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PRISÕES E LIBERDADE PROVISÓRIA

1. Caracteriza-se como flagrante preparado a situação em


que os policiais provocam ou induzem o cometimento do
crime pelo agente.

GABARITO – CERTO.
 flagrante preparado → a autoridade cria a situação.
(inventou o crime) - ILEGAL
 flagrante esperado → a autoridade literalmente espera
que o crime aconteça para atuar (ainda não teve contato)
– NÃO precisa de ordem judicial.
 flagrante postergado → a autoridade espera o melhor
momento(já teve contato com o crime) – DEPENDE de
ordem judicial (tráfico) ou comunicação ao juiz
(organização criminosa)
CUIDADO! WARNING! DANGER!
o flagrante preparado no crime de tráfico de drogas.
Imagina que você é um investigador e percebe a
movimentação de suspeitos em ponto de drogas ilícitas e pede
para ele pegar 5 pedras de crack ele volta e você o prende.
Nesse caso, por ser crime de várias condutas vender,
armazenar, guardar... etc, tu não prende ele pela venda,
porque seria preparado (ILEGAL), mas o prende pelo
armazenamento das drogas.

-FLAGRANTE FACULTATIVO: "Qualquer do povo PODERÁ


(...)" Art. 301, 1ª parte, CPP.
 
-FLAGRANTE OBRIGATÓRIO/COERCITIVO: "autoridades
policiais e seus agentes DEVERÃO (...)" Art. 301, 2ª parte,
CPP.
 
-FLAGRANTE
PRÓPRIO/REAL/PERFEITO/VERDADEIRO: Art. 302, CPP, I
(comentendo) e II (acaba de cometê-la).
 
-FLAGRANTE IMPRÓPRIO/IMPERFEITO/IRREAL/QUASE-
FLAGRANTE: Art. 302, CPP, III (perseguido, logo após). Para
que configure a prisão em flagrante impróprio, é necessário

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que a perseguição do agente delituoso seja contínua. Caso haja
a interrupção dessa perseguição não há se falar em flagrante
impróprio, o que não impede que o autor do fato seja preso em
flagrante se encontrado, logo depois, com instrumentos,
armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da
infração (flagrante presumido).
 
-FLAGRANTE PRESUMIDO/ASSIMILADO/FICTO: Art. 302,
CPP, IV (encontrado, logo depois) - aqui não há perseguição
 
-FLAGRANTE PREPARADO/PROVOCADO/DELITO DE
ENSAIO: ocorre quando o agente é instigado a praticar o
delito, caracterizando verdadeiro crime impossíve (Art,
17,CP)l. Nessa espécie há a figura de um agente provocador
que induz o delituoso a praticar o crime. Portanto, dois são os
elementos do flagrante provocado: a) existência de agente
provocador; b) providências para que o crime não se consume.
 
-FLAGRANTE
FORJADO/FABRICADO/URDIDO/ARMADO/MAQUIADO:  
situação falsa de flagrante criada para incriminar
alguém, realizado para incriminar pessoa inocente.
 
-FLAGRANTE ESPERADO: é campana. Ocorre quando
terceiros (policiais ou particulares) dirigem-se ao local onde irá
ocorrer o crime e aguardam a sua execução. Não há figura do
agente provocador
 
-FLAGRANTE
PRORROGADO/DIFERIDO/PROTELADO/AÇÃO
CONTROLADA: quando, mediante autorização judicial, o
agente policial retarda o momento da sua intervenção, para um
momento futuro, mais eficaz e oportuno para o colhimento das
provas ou por conveniência da investigação. Ex: Lei
11.343/2006, Art. 53, II.
Obs: Ação Controlada na Lei 12.850/2013 exige
mera comunicação ao juiz competente, que estabelece os
limites da intervenção policial.
 
-FLAGRANTE FRACIONADO: ocorre em crime continuado

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2.  José, réu primário, foi preso em flagrante acusado de ter
praticado crime doloso punível com reclusão de no
máximo quatro anos. Na audiência de custódia, o juiz
decretou a prisão preventiva de ofício. No entanto, a
defesa de José solicitou, em seguida, a reconsideração da
decisão, com base no argumento de que a conduta do
preso era atípica. O juiz acatou a tese e relaxou a prisão. 
Considerando essa situação hipotética, julgue o item
subsequente.

A decisão do juiz, que relaxou a prisão por entender que a


conduta de José havia sido atípica, não faz coisa julgada.

GABARITO – ERRADO.
Não se fala em coisa julgada em decisão proferida em
audiência de custódia, em que houve a análise apenas da
legalidade da prisão em flagrante (CPP, art. 310). 
 A decisão que, na audiência de custódia, determina
o relaxamento da prisão em flagrante sob
o argumento de que a conduta praticada é atípica
não faz coisa julgada.
 Não se fala em coisa julgada em decisão proferida em
audiência de custódia

3. José, réu primário, foi preso em flagrante acusado de ter


praticado crime doloso punível com reclusão de no
máximo quatro anos. Na audiência de custódia, o juiz
decretou a prisão preventiva de ofício. No entanto, a
defesa de José solicitou, em seguida, a reconsideração da
decisão, com base no argumento de que a conduta do
preso era atípica. O juiz acatou a tese e relaxou a prisão. 
Considerando essa situação hipotética, julgue o item
subsequente.

Em se tratando do crime praticado por José, admite-se a


decretação de prisão preventiva.

GABARITO – ERRADO.
Resumindo os cabimentos da prisão preventiva: (Art 313
CPP)
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1º) Reincidente em crime doloso;
2º) Se o crime envolver violência doméstica e familiar contra
a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com
deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de
urgência;
3º) Quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa
ou quando esta não fornecer elementos suficientes para
esclarecê-la
4º) Crimes dolosos punidos com pena privativa de
liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos
----------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------
-----------------------
O ERRO está quando a questão fala "de no máximo 4
anos".
Dessa forma, impossibilita-se que a pena seja SUPERIOR
a 4 anos.

4. Durante uma abordagem em via pública, tendo suspeitado


do comportamento de determinado condutor e constatado
rasura na carteira nacional de habilitação (CNH) por ele
apresentada, o policial rodoviário, após efetuar busca no
veículo e apreender mercadoria proibida, deu-lhe voz de
prisão, em razão da prática de crime de ação penal
pública. 
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item
seguinte.

A situação caracteriza flagrante próprio e, em até vinte e


quatro horas após a realização da prisão, deverá ser entregue
a nota de culpa ao preso.

GABARITO – CERTO.
 FLAGRANTE PRÓPRIO --> está cometendo, acaba de
cometer, (é surpreendido)

 IMEDIATAMENTE:
- Informar ao juiz, MP e ao familiar do preso (ou quem ele
indicar)
 
 EM ATÉ 24HRS:
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- Encaminhar o APF ao JUIZ
- Emitir nota de culpa (nome do condutor, testemunhas e
motivo)

5. Acerca da prisão em flagrante delito, assinale a opção


correta.
A
É incabível a lavratura de auto de prisão em razão da prática
de crime culposo.
B
A ausência de testemunhas presenciais do crime impede a
lavratura do auto de prisão.
C
O auto de prisão deve ser formalizado em peça única e inteiriça
e composto pelas oitivas do condutor, das testemunhas e do
interrogatório do indiciado, os quais oporão suas respectivas
assinaturas apenas ao final do procedimento.
D
É obrigatória a presença de defensor dativo ou constituído por
ocasião do interrogatório do investigado.
E
Em se tratando de ação penal pública condicionada, a lavratura
do auto de prisão está condicionada à manifestação do
ofendido.

GABARITO – E.
A) ERRADA, cabe a lavratura do APF em crimes culposos,salvo
em casos de lesão corporal culposa e homicídio culposo na
direção de veículos automotores, caso preste socorro a vitima.
B) ERRADA, caso tenha testemunhas devem ser ouvidas ao
menos duas, caso não tenha, se faz necessário duas
testemunhas que tenha testemunhado a apresentação do preso
a autoridade policial.(testemunhas fedatárias)
C) ERRADA, O condutor da prisão (POLICIAL) deve ser ouvido
primeiro e já colhido sua assinatura para assim dispensar o
mesmo para voltar a disposição da sociedade.
D) ERRADA, a presença de advogado ou defensor não é
obrigatória! Porém é um direito do acusado, caso ele queira.
E) CERTA, é cabível a prisão em flagrante em crimes de ação
penal publica condicionada (CONDUÇÃO COERCITIVA), porem
a lavratura do APF fica condicionada a representação da vitima.
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 1ª FASE: PRISÃO-CAPTURA. ...
 2ª FASE: CONDUÇÃO COERCITIVA. ...
 3ª FASE: AUDIÊNCIA PRELIMINAR DE APRESENTAÇÃO E
GARANTIAS. ...
 4ª FASE: LAVRATURA DO AUTO DE PRISÃO
EM FLAGRANTE.(ESSA AQUI, SÓ PODE COM
AUTORIZAÇÃO DO OFENDIDO) – AÇÃO PENAL PRIVADA
OU PÚBLICA CONDICIONADA.

- PRISÃO ILEGAL = RELAXAMENTO


- PRISÃO LEGAL – REVOGAÇÃO (LIBERADO SEM NENHUMA
CONDIÇÃO A CUMPRIR) e LIBERDADE PROVISÓRIA (LIBERADO
porém fica obrigado a cumprir algumas condições impostas
pelo juiz).

6. Valter, preso em flagrante por suposta prática de furto


simples, não pagou a fiança arbitrada pela autoridade
policial, tendo permanecido preso até a audiência de
custódia, realizada na manhã do dia seguinte a sua
prisão. 
A partir dessa situação hipotética, julgue o seguinte item.

Segundo o Código de Processo Penal, na audiência de custódia,


diante da constatação da desnecessidade de prisão preventiva
e da situação de pobreza de Valter, o juiz deverá estabelecer a
liberdade provisória desvinculada e sem fiança.

GABARITO – ERRADO.
Na audiência de custódia, caso seja verificada a inexistência
dos requisitos para a decretação da prisão preventiva, o
julgador pode conceder liberdade provisória para o Réu.
Contudo, essa liberdade não tem que, obrigatoriamente, estar
desvinculada de outras condições (comparecimento em juízo,
v.g), ou até mesmo a fiança. 
 Parágrafo único. É vedada a presença dos agentes
policiais responsáveis pela prisão ou pela investigação
durante a audiência de custódia.

7. Com referência à aplicação das medidas cautelares e à


concessão da liberdade provisória, assinale a opção
correta.
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A
As medidas cautelares podem ser decretadas no curso da
investigação criminal, de ofício, pelo magistrado, ou por
representação da autoridade policial ou do Ministério Público.
B
O descumprimento de qualquer das obrigações impostas a
título de medida cautelar é causa suficiente para a decretação
imediata de prisão preventiva.
C
A concessão de liberdade provisória por meio de pagamento de
fiança, quando cabível, não impede a cumulação da fiança com
outras medidas cautelares.
D
Ausentes os requisitos para a decretação da prisão preventiva,
é admissível a concessão de liberdade provisória aos crimes
hediondos mediante o arbitramento de fiança.
E
O não comparecimento aos atos do processo, quando
regularmente intimado e sem motivo justo, é causa de quebra
da fiança, cuja declaração independe de decisão judicial.

GABARITO -C.
A) As medidas cautelares podem ser decretadas no curso da
investigação criminal, de ofício, pelo magistrado, ou por
representação da autoridade policial ou do Ministério Público.
Errada. As medidas cautelares podem ser decretadas (i) no
curso da investigação criminal, desde que a requerimento da
autoridade policial ou o MP e (ii) no curso do processo, de ofício
ou a requerimento (art. 282, §2º, CPP). Como exceção à regra,
é possível se mencionar a faculdade de o juiz, de ofício,
decretar a prisão preventiva do acusado, quando no âmbito da
Lei Maria da Penha (art. 20, caput, da Lei n. 11.340/06).
 
B) O descumprimento de qualquer das obrigações impostas a
título de medida cautelar é causa suficiente para a decretação
imediata de prisão preventiva.
Errada. Acredito que a questão tenha dois erros que podem
ser extraídos do art. 282, §4º, do CPP: (i) o descumprimento
das imposições cautelares não necessariamente enseja a
decretação da preventiva, podendo haver apenas a substituição
por outras cautelares que não a restritiva de liberdade, e (ii)
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como regra, é necessário que o acusado seja ouvido antes da
decretação da segregação cautelar – não havendo que se falar
em decretação imediata (excepcionando-se, naturalmente, os
casos de urgência ou perigo de ineficácia da medida, previstos
no art. 282, §3º, do CPP). 
 
C) A concessão de liberdade provisória por meio de pagamento
de fiança, quando cabível, não impede a cumulação da fiança
com outras medidas cautelares.
Correta. Art. 319, §4º, CPP. A fiança será aplicada de acordo
com as disposições do Capítulo VI deste Título, podendo ser
cumulada com outras medidas cautelares.
 
D) Ausentes os requisitos para a decretação da prisão
preventiva, é admissível a concessão de liberdade provisória
aos crimes hediondos mediante o arbitramento de fiança.
Errada. Os crimes hediondos são inafiançáveis (art. 2º, II, da
Lei n. 8.072/90). Assim, não preenchidos os requisitos da
prisão preventiva, ou se concede a liberdade provisória pura e
simplesmente, ou impõe-se medidas cautelares distintas da
fiança, caso preenchidos os requisitos para a fixação das
medidas.
 
E) O não comparecimento aos atos do processo, quando
regularmente intimado e sem motivo justo, é causa de quebra
da fiança, cuja declaração independe de decisão judicial.
Errada. “O quebramento da fiança só pode ser determinado
pela autoridade judiciária, haja vista dispor o art. 581, inciso
VII, do CPP, que cabe recurso em sentido estrito em face da
decisão que o decretar” (BRASILEIRO DE LIMA, Renato. Manual
de processo penal. 6. ed. São Paulo: Juspodivm, 2018. p.
1084).

Prisão e Liberdade Provisória


Prisão e Medidas Cautelares
• Segundo o STF, medida cautelar é um procedimento que visa prevenir,
conservar ou defender direitos. O nome, obviamente, deriva do termo

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cautela, e caracteriza um ato PREVENTIVO decretado pelo Judiciário.

Prisão
• Segundo Nucci, “Prisão é a privação da liberdade, tolhendo-se o direito
de ir e vir, através do recolhimento da pessoa humana ao cárcere.”

Prisão Pena
• É aquela decretada ao condenado, após o trânsito em julgado da
sentença penal condenatória. Ou seja, não há mais recurso, e só resta
ao Estado submeter o indivíduo, cuja culpa já está formada além de
qualquer dúvida razoável, à execução da pena cominada aos atos por ele
praticados.

Prisão Cautelar
• É uma espécie de medida cautelar, e pode ser decretada antes do
trânsito em julgado da sentença penal condenatória. Também pode
ser chamada de prisão provisória, processual ou mesmo de prisão sem
pena, dependendo da doutrina adotada pela banca.

Prisões Cautelares
• Via de regra a doutrina subdivide as prisões cautelares em
preventiva, flagrante e temporária.

Prisão Temporária
• Regida pela Lei n. 7.960/1989.
• Não pode ser decretada de ofício pelo juiz.
• Pode ser decretada apenas durante a fase de investigação (IP).
• Possui prazo previsto em lei (05+05 (REGRA) ou 30+30 (CRIMES
HEDIONDOS)).

Prisão Preventiva
• Regida pelo CPP.
• Pode ser decretada de ofício pelo juiz na fase da ação penal.
• Não possui prazo previsto em lei.
• Pode ser decretada na fase de investigação e na fase processual.

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Requisitos da Prisão Preventiva
• A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem
pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução
criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver
prova da existência do crime e indício suficiente de autoria.
• A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de
descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de
outras medidas cautelares.

Prisão Preventiva em Crimes Culposos


• Em regra, não é possível a sua decretação.

Impedimentos para a Prisão Preventiva


• A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o juiz verificar
pelas provas constantes dos autos ter o agente praticado o fato nas
condições de LEGÍTIMA DEFESA, ESTADO DE NECESSIDADE ou
ESTRITO CUMPRIMENTO de DEVER LEGAL ou EXERCÍCIO REGULAR
de um DIREITO (EXCLUDENTES de ILICITUDE).

Remédios para a Prisão


• Diante de uma prisão considerada ILEGAL, o remédio é o
relaxamento da prisão.
• Diante de uma prisão legal, admite-se a revogação (LIBERDADE
SEM RESTRIÇÕES) ou a concessão de liberdade provisória
(LIBERDADE com RESTRIÇÕES), a depender do caso.

Liberdade Provisória
• Previsão CF: Art. 5º, LXVI: ninguém será levado à prisão ou nela
mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem
fiança.
• A proibição de liberdade provisória nos processos por crimes hediondos
não veda o relaxamento da prisão processual por excesso de prazo
(torna-se ILEGAL).
• A regra é que o acusado responda em liberdade!

Fiança
• Fiança é uma garantia real, consistente no pagamento em dinheiro ou
na entrega de valores ao Estado, para assegurar o direito de permanecer
em liberdade no transcurso de um processo criminal.
• Arbitragem, em regra, é do Juiz.
• Delegado pode arbitrar na fase de Inquérito, em delitos cuja pena
máxima não ultrapasse 4 anos.

Prisão em Flagrante
• A prisão em flagrante é uma modalidade de prisão cautelar, de

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natureza administrativa, realizada no instante em que se desenvolve ou
que se termina de concluir a infração penal.
• Pode ser realizada por qualquer pessoa.
• As autoridades policiais e seus agentes, no entanto, tem o dever de
prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.
• PARTICULAR é FACULTATIVO a prisão em flagrante.

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QCONCURSO

1. Com relação aos meios de prova e os procedimentos inerentes a sua


colheita, no âmbito da investigação criminal, julgue o próximo item.

A entrada forçada em determinado domicílio é lícita, mesmo sem


mandado judicial e ainda que durante a noite, caso esteja ocorrendo,
dentro da casa, situação de flagrante delito nas modalidades próprio,
impróprio ou ficto.

GABARITO = ERRADO.
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
I - Está cometendo a infração penal; (FLAGRANTE PRÓPRIO)
II - Acaba de cometê-la; (FLAGRANTE PRÓPRIO)
III - é PERSEGUIDO, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por
qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
(FLAGRANTE IMPRÓPRIO)
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou
papéis que façam PRESUMIR ser ele autor da infração. (FLAGRANTE
PRESUMIDO OU FICTO)
 INDEPENDENTE DA MODALIDADE, É TUDO FLAGRANTE E
CONFORME PREVISÃO CONSTITUCIONAL NO ART. 5º, XI:
 "a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo
penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de
flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante
o dia, por determinação judicial"

2. Em decorrência de um homicídio doloso praticado com o uso de arma de


fogo, policiais rodoviários federais foram comunicados de que o autor do
delito se evadira por rodovia federal em um veículo cuja placa e
características foram informadas. O veículo foi abordado por policiais
rodoviários federais em um ponto de bloqueio montado cerca de 200 km
do local do delito e que os policiais acreditavam estar na rota de fuga do
homicida. Dada voz de prisão ao condutor do veículo, foi apreendida arma
de fogo que estava em sua posse e que, supostamente, tinha sido
utilizada no crime.
Considerando essa situação hipotética, julgue o seguinte item.

Durante o procedimento de lavratura do auto de prisão em flagrante pela


autoridade policial competente, o policial rodoviário responsável pela
prisão e condução do preso deverá ser ouvido logo após a oitiva das
testemunhas e o interrogatório do preso.

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GABARITO = ERRADO
> Apresentação do preso;
 Oitiva:
* 1º Do condutor;
* 2º Das testemunhas (duas ao menos);
 3º) Interrogatório do preso;

 Lavratura do auto (ata) de prisão;


> Imediatamente:
* Comunicar a família do preso (ou pessoa por ele indicada);
* Juiz competente;
* Ministério Público;
> Em 24 horas:
* Entrega da nota de culpa ao preso;
* Remessa de cópia do flagrante ao juízo e ao Defensor Público, caso não
informado o nome do advogado.

3. Em decorrência de um homicídio doloso praticado com o uso de arma de


fogo, policiais rodoviários federais foram comunicados de que o autor do
delito se evadira por rodovia federal em um veículo cuja placa e
características foram informadas. O veículo foi abordado por policiais
rodoviários federais em um ponto de bloqueio montado cerca de 200 km
do local do delito e que os policiais acreditavam estar na rota de fuga do
homicida. Dada voz de prisão ao condutor do veículo, foi apreendida arma
de fogo que estava em sua posse e que, supostamente, tinha sido
utilizada no crime.
Considerando essa situação hipotética, julgue o seguinte item.

De acordo com a classificação doutrinária dominante, a situação configura


hipótese de flagrante presumido ou ficto.

GABARITO = CERTO
Houve a comunicação, então estamos em um caso de DELATIO
CRIMINIS (comunicação do ofendido ou qualquer do povo), daí já
descartamos a modalidade de FLAGRANTE PRÓPRIO e de FLAGRANTE
IMPRÓPRIO, pois a autoridade não presenciou o fato e não
houve PERSEGUIÇÃO (FLAGRANTE IMPRÓPRIO). Logo, PRESUME-
SE (FLAGRANTE FICTO ou PRESUMIDO) que o veículo abordado na
rota de fuga, é do homicida. 

I - Está comentendo > Certeza visual do crime > Flagrante Próprio.


II - Acabou de cometer> Certeza visual do crime > Flagrante Próprio.
III - Logo Após + Perseguido (PESSOA) > Perseguição Ininterrupta
> Flagrante Impróprio/ Quase Flagrante.
IV - Logo Depois + instrumentos (armas, objetos)
> Flagrante Presumido / Ficto.

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4. Depois de adquirir um revólver calibre 38, que sabia ser produto de
crime, José passou a portá-lo municiado, sem autorização e em
desacordo com determinação legal. O comportamento suspeito de José
levou-o a ser abordado em operação policial de rotina. Sem a autorização
de porte de arma de fogo, José foi conduzido à delegacia, onde foi
instaurado inquérito policial.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item seguinte.

Os agentes de polícia podem decidir, discricionariamente, acerca da


conveniência ou não de efetivar a prisão em flagrante de José.

GABARITO = ERRADO
prisão em flagrante FACULTATIVA para qualquer pessoa do povo.
OBRIGATÓRIA (coercitiva) para policiais/ autoridades.

5. João integra uma organização criminosa que, além de


contrabandear e armazenar, vende, clandestinamente, cigarros de
origem estrangeira nas ruas de determinada cidade brasileira.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item subsequente.
Se João for preso em flagrante e o escrivão estiver impossibilitado
de proceder à lavratura do auto de prisão, a autoridade policial
poderá designar qualquer pessoa para fazê-lo, desde que esta
preste o compromisso legal anteriormente.

GABARITO = CERTO
 Art. 305.  Na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer
pessoa designada pela autoridade lavrará o auto, depois de
prestado o compromisso legal.
 Art. 808.  Na falta ou impedimento do escrivão e seu
substituto, servirá pessoa idônea, nomeada pela autoridade,
perante quem prestará compromisso, lavrando o respectivo
termo.

6. Acerca de prisão, de liberdade provisória e de fiança, julgue o próximo item de


acordo com o entendimento do STF e a atual sistemática do Código de Processo
Penal.

A inafiançabilidade nos casos de crimes hediondos não impede a concessão judicial


de liberdade provisória, impedindo apenas a concessão de fiança como instrumento
de obtenção dessa liberdade.

GABARITO = CERTO

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Crimes hediondos admitem, nas hipóteses legais, a liberdade provisória, DESDE
que essa liberdade seja sem FIANÇA. 
 liberdade provisória sem fiança > PODE
 liberdade provisória com fiança > NÃO pode > crimes hediondos,
conforme previsão constitucional, são inafiançáveis (3TH + RACISMO
+ AÇÃO DE GRUPOS ARMADOS = INAFIANÇÁVEIS).

7. Acerca de prisão, de liberdade provisória e de fiança, julgue o próximo


item de acordo com o entendimento do STF e a atual sistemática do
Código de Processo Penal.
Situação hipotética: A polícia foi informada da possível ocorrência de
crime em determinado local. Por determinação da autoridade policial,
agentes se dirigiram ao local e aguardaram o desenrolar da ação
criminosa, a qual ensejou a prisão em flagrante dos autores do crime
quando praticavam um roubo, que não chegou a ser consumado. Foi
apurado, ainda, que se tratava de conduta oriunda de grupo organizado
para a prática de crimes contra o patrimônio. 
Assertiva: Nessa situação, o flagrante foi lícito e configurou hipótese
legal de ação controlada.

GABARITO = ERRADO
Diferença entre AÇÃO CONTROLADA e FLAGRANTE ESPERADO
Na ação controlada (FLAGRANTE RETARDADO), o agente já está em
flagrante da prática do crime (DEPENDE de COMUNICAÇÃO ao JUIZ).
No flagrante esperado, o agente ainda não está em flagrante, e a
autoridade policial fica na expectativa da sua ocorrência para efetuar a
prisão.
 Flagrante esperado => é permitido > e ocorre quando a
autoridade policial faz campana para prender o agente, sem
lhe estimular a conduta ou tornar impossível a consumação do
crime.
 Flagrante prorrogado / diferido / protelado / retardado
/ postergado / ação controlada => em síntese, evita-se a
prisão em flagrante no instante do ato delituoso, a fim de
efetuar uma prisão mais eficaz em um momento posterior.
Não confundir com o flagrante esperado.

Entre outros requisitos, a ação controlada da Lei de Oranizações


Criminosas depende de comunicação à autoridade judicial. Em
realidade, trata-se da hipótese de flagrante esperado, que prescinde
dessa condição (NÃO precisa comunicar).

8. De acordo com a legislação pertinente, caberá prisão temporária para o


agente dos crimes de

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 A
aborto, estupro e lesão corporal gravíssima.
 B
homicídio doloso, estupro e sequestro ou cárcere privado.
 C
quadrilha ou bando, lesão corporal e induzimento ou instigação ao
suicídio.
 D
furto e invasão de domicílio.
 E
estupro, epidemia com resultado de morte e aborto.

GABARITO = LETRA B
CABIMENTO DA PRISÃO TEMPORÁRIA é cabível em duas hipóteses:
1) quando imprescindível para as investigações do inquérito
policial;
2) quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer
elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade.
 Estas duas situações são taxativas, não podendo a PRISÃO
TEMPORÁRIA ser decretada por outro motivo.
 Como se trata de rol taxativo, caso um delito não se encontre no
rol, a TEMPORÁRIA não poderá ser decretada.

Limita-se a PRISÃO TEMPORÁRIA somente a alguns crimes. São eles:


- Homicídio doloso ← Feminicídio
- Sequestro ou cárcere privado  
- Roubo  
- Extorsão  
- Extorsão mediante sequestro  
- Estupro ← Atentado violento ao pudor = Estupro de vulnerável
- Rapto violento
- Epidemia com resultado de morte
- Envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou
medicinal qualificado pela morte
- Associação criminosa ← Quadrilha ou bando
- Genocídio
- Tráfico de drogas
- Terrorismo
- Crimes contra o sistema financeiro

PRISÃO TEMPORÁRIA:

Somente durante o IP. O juiz não pode decretar de ofício.


Requerimento: Delegado / M.P.
Prazo: Crime "comum": 05 + 05 / Crime Hediondo: 30 + 30
Cabimento:

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o Imprescindível para as investigações 
o Não possui casa / ou identificação
o Indícios de autoria e materialidade de um dos
seguintes crimes:

TRAGENEPI ESTUPROU 2EX HORSE COM A GANGUE FINANCEIRA


USANDO VENENO
 
 (TRAGENEPI) tráfico/genocídio/epidemia
 (ESTUPROU) estupro
 (2EX) extorsão/extorsão mediante sequestro
 (HORSE) homicídio doloso/roubo/sequestro
 (COM A GANGUE) associação criminosa
 (FINANCEIRA) crimes contra o sistema financeiro
 (USANDO VENENO) envenenamento

9. Maria foi submetida a prisão preventiva pela suposta prática de tráfico de


maconha, cuja pena prevista é de cinco a quinze anos de reclusão. Em
atenção a determinação legal, tal prisão foi comunicada ao órgão da
Defensoria Pública que atua na seara criminal local e, após isso, um
defensor público requereu a liberdade provisória de Maria à autoridade
judicial.

Nessa situação hipotética, a liberdade provisória


 A
é cabível, por se tratar de tráfico de droga ilícita.
 B
só poderá ser concedida mediante o pagamento de fiança.
 C
é incabível, pois constitui instituto que se restringe à prisão temporária e
à prisão em flagrante, deixando de parte a prisão preventiva.
 D
é incabível, pois há indícios de autoria e da materialidade do fato
delituoso.
 E
poderá ser concedida pela autoridade policial mediante o pagamento de
fiança.

GABARITO = A
O STF reafirmou que é inconstitucional a regra prevista na Lei de Drogas
(Lei 11.343/2006), que veda a concessão de liberdade provisória a presos
acusados de tráfico. 
Dessa forma é permitido liberdade provisória sem fiança.

17
10. Com relação à prisão temporária, assinale a opção correta

 A
A prisão temporária poderá ser decretada pelo juiz de ofício ou mediante
representação da autoridade policial ou requerimento do Ministério
Público.
 B
Conforme o STJ, a prisão temporária não pode ser mantida após o
recebimento da denúncia pelo juiz.

 C
São três os requisitos indispensáveis para a decretação da prisão
temporária, conforme a doutrina majoritária: imprescindibilidade para as
investigações; existência de indícios de autoria ou participação; e
indiciado sem residência fixa ou identificação duvidosa.
 D
É cabível a prisão temporária para a oitiva do indiciado acerca do delito
sob apuração, desde que a liberdade seja restituída logo após a ultimação
do ato.
 E
A prisão temporária poderá ser decretada tanto no curso da investigação
quanto no decorrer da fase instrutória do competente processo criminal.

GABARITO = B
Letra A. Não pode o Juiz, ex officio, decretar a temporária. 

Letra B. Correta, se houver necessidade e sejam atendidos os requisitos,


CONVERTE em PREVENTIVA, mas NÃO pode manter a prisão temporária
na fase PROCESSUAL. 

Letra C. Não é necessária a conjugação dos três requisitos, apenas de


dois: I e III OU II e III. 
Os três requisitos previstos na Lei não são todos cumulativos. A doutrina
exige o III + I ou II.
 I - Quando imprescindível para as investigações do inquérito
policial;
 II - Quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer
elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade;
 III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer
prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do
indiciado no rol de crimes da temporária.

Letra D. Absurda, deve atender os requisitos elencados na LEI


7960/89 (PRISÃO TEMPORÁRIA).

18
Letra E. De novo, a prisão temporária é o INSTRUMENTO PRECÍPUO DO
DELTA, portanto, sua utilização deve ocorrer na fase Administrativa ou
investigativa, não cabe no PROCESSO.

11. Será cabível a concessão de liberdade provisória ao indivíduo


que for preso em flagrante devido ao cometimento do crime de I
estelionato; II latrocínio; III estupro de vulnerável. Assinale a opção
correta.
 A
Apenas os itens I e III estão certos.
 B
Apenas os itens II e III estão certos.
 C
Todos os itens estão certos.
 D
Apenas o item I está certo.
 E
Apenas os itens I e II estão certos.

GABARITO = C
Vedação da Liberdade Provisória - É considerada inexistente por ser
inconstitucional, pois não pode existir nenhuma lei que proíba a Liberdade
Provisória, uma vez que restem demonstrada a ausência das hipóteses
para a decretação da prisão preventiva, sendo irrelevante a gravidade do
crime e a sua natureza, nos termos da lei nº 11.464/2007, que nesse
sentido revogou a proibição de liberdade provisória em caso de crimes
hediondos regulamentados pela lei nº 8072/1990.
 Passaram a admitir liberdade provisória sem fiança.

12. Pedro, Joaquim e Sandra foram presos em flagrante delito.


Pedro, por ter ofendido a integridade corporal de Lucas, do que
resultou debilidade permanente de um de seus membros; Joaquim,
por ter subtraído a bicicleta de Lúcio, de vinte e cinco anos de
idade, no período matutino — Lúcio a havia deixado em frente a
uma padaria; e Sandra, por ter subtraído o carro de Tomás
mediante grave ameaça. Considerando-se os crimes cometidos
pelos presos, a autoridade policial poderá conceder fiança a
 A
Joaquim somente.
 B
Pedro somente.
 C
Pedro, Joaquim e Sandra.
 D
Pedro e Sandra somente.

19
 E
Joaquim e Sandra somente.

GABARITO = A
Art. 322. A autoridade policial (DELEGADO) somente poderá conceder
fiança nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade
máxima não seja superior a 4 (quatro) anos.
Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz,
que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas.
 Art 129 Lesão Corporal de Natureza Grave - Reclusão de 1 a 5 anos.
 Art 157 Roubo - Reclusão de 4 a 10 anos
 Art 155 Furto - Reclusão de 1 a 4 anos.

13. No curso de um IP, segundo a Lei n.º 7.960/1989, será possível


decretar a prisão temporária do indiciado quando, de acordo com
qualquer prova admitida na legislação penal, houver fundadas razões de
autoria ou participação dele no delito, se o crime investigado for o de
 A
estelionato.
 B
roubo.
 C
extorsão indireta.
 D
apropriação indébita.
 E
furto qualificado.

GABARITO = B
ROL de CRIMES que cabe PRISÃO TEMPORÁRIA (MATERIALIDADE +
INDÍCIOS de AUTORIA) - TCC HoRSe GAE 5. 
 Tráfico de Drogas
Crimes contra o sistema financeiro
Crimes previstos na lei de terrorismo
Homicídio
Roubo (inclusive LATROCÍNIO)
Sequestro ou cárcere privado
Genocídio
Associação criminosa
Extorsão
Extorsão mediante sequestro
Estupro
Envenenamento com resultado morte
Epidemia com resultado morte 

20
14. Considere que, no curso de determinada investigação, a autoridade
policial tenha representado ao competente juízo pela prisão temporária do
indiciado. Nessa situação,
 A
a prisão requerida apenas poderá ser decretada para se inquirir o
indiciado, devendo a autoridade policial, após o ato, representar pela sua
soltura.
 B
mesmo que a autoridade policial não tivesse requerido a prisão
temporária, o juiz poderia tê-la decretado de ofício.
 C
caso se trate de crime hediondo, o prazo máximo da prisão
eventualmente decretada será de noventa dias.
 D
a prisão não poderá ser decretada após a fase inquisitória da persecução
penal.
 E
decretada a prisão temporária, o inquérito policial deverá ser concluído no
prazo máximo de dez dias.

GABARITO = D
a) a prisão requerida apenas poderá ser decretada para se inquirir o
indiciado, devendo a autoridade policial, após o ato, representar
pela sua soltura.
 ERRADA - Decorrido o prazo da Prisão Temporária, seja ela de 5 dias
(prazo comum), seja ela de 30 dias (crimes hediondos e equiparados), o
preso deverá ser posto imediatamente em liberdade. Isso não
dependerá de mandado de soltura, sob pena de ascender a prática
do crime de abuso de autoridade, nos termos do art. 4°, i, da lei
4898/65. (Caso em que a doutrina denomina de COMANDO IMPLÍCITO
DE SOLTURA)
 
b) mesmo que a autoridade policial não tivesse requerido a prisão
temporária, o juiz poderia tê-la decretado de ofício. 
ERRADO -
Art. 2°, caput, Lei 7.960/89 – o juiz NUNCA decreta de ofício.
O juiz somente pode decretar mediante:
·        REPRESENTAÇÃO do DELEGA – Neste caso, o juiz deve ouvir o MP
·        REPRESENTAÇÃO do MP.
 
c) caso se trate de crime hediondo, o prazo máximo da prisão
eventualmente decretada será de noventa dias.
ERRADO - em casos de crimes hediondos e equiparados o prazo
aumenta para 30 dias e em caso de extrema necessidade prorroga
por + 30 dias (lei 8072/90, art. 2°, §4°).
 

21
d) a prisão não poderá ser decretada após a fase inquisitória da
persecução penal. 
CORRETA - Só cabe durante a 1º fase da persecução penal (investigação
criminal/ IP), para salvaguardar o procedimento administrativo
investigatório (inciso I) ou quando o indiciado não tiver residência fixa ou
mesmo quando não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de
sua identidade (inciso II). (art. 1°, I ou II)
 
e) decretada a prisão temporária, o inquérito policial deverá ser
concluído no prazo máximo de dez dias. 
ERRADO - Como a prisão temporária se distingue da prisão preventiva e
é um plus em relação a esta, o tempo em que o indiciado estiver
recolhido em virtude dela, não deve ser computado no prazo
máximo fixado na lei para a ultimação do IP, ou do processo
criminal, conforme entendimento dominante na doutrina e na
jurisprudência.

15. A prisão preventiva poderá ser decretada


 A
quando os indícios de autoria e prova da materialidade forem insuficientes para
assegurar a aplicação da lei penal.
 B
nos crimes de violência doméstica e familiar contra o idoso, para assegurar a
execução de medidas protetivas de urgência.
 C
em qualquer fase do inquérito policial, mediante ato da autoridade policial.
 D
quando o agente for reincidente específico, por sentença transitada em julgado, em
crime culposo, dentro do período depurador.
 E
nos crimes dolosos punidos com pena máxima inferior a quatro anos.

GABARITO = B
A) FALSA
 Art. 312.  A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem
pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para
assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do
crime e indício suficiente de autoria.
 Parágrafo único.  A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso
de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras
medidas cautelares (art. 282, § 4o).     
 
B) CORRETA
Art. 313.  Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da
prisão preventiva:      

22
 I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima
superior a 4 (quatro) anos; (ERRO DA E)

 II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença


transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art.
64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal;
(ERRO DA D)

 III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher,


criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para
garantir a execução das medidas protetivas de urgência; 
 
C) FALSA - DECRETADA PELO JUIZ. DELEGADO NÃO MANDA PRENDER
PREVENTIVAMENTE (ELE PEDE - REPRESENTA)
 Art. 311.  Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal,
caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da
ação penal, ou a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do
assistente, ou por representação da autoridade policial.

 Parágrafo único.  Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida
sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos
suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado
imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese
recomendar a manutenção da medida.
 
D) FALSA - vide comentário da B (é literalidade do artigo). O
dispositivo exige DOLO, e não culposo.
 
E) FALSA - vide comentário da B (literalidade). Pena máxima superior
(e não inferior). Por que? Inferior a quatro permite fiança, ou mesmo
substituição da pena privativa por restritiva, regime aberto e tals.... Não
faz sentido ser preso nesse momento se no fim da história o camarada
não vai puxar nem mesmo 1 dia de grade...

Decretação da prisão preventiva 


- Pode ser realizada durante o processo criminal ou da investigação
policial 
 Crimes dolosos com pena máxima em abstrato superior a 4
anos;
 Reincidência em crime Doloso em MENOS de 05 ANOS (não
cabe para contravenções penais e nem para crime culposo);
 Envolver violência doméstica e familiar contra VULNERÁVEIS
para garantir a execução das medidas protetivas de urgência (não
importando a pena – pode ser INFERIOR a 04 ANOS);
 Dúvida sobre a identidade de pessoa presa ou quando esta
não fornecer elementos suficientes para esclarecê-los,

23
qualquer que seja a infração (exceção que permite prisão
preventiva para os crimes culposos);
OBS: Prisão Temporária - quando o indiciado não tiver residência fixa ou
não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade.
* Prova da existência do crime - materialidade do delito (certeza que
aconteceu), não bastando meros indícios;
* Indícios suficientes de autoria.

E o famoso CIC - GOP - GALP - GOE


 CIC - Conveniência da Instrução Criminal
 GOP - Garantia da Ordem Pública
 GALP - Garantia da aplicação da Lei Penal
 GOE - Garantia da Ordem Econômica

16. Acerca de prisão, de liberdade provisória e de fiança, julgue o


próximo item de acordo com o entendimento do STF e a atual sistemática
do Código de Processo Penal.

Situação hipotética: Um cidadão foi preso em flagrante pela prática do


crime de corrupção ativa. A autoridade policial, no prazo legal do IP,
remeteu os autos ao competente juízo, quando foi decretada a prisão
preventiva do indiciado. Assertiva: Nessa situação, estão preenchidos os
requisitos legais para a concessão da fiança, razão por que ela poderá ser
concedida como contracautela da prisão anteriormente decretada.

GABARITO = ERRADO
Não será concedida fiança (além do 3TCHR) quando for o caso de:
> QUEBRA ANTERIOR DA FIANÇA;
> PRISÃO CIVIL OU MILITAR;
> PRESENTES OS MOTIVOS PARA PRISÃO PREVENTIVA.  

17. Marcos praticou crime de extorsão, cuja pena é de reclusão, de


quatro a dez anos, e multa. Considerando essa situação hipotética,
assinale a opção correta.
 A
A presença de indícios de autoria e materialidade é motivo suficiente para
o juiz decretar a prisão preventiva de Marcos.
 B
Marcos não poderá ser submetido a prisão temporária, porque o crime
que cometeu é hediondo, embora não conste no rol taxativo da lei.
 C

24
Caso Marcos seja preso em flagrante, admite-se a imposição de medidas
cautelares diversas da prisão em substituição da liberdade provisória sem
fiança.
 D
Caso Marcos seja preso em flagrante, poderá ser solto mediante
arbitramento de fiança pela autoridade policial.
 E
Marcos poderá ser submetido a prisão temporária, que tem prazo fixo
previsto em lei e admite uma prorrogação por igual período.

GABARITO = E
A – Errado.
 CPP Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como
garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência
da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal,
quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de
autoria.
 Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser decretada
em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas
por força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4º).
 Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a
decretação da prisão preventiva: I - nos crimes dolosos punidos
com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro)
anos;
 II - Se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença
transitada em julgado.
 III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a
mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com
deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de
urgência;
 Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quando
houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta
não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o
preso ser colocado imediatamente em liberdade após a
identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da
medida.
 
B – Lei 7960 Art. 1° Caberá prisão temporária:
 I - Quando imprescindível para as investigações do inquérito
policial;
 II - Quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer
elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade;
 III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer
prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do
indiciado nos seguintes crimes: d) extorsão (art. 158, caput, e seus
§§ 1° e 2°);

25
C – Errada. C: ver o art 321 do CPP.  Art. 321.  Ausentes os requisitos
que autorizam a decretação da prisão preventiva, o juiz deverá conceder
liberdade provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares
previstas no art. 319 deste Código e observados os critérios constantes
do art. 282 deste Código. 
 Ou seja, se não for caso de preventiva o juiz deve conceder a
liberdade provisória, e impor alguma medida cautelar se for o caso.
Assim, não há nada falando que alguma medida cautela pode
substituir a liberdade provisória.

D – Errada. Art. 322.


 A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de
infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior
a 4 (quatro) anos.
 Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz,
que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas.

E – CORRETA. Ver Letra B.

18. José subtraiu o carro de Ana mediante grave ameaça exercida com
arma de fogo. Após a prática do ato, ele fugiu do local dirigindo o veículo
em alta velocidade, mas foi perseguido por outros condutores que
passavam pela via e atenderam ao pedido de ajuda da vítima. A partir
dessa situação hipotética, assinale a opção correta.
 A
Uma vez preso em flagrante, José deverá ser conduzido até autoridade
policial, que lavrará o auto de prisão e entregará a nota de culpa no prazo
máximo de quarenta e oito horas.
 B
José poderá ser preso em flagrante pelo roubo enquanto estiver na posse
do veículo de Ana, independentemente do lapso temporal transcorrido.
 C
A interrupção da perseguição de José descaracteriza o flagrante
impróprio, embora José possa ser preso se encontrado, em seguida, com
o objeto do crime e em situação pela qual se presuma ser ele o autor do
fato.
 D
Caso seja preso em flagrante, José deverá ser informado de suas
garantias constitucionais e de seu direito de permanecer calado e de estar
acompanhado por advogado, bem como terá direito ao acesso à
identificação completa do responsável por sua prisão e da vítima do fato.
 E

26
Embora a perseguição realizada por pessoas da sociedade civil seja
importante para as investigações porque propicia a recuperação do
veículo e a identificação do autor do fato, esse tipo de perseguição não
caracteriza situação de flagrância.

GABARITO = C
letra A - Art.306. CPP- A prisão de qualquer pessoa e o local onde se
encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente, ao
Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada.
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
 § 1o Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão,
será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em
flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado,
cópia integral para a Defensoria Pública. (Redação dada pela Lei nº
12.403, de 2011).
 § 2o No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a
nota de culpa (24 HORAS), assinada pela autoridade, com o motivo
da prisão, o nome do condutor e os das testemunhas. (Redação
dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
 

letra B- Art. 302. CPP- Considera-se em flagrante delito quem:


 I - Está cometendo a infração penal; flagrante próprio
 II - Acaba de cometê-la; flagrante próprio
 III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou
por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da
infração; flagrante impróprio - veja que está relacionado a
pessoa (PERSEGUIÇÃO) e logo após.
 IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos
ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração. flagrante
presumido - relacionado a objetos e logo depois (PRESUMI-SE). 
 
letra D- Art. 5º, CF, LXIV - o preso tem direito à identificação dos
responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial; não inclui
a vítima.
 
letra E- Art. 301. CPP- Qualquer do povo poderá e as autoridades
policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado
em flagrante delito.
 Qualquer do povo= flagrante facultativo
 Autoridades policiais e seus agentes = flagrante obrigatório

19. Considerando a doutrina majoritária e o entendimento dos tribunais


superiores, assinale a opção correta a respeito da prisão.

27
 A
O flagrante diferido que permite à autoridade policial retardar a prisão em
flagrante com o objetivo de aguardar o momento mais favorável à
obtenção de provas da infração penal prescinde, em qualquer hipótese,
de prévia autorização judicial.
 B
Para a admissibilidade de prisão temporária exige-se, cumulativamente, a
presença dos seguintes requisitos: imprescindibilidade para as
investigações, não ter o indiciado residência fixa ou não fornecer dados
esclarecedores de sua identidade e existência de indícios de autoria em
determinados crimes.
 C
Configura crime impossível o flagrante denominado esperado, que ocorre
quando a autoridade policial, detentora de informações sobre futura
prática de determinado crime, se estrutura para acompanhar a sua
execução, efetuando a prisão no momento da consumação do delito.
 D
Havendo conversão de prisão temporária em prisão preventiva no curso
da investigação policial, o prazo para a conclusão das investigações, no
âmbito do competente inquérito policial, iniciar-se-á a partir da
decretação da prisão preventiva.

 E
Havendo mandado de prisão registrado no Conselho Nacional de Justiça
(CNJ), a autoridade policial poderá executar a ordem mediante
certificação em cópia do documento, desde que a diligência se efetive no
território de competência do juiz processante.

GABARITO = D
a. ERRADA.  No flagrante retardado ou diferido, exige-se a prévia
comunicação ao magistrado para se ter o retardo da intervenção
policial. A lei 12.850/13 preceitua que o policial infiltrado recebe do juízo
uma autorização para não prender, embora presencie estados de
flagrância, porque a prisão somente ocorrerá quando as provas
necessárias tiverem sido colhidas ou, por outro motivo, houver a
necessidade da mesma.

b. ERRADA. Tem-se prisão temporária quando presentes os crimes


listados no art. 1º, inciso III da Lei 7.960, contudo, diante dos
pressupostos presentes no art. 1º, incisos I, II e III, da Lei (fumus
comissi delicti e periculum in mora), mas não de forma
cumulativa. Assim, a decisão deve estar fundamentada,
necessariamente, nos incisos I e III, ou II e III, ou, I, II e III.
 Art. 1° Caberá prisão temporária: 

28
 I - quando imprescindível para as investigações do inquérito
policial;
  II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer
elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade;
 III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer
prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do
indiciado nos seguintes crimes: (...).

c. ERRADA. No flagrante esperado, a polícia ao tomar ciência de que


determinada infração ocorrerá em certo dia, hora e local, antecipa-se ao
criminoso e, aguardando em atuação passiva a iniciativa delituosa, efetua
a prisão quando deflagrados os atos executórios. Sendo plenamente lícito.

d. CORRETA. Acrescenta-se que o prazo da temporária será somado ao


prazo que a autoridade policial desfruta para concluir o inquérito policial ,
se o indiciado estiver preso. Assim, exclui-se o prazo da temporária
da contagem para a finalização do inquérito policia.

e. ERRADA. CPP. Art. 289-A.  O juiz competente providenciará o imediato


registro do mandado de prisão em banco de dados mantido pelo Conselho
Nacional de Justiça para essa finalidade. 
 § 1o  Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão
determinada no mandado de prisão registrado no Conselho
Nacional de Justiça, ainda que fora da competência territorial
do juiz que o expediu. 

Ação controlada é...


- Uma técnica especial de investigação
- Por meio da qual a autoridade policial ou administrativa (ex: Receita
Federal, corregedorias),
- Mesmo percebendo que existem indícios da prática de um ato ilícito em
curso,
- Retarda (atrasa, adia, posterga) a intervenção neste crime para um
momento posterior,
- Com o objetivo de conseguir coletar mais provas,
- Descobrir coautores e partícipes da empreitada criminosa,
- Recuperar o produto ou proveito da infração ou
- Resgatar, com segurança, eventuais vítimas.

Nomenclatura
A ação controlada é também denominada de “flagrante prorrogado,
retardado ou diferido”
Para que ocorra a ação controlada é necessária prévia autorização
judicial?
 A resposta irá depender do tipo de crime que está sendo
investigado.
Se a ação controlada envolver crimes:

29
• da Lei de Drogas ou de Lavagem de Dinheiro: SIM. Será
necessária prévia autorização judicial porque o art. 52, II, da Lei nº
11.343/2006 e o art. 4ºB da Lei nº 9.613/98 assim o exigem.
 
• praticados por organização criminosa: NÃO. Neste caso será necessário
apenas que a autoridade (policial ou administrativa) avise o juiz que irá
realização ação controlada.

20. De acordo com o Código de Processo Penal, é cabível ao juiz


substituir a prisão preventiva pela domiciliar a
 A
homem que, condenado pelo crime de corrupção passiva, seja o único
responsável pelos cuidados do seu filho de dez anos de idade.
 B
mulher que tenha praticado o crime de abandono de incapaz contra seu
filho de cinco anos de idade.
 C
pessoa de setenta e cinco anos de idade condenada pela prática do crime
de estelionato.
 D
gestante condenada pelo crime de furto qualificado, desde que já tenha
ultrapassado o sétimo mês de gravidez.
 E
mulher que, condenada pelo crime de roubo, tenha filho de um ano de
idade.
GABARITO = A
CPP, Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar
quando o agente for:
 I – maior de 80 (oitenta) anos; ERRO DA ALTERNATIVA C
 II – extremamente debilitado por motivo de doença grave;
 III – imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6
(seis) anos de idade ou com deficiência;
 IV – gestante; ERRO DA ALTERNATIVA D  (não existe o
condicionamento de ultrapassar 7 meses)
 V – mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;
 VI – homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do
filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos. GABARITO
LETRA A 

Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos


requisitos estabelecidos neste artigo.
Art. 318-A. A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for
mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência será
substituída por prisão domiciliar, desde que:
 I – não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça
a pessoa; ERRO DA ALTERNATIVA E

30
 II – não tenha cometido o crime contra seu filho ou
dependente. ERRO DA ALTERNATIVA B

Substituição da prisão preventiva pela domiciliar:


 agente maior de 80 anos.
 extremamente debilitado por doença grave.
 quando o agente for imprescindível aos cuidados de
menor de 6 anos ou deficiente.
 gestantes.
 homem com filho de até 12 anos incompletos, se for o
único responsável pelos cuidados da criança.
 mulheres com filhos de até 12 anos incompletos.
 Às mulheres a prisão preventiva só será convertida em
domiciliar em caso de crime cometido sem violência ou
grave ameaça, e se o crime não for cometido contra o
seu filho ou dependente.

PRISÕES E MEDIDAS CAUTELARES


(RESUMO II)

 APRESENTAÇÃO DO PRESO são OUVIDOS:


 
o 1º. Será o condutor que levou até a autoridade policial (QUEM deu a
PRISÃO)
o 2º. Será as testemunhas.
o 3º. Será a vitima
o 4º. Por ultimo a ser ouvido será o acusado.
Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes
deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante
delito.
 
o QUALQUER DO POVO - PODE PRENDER (FACULTATIVO)
o QUALQUER POLICIAL - DEVE PRENDER (OBRIGATÓRIO)
INAFIANÇÁVEIS + INSUCETÍVEIS DE GRAÇA ou ANISTIA = 3TH
TERRORISMO, TRÁFICO, TORTURA, CRIMES HEDIONDOS.

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A inafiançabilidade nos casos de crimes hediondos não impede a
concessão judicial de liberdade provisória, impedindo apenas a
concessão de fiança como instrumento de obtenção dessa
liberdade.
 
o Não será concedida fiança (além do 3TH) quando for o caso de:
o > QUEBRA ANTERIOR DA FIANÇA;
o > PRISÃO CIVIL OU MILITAR;
o > PRESENTES OS MOTIVOS PARA PRISÃO PREVENTIVA.
Uma vez decretada a prisão preventiva, não é admitida a concessão de
fiança posterior, com liberdade provisória.  
 
o CABIMENTO DA PRISÃO TEMPORÁRIA é cabível em duas
hipóteses:
1) quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;
2) quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos
necessários ao esclarecimento de sua identidade.
3) Quando houver fundadas razões de participação ou autoria num rol
TAXATIVO de CRIMES (CRIMES ESPECÍFICOS).
Estas duas situações são taxativas, não podendo a PRISÃO TEMPORÁRIA
ser decretada por outro motivo.
Limita-se a PRISÃO TEMPORÁRIA somente a alguns crimes.
 
o Decretação da prisão preventiva
- Só pode ser realizada  durante o processo criminal (AÇÃO) ou da
investigação policial (IP)
- Crime dolosos com pena máxima superior 04 anos
- Condenado por outro crime doloso transitado em julgado (REINCIDENTE
+ DOLO)
- Se o crime envolver violência doméstica e familiar
se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher,
criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para
garantir a execução das medidas protetivas de urgência
DECRETADA PELO JUIZ. DELEGADO NÃO MANDA PRENDER
PREVENTIVAMENTE (ELE PEDE - REPRESENTA)
NÃO cabe prisão PREVENTIVA para crimes CULPOSOS (exige-se o DOLO).
A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de
descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras
medidas cautelares
 
o A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da:
 
 A) ORDEM PÚBLICA
B) ORDEM ECONÔMICA
C) INSTRUÇÃO CRIMINAL (PROVAS)
D) APLICAÇÃO da LEI PENAL

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o Quando houver PROVA DE MATERIALIDADE + INDÍCIOS de AUTORIA
(LASTRO PROBATÓRIO MÍNIMO - JUSTA CAUSA).  

é permitido liberdade provisória sem fiança.


a prisão preventiva não tem prazo definido em lei.
 
o As medidas cautelares possui como características:
Substitutividade: a prisão preventiva poderá́ ser substituída por uma
medida cautelar diversa da prisão e vice-versa, desde que preenchidos os
requisitos legais, tal como no caso de descumprimento de medida diversa
em que caberá preventiva.
Cumulatividade: as medidas cautelares poderão ser aplicadas
isoladamente, ou cumulativamente. Por exemplo, proibição de
aproximação da vítima e proibição de contato, além de comparecimento
periódico em juízo. Se houver privação completa da liberdade, não haverá́
como aplicar cumulativamente.

A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos


de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja
superior a 4 (quatro) anos (nesses casos o DELEGADO concede a
LIBERDADE PROVISÓRIA com fiança).
O juiz pode sim aplicar a preventiva de ofício, no entanto só será possível
essa atuação na fase PROCESSUAL, durante a investigação somente
poderá aplicá-la por representação do delegado ou requerimento do MP.
As medidas cautelares pessoais são decretadas pelo juiz, de ofício ou a
requerimento das partes, no curso da ação penal, ou no curso da
investigação criminal, somente por representação da autoridade policial
ou a requerimento do MP.
Em razão do sistema processual brasileiro, não é possível ao magistrado
determinar, de ofício, a prisão preventiva do indiciado na fase de
investigação criminal ou pré-processual.
A inafiançabilidade dos crimes hediondos e daqueles que lhes são
assemelhados não impede a concessão judicial da liberdade provisória
sem fiança.
 Liberdade provisória é gênero, dos quais são espécies "com fiança"
e " sem fiança". Os crimes hediondos e equiparados, racismo e ação
de grupos armados contra o Estado de Direito, apesar de não
permitirem Liberdade provisória com fiança, admite liberdade
provisória sem fiança.
 - TODOS os crimes admitem LIBERDADE PROVISÓRIA.
 FALTA DE DEFESA TÉCNICA (ADVOGADO) = NULIDADE ABSOLUTA
 DEFESA TÉCNICA DEFICIENTE = NULIDADE RELATIVA, somente
ANULA se houver PREJUÍZO para a parte.
O dinheiro ou objetos dados como fiança servirão ao pagamento das
custas, da indenização do dano, da prestação pecuniária e da multa, SE O
RÉU for CONDENADO.

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Este dispositivo terá aplicação ainda no caso da prescrição depois da
sentença condenatória, ou seja, se PRESCREVER o dinheiro da FIANÇA
servirá para PAGAR às custas do processo + indenização do dano

Na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer pessoa


designada pela autoridade lavrará o auto de flagrante, depois de
prestado o compromisso legal.
FALTOU ESCRIVÃO, QUALQUER PESSOA poderá lavrar o AUTO após
prestar o COMPROMISSO LEGAL.
Na falta ou impedimento do escrivão e seu substituto, servirá pessoa
idônea, nomeada pela autoridade, perante quem prestará compromisso,
lavrando o respectivo termo.
 
Quem lavra? O Auto de Prisão em Flagrante – APF geralmente é lavrado
pela autoridade policial do local em que ocorreu a PRISÃO, ou, se não
houver neste local, a autoridade do local mais próximo. O Juiz pode lavrar
o APF, nos crimes cometidos em sua presença.

Prisão em flagrante é a única modalidade de prisão que dispensa


ordem judicial.  

 A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da


representação da autoridade policial ou de requerimento do
Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável
por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
 Em caso de crime hediondo o prazo é de 30 dias prorrogáveis um
vez por igual período.
 uma vez decretada a prisão TEMPORÁRIA, o preso que deverá ser posto
em liberdade, caso ultrapassado os 5 dias ou 10 (em caso de
prorrogação), SALVO em caso de decretada a PREVENTIVA.
 PRISÃO TEMPORÁRIA o juiz NUNCA decreta de ofício.  
- O juiz somente pode decretar mediante:  
A) REPRESENTAÇÃO do DELEGADO – Neste caso, o juiz deve ouvir o MP  
B) REPRESENTAÇÃO do MP.
 
o RESUMINHO DE PRISÃO TEMPORÁRIA
o 1- Cautelar- só na fase de investigação (SOMENTE no INQUÉRITO).
o 2-casos- Imprescindível para investigações
 -Ausência de residência fixa
 - Não esclarece identidade
o 3- Prazos: Regra 5 dias
 Exceção: 30 dias- crimes hediondos
o 4-REquerida: MP/ AUTORIDADE POLICIAL
 NÃO PODE DE OFÍCIO (juiz)

Conforme o STJ, a prisão temporária não pode ser mantida após o


recebimento da denúncia pelo juiz.

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Prisão Temporária - INQUÉRITO.   

Admite-se a prisão preventiva para todos os crimes em que é prevista


prisão temporária, sendo esta (TEMPORÁRIA) realizada com o objetivo
específico de tutelar a investigação policial.
 
o Crime cometido contra uma Empresa Pública da União =
Investigação da Polícia Federal (EX.: CEF, EBCT)
Crime cometido contra uma Sociedade de Economia Mista =
Investigação da Polícia Civil (EX.: BB, Petrobras)
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - Polícia federal;
BANCO DO BRASIL - Polícia civil
 PRISÃO TEMPORÁRIA - SOMENTE no IP, NUNCA de OFÍCIO
 PRISÃO PREVENTIVA - IP ou na AÇÃO PENAL, no IP somente por
representação do DELEGADO ou do MP, na AÇÃO PENAL pode ser DE
OFÍCIO pelo JUIZ.
 
o NÃO CABE A PRISÃO PREVENTIVA nos seguintes casos:
- CONTRAVENÇÕES PENAIS;
- Crimes culposos;
- Quando o acusado tiver agido acobertado por uma excludente da
ilicitude (art. 23 do CP) c/c art. 314, CPP;
- Diante da simples gravidade do crime;
- Diante do clamor público ou da simples revolta ou repulsa social.
 
 Para que configure a prisão em flagrante impróprio, é necessário que a
perseguição do agente delituoso seja contínua. Caso haja a interrupção
dessa perseguição não há se falar em flagrante impróprio, o que não
impede que o autor do fato seja preso em flagrante se encontrado, logo
depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir
ser ele autor da infração (flagrante presumido).
 FLAGRANTE PREPARADO (ILEGAL) = FAZ NASCER nos autores do crime a
IDEIA de realizar o CRIME
 DIFERENTE do FLAGRANTE ESPERADO (LEGAL) que vai ESPERAR a
ocorrência do crime para então PRENDER (ARMADILHA da POLÍCIA)

Havendo conversão de prisão temporária em prisão preventiva no curso


da investigação policial, o prazo para a conclusão das investigações, no
âmbito do competente inquérito policial, iniciar-se-á a partir da
decretação da prisão preventiva.

 competência para lavrar APF: delegado do local da prisão (LUGAR


DA PRISÃO)
 competência para tocar o IP: delegado da execução do crime
(LUGAR DO CRIME)

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PRISÃO TEMPORÁRIA = JUÍZ E SOMENTE POR PROVOCAÇÃO -  o
despacho do JUÍZ ocorrerá dentro de 24 HRS, contados a partir do
recebimento da representação da autoridade policial após ouvido MP ou
por requerimento do MP
 
o Não cabem PRISÃO PREVENTIVA E PRISÃO TEMPORÁRIA:
o 1- CRIMES CULPOSOS
o 2- CONTRAVENÇÃO PENAL

Diferença entre AÇÃO CONTROLADA e FLAGRANTE ESPERADO


 Na ação controlada, o agente já está em flagrante da prática do
crime.
 No flagrante esperado, o agente ainda não está em flagrante, e a
autoridade policial fica na expectativa da sua ocorrência para
efetuar a prisão.

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