Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MENONGUE
Ano Acadêmico
2022/2023
INSTIGAÇÃO E CONSUNÇÃO
Grupo Nº 1
Docente
Ngola Mucanda
Integrantes do grupo
Julieta Dala
Henriques Chivinda
Isaac Bié
Ilídio Aristides
Maria de Fátima
Laquime I. C. Machai
Ernesto Santos
ÍNDICE
1. Resumo________________________________________________________pag. 4
2. Introdução ______________________________________________________pag. 5
3. Capítulo I (Instigação)___________________________________________pag. 6
Noção___________________________________________________pag.6
Instigação pública ao crime__________________________________pag.7.
Cúmplice________________________________________________Pag.7
Pressupostos de Instigação___________________________________pag
7.
4. Capítulo II (Consunção)_________________________________________pag.8
Noção _________________________________________________pag.8
Hipóteses_______________________________________________pag.8
Diferença entre o concurso de crimes e consunção_______________pag.9.
5. Conclusão
_______________________________________________________pag.10
6. Referência bibliográfica ____________________________________________pag.11
Resumo
Abstract
The respective work has the purpose of studying the themes of Instigation and
Consummation. These are pertinent themes, since they are based on the link between society,
on the one hand, it is practiced so much and most of them are unaware of the possible
consequences, on the other hand, there is a possibility that those who already have a notion of
criminal law, enter into divergences of concepts with the crime competition.
Sem muito que se tratar quanto ao princípio da consunção, sem recorrer às normas,
comparam-se os fatos, verificando-se que o mais grave absorve todos os demais. O fato
principal absorve o acessório, sobrando apenas a norma que o regula. A comparação,
portanto, é estabelecida entre fatos e não entre normas, de maneira que o mais perfeito, o
mais completo, o “todo”, prevalece sobre a parte.
Sem mais delongas, entraremos em detalhes de como funciona as duas figuras que são de
base de nosso tema.
6
Capítulo I (Instigação)
Noção
Antes de mais, gostaríamos de lembrar que o nosso ordenamento jurídico angolano - código
penal, quanto a figura de instigação, apesar de ter o instituto previsto CAPÍTULO II Crimes
Contra a Ordem e a Tranquilidade Públicas, propriamente nos termos do artigo 293 do CP,
detalharemos com mais adicional correlacionando com o instituto do CAPÍTULO II Formas
Especiais do Facto Punível do Código Penal angolano.
O instigador é alguém que consegue criar noutra pessoa a decisão firme de querer praticar um
crime. O crime já esta a decorrer e intervém. "A norma impõe maior severidade na punição
daquele que se aproveita de sua autoridade ou de alguém penalmente incapaz para a prática
de um delito. Determinar é dar a ordem. É o caso do patrão que ordena a seu empregado que
cometa um delito. Instigar é fomentar ideia já existente. É o caso do namorado que, sabendo
que a namorada já tem a ideia de matar os pais para poder ficar com a herança, incentiva-a a
cometer o homicídio.
instigar é reforçar uma ideia preexistente. Determinar é ordenar, impor. Exige-se que o autor
do crime esteja sob a autoridade de quem instiga ou determina. A lei se refere a qualquer tipo
de relação de subordinação, de natureza pública, privada, religiosa, profissional ou doméstica,
desde que apta a influir no ânimo psicológico do agente. O agente atua por instigação ou por
determinação, aproveitando-se da subordinação do executor ou em virtude de sua
imputabilidade.
Instiga quem estimula ideia criminosa já existente em outrem; determina quem a ordena. São
duas as hipóteses aqui previstas. Na primeira, o agente instiga ou determina a praticar o
crime, valendo-se de sua autoridade, que pode ser pública ou privada (serviço, emprego,
parentesco, religião etc.). Na segunda, o agente se aproveita da inimputabilidade de outrem
(menor, louco etc.). Diante destas duas hipóteses, nos trás a ideia de chamar colação a
Autoria previsto nos termos do artigo 24 do CP.
Tanto quem determina, quanto que instiga ambos acabam de serem autor para a execução de
fato delituoso, e que estes devem serem punidos nos termos do artigo 24 al. d) do CP.
Por outro lado, se se tratar de alguém não punível em virtude de condição ou qualidade
pessoal, isto é, um inimputável, estar-se-á diante de outra hipótese de autoria mediata,
justificando-se, por conta disso, a maior reprovabilidade do instigador ou mandante. O estado
7
de inimputabilidade pode decorrer de doença mental ou por se tratar de menor de 18 anos de
idade.
Instigação pública ao crime
O artigo 293 do CP alega que “quem, em reunião ou ajuntamento público ou através de meio
de comunicação com o público, incitar directamente à prática de um crime determinado é
punido com pena de prisão até 3 anos ou com a de multa até 360 dias”. Talvez faça a
interpretação deste artigo confundindo com a liberdade de expressão, mas o que na íntegra
ilustra, é o fato de que deve se ter em atenção quanto a figura de instigação, tudo porque pode
parecer que estejas em liberdade de expressão, mas quando a liberdade que te é conferida
cingir no facto de incentivo de prática de uma ação considerada delituosa, aí, a lei atua para
regular o respetivo instigador nestes termos.(art. 293 n 2 do CP).
Outro sim, ao afirmar que “a pena, em caso algum, pode ser superior à cominada para o crime
objecto da instigação pública”, devemos tirar a interpretação de que no caso de instigação
pública ao crime, existe a moldura penal, nos limites mínimos a máximo previsto no artigo
293 n 1, em caso algum deverá poderá intimidar ou ultrapassar o previsto para a sua
aplicação.
Cúmplice
Para deixar mais claro quanto a semelhança existente entre a figura de cumplicidade e
instigação, uma vez que nos seus conceitos ambos consistem em incentivo a outrem para a
execução de um certo pensamento intra, a maior diferença coexiste no facto de que, se se
tratar de um apoio direto, isto é, prestar, directa e dolosamente, auxílio material ou moral à
prática por outrem de um facto doloso, estamos diante da cumplicidade (art. 25 CP). Nestes
casos a condutas do participe podem ser: induzir, fazer nascer a vontade de executar o crime
em outrem; e auxiliar, que é a contribuição material, o empréstimo de instrumentos para o
crime ou qualquer forma de ajuda que não caracterize de forma essencial a execução do facto.
8
Neste leque, podemos afirmar que a instigação obedece os seguintes pressupostos:
Capítulo II (consunção)
Noção
O princípio da consunção também chamado de Absorção, é aplicado quando uma das
condutas típicas for meio necessário ou fase normal de preparação ou execução do delito de
alcance mais amplo.
Hipóteses e Resoluções
9
Conforme se vê, o réu utilizou o mesmo documento tanto para tentar obter vantagem ilícita
como com a intenção de escapar da ação dos agentes públicos, restando claro que o
documento falso apresentado por ele não perdeu a sua potencialidade lesiva, motivo pelo qual
tenho como caracterizado o crime descrito no artigo 275 do Código Penal.
Assim, pode-se concluir que o uso do mesmo documento falso em oportunidades diversas e
com diferentes fins impede a aplicação do Princípio da Consunção do crime de uso de
documento falso pelo de estelionato, tendo em vista que a potencialidade lesiva do
documento apresentado não se exauriu.
2- Outro sim, no dia 13/01/2023 no interior de uma loja (Lab), tentou obter vantagem ilícita
para si, qual seja, extrair (telefone) propriedade alheia sem o consentimento autorizado. Na
ocasião, o réu não teve sucesso porque foi flagrado. No dia 16/01/2023, o réu prática uma
acção da mesma natureza, isto é, roubo qualificado, com o intuito de apropriação de um bem
móvel (i20), mas que padecia de chances para o seu sucesso, em conseguinte foi flagrado em
delido.
Para esta hipótese temos os crimes caraterizados nos termos dos artigos 393 do CP (furto
qualificado) e nos termos do artigo 462 de CP (roubo qualificado). Quer-se com isso
asseverar que as normas penais devem manter entre si compatibilidade, a fim de que não
ocorra, de uma única infração penal sofrer a incidência de mais de uma norma penal (bis in
idem), o que implicaria, senão graves injustiças (a co-incidência tornar-se-ia "cúmplice" da
impunidade, nalguns casos, e de injusta punição, noutros). Assim, para evitar que aconteça de
duas ou mais disposições penais regularem o mesmo fato, ou melhor, com a finalidade de se
dirimirem quaisquer dúvidas a respeito de qual tipo penal, X ou Y, a ser aplicado face a um
caso concreto, é que se criaram os "princípios para solução de conflitos aparentes de normas.
Nesta senda, a aplicação da pena assenta no crime que tem mais impacto, ou seja, o crime
com menos impacto é absorvido pelo crime fim, com a tendência de salvaguarda o princípio
bis in idem, isto é, “um único facto ser regulado por mais de uma norma.
10
Notas conclusivas
Sabe-se que a luz da figura instigação, este, obedece requisitos próprios para estamos diante
dessa problemática. Devemos diferenciar fundamentalmente a cumplicidade e instigação no
fato de que uma se assento na prestação direta por parte do autor mediato(auxílio-material
moral…), e outra, deve diante mão, o autor imediato tiver a ideia de executar uma acção, e
que por sua vez, o autor mediato o incentiva( expressa ou tácita).
Não deixaríamos de concluir com a consunção, que se assenta no fato de que o crime
principal absorve o crime acessório, sobrando apenas uma norma para o regular. Ilustramos
também que nestes termos, haverá diferença com o concurso de crimes pelo simples fato
deste último na aplicação da sua pena ser passível a adição de um sexto a dois terço.
11
Referência Bibliográfica
12
Agradecimentos
Agradecemos ao todo poderoso divino criador do universo dador da sabedoria e tudo quanto
somos.
Ao ilustre docente de cadeira que tem ministrado com sapiência e audácia, sem esquecermos
a colaboração de todos componentes do grupo que de forma directa ou indirecta tornaram
este trabalho brilhante.
13
Dedicatória
Dedicamos o nosso humilde trabalho a toda comunidade Jurídica.
14
Pensamento:
Enquanto as leis forem necessárias, os homens não estarão capacitados para a liberdade.
“Pitagoras”
15