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1) Quais são as fases da pena?

A fixação da pena ocorre apenas depois da sentença condenatória. A partir daí, conforme prevê o
artigo 68 do Código Penal, o cálculo da punição deve atender três fases: fixação da pena-base,
análise dos atenuantes e agravantes e análise das causas de diminuição ou de aumento da pena.

2) Conceitue Direito Penal

O Direito Penal pode ser caracterizado como o conjunto de normas que tem como objetivo principal
regular o poder do Estado de punir, estabelecendo penas e consequências para atos que são
considerados infratores.

3) Explique o caráter fragmentário do direito penal.

O caráter fragmentário do Direito Penal significa, que uma vez escolhidos aqueles bens
fundamentais, comprovada a lesividade e a inadequação das condutas que os ofendem, esses bens
passarão a fazer parte de uma pequena parcela que é protegida pelo Direito Penal, originando-se,
assim, a sua natureza fragmentária.

4) Explique os princípios: da insignificância ou bagatela; alteridade ou transcendentalidade;


confiança; adequação social; intervenção mínima; proporcionalidade; humanidade;
ofensividade; responsabilidade pelo fato; personalidade.
 O princípio da insignificância, também chamado de bagatela própria, procura eliminar a
tipicidade material nos casos em que a conduta praticada pelo agente é irrelevante ou
quando a conduta do agente não apresenta risco ou lesão ao bem jurídico.
 O princípio da alteridade assinala que, para haver crime, a conduta humana deve colocar em
risco ou lesar bens de terceiros, e é proibida a incriminação de atitudes que não excedam o
âmbito do próprio autor
 O princípio da confiança refere-se à situação na qual uma pessoa age de acordo com as
regras avençadas pela sociedade (para uma determinada atividade), e acredita que a outra
também agirá conforme tais regras.
 O princípio da adequação social foi idealizado por Hans Welzel e estabelece que, apesar de
uma conduta se subsumir ao modelo legal, não será considerada típica se for socialmente
adequada ou reconhecida, isto é, se estiver de acordo com a ordem social da vida
historicamente condicionada
 “O princípio da intervenção mínima, também conhecido como ultima ratio, orienta e limita o
poder incriminador do Estado, preconizando que a criminalização de uma conduta só se
legitima se constituir meio necessário para a proteção de determinado bem jurídico.
 No âmbito das liberdades da comunicação, onde é mais utilizado, o princípio da
proporcionalidade nos leva a crer que só podem ser restringidas na estrita medida em que
isso seja necessário para salvaguardar direitos ou interesses constitucionalmente protegidos,
de natureza individual ou coletiva.
 É com base no princípio da humanidade que a CF/88, conhecida como Constituição Cidadã,
proíbe que existam penas de caráter perpétuo, de banimentos, cruéis, de trabalhos forçados
e de morte (salvo em caso de guerra declarada), devendo ser assegurado o respeito e a
integridade física e moral do preso.
 Por este princípio, o fato praticado deve gerar lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico
tutelado para que o crime exista, portanto, a realização de uma conduta deve afetação
concretamente um bem jurídico, sem isso não há injusto penal (crime).
 Trata-se da responsabilidade pessoal do agente do fato. Consoante esse princípio, a pena
não pode passar da pessoa do condenado, devendo-se proibir o castigo pelo fato de outrem.
 O princípio da personalidade da pena, também conhecido como princípio da pessoalidade
ou da intranscendência, significa que a pena não pode passar da pessoa do delinqüente.

5) Explique as fontes do direito penal: de produção de material; formal.

As fontes das normas penais são classificadas de acordo com dois prismas: quanto ao sujeito que
cria a norma (fonte material ou de produção) e quanto ao modo em que esta se manifesta (fonte
formal ou de conhecimento). É a fonte de produção do direito penal, ou seja, delimita quem pode
criar normas penais.

6) Diferencie lei de norma.

Como pudemos observar a norma nada mais é do que regras a serem seguidas por determinada
sociedade ou país, definindo assim como somos. A norma está presente em todo lugar. Já lei é a
norma escrita, onde assim se pode positivar e regular o que pode e o que não se pode fazer, e com
seu descumprimento haverá sanções.

7) Explique as espécies de fonte formal: mediata e imediata.

Fontes formais são aquelas pela qual o direito se manifesta. As fontes formais imediatas são aqueles
fatos que, por si só, são fatos geradores do direito, como por exemplo, as normas legais. As fontes
formais mediatas são os costumes, os princípios gerais do direito, a jurisprudência e a doutrina.

8) Explique a classificação das leis: incriminadora, não incriminadora, não incriminadora


permissiva.

Lei penal incriminadora é a lei que descreve crimes e comina penas. O preceito primário é aquele
encarregado de descrever detalhadamente a conduta que se procura proibir ou impor. O preceito
secundário é aquele que fica encarregado de individualizar a pena.

A lei penal não incriminadora pode ser: a) permissiva justificante: torna lícitas determinadas
condutas que, normalmente, estariam sujeitas à reprimenda estatal, como ocorre, por exemplo,
com a legítima defesa (art. 25, CP)

Lei penal não incriminadora permissiva: é a lei que torna lícita em determinadas situações alguma
condutas previstas como incriminadoras, nos casos por exemplo de estado de necessidade, legitima
defesa, ou exercício regular de um direito.

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