porque estamos na seara digital, e isso
pode ser perfeitamente sanado de forma simples. Reafirmando, os reembolsos e acordos
ultrapassaram o valor declarado, portanto, deve-se realizar o abatimento. Os pagamentos dos
reembolsos e acordos foram herança da gestão anterior, por isso o ingresso ao Judiciário até
mesmo porque somente nesse órgão competente poderá haver uma razoabilidade, uma vez
que os requeridos sempre estão em negação para a realidade, já alegada veementemente
pela requerida e inclusive provada.
Quanto ao plano de saúde do Bradesco apesar de ser empresarial, os usuários eram a família
do Sr. Sócio, como está provado nas apólices, sendo assim, a requerente não é obrigada a
pagar contas pessoais de um dos requeridos, é nesse tipo de argumentação que se observa-
se, Excelência, a confusão patrimonial que há no objeto dessa ação, muitas contas pessoais
vem surgindo após a efetivação do contrato de trespasse, e como os requeridos mesmo
alegam, se está sub judice devemos aguardar, mas nada impede de incluí-las no acerto futuro,
afinal, como já provado, as dívidas existem e sabe-se muito bem quem é o titular delas.
Reitera os pedidos de abatimentos nos termos da ação principal. Quanto as cadeiras da sala
de vendas no valor de R$ 5.400,00 não podem ser contabilizadas visto que integra o acervo da
empresa. Em nenhum momento a requerida alegou que foi vítima de um golpe, apenas
pretendem pagar o que é justo, e não ter que assumir dívidas pessoais da gestão anterior,
bem como pagar pelo anexo divergente não declarado.
Acrescenta-se que as inúmeras alegações por parte dos requeridos de que a requerente não
prova suas alegações, é inverídica, afinal, as provas pertencem ao processo, e não a uma única
parte, o fato é que, a requerente apresentou as provas relevantes para instruir o contexto, já
as acessórias que complementariam as anteriores, serão apresentadas se caso Vossa 15
Excelência solicitá-las, até mesmo para não tumultuar o processo, aos invés de rebater as
provas juntadas, os requeridos apenas frisam da falta de provas. O artigo 370 do CPC aduz
que:
Ainda, incumbe ao Autor quanto ao fato constitutivo de seu direito provar, o que foi
devidamente feito com as provas documentais essenciais, que no futuro serão
complementadas com as outras permitidas, seja testemunhal, seja pericial, etc. E ao réu
quanto a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, no caso
aos requeridos cabem esse ônus, sendo assim, deve ser afastado imediatamente a alegação
de que a requerente não apresentou documentos, sendo essa afirmativa apenas mencionada
para tumultuar o processo.
A questão de que o empreendimento vale milhões não é argumento a ser considerado, afinal,
a nova gestão foi definitivamente atropelada pela pandemia da Covid-19, como já muito
argumentado e provado, não se sabe nem se o mesmo irá sobreviver a esse ano, diante das
oscilações que ocorrem com as novas variantes. Veja Excelência, relembrando um fator
importante, que a atividade econômica principal dos requerentes é a realização da logística
de grupos participantes de intercâmbios internacionais de estudos no âmbito do
cooperativismo e atendimento corporativo a cooperativas e outras entidades em suas
necessidades de viagens.
Em nenhum momento vimos os vinte e três CNPJs diferentes provados, não sendo verdade, 16
pelo próprio documento se vê que a Cooperativa apenas representa dois CNPJs, o restante a
empresa são outras, podendo ser confirmado por Vossa Excelência. Reitera os pedidos acerca
do excesso de execução, na própria petição os requeridos mencionam que irá entrar com
execução de cada uma das notas promissórias, o que demonstra sua intenção de prejudicar a
requerente a todo custo, sem falar nas inúmeras despesas que isso acarretará para ambas as
partes, isso demonstra má-fé por parte dos mesmos, induzindo e persistindo na litigância, que
deve ser observado pelo douto Magistrado.
A ação de prestação de contas é diferente de auditoria, essa, por sua vez, terá que ser feita de
qualquer forma, no momento da instrução, a fim de cruzar as provas contraditadas, o que
desde já persiste em requerer.
Por isso, como muito já evidenciado, se não mantida a tutela de urgência, a Requerente e sua
representante poderão vir a quebrar, e, por conseguinte, não conseguirão manter os postos
de trabalho, o que provocará aumento no número de desempregados, além de obstar
recolhimento de tributos, dentre outros prejuízos para a sociedade como um todo. O bom
sendo deve prevalecer nesse caso, visto que a intervenção do Judiciário poderá ajudar a
empresa a sobreviver no mercado.
Ainda, há garantias (caução) firmada nesse processo, por isso reitera os pedidos da ação
requerendo que Vossa Excelência mantenha a concessão de tutela de urgência, inaldita altera
pars, com fulcro no art. 300 do CPC, determinando a suspensão por 10 meses da cláusula
quinta do contrato de trespasse, que corresponde aos pagamentos futuros, por motivo de
força maior (pandemia da Covid-19), alterando as datas de pagamento e valores conforme o 17
plano de pagamento apresentado mais à frente, após apuração judicial dos passivos/ativos
dos Anexos que compõem o contrato principal, desconsideração da PJ retroativa para
apuração de despesas pessoais, tempo esse mais que suficiente para o retorno das atividades
econômicas determinadas pelo Estado de Goiás, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 (mil
reais), a ser arbitrado por Vossa Excelência, para o caso de descumprimento da medida
determinada, nos termos dos arts. 139, inciso IV, e 497 do CPC/15.
Bem como, que seja a decisão seja convertida em mandado, autorizando os patronos da
empresa requerente a notificarem os réus quanto ao conteúdo daquela, sem prejuízo da
intimação por Oficial de Justiça, em caráter de urgência. A requerente não se escondeu atras
da pandemia como alegado pelos requeridos, afirmar isso é simplesmente negar as inúmeras
informações repassadas diariamente e diuturnamente nas mídias, sobre a realidade do
Município, e sendo uma verdade colhida a olho nu, axiomática, sem necessidade de se provar:
Veja que a situação é crítica e os visitantes que estão vindo à cidade corresponde a apenas
10% da fatia que vinha antes do período pandêmico, por esse motivo, não se pode imputar
uma obrigação a requerente, sendo que é a mais afetada do segmento, está tentando
sobreviver primeiro ao vírus e suas consequências, para poder cumprir com suas obrigações
para com os requeridos. A alegação de que a requerente recebeu mais de meio milhão dos
períodos entre 01/01/2020 a 25/08/2020 não significa que sobrou dinheiro em caixa, uma vez
que, fazendo uma simples conta e dois mais dois é quatro vê-se que o caixa fechou negativo
todos os meses, diante do passivo exorbitante que a requerente está arcando, ignorado pelos
requeridos.
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https://www.factual900.com.br/turismo-caldas-novas/
Lembrando novamente que os requeridos já receberam R$ 890.000,00 (oitocentos e
noventa mil reais) do valor da venda do empreendimento, não ficaram sem receber nada,
os comprovantes estão juntados no processo. Os requeridos frisam muito sobre a cartela de
elegíveis que desmembrado, afirma o recebimento de R$ 84.000,00 (oitenta e quatro mil
reais) mensais, ocorre que, devem:
Por causa da pandemia, a empresa teve que tomar decisões estratégicas para sobreviver no
mercado, e assim passar por esse período vitoriosa, e diante de inúmeras tratativas diretas
realizadas com os requeridos, todas sem sucesso, de simplesmente rever as datas de 19
pagamento, estando eles irredutíveis, comportamento esse que culminou a requerente
ingressas com a ação, visto que aos requeridos persistiram em ignorar a existência da
pandemia e protestaram o título, como já muito explicado.
A ameaça em executar os títulos um por um, demonstra que em vez de cooperar para que
possa receber o que lhe é devido, assume uma postura totalmente de ataque, o que vai
prejudicar ainda mais a requerente, afirmando veementemente que vai executar cada nota
promissória. Essa postura, Excelência, deve ser analisada, visto que os requeridos estão de
posse de duas modalidades de títulos executivos, como já muito mencionado, o contrato e as
notas promissórias, não havendo necessidade de manter os dois com força executiva, afinal,
uma vez que se está rediscutindo cláusulas contratuais, os acessórios, quais sejam os títulos
devem ser depositados em juízo para fins de equilíbrio.
Veja que a empresa somente existe com a combinação de capital e trabalho, como explicitado
acima, com a pandemia não existe capital e consequentemente trabalho, afetando o quadro
de funcionários da empresa e um credor na espreita que, entregou um passivo maior que o
5
FUNIBER, Administração e direção estratégica de empresas. 2021.
ativo, no momento da venda, e ainda quer de toda forma receber o valor de ganho mensal
para que a empresa sobreviva, e chegue no pós-pandemia.
Daí se vê uma empresa que está encurralada, de um lado, o fato do príncipe, a pandemia,
regida pelo Poder Público, que a afetou drasticamente, e de outro, o credor que alega que
não recebeu nada, pelo contrário, já recebeu R$ 890.000,00 (oitocentos e noventa mil reais),
imputando destinação unilateral aos valores recebidos mensais da cartela, quando ainda não
foi feito auditoria do passivo e do ativo.
Por todo o esboço impugnatório, reitera todos os pedidos nos moldes da ação principal, e o
devido prosseguimento do feito.
(Assinado digitalmente)
Sanmatta Raryne Souza 21
OAB/GO nº 42.261
Relação de documentos acostados:
1 - Declaração de Veracidade de Documentos-Manifesto;
2 - DECRETO-331.2021 COVID-19;
3 - Decreto-Municipal-Completo-2-3-2021;
4 - Decreto 740-2021;
4.1 - Decreto 740-2021;
5 - Renúncia ao processo particular;
6 - Prints; 22
7 - Prints da RENÚNCIA;
8 - Planilha atualizada;
9 - CONFE 009 - 13º Concred Digital;
10 - Contrato de Locação;
11 - Notificação de Não renovação;
12 - Segunda Notificação;
13 - Cheques.