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BORA VENCER STIVE!

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Noções de Direito Penal – 1. Aplicação da lei penal. 2. Crime. 3.


Imputabilidade penal. 4. Concurso de pessoas. 5. Penas: espécies de pena;
cominação das penas; efeitos da condenação. 6. Ação penal. 7. Extinção da
punibilidade. 8. Crimes contra a fé pública: falsidade documental. 9. Crimes
contra a Administração Pública: Crimes praticados por funcionário público
contra a administração em geral; Crimes praticados por particular contra a
administração em geral; Crimes contra a administração da Justiça. 10. Tortura
(Lei nº 9.455/1997 e alterações posteriores). 11. Abuso de autoridade (Lei nº
13.869/2019 e alterações posteriores).
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CONCEITO
Ocorre quando dois ou mais agentes, em acordo de vontades,
ou seja, liame subjetivo, concorrem para a prática de determinado
crime, podendo se dar na forma de coautoria e participação.
Assim, se a infração é praticada por mais de uma pessoa, é
necessária especial regulamentação sobre a imputação da autoria e
sobre a aplicação da pena.
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REQUISITOS – P R I L
P - Pluralidade de agentes - São necessárias duas ou mais pessoas
realizando a conduta típica ou concorrendo de algum modo para que o
outro a realize;
R - Relevância causal das condutas - Relação de causa e efeito
entre cada conduta e o resultado;
I - Identidade de infração penal - Todos devem responder pelo
mesmo crime - Teoria Monista;
L - Liame subjetivo - Vontade de colaborar para o crime; Não é
necessário o ACORDO PRÉVIO entre os agentes, bastando que um venha
a aderir à vontade do outro.
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TEORIA MONISTA
No concurso de pessoas, é possível atribuir o crime próprio a
quem não possui as características especiais exigidas no tipo penal, por
aplicação da teoria monista;

Assim, a título de exemplo, é possível que um particular responda


por PECULATO (que é crime próprio de funcionário público) em concurso
comum funcionário público;

Entretanto, pelo princípio da individualização da pena, estas serão


calculadas separadamente;
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ESPÉCIES DE CRIME
Monossubjetivos/unissubjetivos ou concurso eventual -
Praticado por um só agente, não exigindo o concurso.
Eventualmente, contudo podem ser praticados por mais de um
agente;
Plurissubjetivo ou de concurso necessário - São aqueles em
que a pluralidade de agentes é condição para a existência do ilícito
penal. Ex.: associação criminosa.
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AUTORIAS

Teoria restritiva - O autor é aquele que realiza o verbo núcleo do


tipo penal; logo, todo aquele que colaborar com a prática do crime de
qualquer outra forma será reconhecido como mero partícipe.
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AUTORIAS
Teoria do domínio do fato - Autor é aquele que possui o domínio
final sobre os fatos, podendo modificar ou mesmo impedir a ocorrência
do resultado, independentemente da realização ou não do verbo núcleo
do tipo penal (é a posição majoritária no STF);
Para a teoria do domínio do fato, partícipe será todo aquele que
colaborar com o fato principal do autor, porém de forma acessória e não
essencial, sem domínio sobre os fatos.
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Espécies de Autoria
Direta - Ocorre quando o agente está diretamente vinculado à
realização do crime, agindo com domínio do fato, podendo se dar nas
seguintes formas:
• Autor-executor - É aquele que executa a ação;
• Autor-intelectual - É aquele que tem o domínio do fato sem
executar a ação, mentor;
• Coautoria - Autor-executor + Autor-executor e Autor-
intelectual + Autor-executor
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Espécies de Autoria
Indireta - É aquela em que determinado agente que possui o
domínio do fato se utiliza de um terceiro, que não possui o
domínio dos fatos, para realizar a conduta.
Aqui, não há liame subjetivo e o crime é imputado somente
ao autor mediato (que tem o domínio do fato) Hipóteses:
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Espécies de Autoria
Indireta
1. Coação moral irresistível - Ex.: o pai que, tendo seu filho sequestrado, é
coagido a assaltar todo o dinheiro de sua agência bancária, caso
contrário o coator matará seu filho.
2. Obediência hierárquica - Ex.: um funcionário público subalterno pratica
uma infração penal em decorrência do cumprimento de ordem, não
manifestamente ilegal, emitida pelo superior hierárquico.
3. Uso de inimputável - Ex.: utilização de menores para a prática de crimes
4. Erro determinado por terceiro - Ex.: um médico, com intenção de matar
seu paciente, induz dolosamente a enfermeira a ministrar dose letal ao
enfermo.
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Espécies de Autoria
Colateral ou Paralela
Ocorre quando duas ou mais pessoas, uma ignorando a intenção da
outra, realizam condutas convergentes à execução de um crime.
Assim, não havendo liame subjetivo, eles não são coautores e
respondem cada um pelo que fez (um por consumação e o outro por
tentativa).
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Espécies de Autoria
Colateral Incerta
Ocorre quando, na autoria colateral, não se consegue identificar a
conduta de cada agente.

Nesse caso, aplica-se o princípio da dúvida (indubio pro reo) e ambos


respondem por tentativa.
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PARTICIPAÇÃO
O partícipe não possui o domínio do fato e não realiza
diretamente a conduta típica, mas concorre INDUZINDO,
INSTIGANDO ou AUXILIANDO o autor.
INDUZIR - cria a ideia
INSTIGAR - reforça a ideia
AUXILIAR - fornece meios
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PARTICIPAÇÃO – cont...

Assim, quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas
a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. Se a participação for de
menor importância a pena pode ser diminuída de 1/6 a 1/3.
O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição
expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a
ser tentado;
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PARTICIPAÇÃO – cont...
Formas de participação
Moral
1. Induzir - Fazer nascer a ideia na cabeça de alguém;
2. Instigar - Reforçar uma ideia que já existe;
Material
1. Auxiliar - Fornecer os meios materiais para a prática de um crime;
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ELEMENTARES E CIRCUNSTÂNCIAS

Elementares
São dados essenciais do crime, sem os quais ele desaparece
ou se transforma;
Comunicam-se, desde que conhecidas por todos os agentes.
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ELEMENTARES E CIRCUNSTÂNCIAS

Circunstâncias
São dados acessórios que se agregam à figura típica,
possuindo a função de aumentar ou diminuir a pena. As
circunstâncias se dividem em:
Objetivas ou reais - Aspecto externo do crime – Emboscada,
Fogo, Criança; (Comunicam-se, desde que conhecidas por todos os
agentes).
Subjetivas ou pessoais - Aspecto interno do crime - Motivo
torpe, Reincidência, Cônjuge; (Nunca se comunicam no concurso de
pessoas).
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PUNIBILIDADE NO CONCURSODE PESSOAS

Teoria monista
Pune-se igualmente os vários agentes que, de alguma
forma, contribuíram para o crime, na medida de sua culpabilidade.
Assim, os coautores e partícipes respondem pelo mesmo crime.
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PUNIBILIDADE NO CONCURSODE PESSOAS


Cooperação dolosamente distinta
Aplica-se tanto aos coautores, quanto aos partícipes.
Ocorre quando um dos agentes pretendia ação criminosa menos
grave do que aquela efetivamente praticada (desvio subjetivo de
condutas entre os agentes). Nesse caso, aplica-se a pena do crime que
pretendia cometer.
Se o resultado mais grave era previsível, a pena pode ser maior.
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PUNIBILIDADE NO CONCURSODE PESSOAS

Participação de menor importância


Aplica-se exclusivamente ao titular da conduta acessória
(partícipe). Assim, a conduta que contribui de forma menos enfática deve
ser encarada com menos rigor. Redução de pena de 1/6 a 1/3.
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PUNIBILIDADE NO CONCURSODE PESSOAS

TEORIA DA ACESSORIEDADE LIMITADA


Para se punir o partícipe, o fato realizado pelo autor deve ser típico
e ilícito. Assim, se ele estiver diante de uma situação de excludente de
ilicitude (bruce LEEE), nenhum deles responde pelo ato.
Os crimes culposos admitem coautoria, mas não admitem
participação;

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