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DIREITO PENAL MILITAR

Prof. Me. Thiago Fiorenza de Souza

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TEORIA DO CRIME

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RELAÇÃO DE CAUSALIDADE

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Art. 29, CPM - O resultado de que depende a existência do crime
somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a
ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
§1º - A superveniência de causa relativamente independente
exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado. Os
fatos anteriores, imputam-se, entretanto, a quem os praticou.
§2º - A omissão é relevante como causa quando o omitente devia
e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a
quem tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; a
quem, de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o
resultado; e a quem, com seu comportamento anterior, criou o
risco de sua superveniência.

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Fato típico Conduta

Nexo causal

Crime Antijurídico
Tipicidade

Culpável Resultado

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Conduta - Ação finalística com o objetivo de produzir um
resultado jurídico relevante.

Nexo causal - Relação de causa e efeito entre conduta e


resultado.

Tipicidade - Adequação da conduta com a descrição


contida na norma.

Resultado - Modificação relevante no mundo jurídico


e/ou naturalístico.

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No que diz respeito ao nexo causal, o CPM adotou a
teoria da equivalência dos antecedentes causais, ou
“conditio sine qua non”.

Considera-se causa a ação ou omissão, sem a qual o


resultado não teria acontecido.

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Concausa - Causa que se junta a outra preexistente para a
produção de certo efeito (art. 29, §1º, CPM).
Concausa Absolutamente Independente - Situação na qual a
conduta do agente NÃO POSSUI RELAÇÃO ALGUMA com o
resultado produzido.
Concausa Preexistente Absolutamente Independente - Ocorre
quando uma causa anterior à conduta do agente produz o
resultado.
Concausa Concomitante Absolutamente Independente - Ocorre
quando uma causa simultânea à conduta do agente produz o
resultado.
Concausa Superveniente Absolutamente Independente - Ocorre
quando uma causa posterior à conduta do agente produz o
resultado.
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Concausa Relativamente Independente - Situação na qual a
conduta do agente POSSUI RELAÇÃO com o resultado produzido.
As causas, portanto, estão interligadas.

Concausa Preexistente Relativamente Independente - Ocorre


quando uma causa anterior à conduta do agente influi na
produção do resultado.
Concausa Concomitante Relativamente Independente - Ocorre
quando uma causa simultânea à conduta do agente influi na
produção do resultado.
Concausa Superveniente Relativamente Independente - Ocorre
quando uma causa posterior à conduta do agente influi na
produção do resultado.
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ITER CRIMINIS

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Iter criminis ou “caminho do crime”, significa o conjunto
de etapas que se sucedem, cronologicamente, no
desenvolvimento do delito.

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Cogitação

Preparação

Execução

Consumação

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Cogitação é uma fase interna, na qual surge a intenção de
praticar um determinado crime. Não é uma fase punível.

Preparação é quando o autor começa a trabalhar para


que possa iniciar a execução do delito. Via de regra, não é
uma fase punível.
Execução é quando o agente inicia, de fato, a execução da
conduta criminosa.

Consumação é a fase em que o agente atinge o resultado


do crime.
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CRIME CONSUMADO

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Art. 30, CPM - Diz-se o crime:
I - consumado, quando nele se reúnem todos os
elementos de sua definição legal;

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O crime consumado, portanto, é aquele que reúne todos
os elementos de sua definição legal. Logo, o agente
delitivo praticou um fato e conseguiu realizar tudo o que
está previsto no tipo penal.

O crime consumado, portanto, saiu da fase de execução e


chegou à fase de consumação.

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CRIME TENTADO

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Art. 30, CPM - Diz-se o crime:
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma
por circunstâncias alheias à vontade do agente;

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O crime tentado, é aquele que iniciada a execução, não se
consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
Não foi o agente que desistiu, não foi o agente que se
arrependeu; algo externo aconteceu e o agente não teve
êxito na consumação do crime – mas se dependesse
somente dele, o delito teria se consumado.
Assim como no CP, o CPM adotou a chamada teoria
objetiva, para a qual a punição da tentativa se dá por
conta do perigo de dano acarretado pela conduta do
agente. Por esse mesmo motivo, a pena deve ser
reduzida, haja vista que o dano causado ao bem jurídico
é menor do que no crime consumado.
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DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA
E
ARREPENDIMENTO EFICAZ

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Art. 31, caput, CPM - O agente que, voluntariamente,
desiste de prosseguir na execução ou impede que o
resultado se produza, só responde pelos atos já
praticados.

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Na desistência voluntária, o sujeito inicia a execução, não
esgota a fase inicial, e desiste voluntariamente de
prosseguir a ação.

No arrependimento eficaz a fase executória é esgotada,


porém, existe o arrependimento do que foi feito,
impedindo ocorrência do resultado. Logo, o agente só
responde pelos atos praticados.

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CRIME IMPOSSÍVEL

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Art. 32, caput, CPM - Quando, por ineficácia absoluta do
meio empregado ou por absoluta impropriedade do
objeto, é impossível consumar-se o crime, nenhuma pena
é aplicável.

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O crime é impossível, pois não se concretiza por impropriedade
absoluta do meio empregado ou do objeto utilizado.

A ineficácia absoluta do meio, ocorre quando o meio de execução


do delito utilizado pelo agente é totalmente ineficaz para atingir o
objetivo pretendido.

Já na absoluta impropriedade do objeto, o meio utilizado pelo


agente delitivo é idôneo (possui capacidade lesiva), entretanto, é
o objeto material (coisa ou pessoa contra a qual a conduta está
voltada) que é absolutamente impróprio para a consumação do
delito.
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DOLO E CULPA

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Art. 33, CPM - Diz-se o crime:
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o
risco de produzi-lo;
II - culposo, quando o agente, deixando de empregar a
cautela, atenção, ou diligência ordinária, ou especial, a
que estava obrigado em face das circunstâncias, não
prevê o resultado que podia prever ou, prevendo-o,
supõe levianamente que não se realizaria ou que poderia
evitá-lo.

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Em nosso ordenamento jurídico, tanto no CPM quanto no
CP, o crime DOLOSO é a REGRA. Só será possível punir um
agente por crime CULPOSO se o legislador
EXPRESSAMENTE previr tal modalidade.

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EXCLUDENTES DE ILICITUDE

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Art. 42, CPM - Não há crime quando o agente pratica o
fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento do dever legal;
IV - em exercício regular de direito.
Parágrafo único - Não há igualmente crime quando o
comandante de navio, aeronave ou praça de guerra, na
iminência de perigo ou grave calamidade, compele os
subalternos, por meios violentos, a executar serviços e
manobras urgentes, para salvar a unidade ou vidas, ou
evitar o desânimo, o terror, a desordem, a rendição, a
revolta ou o saque.
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