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1
I.
INTRODUÇÃO
O processo comum segue a forma única ordinária. O processo segue a forma ordinária
sempre que a lei não determine o uso do processo especial.
II.
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pública, quanto a crimes cujo conhecimento provém do exercício das suas funções ou
por causa delas - artigo 60.º n.º 1 do CPP. Denúncia facultativa – artigo 60.º n.º 3 do CPP.
É após ter conhecimento do crime (por denúncia ou conhecimento próprio) é que o
Ministério Público manda abrir ou registar como instrução.
O artigo 244 n.º 2 da CRCV menciona que as medidas de polícia são as previstas na lei,
(principio da legalidade) (discute-se a taxatividade (a maioria dos professores vão nesse
sentido – Sérvulo Correia, Gomes Canotilho e Vital Moreira), enquanto Jorge Miranda e
Rui Medeiros defendem o não, isto é, uma “cláusula geral de polícia”, por forma a evitar
o condicionamento da atuação da policia na prevenção de todos os perigos para os
interesses públicos) obedecendo sempre os princípios da legalidade, da necessidade, da
adequação e da proporcionalidade. Não há citação da fonte
Anota-se que as medidas de polícia devem ser utilizadas com respeito pelos direitos,
liberdades e garantias dos cidadãos.
A instrução1, originária da palavra latina instructio, não é mais do que uma das
fases do processo2, onde serão reunidos fatos puníveis, as provas e obtenção destas, a sua
avaliação, a determinação dos seus agentes e a responsabilização destes.
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Grosso ao modo, aproxima-se ao conceito de inquérito previsto em legislação processual comparada como
a de Portugal.
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Com a instrução dá-se o início à tramitação do processo comum, em primeira instância, tendo em conta a
notícia do crime, decidindo o Ministério Público dar o seguimento que se impõe face do disposto no artigo
68.º n.º 1, al. a) do CPP.
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Cabe ao Ministério Público dirigir a instrução, coadjuvado pelos OPC´s, asserção
decorrente do artigo 302.º n.º 1 do CPP.
Na esteira do que se disse supra, o Ministério Púbico, nos termos do artigo 304.º do CPP,
ordena, por motu próprio ou a requerimento, os atos de instrução, ciente do poder-dever
que lhe assiste de indeferir o pedido para praticar atos que não tem interesse para a
instrução ou para fazer protelar esta fase processual.
Temos vindo a referir que a instrução é dirigida pelo Ministério Público, porém existe
um catálogo de atos que são de exclusiva competência do Juiz, como e.g. a realização do
primeiro interrogatório judicial, a declaração de perda a favor do Estado de bens
apreendidos, interceções ou gravações de conversações ou comunicações telefónicas,
respetivamente, nos termos do artigo 307 nº 1, alíneas a) e h) e 308 nº 1 do CPP.
O Ministério Público, como ficou asseverado neste, é a autoridade judiciária a quem cabe
encerrar ou considerar finda a instrução, após analisar os indícios recolhidos, incluindo
o que for dito pelo arguido (afinal o Ministério Público faz a instrução à charge e
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Veja a possibilidade legal, embora a declaração tenha sido prestada ao OPC, de reprodução ou leitura de
declaração quando a testemunha estiver acompanhada ou assistida de advogado.
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décharge), proferindo o despacho de acusação4 ou de arquivamento5, nos termos dos
artigos 314.º e ss do CPP.
Caso não houver arguido a quem foi imposta a medida de coacção pessoal de prisão
preventiva, a instrução deve ser encerrada em 18 meses. Realça-se que este prazo é
indicativo. No entanto, o prazo de 4 meses é elevado para 8 meses quando os crimes a
serem investigados são os constantes no artigo 279.º n.º 2 do CPP.
Por fim, urge ressaltar o fato de, no caso de encerramento de instrução com o despacho
de arquivamento, poder haver a reclamação para o superior hierárquico, nos termos do
artigo 316.º do CPP.
A ACP terá por finalidade obter uma decisão de submissão ou não da causa a julgamento,
através da comprovação da decisão de deduzir acusação ou de arquivar a instrução.
Tem carácter facultativo, só poderá ter lugar por requerimento do arguido ou do assistente e no
processo ordinário.
A ACP é uma audiência oral e contraditória, presidida e dirigida por um juiz, em que poderão
participar o Ministério Público, o arguido, o defensor, o assistente e o seu advogado.
O requerimento não está sujeito a formalidades especiais, mas deverá conter, em súmula, as
razões de facto e de direito, de discordância relativamente à acusação ou não acusação, bem
como, sempre que disso for caso, a indicação das diligências que o requerente desejaria que
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O Ministério Público encerra a instrução com a dedução de acusação – artigo 320.º do CPP, porquanto
os indícios recolhidos mostram-se suficientes conexionados com a probabilidade razoável de o arguido,
em sede de discussão de julgamento, poder ser aplicada uma pena/medida de segurança.
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Ao proferir o despacho de arquivamento – artigo 315 do CPP, o Ministério Público encerra a instrução na
medida em que não conseguiu recolher a prova bastante de ter havido crime, não ter conseguido recolher
os indícios probatórios consistentes ou bastantes a ponto de imputar o crime ao arguido, por a acção penal
estar extinta ou por ser inadmissível a o procedimento criminal.
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fossem feitas, dos meios de prova que não tenham sido considerados e produzidos na instrução
e dos factos que através de uns e outros, se espera provar.
O requerimento para a abertura da ACP só poderá ser rejeitado por extemporaneidade, por
incompetência do Juiz ou por inadmissibilidade legal da ACP.
4.2 Encerramento
5. O Julgamento
Até à data do início da audiência de julgamento, o juiz, tratando-se de crimes cujo procedimento
depende de queixa, procurará obter o acordo entre o arguido e o ofendido, com a presença dos
respectivos mandatários, no sentido da desistência da queixa.
O acordo poderá ainda abranger as matérias relativas ao pedido civil, nomeadamente, uma
eventual indemnização pelos danos causados pelo crime, e às custas processuais.
Se o acordo for obtido e não houver oposição, ouvido o Ministério Público, o juiz homologará
o acordo, sendo a decisão assim obtida insusceptível de recurso.
O arguido, em dez dias a contar da notificação do despacho que designa dia para a audiência,
apresentará, querendo a contestação, acompanhada do rol de testemunhas, dos documentos de
suporte da defesa e da indicação dos peritos que deverão ser notificados para a audiência.
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A contestação poderá ser apresentada na audiência de julgamento, mas, neste caso, o rol de
testemunhas será apresentado e a indicação dos peritos será feita no prazo em dez dias a contar
da notificação do despacho que designa dia para a audiência.
A audiência de discussão e julgamento será presidida e dirigida pelo Juiz onde o processo for
julgado.
Caso o juiz que preside ao julgamento decidir, por despacho, que a presença de algumas pessoas
ali mencionadas será indispensável à boa decisão da causa e não ser previsível que se possa
obter o comparecimento com a simples interrupção da audiência, poderá adiar a mesma uma
única vez.
Só poderá haver julgamento na ausência do arguido nos crimes que não corresponda pena de
prisão.
O art. 396-A dispõe que uma alteração substancial dos factos na acusação ou na pronúncia, se
a houver, não pode ser tomada em conta pelo tribunal para o efeito de condenação no processo
em curso, mas a comunicação da alteração ao Ministério Publico vale como denuncia para que
ele proceda pelos novos factos.
Por sua vez, o art. nº2, dispõe que o Ministério Publico, o arguido e o assistente podem, porém,
acordar com a continuação do julgamento pelos novos factos, se estes não determinarem a
incompetência do tribunal.
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No relatório procede-se à identificação do arguido, do assistente e das partes civis, indica-se
qual o crime imputado ao arguido, segundo a acusação ou a pronúncia, se a tiver havido e a
posição assumida pelo arguido através da indicação das conclusões contidas na contestação, se
tiver sido apresentada.
A fundamentação consta da enumeração dos factos provados e não provados, bem como de
uma exposição dos motivos de facto e de direito que fundamentam a decisão, com a indicação
das provas que serviram para formar a convicção do tribunal.
Os motivos de facto hão-de ser seleccionados de entre os factos provados e não provados; é em
razão dos factos dados como provados e não provados que o tribunal há-de tomar a decisão.
A decisão também se baseia em fundamentos de direito. As razoes de direito que servem para
fundamentar a decisão devem também ser especificados na fundamentação da sentença.
Que não contiver a fundamentação, que constara da enumeração dos factos provados e não
provados, bem como de uma indicação discriminada e tanto quanto possível completa, ainda
que concisa, dos motivos, de facto e de direito, que fundamentam a decisão, com indicação das
concretas provas que serviram para formar a convicção do tribunal e um enunciado das razoes
pelas quais o tribunal não considerou atendíveis ou relevantes as provas contrarias; a decisão
condenatória ou absolutória.
Que condenar por factos não descritos na pronúncia ou, se a não tiver havido, na acusação ou
acusações, fora dos casos e das condições previstas no artigo 396.º.
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III.
A TRAMITAÇÃO DOS PROCESSOS ESPECIAIS (NOÇÕES GERAIS)
São formas mais céleres de realizar a justiça penal. Aplicam-se quando se verifica razões
que permitem uma simplificação processual, dispensando ou abreviando algumas fases
processuais que fazem parte essencial da estrutura do processo comum.
1. O PROCESSO SUMÁRIO
O processo sumário assenta na ideia de uma maior facilidade e evidência probatória, uma
vez que o arguido foi detido em flagrante delito e a detenção efectuada por uma autoridade
credível, autoridade judiciária ou entidade policial.
Nesta forma de processo, é suprida a fase preparatória. Não há instrução nem Audiência
Contraditória Preliminar, avançando-se imediatamente para a fase do julgamento.
1.1 Requisitos
Nos termos determinados no artigo 412.º do CPP, são requisitos do processo sumário:
a) A detenção em flagrante delito por crime punível com pena de prisão de limite
máximo não superior a 5 anos;
b) Realizada por autoridade judiciária ou entidade policial ou por outra pessoa, desde
que, num prazo que não exceda a duas horas, o detido tenha sido entregue a uma
autoridade judiciária ou entidade policial, tendo esta redigido auto sumário de
entrega.
Se se verificar alguma das situações que, em abstracto, permitiria a conexão de processos
(artigo 39.º do CPP), nomeadamente o concurso de crimes ou a comparticipação, só será
possível operar a conexão e julgar todos os crimes ou agentes no mesmo processo sumário
se os pressupostos desta forma de processo se verificarem em relação a todos eles. No
caso de concurso de crimes, será ainda necessário que a soma dos limites máximos das
penas de prisão aplicáveis não exceda os cinco anos.
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O emprego desta forma de processo especial fora dos casos legalmente previstos
determina nulidade insanável (artigo 151.º, alínea j), do CPP).
- Se a detenção se fizer a horas em que o tribunal esteja aberto e possa desde logo
tomar conhecimento dos factos (artigo 414.º n.º 4):
ii) as testemunhas e o ofendido, quando disso for caso, serão notificados para
comparecer em acto seguido no tribunal;
-Se o tribunal não se encontrar aberto ou não puder desde logo tomar conhecimento
da infracção:
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Dos factos descritos no ponto anterior será dado sempre prévio conhecimento ao
Ministério Público para promoção do que tiver por conveniente, se não tiver sido a
autoridade que procedeu à detenção (artigo 415.º).
Se não for possível efectuar o julgamento no dia da apresentação do arguido, ele será
realizado no primeiro dia útil imediato, salvo em caso de adiamento nos termos e
condições definidos no artigo 417.º.
O julgamento poderá ser adiado por cinco dias, se o arguido solicitar novo prazo para
preparação da sua defesa ou se ao julgamento faltarem testemunhas de que o Ministério
Público, o assistente ou o arguido não prescindam (artigo 417.º).
Se o juiz entender que ao facto imputado ao arguido não é aplicável, de acordo com a lei,
o processo sumário, assim o fundamentará nos autos, podendo e limitar- se- á a interrogar
o arguido e o ofendido, se estiver presente, a inquirir as testemunhas, seguindo- se, depois,
os ulteriores termos do processo que for aplicável (Artigo 418.º).
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Esse procedimento será correspondentemente aplicável aos casos em que não possam ser
respeitados os prazos estabelecidos para julgamento em processo sumário.
- Salvo quando, nos termos previstos neste Código, não haja lugar à documentação
dos actos da audiência, a acusação, a contestação, o pedido civil e a respectiva
contestação, quando verbalmente apresentados, serão igualmente registados na
acta;
- Finda a produção da prova, será concedida a palavra, por uma só vez, aos
representantes da acusação e da defesa e das partes civis, os quais poderão alegar
durante vinte minutos improrrogáveis;
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Em processo sumário também podem ser aplicados os institutos do arquivamento em caso
de dispensa de pena e da suspensão provisória do processo, com as devidas adaptações
(artigo 420.º do CPP).
Em processo sumário, a pessoa com legitimidade para tal poderá constituir- se assistente
ou intervir como parte civil se assim o solicitar, mesmo que só verbalmente, até ao início
da audiência de julgamento.
1.10 Recorribilidade
Decisões recorríveis são apenas a sentença ou despacho que puser termo ao processo.
2. PROCESSO ABREVIADO
2.1 Pressupostos
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c) Simplicidade da matéria de facto e existência de provas claras e de fácil
percepção de que resultem indícios suficientes da prática do facto e de quem
foi o seu agente6;
d) Não ser aplicável ao caso, ou sendo abstractamente aplicável, não ter sido
aplicada, outra forma de processo especial prevista neste Código.
O emprego desta forma de processo especial fora dos casos legalmente previstos
determina nulidade insanável (artigo 151.º, alínea j), do CPP)
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São exemplo de casos de existência de prova clara e de fácil percepção, aqueles em que haja detenção
em flagrante e não caiba processo sumário ou em que a prova seja, no essencial, documental.
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os autos remetidos ao Ministério Público, seguindo os seus ulteriores termos de acordo
com outra forma processual.
O tribunal rejeitará a acusação se ela não obedecer aos requisitos mencionados no artigo
432.º do CPP
A data da audiência de julgamento será marcada para a data mais próxima possível, mas
nunca depois de vinte dias após a recepção dos autos no tribunal. As alegações orais
subsequentes à produção da prova não poderão exceder, para cada um dos intervenientes,
trinta minutos, e as réplicas, dez minutos, improrrogáveis. A sentença poderá ser proferida
verbalmente e ditada para a acta, e será lida imediatamente após o encerramento da
audiência, ou, excepcionalmente, num prazo máximo de três dias.
3. PROCESSO DE TRANSACÇÃO
Esta forma de processo foi reconfigurada na ultima revisão do Código de Processo Penal
ocorrida em 2015 (Decreto-Legislativo n.º 5/2015, de 23 de Dezembro) com o objectivo
de reforçar a sua dimensão de justiça penal consensual através do qual possa haver
conversações ou negociações entre o Ministério Público, arguido e seu defensor e
assistente ou quem tenha legitimidade para se constituir como tal, devidamente assistido
por advogado, em ordem a obter acordo quanto à transacção penal e à composição dos
danos civis.
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3.1 Finalidade
3.2 Legitimidade
A legitimidade para determinar que o processo siga os seus trâmites sob esta forma cabe
ao Ministério Público(Artigo 422.º do CPP).
Sob a forma de processo especial de transacção seguem processos em qualquer das suas
formas, independentemente da moldura penal aplicável, à excepção de determinados
crimes que expressamente determinados no artigo 422.º do CPP (Crimes de genocídio,
crimes de guerra e crimes contra a humanidade; Homicídio doloso; Sequestro; Crimes
sexuais que tenham como ofendidos menores de 16 anos de idade, Extorsão e
chantagem, Escravidão e tráfico de pessoas, Crimes previstos no Título IV do CP e
Crimes Previstos no Capítulo I do Título VII do Código Penal).
O emprego desta forma de processo especial fora dos casos legalmente previstos
determina nulidade insanável (artigo 151.º, alínea j), do CPP).
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possível, sem prejuízo do acesso do assistente e do arguido aos autos (Artigo 424.º
do CPP).
Caso não se tenha logrado, na primeira sessão, o acordo sobre a pena consensual,
poderá ser marcada uma outra sessão, no prazo de 10 dias.
Também não será permitido mais do que um procedimento negocial no âmbito do mesmo
processo. Se houver negociação durante a instrução e não se chegar a acordo, os autos
são reenviados à forma legalmente aplicável e na fase de julgamento não se tentará a
obtenção do acordo novamente. Com esta proibição pretende-se evitar que o Ministério
Públio, arguido e seu defensor possam jogar com uma das duas possibilidades, o que
poderá traduzir-se em prejuízos para a celeridade e efectividade do processo.
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Obtido o acordo, lavrar-se-á o termo respectivo, devendo mencionar-se a factualidade
apurada e a sanção acordada.
Não sendo possível o acordo, ficará a constar do processo apenas o auto de realização
de negociações.
Na falta de acordo, o processo seguirá a sua tramitação sob a forma legalmente aplicável,
dele devendo constar apenas a informação de que houve negociação sem qualquer
menção das posições dos sujeitos que nela intervieram. Este regime também se aplica
sempre que, em caso de comparticipação criminosa, haja oposição de qualquer dos
arguidos quanto aos termos do acordo.
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- A pena aplicada se mostre desconforme com o artigo 426.º (apenas verifica os
limites determinados).
Rejeitado o acordo, o juiz ordena o seu desentranhamento dos autos e reenvia o processo
para a forma processual adequada.
Caso o acordo seja obtido na fase da instrução, os limites mínimo e máximo da moldura
aplicável serão reduzidos de um terço e a taxa de Justiça será reduzida a um quarto
e se o acordo for alcançado no julgamento, a moldura aplicável será reduzida de um
quarto no seu limite máximo (429º do CPP).
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