Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Sumário
APRESENTAÇÃO...............................................................................................................3
REFERÊNCIAS...................................................................................................................94
RESUMO.............................................................................................................................95
QUESTÕES DE CONCURSO.............................................................................................96
GABARITO.........................................................................................................................129
www.grancursosonline.com.br 2
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
APRESENTAÇÃO
Olá, caro aluno, cara aluna! Eu sou Sérgio Bautzer, professor de Legislação Penal Especial
do Gran Cursos Online. Tenho mais de quinze anos de experiência na elaboração de livros,
apostilas e materiais para concursos públicos. Meu objetivo com esta aula é auxiliar você na
aprovação em concursos para carreiras públicas que exigem nível superior em Direito.
Neste material, “TOP 10”, vou abordar os principais pontos das dez leis extravagantes
que costumam ser exigidas com mais frequência em concursos públicos para as carreiras
policiais. São elas:
Ao final, apresentei cinquenta questões já aplicadas nos certames, de acordo com as leis
apresentadas, para que você fixe a matéria estudada.
Em caso de dúvida, você poderá participar da aula por meio do fórum de dúvidas do
Gran Cursos Online, o maior, melhor e mais completo curso preparatório virtual para con-
cursos públicos do país.
www.grancursosonline.com.br 3
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
O abuso de autoridade se concretiza quando o agente público atua além de sua compe-
tência legal ou com desvio de finalidade.
Todos os tipos previstos na Nova Lei de Abuso de Autoridade são dolosos. Há necessi-
dade de comprovação da finalidade específica de beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou de
ter agido por mero capricho ou satisfação pessoal.
O crime precisa ter nexo com a função pública!
Crimes na Lei de
Abuso de Autoridade Os crimes devem ter a finalidade
especifica de beneficiar a si ou a
terceiros
Finalidades específicas
www.grancursosonline.com.br 4
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Dolo eventual
Quando ficar comprovado que o agente público não queria o resultado, mas assumiu o
risco de produzi-lo, haverá dolo eventual. Fique atento, pois os tipos do artigo 25, parágrafo
único, e do artigo 30 da nova Lei somente admitem o dolo direto.
Se a representação indevida for contra Juiz, Promotor, Delegados, dentre outros agentes
públicos, não ensejará suspeição, pois ninguém pode se beneficiar diante da própria torpeza
(art. 256 do CPP).
Ainda, representações indevidas por abuso de autoridade podem configurar crime de
denunciação caluniosa (art. 339 do CP) e indenização por danos civis (art. 953 do CC).
Se for um agente público a representar indevidamente, poderá configurar infração disci-
plinar ou político-administrativa.
Sujeitos ativos
São crimes próprios. Somente podem ser praticados por agentes públicos.
Os sujeitos ativos dos crimes de abuso de autoridade são:
www.grancursosonline.com.br 5
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Sujeito passivo
Concurso de pessoas
Conforme o artigo 3º da Nova lei de Abuso de Autoridade, são crimes de ação penal pública
incondicionada, de titularidade privativa do MP. Caberá ação privada subsidiária no prazo de
seis meses, contados da data em que se esgotar o prazo para oferecimento da denúncia.
Denúncias anônimas
www.grancursosonline.com.br 6
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Efeito da condenação
Competência
Os crimes previstos na Nova Lei de Abuso de Autoridade são mais gravosos dos
que os previstos na Lei n. 4.898/1965, ocorrendo a ultratividade da lei antiga para
os fatos praticados até o final de sua vigência.
www.grancursosonline.com.br 7
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Nas figuras descritas no parágrafo único, o sujeito ativo é apenas a autoridade judiciária,
sendo, também, hipótese de crime omissivo próprio ou puro.
Prazo razoável
A lei não estipula qual seria esse prazo, porém se aplica, em caso de audiência de cus-
tódia, o prazo de 24 horas previsto no artigo 310 do CPP e, nos demais casos, o prazo de 48
horas previsto no artigo 322, parágrafo único, do CPP.
Importante: esse é um delito que pode ser cometido inclusive por autoridades parla-
mentares em CPIs.
Condução coercitiva
Prazo legal
É uma norma penal em branco. Quanto o tipo fala em “prazo legal”, está se referindo ao artigo
306 do CPP. Porém, o CPP não traz um prazo certo e determinado, usa a expressão “imediata-
mente”. O ideal, então, é concluir que a comunicação prevista no artigo 12 se dá com a remessa
do auto de prisão em flagrante, que deve ocorrer em até 24 horas após a realização da prisão.
São infrações de menor potencial ofensivo, admitindo todas as medidas despenalizado-
ras da Lei n. 9.099/1995.
www.grancursosonline.com.br 8
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
É uma modalidade especial do constrangimento ilegal previsto no artigo 146 do CP. Pode
ser cometido por qualquer agente público que exerça a custódia do preso ou detento.
Caso esse delito seja praticado contra criança ou adolescente, pelo princípio da especia-
lidade, aplica-se o artigo 232 do ECA.
Sobre o sujeito ativo, é apenas aquele agente público que detenha atribuição ou compe-
tência para presidir o interrogatório.
É crime de ação vinculada, porque exige que o sujeito passivo seja pessoa que deva
guardar segredo e que deve ser cometido mediante ameaça de prisão.
Repouso noturno
www.grancursosonline.com.br 9
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
“Inovar” é modificar algo trazendo uma novidade. Contém o elemento normativo “injusti-
ficadamente”, o que significa que a inovação deve ser feita com emprego de ardil ou fraude
material para enganar.
www.grancursosonline.com.br 10
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Divulgar gravação ou trecho de gravação sem relação com a prova que se pretenda
produzir, expondo a intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou a imagem do
investigado ou acusado – artigo 28:
O crime pode ser praticado por qualquer agente público, inclusive o aposentado que
tenha mantido consigo uma cópia da gravação que obteve antes da aposentadoria. Em prin-
cípio, o destinatário da gravação não é o autor do crime, exceto se instigou ou auxiliou o
agente na divulgação2.
Dar início ou proceder à persecução penal, civil ou administrativa sem justa causa
fundamentada ou contra quem sabe inocente – artigo 30:
Diferenciam-se os dois delitos, pelo fato de o art. 316 do Código Penal versar sobre a
exigência de vantagem indevida, enquanto que o objeto material do delito previsto no caput
do art. 33 da nova Lei de Abuso de Autoridade pode ser uma informação ou o cumprimento
de obrigação, inclusive o dever de fazer ou de não fazer3.
2
CUNHA, Rogério Sanches. Leis penais especiais: comentadas. Op. Cit.
3
LIMA, Renato Brasileiro de. Legislação criminal especial comentada. Op. Cit.
www.grancursosonline.com.br 11
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
São duas condutas cumulativas praticáveis pelo Magistrado: “decretar em processo judi-
cial a indisponibilidade excessiva” e “deixar de corrigi-la”. Ambas devem praticadas em pro-
cesso judicial (penal ou extrapenal), expressão esta que não abrange procedimentos inves-
tigatórios, como, por exemplo, um inquérito policial, uma investigação criminal presidida pelo
Ministério Público etc4.
O sujeito ativo é o agente público responsável pelas investigações. Se não o for, res-
ponderá pelos crimes dos artigos 138 e 139 do CP (calúnia e difamação) ou por infração
disciplinar.
Importante: o tipo penal em comento não impede a divulgação do trabalho de investi-
gação levado a efeito pelos órgãos persecutórios, desde que não haja atribuição de culpa
a ninguém. Portanto, afigura-se perfeitamente possível que os agentes públicos divulguem
os dados necessários para que todos saibam do que se trata a investigação, quais medidas
foram adotadas naquele dia (mandados de busca, mandados de prisão, indisponibilidade
patrimonial etc.), quais elementos de informação/provas foram coletados etc., sempre evi-
tando qualquer antecipação de culpa5.
As normas do processo penal são aplicadas aos crimes previstos na Lei de Abuso de
Autoridade.
Se o agente público for a vítima, aplica-se a regra do artigo 359 do CPP.
Aplicação subsidiária da Lei n. 9099/1995: os crimes previstos na Lei de Abuso de Auto-
ridade cuja pena não seja superior a dois anos serão considerados infração de menor potencial
ofensivo. São eles os previstos nos seguintes artigos: 12, 16, 18, 20, 27, 29, 31, 32, 33, 37 e 38.
Se os crimes previstos nessa Lei tiverem pena mínima igual ou inferior a um ano, conforme
disposto no artigo 89 da Lei n. 9.099/1995, caberá a suspensão condicional do processo. São
eles os crimes dos seguintes artigos: 9º, 10, 13, 15, 19, 21, 22, 23, 24, 25, 28, 30 e 36.
4
LIMA, Renato Brasileiro de. Legislação criminal especial comentada. Op. Cit.
5
LIMA, Renato Brasileiro de. Legislação criminal especial comentada. Op. Cit.
www.grancursosonline.com.br 12
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Para efeitos de aplicação da Lei n. 11.343/2006, será considerada droga aquela subs-
tância que estiver descrita na Portaria SVS/MS n. 344, de 12 de maio de 1998. É possível
afirmar que essa lei é uma norma penal em branco heterogênea, pois necessita de outra
norma para ter eficácia.
Tráfico privilegiado
Tráfico de drogas
Tráfico de maquinários
Porte de drogas para uso próprio
O dispositivo em comento revogou o art. 16 da Lei n. 6.368/1976, que era apenado com
pena de detenção de seis meses a dois anos.
Aquele que adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para
consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar está cometendo uma infração penal.
Desde a edição da Lei n. 11.343/2006, não se pune o usuário de drogas com pena priva-
tiva de liberdade, mas sim com as seguintes penas:
I – advertência;
II – prestação de serviços à comunidade;
III – comparecimento a curso educativo, as chamadas penas alternativas.
As duas últimas penalidades podem ter pena máxima de cinco meses, se o indivíduo for
primário, e, se reincidente, de até dez meses.
Tais penas prescrevem em dois anos, por expressa disposição do artigo 30 da Lei de
Drogas, não se aplicando a nova redação do artigo 109 do Código Penal.
www.grancursosonline.com.br 13
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Segundo o STF, não houve descriminalização, mas sim despenalização, ou seja, não se
aplicam penas privativas de liberdade ao usuário.
Para o STF, continua sendo crime, e não infração administrativa contra a saúde pública.
O crime previsto no art. 28 da Lei de Drogas será apurado mediante termo circunstan-
ciado, pois é uma infração penal de menor potencial ofensivo.
Compete aos Juizados Especiais Criminais o julgamento das infrações penais de menor
potencial ofensivo.
Se não for possível o encaminhamento do usuário ao Juizado, ele assinará termo de
compromisso de comparecimento e será liberado, mesmo em caso de recusa de assinatura.
Há a possibilidade de transação penal no Juizado.
Não é aplicável o princípio da insignificância.
Você também não pode confundir a internação prevista na Lei de Drogas com
medida de segurança chamada internação hospitalar, que é uma espécie de sanção
penal e está prevista na Lei de Drogas.
www.grancursosonline.com.br 14
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
TRÁFICO DE DROGAS
Você deve memorizar que se trata de um delito que se caracteriza por ser misto
alternativo, ou seja, a pessoa responderá por um crime, ainda que o agente pratique
mais de uma das ações.
Ainda com relação ao tráfico, mesmo ausente a intenção de lucro com a alienação do entor-
pecente, pode ocorrer a imputação penal por tráfico, que não contém tal elementar em seu tipo.
Em determinadas condutas, será possível a figura tentada, por exemplo, vender. Porém,
em algumas outras, como expor à venda, não será possível a tentativa.
No que tange ao verbo “prescrever”, tratado no artigo que acabamos de ver, afirma‑se
que se trata de um crime próprio, ou seja, apenas médico ou dentistas poderiam cometê‑lo.
O tráfico de drogas é um crime permanente. Assim, em algumas condutas referentes ao
tráfico ilícito de substância entorpecente em que o agente tem em depósito ou guarda con-
sigo entorpecente para comercialização, é possível a autuação do agente em flagrante e a
qualquer tempo, pois, nessa hipótese, a consumação do delito prolonga‑se no tempo, depen-
dendo da vontade do agente.
Por fim, o princípio da insignificância também não se aplica ao tráfico de drogas.
www.grancursosonline.com.br 15
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
O art. 10 do Pacote Anticrime introduziu no sistema processual penal a figura do agente de po-
lícia disfarçado:
Art. 33, § 1º, IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico desti-
nado à preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou
regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de
conduta criminal preexistente.
Tal meio de investigação tem o condão de afastar a incidência da Súmula 145 do STF, a
qual dispõe que é crime impossível quando há o flagrante preparado ou provocado.
Fornecer Importar
Ministrar Remeter
Prescrever Preparar
Transportar Adquirir
www.grancursosonline.com.br 16
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
É o que prevê o artigo 33, § 1º, inciso III, da Lei de Drogas. Segundo o dispositivo, são
figuras assemelhadas ao tráfico utilizar local ou bem de qualquer natureza de que tem a pro-
priedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se uti-
lize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas.
Para que haja a configuração do crime em estudo, a pessoa proprietária de um imóvel
deve consentir que nele trafiquem drogas, pois, se houver o consentimento para que se con-
sumam substâncias entorpecentes nesse ambiente, restará configurado outro crime.
O local pode ser imóvel ou móvel: embarcação, veículo, aeronave. Não há necessidade
de o agente ser o dono do local utilizado para o tráfico, bastando que tenha a posse ou sim-
ples administração, guarda ou vigilância da droga (crime autônomo).
É o crime previsto no artigo 33, § 2º, da Lei de Drogas, que dispõe ser crime induzir, ins-
tigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga.
Marcha da Maconha
O crime previsto no art. 33, § 3º, da Lei n. 11.343/2006 não é um delito equiparado ao
hediondo. Também não é um crime de tráfico. É uma infração de menor potencial ofensivo,
tendo em vista que a pena máxima não ultrapassa dois anos. Dessa forma, será julgado pelo
Juizado Especial Criminal.
Para se configurar o crime em estudo, devem estar presentes os seguintes requisitos:
1) o consumo da droga deve ser conjunto;
2) o consumo deve ser com pessoa de seu relacionamento;
3) a oferta da droga deve ser gratuita e eventual.
www.grancursosonline.com.br 17
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Se a pessoa que ofereceu a droga tiver intuito de lucro, restará configurado o delito de
tráfico. Do mesmo modo, se o oferecimento se der de maneira reiterada, haverá a conduta
de tráfico de drogas.
Você deve memorizar que tal modalidade não é crime equiparado ao hediondo.
Rege a norma em estudo:
§ 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto
a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja primário,
de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa.
É uma novidade no ordenamento jurídico. Quando o traficante for primário, de bons ante-
cedentes, não se dedicar a atividades criminosas nem pertencer a organizações criminosas,
ele poderá receber o benefício de redução de pena previsto no art. 33, § 4º, da Lei de Drogas.
Vale ressaltar que o magistrado, ao conceder o benefício em tela, deverá se ater à quan-
tidade de drogas apreendida
TRÁFICO DE MAQUINÁRIO
Trata-se de um crime subsidiário, que será usado caso o operador do direito não consiga
fazer a adequação típica em outro dispositivo da Lei de Drogas.
Se houver a apreensão de droga, o agente responderá apenas pelo crime de tráfico.
Pressupõe a associação de, no mínimo, duas pessoas para a prática dos crimes de trá-
fico de drogas e equiparados. É um crime de concurso necessário, de condutas paralelas,
porque os envolvidos se auxiliam na prática do delito.
Cumpre ressaltar que, havendo associação para o tráfico e o crime de tráfico de drogas,
ocorrerá concurso material das infrações, somando‑se as penas.
Assim, pode‑se afirmar que a associação para o tráfico é um delito autônomo.
Aquele que financia ou custeia a prática de qualquer dos crimes previstos nos art. 33,
caput e § 1º, e 34 desta lei praticará o delito de financiamento e custeio de drogas. A conduta
pressupõe investimentos de maneira reiterada e contumaz no tráfico de drogas.
www.grancursosonline.com.br 18
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
O art. 37 dispõe sobre o delito de quem colabora como informante com grupo, organiza-
ção ou associação destinados à prática de qualquer dos crimes previstos nos art. 33, caput
e § 1º, e 34 dessa lei.
Um exemplo típico desse artigo: figura do “fogueteiro” ou “falcão”, encontrado, geral-
mente, em comunidades, cuja atividade é avisar aos traficantes sobre a incursão da polícia
no local onde acontece o tráfico de drogas. Caso tal indivíduo venha a informar apenas um
traficante, sustentamos que responderá como partícipe no delito de tráfico.
www.grancursosonline.com.br 19
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Você deve ficar atento a esse tópico, pois é um dos mais exigidos nos certa-
mes públicos.
Com relação ao inciso VI do artigo 40, devemos nos reportar ao art. 243 do Estatuto da
Criança e do Adolescente. Tendo em vista a especialidade da Lei de Drogas, só será aplicado
o art. 243 do ECA quando não se tratar de substâncias entorpecentes, por exemplo, venda
de cola de sapateiro, solventes em geral e bebida alcoólica.
www.grancursosonline.com.br 20
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Requisitos:
LIBERDADE PROVISÓRIA
A destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia competente no prazo
de 15 (quinze) dias na presença do Ministério Público e da autoridade sanitária. O local será
vistoriado antes e depois de efetivada a destruição das drogas, sendo lavrado autocircuns-
tanciado pelo delegado de polícia, certificando-se, nesse, a destruição total delas.
A destruição de drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante será feita
por incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contado da data da apreensão, guar-
dando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo, aplicando-se, no que couber,
o procedimento anterior.
www.grancursosonline.com.br 21
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
ENTREGA VIGIADA
A entrega vigiada pode ser definida como uma técnica de investigação pela qual a autori-
dade judicial permite que um carregamento de drogas enviado ocultamente em qualquer tipo
de transporte possa chegar ao seu destino sem ser interceptado, a fim de se poder identificar
o remetente, o destinatário e os demais participantes dessa manobra criminosa.
Entre as inovações trazidas pela lei ora estudada, destaca‑se a possibilidade de não atua-
ção policial sobre os portadores de produtos, substâncias ou drogas ilícitas que se encontrem
em território brasileiro, com a finalidade de identificar e responsabilizar o maior número de inte-
grantes de operações de tráfico e distribuição de drogas, sem prejuízo da ação penal cabível.
Com o advento do Pacote Anticrime, foi inserida no sistema processual penal a figura do
agente policial disfarçado, tanto na Lei de Drogas como no Estatuto do Desarmamento.
O art. 10 do Pacote Anticrime alterou o art. 33 da Lei de Drogas:
www.grancursosonline.com.br 22
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Art. 10. O § 1º do art. 33 da Lei n. 11.343, de 23 de agosto de 2006, passa a vigorar acrescido do
seguinte inciso IV:
“Art. 33, § 1º, IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico desti-
nado à preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou
regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis
de conduta criminal preexistente”.
É possível que o Delegado de Polícia, numa investigação policial, use agentes de polícia dis-
farçados de usuários ou de associados para o tráfico para a compra de drogas, matéria-prima,
insumo ou produto químico destinado à preparação ou produção de substância entorpecente.
Para que não haja a incidência da Súmula 145 do STF, deve haver no inquérito policial
elemento de informação que denote a conduta criminosa preexistente do investigado.
COMPETÊNCIA
Nos termos do art. 109, V, da CF, são julgados pela Justiça Federal os crimes previstos
em Tratado ou Convenção Internacional, quando, iniciada a execução no país, o resultado
tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente.
Assim, podemos concluir que o tráfico internacional de drogas é de competência da Jus-
tiça Federal, enquanto o tráfico interestadual é julgado na esfera estadual.
CONFISCO
www.grancursosonline.com.br 23
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Vamos estudar a Lei n. 7.210/1984 com todas as alterações recentes, incluindo o Pacote
Anticrime, que reformulou toda a sistemática de progressão de regimes, trouxe novas regras
para o regime disciplinar diferenciado (RDD), inseriu como falta grave a recusa a submeter-
-se à identificação do perfil genético, entre outras alterações importantes. Por isso, esta aula
é IMPORTANTÍSSIMA!
Pelo art. 1º da Lei de Execução Penal (LEP), a execução penal tem por objetivo efetivar
as disposições da sentença ou decisão judicial criminal e proporcionar condições para a har-
mônica integração social do condenado e do internado.
Em concursos públicos, é recorrente a cobrança sobre a natureza jurídica da execução
penal. Na doutrina, há consenso no sentido de que a execução penal tem natureza predo-
minantemente jurisdicional, na medida em que seu objetivo precípuo é efetivar as disposi-
ções de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração
social do condenado ou do internado.
Personalidade ou
intranscendência da pena
Legalidade ou anterioridade
lndl11idualização da pena
Ressocialização ou reintegração
do condenado Humanízaçlio da pena - dever de
Indenizar do Estado
www.grancursosonline.com.br 24
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Procedimento judicial
Exame criminológico
www.grancursosonline.com.br 25
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
O art. 9º-A da Lei de Execução Penal foi incluído em 2012 para disciplinar o procedi-
mento de identificação do perfil genético de presos condenados por crime hediondo ou por
qualquer crime doloso com violência ou grave ameaça, para fins de inclusão em banco de
dados sigiloso.
Atenção! Cabe ressaltar que o Pacote Anticrime trouxe novas disposições à LEP no que
se refere à identificação criminal, entre as quais ressaltamos que constitui falta grave a
recusa do condenado em submeter-se ao procedimento de identificação do perfil genético,
nos termos do § 8º do art. 9º-A.
Também estabeleceu expressamente o direito da defesa e do próprio titular do dado de
perfil genético, o acesso às informações pessoais constantes do banco de dados, bem
como a todos os documentos da cadeia de custódia que produziram seus dados de perfil
genético (art. 9º-A, § 3º, da LEP).
Por fim, outra inovação importante trazida pelo Pacote Anticrime: o prazo-limite para a
manutenção dos dados de perfil genético de uma pessoa no banco de dados é de 20 (vinte)
anos, decorridos a partir do término do cumprimento da pena (art. 7º-A da Lei n. 12.037/2009).
A exclusão do banco de dados depende de requerimento de interessado.
Assistência
www.grancursosonline.com.br 26
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Trabalho
Você deve memorizar, em primeiro lugar, que o trabalho é considerado pela LEP como
dever social e condição de dignidade humana (art. 28 da LEP). Tendo em vista que o trabalho
é uma das formas de remição da pena, muitos presos reivindicam esse direito, e os estabe-
lecimentos prisionais têm muita dificuldade em atender a essa demanda.
Trabalho interno
A jornada de trabalho não será inferior a seis nem superior a oito horas, com descanso
aos domingos e feriados (LEP, art. 33). Pode haver horário especial no caso de atividades de
manutenção do próprio estabelecimento prisional.
Fundação ou empresa pública poderá gerenciar o trabalho, tendo por objetivo a forma-
ção profissional do condenado. A entidade gerenciadora deve promover e supervisionar o
trabalho dos presos, bem como comercializar os produtos e providenciar o pagamento da
remuneração por esse trabalho.
www.grancursosonline.com.br 27
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Trabalho externo
No caso de presos em regime fechado, o trabalho externo deve ser realizado em serviço
ou obras públicas, por órgãos da Administração direta ou indireta, ou entidades privadas,
desde que tomadas as cautelas contra a fuga (art. 36 da LEP).
Pegadinhas da banca! Os seguintes detalhes sobre o trabalho externo costumam ser
cobrados em provas:
• Será admissível apenas em serviços e obras públicas para os presos em regime fechado;
• A prestação de trabalho a entidade privada depende de consentimento expresso do preso;
• É autorizado pelo diretor do estabelecimento prisional;
• Requisitos: aptidão, disciplina e responsabilidade (subjetivos) e o cumprimento de 1/6
da pena (objetivo).
• Revogação: em caso de prática de fato definido como crime ou de falta grave ou se o
comportamento do preso for contrário aos requisitos subjetivos.
Deveres e direitos
www.grancursosonline.com.br 28
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Disciplina
Respire fundo, porque estamos adentrando um dos assuntos mais importantes da aula,
ao lado da progressão de regime.
A função disciplinar no âmbito dos estabelecimentos deve ser exercida com observância
das seguintes normas proibitivas:
Art. 45. Não haverá falta nem sanção disciplinar sem expressa e anterior previsão legal ou re-
gulamentar.
§ 1º As sanções não poderão colocar em perigo a integridade física e moral do condenado.
§ 2º É vedado o emprego de cela escura.
§ 3º São vedadas as sanções coletivas.
www.grancursosonline.com.br 29
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Atenção! O condenado ou o preso provisório devem ser cientificados das normas dis-
ciplinares (art. 46 da LEP). Isso porque, como vimos, eles têm deveres a serem cumpridos,
bem como direitos a serem preservados. E a lei dá instrumentos para que eles possam exer-
cê-los diretamente, a exemplo do direito de representação e petição a qualquer autoridade
(art. 41, XIV, da LEP). Assim como devem manter conduta oposta aos movimentos de fuga
ou subversão à ordem. Depois, não poderão alegar que não sabiam de seus deveres.
Pegadinha da banca! As faltas disciplinares devem ser punidas tanto na forma ten-
tada quanto na consumada com a mesma sanção. É o que dispõe o art. 49, parágrafo
único. É uma pegadinha que pode aparecer em prova.
Para concluir a introdução, vale ressaltar que a disciplina interna dos estabelecimentos
prisionais também comporta recompensas por bom comportamento carcerário. São espé-
cies de recompensas: o elogio e a concessão de regalias (art. 56, I e II, da LEP). A legislação
estadual e os respectivos regulamentos da administração penitenciária deverão disciplinar a
forma de concessão das regalias (art. 56, parágrafo único).
Falta grave
As hipóteses de falta grave vêm descritas no art. 50, I a VIII (falta grave no cumprimento
de pena privativa de liberdade), e no art. 51, I a III, da LEP (falta grave no cumprimento de
pena restritiva de direitos). Há ainda falta grave descrita no art. 52 da LEP, que se refere à
prática de crime doloso. Por ora, gostaria de chamar a sua atenção para dois aspectos.
O primeiro é que o rol do art. 50 da LEP é considerado taxativo pela jurisprudência. As
hipóteses podem ser classificadas como tipos penais abertos.
O segundo aspecto é que o Pacote Anticrime inseriu o inciso VIII ao art. 50, que define
como falta grave a recusa em submeter-se ao procedimento de identificação criminal
de perfil genético, para inclusão em banco de dados sigiloso, conforme já estudamos em
tópico apropriado, em que levantamos a existência de debate em curso quanto à constitucio-
nalidade do procedimento.
As normas do artigo 50 da LEP também se aplicam ao preso provisório.
Você deve memorizar ainda as hipóteses de falta grave específicas aos que tiveram a
pena privativa de liberdade substituída ou convertida em pena restritiva de direitos:
Art. 51. Comete falta grave o condenado à pena restritiva de direitos que:
I – descumprir, injustificadamente, a restrição imposta;
II – retardar, injustificadamente, o cumprimento da obrigação imposta;
III – inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei.
www.grancursosonline.com.br 30
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
A principal consequência da prática de fato que caracteriza falta disciplinar, qualquer que
seja a sua gravidade, é a aplicação das sanções disciplinares. Além da aplicação de san-
ções, a prática da falta grave terá consequências distintas a depender da espécie de pena
que o agente está cumprindo, ou se está cumprindo a pena no exercício de algum dos bene-
fícios de execução penal, a exemplo do livramento condicional ou do sursis.
Assim sendo, se o condenado praticar falta grave no curso do cumprimento da pena
restritiva de direitos, esta será hipótese de conversão da pena restritiva de direitos em pri-
vativa de liberdade, nos termos do art. 189, § 1º, “d”, da LEP.
No caso de cumprimento da pena privativa de liberdade, a prática da falta grave acar-
reta como consequências: a regressão de regime, a interrupção da contagem de tempo para
a obtenção de alguns benefícios, a exemplo da progressão de regime, bem como a perda de
até 1/3 (um terço) dos dias remidos.
www.grancursosonline.com.br 31
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Sanções disciplinares
O art. 53 da LEP estabelece quais são as espécies de sanção disciplinar cabíveis, o que
deve ser observado pelas legislações locais naquilo que lhes competir:
www.grancursosonline.com.br 32
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Súmula 533-STJ. Para o reconhecimento da prática de falta disciplinar no âmbito da execução pe-
nal, é imprescindível a instauração de procedimento administrativo pelo diretor do estabelecimento
prisional, assegurado o direito de defesa, a ser realizado por advogado constituído ou defensor
público nomeado.
www.grancursosonline.com.br 33
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Porém, nesses casos, a decisão que reconhece a prática de falta grave disciplinar deverá
ser desconstituída diante das hipóteses de arquivamento de inquérito policial ou de poste-
rior absolvição na esfera penal, por inexistência do fato ou negativa de autoria, tendo em vista
a atipicidade da conduta (HC n. 524.396/SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, 5ª T., j.
em 15/10/2019, DJe 22/10/2019).
Apesar das polêmicas levantadas por parte da doutrina, prevalece na jurisprudência dos
Tribunais Superiores a constitucionalidade da medida com fundamento no princípio da pro-
porcionalidade, analisado contra o condenado e em prol do interesse público, haja vista que a
prática de crime doloso durante a execução penal é conduta grave e que viola o cumprimento
dos deveres do preso, devendo ser submetida à disciplina interna do estabelecimento prisional,
sem prejuízo da apuração do fato em processo penal. A efetividade foi outro aspecto ressaltado
pelos Tribunais como fator de promoção da segurança no interior dos estabelecimentos penais.
Você deve ainda se lembrar de que a inclusão em RDD do condenado comprovadamente fal-
toso é medida de caráter disciplinar, e não dispensa o processo penal para apurar a infração penal
correspondente. Isso porque a responsabilidade penal e a administrativa são independentes.
As regras do RDD foram inteiramente reformuladas com o Pacote Anticrime. O prazo
máximo de permanência no RDD aumentou para dois anos (no caso de RDD fundado na
prática de fato tipificado como crime doloso), as regras de visita ficaram ainda mais restritas,
assim como aumentou a vigilância sobre o banho de sol. Ainda, foram incluídas novas hipó-
teses de inclusão em RDD para o preso provisório. Então, preste bastante atenção, porque
quase tudo é novidade em matéria de RDD.
Cabimento: conforme art. 52, caput, cabe RDD quando for constatada:
Ou seja, pelo art. 52, caput, a prática de crime doloso configura falta grave. Porém, se
ocasionar a subversão da ordem ou disciplina internas, o que dependerá de um juízo de valor
da autoridade competente, a sanção disciplinar para essa falta grave será a inclusão em RDD.
Há ainda as hipóteses de cabimento descritas no art. 52, § 1º, que são específicas para
o preso provisório:
www.grancursosonline.com.br 34
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
www.grancursosonline.com.br 35
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Órgãos da Execução
Juízo da Execução: é indicado pela lei de organização judiciária do estado. A lei fala “lei local”,
mas não confunda com o “interesse local” da CF para se referir à competência dos Municípios.
A própria CF atribui aos estados a competência para legislar sobre organização judiciária. Então,
quando a LEP fala em “lei local”, está se referindo à lei de organização judiciária dos estados.
www.grancursosonline.com.br 36
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
I – aplicar aos casos julgados lei posterior que de qualquer modo favorecer o
condenado;
II – declarar extinta a punibilidade;
III – decidir sobre:
a) soma ou unificação de penas;
b) progressão ou regressão nos regimes;
c) detração e remição da pena;
d) suspensão condicional da pena;
e) livramento condicional;
f) incidentes da execução.
IV – autorizar saídas temporárias;
V – determinar:
a) a forma de cumprimento da pena restritiva de direitos e fiscalizar sua execução;
b) a conversão da pena restritiva de direitos e de multa em privativa de liberdade;
c) a conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos;
d) a aplicação da medida de segurança, bem como a substituição da pena por
medida de segurança;
e) a revogação da medida de segurança;
f) a desinternação e o restabelecimento da situação anterior;
g) o cumprimento de pena ou medida de segurança em outra comarca;
h) a remoção do condenado na hipótese prevista no § 1º, do artigo 86, desta Lei.
VI – zelar pelo correto cumprimento da pena e da medida de segurança;
VII – inspecionar, mensalmente, os estabelecimentos penais, tomando providên-
cias para o adequado funcionamento e promovendo, quando for o caso, a apuração de
responsabilidade;
VIII – interditar, no todo ou em parte, estabelecimento penal que estiver funcio-
nando em condições inadequadas ou com infringência aos dispositivos desta Lei;
IX – compor e instalar o Conselho da Comunidade.
X – emitir anualmente atestado de pena a cumprir.
www.grancursosonline.com.br 37
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
www.grancursosonline.com.br 38
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
I – acompanhar a fiel aplicação das normas de execução penal em todo o Território Nacional;
II – inspecionar e fiscalizar periodicamente os estabelecimentos e serviços penais;
III – assistir tecnicamente as Unidades Federativas na implementação dos princípios e re-
gras estabelecidos nesta Lei;
IV – colaborar com as Unidades Federativas mediante convênios, na implantação de esta-
belecimentos e serviços penais;
V – colaborar com as Unidades Federativas para a realização de cursos de formação de pes-
soal penitenciário e de ensino profissionalizante do condenado e do internado.
VI – estabelecer, mediante convênios com as unidades federativas, o cadastro nacional das
vagas existentes em estabelecimentos locais destinadas ao cumprimento de penas privati-
vas de liberdade aplicadas pela justiça de outra unidade federativa, em especial para presos
sujeitos a regime disciplinar.
VII – acompanhar a execução da pena das mulheres beneficiadas pela progressão especial
de que trata o § 3º do art. 112 desta Lei, monitorando sua integração social e a ocorrência
de reincidência, específica ou não, mediante a realização de avaliações periódicas e de es-
tatísticas criminais.
§ 1º Incumbem também ao Departamento a coordenação e supervisão dos estabelecimen-
tos penais e de internamento federais.
§ 2º Os resultados obtidos por meio do monitoramento e das avaliações periódicas previs-
tas no inciso VII do caput deste artigo serão utilizados para, em função da efetividade da
progressão especial para a ressocialização das mulheres de que trata o § 3º do art. 112 des-
ta Lei, avaliar eventual desnecessidade do regime fechado de cumprimento de pena para
essas mulheres nos casos de crimes cometidos sem violência ou grave ameaça.
Tenha especial atenção ao disposto sobre a progressão especial para mulheres porque
foram alterações legislativas introduzidas em 2018.
Departamento Penitenciário Local: pode ser criado no âmbito de cada Estado-membro.
O regime inicial de cumprimento de pena deverá sempre ser definido de acordo com a quan-
tidade de pena estabelecida na sentença, seguindo o princípio da individualização da pena.
www.grancursosonline.com.br 39
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Progressão de regime
De acordo com o art. 33, § 2º, do Código Penal combinado com o art. 112, caput, da LEP,
o cumprimento da pena deve se dar de forma progressiva, ou seja, do regime mais gravoso
para o menos gravoso. Além disso, ao longo de todo o cumprimento da pena, as medidas
para manter a ordem e a disciplina devem ser conjugadas com outras que permitam a rein-
tegração do preso ao convívio social, objetivando a retomada dos seus laços sociais e,
preferencialmente, com mais condições de obter emprego.
Requisitos para a progressão de regime: são classificados pela doutrina em requisitos
subjetivos (bom comportamento) e objetivos (regras referentes ao tempo de cumprimento de
pena exigido).
Requisitos subjetivos: de acordo com o art. 112, § 1º, o apenado só terá direito à pro-
gressão de regime se ostentar boa conduta carcerária, comprovada pelo diretor do estabe-
lecimento. O Pacote Anticrime inseriu como ressalva a essa regra o respeito às normas que
vedam a progressão. Ocorre que a jurisprudência tem se firmado nos últimos anos de modo a
compreender a progressão de regimes como um direito, não permitindo vedação em abstrato
à progressão. Inclusive o art. 2º, § 1º, da Lei n. 8.072/1990 já foi declarado inconstitucional
por duas vezes, tanto em sua redação original (por vedar a progressão em absoluto) quanto
na atualmente vigente (por impor o regime inicial fechado em abstrato), conforme revisamos
no tópico anterior. Vamos ficar atentos a como a jurisprudência vai interpretar a nova redação
do art. 112, § 1º, da LEP após o Pacote Anticrime.
Requisitos objetivos: são as regras dos incisos I a VIII do caput do art. 112, que esta-
belece como critério o tempo de cumprimento de pena em função da natureza da infração
cometida, como detalharemos a seguir. Você vai ter de memorizar o quadro do art. 112 e
tê-lo “na ponta da língua”, porque ele fatalmente será cobrado em prova. O Pacote Anticrime
reformulou toda a sistemática. Antes era por fração de cumprimento de pena, agora é por
percentual. Quanto à natureza da infração, os critérios eram mais simples, agora a regra
ficou mais complexa. Apesar disso, não se fixe na ideia de que isso veio para dificultar o seu
estudo. Reflita sobre o sentido dessa reformulação. De um lado, essa regra buscou refinar
os critérios para atender à proporcionalidade que se espera das leis penais; de outro, tem
seguido uma tendência de imprimir maior rigor na repressão aos crimes graves, tais como
crimes hediondos e organização criminosa, o que enseja severas críticas criminológicas, no
sentido de que não contribui para a prevenção ao crime. Essas críticas devem ser estuda-
das na matéria de Criminologia. Aqui só estamos pontuando que as mudanças legislativas
operadas pelo Pacote Anticrime ocorrem dentro de um contexto, para que você compreenda
melhor as motivações do legislador e isso facilite a sua memorização. Agora, vamos compre-
ender os critérios da Lei de Execução Penal.
www.grancursosonline.com.br 40
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Quanto à natureza da infração, a LEP adota as seguintes categorias, que variam con-
forme a gravidade do crime:
Quanto à pessoa do condenado, a LEP adota como categorias: apenado primário e ape-
nado reincidente. Ou seja, será exigido tempo maior de cumprimento de pena do reincidente.
Os requisitos objetivos de progressão resultam da combinação desses critérios, de modo
que o tempo de cumprimento de pena como exigência para a progressão de regime aumen-
tará conforme aumenta a gravidade da infração penal praticada, diferenciando-se ainda para
o condenado primário e o reincidente.
Agora vamos colocar os números. Não há uma razão constante para o aumento do
tempo exigido em cada categoria, mas não está difícil de decorar. O legislador partiu de 16%
e chegou até 70% (16%, 20%, 25%, 30%, 40%, 50%, 60%, 70%).
Atenção! O Pacote Anticrime inseriu dispositivo específico no art. 112, § 5º, da LEP para
estabelecer que o crime de tráfico privilegiado (art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006) não é
considerado hediondo para os fins da regra de progressão.
Por fim, observe que, junto com essas regras de progressão de regime, o legislador
inseriu hipóteses de vedação do livramento condicional quando a condenação for por crime
hediondo com resultado morte. Sendo assim:
→ É vedado o livramento condicional se a condenação for por crime hediondo com resultado mor-
te, seja o réu primário ou reincidente.
No caso de mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas
com deficiência, os critérios de progressão de regime poderão ser menos rigorosos (1/8 de
cumprimento de pena), se cumpridos os seguintes requisitos cumulativos, conforme art. 112,
§ 3º, da LEP:
www.grancursosonline.com.br 41
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Esse benefício será revogado se praticado novo crime doloso ou falta grave (art. 112, §
4º, da LEP).
Regime semiaberto
Regime aberto
Os requisitos para ingressar em regime aberto são os estabelecidos pelo art. 114 da LEP.
Assim, somente poderá ingressar no regime aberto o condenado que:
Prisão domiciliar
Regressão de regime
www.grancursosonline.com.br 42
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a trans-
ferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado:
I – praticar fato definido como crime doloso ou falta grave;
II – sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução,
torne incabível o regime (artigo 111).
§ 1º O condenado será transferido do regime aberto se, além das hipóteses referidas nos incisos
anteriores, frustrar os fins da execução ou não pagar, podendo, a multa cumulativamente imposta.
§ 2º Nas hipóteses do inciso I e do parágrafo anterior, deverá ser ouvido previamente o condenado.
Atenção! Novidade do Pacote Anticrime: não terá direito à saída temporária a que se
refere o caput do art. 122 o condenado que cumpre pena por praticar crime hediondo com
resultado morte (LEP, art. 122, § 2º)
Remição de pena
De acordo com o art. 126 da LEP, tem direito à remição de pena o condenado que cumpre
a pena em regime fechado ou semiaberto por motivo de trabalho ou estudo, em proporção
definida no § 1º.
www.grancursosonline.com.br 43
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Cabimento: apesar de o caput dar a entender que a remição só é possível aos presos
que cumprem pena em regime fechado ou semiaberto, o § 6º traz disposição que nos permite
inferir que o preso em regime aberto pode remir a pena pelo estudo.
STJ, Súmula 341. A frequência a curso de ensino formal é causa de remição de parte do tempo
de execução de pena sob regime fechado ou semiaberto.
Ainda no que se refere aos beneficiários da remição da pena, o art. 126, § 7º, estabelece
que a remição se aplica nas hipóteses de prisão cautelar. Ou seja, os presos provisórios, se
trabalham ou estudam, podem futuramente, em caso de condenação, solicitar a remição,
assim como têm direito à detração (art. 42 do CP e art. 111 da LEP).
Livramento condicional
Cabimento: as hipóteses de cabimento estão no art. 83, caput, do Código Penal. O Juiz
poderá conceder livramento a condenado a pena privativa de liberdade igual ou superior a
dois anos (se for inferior a dois anos, poderá haver suspensão condicional da pena).
É importante você lembrar a hipótese de vedação do livramento introduzida com o Pacote
Anticrime, ao tratar da sistemática de progressão de regime: ficou vedada a concessão de
livramento nos casos de crime hediondo com resultado morte (art. 112, VI, “a”, e VIII).
Requisitos: você deve estudar os requisitos na matéria de Direito Penal – Parte Geral,
mas vamos aproveitar a oportunidade para revisar, inclusive porque as regras do livramento
sofreram mudanças com o Pacote Anticrime.
Art. 83. O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de liberdade
igual ou superior a 2 anos, desde que:
I – cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso e
tiver bons antecedentes;
II – cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso;
III – comprovado:
a) bom comportamento durante a execução da pena;
b) não cometimento de falta grave nos últimos 12 meses;
c) bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído; e
d) aptidão para prover a própria subsistência mediante trabalho honesto; (alíneas incluídas pela
Lei n. 13.964, de 2019)
IV – tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pela infração;
V – cumpridos mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo,
prática de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, tráfico de pessoas e terroris-
mo, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza. (Incluído pela Lei n.
13.344, de 2016)
Parágrafo único. Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave ame-
aça à pessoa, a concessão do livramento ficará também subordinada à constatação de condições
pessoais que façam presumir que o liberado não voltará a delinquir (destaques nossos).
www.grancursosonline.com.br 44
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Condições: devem ser especificadas pelo Juiz no ato de concessão do livramento. O art.
132 determina as condições obrigatórias que o Juiz deve impor ao condenado. O descumpri-
mento das condições é uma das causas de revogação do benefício, como veremos adiante.
Monitoração eletrônica
www.grancursosonline.com.br 45
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Como você já sabe do seu estudo de Direito Penal – Parte Geral, as penas restritivas de
direito (PRD) são aplicadas em substituição à pena privativa de liberdade quando:
As espécies são aquelas do art. 43: prestação pecuniária; perda de bens e valores; pres-
tação de serviços à comunidade ou a entidades públicas; interdição temporária de direitos e
limitação de fim de semana.
Revogação facultativa
§ 1º A suspensão poderá ser revogada se o condenado descumpre qualquer outra condição im-
posta ou é irrecorrivelmente condenado, por crime culposo ou por contravenção, a pena privativa
de liberdade ou restritiva de direitos.
www.grancursosonline.com.br 46
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
§ 2º Se o beneficiário está sendo processado por outro crime ou contravenção, considera-se pror-
rogado o prazo da suspensão até o julgamento definitivo.
§ 3º Quando facultativa a revogação, o juiz pode, ao invés de decretá-la, prorrogar o período de
prova até o máximo, se este não foi o fixado.
A execução da pena de multa deve ser requerida pelo Ministério Público ao juízo da exe-
cução, após o trânsito em julgado da sentença. O condenado será citado para pagar a multa
em dez dias ou nomear bens à penhora (art. 164 da LEP).
O Pacote Anticrime deu nova redação ao art. 51 do Código Penal, esclarecendo que a
execução deve ocorrer perante o juízo da execução penal.
Art. 51. Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será executada perante o juiz
da execução penal e será considerada dívida de valor, aplicáveis as normas relativas à dívida
ativa da Fazenda Pública, inclusive no que concerne às causas interruptivas e suspensivas da
prescrição (destaques nossos).
A nova redação do art. 51 do Código Penal não trata de hipótese de inércia do Ministério Público
e o Pacote Anticrime não alterou a Lei de Execução Penal para prever tal hipótese, mas vale res-
saltar que a tese fixada em jurisprudência do STF teve seus efeitos modulados temporalmente em
sede de embargos de declaração dentro do julgamento da referida ADI, no seguinte sentido:
Como você já sabe, o Pacote Anticrime disciplinou o acordo de não persecução penal,
que até então era objeto tão somente de ato normativo do Conselho Nacional do Ministério
Público. Então, você já sabe que o Pacote Anticrime alterou o Código Penal para estabelecer
que o acordo de não persecução penal é causa suspensiva do prazo prescricional (CP, art.
116, IV), ou seja, enquanto perdura o período de prova, não corre a prescrição. Além disso,
inseriu o art. 28-A no Código de Processo Penal para disciplinar as hipóteses de cabimento,
o procedimento, as consequências do descumprimento etc.
No estudo da execução, o importante para nós está no art. 28-A, § 6º, do CPP, que atribui
ao juízo da execução a competência para a execução do acordo de não persecução penal,
nos seguintes termos:
Art. 28-A, § 6º. Homologado judicialmente o acordo de não persecução penal, o juiz devolverá os
autos ao Ministério Público para que inicie sua execução perante o juízo da execução penal.
www.grancursosonline.com.br 47
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Como você pode ver, o juízo que homologa o acordo não é o mesmo que será compe-
tente para determinar o início de sua execução e seus desdobramentos. O CPP, no § 13 do
art. 28-A, estabelece ainda que, cumprido integralmente o acordo, o juízo competente decre-
tará a extinção de punibilidade. Embora a lei não tenha sido expressa, podemos inferir que o
juízo competente para declarar a extinção da punibilidade será o juízo da execução, que tem
competência para essa finalidade nos termos do art. 66, II da LEP.
STJ, Súmula 527. O tempo de duração da medida de segurança não deve ultrapassar o limite
máximo da pena abstratamente cominada ao delito praticado.
I – a autoridade administrativa, até 1 (um) mês antes de expirar o prazo de duração mínima da
medida, remeterá ao Juiz minucioso relatório que o habilite a resolver sobre a revogação ou per-
manência da medida;
II – o relatório será instruído com o laudo psiquiátrico;
III – juntado aos autos o relatório ou realizadas as diligências, serão ouvidos, sucessivamente, o
Ministério Público e o curador ou defensor, no prazo de 3 (três) dias para cada um;
IV – o Juiz nomeará curador ou defensor para o agente que não o tiver;
V – o Juiz, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, poderá determinar novas diligên-
cias, ainda que expirado o prazo de duração mínima da medida de segurança;
VI – ouvidas as partes ou realizadas as diligências a que se refere o inciso anterior, o Juiz proferirá
a sua decisão, no prazo de 5 (cinco) dias.
www.grancursosonline.com.br 48
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
CONCEITOS IMPORTANTES
6
LIMA, Renato Brasileiro de. Legislação criminal especial comentada. Op. Cit.
www.grancursosonline.com.br 49
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
REQUISITOS DA INTERCEPTAÇÃO
PRINCÍPIO DA SERENDIPIDADE
A interceptação será válida aos novos crimes, desde que sejam conexos com o seu crime
objeto. É o chamado princípio da serendipidade, “encontro fortuito”, ou crime achado.
Não é possível a interceptação telefônica em crime punido com pena privativa de liber-
dade de detenção, salvo se tal delito for conexo com outro punido com reclusão. Ainda
assim, a interceptação será deferida pelo Magistrado com base na necessidade demons-
trada em evidências de delito punido com reclusão, sendo a investigação de eventual delito
punido com detenção mero desdobramento (serendipidade).
DENÚNCIA ANÔNIMA
Não é possível uma investigação se iniciar por meio de interceptação telefônica. Também
não é possível uma interceptação telefônica se iniciar por meio de uma denúncia anônima. No
entanto, após corroborada uma denúncia anônima com uma investigação prévia, poderá ser
instaurada uma investigação criminal e, eventualmente, ser realizada a interceptação telefônica.
www.grancursosonline.com.br 50
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
PRAZO DA INTERCEPTAÇÃO
A decisão será fundamentada, sob pena de nulidade, indicando também a forma de exe-
cução da diligência, que não poderá exceder o prazo de quinze dias, renovável por igual
tempo uma vez comprovada a indispensabilidade do meio de prova – art. 5º.
Este artigo foi incluído pelo Pacote Anticrime, por isso, é provável que seja cobrado:
a requerimento da autoridade
policial
ou a requerimento do MP
www.grancursosonline.com.br 51
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
INUTILIZAÇÃO DE GRAVAÇÃO
O incidente de inutilização será assistido pelo Ministério Público, sendo facultada a pre-
sença do acusado ou de seu representante legal.
Estes artigos foram alterados pelo Pacote Anticrime, portanto, fique atento a eles.
O crime pode ser praticado por qualquer pessoa. No caso do § 2º, no entanto, há uma
causa de aumento para o crime praticado por funcionário público. No caso de sigilo imposto,
durante a investigação ou instrução, todos os funcionários públicos envolvidos devem manter
o sigilo, em razão inclusive de obrigação legal.
É crime de competência da Justiça Estadual. Porém, caso atinja diretamente bens da
União, a competência será da Justiça Federal.
www.grancursosonline.com.br 52
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Competência
Quais são:
– são todas as contravenções penais, sem exceção;
– crimes cuja pena máxima é de até dois anos.
Os Juizados Especiais Criminais Federais julgam os crimes cuja pena máxima é de até
dois anos de competência da Justiça Federal.
www.grancursosonline.com.br 53
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
AS CONTRAVENÇÕES PENAIS
E OS CRIMES
a) Transação penal.
b) Suspensão condicional do processo – sursis processual.
c) Exigência de representação – (reflexos no CTB e na Maria da Penha) nos crimes de
lesão corporal leve (1) e lesão corporal culposa (2).
d) Composição cível.
Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo circuns-
tanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, provi-
denciando-se as requisições dos exames periciais necessários.
O termo de compromisso é uma peça do TC. Se o autuado não assinar o termo de com-
promisso de comparecimento, será imposto auto de prisão em flagrante (quando vai para a
delegacia) e fixada fiança, se for o caso.
Art. 48 – Lei n. 11.343/2006 – Procedimento de apuração de porte de droga para
uso próprio.
www.grancursosonline.com.br 54
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Atenção n. 02 – Lei Maria da Penha: Aos crimes praticados com violência domés-
tica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a
Lei n. 9.099, de 26 de setembro de 1995.
Art. 291 – lesão corporal culposa por acidente de trânsito. A regra é lavratura de Termo cir-
cunstanciado. Contudo, há exceções:
— será apurado por meio de inquérito policial, quando o condutor estiver embriaga-
do/drogado;
— será apurado por meio de inquérito policial, quando o condutor estiver participando de
competição ou exibição não autorizada (racha);
— será apurado por meio de inquérito policial, quando o condutor estiver transitando em
velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h (60 km/h + 50 km/h).
Atenção n. 05 – Quando a soma dos crimes de menor potencial ofensivo ultrapassar dois
anos, será lavrado o auto de prisão em flagrante.
No concurso de infrações, quando (crime continuado, crime formal ou material) a soma
das penas ultrapassar dois anos, a competência para julgamento será da Vara Criminal, de
acordo com as Súmulas 723 do STF e 243 do STJ.
Medidas Despenalizadoras
Tais crimes em, antes de 1995, ERAM de ação penal pública incondicionada.
Representação – é a manifestação de vontade da vítima ou de seu representante legal
em processar criminalmente o autor do fato. A figura do representante se dá quando a vítima
é menor ou pessoa com deficiência mental.
Atenção n. 06 – CTB
www.grancursosonline.com.br 55
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Regra: lesão corporal culposa por acidente de trânsito – ação penal pública condicionada
à representação.
Contudo, há exceções:
a) a ação penal pública incondicionada quando a lesão for causada por condutor embria-
gado ou drogado;
b) a ação penal pública incondicionada, quando o condutor estiver participando de com-
petição ou exibição não autorizada (racha);
c) a ação penal pública incondicionada, quando o condutor estiver transitando em veloci-
dade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h (60 km/h + 50 km/h).
A decisão que homologa a composição civil é irrecorrível, tendo natureza de título execu-
tivo, caso a pessoa descumpra o acordo. A composição civil acarreta a renúncia ao direito de
queixa (ação penal privada) ou de representação, a depender do caso concreto.
Transação Penal
Cabimento:
• é cabível em todas as contravenções penais e nos crimes cuja pena máxima não ultra-
passem até dois anos.
A transação penal ocorre em uma audiência preliminar, depois da composição civil, porém
antes do processo crime.
www.grancursosonline.com.br 56
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Pergunta: Qual é o prazo para o benefício de uma nova transação? (art. 76 § 2º, II)
Art. 89 da Lei n. 9.099/1995 - Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior
a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá
propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo
processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que
autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal).
§ 3º A suspensão será revogada (obrigatória) se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser pro-
cessado por outro crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano (CASO O
BENEFICIÁRIO NÃO REPARE O DANO SALVO IMPOSSIBILIDADE DE FAZÈ-LO).
§ 4º A suspensão poderá ser revogada (facultativa) se o acusado vier a ser processado, no curso do
prazo, por contravenção, ou descumprir qualquer outra condição imposta (comentários nossos).
Súmula 696 do STF. Se o promotor não oferece a suspensão do processo, o Juiz não
pode, de ofício, propor a suspensão – segundo a súmula, então, deve haver a aplicação
por analogia do art. 28 do CPP. Os autos são remetidos ao Procurador Geral de Justiça.
Ele pode propor a suspensão ou designar outro Promotor para propor a suspensão,
que, por sua vez, não pode recusá-la. Por fim, o PGJ pode não propor a suspensão.
www.grancursosonline.com.br 57
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Súmula 337 do STJ. O Promotor ofereceu denúncia por roubo simples. Ao final do
processo, ficou firmado que o réu cometeu furto na forma simples, sendo a pena mínima
de um ano. É cabível então o sursis processual mesmo ao final do processo-crime.
Súmula 723 do STF. A pena mínima do furto simples é de um ano. FURTO SIMPLES
+ CONTINUIDADE DELITIVA. Furta várias vezes no mesmo dia, em continuidade deli-
tiva, a pena é acrescida de 1/6. No caso, ao final do processo, em tese, a pena seria
de um ano e dois meses. Pode ser continuidade delitiva, concurso material ou formal.
Assim sendo, não é cabível suspensão do processo quando, pelo concurso de infra-
ções, a pena ultrapasse um ano.
Importante: a Súmula 690 do STF foi cancelada.
Recurso e ações impugnativas
Apelação no JEC é de dez dias. No passado, quando a turma recursal proferia o acórdão, o
HC era julgado pelo STF. Agora, o HC é julgado pelo TJ ou pelo TRF, no caso da Justiça Fede-
ral. O recurso extraordinário continua sendo apreciado pelo STF. Não cabe o Resp para o STJ.
www.grancursosonline.com.br 58
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Rol de extensão indefinida: qualquer infração penal pode ser crime antecedente de lava-
gem de dinheiro. Terceira geração ou terceira fase das legislações de lavagem de dinheiro.
É considerado um crime parasitário.
Independe de processo e condenação pela prática de infração anterior. Bastam indí-
cios suficientes de ocorrência do crime antecedente; não se faz necessário provar o crime
anterior. É o princípio da autonomia do crime de lavagem.
Consumação: a lavagem depende de múltiplas ações sucessivas. Não se exige a ocor-
rência das três fases da lavagem para a consumação. É considerada crime permanente.
Autolavagem
É a imputação simultânea do mesmo réu, pelo delito antecedente e pelo crime de lavagem,
desde que demonstrados atos diversos e autônomos que compõem a realização do primeiro crime.
www.grancursosonline.com.br 59
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Distinção entre post factum não punível e crime autônomo de lavagem de dinheiro
A mera ocultação física do dinheiro não caracteriza a ocultação de que trata o crime de
lavagem, ou seja, a simples guarda dos valores para depois usufruir do proveito econômico
da infração penal é mero exaurimento do crime. Nessas hipóteses, não há colocação de tais
valores no mercado econômico ou financeiro com vistas às atividades autônomas de dissi-
mulação (ou ocultação) e posterior reintegração na ordem econômica com aparência lícita.
O STJ também já se pronunciou sobre o tema, estabelecendo uma distinção entre (a) os
atos de aquisição, recebimento, depósito ou outros negócios jurídicos que representem o pró-
prio aproveitamento (pelo agente ou terceiros), o desfrute em si, da vantagem patrimonial obtida
no delito dito antecedente e (b) aquelas ações de receber, adquirir, ter em depósito, as quais
se encontrem integradas como etapas de um processo de lavagem ou ainda representem um
modo autônomo de realizar tal processo, não constituindo, por conseguinte, a mera utilização
do produto do crime, mas um subterfúgio para distanciar tal produto de sua origem ilícita.
www.grancursosonline.com.br 60
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Concurso de crimes
Lembre-se de que, para haver crime continuado, os crimes devem ser da mesma espécie.
Nos termos do art. 71 do Código Penal, o delito continuado se evidencia quando o agente,
mediante mais de uma ação ou omissão, comete mais de um crime da mesma espécie.
Necessário também que os delitos guardem liame no que diz respeito ao tempo, ao lugar, à
maneira de execução e a outras características que façam presumir a continuidade delitiva.
Ação controlada
www.grancursosonline.com.br 61
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Infiltração de agentes
Importante: em caso de indiciamento de servidor público, este será afastado, sem preju-
ízo de remuneração e demais direitos previstos em lei, até que o Juiz competente autorize,
em decisão fundamentada, o seu retorno (é o que dispõe o art. 17-D da Lei n. 9.613/1998).
Medidas assecuratórias
Um dos principais avanços da Lei n. 9.613/1998 consiste na adoção de medidas para retirar
os bens, direitos e valores dos autores dos crimes de lavagem e das infrações conexas e colocá-
-los sob a vigilância do Estado em caráter cautelar, a fim de assegurar os efeitos da condenação,
tais como o confisco dos bens em favor do Poder Público e a reparação dos danos. As altera-
ções da Lei n. 12.683/2012 contribuíram para deixar tais medidas mais céleres e mais eficazes.
A Lei de Lavagem de Capitais instituiu regras específicas, em seus art. 4º e 4º-A, com o
objetivo dar maior eficácia e celeridade à aplicação das medidas assecuratórias. O legislador
não entrou nas distinções entre sequestro e arresto e estabeleceu que as medidas assecura-
tórias sejam decretadas sobre bens, direitos e valores, ampliando o seu alcance, bem como
permitiu expressamente que a proveniência ilícita considere tanto a infração de lavagem de
dinheiro quanto as infrações penais antecedentes.
Nos termos do art. 4º, § 2º, da Lei n. 9.613/1998, o Juiz determinará a liberação total ou
parcial dos bens, direitos e valores quando comprovada a licitude de sua origem, mantendo-
-se a constrição dos bens, direitos e valores necessários e suficientes à reparação dos danos
e ao pagamento de prestações pecuniárias, multas e custas decorrentes da infração penal.
Segundo a doutrina, trata-se de verdadeira inversão do ônus da prova.
www.grancursosonline.com.br 62
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Colaboração premiada
Art. 4º O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em até 2/3
(dois terços) a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele
que tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e com o processo criminal,
desde que dessa colaboração advenha um ou mais dos seguintes resultados:
I – A identificação dos demais coautores e partícipes da organização criminosa e das infrações
penais por eles praticadas;
II – A revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa;
III – A prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa;
IV – A recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela
organização criminosa;
V – A localização de eventual vítima com a sua integridade física preservada.
www.grancursosonline.com.br 63
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
O Pacote Anticrime deu nova redação ao art. 4º da Lei n. 12.850/2013 para estabe-
lecer todas as decisões que não poderão ser embasadas tão somente nas palavras do
colaborador, merecendo ser corroborada por outras provas.
Competência e procedimento
Os crimes de lavagem de dinheiro são processados, em regra, pela justiça comum esta-
dual, pelo procedimento comum. É o que se depreende do art. 2º, I, da Lei n. 9.613/1998.
A lavagem pode ou não ser investigada, processada e julgada em conjunto com as infra-
ções antecedentes. Mas, a critério da investigação ou da acusação, a lavagem de dinheiro
também pode ser investigada ou processada separadamente dos crimes que lhe deram
origem. Neste caso, o Juiz decidirá sobre a conveniência de unidade de processo e jul-
gamento da lavagem e das infrações antecedentes.
Nas hipóteses em que a lavagem tem suas atividades parcialmente realizadas no Brasil
e no exterior, a jurisdição brasileira tem competência para atuar.
Ademais, quando os crimes antecedentes foram cometidos contra a Administração
Pública brasileira, ainda que as atividades de lavagem tenham ocorrido integralmente no
exterior, haverá causa para a atuação da jurisdição brasileira.
Diante de superveniente alteração de competência, consoante a jurisprudência do STJ,
em tese, não há automática invalidação de todos os atos praticados no Juízo Estadual, visto
que, por força da teoria do juízo aparente, tais atos podem ser ratificados pelo Juízo que
vier a ser reconhecido como competente para processar e julgar o feito.
De acordo com o art. 2º, III, da Lei n. 9.613/1998, são da competência da Justiça Federal
o processo e julgamento da lavagem de dinheiro em duas situações:
www.grancursosonline.com.br 64
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Efeitos da condenação
Além dos efeitos da condenação previstos no CP, a Lei de Lavagem de Capitais, em seu
art. 7º, traz ainda hipóteses específicas de efeitos da condenação pelas infrações da Lei n.
9.613/1998 (grifos nossos):
I – A perda, em favor da União – e dos Estados, nos casos de competência da Justiça
Estadual –, de todos os bens, direitos e valores relacionados, direta ou indiretamente, à prá-
tica dos crimes previstos nesta Lei, inclusive aqueles utilizados para prestar a fiança, ressal-
vado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé;
II – A interdição do exercício de cargo ou função pública de qualquer natureza e de diretor,
de membro de conselho de administração ou de gerência das pessoas jurídicas referidas no
art. 9º, pelo dobro do tempo da pena privativa de liberdade aplicada.
O sistema antilavagem seguido pela Lei n. 9.613/1998 envolve ainda a cooperação entre
os Estados-partes do sistema internacional de combate à lavagem de dinheiro para facilitar
a execução das medidas de confisco:
www.grancursosonline.com.br 65
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
O conceito de organização criminosa foi inspirado pelos parâmetros até então existentes,
quais sejam, os elementos constituintes do conceito de organização criminosa da Conven-
ção de Palermo, com a distinção feita pelo legislador brasileiro de adotar o mínimo de quatro
pessoas associadas.
O legislador brasileiro optou por uma definição abrangente de organização criminosa,
com o intuito de sujeitar à incidência da lei todas as formas de crime organizado já conhe-
cidas até então, permitindo ainda que outras formas que venham a surgir sejam facilmente
enquadradas no conceito.
A Convenção de Palermo orientou aos Estados Partes que criminalizassem o entendimento
com uma ou mais pessoas para a prática de uma infração grave. Por bem, o legislador bra-
sileiro deixou expresso na lei que as disposições aplicam-se também ao delito de terrorismo.
Considera-se
organização criminosa
www.grancursosonline.com.br 66
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
“Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investi-
gação”. O bem jurídico aqui é a administração da Justiça. É crime comum, de ação múltipla.
Conforme já dito, a pena é agravada para quem exerce o comando individual ou coletivo da
organização criminosa, ainda que não pratique pessoalmente atos de execução. Fica a cargo do
Juiz estabelecer o quantum. Essa agravante está fundamentada na Teoria do Domínio do Fato.
www.grancursosonline.com.br 67
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Se há participação de criança ou
adolescente
Se há concurso de funcionário
público
Causas especiais de
Se o produto da infração de
aumentos de pena destinar ao exterior
do §4 °
Se mantém conexão com outras
organizações criminosas
Se as circunstâncias do fato
evidenciarem a
transnacionalidade da organização
O principal que você deve saber é que a distinção entre os crimes de associação crimi-
nosa com a redação atual do art. 288 do Código Penal e o de participar de organização cri-
minosa da Lei n. 12.850/2013 consiste na estabilidade da associação. No caso da associa-
ção do art. 288 do CP, a cooperação entre os indivíduos para praticar crimes se dá de forma
eventual, ao passo que a infração do art. 2º da Lei n. 12.850/2013 é crime permanente, exige
que o elo associativo tenha a pretensão de se prolongar no tempo. O dolo de se associar do
agente é aquele de se tornar membro da organização criminosa e com ela colaborar de forma
a obter vantagens de qualquer natureza, assumindo um “posto”, uma ou mais atribuições, na
divisão de tarefas, na estrutura ordenada da organização.
www.grancursosonline.com.br 68
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
CRIMES HEDIONDOS
Com o Pacote Anticrime, houve alterações importantes no rol dos crimes hediondos. Para
esta nossa aula, vale destacar a inclusão no rol de crimes hediondos do crime de organiza-
ção criminosa destinada à prática de crimes hediondos ou equiparados, conforme art. 1º,
parágrafo único, da Lei n. 8.072/1990.
MILÍCIA PRIVADA
COOPERAÇÃO EN�E
INSTITUIÇÕES E ÓRGÃOS
FEDERAIS, ESTADUAIS E
MUNICIPAIS
COL ABORAÇÃO
PREMIADA
Em qualquer fase
INFILTRAÇÃO DE POLICIAIS da persecução
penal, serão CAPTAÇÃO AMBIENTAL
permitidos os
AFASTAMENTO DE SIGILO
BANCÁRIO, FINANCEIRO E FISCAL
seguintes meios de
ACESSO A REGISTROS DE
obtenção de prova: LIGAÇÕES TELEFÔNICAS
E TELEMÁTICAS E DADOS
INTERCEPTAÇÃO CADASTRAIS
TELEFÔNICA E TELEMÁTICA
COLABORAÇÃO PREMIADA
www.grancursosonline.com.br 69
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Atenção! Você sabe que nenhum sigilo é absoluto. Então, memorize bem as regras de
acesso restrito disciplinadas no § 2º do dispositivo transcrito, pois há grande probabilidade de
aparecerem em questões de prova objetiva.
Atenção! O sigilo perdura até o recebimento da denúncia ou queixa-crime. Cuidado
com eventuais questões de prova que, para te confundir, coloquem em assertivas incorretas
no sentido de que o sigilo vai até o oferecimento da denúncia ou a homologação do acordo
ou outros momentos do processo penal.
www.grancursosonline.com.br 70
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
CAPTAÇÃO AMBIENTAL
A interceptação ambiental, que não pode ser confundida com a telefônica, pode ser definida
como a captação da conversa entre dois ou mais interlocutores por um terceiro desconhecido
deles, que esteja nas proximidades ou no mesmo ambiente em que se desenvolve a conversa.
Já a escuta ambiental é a mesma captação, realizada com o consentimento de um dos
interlocutores, no mesmo ambiente ou não em que se desenvolve o diálogo.
Nas duas hipóteses, há necessidade de autorização judicial.
www.grancursosonline.com.br 71
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
O art. 3º, VI, da Lei n. 12.850/2013 estabelece como meio de obtenção de prova o afasta-
mento dos sigilos financeiro, bancário e fiscal. A Lei Complementar n. 105/2001 dispõe sobre
o sigilo das operações de instituições financeiras e o procedimento para a sua quebra. Já o
sigilo fiscal e a sua quebra são disciplinados pelo art. 198 do Código Tributário Nacional.
ASPECTOS PROCESSUAIS
www.grancursosonline.com.br 72
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
www.grancursosonline.com.br 73
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
1. A violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou
saúde corporal. Exemplo: crime de lesão corporal.
Você deve memorizar que a Lei Maria da Penha aumentou a pena do crime previsto no
art. 129, § 9º, do Código Penal, que se aplica tanto para o homem como a mulher.
www.grancursosonline.com.br 74
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
2. A violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano
emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvi-
mento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões,
mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância cons-
tante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, violação de sua intimidade, ridicularização,
exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à
saúde psicológica e à autodeterminação.
3. A violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar,
a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça,
coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a
sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao
matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno
ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos.
Exemplos: crimes de estupro, estupro de vulnerável ou as modalidades de aborto.
4. A violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção,
subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos
pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfa-
zer suas necessidades. Exemplo: crime de dano.
5. A violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação
ou injúria.
ABRANGÊNCIA DA NORMA
São consideradas situações que exigem a aplicação da Lei Maria da Penha as ocorridas:
a) no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio perma-
nente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
b) no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são
ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;
c) em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido
com a ofendida, independentemente de coabitação.
Ainda, nota-se que, de acordo com o parágrafo único do art. 5º dessa norma, as relações
pessoais independem de orientação sexual. Dessa forma, a Lei Maria da Penha incide numa
relação homoafetiva entre mulheres.
www.grancursosonline.com.br 75
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Importante: no ano de 2021, foi editada a Lei n. 15.188, que alterou a Lei Maria da
Penha e o Código Penal.
Art. 1º Esta Lei define o programa de cooperação Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica
como uma das medidas de enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher pre-
vistas na Lei n. 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), e no Decreto-Lei n. 2.848,
de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), altera a modalidade da pena da lesão corporal simples
cometida contra a mulher por razões da condição do sexo feminino e cria o tipo penal de violência
psicológica contra a mulher.
Art. 2º Fica autorizada a integração entre o Poder Executivo, o Poder Judiciário, o Ministério Pú-
blico, a Defensoria Pública, os órgãos de segurança pública e as entidades privadas, para a pro-
moção e a realização do programa Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica como medida de
ajuda à mulher vítima de violência doméstica e familiar, conforme os incisos I, V e VII do caput do
art. 8º da Lei n. 11.340, de 7 de agosto de 2006.
Parágrafo único. Os órgãos mencionados no caput deste artigo deverão estabelecer um canal
de comunicação imediata com as entidades privadas de todo o País participantes do programa, a
fim de viabilizar assistência e segurança à vítima, a partir do momento em que houver sido efetu-
ada a denúncia por meio do código “sinal em formato de X”, preferencialmente feito na mão e na
cor vermelha.
Art. 3º A identificação do código referido no parágrafo único do art. 2º desta Lei poderá ser feita
pela vítima pessoalmente em repartições públicas e entidades privadas de todo o País e, para
isso, deverão ser realizadas campanha informativa e capacitação permanente dos profissionais
pertencentes ao programa, conforme dispõe o inciso VII do caput do art. 8º da Lei n. 11.340, de 7
de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), para encaminhamento da vítima ao atendimento espe-
cializado na localidade.
Esse programa já existia antes da promulgação da Lei n. 14.188/2021, tendo sido lan-
çado em junho de 2020 pelo Conselho Nacional de Justiça.
O Código Penal, por sua vez, passou a prever uma nova qualificadora para o crime de
lesão corporal, quanto esta for praticada contra mulher, por razões do sexo feminino. Neste
caso, a pena aplicada será de reclusão de um a quatro anos, veja:
Lesão corporal
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena – detenção, de três meses a um ano.
Lesão corporal de natureza grave
[...]
§ 13. Se a lesão for praticada contra a mulher, por razões da condição do sexo feminino, nos ter-
mos do § 2º-A do art. 121 deste Código: (Incluído pela Lei n. 14.188, de 2021)
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro anos). (Incluído pela Lei n. 14.188, de 2021)
www.grancursosonline.com.br 76
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Ainda, a Lei n. 14.188/2021 inseriu o artigo 147-B no Código Penal, que assim dispõe:
Desde a sua edição, a Lei n. 11.340/2006 previu que a violência doméstica e familiar
contra a mulher não é apenas a violência física, podendo também ser violência psicológica,
sexual, patrimonial e moral.
Embora a Lei Maria da Penha contemple a violência psicológica no art. 7º, II, até a entrada
em vigor da Lei n. 14.188/2021 não havia no ordenamento jurídico brasileiro um tipo penal
correspondente. Era contraditório constar expressamente essa forma de violência em uma
das leis mais conhecidas e importantes do país, que a define como uma “violação dos direitos
humanos” (art. 6º) e, ao mesmo tempo, a conduta correspondente não configurar necessa-
riamente um ilícito penal. Diversas condutas consistentes em violência psicológica – como
manipulação, humilhação, ridicularização, rebaixamento, vigilância, isolamento – não confi-
guravam, na imensa maioria dos casos, infração penal. Apesar de serem ilícitos civis, não
configuravam crime. Não raras vezes, vítimas compareciam perante autoridades para regis-
trar boletins de ocorrência por violência psicológica e eram informadas de que a conduta não
configurava infração penal (sequer contravenção).7
A ausência de tipificação também dificultava o deferimento de medidas protetivas de
urgência, pois, embora os tribunais superiores e o art. 24-A da Lei Maria da Penha permitam
a medida protetiva civil autônoma, ainda há, lamentavelmente, muita resistência em se con-
ceder instrumentos de proteção divorciados da infração penal, de um registro de boletim de
ocorrência ou procedimento criminal.8
Com a inserção do art. 147-B no Código Penal, essa lacuna é preenchida e passa a ser
crime praticar violência psicológica contra a mulher.
Por fim, a Lei n. 14.188/2021 deu nova redação ao artigo 12-C da Lei Maria da Penha:
7
FERNANDES, Valéria Diez Scarance. ÁVILA, Thiago Pierobom de; CUNHA, Rogério Sanches. Violência psicológica contra a mulher: comentários à Lei n.
14.188/2021. Disponível em: https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2021/07/29/comentarios-lei-n-14-1882021/.
8
FERNANDES, Valéria Diez Scarance. ÁVILA, Thiago Pierobom de; CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit.
www.grancursosonline.com.br 77
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
ATUAÇÃO POLICIAL
1) colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e de suas cir-
cunstâncias;
2) determinar que se proceda ao exame de corpo de delito da ofendida e requisitar outros
exames periciais necessários.
Com relação às provas, admitem-se como meios probatórios não só o exame de corpo
de delito feito no Instituto Médico Legal, mas também os laudos ou prontuários médicos for-
necidos por hospitais e postos de saúde. Na prática, até fotos e vídeos são admitidos como
elementos de informação aptos a comprovar a violência doméstica.
www.grancursosonline.com.br 78
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
4) ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos autos sua folha de anteceden-
tes criminais, indicando a existência de mandado de prisão ou registro de outras ocorrências
policiais contra ele.
A ofendida comparecerá à Delegacia de Polícia para que tenha reduzidas a termo suas
declarações a respeito das circunstâncias da infração penal, da suposta autoria, além da indi-
cação das provas que possam ser produzidas.
O pedido de medidas protetivas feito pela ofendida será tomado a termo pela autoridade
policial e deverá conter:
1 – qualificação da ofendida e do agressor;
2 – nome e idade dos dependentes;
3 – descrição sucinta do fato e das medidas protetivas solicitadas pela ofendida.
4 – informação sobre a condição de a ofendida ser pessoa com deficiência e se da vio-
lência sofrida resultou deficiência ou agravamento de deficiência preexistente.
Você deve memorizar que a mulher em situação de violência doméstica e familiar tem
prioridade para matricular seus dependentes em instituição de educação básica mais pró-
xima de seu domicílio, ou transferi-los para essa instituição, mediante a apresentação dos
documentos comprobatórios do registro da ocorrência policial ou do processo de violência
doméstica e familiar em curso.
www.grancursosonline.com.br 79
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
PRAZOS
A autoridade policial tem prazo de 48 horas para remeter ao Juiz expediente apartado
com o requerimento das medidas protetivas de urgência feito pela mulher.
Recebido o expediente com o pedido da ofendida, o Juiz também tem o prazo de 48
horas para conhecer dos autos e decidir sobre as medidas protetivas.
Nesse mesmo prazo, o Magistrado deve determinar o encaminhamento da ofendida ao
órgão de assistência judiciária, quando for o caso, inclusive para o ajuizamento da ação de
separação judicial, de divórcio, de anulação de casamento ou de dissolução de união estável
perante o juízo competente; (quando for o caso), além de comunicar o Ministério Público para
a adoção das medidas pertinentes.
Atualmente, o Juiz deverá determinar a apreensão imediata de arma de fogo sob a posse
do agressor.
AO AGRESSOR À OFENDIDA
Suspensão da posse ou restrição do porte
Determinar a recondução da ofendida e a de
de armas, com comunicação ao órgão
seus dependentes ao respectivo domicílio,
competente, nos termos do Estatuto do
após afastamento do agressor.
Desarmamento.
Determinar o afastamento da ofendida do lar,
Afastamento do lar, domicílio ou local de
sem prejuízo dos direitos relativos a bens,
convivência com a ofendida.
guarda dos filhos e alimentos.
Proibição de aproximação da ofendida, de
seus familiares e das testemunhas, fixando
Determinar a separação de corpos.
o limite mínimo de distância entre estes e o
agressor.
Proibição de contato com a ofendida, seus
Restituição de bens indevidamente subtraídos
familiares e testemunhas, por qualquer meio
pelo agressor à ofendida.
de comunicação
Proibição temporária para a celebração de
Proibição de frequentar de determinados
atos e contratos de compra, venda e locação
lugares a fim de preservar a integridade física
de propriedade em comum, salvo expressa
e psicológica da ofendida.
autorização judicial.
Restrição ou suspensão de visitas aos
Suspensão das procurações conferidas pela
dependentes menores, ouvida a equipe de
ofendida ao agressor.
atendimento multidisciplinar ou serviço similar.
Prestação de caução provisória, mediante
Prestação de alimentos provisionais ou depósito judicial, por perdas e danos materiais
provisórios. decorrentes da prática de violência doméstica
e familiar contra a ofendida.
www.grancursosonline.com.br 80
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
AO AGRESSOR À OFENDIDA
Encaminhar a ofendida e seus dependentes a
Comparecimento do agressor a programas de
programa oficial ou comunitário de proteção ou
recuperação e reeducação.
de atendimento.
Determinar a matrícula dos dependentes
Acompanhamento psicossocial do agressor, da ofendida em instituição de educação
por meio de atendimento individual e/ou em básica mais próxima do seu domicílio, ou
grupo de apoio. a transferência deles para essa instituição,
independentemente da existência de vaga.
PRISÃO PREVENTIVA
A limitação introduzida no CPP tem incidência na Lei Maria da Penha, a impossibilitar o juiz de
decretar, ex officio, a prisão preventiva. Não há mais assim, essa possibilidade, em posicionamen-
to que, de resto, rende homenagem ao princípio acusatório, a evitar que o juiz adote medidas de
cunho persecutório.
Já que é assim, alterada a redação do artigo 311 do CPP, tem-se, por consequência lógica, que
essa mudança deva incidir também sobre a Lei Maria Da Penha, para se concluir que, não mais é
dada ao juiz a possibilidade de decretação, de ofício, da prisão preventiva do agressor.
www.grancursosonline.com.br 81
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
LIBERDADE PROVISÓRIA
Segundo a Lei n. 13.827/2019, nos casos de risco à integridade física da ofendida ou à efe-
tividade da medida protetiva de urgência, não será concedida liberdade provisória ao preso.
O descumprimento das medidas protetivas deferidas pelo Juiz em processos cíveis ou
criminais que versam sobre violência doméstica configura crime inafiançável na esfera poli-
cial, apesar de ser uma infração penal de menor potencial ofensivo.
Vale lembrar que a vítima de violência doméstica deverá ser notificada acerca de tais
fatos sempre que o agressor for preso ou colocado em liberdade.
RENÚNCIA À REPRESENTAÇÃO
www.grancursosonline.com.br 82
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Não se aplica a Lei dos Juizados Especiais aos crimes cometidos em situação de violên-
cia doméstica.
Como não se aplica a Lei n. 9.099/1995 para os crimes e contravenções praticados em
situação de violência doméstica, tais infrações, mesmo de menor potencial ofensivo, não
mais poderão ser apuradas mediante termo circunstanciado. Ou seja, o Delegado de Polícia
deve realizar a investigação de crimes e contravenções penais praticados em situação de
violência doméstica e familiar contra a mulher sempre por meio de inquérito policial.
A Lei Maria da Penha dispõe que é proibida a aplicação, nos casos de violência domés-
tica e familiar contra a mulher, de penas isoladas de cesta básica ou pecuniárias.
Entendo que, além da não aplicação dos institutos despenalizadores previstos na Lei n.
9.099/1995, a Lei n. 11.340/2006 proíbe que, após o devido processo legal, o Magistrado
converta a pena privativa de liberdade em restritiva de direito, salvo no caso de condenação
por crime de ação penal privada
Entendo também que, na condenação por crime de ação penal privada, é cabível suspen-
são condicional da pena (“sursis penal”).
Acredito que é possível que no caso de condenação por contravenção de vias de fato
em situação de violência doméstica, o juiz possa determinar o cumprimento da pena em
regime aberto.
Contudo, você deve memorizar que, de acordo com a Súmula 588 do STJ, a prá-
tica de crime ou contravenção penal contra a mulher com violência ou grave ameaça
no ambiente doméstico impossibilita a substituição da pena privativa de liberdade
por restritiva de direitos (Súmula 588, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 13/09/2017, DJe
18/09/2017).
www.grancursosonline.com.br 83
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
COMPETÊNCIA HÍBRIDA
www.grancursosonline.com.br 84
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
O artigo 1º da Lei traz os crimes hediondos, que são assim considerados consumados
ou tentados.
www.grancursosonline.com.br 85
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
O Pacote Anticrime alterou o art. 112 da Lei de Execução Penal e de maneira expressa
determinou aos operadores do Direito que o crime de tráfico de drogas, quando privilegiado,
não deve ser considerado hediondo.
SEQUESTRO–RELÂMPAGO
Uma menção importante que eu devo fazer é em relação à previsão na Lei dos Crimes
Hediondos do delito de formação de quadrilha para a prática de crimes hediondos ou equi-
parados. Mesmo com a alteração da redação do art. 288 do CP, houve silenciamento em
relação ao crime previsto no art. 8º da Lei n. 8.072/1990.
www.grancursosonline.com.br 86
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
O presente inciso foi inserido em 1998, após o escândalo nacional dos contraceptivos de
“farinha”, que foram colocados no mercado consumidor. Cumpre ressaltar que o estudo da
letra do art. 273 do Código Penal deve ser feito de maneira integral.
LIBERDADE PROVISÓRIA
É um dos temas importantes relacionados aos editais dos concursos das carreiras
policiais.
www.grancursosonline.com.br 87
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Quanto ao tema, devemos nos lembrar da Súmula 697/STF, que diz: “A proibição da
liberdade provisória nos processos por crimes hediondos não veda o relaxamento da prisão
processual por excesso de prazo”.
A Lei n. 11.464/2007, que alterou a Lei dos Crimes Hediondos, possibilitou a conces-
são de liberdade provisória sem arbitramento de fiança, no caso de cometimento de crimes
hediondos ou equiparados.
Nas provas de concurso, você deve ficar atento à expressão “liberdade provisória”,
que significa que o examinador quer testar os seus conhecimentos acerca da liberdade pro-
visória sem fixação de fiança.
Antigamente, existiam vozes que sustentavam, que mesmo com a alteração na Lei dos
Crimes Hediondos, a proibição de liberdade provisória decorreria da inafiançabilidade pre-
vista no art. 5º, XLIII, da CF, ou seja, entende‑se que, se a liberdade provisória com fiança
não é permitida, com mais razão não seria a liberdade provisória sem fiança. Nesse sentido,
vale citar o HC n. 93.229/SP, 1ª Turma, do STF e o HC n. 93.591/MS, 6ª Turma, do STJ.
PROGRESSÃO DE REGIME
Com o advento da Lei n. 11.464/2007, o art. 2º, § 1º, a progressão do regime passou a
ser expressamente admitida, sendo que o condenado deveria iniciar o cumprimento da pena
obrigatoriamente em regime fechado.
Assim, se o apenado for primário, a progressão ocorrerá após o cumprimento de 2/5 (dois
quintos) da pena; se reincidente, após o cumprimento de 3/5 (três quintos).
Em 2012, o Plenário do Supremo Tribunal Federal entendeu inconstitucional a obrigato-
riedade do início do cumprimento da pena em regime fechado, no caso de condenação por
crimes hediondos ou equiparados.
De agora em diante, você deverá memorizar que, com a edição do Pacote Anticrime, o
condenado por crime hediondo ou equiparado deverá cumprir 40% (quarenta por cento) da
pena, se for primário.
Cumprirá 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for primário e tiver sido con-
denado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, sendo vedado
o livramento condicional.
Também cumprirá 50% (cinquenta por cento) da pena o condenado por exercer o comando,
individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada para a prática de crime hediondo ou
equiparado.
Cumprirá 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na prática de
crime hediondo ou equiparado.
Cumprirá 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime
hediondo ou equiparado com resultado morte, sendo vedado o livramento condicional.
www.grancursosonline.com.br 88
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
O prazo da prisão temporária não está contido dentro do prazo para a conclusão do
inquérito policial. Sendo o crime não hediondo, o prazo da prisão temporária é de cinco dias
prorrogáveis por igual período. Após o decurso do prazo de dez dias, a autoridade policial
ainda terá outros dez dias para o encerramento do inquérito, pois os prazos são independen-
tes e não são somados.
www.grancursosonline.com.br 89
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Discriminação ou preconceito
relacionado a raça
Discriminação ou preconceito
relacionado a cor
Discriminação ou preconceito
relacionado à procedência nacional
Discriminação ou preconceito
relacionado a religião
9
ANDREUCCI, Ricardo Antonio. Legislação penal especial. 5 ed. rev. e atual. São Paulo. Saraiva. 2009.
10
BALTAZAR Júnior, José Paulo. Crimes Federais. 11 ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
11
BALTAZAR Júnior, José Paulo. Crimes Federais. Op. Cit.
www.grancursosonline.com.br 90
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Há uma elementar do tipo: crime dirigido contra pessoa devidamente habilitada, não sendo
crime impedir, caso a pessoa não preencha os requisitos previstos para o exercício do cargo.
No § 2º, há uma forma especial: quem, em anúncios ou qualquer outra forma de recruta-
mento de trabalhadores, exigir aspectos de aparência próprios de raça ou etnia para emprego
cujas atividades não justifiquem essas exigências.
Para essa forma do delito, não há previsão de pena privativa de liberdade, apenas multa
e prestação de serviços à comunidade. O tipo só ocorre na forma dolosa, porém com a fina-
lidade específica de discriminar o ofendido.
O parágrafo único traz uma causa de aumento de pena de 1/3 se o crime for praticado
contra menor de dezoito anos.
www.grancursosonline.com.br 91
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Este talvez seja o tipo penal de maior relevância na lei. Seus aspectos importantes são:
www.grancursosonline.com.br 92
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Este tipo penal tutela, além de outros crimes, o racismo contra o povo judeu. Referente a
isso, a Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que compete à Justiça
Federal julgar a conduta delituosa de divulgar pelo Facebook mensagens de cunho discri-
minatório contra o povo judeu, por estar configurada potencial transnacionalidade do crime,
uma vez que o conteúdo racista veiculado na rede social é acessível no exterior.
www.grancursosonline.com.br 93
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
REFERÊNCIAS
ANDREUCCI, Ricardo Antonio. Legislação penal especial. 5 ed. rev. e atual. São Paulo:
Saraiva, 2009.
BALTAZAR JÚNIOR, José Paulo. Crimes Federais. 11 ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
CUNHA, Rogério Sanches. Leis penais especiais: comentadas. Coordenadores: Rogério
Sanches Cunha, Ronaldo Batista Pinto, Renner do Ó Souza. 3 ed. rev., atual. e ampl. Salva-
dor: Juspodivm, 2021.
LIMA, Renato Brasileiro de. Legislação criminal especial comentada. 8 ed. rev., ampl. e
atual. Salvador: JusPodivm, 2021.
www.grancursosonline.com.br 94
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
RESUMO
Esta aula TOP 10 de Legislação Extravagante objetivou abordar algumas das dez leis
mais exigidas em concursos públicos, ressaltando seus principais pontos.
As leis apresentadas foram as seguintes:
A seguir, há cinquenta questões já aplicadas em concursos públicos acerca das leis estu-
dadas, para que você aprofunde seus conhecimentos.
www.grancursosonline.com.br 95
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
QUESTÕES DE CONCURSO
I – Reputa-se agente público somente aquele que exerce de forma permanente, ainda
que por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de
investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função em órgão ou entidade
abrangidos pela Lei n. 13.869/2019.
II – As responsabilidades civil e administrativa são independentes da criminal, não se
podendo mais questionar sobre a existência ou a autoria do fato quando essas ques-
tões tenham sido decididas no juízo criminal.
III – Segundo a Lei n. 13.869/2019, é considerada crime a conduta de prestar informação
falsa sobre procedimento judicial, policial, fiscal ou administrativo, com o fim de pre-
judicar interesse de investigado.
IV – Nos termos do art. 8º da Lei n. 13.869/2019, as penas restritivas de direitos substitu-
tivas das privativas de liberdade podem ser aplicadas apenas de forma autônoma a
outras penas previstas no mesmo diploma legal.
www.grancursosonline.com.br 96
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
www.grancursosonline.com.br 97
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
www.grancursosonline.com.br 98
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
www.grancursosonline.com.br 99
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
www.grancursosonline.com.br 100
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
20. (2017/ TJ-MS/TJ-MSCOMARCA DE BELA VISTA – JUIZ LEIGO) Com relação à Lei n.
9.099/1995, assinale a afirmação INCORRETA.
a. A Lei abrange os delitos de menor potencial ofensivo e todas as contravenções penais.
b. O processo perante o juizado especial criminal tem como objetivo, sempre que pos-
sível, a conciliação entre o autor do fato e a vítima e, em não sendo isto possível, a
transação penal.
c. Os crimes cujos processos deverão ser regidos pela Lei são aqueles cujas penas
máximas não ultrapassem dois anos.
d. Quando houver composição dos danos civis entre as partes e o acordo for homolo-
gado, caberá recurso de apelação.
e. Na ação penal pública incondicionada, a suspensão condicional do processo poderá
ser proposta pelo Ministério Público.
www.grancursosonline.com.br 101
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
www.grancursosonline.com.br 102
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
www.grancursosonline.com.br 103
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
www.grancursosonline.com.br 104
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
e. Decretado o sigilo da investigação criminal, atingirá terceiros alheios a ela, bem como
a figura do defensor do investigado, permitindo-lhe o acesso somente após a expe-
dição do relatório final por parte da autoridade policial, mas antes de sua remessa ao
Poder Judiciário.
www.grancursosonline.com.br 105
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
www.grancursosonline.com.br 106
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
www.grancursosonline.com.br 107
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
www.grancursosonline.com.br 108
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
www.grancursosonline.com.br 109
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
www.grancursosonline.com.br 110
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
50. Não será submetido a identificação do perfil genético, mediante extração de DNA (ácido
desoxirribonucleico), por técnica adequada e indolor, por ocasião do ingresso no esta-
belecimento prisional, o condenado por crime doloso
a. cometido com violência grave contra a pessoa.
b. praticado contra a vida.
c. praticado contra a liberdade sexual.
d. sexual contra vulnerável.
e. cometido contra a Administração Pública.
www.grancursosonline.com.br 111
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
GABARITO
www.grancursosonline.com.br 112
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
QUESTÕES DE CONCURSO
I – Reputa-se agente público somente aquele que exerce de forma permanente, ainda
que por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de
investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função em órgão ou entidade
abrangidos pela Lei n. 13.869/2019.
II – As responsabilidades civil e administrativa são independentes da criminal, não se
podendo mais questionar sobre a existência ou a autoria do fato quando essas ques-
tões tenham sido decididas no juízo criminal.
III – Segundo a Lei n. 13.869/2019, é considerada crime a conduta de prestar informação
falsa sobre procedimento judicial, policial, fiscal ou administrativo, com o fim de pre-
judicar interesse de investigado.
IV – Nos termos do art. 8º da Lei n. 13.869/2019, as penas restritivas de direitos substitu-
tivas das privativas de liberdade podem ser aplicadas apenas de forma autônoma a
outras penas previstas no mesmo diploma legal.
Letra c.
A alternativa I está errada, conforme artigo 2º, parágrafo único, da Lei de Abuso de
Autoridade:
Art. 2º É sujeito ativo do crime de abuso de autoridade qualquer agente público, servidor ou não,
da administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal, dos Municípios e de Território, compreendendo, mas não se limitando a:
[...]
Parágrafo único. Reputa-se agente público, para os efeitos desta Lei, todo aquele que exerce,
ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação
ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função em órgão
ou entidade abrangidos pelo caput deste artigo.
www.grancursosonline.com.br 113
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Art. 29. Prestar informação falsa sobre procedimento judicial, policial, fiscal ou administrativo com
o fim de prejudicar interesse de investigado: (Vide ADIN 6234) (Vide ADIN 6240)
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Errado.
Conforme o artigo 4º da Lei de Abuso de Autoridade:
www.grancursosonline.com.br 114
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Letra b.
Conforme o artigo 9º, parágrafo único, inciso II, da Lei de Abuso de Autoridade:
www.grancursosonline.com.br 115
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Letra d.
Conforme o artigo 22, inciso III, da Lei de Abuso de Autoridade:
Certo.
Conforme o artigo 38 da Lei de Abuso de Autoridade:
Art. 38. Antecipar o responsável pelas investigações, por meio de comunicação, inclusive rede
social, atribuição de culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a acusação: (Promul-
gação partes vetadas)
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
www.grancursosonline.com.br 116
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Certo.
Conforme Súmula do STJ:
Súmula 630-STJ. A incidência da atenuante da confissão espontânea no crime de tráfico
ilícito de entorpecentes exige o reconhecimento da traficância pelo acusado, não bastando
a mera admissão da posse ou propriedade para uso próprio.
Letra a.
A alternativa 1 está correta, conforme o artigo 8º-A, inciso II, da Lei de Drogas:
Art. 8º-A. Compete à União: (Incluído pela Lei n. 13.840, de 2019) [...]
II – elaborar o Plano Nacional de Políticas sobre Drogas, em parceria com Estados, Distrito Fede-
ral, Municípios e a sociedade; (Incluído pela Lei n. 13.840, de 2019)
www.grancursosonline.com.br 117
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
A alternativa 3 está errada, pois a competência não é exclusiva da União, conforme o artigo
8º-A, inciso IX, da lei de drogas:
Art. 8º-A. Compete à União: (Incluído pela Lei n. 13.840, de 2019) [...]
IX – financiar, com Estados, Distrito Federal e Municípios, a execução das políticas sobre drogas,
observadas as obrigações dos integrantes do Sisnad; (Incluído pela Lei n. 13.840, de 2019)
A alternativa 4 está errada, conforme o artigo 8º-A, inciso III da lei de drogas:
Art. 8º-A. Compete à União: (Incluído pela Lei n. 13.840, de 2019) [...]
III – coordenar o Sisnad; (Incluído pela Lei n. 13.840, de 2019)
Letra d.
A alternativa “a” está errada, conforme a Jurisprudência em Teses, Edição n. 131, item
12, do STJ:
9) A comprovação da materialidade do delito de posse de drogas para uso próprio (art. 28 da Lei
n. 11.343/2006) exige a elaboração de laudo de constatação da substância entorpecente que evi-
dencie a natureza e a quantidade da substância apreendida.
www.grancursosonline.com.br 118
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Para a configuração do crime de associação para o tráfico de drogas, previsto no art. 35 da Lei n.
11.343/2006, é irrelevante apreensão de drogas na posse direta do agente.
A conduta de porte de substância entorpecente para consumo próprio, prevista no art. 28 da Lei n.
11.343/2006, foi apenas despenalizada pela nova Lei de Drogas, mas não descriminalizada, não
havendo, portanto, abolitio criminis.
A letra “d” está correta, conforme a Jurisprudência em Teses do STJ, edição n. 131, item 21:
21) O tráfico ilícito de drogas na sua forma privilegiada (art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006) não é
crime equiparado a hediondo. (Tese revisada sob o rito do art. 1.036 do CPC/2015 - TEMA 600)
Art. 30. Prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e a execução das penas, observado, no tocante
à interrupção do prazo, o disposto nos arts. 107 e seguintes do Código Penal.
Certo.
A conduta tipificada no artigo 33, § 3º, da Lei n. 11.343/2006 (“Oferecer droga, eventual-
mente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumi-
rem”), para que se configure, deve compreender não apenas a vontade de oferecer droga
de modo eventual à pessoa de seu relacionamento, mas também o especial fim de agir
(“dolo específico”) consubstanciado na ausência do objetivo de lucro e no consumo em
conjunto com a referida pessoa.
www.grancursosonline.com.br 119
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Letra d.
a. Errada. A remição da pena compete ao Juiz da execução penal, conforme art. 66, III,
“c”, da LEP,
b. Errada. Pelo art. 126, § 4º, o preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no traba-
lho ou nos estudos continuará a beneficiar-se com a remição.
c. Errada. É verdade que, em caso de falta grave, o Juiz poderá revogar até 1/3 do tempo
remido, porém, a contagem recomeça a partir da data da infração disciplinar, e não da san-
ção cumprida.
d. Correta. Pelo art. 111 da LEP, podemos depreender que, quando sobrevier condenação,
deve-se observar tanto a detração como a remição.
e. Errada. A remição não se aplica às penas restritivas de direitos; pela LEP, a remição só
se aplica à execução das penas privativas de liberdade.
www.grancursosonline.com.br 120
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Letra b.
a. Errada. De acordo com o art. 28, § 2º, da LEP, o trabalho do preso não está sujeito ao
regime da CLT.
b. Correta. É o que dispõe o art. 36, § 3º, da LEP.
c. Errada. O trabalho deve ser remunerado, porém, quando consistir em prestação de ser-
viços à comunidade a remuneração estará proibida, conforme art. 30. Isso porque a pena
consiste justamente em prestar os serviços gratuitamente.
d. Errada. O preso provisório só pode exercer o trabalho interno, conforme art. 31, parágra-
fo único, da LEP.
e. Errada. De acordo com o art. 29, caput, da LEP, a remuneração não poderá ser inferior
a ¾ do salário mínimo.
Errado.
Conforme o artigo 85, § 3º, da LEP, é apenas nas dependências internas:
Art. 83. O estabelecimento penal, conforme a sua natureza, deverá contar em suas dependências
com áreas e serviços destinados a dar assistência, educação, trabalho, recreação e prática espor-
tiva. [...]
§ 3º Os estabelecimentos de que trata o § 2º deste artigo deverão possuir, exclusivamente,
agentes do sexo feminino na segurança de suas dependências internas. (Incluído pela Lei n.
12.121, de 2009).
www.grancursosonline.com.br 121
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Letra a.
Conforme o artigo 29, § 1º, d, da LEP:
Art. 29. O trabalho do preso será remunerado, mediante prévia tabela, não podendo ser inferior a
3/4 (três quartos) do salário mínimo.
§ 1º O produto da remuneração pelo trabalho deverá atender: [...]
Letra e.
Conforme o artigo 41 da LEP:
www.grancursosonline.com.br 122
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Errado.
A interceptação telefônica não é meio de prova, e sim meio de obtenção de prova, tal qual
a busca e apreensão, por exemplo.
Certo.
A CPI não pode determinar a interceptação telefônica, é matéria exclusiva do Poder Ju-
diciário, com reserva de jurisdição. Já a quebra de sigilo telefônico pode ser determina-
da pela CPI.
www.grancursosonline.com.br 123
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Errado.
O artigo 2º, III, da Lei n. 9.296/1996 veda interceptação para crimes apenados com detenção:
Art. 2º Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando ocorrer qualquer
das seguintes hipóteses:
I – não houver indícios razoáveis da autoria ou participação em infração penal;
II – a prova puder ser feita por outros meios disponíveis;
III – o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção.
Parágrafo único. Em qualquer hipótese deve ser descrita com clareza a situação objeto da investi-
gação, inclusive com a indicação e qualificação dos investigados, salvo impossibilidade manifesta,
devidamente justificada.
Errado.
Conforme o artigo 1º da Lei n. 9.296/1996, depende de autorização judicial.
www.grancursosonline.com.br 124
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Certo.
É o que prevê o artigo 6º da Lei n. 9.296/1996:
Letra d.
Conforme o artigo 74 da Lei n. 9.099/1995:
Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante
sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente.
Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública con-
dicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou
representação.
www.grancursosonline.com.br 125
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Letra a.
Conforme o Enunciado 44 do FONAJE: “No caso de transação penal homologada e não
cumprida, o decurso do prazo prescricional provoca a declaração de extinção de punibili-
dade pela prescrição da pretensão punitiva (nova redação – XXXVII – Florianópolis/SC)”.
Letra b.
Conforme a Súmula 723 do STF: “Não se admite a suspensão condicional do processo
por crime continuado, se a soma da pena mínima da infração mais grave com o aumento
mínimo de um sexto for superior a um ano”.
www.grancursosonline.com.br 126
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Letra c.
Conforme o artigo 89, § 1º, da Lei n. 9.099/1995:
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas
ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do
processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha
sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão
condicional da pena (art. 77 do Código Penal).
§ 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do Juiz, este, recebendo a denún-
cia, poderá suspender o processo, submetendo o acusado a período de prova, sob as seguintes
condições:
I – reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo;
II – proibição de frequentar determinados lugares;
III – proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do Juiz;
IV – comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas
atividades.
Errado.
Conforme o artigo 68 da Lei n. 9.099/1995:
Art. 68. Do ato de intimação do autor do fato e do mandado de citação do acusado, constará a
necessidade de seu comparecimento acompanhado de advogado, com a advertência de que, na
sua falta, ser-lhe-á designado defensor público.
www.grancursosonline.com.br 127
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Certo.
O STF entendeu que não se configura o crime de lavagem de dinheiro na hipótese narra-
da. A decisão foi prolatada no Inquérito n. 3.515/SP, antes mencionado (Informativo 955).
Segundo a decisão, o crime de lavagem de dinheiro corresponde a uma conduta delituosa
adicional, distinta daquela que é própria do exaurimento da infração antecedente. Como a
assertiva está em conformidade com o entendimento do Supremo Tribunal Federal, não é
a resposta a ser assinalada.
Errado.
Está errada, conforme o artigo 1º, § 5º, da Lei n. 9.613/1998.
www.grancursosonline.com.br 128
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Letra c.
Conforme o artigo 12, II, “c”, da Lei de Lavagem:
Art. 12. Às pessoas referidas no art. 9º, bem como aos administradores das pessoas jurídicas, que
deixem de cumprir as obrigações previstas nos arts. 10 e 11 serão aplicadas, cumulativamente ou
não, pelas autoridades competentes, as seguintes sanções:
I – advertência;
II – multa pecuniária variável não superior: (Redação dada pela Lei n. 12.683, de 2012)
a) ao dobro do valor da operação; (Incluída pela Lei n. 12.683, de 2012)
b) ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido pela realização da operação;
ou (Incluída pela Lei n. 12.683, de 2012)
c) ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais); (Incluída pela Lei n. 12.683, de 2012) [...]
www.grancursosonline.com.br 129
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Letra e.
Conforme o artigo 7º, II, da Lei de Lavagem:
Letra b.
Conforme o artigo 1º da Lei de Lavagem:
www.grancursosonline.com.br 130
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Letra c.
Conforme o artigo 23 da Lei n. 12.850/2013:
Art. 23. O sigilo da investigação poderá ser decretado pela autoridade judicial competente, para
garantia da celeridade e da eficácia das diligências investigatórias, assegurando-se ao defensor,
no interesse do representado, amplo acesso aos elementos de prova que digam respeito ao exer-
cício do direito de defesa, devidamente precedido de autorização judicial, ressalvados os referen-
tes às diligências em andamento.
Parágrafo único. Determinado o depoimento do investigado, seu defensor terá assegurada a pré-
via vista dos autos, ainda que classificados como sigilosos, no prazo mínimo de 3 (três) dias que
antecedem ao ato, podendo ser ampliado, a critério da autoridade responsável pela investigação.
www.grancursosonline.com.br 131
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Letra c.
Conforme o artigo 1º da Lei 12.850/2013:
Art. 1º Esta Lei define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de
obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal a ser aplicado.
§ 1º Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estrutural-
mente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo
de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infra-
ções penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter
transnacional.
Letra c.
Conforme o artigo 3º, incisos I, II, III, VII, da Lei n. 12.850/2013:
Art. 3º Em qualquer fase da persecução penal, serão permitidos, sem prejuízo de outros já previs-
tos em lei, os seguintes meios de obtenção da prova:
I – colaboração premiada;
II – captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos;
III – ação controlada;
IV – acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas, a dados cadastrais constantes de
bancos de dados públicos ou privados e a informações eleitorais ou comerciais;
V – interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas, nos termos da legislação específica;
VI – afastamento dos sigilos financeiro, bancário e fiscal, nos termos da legislação específica;
VII – infiltração, por policiais, em atividade de investigação, na forma do art. 11;
VIII – cooperação entre instituições e órgãos federais, distritais, estaduais e municipais na busca
de provas e informações de interesse da investigação ou da instrução criminal.
www.grancursosonline.com.br 132
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Letra a.
Conforme o artigo 1º, § 1º, da Lei n. 12.850/2013:
Art. 1º Esta Lei define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de
obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal a ser aplicado.
§ 1º Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estrutural-
mente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo
de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infra-
ções penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter
transnacional.
www.grancursosonline.com.br 133
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Letra a.
Conforme o artigo 1º, § 1º, da Lei n. 12.850/2013:
Art. 1º Esta Lei define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de
obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal a ser aplicado.
§ 1º Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estrutural-
mente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo
de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infra-
ções penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter
transnacional.
www.grancursosonline.com.br 134
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Certo.
Conforme o artigo 9º, §§ 4º, 5º e 6º, da Lei n. 11.340/2006:
Art. 9º A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar será prestada de forma
articulada e conforme os princípios e as diretrizes previstos na Lei Orgânica da Assistência Social,
no Sistema Único de Saúde, no Sistema Único de Segurança Pública, entre outras normas e polí-
ticas públicas de proteção, e emergencialmente quando for o caso. [...]
§ 4º Aquele que, por ação ou omissão, causar lesão, violência física, sexual ou psicológica e dano
moral ou patrimonial a mulher fica obrigado a ressarcir todos os danos causados, inclusive ressar-
cir ao Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com a tabela SUS, os custos relativos aos servi-
ços de saúde prestados para o total tratamento das vítimas em situação de violência doméstica e
familiar, recolhidos os recursos assim arrecadados ao Fundo de Saúde do ente federado respon-
sável pelas unidades de saúde que prestarem os serviços. (Vide Lei n. 13.871, de 2019) (Vigência)
§ 5º Os dispositivos de segurança destinados ao uso em caso de perigo iminente e disponibiliza-
dos para o monitoramento das vítimas de violência doméstica ou familiar amparadas por medidas
protetivas terão seus custos ressarcidos pelo agressor. (Vide Lei n. 13.871, de 2019) (Vigência)
§ 6º O ressarcimento de que tratam os §§ 4º e 5º deste artigo não poderá importar ônus de qual-
quer natureza ao patrimônio da mulher e dos seus dependentes, nem configurar atenuante ou
ensejarpossibilidade de substituição da pena aplicada. (Vide Lei n. 13.871, de 2019) (Vigência)
www.grancursosonline.com.br 135
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Letra c.
Conforme a Súmula 589 do STJ: “É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes
ou contravenções penais praticados contra a mulher no âmbito das relações domésticas”.
www.grancursosonline.com.br 136
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Letra d.
Conforme o artigo 12-C, § 1º, da Lei Maria da Penha:
Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física ou
psicológica da mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, o
agressor será imediatamente afastado do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida:
(Redação dada pela Lei n. 14.188, de 2021).
I – pela autoridade judicial; (Incluído pela Lei n. 13.827, de 2019)
II – pelo delegado de polícia, quando o Município não for sede de comarca; ou (Incluído pela Lei
n. 13.827, de 2019)
III – pelo policial, quando o Município não for sede de comarca e não houver delegado disponível
no momento da denúncia. (Incluído pela Lei n. 13.827, de 2019)
§ 1º Nas hipóteses dos incisos II e III do caput deste artigo, o juiz será comunicado no prazo má-
ximo de 24 (vinte e quatro) horas e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a revogação
da medida aplicada, devendo dar ciência ao Ministério Público concomitantemente. (Incluído pela
Lei n. 13.827, de 2019)
www.grancursosonline.com.br 137
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Errado.
Conforme o parágrafo único do artigo 21 da Lei Maria da Penha:
Art. 21. A ofendida deverá ser notificada dos atos processuais relativos ao agressor, especialmente
dos pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem prejuízo da intimação do advogado constitu-
ído ou do defensor público.
Parágrafo único. A ofendida não poderá entregar intimação ou notificação ao agressor.
Letra b.
Conforme o artigo 14-A da Lei n. 11.340/2006:
Art. 14-A. A ofendida tem a opção de propor ação de divórcio ou de dissolução de união estável no
Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. (Incluído pela Lei n. 13.894, de 2019)
§ 1º Exclui-se da competência dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher a
pretensão relacionada à partilha de bens. (Incluído pela Lei n. 13.894, de 2019)
§ 2º Iniciada a situação de violência doméstica e familiar após o ajuizamento da ação de divórcio
ou de dissolução de união estável, a ação terá preferência no juízo onde estiver. (Incluído pela Lei
n. 13.894, de 2019)
www.grancursosonline.com.br 138
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Certo.
Conforme a Lei dos Crimes Hediondos, o homicídio simples somente é hediondo quando
praticado em atividade típica de grupo de extermínio:
Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei n. 2.848,
de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei n.
8.930, de 1994) (Vide Lei n. 7.210, de 1984)
[...]
de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, §
2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII); (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
Letra c.
Conforme o artigo 2º da LCH:
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e
o terrorismo são insuscetíveis de: (Vide Súmula Vinculante)
I – anistia, graça e indulto;
II – fiança. (Redação dada pela Lei n. 11.464, de 2007)
www.grancursosonline.com.br 139
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Letra a.
Conforme o artigo 1º, inciso I, da LCH:
Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei n. 2.848,
de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei n.
8.930, de 1994) (Vide Lei n. 7.210, de 1984) [...]
I – homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que
cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e
VIII); (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
Letra c.
Conforme o artigo 1º, inciso I-A, da LCH:
Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei n. 2.848,
de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei n.
8.930, de 1994) (Vide Lei n. 7.210, de 1984) [...]
I – A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2º) e lesão corporal seguida de
morte (art. 129, § 3º), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144
da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Públi-
ca, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição; (Incluído pela Lei n. 13.142, de 2015)
www.grancursosonline.com.br 140
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Letra a.
É o que dispõe o artigo 1º, incisos I, V e VII da lei dos crimes hediondos.
Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei n. 2.848,
de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei n.
8.930, de 1994) (Vide Lei n. 7.210, de 1984)
I – homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que
cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e
VIII); (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019) [...]
V – estupro (art. 213, caput e §§ 1º e 2º); (Redação dada pela Lei n. 12.015, de 2009) [...]
VII – epidemia com resultado morte (art. 267, § 1º) (Inciso incluído pela Lei n. 8.930, de 1994)
www.grancursosonline.com.br 141
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Letra a.
A alternativa “a” está correta e prevista no artigo 4º da Lei n. 7.716/1989:
A alternativa “b” está errada, pois a situação narrada é qualificadora apenas para os delitos
do artigo 20, caput:
Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou
procedência nacional. (Redação dada pela Lei n. 9.459, de 15/05/97)
Pena – reclusão de um a três anos e multa. (Redação dada pela Lei n. 9.459, de 15/05/97) [...]
§ 2º Se qualquer dos crimes previstos no caput é cometido por intermédio dos meios de comuni-
cação social ou publicação de qualquer natureza: (Redação dada pela Lei n. 9.459, de 15/05/97)
Pena – reclusão de dois a cinco anos e multa. (Incluído pela Lei n. 9.459, de 15/05/97)
Art. 16. Constitui efeito da condenação a perda do cargo ou função pública, para o servidor pú-
blico, e a suspensão do funcionamento do estabelecimento particular por prazo não superior a
três meses.
Art. 18. Os efeitos de que tratam os arts. 16 e 17 desta Lei não são automáticos, devendo ser
motivadamente declarados na sentença.
A alternativa “e” está errada, pois esta essa não é aplicável a todos os crimes da Lei:
www.grancursosonline.com.br 142
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Art. 4º, § 2º Ficará sujeito às penas de multa e de prestação de serviços à comunidade, incluindo
atividades de promoção da igualdade racial, quem, em anúncios ou qualquer outra forma de recru-
tamento de trabalhadores, exigir aspectos de aparência próprios de raça ou etnia para emprego
cujas atividades não justifiquem essas exigências.
Letra c.
A alternativa “c” está correta, conforme a Lei n. 7.716/1989:
Art. 3º Impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo da Admi-
nistração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos.
Pena – reclusão de dois a cinco anos.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, por motivo de discriminação de raça, cor, etnia,
religião ou procedência nacional, obstar a promoção funcional. (Incluído pela Lei n. 12.288, de
2010) (Vigência)
www.grancursosonline.com.br 143
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Letra c.
A alternativa “c” está correta, conforme o artigo 6º da Lei:
Letra a.
A alternativa “a” está correta conforme o §2º do artigo 20 da Lei:
Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou
procedência nacional. (Redação dada pela Lei n. 9.459, de 15/05/97) [...]
§ 2º Se qualquer dos crimes previstos no caput é cometido por intermédio dos meios de comuni-
cação social ou publicação de qualquer natureza: (Redação dada pela Lei n. 9.459, de 15/05/97)
Pena – reclusão de dois a cinco anos e multa. (Incluído pela Lei n. 9.459, de 15/05/97)
www.grancursosonline.com.br 144
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
Letra e.
A alternativa “a” está incorreta, pois está prevista na Lei n. 7.716/1989:
Art. 3º Impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo da Admi-
nistração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos.
Pena – reclusão de dois a cinco anos.
Art. 7º Impedir o acesso ou recusar hospedagem em hotel, pensão, estalagem, ou qualquer esta-
belecimento similar.
Pena – reclusão de três a cinco anos.
A alternativa “e” é a correta, pois não está prevista na Lei n. 7.716/1989.
www.grancursosonline.com.br 145
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
50. Não será submetido a identificação do perfil genético, mediante extração de DNA (ácido
desoxirribonucleico), por técnica adequada e indolor, por ocasião do ingresso no esta-
belecimento prisional, o condenado por crime doloso
a. cometido com violência grave contra a pessoa.
b. praticado contra a vida.
c. praticado contra a liberdade sexual.
d. sexual contra vulnerável.
e. cometido contra a Administração Pública.
Letra e.
Rege o art. 9º da LEP que:
Art. 9º-A. O condenado por crime doloso praticado com violência grave contra a pessoa, bem como
por crime contra a vida, contra a liberdade sexual ou por crime sexual contra vulnerável, será subme-
tido, obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA (ácido desoxir-
ribonucleico), por técnica adequada e indolor, por ocasião do ingresso no estabelecimento prisional.
www.grancursosonline.com.br 146
TOP 10 LEIS EXTRAVAGANTES
Prof. Sérgio Bautzer
#VEM
FACILITE SEUS ESTUDOS: TUDO NO SEU TEMPO VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHO:
rotas de aprovação, mapas E ESPAÇO: mentorias diárias, ao vivo,
mentais, resumos e faça o download de e fórum de dúvidas não
exercícios irão te guiar por videoaulas e de PDFs e te deixarão só
um caminho mais simples estude onde e quando nesta caminhada.
e rápido. você quiser e puder.