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Justifique,
legalmente, sempre que possível.
A fase de inquérito é a fase processual destinada à investigação da existência de um crime, bem
como o apuramento dos seus agentes, artigo 262/1 do CPP. Cabe ainda a fundamentação da
aplicação de medidas de coação e garantia patrimonial, nos termos do artigo 196 e seguintes do
CPP. A noticia do crime é o momento em que desencadeia o inquérito, artigos 48, 241 e 262/2
do CPP.
A fase de instrução é a fase processual que ocorre entre o inquérito e o julgamento (artigo 286
e seguintes do CPP). Esta visa a comprovação judicial de deduzir a acusação ou arquivar o
inquérito, com vista a submeter ou não, o arguido a julgamento. A fase de instrução termina
com um despacho de pronuncia ou não pronuncia.
Por fim, o julgamento, regulada nos artigos 311 a 380 do CPP. O julgamento é a fase após a
dedução de acusação pelo MP ou ainda após o despacho de pronuncia se esta tiver sido
requerida. Esta fase contem 3 momentos: a instrução, a discussão e o julgamento.
Sentença e acórdãos
Após a audiência de julgamento, tem lugar a tomada de decisão por parte do Tribunal. Pretende-
se que esta seja o mais célere possível, arts.360º, 361º/1 e 365º, do CPP. O tribunal não pode
abster-se de julgar, nem deve violar o dever de obediência à lei. O art.365º/5, do CPP, determina
que as deliberações são tomadas por maioria simples. O Tribunal decide separadamente as
questões prévias ou incidentais sobre as quais não tenha recaído a decisão.
Os atos decisórios do tribunal simples que conheçam a final do processo designam-se por
sentenças. Os atos decisórios do tribunal colegial, designam-se por acórdãos.
Processo sumário
Está subjacente neste processo especial, o princípio da celeridade processual, isto porque o
arguido deve ser julgado no prazo máximo de 48 horas após a detenção, sendo a tramitação
processual reduzida ao conhecimento indispensável e boa decisão da causa, arts.386º/1 e 2 e
387º/1, do CPP. São julgados em processo sumário: os detidos em flagrante delito, arts.255º e
256º, do CPP; Crime punível com pena de prisão, cujo limite máximo não seja superior a 5 anos,
mesmo em caso de concurso de infrações, art.381º/1, do CPP; Quando a detenção for efetuada
por autoridade judiciária ou entidade policial, art.381/1, al. a), do CPP. O início da audiência de
julgamento ocorrer no prazo máximo de 48 horas após a detenção.
Processo abreviado
São julgados sob esta forma de processo, em regra, os crimes de média gravidade. O julgamento
obedece às mesmas formalidades do processo comum, art.391º-E, do CPP. Nos termos do
disposto do art.391º-A, do CPP, o MP, face ao auto de notícia ou após realizar o inquérito simples
pode deduzir acusação para julgamento em processo abreviado quando: O crime for punível
com pena de multa ou de prisão não superior a 5 anos; existirem provas simples e de total
evidência de que resultem indícios de prática do crime e de quem foi o seu agente.
Processo sumaríssimo
No processo sumaríssimo vigora o princípio da economia processual da simplicidade e da
consensualidade não tendo lugar a uma audiência solene e formal. Assim, a decisão do Tribunal
resulta num despacho baseado no requerimento do MP e no acordo do arguido. É possível a
constituição de assistente, mas não intervenção das partes civis. O processo sumaríssimo tem
lugar em caso de crimes puníveis com pena de prisão não superior a 5 anos ou só com pena de
multa. O MP requer ao Tribunal que o processo sumaríssimo ocorra: sempre que o arguido assim
o solicitar ou depois de o ter ouvido e entender que no caso concreto deverá ser aplicada pena
ou medida de segurança de segurança não privativa da liberdade; sempre que o procedimento
dependa de acusação particular, o requerimento do MP depende também da concordância do
assistente, art.392º/1 e 2, do CPP.
Escutas telefónicas
A escuta telefónica é uma técnica e meio de obtenção de prova. Estas deveram restringir-se
àquilo que é estritamente necessário para a prova, dependendo da autorização judicial (artigos
187 a 190 do CPP). As escutas telefónicas fundamentam o seu carater em 3 fatores: a
sistematização da obtenção dos meios de prova; os principios inerentes aos meios de obtenção
de prova; o artigo 187 que sujeita a utilização das escutas ao principio da indispensabilidade da
descoberta da verdade e da dificuldade de obter a verdade por outra via.
Agente infiltrado
Considera-se agente infiltrado, o investigador que tenha como função atuar sob o controle da
policia judiciária, com vista, à prevenção dos crimes com a ocultação da sua identidade e da sua
qualidade como investigador.